BOAS PRÁTICAS DE
ORDENHA
BEM ESTAR
 Em
Abril de 2000, o Ministério da Agricultura do
Desenvolvimento Rural e das Pescas, emitiu um
diploma que define o bem-estar animal como
um “estado de equilíbrio fisiológico e etológico
do animal”;
 Hughes
(1976), define bem estar como um
estado de completa saúde mental e física, onde
o animal está em perfeita harmonia com o
ambiente
INFLUÊNCIA DO STRESS NO BEM ESTAR ANIMAL
 Moss
(1992), considera que o stress pode
ser considerado como uma resposta não
especifica do organismo a qualquer
situação. Os agentes stressantes, podem
causar sensações positivas ou negativas,
originando ambos a mesma resposta, não
especifica.
BEM ESTAR
Fatores

Determinar o nível de bem-estar numa
exploração de vacas de leite é difícil, devido
ao elevado número de fatores que interferem
(Bach e Juaristi, 2007). Os fatores que mais
intervêm no conforto da vaca são: Fatores
Sociais (vaca-vaca); Fatores de Maneio (vacahomem); Fatores do Ambiente (vacaambiente) e Fatores Patológicos.
FATORES DE MANEIO
 Dos
vários fatores de maneio existentes
destacam-se a alimentação, higiene e
limpeza, ordenha e a inseminação. Um bom
controlo destas atividades resulta em
animais calmos e amigáveis, com as
condições ideais para produzir.
SAÚDE DO ÚBERE

Ao falarmos de saúde no úbere, falamos no
parâmetro CCS ( Contagem Células Somáticas)

As células somáticas são, normalmente, células
de defesa (leucócitos) do organismo, que
migram do sangue para o interior da glândula
mamária com o objetivo de combater agentes
agressores, ou, podem, igualmente, ser células
secretoras descamadas (Machado et al., 2000).
Alimentação
Alimentação
Maneio
Estabulação
Sala de Ordenha
Ordenha
ORDENHA

Um dos fatores mais importantes na produção
leiteira, é a ordenha, pois o ato de ordenhar é o
máximo de interação existente numa exploração,
e requer condições que permitam a secreção e a
ação de ocitocina, fundamental para uma
adequada ejeção do leite.
ORDENHA
Vácuo

Vácuo correto durante a
ordenha é muito
importante.

Níveis de Vácuo
recomendados 32 – 40 kPa.

Vácuo constante
Fig 1- Vácuo
ORDENHA
Vácuo demasiado elevado provoca:

Aumenta o risco de danos no esfíncter do teto

Animais mais agitados e difíceis de ordenhar

Tetina vai se aproximando ao úbere, podendo
causar lesões neste

Sobre-ordenha

Aumenta risco de mastites
ORDENHA
Vácuo demasiado baixo provoca:

Aumenta o risco por queda da tetina

Aumenta o risco de variação de vácuo na ponta
das tetinas

Mais tempo de ordenha

Leite que fica retido no úbere

Aumenta risco de mamites
ORDENHA
Pulsação
O pulsador é o responsável pela alternância entre
o vácuo e o ar, pois é necessário a massagem dos
tetos para permitir a circulação do sangue pelo
úbere da vaca, razão pela qual a ordenha não
deve ser realizada com vácuo direto (Francelino,
2006).
 Pode variar entre as 57 e as 63 pulsações por
minuto

ORDENHA
Possíveis Causas:
 Sobre-ordenha
 Má pulsação
 Vácuo em excesso
 Demasiado tempo a ordenhar
 Posicionamento incorreto do
coletor
 Forma do teto
 Nível de remoção
Fig 2- Teto danificado
ORDENHA
Fig 3- Colocação das tetinas/coletor
ORDENHA
Higiene do úbere

Pré- Dipping (Elimina as bactérias presentes no
teto)

Teste Californiano de mastites

Boa colocação das tetinas, coletor, sem variações
de vácuo e pulsação

Pós- Dipping (“Barreira” protetora)
ORDENHADOR/GESTOR
Ordenhador tem que ser : calmo, paciente, higiénico,
atento e meigo com os animais.
 O
Gestor/Ordenhador deve garantir o bom
funcionamento do sistema de ordenha e a sua
manutenção. Deve também assegurar uma boa rotina
diária de ordenha.
 Um bom operador deverá estar sempre atento ao
comportamento e as necessidades fisiológicas, de
segurança e comportamentais dos animais que estão
sob sua responsabilidade.

AMBIENTE/ORDENHA

A sala de ordenha deve ser um local calmo, limpo e
dimensionado de acordo com os nº de animais.

Durante a ordenha os operadores, são os únicos no
interior da sala de ordenha, salvo raras exceções,
para não provocar agitação nos animais.

A sala de ordenha deve ter boa circulação de ar e
boa iluminação na zona do operador.
SISTEMA DE ORDENHA
Fig 4- Sala Paralela Saída Rápida
Fig 5- Sistema Robotizado Duas Boxes
FIM
Referências Bibliográficas
Bach, A. E.; Juaristi, J.L.; 2007. Instalaciones y bienestar animal: un método para la
autoevaluación. Producción animal, ISSN 1578-1526, Vol 22, Nº 228, 22-32;
Comissão Europeia; 2002. Comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamento
Europeu, “sobre legislação em matéria de bem-estar dos animais de exploração nos países
terceiros e implicações para a UE”. Bruxelas 18.11.2002. COM (2002) 626 final. Em:
http://ec.europa.eu/food/animal/welfare/references/2002_0626_pt.pdf, consultada em Janeiro
2009;
Hugues, B.D.; 1976. Behaviour as an index of welfare. In: proceedings of the 5th
European poultry conference. Malta, pp.1005-1012;
Machado, P.F.; Pereira, A.R.; Silva, L.F.P.; 2000. Células Somáticas no leite.
Moss, R.; 1992. Livestock health and welfare. Longman Scientific & Technical,
Veterinary Health Series. UK, p.420;
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