Banco de Dados de Perdas Operacionais
8ª Reunião do GT de Risco Operacional
Versão 2
DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Tópicos discutidos em reuniões anteriores do GT

Definição de Perda Operacional (1)

Perda resultante de falha, deficiência ou inadequação de processos internos ,
pessoas e sistemas , ou decorrente de fraudes ou eventos externos , incluindo-se
as perdas legais e excluindo-se as perdas decorrentes de decisões estratégicas e
à reputação da instituição
Perdas decorrentes de multas,
penalidades
ou
indenizações
resultantes de ações de órgãos de
supervisão e controle, bem como
perdas decorrentes de decisão
desfavorável em processos judiciais
ou administrativos
São eventos ocorridos externamente à
empresa, como paralisações por motivo de
tumultos, greves, rebeliões, atos terroristas,
motins, catástrofes naturais, incêndios,
apagões e qualquer outro evento não
diretamente relacionado às atividades da
instituição e que possa causar falha ou
colapso nos serviços essenciais ao
desenvolvimento de suas atividades
(1) Definição derivada da definição de Risco Operacional disposta na Resolução CNSP nº 283/2013
2
Tópicos discutidos em reuniões anteriores do GT

Solicitação do mercado para que a SUSEP disponibilizasse ao mercado os
dados utilizados para o cálculo do CRoper

Todas as supervisionadas teriam acesso às informações necessárias à
determinação do CRoper de todas as empresas do mercado
Empresa
PROVvida
:
:
:
:
PROVnão-vida
:
:
PREMvida
:
:
PREMnão-vida
:
:
pPREMvida
pPREMnão-vida
:
:

A ser avaliado

Atualmente o Sistema de Estatísticas da SUSEP já provê parte destas
informações
:
:
3
Tópicos discutidos em reuniões anteriores do GT

Fronteira entre os diversos riscos regulados

Os representantes do mercado se comprometeram a elaborar lista contendo
exemplos de perdas cuja classificação entre “perda operacional” ou “contingência
de sinistros/benefícios” (perda relacionada ao risco de subscrição) mereça análise
do GT
Descrição da perda
Classificação (operacional ou subscrição)
:
:
:
:

Lista parcial foi discutida na 4ª reunião do GT (detalhada adiante)

Proposta de constituição de grupo de trabalho multidisciplinar para tratar a
questão de classificação de perdas entre os diversos riscos
MAIS DETALHES
ADIANTE
4
Tópicos discutidos em reuniões anteriores do GT

Solicitação do mercado para que seja disponibilizado manual de
preenchimento do banco de dados

A estrutura do banco de dados proposto inclui descrição
dos campos e instruções para seu preenchimento

A SUSEP aguarda exemplos do mercado para orientar sobre
a classificação de perdas para as quais se tenha dificuldade em definir a qual
módulo de risco devem ser associadas (ex: operacional x subscrição)

Poderá ser mantido espaço específico no site SUSEP para “perguntas e
respostas” sobre o tema

Caso implementado via FIP, o manual do FIP incorporará as orientações de
preenchimento citadas no primeiro item

Possibilidade de elaboração de material análogo aos Operational Risk
Reports Standards do ORIC e ORX

REFLETIR
Ajudará na questão da “fronteira” entre o risco operacional e demais riscos
5
Tópicos discutidos em reuniões anteriores do GT

Postergação da utilização dos conceitos de “quase perdas” e “perdas
descendentes”. Neste primeiro momento:
PERDA
OPERACIONAL
BANCO DE DADOS DE
PERDAS OPERACIONAIS
Quase
Perda
Informações
Perda
para gestão
Raiz
de risco
Perda
Raiz
Perda
Raiz
Perda
Raiz
ou
Perda
Descendente
Perda
Descendente
Perda
Raiz
6
Tópicos discutidos em reuniões anteriores do GT

Perdas de pequeno valor e mesma origem:

Agrupar em um único evento de perda
PERDA
OPERACIONAL
Perda
BANCO DE DADOS DE
PERDAS OPERACIONAIS
Perda
Perda
Perda
Perda
Perda
Raiz
Perda
Perda
Perda
Perda
Perda
7
Tópicos discutidos em reuniões anteriores do GT

Por demanda do mercado, o propósito do banco de dados de perdas
operacionais foi limitado a atender a necessidade de informações para fins
de cálculo do capital de risco (CRoper), eliminando-se itens cujo objetivo era
o de prover informações para a gestão dos riscos

Redução significativa no volume de informação registrada no banco de dados
Informações
para cálculo do
CRoper
Informações
para gestão
de risco
BANCO DE DADOS DE
PERDAS OPERACIONAIS
Informações
para cálculo do
CRoper
BANCO DE DADOS DE
PERDAS OPERACIONAIS
8
Tópicos discutidos em reuniões anteriores do GT

Threshold

Risco de não popular o banco de dados caso adotado threshold de valor elevado

Empresas do setor bancário e segurador consultadas que já possuem bancos de
dados de perdas operacionais não tem utilizado threshold (1)

O valor definido até o momento é de R$ 5 mil
 Pode vir a ser alterado com a experiência adquirida ao longo do tempo
A adoção de threshold
pode elevar o VaR das
perdas, agravando a
exigência de capital
REFLETIR
(1) Em relatórios gerenciais de gestão de risco cortes são utilizados para priorizar as ações de gestão em perdas de
valor significativo
9
Tópicos discutidos em reuniões anteriores do GT

Threshold (cont.)

Aplicação
 O threshold é de aplicação opcional
 Perdas de mesma origem devem ser agrupadas em um único evento para
fins de definição do threshold
 Deve-se comprovar que a perda descartada está abaixo do threshold e que
não há perdas com mesma origem que agregadas atinjam este valor
threshold
Perda
Banco de dados
de perdas
operacionais
REFLETIR
Necessário!!
Documentação comprovando que:
a) a perda não ultrapassa o threshold
b) não há outras perdas com mesma origem
que somadas atinjam o threshold
10
Tópicos discutidos em reuniões anteriores do GT

Envio do banco de dados para a SUSEP de forma confidencial

Na 6ª reunião do GT, a SUSEP apresentou os obstáculos para a implementação
deste pleito

Na ocasião foi sugerido estabelecer garantias para que os dados de perdas
informados no banco de dados não fossem utilizados para fins de aplicação de
penalidades

Sugeriu-se procedimento análogo ao disposto na Circular SUSEP nº 450/2012


“A assinatura do termo de compromisso de ajuste de conduta não importa em confissão
quanto à matéria de fato, nem o reconhecimento de ilicitude da conduta em apuração”
Em correspondência de 03/05/2013 o mercado abriu mão do pleito de envio
confidencial do banco de dados à SUSEP
11
Fronteira de classificação: subscrição x operacional

Risco de subscrição


Trata do risco associado a flutuação das premissas adotadas
para a precificação das coberturas oferecidas pelo produto
(tábuas biométricas, rentabilidade, etc.)
Risco operacional

Trata de falha, deficiência ou inadequação de processos, sistemas ou pessoas.
12
Fronteira de classificação: subscrição x operacional



Coberturas não previstas em contrato e concedidas por via
judicial ou não

Risco Operacional

Não decorrem de oscilações inerentes às premissas adotadas
Coberturas previstas em contrato mas não consideradas
(ou consideradas parcialmente) na precificação/provisionamento

Parcela considerada na precificação/provisionamento (se existente): NÃO é perda

Parcela excedente àquela já precificada/provisionada: Risco Operacional

Erro ao não se precificar/provisionar corretamente a cobertura prevista em contrato
Coberturas previstas em contrato, precificadas/provisionadas, mas negadas
pela companhia e concedidas por via judicial ou não

Parcela considerada na precificação/provisionamento: NÃO é perda

Parcela relativa às custas do litígio (honorários advocatícios, danos morais, juros e
mora, etc.): Risco Operacional

Houve erro ao negar o sinistro
13
Fronteira de classificação: subscrição x operacional

Coberturas previstas em contrato, precificadas/
provisionadas, mas que geraram sinistros superiores aos
previstos, devido à variações não previsíveis dos parâmetros
considerados nos cálculos originais

Parcela considerada na precificação/provisionamento: NÃO é perda

Parcela excedente ao montante considerado na precificação/provisionamento:
Risco de Subscrição

O ônus adicional decorre de flutuação nas premissas adotadas, não houve erro ou
falha de cálculo
14
Fronteira de classificação: subscrição x operacional

Classificação de perdas - Exemplos já discutidos no GT
Multas aplicadas pelo Regulador
Operacional
Multas de natureza tributária decorrentes de falhas no processamento de
informações
Operacional
Ação judicial sobre a seguradora devido à má prática de seus serviços
(descumprimento de lei, preconceito racial, etc.)
Operacional(1)
Ações trabalhistas
Operacional
Falta de luz, acarretando em uma pane no sistema da seguradora,
impossibilitando a subscrição de novos clientes
Operacional
Juros e correção monetária devido ao atraso no pagamento de sinistros
Subscrição(2)
Provavelmente o atraso decorre de erro operacional: Perda Operacional (na
imposibilidade de segregar valor provisionado do valor dos encargos, o total poderia
ser considerado como Perda Operacional
(1) Em alguns casos o procedimento da empresa é pagar parte do valor da ação como sinistro. Nestes casos uma
possibilidade é que apenas a parcela do pagamento que ultrapassar esse montante seja classificada como Perda
Operacional.
(2) Pode haver casos nos quais os juros e a correção monetária decorram de erro operacional. Nestas situações a
alocação adequada seria em Risco Operacional. Contudo, considerando a prática de mercado e a dificuldade em
diferenciar as situações, seria aceitável considerar unicamente a alocação como Risco de Subscrição (exceto
casos de valor relevante decorrentes de erro operacional)
15
Fronteira de classificação: subscrição x operacional

Classificação de perdas - Exemplos já discutidos no GT
Cláusula no contrato que não é factível de ser honrada pela seguradora, e
para a qual havia sido oferecido cobertura (cobertura não-intencional)
não foi precificada
Subscrição(1)
Operacional
Indenização pelo tempo gasto para a reparação de veículos
 Se não estiver prevista em contrato (acordo ou decisão judicial)
 Operacional
 Prevista em contrato (ex.: lucros cessantes, carro reserva)
 Subscrição
Somente é válido
se a cobertura
foi considerada
na precificação !
Argumento inicial: Uma vez
que se verifica a cobertura
contratual,
a
perda
está
associada ao risco de subscrição
Caso contrário
SEGUNDO ORIC  PERDA OPERACIONAL
Nível 1: Clientes, Produtos ou Práticas de Negócio
Nível 2: Produtos inadequados
Nível 3: Garantias não-intencionais
Somente
se
houver
flutuação não previsível
em relação à precificação.
Senão: não é perda
16
Fronteira de classificação: subscrição x operacional

Classificação de perdas polêmicas - Outros exemplos
Juiz concede lucros cessantes à taxista com seguro de danos de seu veículo
Operacional
Lucros cessantes não estava previsto na cobertura contratual mas foi concedida
judicialmente
Após a concessão de uma renda certa o juiz concede renda vitalícia, com base
no valor da renda certa (expectativa de vida > prazo da renda certa)
Operacional
Renda vitalícia não foi provisionada/precificada e conversão da renda certa em renda
vitalícia, nas condições definidas não estava considerada no contrato. A diferença entre as
provisões constituídas e a provisão necessária à renda vitalícia é uma perda operacional
Nova legislação obriga cobertura de danos provocados por alagamento
Operacional
Contratos vigentes que não ofereciam esta cobertura registrarão perda operacional pois a
precificação não considerava esta cobertura
Juros mínimo contratual para prazo de diferimento não foi considerado para
atualização de saldo de conta de participante de plano de capitalização. Ação
judicial garantiu a correção monetária contratual
Operacional
Apesar de estar previsto contratualmente, houve falha nos procedimentos de atualização do
saldo e de conferência dos valores, o que constitui uma perda operacional, de valor
correspondente a garantia adicional não incluída no saldo de conta
17
Propostas adicionais

Precisa ser validado
pelo Mercado !
Campo “Função de Negócio”

Classifica o evento de perda na função de negócio à ela associada, conforme
codificação a seguir:
0 - Não Aplicável
1 - Administração
2 - Finanças Corporativas
3 - Negociação e Vendas
4 - Pagamentos e Liquidações
 Instalações
 Jurídico/Compliance
  Recursos Humanos
 Compras
 Auditoria
 Fiscal
  Contabilidade/Financeiro
5 - Sistemas
6 – Subscrição
7 – Terceirização

Proposta
 Vendas e Distribuição
 Atendimento/Serviços ao
 Cliente
 Marketing
 Investimentos/Tesouraria
  Sinistros
  TI
 Subscrição
 Atuarial-Precificação
  Atuarial-Provisionamento
 Resseguro Externo
  Terceirização
= De/Para com
classificação ORIC

Incluir classe “7-Terceirização”

Objetivo: Identificar quando a perda ocorre em função terceirizada

Base: ORIC Standards
18
Propostas adicionais

Inclusão de novo campo para indicar se a perda é de origem litigiosa

Risk Office, na 5ª reunião do GT, recomendou que perdas decorrentes de ações
judiciais fossem tratadas de forma segregada: complexidade e características
específicas

Deloitte, em reunião recente com a SUSEP, recomendou que perdas de origem
litigiosa fossem identificadas no banco de dados: possuem distribuições de
frequência e de severidade bastante distintas das demais perdas

Estrutura do Campo:

Campo “Origem Judicial”:
0 – Não
1 – Sim
19
Propostas adicionais

Na 6ª reunião do GT havia sido definido
que perdas registradas como contingência
de sinistros/benefícios (ou PSL) não
seriam inclusas no banco de dados !
Inclusão de novo campo para indicar se perda está reconhecida na PSL

Conceitualmente, diversas perdas reconhecidas na PSL deveriam ser tratadas
como perdas operacionais

Estas perdas precisam ser identificadas como operacionais para fins de
participação em consórcios internacionais que armazenam perdas operacionais

A calibragem atual da fórmula padrão de Risco Operacional não considera
valores reconhecidos na PSL


Isto porquê, a fórmula padrão de risco de subscrição, desenvolvida anteriormente, inclui
estas perdas em sua formulação

Não queremos a duplicidade de demanda de capital sobre o mesmo evento
Não é sabido, ainda, se será possível rever a fórmula padrão de subscrição para
desconsiderar estas perdas

Se não pudermos desconsiderá-las no risco de subscrição temos que ter meios de
identificá-las para que não sejam consideradas em duplicidade em eventual
aprimoramento da fórmula padrão de risco operacional
20
Propostas adicionais

Inclusão de novo campo para indicar se perda está reconhecida na PSL
(cont.)

Estrutura do Campo:

Campo “Reconhecida na PSL”:
0 – Não
1 – Sim
21
Início de preenchimento do banco de dados de perdas
Maio
2013
Janeiro
2014
Janeiro
2015
Janeiro
2016
Proposta inicial
SUSEP

Janeiro
2017
Pleito inicial do
Mercado
Um prazo para início de preenchimento é necessário pois a coleta dos
dados de perdas operacionais deve ser precedida de processos internos
(6ª reunião GT)

Controles de captura: responsáveis pela identificação,
Governança captura e classificação das perdas operacionais

Segurança
Lógica

Controles de armazenamento físico: responsáveis pelo
armazenamento físico dos dados de perdas, sua consulta,
alteração e reportes
Controles de validação contínua: definição de avaliações
Testes de
contínuas do processo de captura e armazenamento, e testes
Consistência de consistência dos dados constantes da base de perdas
CONTROLES SUJEITOS À
AUDITORIA OU
ASSEGURAÇÃO
22
Banco de Dados de Perdas Operacionais
8ª Reunião do GT de Risco Operacional
Versão 2
DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
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29 - Resumo das definições do GT sobre o BDPO