Direito à cidade e lutas
urbanas
Lídia Souza
Raiane Alves
Rogério Arruda
Theybata Moura
Aspectos Históricos
• A urbanização sempre foi um fenômeno de classes,
já que o excedente é extraído de algum lugar e de
alguém, enquanto o controle sobre sua distribuição
repousa em umas poucas mãos.
A cidade como lugar que vivem e se
reproduzem as classes sociais, é palco
e objeto de lutas urbanas, lutas estas,
por várias reivindicações como:
moradia, segurança, saúde,
educação, transporte, liberdade de
expressão.
Causas
• A pobreza é um grande fator para as lutas
urbanas, pois a pobreza força as pessoas a
procurarem estratégia de sobrevivência legais e
ilegais.
• O Estado favorece as elites e não da a devida
atenção as classes mais baixas.
Como as pessoas reagem aos
problemas urbanos?
De maneiras diferentes de acordo
com as classes sociais:
• As pessoas de classes mais altas migram para outra
parte da cidade, para outra cidade e até outra
região enclausurando-se em condomínios
exclusivos.
•
Para as pessoas de classes mais baixas o
crime se apresenta como uma “opção”
aceitável quando os indivíduos percebem
que as opções conformes à lei são mais
convenientes para a parcela privilegiada
da população e não valem à pena ou são
ainda piores que os riscos e sofrimentos de
uma “carreira” criminosa. Organizam-se
para reivindicar, saqueando
supermercados, quebrando trens e
incendiando ônibus em sinal de protesto.
A cidade, nas palavras do sociólogo
Robert Park, é “a tentativa mais bemsucedida do homem de reconstruir o
mundo em que vive o mais próximo do
seu desejo. Mas, se a cidade é o mundo
que o homem criou, doravante ela é o
mundo onde ele está condenado a
viver. Assim, indiretamente, e sem
qualquer percepção clara da natureza
da sua tarefa, ao construir a cidade o
homem reconstruiu a si mesmo.
Revoluções urbanas
• Em 1848 ocorreu uma das primeiras crises, por toda
a Europa, tanto de capital excedente ocioso
quanto de desemprego que atingiu principalmente
Paris.
• O resultado foi a ascensão ao poder de Napoleão
Bonaparte em 1851 e se auto proclamou
imperador no ano seguinte.
• Bonaparte tratou a situação econômica
por meio de um amplo programa de
investimento em infraestrutura urbana de
Paris.
• Em 1853 Bonaparte declarou GeorgesEugène Haussmann encarregado das obras
públicas urbanas, que planejou a remoção
de grande parte da classe trabalhadora e
outros elementos rebeldes do centro da
cidade, e ajudou a resolver o problema da
disponibilidade de capital excedente.
• O sistema funcionou bem por uns quinze
anos e Paris se tornou “a cidade das
luzes”, mas em 1868 o sistema financeiro e
a estrutura de crédito, quebraram e
Haussmann foi demitido.
• Napoleão, em desespero, lançou-se à
guerra contra a Alemanha de Bismarck, e
perdeu. No vácuo que se seguiu irrompe
a Comuna de Paris, um dos maiores
episódios revolucionários da história
urbana capitalista.
Despossessões
• As depossessões tem acarretado
repetidas contendas sobre a
reestruturação urbana pela
“destruição criativa”, que quase
sempre tem uma dimensão de
classe já que é o pobre, o
desprivilegiado e o marginalizado
do poder político, que primeiro sofre
com este processo.
• Quem sofre com este processo é a
população mais pobre, os
desprivilegiados e marginalizados do
poder publico.
• O poder financeiro apoiado pelo
Estado força a desobstrução dos
bairros pobres, em alguns casos,
tomando posse violentamente da
terra ocupada por toda uma
geração.
Despossessões no Brasil
• Podemos observar que algumas
despossessões no Brasil foram para
beneficiar os grandes capitalistas ou uma
forma de embelezar a área central da
cidade. Como exemplo temos a
demolição dos cortiços no Rio de Janeiro
e a desocupação do Pinheirinho em São
José dos Campos.
Lutas Urbanas
• O espaço urbano como local onde
há interação de indivíduos com o
meio, é aonde acontece as lutas
urbanas, lutas nem sempre no
sentido de confronto armado, mas
sim, a busca por melhorias, melhorias
estas pretendidas sempre pelos
grupos sociais excluídos.
• Agora mostraremos alguns
movimentos de diferentes
áreas no urbano
Referências
•
•
•
SOUZA, Marcelo Lopes de. Abc do
Desenvolvimento Urbano. 3ª ed. Rio de Janeiro,
1963.
HARVEY, David. O direito à cidade. São Paulo,
n.29, p.73-89, jul./dez. 2012.
HARVEY, David. Cidades Rebeldes. Edição 1.
2014
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