CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE
E. E. B. M. PE. GERMANO BRANDT
Coordenador(a) Institucional: Marcilene Pöpper Gomes
Coordenador(a) de Área: Clarice Pires
Professor(a) Supervisor(a): Alex Lennon de Souza
Acadêmicos(as): Heloise Amorim, Jéssica A. Hoffmann,
Larissa F. Foppa, Suzana Baron
SUMÁRIO
1. Cronograma
2. Introdução
3. Processo de Investigação: entrevistas, observações, aporte
teórico, diagnóstico de alfabetização, álbum articulatório
4. Análise dos Resultados Alcançados
5. Referências
CRONOGRAMA DO MÊS DE MAIO
DATA
PLANEJAMENTO
29/04
Análise das entrevistas dos professores do 1º e do 2º ano. Pesquisa para
iniciar a elaboração do álbum articulatório.
06/05
Leitura do livro Criar Leitores para Professores e Educadores, de José
Morais. Análise das atividades referentes ao diagnóstico de alfabetização.
20/05
Observação do 2º ano.
26/05
Observação do 1º e do 3º ano.
27/05
Estudo e elaboração do portfólio.
29/05
Estudo e elaboração do portfólio.
30/05
Encontro e formação com os participantes do Pibid, na Unifebe.
INTRODUÇÃO
No mês de maio, terminamos as entrevistas com os professores e
observamos as turmas de alfabetização. Realizamos o estudo da obra Criar
Leitores para Professores e Educadores, de José Morais, para subsidiar e
orientar o nosso projeto. Analisamos e iniciamos a qualificação das
avaliações de diagnóstico, em consonância com os estudos realizados.
Ademais, foram selecionadas as figuras para a confecção do álbum
articulatório.
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: ENTREVISTAS
1- Qual a visão e qual a missão da escola?
2- Qual a importância da alfabetização no contexto escolar?
3- Qual a concepção de alfabetização adotada pela escola?
4- Qual a concepção de letramento adotada pela escola?
5- Você já trabalhou com turmas de alfabetização? Como foi a experiência?
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: ENTREVISTAS
1- Entrevista com a professora do 1º ano.
Realizamos um diálogo e entregamos um questionário à professora do 1º
ano. Sobre a visão e a missão da escola, a professora respondeu que a escola
deve ter um ambiente que acolhe, que educa e que compartilha com as
famílias a responsabilidade pela construção de projetos para a vida dos
alunos.
Em relação à alfabetização, a professora afirma sua grande importância
para a criança, e ressalta o fato deste processo ser, geralmente, iniciado no
contexto escolar. É a partir da alfabetização que a criança aprende a
decodificar as letras.
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: ENTREVISTAS
1- Entrevista com a professora do 1º ano.
Para a professora, a escola não segue um método de alfabetização.
Assim, cada professor adota um método que considera eficaz.
Além disso, a professora busca trabalhar com o método tradicional
(alfabético, isto é, be-a-bá), proporcionar às crianças atividades significativas
– que estejam relacionadas com a realidade delas – e utilizar a ludicidade,
por meio de jogos e brincadeiras, tornando as aulas mais dinâmicas.
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: ENTREVISTAS
1- Entrevista com a professora do 1º ano.
Sobre o letramento, a professora entende que letrar é mais do que
alfabetizar e que estes dois processos não devem ser separados, no qual o
aluno primeiro tem contato com o ensino das técnicas da leitura e da escrita.
A professora iniciou sua experiência na alfabetização com a turma do 1º
ano. Para ela, o 1º ano é apenas o inicio do processo de alfabetização, tendo
em vista que a criança poderá ser alfabetizada até o fim do 3º ano.
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: ENTREVISTAS
2- Entrevista com a professora do 2º ano.
Realizamos um diálogo e entregamos um questionário à professora do 2º
ano. Para a professora, a escola deve formar pessoas capazes de se relacionarem
com a sociedade, de forma consciente e justa, respeitando uns aos outros.
A professora entende que a alfabetização é um processo muito importante
na escola, pois auxilia e desenvolve aptidões, desenvolve o conhecimento de
mundo, ampliando o desempenho da criança. A professora adota o método
fônico, o mesmo método da escola.
Esta é a primeira experiência da professora com turma de alfabetização.
Para ela, está sendo uma experiência ótima e muito afetiva, pois ela percebe o
quanto as crianças estão se desenvolvendo durante o processo de aprendizagem.
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: OBSERVAÇÕES
1- Observação na turma do 1º ano.
Durante a observação do 1º ano, a professora relatou que as crianças
apresentam “imaturidade”, isto é, elas ainda não se adequaram à rotina
estabelecida, que é diferente daquela que tinham na educação infantil.
A professora realizou uma atividade no quadro, na qual os alunos tinham
que copiar a letra “Z”, nas suas diversas formas de escrita. Posteriormente, a
professora apresentou o fonema da letra. Os alunos apresentaram dificuldades
para copiar a letra, por isso a professora passou nas carteiras para ajudá-los.
Percebemos que, ao ajudar os alunos, a professora acabava realizando a
atividade por eles. Muitas crianças confundiam a letra “Z” com as letras “S” e
“C”, quando relacionavam a letra às palavras.
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: OBSERVAÇÕES
2- Observação na turma do 2º ano.
A professora estava trabalhando, com os alunos, a parlenda O Sapo não
Lava o Pé, na disciplina de Língua Portuguesa. A professora iniciou a
atividade com um dialogo em roda, em seguida, dividiu a sala em dois
grupos. Os alunos receberam a parlenda toda embaralhada para ser
organizada e colada num cartaz. A turma demonstrou dificuldade para
trabalhar em grupo, agitando-se em alguns momentos.
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: OBSERVAÇÕES
3- Observação na turma do 3º ano.
O professor do 3º ano realizou uma revisão para a prova de Ciências, na
qual um aluno desenhou uma planta no quadro, e outros escreveram
corretamente as suas partes. O professor mediou todo o processo,
perguntando aos alunos se as palavras escritas estavam corretas.
As crianças demonstraram entusiasmo e interesse durante a atividade.
Na sequência, o professor iniciou novo conteúdo, utilizando slides e um
vídeo explicativo.
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: APORTE TEÓRICO
“[...] verificou-se, comparando crianças com o mesmo tempo de
ensino da leitura, que leem melhor aquelas que se beneficiaram de atividades
destinadas a fazê-las tomar consciência dos fonemas e conhecer as
correspondências entre grafemas e fonemas. Mais importante ainda, o treino
das competências fonêmicas tem efeitos positivos diretos no desempenho da
leitura, tanto na leitura de palavras escritas isoladas como na leitura de
texto.” (MORAIS, 2013, p. 36 – grifos do autor)
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO:
DIAGNÓSTICO DE PRÉ-ALFABETIZAÇÃO
No ano passado, foram aplicadas algumas atividades de diagnóstico
relativas à pré-alfabetização com alunos do 1º ano. Com base nos estudos
realizados até o momento, foram discutidas a ampliação e a qualificação
desse diagnóstico. Além desse diagnóstico, foram produzidos outros
relativos ao processo de alfabetização nas turmas de 1º, 2º e 3º anos.
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO:
DIAGNÓSTICO DE PRÉ-ALFABETIZAÇÃO
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: ÁLBUM ARTICULATÓRIO
O álbum articulatório tem a função de diagnosticar possíveis deficiências
na fala das crianças. Sua aplicação deve ser realizada, principalmente,
quando a criança completa 5 anos. Se a deficiência for pontual e simples de
ser resolvida, é suficiente a aplicação de algumas atividades fônicas. Porém,
em casos mais graveis, a criança deve ser encaminhada a um profissional da
área.
Como a aquisição da linguagem perpassa a consciência da relação entre
fonemas e grafemas, a pronúncia incorreta dos fonemas pode acarretar erros
na escrita.
Todavia, algumas dessas deficiências, muitas vezes, são corrigidas no
próprio processo de alfabetização pelo método fônico.
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO: ÁLBUM ARTICULATÓRIO
ANÁLISE DOS RESULTADOS ALCANÇADOS
No mês de maio, terminamos a entrevista com os professores. A professora do
1º ano entende que o papel da escola é colaborar, em conjunto com a família, para
os projetos de vida das crianças. Observamos que essa professora, quando
questionada sobre a concepção de alfabetização adotada pela escola, relatou que a
escola não segue um método específico de alfabetização, posição que difere
daquela presente no PPP da escola. A professora mescla o método alfabético com
o método fônico. A professora do 2º ano acredita que o papel da escola é formar as
crianças para uma vida em harmonia com a sociedade. Ela utiliza o método fônico
de alfabetização, conforme a orientação da escola. É interessante ressaltar que as
duas professoras entrevistadas neste mês não possuíam experiência anterior com
turmas de alfabetização. Apenas o professor do 3º ano já havia lecionado em
turmas do denominado ciclo de alfabetização.
ANÁLISE DOS RESULTADOS ALCANÇADOS
Durante as observações, foi possível perceber uma relação entre as concepções
apresentadas pelos professores nas entrevistas e suas práticas de sala aula. No
entanto, as professoras do 1º e do 2º ano apresentaram certa dificuldade na
mediação das atividades. Acreditamos que, em parte, isso seja decorrência da
pouca experiência com turmas de alfabetização.
Os estudos realizados contribuíram para a nossa melhor percepção e
entendimento da importância de se conhecer os fonemas no processo de
alfabetização, bem como as aptidões necessárias aos docentes para que as crianças
aprendam a ler e a escrever com eficiência. O professor deve conhecer quais os
requisitos necessários para que a alfabetização ocorra (pré-alfabetização), quais as
etapas do processo de alfabetização e quais ações realizar em caso de dificuldades
apresentadas pelos alunos ao longo do percurso de alfabetização.
ANÁLISE DOS RESULTADOS ALCANÇADOS
A confecção do álbum articulatório e dos diagnósticos de pré-alfabetização e
alfabetização foram iniciados e estão em construção.
A escola, no ano de 2014, com supervisão do orientador pedagógico, aplicou
o álbum articulatório com as crianças do Pré III e do 1º ano, com o objetivo de
diagnosticar dificuldades na articulação de fonemas. O nosso grupo deu início à
produção de um novo álbum articulatório para melhor qualificá-lo, segundo as
dificuldades apresentadas em sua aplicação no ano passado – dificuldades que
foram relatadas pela gestão da escola.
O mesmo processo foi iniciado em ralação aos diagnósticos de préalfabetização e alfabetização elaborados durante o ano passado. Mas, apesar de
produzidos, nem todos foram aplicados. Assim, conforme as orientações que
recebemos da escola, estamos estudando as possibilidades para qualificá-los.
REFERÊNCIAS
ARAUJO E OLIVEIRA, João Batista. Alfabetização de Crianças e Adultos: Novos
Parâmetros. Belho Horizonte: Alfa Educativa, 2004.
CARDOSO-MARTINS, C. C., CAPOVILLA, F. C., GOMBERT, J. E., OLIVEIRA, J. B.
A., MORAIS, J. C. J., ADAMS, M. J., BEARD, R. (2007). Grupo de Trabalho
Alfabetização Infantil – Os novos caminhos: Relatório Final. Comissão de Educação e
Cultura da Câmara dos Deputados. Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados, Centro de
Documentação
e
Informação.
Brasília,
DF.
Disponível
em:
<http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/1924/grupo_alfabetizacao_infantil_
educacao_cultura.pdf?sequence=1>. Acesso em: 20 maio 2015.
MORAIS, José. Criar Leitores para Professores e Educadores. Barueri: Minha Editora,
2013.
Download

Portfolio_Escola_Pe_Germano_Brandt_Maio_2015_