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A RAZÃO
ABRIL/2006
VERSOS
SÁBIAS PALAVRAS
Quem transmuda
o mal em bem
A educação
Quem transmuda o Mal em Bem
Bem combate a ignomínia
Sua Alma já luz tem
Por si mesma se alumia.
Quem está já na velhice
Recorde a Mocidade:
Esqueça a garridice
E pense só na Bondade
O Pensamento Bom
Que Alguém emitiu,
Ondula como o Som:
Alegra quem o sentiu.
Quem não paga o que deve
Tem sentir de ratoneiro.
Cuidado! Que tem mão leve,
Filar de raposo matreiro.
Haverá Almas Gigantes?
Só se for no Bem Pensar...
Nos Caminheiros Migrantes
No Ascendente Caminhar.
Haverá Alma Gigante?
Só se for no Bem Agir...
No Caminheiro Migrante
No Porvir que há-de vir.
Alma com muito saber,
A Luz, que Luzir encerra.
Muitas paragens na Terra
A querer sempre aprender.
ANTONIO MADEIRA PINA
Poeta português
Vento...
O vento sopra lá fora
Contando histórias remotas
De um tempo perdido
De vidas em outra dimensão
Sopra forte o vento
Lembrando de fatos longínquos
Infância de outras eras
Tempos felizes, de mansidão
Muito forte sopra o vento
Girando o cata-vento que range
E este ranger me leva
Ao passado distante, à solidão
O vento uiva, geme
Elevando meu pensamento
Às coisas transcendentais
Transformando em algo sublime a emoção
LIANA REDMER MACHADO
Freqüentadora da Filial Pelotas
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Você já reparou, minha amiga, como
é difícil educar?
Se você tem filhos não pode deixar de
ter notado as tremendas contingências em
que tantas vezes nos encontramos para
encaminhá-los. É que, mesmo entre crianças nascidas dos mesmos pais, a maneira
de educá-las varia conforme o caráter,
gênio, índole e mentalidade de cada uma.
E daí a dificuldade de conduzi-las, procedendo com maior ou menor rigor, de
acordo com essa diversidade de temperamento. A criança é uma plantinha tenra
que temos em mãos, com a responsabilidade de fazê-la florir e frutificar.
O certo, porém, é que o exemplo,
mais do que as palavras, se fixa na memória infantil. Não
adianta pregação se os atos não correspondem. E, infelizmente, é o que se vê com grande freqüência na sociedade
moderna.
Para que ensinar que não se deve mentir, quando mentiras são ditas abertamente na frente dos filhos? Para que
ensinar lealdade, quando a deslealdade predomina entre amigos, companheiros de trabalho e até entre membros da
mesma família?
Para que convencer que não se deve faltar ao dever, se
tantas vezes esse dever é relegado pelos pais, que se fingem de doentes para não ir ao emprego, que deixam de
solver seus compromissos a pretexto de razoes fúteis e
inexistentes? Para que dizer que não se deve enganar o
próximo, negociar, fazer negócios ilícitos, barganhas vergonhosas, quando os filhos assistem a todos esses recursos
praticados dentro de casa, discutidos nas horas das
refeições perante eles?
Os conselhos, portanto, não servem
quanto a certas traquinagens próprias da
infância e da adolescência, se os conselheiros se deixam levar na voragem da vida praticando ações criminosas diante dos
filhos.
E o castigo então, às vezes até corporal, numa hora de impaciência, só desperta indignação e favorece a desobediência, quando os jovens fazem reparo
entre os mínimos pecados da criança e os
grandes pecados dos adultos.
Na fase adolescente, sobretudo, quando a consciência desperta para a vida,
nenhum juiz é mais severo diante dos pais
do que os próprios filhos. Como aceitar
proibições se o mau exemplo vem de cima, de quem devia
ser o paradigma dos entes perfeitos, justos, sempre verdadeiros?!
São essas, certamente, as causas da dissolução da
família moderna, da ruína da sociedade. A falta de uma
educação coerente, de uma educação estabelecida em noras exemplares, em condutas retas de honestidade é a responsável na sua totalidade por uma juventude desorientada, indecisa, confusa. É certo que há casos em que filhos
fogem do bom caminho pela má convivência de terceiros.
A regra geral, porém, é se manterem firmes na trilha traçada pelos pais, dentro das quatro paredes do lar, quando
nesse lar o que transpira são os sentimentos de pureza,
de ideal, de moralidade.
MARIA COTTAS
Do livro Crônicas Oportunas
FORNO E FOGÃO
Bolo
formiguinha
Ingredientes
200g de margarina
2 xícaras de açúcar refinado
2 xícaras de farinha de trigo especial
4 ovos
1 xícara de leite longa vida
100 g de chocolate granulado
100 g de coco ralado
1 colher de sopa bem cheia de fermento em pó
1 pitada de sal refinado
Maneira de fazer
Bata a margarina com as gemas
até esbranquiçar. Sempre batendo,
junte o açúcar aos poucos, o sal dissolvido no leite e a farinha de trigo.
Continuando a bater, acrescente, aos
poucos, o coco ralado, o chocolate
granulado e as claras em neve. Por
último, apenas misturando bem, ponha o fermento. Coloque em tabuleiro ou forma bem untada e leve
para assar em forno previamente
aquecido a 180 graus. Depois de assado, cubra com o glacê de sua
preferência, corte em quadrados ou
losangos, arrume em um onito prato
e sirva.
Rendimento: oito a dez porções.
Bacalhoada diferente
Ingredientes
1 kg de bacalhau (parte do lombo)
1 kg de batata-inglesa
1 kg de tomate
4 pimentões vermelhos pequenos
150g de azeitonas verdes
1 copo de azeite
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de extrato de tomate
2 cebolas grandes
2 dentes de alho
100 g de azeitonas pretas
4 ovos
1 xícara de café de vinho branco
seco
Queijo parmesão
Pimenta do reino,
Pimenta malagueta
Sal refinado
Salsa, agrião e rúcula
Maneira de fazer
Primeira etapa: Dessalgue o bacalhau, escalde-o, retire as peles e espinhas e corte-o em lascas grandes.
Descasque as batatas, corte-as em
rodelas regulares, jogue-as em água
fervente (fora do fogo), abafe por uns
cinco minutos e escorra bem.
Ponha em uma tigela os tomates
picadinhos (sem pele e sementes), as
azeitonas verdes e os pimentões picadinhos, o extrato de tomate, o vinho
branco, o azeite, a manteiga derretida, as cebolas batidinhas e o alho socado. Tempere com sal e pimentas e
bastante salsa picadinha. Misture tudo muito bem. (Esse molho é empregado cru).
Segunda etapa: Unte um refratário
fundo com bastante azeite e arrume
uma camada de bacalhau e uma de
batata; regue com bastante molho.
Coloque novas camadas de bacalhau,
de batata e de molho e vá repetindo
tudo, até terminar com o molho. Leve
ao forno brando e deixe cozinhar, até
que batata e bacalhau estejam macios
e o molho, bem grosso.
No início convém tampar o refratário. Quando estiver pronto, retire
do forno, espalhe por cima os ovos
cozidos e picadinhos, polvilhe com
queijo ralado, enfeite com azeitonas
pretas e sirva em seguida. Acompanhe com arroz branco e salada de
agrião e rúcula.
Rendimento: seis porções.
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