Um legado incomparável para humanidade XIV
Jesus disse a seu grupo de amigos: “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu sou”
(João 13.13). No livro Análise da Inteligência de Cristo Augusto Cury escreve: “Ele foi mestre numa
escola em que muitos intelectuais, psiquiatras e psicólogos são pequenos aprendizes” (1999). Na
sequência do pensamento, Cury esclarece seu raciocínio. Os grandes homens do saber quando em
seus consultórios e gabinetes possuem elegância intelectual, lucides e mesmo coerência, contudo, na
vida que pulsa fora destes lugares, no lugar da frustração, perdas e dores emocionais “apresentam
dificuldades para manter a lucidez e a coerência”, quando não entram em desespero (1999).
Em Jesus encontramos o mestre e Senhor que transita tranquilamente pelo chão árido e empoeirado
da palestina cultivando o amor e distribuindo a água da vida. Sua flexibilidade e assertividade
pedagógica eram cativantes. Ainda que não tivesse uma única metodologia, seu amor levava-o a usar
as diferentes formas, métodos e situações para atingir diferentes pessoas. Assim ele trabalhava com:
Uma educação participativa e instigadora. Poucas metodologias são tão provocantes como a arte
da dúvida. Certa feita indagaram um judeu do porquê de muitas vezes ao serem indagados
apresentarem uma pergunta ao invés de darem a resposta e ele interpelou: e por que não? Jesus era
mestre na arte de elaborar questões, especialmente quando as pessoas eram tão certas de si e
minimizavam as complexas questões da vida. Jesus colocava as pessoas frente a frente com sua
interioridade e espiritualidade para não caírem na hipocrisia de terem soluções para o planeta e não
conseguirem ser gentis e bondosos com as pessoas ao redor. Jesus levava as pessoas a pensarem,
principalmente em si mesmas.
Uma educação que ativava a imaginação. Poucas coisas são tão instigantes como as histórias. Jesus
contava pequenos relatos chamados parábolas. Algo fácil de compreender a partir de enredos que
envolvia a todos. Relatos de curta duração e plena de significados. E apesar de alguns detalhes,
sempre primava pela essência do que queria ensinar. Todos ouviam admirados, mas quando
terminado o relato ao refletirem sobre o exposto eles se percebiam como os sujeitos do drama. Não
tinham o que fazer, deveriam se posicionar frente ao que ouviu. Seja a favor ou contra. Normalmente
o desfecho era levar o oprimido a pensar na liberdade o opressor a refletir sobre sua estupidez. O sem
esperança a conhecer um Pai em quem confiar e o confiante demais em si refletir sobre a
“insustentável leveza do ser”. A imaginação era usada para provocar uma reação em favor da vida.
Uma educação multifacetada e transformadora. Além das histórias, das perguntas, da primazia por
um grupo pequeno - 12 pessoas - ainda que atentasse para multidões, de usar os recursos da natureza
– os lírios, a chuva, a tempestade, o vento – Jesus de Nazaré tinha uma pedagogia que transformava a
essência do ser. Cury escreve: “entre os galileus que não tinham prestígio social, depois seriam
líderes que conduziriam multidões, sem nenhum poder econômico, social, intelectualizado, estatal ou
o que quer que fosse.” (1999).
Enfim, outros temas poderiam ser explorados, mas o fato permanece, o Mestre de Nazaré é
incomparável. Seu pequeno tempo de vida pública se compara a um avião a jato que passa
rapidamente mas deixa marcas indelevelmente positivas na história mesmo milhares de anos depois.
E mais todas às áreas do saber poderiam ter sido mais ricas e excitantes “se tivessem estudado e
incorporado os princípios sociológicos e psicossociais da inteligência de Cristo” (CURY, 1999).
Pense nisso. O impacto maior do Mestre se dá quando Ele é reconhecido como amável Senhor de
tudo e de todos (Fl 2.11).
Que o Eterno nos ajude. Rev. Heliel G. Carvalho – [email protected]
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Um Legado Eterno XIV