Disciplina de Endocrinologia
Grupo de Discussão
NEOPLASIAS DE
TIREÓIDE
Luciana Vilas Boas – nº 44
Neoplasias de Tireóide
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1% de todas as neoplasias
malignas
4% dos nódulos de tireóide
6/100.000 mulheres e
2/100.000 homens
9% de mortalidade – alta
agressividade
Tumores secundários
(metástases para tireóide):
melanoma maligno, câncer
de mama, pulmão e rim.
Neoplasias de Tireóide
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Tumores bem diferenciados (90 – 95%):
bom prognóstico
 Carcinoma
papilíferos
 Carcinoma folicular
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Tumores pouco diferenciados:
prognóstico reservado
 Tumores
foliculares pouco diferenciados
 Carcinomas anaplásicos
 Carcinomas medulares
Epidemiologia
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CA papilífero:
 75-80%
dos casos
  de 20 a 40 anos
 mais comum
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CA folicular
40 a 60 anos
Variedade: CA de células de Hürtlhe (3%)
 de

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CA medular
 Forma
esporádica é mais comum
 Neoplasia Endócrina Múltipla (NEM)
Epidemiologia
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CA anaplásico
 Idosos
 Pior prognóstico
6% dos pacientes com CA papilífero e de células de
Hürthle têm doença familiar
CA folicular é comum em áreas deficientes em Iodo
CA papilífero é mais associado a história de
irradiação prévia da região cervical
Hipernefroma: tumor que mais envia metástases
para a tireóide
Linfomas: 1% dos tumores de tireóide e associados
à tireoidite de Hashimoto
Carcinomas bem diferenciados
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Tipo mais comum
Idade é o fator prognóstico de maior
importância
CA papilífero: disseminação linfática
CA folicular:
 angioinvasivo,
 metástases
à distância (principalmente
ossos)
 Atinge mais idosos: pior prognóstico
CARCINOMA PAPILÍFERO
Carcinoma papilífero
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Neoplasia mais comum da tireóide
Crianças e pessoas expostas à radiação
Patologia
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Células de Orphan Annie: células cubodais
com núcleos vazios
Corpos psamomatosos: depósitos de cálcio
no estroma fibrovascular da glândula
Tumor geralmente não encapsulado
Cresce lentamente
Infiltração dos linfonodos do pescoço
Metástases mais comuns para os pulmões,
ossos e SNC
Manifestações clínicas
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Varia conforme o
estágio tumoral
Geralmente o
paciente é
eutireoidiano
Massa de
crescimento lento,
não dolorosa
Estágios avançados:
disfagia e
rouquidão
Diagnóstico
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PAAF
Tomografia e Ressonância: doença local
extensa, linfonodos acometidos e doença
subesternal
Tratamento
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Maioria cirúrgico
 Classificação
de alto e baixo risco
 Idade é o mais importante
Tratamento
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Radioablação com
I 131
Terapia supressiva
com levotiroxina
 Repor
T4
 Suprimir TSH 
células tumorais
responsivas
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Cintilografia de
corpo inteiro (PCI)
CARCINOMA FOLICULAR
Carcinoma Folicular
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Áreas deficientes em Iodo  estímulo de
TSH é maior
Patologia
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Disseminação hematogênica: metástases
ósseas, pulmonares e hepáticas em 33% dos
casos
Disseminação linfática rara: linfonodos
raramente comprometidos
Podem ser:
Tumores minimamente invasivos, baixo grau e
encapsulados
 Tumores angioinvasivos de alto grau: atravessa
a cápsula e invasão vascular presente

Manifestações clínicas
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Nódulos tireoidianos com rápido
crescimento
Dor por hemorragia em seu interior
Diagnóstico por PAAF geralmente não é
firmado
 Muito
semelhante ao adenoma folicular
 Malignidade só é detectada se há invasão
capsular ou vascular
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Indicação cirúrgica para qualquer “tumor
folicular”
Tratamento
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Tireoidectomia total
Terapia ablativa com I 131
Carcinoma de Células de
Hürthle
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Células de Hürthle
são derivadas do
epitélio folicular
Grande tamanho,
citoplasma
eosinofílico e
granular
Variedade menos
diferenciada e mais
agressiva do CA
folicular
Carcinoma de Células de
Hürthle
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Tumor não capta I 131
Bilateral, multiplo e metastatiza para os
linfonodos regionais
Tratamento: tireoidectomia total
CARCINOMA MEDULAR
Carcinoma Medular
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Neoplasia das células parafoliculares ou
células C produtoras de calcitonina
Tumor unilateral, 5ª e 6ª década de vida
20% dos casos são familiares  NEM IIA e
IIB
 Forma
bilateral, multicêntrica
 Produz serotonina, prostaglandinas,
corticotrofina
 CALCITONINA elevada no plasma
Manifestações clínicas
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Nódulo palpável ou glândula multinodular
Rouquidão, disfagia, comprometimento
respiratório
30% com diarréia  calcitonina induz
maior secreção jejunal de água e
eletrólitos
NEM:
 Hipertensão
e feocromocitoma
 Hipercalcemia e calculose renal:
hiperparatireoidismo
Diagnóstico
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História clínica e familiar
Calcitonina e CEA elevados
PAAF
Tratamento
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Tireoidectomia total
Tumor não responsivo à radioterapia,
ablação com Iodo ou terapia supressiva
com hormônios tireoidianos
CARCINOMA INDIFERENCIADO
OU ANAPLÁSICO
Carcinoma anaplásico
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Tumor de maior agressividade
Maior incidência em áreas deficientes de
Iodo
Mais comum em > 60 anos
Raros pacientes sobrevivem além de um
ano
Patologia
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Crescimento rápido
Invasão linfonodal e estruturas vizinhas
Maior parte origina-se de carcinomas
diferenciados
Disseminação linfática e hematogênica 
cérebro, pulmões e ossos
Diagnóstico
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Nódulo tireoidiano que aumenta de
volume e/ou torna-se doloroso
Disfagia, disfonia, dispnéia
Tumor pode estar aderido à estruturas
vizinhas e ulcerado
PAAF
Diagnóstico

Imunohistoquímica
para diferenciar de
linfoma e CA
medular
 Antígenos
 Tireoglobulina:
CA
anaplásico
 Antígeno
linfocitário: linfoma
 Calcitonina: CA
medular
Tratamento
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Não tem bons
resultados
Realizar
traqueostomia para
previnir a asfixia por
invasão traqueal
Tireoidectomia não é
recomentada 
invasão extensa ao
diagnóstico
Radioterapia e
quimioterapia
Óbito por doença
metastática
disseminada
LINFOMAS
Linfomas de tireóide
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Raros
Não-Hodgkin
Associação com tireoidite de Hashimoto
(40x mais)
Linfoma B de grandes células
Tireoidectomia total nas fases iniciais +
Radioterapia
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Carcinomas de tireóide