CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROFESSOR ANTONIO SEABRA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA
CLEVERSON TADEU ROSA
OPERADOR LOGÍSTICO: VANTAGEM OU DESVANTAGEM PARA
CONTRATAR SEUS SERVIÇOS
LINS/SP
2º SEMESTRE/2014
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA
CLEVERSON TADEU ROSA
OPERADOR LOGÍSTICO: VANTAGEM OU DESVANTAGEM PARA
CONTRATAR SEUS SERVIÇOS
Artigo Científico apresentado à Faculdade de
Tecnologia de Lins Professor Antonio Seabra, para
obtenção do Título de Tecnólogo(a) em Logística.
Orientador: Prof. Me. Euclides Reame Junior
LINS/SP
2º SEMESTRE/2014
CLEVERSON TADEU ROSA
OPERADOR LOGÍSTICO: VANTAGEM OU DESVANTAGEM PARA
CONTRATAR SEUS SERVIÇOS
Artigo Científico apresentado à Faculdade de
Tecnologia de Lins Professor Antonio Seabra, como
parte dos requisitos necessários para a obtenção
do título de Tecnólogo(a) em Logística sob
orientação do Prof. Me. Euclides Reame Junior.
Data de aprovação: ___/___/___
__________________________________________
Prof. Me. Euclides Reame Junior
__________________________________________
Prof. Me. Silvio Ribeiro
__________________________________________
Prof. Me. Sandro da Silva Pinto
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OPERADOR LOGÍSTICO: VANTAGEM OU DESVANTAGEM PARA
CONTRATAR SEUS SERVIÇOS
Cleverson Tadeu Rosa¹
Me. Euclides Reame Júnior²
¹ Acadêmico do Curso de Tecnólogo em Logística da Faculdade Prof. Antônio Seabra de
Lins - Fatec, Lins-SP, Brasil
² Docente do Curso de Tecnólogo em Logística da Faculdade Prof. Antônio Seabra de
Lins - Fatec, Lins-SP, Brasil.
RESUMO
Na atualidade mercadológica, com a globalização econômica e o avanço tecnológico, as
empresas necessitam de mudanças estruturais nas organizações, pois a competitividade
vai muito além dos conceitos de comercialização de produtos e serviços. Para que esses
serviços sejam oferecidos eficientemente no lugar certo, no tempo certo e nas condições
desejadas, é imperativo que as atividades da logística devem ser compreendidas como
uma ferramenta para a redução de custos. Umas das principais atividades da logística é o
transporte, para que atinjam seus objetivos é necessário maior integração de suas
modalidades e o uso eficiente da tecnologia para otimizar os serviços, pois o transporte
pode absorver dois terços dos gastos logísticos. Assim, o operador logístico ou prestador
de serviços logísticos é um profissional que deve compreender os processos logísticos
como um agente integrador com conhecimento desta gestão e capacitação em recursos
técnicos e operacionais. Diante deste contexto, este artigo visa compreender as
vantagens ou desvantagens na contratação de um operador logístico quanto das
empresas terceirizarem seus serviços, tendo para isto utilizado a metodologia da pesquisa
bibliográfica na qual permitiu compreender o conceito de operador logístico e os serviços
que podem oferecer ao contratante. Compreendeu-se que o uso da tecnologia é essencial
para a otimização dos serviços, para uma maior competitividade no mercado e
consequentemente uma redução de custos.
Palavras-chave: Logística. Transporte. Operador logístico.
ABSTRACT
Logistics represents the arrangement of merchandise or services at the right place, at the
right time and in the desired condition because when these services are performed
efficiently companies have the opportunity to achieve cost reduction for greater
competitiveness in the market. For transportation services achieve their goals it's
necessary to have greater integration of its modalities and an efficient use of technology to
optimize services, once transportation can absorb two-thirds of logistics costs.
Thus, the logistics operator or provider of logistics services is a professional who must
understand the logistics processes as an integrating agent with a good knowledge about
this management and capacity in in technical and operational resources.
Keywords: Logistics. Transport. Logistic operator.
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INTRODUÇÃO
A globalização e o avanço tecnológico tornou o mercado muito competitivo, assim
com todos esses fatores socioeconômicos, em constante evolução, as empresas
necessitam de serviços e um sistema organizacional eficiente no intuito de reduzir custos.
Portanto as atividades da logística devem ser utilizadas de uma forma em que se deve
dispor a mercadoria ou o serviço certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condições
desejadas pelo cliente.
Para superar as expectativas do cliente quanto à entrega de produtos e serviços,
as atividades da logística no que diz respeito ao transporte devem ser realizadas de forma
integrada. Assim, todas as modalidades de transporte tais como: ferroviário, dutoviário,
aeroviário, aquaviário e rodoviário devem ser realizados conforme o produto, o volume e o
tempo de transporte. Todos esses serviços logísticos devem ocorrer com rapidez e
eficiência para que os custos sejam mínimos.
Os prestadores de serviços logísticos é uma realidade no mercado mundial, seja
pela participação nas atividades ou nas alianças da cadeia de suprimentos. Da qual sua
competência é ser um prestador das atividades desempenhando funções de todo
processo logístico de uma empresa ou somente parte dele. As transformações desse
setor são constantes, portanto os profissionais dessa área devem ter uma visão integrada
da cadeia e se posicionando como um agente integrador.
A justificativa deste artigo deve-se ao aumento da terceirização de serviços que
vem atingindo as atividades logísticas, e assim o surgimento de um novo profissional o
operador logístico. Nesta pesquisa foi utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica,
na qual permitiu compreender o conceito e os serviços prestados pelos operadores
logísticos, e a importância do sistema de transporte nos processos logísticos. O objetivo
desse artigo visa compreender as vantagens e as desvantagens de se contratar um
prestador de serviços logísticos e consequentemente a sua tercerização.
1 A CIÊNCIA LOGÍSTICA
Segundo Christopher (2007), logística é o processo de planejamento e controle da
movimentação física de materiais, matéria-prima, produção e produtos acabados. De
forma economicamente eficiente da qual a lucratividade atual e futura sejam maximizadas
mediante o menor custo possível. Uma conceituação em que está implícita a busca da
satisfação do cliente e a preocupação com o sistema logístico, como um todo no intuito de
obter vantagem competitiva.
O objetivo da logística é prover ao cliente os níveis de serviços por ele requeridos,
com a entrega do “produto certo, no lugar certo, no momento certo, nas condições certas
e pelo custo certo”. Assim satisfazer ao cliente faz parte da logística. Entende-se que o
processo é efetivado quando este objetivo é alcançado, portanto, as suas atividades
possibilitam maior integração, coordenação e sustentação. Para equilibrar as expectativas
de níveis de serviços e os custos incorridos, a logística necessita buscar estratégias,
planejamentos e desenvolvimento de sistemas que lhe assegurem atingir seus objetivos.
Para movimentar materiais e produtos aos clientes de maneira oportuna, uma
empresa incorre em custos, visando agregar um valor que não existia e que foi criado
para o cliente. Isso faz parte da missão da logística, viabilizando operações relevantes de
Produção e Marketing, minimizando todos os tempos e custos, dadas as condições de
cada elo da cadeia de suprimentos. A logística, atualmente, é uma área estratégica nas
empresas no intento de redução de custos (FARIA; COSTA, 2012).
Todos esses elementos do processo logístico devem ser enfocados com um
objetivo fundamental: satisfazer as necessidades e preferencias dos consumidores finais.
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Operando num mercado eminentemente competitivo, não basta adotar soluções
tecnicamente corretas. É necessário buscar soluções eficientes, otimizadas em termos de
custo, e que sejam eficazes em relação aos objetivos pretendidos (NOVAES, 2007).
1.1 HISTÓRICO
Acredita-se que a Logística teve sua origem em atividades militares, como forma de
defesa ou objetivando a conquista de novos territórios, relacionando-a as atividades de
acomodar, suprir e acantonar tropas. Apesar de que a Logística não deveria ter sua
origem associada apenas às operações de guerra, pois, por exemplo, na construção das
Pirâmides do Egito e em outras obras majestosas foram realizadas muitas atividades
relacionadas às atividades da Logística (FARIA; COSTA, 2012).
A partir de 1950, a ciência logística permanecia em estado de dormência, pois o
transporte era tratado gerencialmente pela produção e os estoques eram de
responsabilidade das finanças ou produção. Já de 1950 a 1980 houve um período de
desenvolvimento em que se percebeu uma atenção maior das empresas ao volume de
compras e de vendas do que à eficiência da distribuição física. Mas as melhorias não
foram estruturadas a ponto de surgir uma logística integrada, mas sim mudanças
pontuais.
Finalmente, depois de 1990, teve-se uma compreensão da logística integrada, da
qual hoje é considerada uma das áreas mais férteis e prósperas dos negócios. A
intensificação das atividades logísticas deveu-se à conjunção de muitos fatores, tais
como: o rápido desenvolvimento da tecnologia de ponta em geral, incluindo tecnologias
de sistemas de informação; o momento político global, em que se vivi uma era
neoliberalismo; o mundo dos negócios digitais (HARA, 2011).
1.2 EVOLUÇÃO DO CONCEITO
É fato que o termo “logística” e a implementação de suas ferramentas é
relativamente bastante recente: as atividades logísticas eram praticadas de forma
esparsa, isto é, não integrada e carente de um desenvolvimento metodológico adequado.
Não raro, nas indústrias, o transporte era sinônimo de logística, o que traduz uma visão
muito reducionista, compatível com o pouco conhecimento da época (HARA, 2011).
A logística evoluiu muito desde seus primórdios. Agrega valor de lugar, de tempo,
de qualidade e de informação à cadeia produtiva. Além de agregar os quatros tipos de
valores positivos para o consumidor final, a logística moderna procura também eliminar do
processo tudo que acarrete custos e perda de tempo. A logística envolve também
elementos humanos, materiais, tecnológicos e de informação. Implica a otimização dos
recursos, pois, se de um lado se busca o aumento da eficiência e a melhoria dos níveis de
serviço ao cliente, de outro, a competição no mercado obriga a uma redução continua de
custos.
O que vem fazendo da logística um dos conceitos gerenciais mais modernos são
dois conjuntos de mudanças, o primeiro de ordem econômica, e o segundo de ordem
tecnológica. As mudanças econômicas criam novas exigências competitivas, enquanto as
mudanças tecnológicas tornam possível o gerenciamento eficiente e eficaz de operações
logísticas cada dia mais complexas e demandantes (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO,
2009).
Atualmente, o avanço da tecnologia de informação (TI) nos últimos tempos vem
permitindo às empresas a executar operações que antes eram inimagináveis. O custo
decrescente da tecnologia, associado a sua maior facilidade de uso, permitem aos
executivos poder contar com meios para coletar, armazenar, transferir e processar dados
com maior eficiência, eficácia e rapidez. Portanto, o gerenciamento eletrônico de
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informações proporciona uma oportunidade de reduzir os custos logísticos mediante sua
melhor coordenação. Além disso, permite o aperfeiçoamento do serviço baseando-se
principalmente na melhoria da oferta de informações ao cliente (FLEURY; WANKE;
FIGUEIREDO, 2009).
1.3 GRUPOS DE ATIVIDADES
Para uma melhor caracterização do que representa a função logística dentro das
empresas, mostra-se a seguir as diversas atividades da logística, e suas respectivas
funções. Dentre as principais atividades logísticas destacam-se: planejamento da
movimentação física; transporte; manuseio de materiais a armazenagem; entrega de
produto para os clientes; administração dos estoques; gerenciamento do fluxo de pedidos,
tanto de compra como de venda, dentro das organizações; administração do fluxo de
informação relativa à movimentação física é responsável pela qualidade de prestação de
serviços ao cliente. Assim, um sistema logístico pode ser subdividido em quatro
subsistemas: informações; suprimento; produção; e distribuição física (SOUZA;
BARBOSA, 2006).
Gestão de suprimento engloba as atividades realizadas para colocar os materiais e
componentes na linha de produção ou distribuição, das quais são utilizadas as técnicas
de armazenagem, movimentação, estocagem transporte e fluxo de informações. Suas
principais atividades estão relacionadas ao processo de obtenção de materiais, controle
de estoques e sistemas de armazenagem.
A logística de distribuição física compreende a elaboração e a administração dos
sistemas que controlam o fluxo de matérias-primas e de produtos acabados, quer dizer,
compreende uma extensa variedade de atividades relacionadas com o movimento dos
produtos acabados, desde o final da fabricação até o consumidor e o transporte de
matérias-primas, desde as fontes de fornecimento até a linha de produção. Distribuição
física é uma atividade da logística que está associada ao movimento de material de um
ponto da produção ou armazenagem até o cliente. E é uma parte do composto de
marketing (produto, preço, promoção e distribuição), que no âmbito das atividades de
armazenagem e transporte busca uma forma estratégica de agregar valor ao cliente,
através de modelos de distribuição que reduzam custos e que os processos sejam
executados com eficiência para se obter vantagem competitiva (FARIA; COSTA, 2012).
1.4 PANORAMA NO BRASIL
Com a abertura da economia e a globalização, as empresas brasileiras passaram a
buscar novos referenciais para a sua atuação, inclusive no domínio da logística. No
entanto, os passos ainda são tímidos, à mercê de uma série de fatores. Uma das
limitações observadas nas empresas brasileiras, quanto às possibilidades de evolução em
termos logísticos, é sua estrutura organizacional. A clássica divisão da empresa em
setores girando em torno de atividades afins (manufatura, finanças, vendas, marketing,
transporte e armazenagem) não permite o tratamento sistêmico e por processo das
operações logísticas (NOVAES, 2007).
Durante a década de 90, a logística no Brasil passou por profundas transformações
em direção a maior sofisticação. Essas transformações são evidenciadas em diferentes
aspectos, sejam eles relacionados à estrutura organizacional, às atividades operacionais,
ao relacionamento com os clientes, ou às questões financeiras. Pode-se afirmar que
passamos por um processo revolucionário, tanto em termos das praticas empresariais,
quanto da eficiência, qualidade e disponibilidade da infraestrutura de transportes e
comunicações, elementos fundamentais para a existência da logística moderna.
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No nível empresarial, o processo de modernização vem sendo liderado por dois
segmentos industriais, o automobilístico e o grande varejo. Nos últimos anos esses
setores provocaram grandes mudanças em suas politicas de suprimentos visando a
redução de custos e melhorar a qualidade de serviços. No entanto, todo esse esforço
empresarial ainda esbarra nas deficiências encontradas na infraestrutura de transportes e
comunicações. Devido à falta de modernização dos portos, ferrovias e dutos, assim como
os subsídios implícitos que existem no modal rodoviário. Contudo está ocorrendo
mudanças nesses setores de modais, e assim o Brasil está se preparando para o novo
ambiente competitivo que começa a ser formado no setor de transporte e logística. As
mudanças são muitas, mas ainda existem barreiras a serem vencidas. Entre elas,
destaca-se a pequena oferta de profissionais com formação adequada para implementar
os novos conceitos e tecnologias que caracterizam a moderna logística integrada
(FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009).
2 MODAIS DE TRANSPORTE
2.1 A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE TRANSPORTE
O transporte é o principal componente dos sistemas logísticos das empresas. Sua
importância pode ser medida através de pelo menos três indicadores financeiros: custo,
faturamento e lucro. Além disso, o transporte tem um papel essencial na qualidade dos
serviços logísticos, pois impacta diretamente no tempo de entrega, a confiabilidade,
capacidade e a segurança dos produtos. Do ponto de vista de custos, representa, em
média, cerca de 60% das despesas logísticas, o que, em alguns casos, pode significar
duas ou três vezes o lucro de uma companhia.
As principais funções do transporte na logística estão ligadas basicamente às
dimensões de tempo e utilidade de lugar. Desde os primórdios, o transporte tem sido
utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, dentro do prazo
adequado às necessidades do comprador. São basicamente cinco modais de transporte
de cargas: rodoviário, ferroviário, aquaviario, dutoviario e aéreo. Cada um possui custos e
características operacionais próprias, que os tornam mais adequados para certos tipos de
operações e produtos. Evidentemente os aspectos de custos devem ser considerados, e
também, características de serviços (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009).
2.2 MODALIDADES DE TRANSPORTE
2.2.1 Transporte Dutoviário
Muito limitado em serviço e capacidade. Essa modalidade de transporte
compreende a movimentação de gases, líquidos, grãos e minérios por meio de
tubulações. O trabalho exigido para esse tipo de movimentação é bastante grande, uma
vez que as linhas de tubos passam por vales, lagos, rios, montanhas e mesmo pelo
oceano. Os testes são fundamentais antes do inicio da operação a fim de evitar
vazamentos. É necessário monitorar permanentemente esses dutos durante a vida
operacional das tubulações. Portanto, o custo fixo é elevado e o custo variável é baixo,
pois não há custo com mão-de-obra de grande importância.
O transporte dutoviário é uma forma eficiente e segura de transporte. No Brasil,
essa área tem evoluído, e a busca de eficiência e segurança é primordial para responder
a um mercado cada vez mais competitivo. A adoção de automação industrial é
fundamental para monitorar a eficiência desse tipo de transporte (HARA, 2011).
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2.2.2 Transporte Aéreo
O transporte aéreo é uma modalidade mais utilizada para produtos que têm um alto
valor, como equipamentos eletrônicos e máquinas de precisão, devido ao alto custo nele
envolvido. Essa modalidade apresenta características importantes quanto à segurança e
agilidade. Grandes distâncias ainda são na maioria das vezes percorridas por navios, por
ser um tipo de transporte menos oneroso.
A significativa vantagem do uso do transporte aéreo está na velocidade da entrega
quando se trata de percorrer grandes distâncias, perdendo para distâncias mais curtas
porque ainda se gasta muito tempo nas saídas e chegadas dos aviões nos terminais. O
transporte aéreo, necessariamente dependente de grandes terminais, não possui
flexibilidade suficiente para atingir uma diversidade de locais, obrigando à prática do
transporte combinado, normalmente o rodoviário (HARA, 2011).
As companhias aéreas estão formando alianças estratégicas a fim de competir em
um mercado globalizado. Essas alianças possibilitam que as empresas aéreas sejam
mais eficientes, melhorem a produtividade e ofereçam um melhor nível de serviço. A
melhoria de produtividade está baseada no consumo mais eficiente de combustível aliado
à melhor utilização de ativo, incluindo a aeronave. Pois, o custo fixo e a variável são
muitos elevados em relação a outros modais (HARA, 2011).
2.2.3 Transporte Ferroviário
Um transporte apropriado para grandes massas, e torna-se pouco eficiente e muito
oneroso para o deslocamento de pequenas quantidades. Portanto, é utilizado para itens
de baixo valor agregado, mas com grandes volumes de movimentação como: granéis,
minérios, produtos agrícolas entre outros. E para longas ou pequenas distancias, com
baixas velocidades. Comparado ao transporte rodoviário o transporte ferroviário não tem
versatilidade e flexibilidade, porque está limitado a instalações fixas.
Um dos principais problemas apresentados por esse tipo de modal é que o
transporte ferroviário opera de acordo com horários previamente estipulados, o que
dificulta a rapidez na entrega e a satisfação do cliente. Outro problema apresentado é que
muitas vezes, o vagão não está disponível na hora e no lugar necessário. Além disso,
apresenta altos custos fixos, provenientes de manutenção e depreciação de terminais,
equipamentos, estradas de ferro, e custo variável baixo, dependente da distância
percorrida (FARIA; COSTA; 2012).
Recentemente privatizado, o modal ferroviário convive com uma série de
limitações, que vem dificultando sobremaneira seu desenvolvimento no país. A primeira
das limitações é a extensão da malha. Além disso, nosso sistema ferroviário possui um
histórico de baixa produtividade. Mesmo com a privatização os investimentos são
inexpressivos quando comparados com nossas necessidades, e com padrões
internacionais (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009).
2.2.4 Transporte Rodoviário
Um modal de transporte ideal para quantidades pequenas de produtos acabados
ou semiacabados para rotas de curta distancia. Uma vantagem para o serviço de porta-aporta. O transporte rodoviário oferece uma ampla cobertura, podendo ser caracterizado
como flexível e versátil, sendo mais compatível com as necessidades de serviço ao
cliente do que outros modos de transporte.
Esse modo é amplamente utilizado devido a sua praticidade, no que se refere à
movimentação de diversos tipos de cargas do ponto de origem a um destino. Pois, os
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custos fixos são baixos, mas os custos variáveis com combustível, pedágios,
manutenções entre outros são médios (FARIA; COSTA, 2012).
Muito embora pareça óbvio que, ao executar a operação com recursos próprios a
empresa tenha maior controle sobre qualidade, prazos, disponibilidade, flexibilidade,
devido à proximidade, exclusividade e facilidade de coordenação, nem sempre esses
argumentos se efetivam na prática. Diante do processo de modernização por que passam
as empresas, em decorrência de competividade, tanto que se refere a capacitação
tecnológica quanto à qualidade dos produtos e serviços oferecidos, surgiu a figura dos
operadores logísticos, que podem vir a responsabilizar-se pela operação de transporte de
uma empresa.
No Brasil, o setor rodoviário de cargas convive com uma série de problemas
estruturais. Dentre eles se destacam a informalidade e fragmentação do setor, uma frota
crescentemente envelhecida pela incapacidade de renovação, a insegurança que resulta
em crescente roubo de cargas, a falta de regulamentação e o excesso de capacidade,
que resulta em concorrência predatória e preços inferiores aos custos reais. Ademais que,
os problemas estruturais do setor já se refletem sobre seu desempenho econômico
(FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009).
2.2.5 Transporte Aquaviário
Para esse modo de transporte é necessário que se tenha condição geográfica
favorável, de maneira que o deslocamento seja concretizado com êxito. É desmembrado
em diversas categorias, como: fluvial para o interior, tais como rios e canais; lagos;
oceanos litorâneos e interlitorâneo; e marítimo internacional. A maioria dos produtos
transportados por essa modalidade é de semi-acabados ou matérias-primas a granel,
como minérios, grãos, produtos de polpa de madeira, carvão, calcário e petróleo.
O modo aquaviário não apresenta flexibilidade de rotas e terminais e depende de
soluções com intermodalidade e de legislação pertinente ao processamento em armazéns
alfandegados. É utilizado para grandes distancias, mas apresenta baixas velocidades.
Esse meio de transporte é necessário que mares, rios, lagos e canais sejam navegáveis.
Vale ressaltar ainda que existem tarifas relacionadas ao volume, à distância e à demanda,
bem como outras tarifas ligadas ao tipo do produto, ao tamanho e aos serviços especiais
(FARIA; COSTA, 2012).
O transporte aquaviário, composto pela cabotagem e a navegação de interior,
convive com uma serie de dificuldades. No caso da cabotagem, que vem crescendo com
a carga conteinerizada, a maior dificuldade encontra-se na baixa frequência de serviços,
que hoje é de cerca de um navio por semana nas principais rotas, o ideal seria de no
mínimo dois. Somem-se a isso as dificuldades após as privatizações, ainda convivem com
custos elevados e baixa eficiência operacional, quando comparado a padrões
internacionais (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009).
2.3 TRANSPORTE MULTIMODAL E INTERMODAL
O transporte multimodal é definido como sendo o movimento de cargas que utiliza
de maneira combinada diferentes modos de transporte, entre o rodoviário, ferroviário,
aéreo, dutoviário e hidroviário, onde a movimentação ocorre desde a origem até o destino,
sob responsabilidade de um único operador, legal e contratual. O serviço de transporte
intermodal consiste na combinação de distintos modos de transporte, em que diferentes
contratos são efetuados de maneira unilateral com as diferentes empresas responsáveis
pelo transporte. O elemento diferencial entre multimodal e intermodal é que no primeiro
apenas um agente se encarrega do movimento da carga utilizando mais de um meio físico
(HARA, 2011).
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O transporte multimodal ou intermodal são elementos facilitadores nos processos
de importação e exportação, uma vez que pode ser aproveitado o que cada modo de
transporte tem de melhor, visando à redução de custos e o nível de serviço. O grande
objetivo da combinação das modalidades é a busca de otimização dos recursos de
transporte nas suas diferentes fases e não apenas físicas, mas também na fase de
planejamento e operação. Assim, a consolidação de cargas em contêineres e paletes são
fatores fundamentais no processo de transporte multimodal.
E também a consolidação de transporte é fundamental para o planejamento das
decisões de embarque e redução de custos. Há várias maneiras de consolidar o
transporte: roteirizando veículos, criando um conjunto de empresas com vários
embarques, utilizando intermodalidade ou estruturando tabelas de embarques (FARIA;
COSTA, 2012).
2.4 TECNOLOGIA
O avanço da tecnologia também tem afetado as atividades de transporte,
agilizando os processos, eliminando o excesso de papéis, melhorando a comunicação e
trazendo maior segurança ao deslocamento das cargas.
A tecnologia pode ser usada de várias formas, como:
 Controle de veículos por satélites: indica sua posição de deslocamento;
 Controle de rotas: sistemas altamente flexíveis permitem traçar rotas econômicas
para diferentes veículos, considerando capacidades, áreas geográficas e
características do produto a ser transportado;
 Checagem da carga: a contagem pode ser efetuada por leitura ótica, alimentando
diretamente um sistema de estoques;
 Informação imediata de entregas ou de outros problemas de rota;
 Visibilidade da cadeia de abastecimento em todo o seu contexto: ativos, estoques,
localização geográfica de veículos e produtos, capacidades, disponibilidades de
fornecedores entre inúmeros outros benefícios.
3 OPERADORES LOGÍSTICOS
3.1 CONCEITUAÇÃO DE OPERADOR LOGÍSTICO
Atualmente, o Prestador de Serviço Logístico (PSL) ou Operador logístico é uma
realidade no mercado mundial, seja pela participação nas atividades ou pelas alianças na
cadeia de suprimento. A utilização do prestador de serviços evoluiu ano a ano e tem uma
relação direta com a busca de vantagens competitivas na cadeia de suprimento. Assim,
na consolidação a gestão da cadeia de suprimento, têm levado estes provedores a
assumir um papel mais abrangente e integrado com seus clientes. Essa integração entre
os agentes é fundamental para o sucesso da cadeia, o prestador de serviços tem se
tornado um provedor de recursos para a empresa que, estrategicamente, buscam
melhorias na cadeia (VIVALDINI; PIRES, 2010).
Operador logístico, de acordo com NOVAES (2007), é o prestador de serviços
logísticos que tem competência reconhecida em atividades logísticas, desempenhando
funções que podem englobar todo o processo logístico de uma empresa cliente ou
somente parte dele. No decorrer do tempo, o operador logístico vem passando por
diversas transformações, pois passou a se modernizar e a ganhar uma formatação
voltada à prestação de diversos tipos de serviços, geralmente relacionado aos setores de
transporte e armazenagem.
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O operador logístico é um prestador de serviços, executando duas ou mais
atividades nos diferentes processos existentes na cadeia de suprimentos. É claro que,
numa linha evolutiva desses serviços, é fundamental para esses prestadores de serviços
terem a visão integrada da cadeia e se posicionarem como um agente integrador, com
conhecimento deste tipo de gestão e capacitação em recursos técnicos e operacionais
(VIVALDINI; PIRES, 2010).
3.2 TIPOS DE OPERADORES LOGÍSTICOS
Sob o ponto de vista operacional, existem dois tipos básicos de operadores
logísticos: operadores baseados em ativos e operadores baseados em informação e
gestão. Os operadores baseados em ativos caracterizam-se por possuírem investimentos
próprios em transporte, armazenagem, entre outros. Os operadores baseados em gestão
e informação não possuem ativos operacionais próprios. Vende know-how de
gerenciamento, baseado em sistemas de informação e capacidade analítica, que lhes
possibilitam identificar e implementar melhores soluções para cada cliente em específico,
com base na utilização de ativos de terceiros. As vantagens de um operador ou de outro
dependerá do serviço prestado ao cliente, onde o operador baseado no ativo haverá um
maior comprometimento e o baseado em informação pode ser mais flexível na busca de
uma melhor solução.
São duas as principais fontes para o surgimento de operadores logísticos:
ampliação de serviços e diversificação de atividades. No primeiro caso, as fontes são as
empresas especializadas em transporte, ou armazenagem, ou informação, que através de
parcerias, ampliam sua atuação para oferecer um serviço integrado de logística para seus
clientes. No segundo caso, encontram-se empresas industriais ou comerciais que já
possuem um alto desenvolvimento no gerenciamento interno de suas operações
logísticas, decidem diversificar sua atividade, criando empresas prestadoras de serviços
logísticos integrados para terceiros (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009).
O processo de seleção de prestadores de serviços pode variar em relação a sua
complexidade, conforme o perfil dos serviços a serem contratados e o tipo de
relacionamento que se pretende desenvolver. Para fornecedores não estratégicos,
normalmente considera-se a análise de cotação de tarifas como única ferramenta de
decisão, isto é, busca-se o custo mais baixo. Já o processo de seleção de fornecedores
estratégicos, em que pode haver a necessidade de investimentos significativos,
geralmente é bem mais complexo.
3.3 FATORES
LOGÍSTICOS
QUE
FAVORECEM
A
CONTRATAÇÃO
DE
OPERADORES
O ambiente econômico e empresarial vem passando por grandes transformações
nos últimos 20 anos. Como em consequência, as operações logísticas tornaram-se mais
complexas, mais sofisticados tecnologicamente e o mais importantes sob o ponto de vista
estratégico a utilização de especialistas.
São cinco os principais fatores que tornaram a logística mais complexa: a
proliferação de produtos, devido ao desenvolvimento tecnológico; a globalização, que
implica compra e venda e qualquer parte do mundo; a politica de segmentação de
mercados implica a necessidade de variados canais de distribuição; as constantes
inovações tecnológicas, combinados com a nova politica de lançamento de novos
produtos; e a crescente exigência dos clientes por melhores serviços (FLEURY; WANKE;
FIGUEIREDO, 2009).
A combinação de crescente complexidade operacional e sofisticação tecnológica
têm contribuído para aumentar a demanda por operadores logísticos. Além das vantagens
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básicas de custos e qualidade de serviços, os operadores logísticos têm o potencial de
gerar vantagens competitivas para seus contratantes em três dimensões adicionais:
redução de investimentos em ativos, foco na atividade central do negócio e maior
flexibilidade operacional. Pois, a tendência do atual ambiente empresarial é a busca pela
maximização do retorno sobre os investimentos.
A inovação e o aprendizado permanente são requisitos básicos para que as
empresas se mantenham vivas e competitivas. No mundo de hoje, a capacidade de se
adaptar rapidamente a flutuações de preços e demanda e a diferentes exigências de
mercado, é um requisito para sobrevivência (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009).
3.4 PROBLEMAS NA UTILIZAÇÃO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
O primeiro deles é o risco de perder o acesso de informações-chaves do mercado,
pois a empresa corre o risco de perder a sensibilidade de identificar a tempo as mudanças
necessárias. Um segundo problema é o descompasso entre as percepções do contratante
e do operador contratado sobre o que sejam os objetivos competitivos da empresa
contratante. Isso pode ocorrer devido a falta de mecanismos adequados de comunicação
entre contratante e operador contratado tende a gerar um descompasso de percepções
sobre as reais prioridades competitivas, gerando como consequência descompasso sobre
objetivos operacionais (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009).
Um terceiro problema potencial é a incapacidade de o operador logístico cumprir as
metas combinadas com o contratante. Essas tensões devem ser monitoradas para evitar
frustações de ambos os lados. Um quarto problema é a criação de uma dependência da
empresa contratante ao operador logístico, gerando alto custo de mudança.
Para minimizar a ocorrência de problemas na contratação de operadores logísticos,
o melhor caminho é seguir um procedimento analítico estruturado que permita decidir, em
bases mais objetivas possíveis, sobre a conveniência de terceirizar, e com quem
terceirizar (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2009).
3.5 TERCEIRIZAÇÃO COM OPERADORES LOGÍSTICOS
Caracterizada pelas diversas transformações organizacionais das últimas décadas,
o outsourcing de processos (ou terceirização) se consolidou em diversos setores e não foi
diferente na prestação de serviços logísticos. As atividades terceirizadas estavam mais
focadas na armazenagem e no transporte, sem muita relação com os processos
considerados estratégicos da cadeia de suprimentos (VIVALDINI; PIRES, 2010).
Geralmente, são dois direcionadores que conduzem as empresas a terceirizar: o
tamanho da demanda e o tamanho da cadeia. A seguir, tem-se um resumo das
motivações e das razões que levam uma empresa a terceirizar os serviços logísticos, bem
como as possíveis razões pelas quais decide por operadores logísticos:
 Focar esforços em seus próprios negócios e na busca de novos mercados;
 Reduzir os custos logísticos e evitar investimentos em ativos não relacionados ao
negócio da empresa;
 Coordenar as atividades logísticas numa visão mais global;
 Melhorar e controlar os níveis dos serviços e das atividades logísticas;
 Ter maior flexibilidade e eficiência nas operações logísticas;
 Ter acesso a novas tecnologias (TIC) e conhecimento logístico.
Os serviços fornecidos por PSL recaem em um modelo que combina serviços
físicos e gerenciais. À medida que a complexidade e a necessidade de customização das
diferentes operações na cadeia aumentam o número de empresas envolvidas na
prestação de serviços também aumenta. A gestão desses processos exige maior
13
especialização, nem sempre presente nas organizações, assim é fundamental que o PSL
se especializa em diferentes operações como forma de atuar num modelo de gestão mais
integrada na cadeia de seus clientes (VIVALDINI; PIRES, 2010).
O processo de seleção de prestadores de serviços pode variar em relação a sua
complexidade, conforme o perfil dos serviços a serem contratados e o tipo de
relacionamento que se pretende desenvolver. Para fornecedores não estratégicos,
normalmente considera-se a análise de cotação de tarifas como única ferramenta de
decisão, isto é, busca-se o custo mais baixo. Já o processo de seleção de fornecedores
estratégicos, em que pode haver a necessidade de investimentos significativos,
geralmente é bem mais complexo.
3.6 OS PRINCIPAIS OPERADORES LOGÍSTICOS NO BRASIL
A partir de uma pesquisa realizada pelo Instituto ILOS com 315 profissionais de
carreira executiva, selecionados entre as mil maiores indústrias em faturamento do país.
A grande vencedora foi a DHL Supply Chain, o segundo lugar ficou com a JSL e o terceiro
com a Rapidão Cometa/ Fedex. Os demais colocados foram: 4° TNT Mercúrio, 5° Luft
Logistics, 6° Aliança, 7° ALL (America Latina Logística), 8° Expresso Jundiaí, 9° AGV
Logística e 10° Log in.
A DHL faz parte do maior Grupo de transportes e logística do mundo, a Deutsche
Post DHL e é uma das maiores empresas do setor estando presente em mais de 220
países e territórios e, além de receber a primeira colocação geral, foi a mais votada por
profissionais dos setores de Agronegócio, Automotivo e Autopeças, Comércio Varejista,
Eletroeletrônicos, Higiene, Limpeza, Cosmético e Farmacêutico, destes 53% votos eram
clientes, e 47% de não clientes. Para a pesquisa indicadora do prêmio, cada profissional
votou livremente em dois provedores logísticos, parceiros ou não da empresa,
identificando as atividades onde cada um mais se destaca. Tecnologia da informação
(78%), transporte de carga (77%), gestão integrada das operações (75%) e armazenagem
(68%) foram as características de excelência mais votadas entre os vencedores. Os
ganhadores também se diferenciam dos demais por terem maior receita média (R$ 1,514
mi X R$ 207mi), tempo de mercado (26 X 13 anos), certificação (90% X 73%), escritório
no exterior (50% X 28%), armazéns (27% X 6 %) e frota própria (90% e 68%).
O estudo divulgado durante o evento analisa os últimos dez anos de terceirização
no Brasil. Durante esse período, o gasto das empresas com terceiros logísticos caiu de
69% para 65%, enquanto os custos internos aumentaram de 31% para 35%. “Esses
indicativos transmitem um crescimento da importância organizacional do gestor logístico,
fato que refletiu no governo com a criação de novas regulamentações, como a Nova Lei
dos Motoristas, Lei dos Portos, aumento de restrições à circulação urbana e novas
regulamentações de ferrovias”, explica Fleury.
A redução de custos ainda é o principal motivo para as empresas terceirizarem
suas atividades logísticas (88%), seguido de custos em maior eficiência (87%) e redução
de investimentos em ativos (87%). Ao fazer um comparativo com a pesquisa de 2003, as
empresas hoje vêem uma necessidade maior de terceirização para melhoria de TI (30%70%), maior know how (35% - 75%) e maior eficiência (44% - 87%). Já focar no core
business teve uma diminuição de 76% para 73%.
As atividades mais terceirizadas são transporte de suprimentos (91%), de
distribuição (90%) e de transferência (88%), e as menos são gestão integrada das
operações logísticas (12%), de estoque (5%) e serviço ao cliente (4%). O maior
responsável pela substituição dos prestadores continua sendo a má qualidade dos
serviços (94%). De acordo com os entrevistados, a entrada de operadores estrangeiros
contribuiu principalmente para aumentar a concorrência (91%), profissionalizar (91%) e
melhorar a qualidade do setor (88%). O estudo conclui ainda que atividades relacionadas
14
à armazenagem como, por exemplo, montagem de kits, cross docking e embalagem, são
as que mais devem crescer nos próximos três anos ( FLEURY, 2013).
4 METODOLOGIA
Quanto da natureza deste artigo o método utilizado é o da pesquisa bibliográfica
que objetiva gerar conhecimentos novos e uteis para o avanço da ciência sem aplicação
prática, da qual visa à compreensão do segmento serviços logísticos realizados por um
prestador de serviços logísticos. A abordagem utilizada foi à pesquisa qualitativa que é a
interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados nos processos que tende a
analisar seus dados intuitivamente, pois não requer o uso de métodos e técnicas
estatísticas. Os procedimentos técnicos utilizados foi o da pesquisa bibliográfica que é
elaborada a partir de material já publicado e o estudo realizado foi as atividades logísticas,
as modalidades de transporte e o conceito de operadores logísticos e suas
características.
Quanto ao objetivo deste artigo realizado através de uma pesquisa exploratória
visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torna-lo explícito ou a
construir hipóteses. Que nesta pesquisa envolve levantamento bibliográfico.
5 RESULTADOS
Através da pesquisa bibliográfica foi possível compreender que para contratar um
operador logístico é necessário entender todo o processo logístico de forma integrada, e
possuir um sistema de transporte intermodal eficaz para que custos logísticos se
reduzam. E que uma empresa deve contratar serviços de um operador logísticos no
momento em que a empresa quer focar em seus negócios, reduzir custos logísticos,
coordenar as atividades logísticas, ter maior flexibilidade e eficiência nas operações
logísticas, e ter acesso a novas tecnologias para uma maior competividade em âmbito
global. Apesar de que a maior desvantagem é perder o contato com seu consumidor final
e de não poder processar quais são as necessidades de seus clientes. Mas que tudo isso
deve ser resolvido em todo o âmbito da cadeia de forma integrada para se obter maior
competitividade no mercado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo realizado neste artigo permitiu alcançar o objetivo que é analisar qual o
melhor momento de uma empresa contratar um prestador de serviços logísticos, e
também permitiu verificar que através do uso integrado dos modais de transporte
otimizam os serviços das atividades logísticas, assim um prestador de serviços logísticos
que possuir uma visão sistêmica de toda a cadeia de suprimento pode obter vantagem
competitiva no mercado de serviços.
Notou-se que a integração dos processos logísticos deve-se ao avanço da
tecnologia de informação, pois as empresas quando do auxilio dessa ferramenta podem
absorver muito mais rápido as necessidades dos clientes. Percebeu-se que as atividades
de logísticas quanto da sua distribuição deve haver modais de transporte estruturados,
integrados e profissionais competentes que compreendam todo o processo da cadeia de
suprimentos no intuito de otimizar os processos e obter redução de custos para uma
maior competitividade nesse mercado global que se torna cada vez mais competitivo.
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Também foi compreendido que as empresas quando necessitam de um maior foco
em sua atividade central, redução de ativo e maior a flexibilidade operacional, o auxilio de
prestadores de serviços logísticos é essencial para a maximização dos serviços, pois o
mercado global avança muito rápido e adaptar as exigências do cliente é uma garantia de
sobrevivência neste mercado vigente. Apesar da maior preocupação das empresas, na
contratação de operadores logísticos, é o risco de perder o acesso de informações chaves
do mercado e os problemas com o contratado, mas tudo isso deve ser resolvido de forma
concisa para a contratação de um operador logístico. Assim, sugere-se em estudos
próximos os benefícios da tecnologia de informação para o operador logístico na
eficiência dos processos logísticos e sua competitividade no mercado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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agregam valor. São Paulo: Cengage Learning, 2007.
FARIA, A.C. de; COSTA, M. de F. G. da. Gestão de custos logísticos. São Paulo: Atlas, 2012.
FLEURY, P. F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. F. Logística empresarial: a perspectiva brasileira.
São Paulo: Atlas, 2009.
FLEURY, P. 13º Premio ILOS consagra os 10 melhores operadores logísticos do país. Portos e
logística, 2013.
HARA, C. M.. Logística: armazenagem, distribuição e trade marketing. 4.ed. Campinas: Elínea,
2011.
NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 3. ed. Rio de Janeiro:
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SOUZA, E. G. de; BARBOZA, R. J. O estudo da logística. Revista Cientifica Eletrônica de
Administração, Garça, SP, ano VI, n.11, dez. 2006. Disponível em:
<http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/0p2seRqkR2PGOuq_2013-4-2910-8-15.pdf.> Acesso em 16 set. 2014.
VIVALDINI, M.; PIRES, S. R. I. Operadores logísticos: integrando operações em cadeias de
suprimento. São Paulo: Atlas, 2010.
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