CURRICULUM VITAE
Ana Cecilia Tavares
Natural do Rio de Janeiro, vinda de uma família de músicos, Ana Cecilia radicou-se em
Brasília.
Iniciou seus estudos de cravo na Escola de Música de Brasília sob orientação da cravista
Maria de Lourdes Cutolo. Participou de master classes com Roberto de Regina no Rio de
Janeiro e no Festival de Inverno de Campos de Jordão.
Bacharel em piano pela Universidade de Brasília (UnB), em 1980, passou então a dedicarse somente ao cravo, fazendo especialização na França com a cravista Huguette Dreyfus.
Bolsista da CAPES-MEC, ingressou no Conservatoire National de Région de RueilMalmaison no ciclo Superieur e Perfectionement em cravo, em que obteve por duas vezes o
1.° prêmio: em 1987, Prix d’Excellence e, em 1988, Prix de Virtuosité, finalizando o curso.
Estudou baixo cifrado com Olivier Baumont; participou, como aluna convidada, de eventos
internacionais de cravo e música de câmara na Academie Musicale de Villecroze; e
apresentou-se em diferentes cidades francesas. Em 1992, retornou à França com o apoio da
CAPES para curso de aperfeiçoamento em música Francesa.
No Brasil, foi vencedora do VI Prêmio Eldorado de Música, em São Paulo, gravando disco
solo com obras de L.Marchand e J.S.Bach , pelo selo Eldorado. Apresentou-se também em
recitais em São Paulo pela Série Concertos Eldorado. Sobre seu disco escreveu o crítico J.J.
de Moraes no jornal Estado de São Paulo:
(...) sua interpretação é, em uma palavra, espetacular. (...) Ana Cecília
aborda as velhas partituras barrocas não só com profunda convicção
como igualmente explora alguns dos seus muitos potenciais de surpresa,
que nem todos os executantes conseguem retirar da sombra. Para ela, a
arte sonora do século XVIII não é letra morta, é matéria viva.
Apresentou-se em concertos com a Orquestra de Câmara de Moscou em Brasília e no Rio
de Janeiro, sob a regência do maestro Contantin Orbelian, e apresentou-se com a orquestra
Pro Musica Köln sob a direção de Johannes Hömberg em Brasília. Em São Paulo,
apresentou-se com a orquestra da UNESP, a Sinfônica de Campinas e a Orquestra de
Câmara Solistas do Brasil com o flautista Ranson Wilson. Tocou a integral dos Concertos
Brandenburgueses, e a Paixão segundo São João de J.S.Bach, sob a regência de Gerald
Kegelmann. Sobre ela escreveu o maestro, então Reitor da Escola Superior de Música de
Heidelberg:
(...) sua interpretação do 5.o Concerto Brandenburguês foi convincente
pela técnica perfeita e expressão musical, aliando ainda grande
sensibilidade e flexibilidade.
Apresentou-se diversas vezes com a Orquestra do Teatro Nacional Claudio Santoro sob a
regência do maestro Silvio Barbato, e também dos maestros Claudio Santoro, Emilio César,
Elena Herrera , João Guilherme Ripper e Rodolfo Bonucci. Atua regularmente em recitais
solo em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo, enfocando principalmente a música
francesa e obra de Bach para cravo. Dedica-se à música de câmara em diferentes formações
e gravou CD com o Trio Barroco de Brasília, com obras de Léclair, Boismortier, Händel e
Bach. Lançou, em 1999, CD com obras para cravo solo de J.S. Bach e J.J. Froberger em
Brasília e no Teatro Municipal, em São Paulo. O CD recebeu o seguinte comentário do
cravista francês Olivier Baumont, no encarte do disco.
Foi uma bela ideia a de reunir numa mesma gravação obras de
Froberger e Bach. Alternando música polifônica, música de dança e o
estilo “fantástico”, essas peças apresentam o cravo de uma forma rica,
variada e com forte expressividade. Ana Cecilia, com sua grande
sensibilidade artística e seus dons musicais profundos, sabe dar a esse
repertório toda sua força emocional.
Mestre em cravo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, a cravista realizou sua
pesquisa sobre o tema: Os Prelúdios Non Mesurés para Cravo no Século XVII — Ênfase no
Prelúdio Tripartite em ré menor de Louis Couperin.
Em 2008, gravou CD com o Estúdio Barroco — viola da gamba, flauta doce, cravo e voz ,
abordando repertório francês e alemão. Em 2010, lança pelo Selo Clássicos o CD com a
obra A Arte da Fuga, de J.S.Bach, em versão para dois cravos, com o cravista Marcelo
Fagerlande. O disco foi patrocinado pelo FAC (Fundo de Apoio à Cultura). Este trabalho
recebeu diversos elogios da crítica:
Ana Cecilia Tavares e Marcelo Fagerlande enfrentam em alto nível o risco de dar vida
musical a essas estruturas perfeitas em registro para dois cravos...
avaliação: ótimo
Sergio Molina, guia da Folha, 26.03.10
...versão de Fagerlande e Ana Cecilia deve agradar a muitos. Tem coerência estética, um
belo som, ...fluência e transparência...
Eduardo Fradkin, O Globo, 22.03.10
...pleno domínio dos estilos evocados por Bach, ...virtuosismo sem excessos, ...solos
marcantes...
avaliação: ótimo
Sidney Molina, Folha de São Paulo, 18.03.10
...A arte da fuga ...ganha em perspectiva nos dois cravos tocados por Ana Cecília e
Fagerlande...vivacidade raramente presente em execuções em outros teclados...
Nahima Maciel, Correio Braziliense, 11.03.10
Apresenta-se regularmente em recitais solo, música de câmera e orquestral em diferentes
teatros do país e do exterior.
No ano 2000, participou de ciclo de concertos para dois, três e quatro cravos, no Rio de
Janeiro, em tributo aos 250 anos da morte de Bach. Em 2001, apresentou-se no Museu de
Arte Sacra de Belém no Pará e participou do ciclo de música barroca instrumental Per
Sonare e Toccare, no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília. Em 2002, fez concertos
em Brasília, no Festival de Inverno de Pirenópolis e no Teatro Municipal, em São Paulo,
onde se apresentou em duo com o cravista Marcelo Fagerlande. Em 2003, entre outros
eventos, tocou no Rio de Janeiro com o grupo Música Antiga, da UFF, com o qual
participou de emissão ao vivo pela Rádio MEC. Registrou programas para a TV Senado, em
solo, com orquestra e em diversas formações camerísticas. Apresentou-se no Festival de
Música Antiga de Juiz de Fora, na Capela da Reitoria da UFRJ, na Pinacoteca do Estado de
São Paulo, no Theatro Municipal de São Paulo e, em 2007, apresentou-se no MIMO,
Mostra Internacional de Música em Olinda, com a Camerata Petrobrás e a soprano Marília
Vargas no Mosteiro de São Bento em Olinda.
Em 2010, o duo Ana Cecilia Tavares e Marcelo Fagerlande realizou concertos de
lançamento do CD A Arte da Fuga no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Olinda, Ciclo
Bach no Rio de Janeiro e, na Alemanha, em Karlsruhe e Stuttgart.
Foi professora do 28.º e do 31.º Curso Internacional de Verão da Escola de Música de
Brasília; ministrou curso de extensão na UFRJ com ênfase na música francesa; e publicou
resenha na Revue de Musicologie (França-2007), sobre o livro de Catherine Massip, Michel
Richard Delalande ou le Lully latin .
É professora de cravo do CEP — Escola de Música de Brasília.
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