Acredite: as pessoas respondem à forma como são tratadas
Escrito por Luiz Marins
O estruturalismo e o behaviorismo nos ensinam uma coisa muito importante: As pessoas respondem à forma como
são tratadas. Embora muitas pessoas não acreditem nisto, é importante sabermos que as pesquisas
comportamentais têm comprovado a cada dia essa grande verdade. Assim, uma pessoa que é tratada com cortesia,
lhaneza, simpatia, atenção, tende a responder a esse tratamento com atenção, simpatia, lhaneza e cortesia. Uma
pessoa que é tratada com desconfiança, brutalidade, desatenção, tende a responder a esse tratamento com os
mesmos comportamentos.
Não fossem por outros motivos, somente essa comprovação científica do comportamento já bastaria para que
pensássemos melhor em como nos relacionar com nossos clientes, funcionários, fornecedores, amigos, filhos, etc.
Funcionários que são tratados com desconfiança, excesso de controles e burocracia, tendem a responder a esse
tratamento com um comportamento agressivo de tentar burlar os controles, travar pela burocracia o trâmite
administrativo da empresa. E o incrível que acontece é que os chefes que adotam esse comportamento de
desconfiança, vêm, por isso, comprovado a cada dia, a necessidade de ter comportamentos cada vez mais
agressivos, de desconfiança, etc., criando um círculo vicioso do comportamento negativo que se auto-justifica a cada
dia.
Se você tratar seu filho, que tem problemas na escola, como uma pessoa "problema", você reforçará, a cada dia esse
comportamento problemático e ele responderá com comportamentos cada vez mais difíceis, tornando a situação
quase insustentável para o bom relacionamento entre pais e filhos. É provado que as pessoas emitem os
comportamentos que são esperados delas e é por isso que temos que ter expectativas elevadas com relação às
outras pessoas, nossos funcionários, por exemplo. Há exemplos clássicos na literatura da psicologia experimental e
da aprendizagem que comprovam o que estamos dizendo. Alunos e funcionários que foram artificialmente
classificados como de baixa capacidade de aprendizagem, responderam a experimentos com índices de ganho
abaixo do normal. Esses mesmas pessoas, quando previamente classificadas como acima da média, responderam
com índices de ganho acima da média.
Nesta semana, gostaria que você pensasse sobre isso. Aquele funcionário que você tem e em quem você não
acredita e que a cada dia piora o seu desempenho, será que não está tendo esse baixo desempenho devido às suas
baixas expectativas com relação a ele? Seu filho que está indo mal na escola, será que não tem esse baixo
desempenho devido ao fato de saber que dele não se espera mais do que o fracasso? Seu cliente que é chato e
exigente demais, será que não está respondendo a estímulos dados pela sua própria empresa e que o fazem ter
esse comportamento?
Pense nisso. Sucesso!
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