DOUTORADO
CIÊNCIAS DA SAÚDE
MONÓXIDO DE CARBONO EXALADO, ESTRESSE OXIDATIVO E MARCADORES INFLAMATÓRIOS EM
INDIVÍDUOS SUBMETIDOS A TESTE MÁXIMO EM ESTEIRA, COM E SEM O EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO
DE CAFEÍNA.
VIVIANE APARECIDA MARTINS MANA SALÍCIO
Introdução: A instalação do processo de estresse oxidativo decorre da existência de um desequilíbrio
entre compostos oxidantes e antioxidantes, em favor da geração excessiva de radicais livres ou em
detrimento da velocidade de remoção desses, sendo assim, o estresse oxidativo é uma condição
caracterizada pelo desequilíbrio redox, em que a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) é
maior do que a capacidade antioxidante de neutralizar e eliminar esses produtos. A cronicidade do
processo em questão tem relevantes implicações sobre o processo etiológico de numerosas
enfermidades crônicas não transmissíveis, entre elas a aterosclerose, diabetes, obesidade, transtornos
neurodegenerativos e câncer. O exercício extenuante aumenta o consumo de oxigênio e com isso
aumenta a produção de radicais livres, principalmente se os mecanismos de defesa antioxidantes do
organismo (produzidos endogenamente ou adquiridos pela dieta) não forem suficientes, podendo
promover lesão tecidual oxidativa, levando a fadiga muscular. Justificativa: Dentre os efeitos fisiológicos
provocados pela cafeína no organismo podemos citar: vasoconstrição coronariana e cerebral,
relaxamento da musculatura lisa e redução da sensibilidade à insulina, sendo que em altas
concentrações ela pode, ter ação antioxidante “sequestrando” radicais livres e desta maneira, pode
proteger a célula dos danos oxidativos. Objetivo: Analisar os níveis de monóxido de carbono exalado
(COex), estresse oxidativo e marcadores inflamatórios em indivíduos submetidos a teste máximo em
esteira, com e sem o efeito da suplementação de cafeína. Método: estudo duplo-cego, transversal e
observacional realizado com 24 indivíduos ativos de 18 a 30 anos de idade residentes na cidade de
Cuiabá-MT. Para identificação dos fatores sócio-demográficos e detecção de sintomas respiratórios foi
utilizado um questionário estruturado e para avaliação da integridade da função pulmonar foram
submetidos a espirometria. Após foram realizadas medidas dos níveis de monóxido de carbono exalado,
obtenção de dados climáticos, como temperatura, umidade relativa do ar e níveis de CO ambiental,
além da coleta sanguínea para avaliação do estresse oxidativo e marcadores inflamatórios. Logo após as
avaliações, os participantes ingeriram cafeína ou placebo (amido) conduzidos por um orientador, sendo
que apenas este último sabia qual substância que cada indivíduo estava ingerindo, e permaneceram em
repouso. Após 30 minutos da ingestão da cafeína ou placebo, todas as avaliações foram repetidas,
iniciando assim o teste máximo na esteira; após 5 minutos da interrupção do teste, todos foram
submetidos novamente a todas as avaliações físicas, ambientais e sanguíneas. Após uma semana, a
mesma sequência de avaliações e teste máximo foram repetidas de forma idêntica, porém mudando a
ingestão do ergogênico, ou seja, quem ingeriu cafeína na primeira semana de teste, nesta segunda
semana ingeriu placebo e vice-versa. Para análise dos dados estão sendo realizadas análises descritivas
univariada, bivariada e multivariada, utilizando-se os programas estatísticos SPSS versão 15.0 e Minitab
versão 16.
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
VI MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO/2014
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DOUTORADO-CIÊNCIAS DA SAÚDE-Viviane Aparecida Martins