RELATO DE CASO: MIELITE TRANSVERSA AGUDA
IDIOPÁTICA
KAMILA KARLA DE CASTRO LEITE¹; HIAGO RAFAEL ALVES AMORIM SILVA¹; ÁDILLA STEFANY DO
NASCIMENTO ARAÚJO PEREIRA¹; LIDIANE MOREIRA LIMA REBOUÇAS¹; ANTONIA GABRIELA
ALBUQUERQUE REZENDE¹.
1 ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE CEUMA.
INTRODUÇÃO
A mielite transversa aguda (MTA) é um
processo inflamatório agudo que afeta
uma área focal da medula espinhal. É
uma doença rara com ocorrência de 1 à
4 casos novos/milhão de pessoas/ano, e
pode afetar pessoas de todas as idades,
prevalecendo entre os 10 e 19 anos e
entre os 30 e 39 anos. Não há nenhuma
predisposição sexual ou familiar para
essa morbidade. Embora haja diversas
etiologias para a MTA, esta pode ser o
resultado de danos ao tecido neural
causado por um agente infeccioso ou pelo
sistema imunológico, ou ambos. Muitos
casos frequentemente são precedidos por
infecção
respiratória
ou
doença
gastrointestinal.
O
paciente
foi
selecionado devido a rara prevalência
da patologia na população geral.
OBJETIVO
Descrever um caso de MTA.
MÉTODOS
Trata-se de um relato de caso, de
natureza descritiva e observacional. O
paciente foi atendido em um hospital
municipal de urgência e emergência de
São Luís, MA, Brasil. Após assinatura do
Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, os dados foram coletados
com base na anamnese, análise de
prontuário e exames (laboratoriais e de
imagem).
RELATO DE CASO
A. B. P. 56 anos, masculino, pardo,
casado, lavrador, católico, natural e
residente em Bequimão, MA, Brasil. Paciente
informa que há três meses, apresentou dor
súbita na coluna cervical e torácica, de forte
intensidade, espasmódica, seguida de
parestesia e déficit motor. Após dois dias, o
quadro evoluiu com incontinência vesical e
obstipação. Foi então internado no Pronto
Socorro de Bequimão (MA), onde passou 5
dias, e logo após foi transferido para São
Luís (MA), onde foi avaliado pelo serviço de
neurologia,
realizado
tomografia
computadorizada, ressonância magnética
(RM), punção lombar e mielografia, além de
exames laboratoriais, que não revelaram
alterações. Assim, o diagnóstico obtido foi
de MTA Idiopática, sendo medicado com
analgésicos,
corticosteróides
e
benzodiazepínicos, além de cateterismo
vesical, apresentando estabilização do
quadro.
CONCLUSÃO
Não foram evidenciados sinais de
inflamação medular (no líquor ou na RM) e
foram excluídas as etiologias mais prováveis
(doenças desmielinizantes, tumorais ou
infecciosas). Assim, provavelmente, tratou-se
de uma forma incompleta de MTA
idiopática com recuperação total dos
déficits neurológicos.
REFERÊNCIAS
PANDIT, L. Transverse myelitis spectrum disorders. Department of Neurology, KS Hegde Medical Academy, Mangalore,
India, v. 57, 2009.
BRITO, José Correia de Farias; NÓBREGA, Paulo Virgolino. Mielopatias – Considerações Clínicas e aspectos etiológicos.
Arq. Neuro-Psiquiatria, Vol.61, n. 3B, 2003.
KRISHNAN, Chitra et. al. Mielite Transversa: Patogenia, Diagnóstico e Tratamento. Frontiers in Bioscience, n.9, 2004.
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