MESTRADO
CIÊNCIA ANIMAL
NÍVEIS DE PROTEÍNA PARA O PINTADO AMAZÔNICO NA FASE JOVEM.
CAROLINA TEIXEIRA COSTA SILVA
A produção de peixes carnívoros tem apresentado limitantes como acentuado canibalismo, utilização de
técnicas inadequadas de preparo e monitoramento do alimento, baixa aceitação de rações
convencionais, exigências nutricionais espécie-específicas, deixando a desejar na quantidade e
qualidade de proteína dietética. Vários estudos em relação à nutrição de pintados têm sido realizados,
porém ainda não foram determinadas as exigências nutricionais em proteína e a relação
proteína:energia dietética ideal para os pintados , um resultado de pesquisa muito necessário e de
aplicação imediata. A utilização de híbridos de espécies carnívoras de alto valor comercial, como as
espécies P. fasciatum, P. reticulatum e P. corruscas, com espécies onívoras, como Leiarius marmoratus,
pode minimizar os problemas com canibalismo. Este híbrido vem sendo cada vez mais produzido em
escala comercial nas pisciculturas da região Cento-Oeste, no entanto, ainda há reduzida disponibilidade
de juvenis e também existe carência de trabalhos científicos para este grupo genético. O objetivo do
trabalho foi avaliar a exigência de proteína bruta do híbrido pintado amazônico (Pseudoplatystoma spp.
X L. marmoratus) alimentado com diferentes níveis de proteína na ração durante a fase jovem do
animal. O experimento foi realizado no setor de piscicultura da Universidade Federal de Lavras. O
experimento foi realizado no Laboratório de Nutrição de Peixes da Estação de Piscicultura da
Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais, no período de maio a julho de 2014, com 56 dias
experimentais. Foram utilizados 200 peixes jovens individualizados com microchip obtidos a partir do
cruzamento da fêmea de cachara e o macho do jundiá da bacia amazônica, com peso inicial de 23,20 +
4,67 gramas, distribuídos aleatoriamente em 10 caixas de 250 litros em sistema de circulação fechado,
em densidade de 20 peixes/caixa. Foram avaliadas cinco rações contendo diferentes níveis de proteína
bruta (PB): 28, 32, 36, 40 e 44%. As rações foram isoenergéticas e balanceadas de acordo com os valores
de aminoácidos limitantes. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, sendo
o peixe uma parcela experimental. O experimento teve um período de 30 dias de adaptação à ração e
ao ambiente. Os peixes foram alimentados duas vezes ao dia até a saciedade aparente. As análises de
água foram realizadas a cada 15 dias, determinando os níveis de nitrogênio amoniacal, alcalinidade
total, dureza total, pH e oxigênio dissolvido. Diariamente foi aferido a temperatura, amônia,
condutividade e o oxigênio dissolvido em cada caixa. Foi realizada análise de variância quanto ao
desempenho dos animais não apresentando diferença significativa entre os tratamentos com 36, 40 e
44% PB, utilizando o Statistical Analyses System – SAS.
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
VI MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO/2014
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