ANESTESIA GERAL
Prof. Dr. Alberto Esteves Gemal
Conceitos Cirúrgicos Antigos
• On amputating a leg: "Cut quick with a crooked knife before
covering the stump with the remaining skin," French medical author
Joseph Charriere recommended.
• On treating wounds: "If the wound be only in the flesh you may
bathe it with brandy and cover the part with a compressed dip in a
warm wine quickened with spir vini," Charriere wrote. "If the wound is
to the nervous parts you can dissolve sugar candy, camphire and myrrh
in it." (Charriere was kind of onto something: A study in 2007 found
wine kills germs in the mouth and throat.)
• On the best time for surgery: "Either Spring or Autumn," Charriere
advised. "In the Spring, the blood is revived with greater heat whilst in
the Autumn blood is calm."
Treatise of the Operations of Surgery, 1712
"A alma pode ser levada ao sono
por medicamentos e, assim, superar
a dor e produzir na mente um
esquecimento em seu poder de
percepção, semelhante à morte."
Saint Hilaire de Poitiers 315-367
Afinal, o que é Anestesia Geral?
“Quando podemos expressar por medidas e números o
assunto do qual estamos falando, sabemos algo sobre este
assunto. Quando não podemos nos expressar em números,
nosso conhecimento é ainda pequeno e insatisfatório,
ainda arranhamos a superfície do conhecimento científico,
qualquer que êle seja, apenas começando a avançar nesta
ciência, qualquer que seja ela.” (Lord Kelvin)
Por Quê Conceituar?
• O Processo de formação de um Raciocínio
• Estabelecer uma definição
• Seguir uma linha de conduta
• Tomar decisões com base neste raciocínio
• Comparar resultados
• Concluir
Conceitos de Anestesia Geral
Conceito Antigo
Inconsciência x Dor é um flagelo dos Deuses
Conceito Moderno
Planos Anestésicos (1927 – Gueddel)
Conceito Contemporâneo
Inconsciência e Controle da Resposta ao Estímulo
Nociceptivo (1987 – Prys-Roberts)
Conceitos novos: Dor e Estimulo Nociceptivo
Definições
Baylei’s (1751)
Anestesia é um estado de inconsciência como em quem está atordoado
Plomley (1847)
Descreveu estágios de intoxicação, excitação e narcose
Snow (1847)
Relatou cinco graus de narcotismo
Tempo medieval: cocções
e esponjas soníferas
Tempos modernos: inalações
EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS
Guedel – Estágios e Planos de anestesia (1928)
Rees & Gray – Três componentes da anestesia
(BJA 22:83-89, 1950)
Relaxamento
Narcose
Analgesia
Woodbridge - Quatro componentes da anestesia
(nothria ou torpor In: Anesthesiology 18:536-550, 1957)
Sensorial
Motor
Mental
Reflexógeno
Planos Anestésicos de Gueddel
Estágios de anestesia para o Éter (1, 2, 3* e 4) em 1928
PROPOSTAS DO SÉCULO XXI
P1- Anestesia Geral é um estado não natural em que a
consciência é abolida e a capacidade do corpo reagir ao
estímulo nociceptivo é controlada de maneira reversível por
uma variedade de drogas.
Prys-Roberts 1996
P2 - Dor é a percepção consciente e pessoal a um estímulo
nocivo e/ou desagradável, ou interpretado como tal.
IASP – Pain 6 (1979) 247-52
O que é Anestesia Geral?
Um estado não natural em que:
1-A consciência do indivíduo é suprimida e
2-A habilidade de seu organismo em responder aos estímulos
nociceptivos é controlada reversivelmente por ação de uma
variedade de drogas, anestésicas ou não.
Prys-Roberts, 1976
...eventos de consciência pér operatória são tidos como
aceitáveis apenas se considerados como risco justificável
dado o fato de paciente tão seriamente doente de modo que a
administração de anestésicos em concentração adequada
possa resultar em injúria permanente ou mesmo morte.
(Domino KB & Aitkenhead, 2002)
Se o paciente está anestesiado, logo inconsciente, não
sente dor, mas pode apresentar respostas reflexas
autonômicas, motoras, endócrino metabólicas,
inflamatórias (e outras) ao estímulo nociceptivo
Manuseio Intra Operatório
Anestésicos Gerais
Hipnóticos receptor específico e inespecíficos
Analgésicos
Opióides, analgésicos anti-inflamatórios não esteróides, analgésicos
‘periféricos’
Relaxantes Musculares
Outras drogas de uso comum
b-bloqueadores, a-2 agonistas, vasodilatadores, vasopressores, drogas
cardio-ativas, antibióticos, anti-eméticos etc…
Questão Básica
O que é DOR?
Individuo acordado
Evocação de um sentimento interpretativo
Evocação de um sentimento relacional
O que são Respostas ao Estimulo Nociceptivo?
(com o Indivíduo dormindo)
Respostas intencionais e não intencionais
Respostas motoras
Resposta de sistemas fisiológicos
DIFERENÇAS ENTRE DOR e
ESTIMULO NOCICEPTIVO
CAM AWAKE
CAM 95
CAM 99,95
CAM Bar
CAM50%
Paciente acordado
E durante o sono anestésico…
Controle Pér Operatório
• Manuseio de sistemas fisiológicos no trans operatório
P.ex.: Tensão arterial, frequencia de pulso, ventilação, manuseio
das águas corporais incluindo reposição e controle de debito
urinário, etc…
• CONVENIÊNCIA FARMACOLÓGICA
Quando cessa o efeito do anestésico geral
Cuidados no pós operatório imediato.
Analgesia (aqui com o paciente consciente), estabilidade autonômica,
hidratação, anti-eméticos, antibioticoterapia, cuidados ventilatórios,
etc…
Componentes da Experiência Dolorosa
Dimensões da Experiência Nociceptiva
Sensorial-Discriminativa
Nucleos no Talamo Ventroposterolateral
Afetiva e Emocional
Complexo Amigdaliano (estrutura límbica)
Autonomica
Hipotálamo
Comportamental
Tronco Cerebral: Núcleo Gigantocelular,
Mesencefalo (PAG) e Núcleo Cuneiforme e Tálamo
Medial
Calvino & Grilo. Central Pain Control, 2006
CONSCIÊNCIA é um Conceito
Abstrato, logo Indefinível.
• Vigilia & Sono
• Memória
Tipos de Memória
Mais Pertinentes à Anestesia
Memória Explícita
Declarativa (pesquisa direta porém tardia ou pós evento)
Memória Implícita
Não declarativa ou de procedimento
(subconsciente e pesquisada por testes psicológicos)
Anestesia Geral
I-Vigília com Memória Explícita
II-Vigília sem Memória Explícita porém com
Memória Implícita
III-Sono anestésico quimicamente induzidocom
possível preservação de traços de Memória
Implícita
IV-Sono anestésico quimicamente induzido com
depressão do sistema nervo central a tal ponto em
que há baixa probabilidade de preservação de
Memória Implícita
Qual a importancia de Anestesia
Geral Adequada?
Eventos Mnemônicos Pér Operatórios
Tipo I-Memória explícita de acontecimentos com dor
Tipo II-Memória explícita de acontecimentos sem dor
Tipo III-Ausência de memória explicita com possibilidade
de sensibilização da memória implícita (SSPT)
Farmacocinética da A.G.
Transito da Droga no organismo
Compartimentos
Concentração no Sítio Efetor
Alvo
Biofase de interesse
Qual a biofase?
Farmacodinâmica da A.G.
Dose x Efeito
- Biofase e orgão alvo
CAM
- Conceito e aplicação
Concentração expirada de anestésicos inalatórios em que
50% dos indivíduos não apresentam resposta motora ao
estímulo nociceptivo
Multiplos da CAM50% - CAM95% - CAM99,5%
- Ação primária (órgão alvo) & Efeitos Colaterais
Anestesia Geral
Anestésicos Inalatórios
- CAM
- Concentração (% vapor inspirado)
Anestésicos Venosos
- MIR
- Taxa de infusão de anestésicos venosos capaz de
inibir resposta motora em 50% dos indivíduos
- Dose (mg.kg-1)
CUIDADOS EM
ANESTESIA GERAL
• Todo procedimento é passivel de ser feito
por anestesia geral
• Todo procedimento pode complicar
• Cuidados gerais para todos procedimentos
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CONCEITO DE ANESTESIA GERAL APLICADO A