PRUDÊNCIA
1) No relacionamento pessoal,
2) Com dinheiro e
3) Com o mundo ao nosso redor.
04/11/2015 02:24
DEFICIÊNCIAS
Mario Quintana
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de
outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu
destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos
para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um
irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do
mês.
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DEFICIÊNCIAS
Mario Quintana
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da
máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua
ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das
deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
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PRUDÊNCIA
- Ideias
Virtude? Razão? Bem? Conhecimento?
Sabedoria? Silêncio?
Se a olharmos como a conquista do bem
sobriedade, desejado pela maioria dos bebedores
problemas, poderíamos caracterizá-la como uma
qualidade, acompanhada de bom senso e cautela.
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PRUDÊNCIA - PARADOXO
Assertiva : (...) “Não há , sem dúvida, quem
mais ciosamente defenda o direito individual de
pensar, falar e agir livremente”.
Contradição : (...) “Todo membro de A.A. deve
conformar-se com os princípios da recuperação.
Sua vida depende da obediência a princípios
espirituais”.
Vide 1ª Tradição de A.A.
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PRUDÊNCIA
– N’ OS DOZE PASSOS DE A.A.
6º - como já estamos deixando para trás a
típica egomania do alcoólico, permitimos que a
remoção dos nossos defeitos de caráter seja
feita por Deus.
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PRUDÊNCIA
– N’ OS DOZE PASSOS DE A.A.
7º - deixamos de “viver exclusivamente pela
nossa força e inteligência”, e se assim o
fazemos, é por que aprendemos que o
esmagamento de nossas imperfeições é mais
uma das bondades de Deus.
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PRUDÊNCIA
– N’ OS DOZE PASSOS DE A.A.
8º - o rol de pessoas e instituições que geramos
instabilidade quando nos relacionávamos, será
levantado ao replicarmos com isenção o nosso
inventário. Nele a boa recomendação nos sugere
que seja irrestrito e geral, o que não deverá
ocorrer ao decidir fazer as reparações diretas aos
danos caudados.
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PRUDÊNCIA
– N’ OS DOZE PASSOS DE A.A.
9º - Reveste-se da mais significativa
prudência. Preceitua que alguns tipos de
reparações deverão ser exercitados se e
somente se não prejudicar quem está no
grupo dos “a reparar”. Afinal, desaprendendo a
pensar só em si, somos convencidos que o
peso da cruz de cada um de nós não será
reduzido se aumentarmos o peso da(s) cruz
(es) do outro(s).
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10º - o autodomínio configura-se como um
maduro e desprendido exercício espiritual de
prudência. Sabemos que viver é preciso,
ainda mais nas graças da sobriedade, e
conviver consigo próprio e com os outros é
uma arte, de modo especial quando somos
impelidos a aceitar as diferenças do humano.
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10º - Somos, então, submetidos à maneira de
viver de A.A., em tempo bom ou mau.
Egoísmo, narcisismo ou quaisquer outros
“ismos” não são bons conselheiros para a
experiência do domínio próprio, pois a ponte
da estabilidade emocional não vem sendo
construída de modo desamparado. Afinal,
vivemos em uma Irmandade cujo propósito é
presidido por um Deus amantíssimo!
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PRUDÊNCIA - COM DINHEIRO
Tradição Sete
“Todos os Grupos de A.A. deverão ser absolutamente
autossuficientes, rejeitando quaisquer doações de
fora.”
Antes de examinarmos a prudência contida neste
preceito, interessante notar que ela faz referência a
“Grupo”. Por definição, grupo significa um conjunto
de pessoas que apresentam o mesmo comportamento
e a mesma atitude, e com um objetivo comum que
condiciona a coesão de seus membros.
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PRUDÊNCIA - COM DINHEIRO
Se ele existe ( o Grupo) é por que existem pessoas; por
dedução, compreendemos que o espirito da “Sétima” tanto
vale para a Irmandade como para cada membro. O mesmo
princípio abre prudente espaço de tempo ao assegurar que
os Grupos deverão sustentaram-se a si próprio. Estando o
tempo verbal no presente do futuro, sejamos cuidadosos
para não tentar resolver o que nos é sugerido “na próxima
quinta-feira”.
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PRUDÊNCIA - COM DINHEIRO
Noutro plano, ao enxergarmos o postulado da
autossuficiência sem arroubos de orgulho, mas como um
genuíno sentimento de privilégio e responsabilidade,
podemos confirmar o quão prudentes seremos com a
nossa recuperação não aceitando doações externas,
notadamente em dinheiro. Sabemos, pelo oficio de
bebedor – problema, o quanto depender de outrem reduz o
pudor da dignidade humana. A nosso ver, isso vale para o
individuo e para o Grupo de A.A
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PRUDÊNCIA - COM O MUNDO AO NOSSO REDOR
“O mundo ao nosso redor” lembra sociedade, e por ela, já
experimentamos (ou pelo menos tentamos) algumas de
suas ambições, conflitos, desejo de poder e incertezas. A.A.
nos deu outra rota, e que benigna rota. Foi-nos legado uma
nova maneira de viver, através da qual desinflamos o ego
(ou pelo menos lutamos), além do esforço de
reconhecimento do nosso verdadeiro tamanho. Isso nos
lembra Abraham Lincoln quando lhe indagaram sobre o
tamanho ideal das pernas do humano: “o suficiente para
alcançar o chão”.
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PRUDÊNCIA - COM O MUNDO AO NOSSO REDOR
Impedindo-nos que tentemos ser novamente idealistas
falidos ou descontrolados com os nossos impulsos, as
relações de A.A. com o mundo ficam azeitadas se, entre
outros princípios, cuidarmos zelosamente da liberdade
encontrada na autonomia estabelecida na 4ª tradição.
Somos autônomos, mas devemos “fazer a graça pela graça
recebida” - transmitindo a mensagem ao alcoólico que
ainda sofre-, nos moldes daquele sapateiro que não
extrapola os limites de cuidar de suas chinelas, conforme
observa a Tradição cinco.
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PRUDÊNCIA - COM O MUNDO AO NOSSO REDOR
Mas os limites prudenciais prosseguem, em especial
quando a Tradição Seis rigorosamente nos informa que
jamais (grifo nosso) incluamos o nome de A.A. em sanções
ou financiamentos ou tentemos emprestar o nome da
Irmandade a qualquer ação que não seja o cumprimento do
objetivo primordial de A.A. Assim , a experiência nos fala
que não teremos problemas de dinheiro, prestígio ou
propriedade.
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PRUDÊNCIA - COM O MUNDO AO NOSSO REDOR
O mundo sempre está a esperar que o alcoólico ativo
mendigue, nas mais diversas formas. Contudo, o
relacionamento do alcoólico em recuperação, por A.A.,
surpreende a sociedade. Sem soberba ou orgulho,
voltamos a ser responsáveis por nós mesmos e pelas
despesas com a Irmandade que está, a cada dia, nos
devolvendo a alegria do viver sóbrio. Esse é o espirito de
prudência contido na Tradição sete, que se completa na
Tradição oito que diz para nós e ao mundo que não somos
vendedores do nosso melhor tesouro – o Décimo Segundo
Passo
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PRUDÊNCIA - COM O MUNDO AO NOSSO REDOR
Avançando na politica do bem conviver socialmente, e por maiores
que sejam as provocações externas por nós sofridas, o A.A. nos
ensina: aprendamos e/ou façamos silêncio. A nossa experiência
demonstra que os confrontos e controvérsias, quaisquer que
tenham sido os focos e motivações, já foram o suficiente em
nossa vida de bêbado. Não esqueçamos como o Dr. Bob via a
humildade: “.....É o silêncio perpétuo do coração....”.
Não sem
razão, nos tem sido ensinado a construir um edifício de
espiritualidade para o qual tijolos, areias, cimento, ferro e a
inteligência da arquitetura contidos em todo o projeto de
construção poderiam ser comparados ao conjunto de princípios
espirituais de A.A.
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PRUDÊNCIA - COM O MUNDO AO NOSSO REDOR
Mas me permitam concluir, falando do “concreto” que
para mim simboliza o anonimato, como ferramenta de
convivência social. Já ouvi de perspicaz membro de
A.A.: “Deixemos que os amigos de A.A. falem por nós
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PRUDÊNCIA - COM O MUNDO AO NOSSO REDOR
Sabemos o quanto nos faz mal a promoção pessoal, do
mesmo modo assimilamos o contido nestes belos textos da
Tradição Doze:

“O anonimato é o alicerce espiritual das nossas
tradições, lembrando-nos sempre da necessidade de
colocar os princípios acima das personalidades”.
 “Temos certeza de que a humildade, expressa pelo
anonimato, é a maior salvaguarda que Alcoólicos
Anônimos sempre poderá ter”.
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PRUDÊNCIA - COM O MUNDO AO NOSSO REDOR
Vejo, penso e sinto que se eu trilhar nesses pontos e em
muitos outros pontuados em nossa literatura e com a
experiência compartilhada por meus iguais, me manterei
prudente em meus relacionamentos sociais, preservando a
mim e a Alcoólicos Anônimos. Mesmo considerando o
exposto, me permitam uma imprudência: não tem como
esconder o meu amor por todos vocês! Mas, é “ preciso
saber (com)viver!!!”
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