História de São Vicente de Paulo
No tempo do Rei Henrique IV,
na França,
os camponeses trabalhavam
nas lavouras,
e outros cuidavam dos animais.
Em 24 de abril
de 1581,
a família de
João de Paulo
e Bertranda
estava em festa.
Nasceu mais
um filho:
Vicente de Paulo.
A mãe Bertranda,
o pai João
e seus filhos
formavam
uma família
alegre.
Nesta família,
cuja fé é sólida
Vicente
cresce feliz!
Vicente
ajuda
nos
trabalhos
da
fazenda.
A mãe aproveita
para ensinar os filhos
a conhecerem Jesus.
Aprende
a semear
e a ceifar.
E lá vai ele
tocando
seus
animais
para bem
longe,
a fim de
encontrar
boa
pastagem.
Bem antes da aurora,
Vicente solta os carneiros e os porcos,
andando sobre pernas de pau...
À noite,
as pessoas
se reuniam,
ao redor do fogo,
a fim de
contar histórias,
relembrar a vida
de Jesus.
E rezavam:
Obrigado, Senhor,
por mais este dia
que tivemos!
Bertranda,
nosso menino
é muito inteligente.
Que tal mandarmos
Vicente para estudar?
O pai
percebendo
a inteligência
de Vicente,
conversa com a mãe
sobre seu futuro:
Como os estudos são
demorados e caros,
estou disposto
a vender
nossa junta de bois.
O Senhor
nos abençoará.
Está decidido!
Vicente
há de se tornar
um homem
de igreja.
Assim,
aos quinze anos,
ele troca seus
rebanhos
e a bela região
de sua infância,
pela cidade.
Ele
progride depressa
e consegue,
encontrar
um trabalho
para pagar
seus estudos!
Vicente
entra no Colégio
dos Franciscanos,
em Dax.
Um advogado
toma-o como
professor
de seus filhos.
Vicente era
inteligente,
mas orgulhoso.
Durante toda
a sua vida,
se lembrará
do dia,
em que teve vergonha
de seu pai
mal vestido e coxo,
que viera
lhe fazer uma visita.
Dax... Tolosa...
Sonhava...
Não tinha
20 anos,
quando,
em 1600,
foi
ordenado Padre.
A mim
o sucesso,
pensava ele!
Depois em Tolosa,
herda
pequena fortuna
de uma senhora.
Vicente continua
procurando algo
para
tornar-se célebre.
E parte para Roma.
É roubado,
mas
persegue o ladrão
até Marselha...
Então,
volta à França,
numa frágil
embarcação.
Em Paris,
Padre Vicente tornou-se
Capelão da Rainha.
E nas ruas,
dava esmolas aos pobres,
dizendo:
“Recebam estas moedas,
em nome da Rainha!”
Padre Vicente
não pensava
que mais tarde,
faria o mesmo
em nome de Jesus.
Vicente não tinha
provas de sua
inocência.
Envergonhado
de ser acusado
falsamente
ficou triste
durante vários anos.
Em Paris,
Por sorte,
foi acusado de roubar
o culpado
dinheiro de um amigo
numa pensão.
foi preso!
Vicente cansou-se
de desejar ser rico.
Refletiu:
Para que
atormentar-me?
Tudo me parece
tão triste...
E rezava:
“Que queres que eu
faça, Senhor?”
Padre Vicente
torna-se pároco
da igreja de Clichy.
Uma Paróquia
muito pobre.
Mas
pela primeira vez,
ele é feliz!
Seu querido
pároco,
Padre Vicente
acabou de partir.
Um ano mais tarde,
os paroquianos
de Clichy
estão alarmados.
“Com ele,
tudo ia tão bem.
Ele restaurou a
igreja...
Jamais tivemos um
padre como ele.
Graças a ele
aprendi a rezar!”
Mas pediram-lhe
Para ser preceptor
dos filhos de Gondi.
Ele aceitou.
Padre Vicente ainda
pensava em encontrar
uma boa situação.
Padre Vicente dizia:
Tenho um povo
tão bom
que nem o Papa
é tão feliz
quanto eu.
No palácio participaria
da vida rica.
Dava catecismo
para os dois filhos
do casal Gondi.
Torna-se
confidente
da senhora
de Gondi
e conselheiro
do Conde.
Conseguiu
de tal maneira
integrar-se
nesta nobre família
que, em breve,
se tornou
muito importante.
Percebeu a
ignorância religiosa
do povo.
A senhora de Gondi
perguntou ao
Padre Vicente:
Numa viagem
com a família Gondi
Padre Vicente
atende um doente.
O que dá para
fazer
para ensinar
essas pessoas
da zona rural,
a conhecerem
e amarem Jesus?
Padre Vicente
começou
a visitar os colonos,
pregar nas igrejas,
atender os camponeses...
Seu primeiro
sermão missionário,
foi em 25 de janeiro
de 1617,
na igreja de Folleville.
Sua palavra
tocava os corações.
Os camponeses
são numerosos.
Padre Vicente
pede ajuda
a outros sacerdotes.
Inicia-se
um movimento...
De aldeia em aldeia,
Padre Vicente
celebra, prega,
escuta, aconselha,
confessa...
Então teve a ideia
de reunir
e formar Padres
para ajudar
o povo do campo.
Assim, nasceram
os Padres da Missão,
também chamados
Padres Lazaristas.
Encontrou
mais alegria
em falar de Deus
aos camponeses,
do que em viver
no luxo do castelo.
Refletiu, rezou...
Alguma coisa
mudou no coração
do Padre Vicente.
Pouco a pouco,
compreendeu
que devia dedicar-se
ainda mais,
aos pobres.
Padre Vicente,
deixa o lugar
de prestígio,
junto aos Gondi.
Ele fala:
Padre de Bérulle,
lá nos campos,
o povo morre de fome
e não conhece a Deus.
Minha decisão está
tomada!
Desejo instalar-me
numa paróquia
da zona rural,
e ocupar-me
desta pobre gente.
Viaja para
para ser pároco
no campo!
Imediatamente,
lança-se ao
trabalho:
Em julho de 1617,
Padre Vicente
parte mais
uma vez.
arruma a igreja
meio abandonada,
visita os colonos
e encoraja-os
a tornarem
sua fé mais viva...
Um domingo,
quando se preparava
para celebrar a missa,
uma senhora
vem dizer-lhe:
Padre Vicente,
aqui perto,
há uma família
doente de cama.
Não há ninguém
para cuidar dela...
Padre Vicente,
na homilia,
fala sobre o fato.
Animados pelas
palavras dele,
se encaminham
para socorrer a família,
levando pacotes e cestos
de coisas gostosas.
Na mesma tarde,
Padre Vicente reúne
algumas senhoras
da paróquia.
Vocês poderão ir
uma por vez.
Preparar o almoço
e o servir na cama,
com prato, colher...,
diz Padre Vicente!
Mas Padre Vicente,
isso se faz em casa dos ricos,
não de camponeses pobres!
Foi generoso o gesto
de todos hoje!
Mas amanhã
o que será?
É preciso
organizar-nos
desde agora.
Justamente,
as senhoras o farão
por amor de Jesus.
Os pobres serão
os seus senhores
e vocês, suas servas.
Procurem fazê-los sorrir,
contando-lhes
alguma história divertida.
Se puderem,
fiquem mais tempo com os
que estiverem sozinhos...
Oh! sim...
e colocaremos
todo o nosso coração
para fazer
tudo muito bem!
“Procurem falar-lhes
do amor de Jesus
e levá-los a Deus.
Façam tudo com amor!”
Assim nasceram as
Damas da Caridade,
hoje,
Voluntárias da Caridade.
Padre Vicente
está invadido
por um fogo
abrasador:
O amor de Cristo,
e o amor dos pobres.
Vive de todo
o coração,
estas palavras
de Jesus:
“Tudo o que fizerdes
ao menor
de meus irmãos
é a MIM
que o fazeis!”
Mt 25,45
Cinco meses depois
Padre Vicente
é obrigado
a voltar para
a família Gondi.
Mas ele lhes impôs
uma condição:
Que pudesse
ocupar-se dos pobres
e combater a miséria.
O conde de Gondi,
levou-o para
visitar os prisioneiros.
E o rei nomeou-o,
capelão das Galeras.
Junto aos forçados
e galés,
o Padre Vicente
é tomado de grande
angústia.
Esses condenados
não recebem
senão
desprezo, injúrias,
violências, imundícies,
fome, doença...
Com seus
Padres da Missão,
vai passar algum
tempo com eles.
Conquistada pelo
Padre Vicente,
a senhora de Gondi
torna-se
Dama da Caridade.
Assim,
o trabalho das
Damas da Caridade
ficou conhecido
até em Paris.
Muitas nobres
senhoras
se deixam vencer
pelo zelo do
Padre Vicente
no serviço
dos pobres.
Em 1625, em Paris,
Padre Vicente de Paulo
encontra-se com
Luísa de Marillac.
Com ela
e graças a ela,
Padre Vicente
vai operar maravilhas!
Luísa
enfrenta tempos
e caminhos difíceis.
Infatigável,
visita as Damas,
encoraja-as
nas dificuldades.
Elas não preparam
a sopa e mandam
suas empregadas
levarem aos pobres.
Elas não o fazem
por amor!
Padre Vicente,
essas damas
de Paris,
não têm hábito
de trabalhar.
Os pobres
são tratados
com rudeza
e mal servidos...
É preciso encontrar
solução para isso!
Um dia,
Margarida Naseau,
uma camponesa
procurou Padre Vicente
e lhe falou do desejo
de ajudá-lo
junto aos pobres.
E
a solução
vem do
próprio Deus!
O Padre Vicente
entregou-a a Luísa, que
junto com outras jovens
organizou-lhes a vida
e ensinou-as a serem
servas dos pobres.
O Padre Vicente, com frequência,
ia encorajá-las dizendo:
“Minhas filhas, Deus olha com alegria para vocês.
Gosta de ver a marmita, o cesto que levam,
como se fosse para Ele.
Os pobres são os seus senhores e mestres.”
Assim são reunidas
e formadas as primeiras
Filhas da Caridade,
chamadas também,
Irmãs de
São Vicente de Paulo.
Em 1638, em Paris,
são encontradas
pelas ruas
e perto de igrejas,
de trezentas
a quatrocentas
crianças abandonadas.
O sofrimento
das criancinhas
toca
o coração do
Padre Vicente.
São, às vezes,
vendidas a bandidos.
Sofrem muito
e morrem
muito depressa.
Padre Vicente confia
sua preocupação
a Luísa de Marillac.
Essas crianças
morrem na miséria.
É preciso,
fazer alguma coisa
por elas!
Padre Vicente,
o senhor poderia
falar sobre isso
com as
Damas da Caridade.
Amanhã,
elas têm reunião!
Padre Vicente percebe
que os Padres não têm
formação suficiente
para evangelizar
os camponeses.
Padre Vicente pensava:
Os padres estão
sozinhos para anunciar
a Palavra de Deus,
celebrar a Missa,
dar o perdão.
Eles precisam de ajuda!
Foi falar com
alguns Bispos
e juntos,
organizaram reuniões
de formação
onde o Padre Vicente
ia falar e rezar com eles.
Os camponeses sofrem.
Padre Vicente e
os Padres missionários
levam-lhes ajuda.
A França está em
guerra.
Na zona rural,
os bandidos saqueiam,
matam,
queimam tudo
por onde passam.
Nos campos de batalha
e nos hospitais,
as Filhas da Caridade
cuidam dos refugiados.
Peste, fome,
epidemias
se alastram.
Com os que o seguem,
Padre Vicente
inventa mil maneiras
de lutar
contra a miséria.
Doentes, camponeses,
idosos,
feridos de guerra,
deficientes físicos,
prisioneiros,
criancinhas abandonadas,
loucos, mendigos,
desempregados...
todos têm lugar
no seu coração.
A todos, quer dar
novamente a esperança
e
o gosto de viver.
É com a oração,
que inicia,
de manhã,
o seu dia,
e o acompanha
até a noite.
No segredo de seu coração,
Padre Vicente
vive com o Senhor.
Se tem de decidir
assunto importante,
pensa nele
diante de Deus.
Se não sabe agir,
pede a Deus
que o ilumine.
É em Jesus
que tira coragem para
continuar até o fim.
A 27 de setembro
de 1660,
quando estava
com quase
80 anos,
sente-se fatigado.
Ele abraça a cruz
e pronuncia
o nome de seu Senhor
a quem serviu fielmente,
nos pobres:
Confio... Jesus..
Padre Vicente é proclamado SANTO em 1737.
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