TRICOMONÍASE
Infecção causada pelo Trichomonas vaginalis (protozoário
flagelado), tendo como reservatório a cérvice uterina, a vagina
e a uretra. Sua principal forma de transmissão é a sexual.
Transmissão
A transmissão ocorre principalmente por meio de relações sexuais.
Outros métodos possíveis de transmissão são: assentos de vasos
sanitários, roupas íntimas, água de banho, instrumental ginecológico e
outros fômites.
O Trichomonas vaginalis um parasita que coloniza a uretra peniana
e a mucosa vaginal.
MORFOLOGIA
Gênero Trichomonas
Trichomonas vaginalis
Forma trofozoíta
CICLO BIOLÓGICO
EPIDEMIOLOGIA
Tricomoniose é uma das Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DSTs) de caráter não viral mais
comum em todo mundo, com uma incidência
anual superior a 180 milhões de casos. A
Organização Mundial de Saúde estimou que esta
infecção engloba quase 50 % de todas as DSTs
com cura em todo o mundo.
EPIDEMIOLOGIA
Em populações não consideradas de risco, a
prevalência pode variar em até 5 % em países como
Espanha, Áustria, Brasil, EUA e a Nova Zelândia,
até valores iguais a 12,9 % em mulheres de zonas
rurais da China e 16,1 % em mulheres do Norte da
Austrália (ALVES et al. 2011).
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado,
bolhoso;
Prurido e/ou irritação vulvar;
Dor pélvica (ocasionalmente);
Sintomas urinários (disúria, polaciúria);
Hiperemia da mucosa, com placas avermelhadas (colpite
difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa);
Teste de Schiller aspecto “tigróide”
DIAGNÓSTICO
Utiliza-se o exame direto (a fresco) do conteúdo vaginal ao microscópio,
de fácil interpretação e realização.
Colhe-se uma gota do corrimento, coloca-se sobre a lâmina com uma
gota de solução fisiológica e observa-se ao microscópio,com o
condensador baixo e objetiva de 10-40x, buscando o parasita flagelado
movimentando-se ativamente entre as células epiteliais e os leucócitos.
O achado de Trichomonas vaginalis em uma citologia oncológica de
rotina impõe o tratamento da mulher e também do seu parceiro sexual,
já que se trata de uma DST.
- A tricomoníase vaginal pode alterar o resultado da citologia
oncológica.
- Nos casos em que houver alterações morfológicas
celulares, deve-se realizar o tratamento e repetir a citologia
para avaliar se há persistência dessas alterações.
-O teste do pH vaginal frequentemente mostra valores acima
de 4,5.
- A cultura é muito difícil de ser realizada, pois requer meio
específico e condições de anaerobiose (meio de Diamond).
- O PCR é o padrão-ouro para diagnóstico, mas é de difícil
acesso.
OPÇÕES TERAPÊUTICAS PARA CORRIMENTOS VAGINAIS
Agente
1ª opção
2ª opção
Outras opções
(gestantes após o
1º
trimestre
e
durante a
amamentação)
Tricomoníase
Metronidazol 2g
VO dose única ou
Metronidazol 400500mg 12/12hs VO 7
dias
Secnidazol 2g,
VO, dose única ou
Tinidazol 2g VO
dose única
Metronidazol 2 g
VO dose única ou
Metronidazol 400mg
12/12hs VO 7 dias ou
250 mg VO 3 vezes
ao dia por 7 dias
Durante o tratamento para tricomoníase:
Deve-se evitar a ingestão de álcool (efeito
antabuse, devido interação de derivados
imidazólicos com álcool, caracterizado
por mal-estar, náuseas, tonturas, “gosto
metálico na boca”)
Durante o tratamento, devem ser suspensas as
relações sexuais.
Manter o tratamento se a paciente menstruar.
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