Recebido em: 12/03/2012
Emitido parece em: 04/04/2012
Artigo original
NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICA DE JOVENS ALUNOS DO COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR
DA CIDADE DE JOÃO PESSOA, PARAÍBA: UM ENFOQUE PARA A SAÚDE
1
1
1
Erlan Félix de Lima Silva , Taís Feitosa da Silva , Leone Severino do Nascimento ,
1
1
Ravi Cirilo Targino de Araújo , Maria do Socorro Cirilo de Sousa .
RESUMO
Introdução: A aptidão física tornou-se ao longo do tempo um importante objeto de estudo, seja
nos aspectos atléticos, seja relacionada à saúde, representada pelos indicadores: resistência
cardiorrespiratória, composição corporal, força/resistência muscular localizada e flexibilidade. O incentivo
às práticas de atividade física durante a infância e adolescência é fundamental para a aquisição de
hábitos saudáveis na vida adulta e, isso tem levado às investigações sobre a participação de crianças e
adolescentes nas diversas atividades físicas, bem como seus níveis de aptidão física. Assim, os
objetivos deste estudo foram: a) identificar os níveis de aptidão física relacionada à saúde (AFRS); b)
comparar os indicadores entre os gêneros; e c) classificar os níveis de saúde de acordo com os
parâmetros estabelecidos pela PROESP (Projeto Esporte Brasil). Métodos: A amostra foi composta por
31 indivíduos, sendo 15 meninas (15,00±0,76 anos) e 16 meninos (15,56±0,89 anos), selecionados
aleatoriamente no Colégio da Policia Militar da cidade de João Pessoa, Paraíba. Todos os alunos foram
submetidos a cinco testes para capacidades físicas: arremesso da medicineball, teste de impulsão
horizontal, corrida de 30 metros, sentar e alcançar, e teste de flexão abdominal. Foram analisados os
níveis de normalidade e homogeneidade através do teste de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente, e
o test t de student para amostras independentes na comparação das variáveis antropométricas e
capacidades físicas, adotando p<0,05 para nível de significância. Resultados: Baseado nos critérios
estabelecidos pela PROESP, os meninos alcançaram classificações satisfatórias nas variáveis de índice
de massa corporal (IMC) e flexibilidade, mas estão em um nível razoável para força de membros
inferiores (MMII) e resistência muscular localizada (RML), e nível fraco para força de membros
superiores (MMSS). As meninas tiveram classificações satisfatórias para IMC, flexibilidade e RML,
entretanto apresentaram nível razoável para força MMSS e nível fraco para força MMII. Os meninos
apresentaram resultados significativamente melhores em todos os testes de capacidade física: força
MMSS (p=0,001), força MMII (p=0,001), velocidade (p=0,047) e RML (p=0,014), exceto para a
flexibilidade (p=0,131). Conclusão: Tanto meninos quanto meninas, não atendem integralmente aos
padrões de saúde estabelecidos de acordo com o PROESP, mostrando a importância de incorporação
de atividades físicas para crianças e adolescentes que privilegie, de maneira global, os componentes
relacionados à AFRS, reduzindo assim a exposição destes sujeitos ao desenvolvimento de doenças
crônicas.
Palavras-chave: Aptidão física, criança, adolescente.
LEVELS OF PHYSICAL FITNESS FOR YOUNG STUDENTS OF THE MILITARY POLICE
SCHOOL OF THE CITY OF JOÃO PESSOA, PARAÍBA: AN APPROACH TO HEALTH
ABSTRACT
The physical fitness became over time an important object of study in athletic and healthy
aspects, represented by indicators: cardiorespiratory resistance, body composition, strength and muscle
resistance and flexibility. The incentive to practice physical activities in childhood and adolescence it´s
primordial to purchase of healthy habits in adulthood, and this has led to investigations about participation
of children and adolescents in various physical activities as well as their levels of physical fitness. The
objectives of this research were: a) identify the levels of physical fitness health-related; b) compare the
indicators between genders and; c) rate health levels according to parameters established by proesp
(projeto esporte brasil). The sample was composed by 31 subjects, 15 girls (15,00±0,76 years) and 16
boys (15,56±0,89 years), randomly selected in military police school, in João Pessoa, Paraíba. All
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students were subjected to five physical abilities tests: pitch medicineball, horizontal impulse test, race 30
meters, sit and reach test and abdominal flex test. Were analyzed the homogeneity and normality levels
by the shapiro-wilk and levene tests, and test t of student for self-contained samples in comparing of
anthropometric variables and physical capabilities, adopting p<0,05 as significance level. Based on
criteria established by proesp, boys reached satisfactory ratings on the body mass index (bmi) and
flexibility, but have an acceptable level for leg strength and muscular resistance, and have a low level for
arm strength. The girls had satisfactory ratings for bmi, flexibility and muscular resistance. However, they
had acceptable levels for arm strength and low level for leg strength. The boys had significantly better
results in all physical capacity tests: arm strength (p=0,001), leg strength (p=0,001), speed (p=0, 047) and
muscular resistance (p=0,014), except for flexibility (p=0,131). Boys and girls do not fully meet the health
standards established by proesp, showing the matter of incorporation of physical activity for children and
adolescents that prioritize, globally, the related components to physical fitness health-related, reducing
the exposure of these subjects to the development of chronic diseases.
Keywords: Physical fitness, child, adolescent.
INTRODUÇÃO
A relação aptidão física e saúde vem sendo forte objeto de estudo no âmbito da saúde pública
mundial (GLANER, 2002; ARAUJO e OLIVEIRA, 2008). A capacidade do ser humano de realizar tarefas
diárias com vigor e demonstrar traços e características que estão associados com menores índices de
desenvolvimento prematuro de doenças hipocinéticas, segundo Pate (1988) e Silva et al (2005), é um
fator dependente da aptidão física relacionada à saúde (AFRS). Independentemente do sexo e da idade,
a princípio, pode-se supor que, quanto maior a solicitação dos esforços físicos, mais elevado deverão se
apresentar os índices de aptidão física, e acredita-se que esta relação venha a ser causal (CORBIN e
PANGRAZI, 1993; LIVINGSTONE, 1994; GUEDES et al, 2002). Pode-se compreender aptidão física, em
dois diferentes âmbitos, relacionada ao desempenho atlético e AFRS (PATE, 1983; LORENZI et al
2005). Esta última envolve os seguintes componentes: resistência cardiorrespiratória, composição
corporal, força/resistência muscular localizada e flexibilidade (GUEDES, 2007). Um melhor índice em
cada um destes está associado com um menor risco para o desenvolvimento de doenças e/ou
incapacidades funcionais (ACSM, 1996; GUEDES et al, 2002). Os benefícios do desenvolvimento da
aptidão física sobre a saúde estão bem evidenciados na literatura científica (DUMITH et al., 2010).
É muito importante a aquisição de hábitos positivos para a prática de atividade física na infância
podendo repercutir de forma positiva no estado de aptidão física durante a vida adulta (NAHAS, 2001).
Mesmo sabendo dos benefícios de se ter uma boa aptidão física há indícios de que crianças e
adolescentes apresentam, atualmente, baixos níveis de aptidão física (SOUZA, 2010; BARBOSA et al,
2008). Essa preocupação com a melhora da qualidade de vida torna-se uma questão de grande importância social, levando ao surgimento de pesquisas com o propósito de investigar os fatores envolvidos na
aptidão física de crianças e adolescentes (LUGUETTI et al, 2010). Além disso, capacidades físicas
força/resistência e flexibilidade e seus elementos envolvidos são responsáveis por prevenir distúrbios
articulares, posturais, lesões músculo-esqueléticas e osteoporose (GLANER, 2002; CLAUSEN, 1973).
Com base no exposto, tendo em vista a relação de proporção inversa para o nível de aptidão física com
o risco de desenvolvimento de doenças e/ou incapacidades funcionais, este estudo busca: a) identificar
os níveis de AFRS; b) comparar entre gêneros; e c) classificar os níveis de saúde de acordo com os
parâmetros estabelecidos pela PROESP (Projeto Esporte Brasil), através do Manual de aplicação de
medidas e testes, normas e critérios de avaliação (GAYA e SILVA, 2007).
METODOLOGIA
Este estudo tem um caráter transversal e descritivo com método quantitativo. A amostra utilizada
teve uma população de 31 indivíduos, n = 15 meninas (15,00±0,76 anos) e 16 meninos (15,56±0,89
anos), estudantes de uma escola da rede pública de ensino da cidade de João Pessoa, estado da
Paraíba, selecionados aleatoriamente no colégio da policia militar. Os alunos foram abordados durante
as aulas de educação física e os testes foram realizados no ginásio da escola utilizada. No início foram
realizadas medidas antropométricas e em seguida cinco testes de diversas capacidades para avaliação
da aptidão física. Os testes utilizados foram:
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Arremesso da Medicineball: Neste teste foram utilizadas uma trena e uma medicineball de 2
kg, sendo a trena fixada ao solo de forma perpendicular à parede com seu ponto zero próximo à mesma.
Durante o teste, o avaliado se senta com os joelhos estendidos, as pernas juntas e as costas
completamente apoiadas à parede. O mesmo segurava a medicineball junto ao peito com cotovelos
flexionados. Ao sinal do avaliador, o avaliado lançava a bola em maior distância possível, mantendo as
costas apoiadas na parede. A distância do arremesso foi registrada a partir do ponto zero até o local em
que a bola tocou o solo pela primeira vez. Foram realizados dois arremessos e foi adotado o melhor
resultado, com medida realizada em centímetros.
Teste de impulsão horizontal: Foi utilizada uma trena e foi traçada uma linha no solo, ficando o
ponto zero da trena sobre a linha de forma perpendicular. Os alunos posicionavam-se imediatamente
após a mesma, com pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semiflexionados, tronco ligeiramente
inclinado para frente e ao sinal, o aluno deveria salta a maior distância possível e a distância registrada,
em centímetros, é a melhor de duas tentativas.
Corrida dos 30 metros: Foi demarcado no chão a distância, e sobre a demarcação foram
colocados um cone no ponto zero, um aos 15 metros e um último cone aos 30 metros. Nestes pontos
onde estavam os cones, permaneciam os cronometristas. O primeiro e o ultimo cronometrista
permaneciam com um dos braços levantados. Ao sinal do primeiro cronometrista, que era abaixar seu
braço, todos acionavam o cronometro e o aluno iniciava sua corrida. No momento em que o aluno
passava pelo ultimo cronometrista, o mesmo abaixava o braço e todos paravam seus cronômetros. Para
cada aluno, este procedimento foi realizado três vezes, e foram somados os tempos do primeiro e do
ultimo cronometristas e dividido por dois, nas três tentativas e foi considerado o menor tempo realizado,
com precisão em centésimos.
Sentar e alcançar: Foi utilizada uma fita métrica com precisão em centímetros. O aluno sentavase sobre a trena estendida e fixada ao solo com o ponto zero sobre as pernas estendias, de modo que o
ponto 38 cm estivesse entre os calcanhares que estavam afastados um do outro com distância de 30
centímetros. Os joelhos permaneciam estendidos, as mãos sobrepostas com os dedos médios
alinhados, e o aluno deveria flexionar seu tronco à frente sobre as pernas e alcançar com as pontas dos
dedos a maior distância possível sobre a fita métrica. Foi considerado o valor cuja distância foi maior
entre duas tentativas permitidas.
Teste de flexão abdominal: Foram utilizados colchonete e cronômetro. O aluno posicionava-se
em decúbito dorsal, com joelhos flexionados a 90 graus, e o avaliador fixava os pés do aluno ao solo. Ao
sinal do avaliador, o cronômetro era acionado e o aluno começava a executar movimentos de flexão do
tronco, até tocar os cotovelos nas coxas. Foi registrada a quantidade de movimentos completos
realizados em 60 segundos (1 minuto).
As variáveis antropométricas utilizadas foram massa corporal em quilogramas (kg), estatura em
2
metros (m), índice de massa corporal (IMC) em Kg/m e circunferência da cintura (CC) em centímetros
(cm). A massa corporal foi obtida a partir da pesagem em uma balança da marca Filizola, com precisão
em 1 grama. Para a obtenção dos valores de estatura foi utilizado um estadiômetro com precisão em 1
centímetro e para a circunferência da cintura, foram utilizadas fitas antropométricas também com
precisão em 1 centímetro. Para os valores de IMC foi utilizado o cálculo:
IMC = Massa Corporal
(Estatura)²
Após a sessão para coleta dos dados foi realizada a tabulação, análise e interpretação dos
dados no programa PASW statistic 18.0. Para caracterização da amostra foi utilizada a estatística
descritiva média, desvio padrão (DP), valores máximos e mínimos. Foram analisados os níveis de
normalidade e homogeneidade dos dados obtidos através do teste de Shapiro-Wilk e Levene,
respectivamente. Logo em seguida, para comparar os valores médios obtidos entre os grupos, foi
aplicado o Test T de student para amostras independentes. O nível de significância adotado foi de 5% e
o critério de referência utilizado foi o estabelecido pelo PROESP. Para visualização dos dados da CC e
da velocidade foi realizado posto percentil.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
As características morfológicas dos meninos e meninas adolescentes são apresentadas na
Tabela 1. As variáveis, massa corporal, estatura e IMC apresentaram diferença significativa, com os
meninos obtendo valores de IMC significativamente melhores que as meninas.
Tabela 1. Características morfológicas dos adolescentes (N=31).
Meninos
n=16
Meninas
n=15
Idade (anos)
15,56±0,89
15,00±0,76
Massa corporal (Kg)
61,53±12,59
53,15±6,10
0,027*
1,73±0,08
1,64±0,05
0,001*
IMC (Kg/m )
17,83±3,15
20,19±2,03
0,020*
CC (cm)
78,50±11,18
74,73±5,08
Variáveis
Estatura (metros)
2
p
*p< 0,05
Na tabela 2 verificam-se os valores médios, máximos e mínimos obtidos pelos testes de
capacidades físicas entre meninos e meninas, bem como, diferenças significativas nas variáveis, Força
MMSS e MMII, velocidade e RML, em que os meninos alcançaram resultados melhores que as meninas.
Tabela 2. Valores médios, mínimos e máximos dos testes de capacidades físicas de adolescentes (N=31).
Variáveis
Meninos
n=16
Meninas
n=15
p
Máximo
Mínimo
Força MMSS (cm)
384,06±56,72*
305,67±37,36
0,001*
470
220
Força MMII (cm)
185,06±29,71*
129,27±14,02
0,001*
224
106
5,62±0,86*
6,18±0,63
0,047*
4
7,37
36,44±12,88
43,47±12,23
0,131
57
5
36,31±7,8*
29,60±6,31
0,014*
47
18
Velocidade (s)
Flexibilidade (cm)
RML(repetições/minuto)
* p<0,05
Na tabela 3 estão dispostos os valores de posto percentil para as variáveis, velocidade e CC de
meninos e menina. Foi identificado que 25% dos meninos e 73% das meninas estão acima dos valores
estabelecidos.
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Tabela 3. Percentis de velocidade e circunferência da cintura de escolares do Colégio da Policia Militar de João
Pessoa (PB). (N=31).
Sexo /variáveis
Percentil
25
50
5
10
75
90
Velocidade (s)
4,49
4,62
4,78
5,43
6,31
6,92
CC (cm)
67,00
67,70
70,00
74,50
89,25
98,20
Velocidade (s)
5,45
5,46
5,70
6,09
6,97
7,19
CC (cm)
65,00
68,00
71,00
73,00
79,00
82,40
Meninos
Meninas
CC = circunferência da cintura.
A literatura tem dado enfoque ao desenvolvimento de componentes da AFRS sendo eles
fisiológicos e funcionais. Resultados obtidos em estudos realizados pelo país permitem estabelecer
parâmetros mais consistentes sobre o tema (ARAÚJO e OLIVEIRA, 2008).
No estudo aqui realizado, observou-se que os meninos quando classificados, de acordo com os
valores médios obtidos por gêneros em relação aos componentes da AFRS e tendo como base os CRs,
nas variáveis IMC e flexibilidade, atenderam aos critérios estabelecidos pela PROESP, estando,
respectivamente, classificados como normal e bom. No entanto, para as variáveis, Força MMII e RML, O
nível está razoável e para a variável Força MMSS, eles se apresentaram em níveis fracos.
As meninas, em geral estão classificadas em normal e muito bom, respectivamente, para as
variáveis IMC e flexibilidade, também atendendo aos CRs. Quanto às variáveis, Força MMII e RML, elas
diferenciaram-se dos meninos na primeira, mostrando-se com valores fracos, e na segunda
apresentaram valores bons. Já na variável Força MMSS, elas obtiveram valores razoáveis, também se
diferenciando.
Evidências existentes afirmam que 63% dos adolescentes possuem dois ou mais fatores de risco
que podem ser modificados com a prática da atividade física e consequente melhora da aptidão física
(GLANER, 2005; NIEMAN, 1999). Estudos realizados por Guedes e Guedes(1995) com a participação
de escolares do município de Londrina (PR), já neste ano, constataram que proporção significativa de
adolescentes demonstrou índices de aptidão física que podem comprometer melhor estado de saúde.
Estudos evidenciam que crianças e adolescentes estão menos aptas fisicamente que seus pares de
décadas anteriores, ou boa parte não atende aos critérios desejáveis para uma recomendada AFRS
(GLANER, 2003). Como pode ser notado na literatura, existem dados nos quais evidenciam que em 15
anos o cenário infanto-juvenil brasileiro encontra-se com os níveis de aptidão física comprometidos e
continua em evolução, pois os resultados encontrados neste estudo corroboram com essa afirmação.
Segundo Mota (2000), os níveis de aptidão física de crianças e adolescentes, além da influência
das transformações fisiológicas e anatômicas decorrentes das descargas hormonais aumentadas devido
à puberdade, são influenciados pela quantidade de atividade física habitual. Além disso, a população
estudada, de acordo com os CRs, não apresentou nenhum resultado em excelência. Esse fator pode ser
justificado pelo fato de que o que se vê nas aulas de educação física escolar é um predomínio do jogo e
de atividades lúdicas, que acabam por privilegiar de forma exagerada às capacidades motoras
coordenativas (equilíbrio, precisão e ritmo). Por outro lado, verifica-se certa relutância e indisponibilidade
para aplicar programas em que as capacidades motoras condicionais, entre as quais, estão inseridas a
força/resistência muscular e a resistência cardiorrespiratória sejam solicitadas (MARQUES e GAYA,
1999), sendo deixada uma lacuna no desenvolvimento de alguns componentes da AFRS (BERGMANN,
et. al., 2005), o que corroborou com os achados na população do estudo aqui realizado, tendo em vista
que atenderam, de forma parcial, aos critérios estabelecidos, obtendo baixos níveis nos componentes de
força e RML.
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Vários fatores podem contribuir para um menor nível de aptidão física, tendo em vista que a
mesma é resultado do estilo de vida. Bergmann et al (2005) destacam que AFRS capacita a população
estudada a manter uma vida ativa, mesmo depois da vida escolar. Porém, o avanço da tecnologia é um
desafio para os profissionais da saúde, principalmente para os de Educação física, pois induz os jovens
a permanecer por mais tempo em comportamento sedentário. Segundo Pitanga (2002), em decorrência
do avanço tecnológico, o ser humano depende muito menos de suas capacidades físicas para
sobreviver, o que contribui negativamente para os níveis basais de aptidão física. O fato de meninos e
meninas apresentarem resultados diferentes, mesmo sendo de faixa etária igual também mostra que
apesar da idade dos indivíduos serem a mesma, eles apresentam características e manifestações
diferenciadas (ARAÚJO, 1985). Ou seja, apesar de terem a mesma idade cronológica, que seria a
diferença entre um dado dia e o dia do nascimento (FILHO e TOURINHO, 1998), eles se classificam em
diferentes idades biológicas (idade determinada pelo nível de maturação dos diversos órgãos que
compõem o homem). (MALINA e BOUCHARD, 1991).
As meninas se destacaram na flexibilidade, o que corrobora com estudos de Silva et al. (2006),
que afirmam que a maior parte da investigações produzidas neste âmbito mostram que as meninas são
mais flexíveis que meninos. Guedes e Guedes (1993), Guedes (1994) e Glaner (2005) demonstraram em
seus estudos diferenças significativas entre os sexos sobre essa variável. Porém, não é certo que tal fato
esteja mais aproximado às características anátomo-funcionais do que de influências ambientais
(MICHELI et al., 2000). No entanto em estudo de Araújo e Oliveira (2008), não registrou diferenças
significativas entre os dois grupos (142 meninas e 146 meninos entre 9 e 14 anos). Segundo Koutedakis
(1995), os indivíduos com maior grau de flexibilidade são susceptíveis a menor risco de lesão
músculoligamentar. Roman (2004), Silva (2002) e Hobold (2003) em seus estudos realizados com faixa
etária semelhante verificaram um decréscimo nos níveis alcançados nesta capacidade de acordo com o
avanço da idade. De acordo com Bergmann et al (2005), o nível máximo de flexibilidade é alcançada
ainda na infância escolar e tende a diminuir com a puberdade. Esse fenômeno ocorre por mudanças
anatômicas e estruturais que influenciam o desempenho em ambos os sexos (MARQUES e GAYA,
1999).
No Brasil, no período de 1974 a 1997, o excesso de peso cresceu de 4,1% para 13,9% em
crianças e adolescentes (WANG, et al, 2002) e estima-se que 50%-77% deste grupo etário manterá esta
condição na vida adulta. Além disso, o excesso de peso na infância e adolescência contribui para maior
ocorrência de morbi-mortalidade de origem cardiovascular na idade adulta (SINAIKO, et al, 1999).
Contraponto aos estudos de McCarthy et al (2003), Moreno et al, (2005) e Morrison et al, (2005), que
observou-se recentemente um aumento na circunferência da cintura em crianças e adolescentes do
Reino Unido e Espanha. Nas crianças britânicas, o aumento da cintura foi maior que o IMC nos últimos
10-20 anos, principalmente nas meninas. Os valores médios da CC e do IMC, neste estudo atenderam
aos CRs, essa discordância pode ser atribuída, pela inexistência de um padrão internacional de pontos
de corte para classificação de adiposidade abdominal específicos para determinados grupos.
Sabendo que a AFRS é produto de um estilo de vida e que o mesmo pode trazer vários
benefícios para saúde de quem a mantém dentro dos padrões desejáveis e que o contrario é verdadeiro,
é necessário adicionar aos trabalhos que tem a AFRS como enfoque, a relação de variáveis
antropométricas de crianças e adolescentes, como é possível perceber em diversos estudos, que ao
associar AFRS com indicadores antropométricos observou uma interação entre flexibilidade, força e
resistência aeróbia com o IMC, percentual de gordura e CC e com isso, identificou-se que escolares
obesos e com hiperadiposidade abdominal são mais suscetíveis a fraca AFRS (ANDREASI et al, 2010;
DUMITH et al, 2008; RUIZ et al, 2006; BRUNET et al, 2007). Somando-se a isso, ja é conhecida uma
relação positiva entre os níveis de aptidão física e desempenho acadêmico de jovens, além de notado
um efeito positivo sobre o seu tempo de reação, levando a perceber uma correlação entre AFRS e as
funções cognitivas, como mostrado no estudo de Sibley e Etnier (2003) e Aberg et al (2009).
Em estudo com população localizada na região nordeste do Brasil, ou seja, mesma população
deste estudo, Silva et al (2010), mostrou que o aumento do peso é progressivo com o passar da idade.
Ao relacionar variaveis antropometricas com aptidão cardiorespiratória, notou-se que quando os valores
forem elevados nas variaveis o desempenho cardiorespiratório será baixo. Vários estudos transversais
têm demonstrado uma associação entre o nível de aptidão física durante a infância e adolescência e
fatores de risco cardiovascular (WEDDERKOPP et al, 2003; NIELSEN e ANDERSEN, 2003). O papel de
baixos níveis da aptidão física como um fator de risco cardiovascular é ainda maior do que outros bem
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estabelecidos, tais como dislipidemia, hipertensão, ou obesidade (MYERS et al, 2002). Da mesma forma,
importantes estudos longitudinais têm mostrado que o nível da condição física em um adulto, bem como
a presença de outros fatores de risco cardiovasculares convencionais, tais como a hipercolesterolemia e
hipertensão, é condicionada pelo nível de aptidão física na infância ou adolescencia (JANZ et al., 2002;
TWISK et al, 2002).
CONCLUSÃO
De acordo com a amostra, conclui-se que tanto meninos quanto meninas não atendem
integralmente aos padrões de saúde estabelecidos de acordo com o PROESP (que busca ser critérios
de referência para a saúde e detecção de talentos esportivos), porém para o IMC e a flexibilidade eles se
apresentam dentro dos parâmetros necessários. Sendo assim, se faz importante que exista incorporação
de atividades físicas para crianças e adolescentes que privilegie de maneira global, os componentes
relacionados à AFRS, visto que isso irá reduzir a exposição destes sujeitos ao desenvolvimento de
doenças crônicas. Com relação à importância da maturação biológica e por não ser uma das variáveis
abordadas neste estudo, possivelmente, este fato pode representar limitação, com isso, evidencia-se a
necessidade de mais estudos que envolvam variáveis como maturação óssea, entre outras e nível de
atividade física para ter dados mais robustos sobre os riscos de desenvolvimento de doenças crônicodegenerativas e/ou incapacidades do aparelho locomotor.
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Universidade Federal da Paraíba - UFPB.
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