Infraestrutura Logística Parte 1
Prof. Fernando Augusto Silva Marins
[email protected]
www.feg.unesp.br/~fmarins
1
Sumário
 Introdução
 Infraestrutura de Transporte no Brasil
 Cenário, ações e projetos
2
Introdução
Custos Logísticos
Introdução
ELETRODOMÉSTICOS
E COSMÉTICOS
SIDERURGIA E
COMMODITIES
3
Introdução
 A Logística voltada ao Comércio Internacional
está cada vez mais em evidência no Brasil. Um
dos principais fatores que traz este tema à tona é
o constante aumento das exportações no país.
 Entre 2002 e 2005 o volume total exportado
praticamente dobrou, não acompanhado pelo
desenvolvimento da infraestrutura necessária
para sustentar este crescimento.
Panorama Logístico: Exportação – Cel/COPPEAD
4
Dificuldades Logísticas – Comércio Exterior
Panorama Logístico - Logística e Comércio Internacional/CEL-COPPEAD
Greves
Infraestrutura portuária
Burocracia
Frete internacional
Receita Federal
Falta de contêineres
5
Investimentos da União
(Fonte: CNI)
 Em infraestrutura:
Final da da década de 80  2% do PIB
Década de 90  0,97% do PIB
2000 – 2004  0,73% do PIB
 Em infraestrutura de transportes:
Década de 80  0,7% do PIB
Década de 90  0,2% do PIB
Período 2000-04  0,18% do PIB
6
Fonte: Bancos de Desenvolvimento
7
A Globalização de mercados impôs, a todos
os players:
 Buscar adequar-se
internacionais
de
produtividade.
aos parâmetros
eficiência
e
 Caso contrário, estarão alijados do
processo de desenvolvimento.
8
 Produtividade do Transporte de Carga no Brasil é
22% da registrada nos EUA (106 TKU/empregado)
 Rodoviário: 0,6 (Brasil) x 1,8 (EUA)
 Ferroviário: 9,3 (Brasil) x 21,2 (EUA)
 Aquaviário: 8,2 (Brasil) x 17,1 (EUA)
 Geral: 1 (Brasil) x 4,5 (EUA)
(Figueiredo, K; Fleury, P. F. e Wanke, P. Logística e Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos. Editora Atlas, 2003)
9
Causas da Baixa Eficiência do Transporte de Cargas
 Desbalanceamento da Matriz de Transportes
 78% das Rodovias - Ruim, Péssimo ou Deficiente
 1,7 milhões de Km – 10% pavimentados.
 35% das vias navegáveis são usadas: (12.000 km de um
total de 43.000 km )
 64 Terminais (Brasil) x 1.137 (EUA)
 Legislação e Fiscalização Inadequadas
 Deficiência da Infraestrutura de Apoio
 Insegurança nas vias
10
Nota negativa!
Brasil fica em 129º- lugar em
ranking do Banco Mundial
FSP 09/09/2009
O Brasil está pior que Colômbia, Chile, Argentina e
Paraguai quando se fala em capacidade para facilitar
o comércio internacional.
Melhores: Cingapura, Hong Kong, Nova Zelândia, EUA.
11
 Resultado da falta de investimentos e da
deficiência da gestão da estrutura dos
transportes: desvantagem competitiva do
País em relação a seus concorrentes no
mercado internacional.
12
 Ações:
 Multimodalidade - integração entre modais
de transporte.
 Operadores Logísticos - prestadores de
serviços logísticos integrados
 Gerar
economias
de
escala
compartilhando capacidade e recursos
de movimentação com vários clientes.
Retomaremos estes assuntos na Parte 2
13
Infra-estrutura no Brasil
Belem
Manaus
Itaqui
Pecém
P. Velho
Recife
Ferrovia
Salvador
Brasília
Ferrovia
(planejada)
Rodovia
América
do Sul
Vitória
Rio de Janeiro
Gasoduto
São Paulo / Santos
Aeroporto
Florianópolis
Buenos Aires
Hidrovia
Porto
Porto Alegre
14
SITUAÇÃO ATUAL
Malha Rodoviária
INFRA – ESTRUTURA ATUAL
• 72 mil km de rodovias federais,
com 58 mil km pavimentados.
(35% em estado regular e 40% em
péssimas condições de conservação).
15
Fonte: Ministério dos Transportes
SITUAÇÃO ATUAL
Malha Ferroviária
29 mil km de ferrovias (operadas pelo
setor privado em regime de concessão).
16
Fonte: Ministério dos Transportes
Mar e Rios
7.000 Km costa navegáveis
30 Portos Marítimos
26.000 km hidrovias
10 Portos Fluviais
17
SITUAÇÃO ATUAL
Principais Portos
31 portos marítimos e
10 portos interiores.
(operados, basicamente,
pela iniciativa privada).
18
Fonte: Ministério dos Transportes
SITUAÇÃO ATUAL
Malha Hidroviária Interior
• 26 mil km de vias navegáveis interiores
com potencial de aproveitamento de
mais 17 mil km de novas vias.
19
Fonte: Ministério dos Transportes
Preços Relativos dos Diferentes Modais
(carga fechada à média e longa distâncias)
em US$ por 1.000 ton – km
EUA
Brasil Brasil/EUA
Aéreo
628
989
1,57
Rodoviário
274
70
0,26
Ferroviário
17
18*
1,05
Aquaviário
9
22
2,4
* Com a Vale do Rio Doce é US$12
Jornal do Comércio – 17/08/05
20
Preços de frete no mercado rodoviário brasileiro
 Estão abaixo da média dos EUA
 Carga de baixo valor agregado
 Distância percorridas maiores
 Excesso de oferta de serviço de transporte
21
Estrutura de Custos em cada Modal
 Ferroviário:
altos custos fixos em equipamentos, terminais, vias férreas
Custo variável baixo
 Rodoviário:
Custos fixos baixos (rodovias estabelecidas e construídas com
fundos públicos)
Custo variável médio ( combustível, manutenção, pedágios)
 Aquaviário:
Custo fixo médio (barcaças e equipamentos de movimentação)
Custo variável baixo (grandes quantidades transportadas)
 Aeroviário:
Custo fixo Alto (aeronaves e equipamentos)
Custo variável alto (combustível, mão-de-obra, manutenção)
 Dutoviário:
Custo fixo elevado (direitos de acesso, construção, controles)
Custo variável baixo
22
Características Operacionais dos Modais
(menor pontuação indica melhor classificação)
Fleury, PF; Wanke, P e Fiqueiredo, KF. Logística Empresarial. Editora Atlas, 2000.
Características
Ferr. Rod.
Aqua. Aér
Duto.
Velocidade
3
2
4
1
5
Disponibilidade
2
1
4
3
5
Consistência
3
2
4
5
1
Capacidade
2
3
1
4
5
Freqüência
3
2
5
4
1
Resultado
13
10
18
17
17
Justifica uso mais
intenso
23
24
25
26
27
ALL comprou a Brasil Ferrovias: Ferroban, Ferronorte e Novoeste
- Cia. Ferroviária do Nordeste
– F. Centro Atlântica
– E. F. Vitória a Minas
MRS Logística
CPTM – Cia. Paulista de Trens
Metropolitanos
– América Latina Logística
28
Extensão da malha
ferroviária
brasileira:
29.487 Km, dos quais
80% em bitola
métrica (1,00m) e o
restante em bitola
larga (1,60m) ou
mista (1,00m e
1,60m).
29
Malha de 320 mil km
Velocidade média = 42 km/h
30
III Brasil nos Trilhos (Junho de 2008)
Os 11 pontos da Agenda Estratégica:
1. Eliminação de gargalos
2. Expansão da Malha
3. Fornecedores
4. Intermodalidade
5. Meio Ambiente
6. Recursos Humanos
7. Regulamentação
8. RFFSA
9. Segurança
10. Tecnologia
11. Tributação
www.antf.org.br
Até o final de 2015
Malha: 36 mil km, Modal: de 26 para 32%
31
8 bacias com 48
mil km de rios
navegáveis, 16
hidrovias e 20
portos fluviais
32
33
Hidrovias nos EUA
34
35
Equipamento de Transporte em Hidrovias
36
SECRETARIA DOS TRANSPORTES
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ
PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO ENTRE MODAIS DE TRANSPORTE
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: CARGA / POTÊNCIA (t / HP)
EMISSÃO DE POLUENTES:
CO2 (kg/1.000 tku)
5,00
5,00
116
120
4,50
4,00
100
3,50
80
3,00
2,50
60
2,00
34
1,50
40
0,75
1,00
0,17
0,50
0,00
Hidro
Ferro
Rodo
20
20
0
Hidro
Ferro
Rodo
NOx (g/1.000 tku)
CONSUMO DE COMBUSTÍVEL: (LITROS / 1.000 TKU)
96
100
4.617
5.000
90
80
4.000
70
60
3.000
50
40
30
2.000
10
20
5
1.000
10
831
254
0
Hidro
Ferro
Rodo
0
Hidro
Fonte: Ministério dos Transportes - 1997
Ferro
Rodo
37
SECRETARIA DOS TRANSPORTES
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ
PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO ENTRE MODAIS DE TRANSPORTE
CONSUMO DE ESPAÇO: Unidades Equivalentes de Capacidade de Carga
MODAIS
HIDRO
FERRO
RODO
1 Comboio
2,9 Comboios Hopper
172 Carretas de 35 t
Duplo Tietê
(86 vagões de 70 t)
Bi-trem Graneleiras
(4 chatas e empurrador)
Capacidade
de Carga
6.000 t
Comprimento
Total
150 m
1,7 km
3,5 km
(26 km em movimento)
38
Fonte: DH, TCL
SECRETARIA DOS TRANSPORTES
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ
PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO ENTRE MODAIS DE TRANSPORTE
CUSTO DA INFRAESTRUTURA:
Fonte: Ministério dos Transportes - 1997
MODAIS
CUSTO MÉDIO DE CONSTRUÇÃO
DA VIA (US$ / km)
CUSTO DE MANUTENÇÃO DA VIA
HIDRO
FERRO
RODO
34.000 1.400.000 440.000
1
41
13
BAIXO
ALTO
ALTO
HIDRO
FERRO
RODO
ALTA
ALTA
BAIXA
1
0,6
0,2
50
30
10
VIDA ÚTIL:
MODAIS
VIDA ÚTIL DA VIA
VIDA ÚTIL DOS EQUIPAMENTOS
E VEÍCULOS (ANOS)
39
Principais Hidrovias
Hidrovia do Madeira (comboio com 18.000 ton)
Hidrovia do São Francisco
Hidrovia Tocantins - Araguaia
Hidrovia Paraná-Tiête (comboio com 4.400/2.200 ton)
Hidrovia Paraguai-Paraná
Mississipi: comboio com 22.500 ton
40
Se fosse na Europa
Hidrovia Tietê-Paraná-Paraguai
em Perspectiva
St. Petersburg
Gibraltar
41
Se fosse nos Estados Unidos
Hidrovia Tietê-Paraná-Paraguai em Perspectiva
Saint Paul
Chicago
Ohio
5,000 km
Gulf of México
42
Hidrovias
1a. Conferência Nacional de Infraestrutura Logística
 Promover transporte hidroviário competitivo que
leve em conta as condições de navegabilidade,
eficiência dos terminais, tamanhos de comboios
e questões ambientais.
 Não permitir a construção de hidrelétricas sem
eclusas.
 Garantir o continuidade de execução dos
projetos.
43
Por quê não usar a Cabotagem?
112
escalas
em
quase
todos
os
portos
da costa
leste.
Santos
tem 26
escalas/
mês
Suape - PE
tem 23
escalas/mês
Oferta > Demanda até 2012
44
Potencial de Mercado para Cabotagem = R$6,3 bilhões
www.revistaglobal.com.br (06/2008)
Pontos fortes
Pontos fracos
45
46
Burocracia:
deve atender o
Siscomex Carga
30% mais caro que rodoviário
37% mais caro que navegação
longo curso
47
48
49
Ranking de movimentação de contêineres
FSP (25/08/2009)











Cingapura – Cingapura (1o.)
Xangai – 28 milhões de TEUs – China (2012 – 1o.)
Hong Kong – China
Shenzhen – China
Busan – Coréia do Sul
Dubai – Emirados Árabes
Guangzhou – China
Ningbo – China
Roterdã – Holanda
Qingdao – China (10o.)
………………… Santos – 2,67 milhões (41o.)
50
Problemas
 Burocracia
 Dragagem
 navios com menos de 5.000 contêineres
 Porto do RJ perdeu 3m desde a criação
 Tempo de espera para atracar: 24 a 60h
 Acesso
51
Ferrovia de Acesso ao Porto do Rio
52
Invasão da faixa de Segurança
53
54
Portos
1a. Conferência Nacional de Infraestrutura Logística
 Conceder a mais elevada prioridade à
consolidação da implantação da Lei 8.630/93.
 Implantar vigoroso esforço de modernização
da gestão portuária.
 Incentivar a iniciativa privada ao investimento
em novos terminais especializados de carga,
de uso público e de uso privativo.
55
Indústria naval terá fundo de R$1 bilhão
FSP, 27/09/2008
 O Governo criou o Fundo de Garantia para
Construção Naval – FGCN para resolver
problema do acesso ao crédito dos estaleiros.
 Setor prevê 338 empreendimentos para os
próximos 8 anos, incluindo:
49 navios petroleiros;
146 navios de apoio marítimo às plataformas;
6 plataformas de produção de petróleo;
28 navios-sonda de perfuração.
56
Porto Sul – Multimodalismo - 1.771 hectares
 Ponta da Tulha - Região de ilhéus – BA –
2011
 R$6 bilhões de investimentos
 Cais, Interligação com rodovia, hidrovia,
ferrovia e aeroporto
 Regras do Decreto 6.620 de 29/10/2008
 Empresa vencedora da licitação não precisa ter
carga própria
 ANTAq – 5 a 10 novos portos até 2023
57
(91%)
58
Modal Aéreo – Sistema Interveniente
TRANSPORTADOR
IMPORTADOR/EXPORTADOR
MODAL
ICMS
59
Principais Aeroportos com Movimentos de Carga 2006
60
61
62
Interessante: Aeroporto-Indústria
63
Aeroporto Industrial
• Projeto concebido pela INFRAERO, Ministério
da Fazenda, Secretaria da Receita Federal,
CAMEX e Min. Desenvolvimento Industrial e
Comércio Exterior.
• Conta com apoio da AEB – Associação dos
Exportadores do Brasil.
• Aeroportos focalizados: Tancredo Neves
(Confins), Galeão, Viracopos
64
Projeto
Impostos Federais Suspensos
Imposto de Importação (II)
Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI)
PIS e COFINS
Dispensada a formalização do termo de
responsabilidade e a prestação de
garantia
65
Mapa Dutoviário
66
67
Rede Dutoviária nos EUA
68
Análise: Extensão
Territorial
Análise :Volume de
Derivados
Comercializado
País
Dutos
(km)
Densidade
(km/mil km2)
País
Brasil
5.281
0,6
Volume
MMm3/
ano)
Razão
(km Dutos/
mil m3 Volume)
Suiça
13
0,01
Alemanha
110
0,02
Dinamarca
7
0,05
Brasil
83
0,06
Austria
11
0,07
França
76
0,08
Suiça
Alemanha
108
2.370
2,6
6,6
Espanha
3.779
7,5
Dinamarca
330
7,7
Austria
777
9,3
França
5.746
10,4
Espanha
43
0,09
EUA
146.426
15,2
EUA
608
0,24
69
Iniciativas do Setor Privado
 Uniduto Logística (criada em 2008) – 81
produtores de etanol – investimento de R$2,5
bilhões
 Transportar produção das regiões Sudeste e Centro-Oeste
para grandes centros consumidores
 Três Centros Coletores em Sertãozinho, Juquitiba e
Conchas e três Centros de Distribuição em Paulínia, Taboão
da Serra e Guarujá (porto off-shore)
 Início em 2011-2012, 1.000 km de dutos.
 Companhia Brasileira de Energia Renovável
(Brenco) – investimento de R$2,8 bilhões
 Centro Sul Transportadora Dutoviária
 Poliduto com 1.164 km de Alto de Itaqui (MT) a Santos.
70
Benefícios no Uso de Plataformas Logísticas
Otimização de tráfego e cargas
Redução de custos operativos
Valoração da integração logística
Diversificação de serviços
Acesso a tecnologia da informação
71
Mais três anos de Reporto
Governo federal prorrogou o Regime Tributário para
Incentivo à Modernização e à Ampliação da
Estrutura Portuária – Reporto.
A partir de 2014 o Canal do Panamá irá possibilitar o
tráfego de navios porta-contêineres com 12 mil
TEUs
Nossos principais portos precisam estar preparados:
aprofundar & ampliar canais de acesso
adquirir novos equipamentos de carga e descarga.
Extensão para o setor Ferrovário
72
Secretaria Especial dos Portos - www.portosdobrasil.gov.br/
 Programa Nacional de Dragagem
 Paranaguá (PR) – 15m
 Suape (PE) – 19m
 Mucuripe (CE) – 14m
 Santos – 17 m (15m em 2010)
 Porto Sem Papel (Piloto em Santos) - desburocratização
 Sistema de controle automatizado
 Documento virtual único
 Acesso para todos os órgãos do Governo
 Plano Nacional Estratégico dos Portos – em elaboração
 Conceito de portos concentradores (Hubs) e alimentadores
73
Será que agora vai?
74
75
Download

Infraest Log 1