HISTORIA DE SURDO
Depoimento de:
Monsenhor Vicente de Paulo Burnier -01
Antônio Campos de Abreu
Historiador
Senhores Povo Surdos, Pais, Profissionais, Pastoral e Sacerdotes!
Eu, como historiador, tive uma idéia em captar as várias experiências e
depoimentos de maiores líderes surdos do Brasil.
Desta vez escolhi o Padre Vicente de Paulo Burnier , ele foi o primeiro padre surdo
do Brasil.
O povo surdo brasileiro tem profundos sentimentos de saudade e frequentemente
recordam com muita emoção este Padre Surdo.
Os povos surdos brasileiros e as suas comunidades surdas, tais como as associações
de surdos, as escolas de surdos , as igrejas e outras instituições podem contribuir
com as doações de materiais, documentos, cartas, fotos para que brevemente
possamos construir a história e criar Centro de Referencia para o Monsenhor
Vicente de Paulo Burnier .
Quem aceitar em colaborar e fazer parte da comissão na organização do mesmo, é
só entrar em contato que estou disponível em compartilhar as suas opiniões ,
sugestões, mensagem ou qualquer .
Sejam bem-vindos e não esqueçam das fotos e depoimentos que estarei esperando.
Obrigado!
Atenciosamente,
Antônio Campos de Abreu
Historiador
E-mail:[email protected]
Fonte:EFFATA - AR
Pe. Vicente de Paulo Penido Burnier
Nascimento: 02/03/1921
Ordenação: 22/09/1951
Contato
Lar Sacerdotal
Rua Dom Silvério, 461
Juiz de Fora - MG
Cep: 36026-450
Tel: (32) 3234-1580
Formação
Filosofia - Seminário São João - Mariana/MG
Teologia - Seminário São João - Mariana/MG
Cargos na Arquidiocese de Juiz de Fora
Arquivista da Cúria Metropolitana de Juiz de Fora
Fonte:A.de Juiz de Fora - MG
Monsenhor Vicente de Paulo Penido Burnier, Entrei no Seminário Santo
Antônio em 1935, quando foi aberto para receber apenas 21 alunos. Minha
primeira surpresa foi descobrir que, além da língua português, era obrigatório o
curso de latim. Tínhamos o desafio de estudar todo o primeiro semestre para
sermos admitidos no primeiro ano de próprio Seminário Menor, onde os estudos
duravam 6 anos. Entre tanto, oito seminaristas não foram felizes para serem
aprovados nos exames do primeiro semestre.Com a chegada de mais jovem no
ano de 1936, consegui matricular-me no curso do primeiro ano do Seminário,
que concluí em novembro de 1941. Fui aprovado para o Seminário Maior de São
José, de teologia, terminando em 1947. Neste ano, ainda faltava a dispensa da lei
canônica para que eu fosse ordenado padre por causa de surdez. Enquanto a
resposta à carta escrita por Dom Justino não chegava, fui trabalhar na Cúria
Metropolitana de Juiz de Fora, como Notário.
Em 1950, ano Santo, o Sr. Bispo, Dom Justino precisava ir a Roma prestar
informações sobre as atividades da Diocese de Juiz de Fora, resolveu me levar
para que o Papa tivesse melhor conhecimento sobre a minha pessoa e a
possibilidade de me ordenar padre. Chegando a Roma, Dom Justino pediu que
chamassem meu irmão, Pe. João Bosco Burnier, para solicitar audiência
particular com o santo Padre, o que ocorreu no dia seguinte em sua residência
de verão. Assim tive a oportunidade de falar com o papa Pio XII.
Ao entrar no escritório do Papa, ajoelhei-me e perguntei: "poderei ser ordenado
padre?" O Santo Padre me levantou e disse: "espere e veremos". Em seguida
falava com dom Justino: "Ele já fala bem, mas precisamos estudar este caso
especial e depois darei a resposta".
Justamente no dia 31 de janeiro de 1951, dia de são João Bosco, fui ao colégio
dos padres Salesi anos, e rezei: "São João Bosco, hoje é o último dia das minhas
oração de todos os dias de espera da resposta do Papa Pio XII. Não esperarei
mais, porque hoje é o dia da resposta do Papa. Espero que seja uma resposta
definitiva porque sei que o processo termina hoje. Por isso, hoje é o último dia
do pedido final."No dia 02 de fevereiro fui à missa para a cerimônia dos votos
perpétuos, dia preferido dos jesuítas, sempre dia de festa de Nossa Senhora.
Festa própria para solenizar o ato importante de vida dos padres Jesuítas.
Depois, fui cumprimentar meu irmão pelos voto feitos na sua vida de sacerdote.
Depois de me agradecer. Pe. João Bosco me disse estar também alegre por
mim, pois o Papa Pio XII havia concedido licença para que eu fosse ordenado.
Assim, gostei ver que aquela festa era para os dois irmãos festejarem o dia
solene para que eu fosse ordenado. então, esta data foi uma ocasião para
festejar e agradecer a Deus pelo dia feliz para os dois irmão. Fiquei muito
feliz.Antes de voltar ao Brasil, o Pe. João Bosco e eu fomos agradecer ao Papa
Pio XII pelo resultado muito agradável para minha vida. falei com o Papa que
prometia rezar por ele no dia da primeira missa. E o Papa perguntou sobre o
dia da primeira missa. Eu disse que seria em setembro. Ele agradeceu dizendo:
"muito obrigado!" Então, comecei a me preparar para voltar ao Brasil, a Juiz de
Fora, marcando para o dia 22 de setembro de 1951 minha primeira missa. E foi
no setembro Santo Antônio, onde tudo começou e aqui estou com muita
alegria, ate os dias de hoje. Fonte:Pastoral dos Surdos Monsenhor Vicente P.
Burnier
João Bosco Burnier - filho de Henrique Penido Burnier
e Maria Cândida Penido Burnier. Irmão de Mons.
Vicente de Paula Penido Burnier, que faz parte do
nosso presbitério. Nasceu em Juiz de Fora, no dia 11 de
junho de 1917. Trabalhava na Prelazia de São Félix do
Araguaia, onde, no dia 11 de outubro de 1976, tomou a
defesa de duas mulheres inocentes, vítimas de tortura
dos soldados da cadeia local. Um dos soldados se
descontrolou e atirou na cabeça do padre que,
transportado para o hospital, faleceu na madrugada do
dia 12 de outubro.Fonte:.paroquiasaojoaobatistamaua
A família Penido era um modelo de vida cristã
e religiosa, de acordo com as mais sadias
tradições mineiras. Basta ver que Deus
abençoou a sua descendência com a vocação
de 5 sacerdotes: Padre Maurilo Teixeira Leite
Penido (Padre Penido); Dom Basílio Penido,
O.S.B.; Padre João Bosco Penido Burnier, S.J.;
Frei Martinho Penido Burnier, O.P.; Padre
Vicente de Paulo Penido Burnier, além de
muitas Religiosas consagradas a Deus.
Fonte:.familiapenido.com.
Download

Slide 1 - cultura Sorda