Comissão de Agricultura, Pecuária,
Abastecimento e
Desenvolvimento Rural da
Câmara dos Deputados
Reunião Ordinária Audiência Pública
23/03/2005
FERTILIZANTES DO AGRONEGÓCIO
George Wagner Bonifácio e Sousa
Vice Presidente
Consumo Fertilizantes por Cultura no
Brasil - 2004
CONSUMO TOTAL (1000 TON)
2004
SOJA
MILHO
CANA DE AÇÚCAR
CAFÉ
ALGODÃO HERBÁCEO
ARROZ
TRIGO
Feijão
FUMO
BATATA
SUB-TOTAL
OUTRAS
TOTAL
8.838 – 38,8 %
3.731 – 16,3 %
2.695 – 11,8 %
1.331 – 5,8 %
1.078 – 4,7 %
846 – 3,7 %
755 – 3,3 %
602 – 2,6 %
517 – 2,2 %
356 – 1,5 %
20.749 – 91,1%
2.018 – 8,9 %
22.767 – 100 %
77,59%
Participação da Indústria Nacional
Consumo Brasileiro - 2004
(Milhões de toneladas de nutrientes)
2,2 Milhões
3,5 Milhões
3,9 Milhões
de t de N
de t de P2O5
de t de K2O
10%
40%
55%
Nacional
90%
Importado
60%
45%
Nitrogênio
Fonte: ANDA e SIACESP.
Fósforo
Potássio
Evolução das Importações no
Consumo de Fertilizantes
Ano
Participação
2004
68%
2003
64%
2000
63%
1990
36%
Aspectos da Demanda –
Agronegócio - Fertilizantes
 Após alguns anos anos de situação favorável para a agricultura, mercado
internacional em alta e alto nível profissionalização do setor, observam-se,
na safra 2004/2005 cenários mais desfavoráveis localizados.
VOLUME ENTREGUE
2003 - 22.796
2004 - 22.767
M TON.
M TON.
- 0,1
%

Problema sério - clima no RGS.

Problemas regionais localizados - clima e doença em alguns outros
estados.

Alguns setores, regiões e lavouras com melhores perspectivas de
produtividade e preço.

Queda estimativa de produção. Queda de estoques mundiais. Mudança
taxa cambial. Reversão moderada dos preços de soja e milho nestes
últimos 20 dias.
RELAÇÃO DE TROCAS
- Quantos sacos 60kg/toneladas Cana são necessários para 1
tonelada de adubo.
70
60
50
Milho 49,20 sc
40
Milho 34 sc
30
20
Cana 26 ton.
Soja 16,7 sc
Soja 19,5 sc
Cana 16,1 ton.
10
Café 4,10 sc
Café 2,8 sa
ja
n/
ab 02
r/0
ju 2
l/0
ou 2
t/0
ja 2
n/
ab 03
r/0
ju 3
l/0
ou 3
t/0
ja 3
n/
ab 04
r/0
ju 4
l
ou /04
t/0
ja 4
n/
05
0
Milho 18%
Fonte: ANDA
Soja 38%
Cana 11%
Café 6,21%
Aspectos da Oferta Fertilizantes
ANÁLISE
 A oferta mundial de fertilizantes vem se estreitando em relação a demanda.
Preços baixos dos fertilizantes, até alguns anos, afastou Investimentos,
principalmente nas áreas de fósforo e potássio.
 Aumento da demanda de fertilizantes pelos países em desenvolvimento:
China, Índia, Brasil, Paquistão e outros. Subsídios e novas técnicas,
incrementam o consumo, dão sustentação e elevam os preços internacionais.
 Mesmo assim, apesar de 4º consumidor mundial de fertilizantes, (6,5% do
consumo) o Brasil não tem a menor condição de influir na formação de preços.
Aspectos da Oferta Fertilizantes
.
NITROGÊNIO
 Os preços da Uréia, Sulfato de Amônio etc, são decorrentes do Petróleo, do
Gás, da Nafta, da Amônia, todos em ascensão.
FÓSFORO
 Fósforo – Reduziu-se o número de fornecedores. Os grandes exportadores
são: EUA, (1 empresa), Marrocos (1 empresa), Rússia (1 holding). Outros
países muito pouco expressivos.
POTÁSSIO
 Potássio – Também reduziu-se o número de fornecedores. Os grandes
exportadores são Canadá, (1 empresa), Alemanha, (1 empresa), Rússia,
.(2 empresas). Outros países muito pouco expressivos.
Os produtores de fósforo – potássio vêm reajustando os seus preços na
mesma proporção da desvalorização do dólar pois seus custos internos,
segundo alegam, são efetuados em moedas locais, Euro – US Canadense –
Rublo
Aspectos da Oferta – Agronegócio Fertilizantes
PROBLEMAS ADICIONAIS PARA OFERTA
 Logísticos – Portos, Transportes, Armazenagem. Demurrage, Fretes caros
etc.
 Fretes Marítimos Internacionais – aumentaram 2 ou 3 vezes nos últimos
18 meses.
 A situação piora na medida em que as indefinições postergam
entregas/retiradas somente para o pico da safra acentuando os gargalos
sazonais.
CLORETO DE POTÁSSIO C + F
BRASIL - US/TON
250
65%
192
200
175
150
136
195
182
JUN/04
U$ 175
Lei 10.925
26/07/04
128
132
195
212
21%
100
nov-03
jan-04
mar-04
mai-04
jul-04
set-04
nov-04
jan-05
mar-05
MAP C + F
BRASIL – US/TON
300
32%
250
260
252
240
200
240
244
252
260
255
JUN/04
U$ 240
Lei 10.925
26/07/04
8,33%
196
150
nov-03
jan-04
mar-04
mai-04
jul-04
set-04
nov-04
jan-05
mar-05
URÉIA C + F
US/TON
50%
260
243
256
260
237 237
220
180
170
182
140
155
JUN/04
U$ 198
Lei 10.925
158 26/07/04
31,13%
100
nov/03
jan/04
mar/04
mai/04
jul/04
set/04
nov/04
jan/05
mar/05
FORMAÇÃO – CUSTO DE
IMPORTAÇÃO - URÉIA
OFERTA 2004 - IMPORTADO 1.751 MIL TON.
- NACIONAL 900 MIL TON.
0,99%
3,53%
6%
3,6
%
70
3,
IMPORTADO ( MARÇO/05 )
FOB À VISTA
U$ 223,00 - 73,33%
FRETE MARÍTIMO
U$ 45,00 - 14,80%
AFRMM (25% S/ FRETE MARIT.) U$ 11 ,25 -
14,80%
3,70%
DESPESA PORTO
U$ 11,13 -
3,66%
IMP. DE IMPORTAÇÃO (4%)
U$ 10,72 -
3,53%
DEMURRAGE
U$
3,00 -
0,99%
TOTAL
U$ 304,10 -100,00%
73,33%
ICMS
INTERESTADUAL
8,4%
FOB À VISTA
DESP.PORTO
FRETE MARIT.
IMP.IMPORT.
AFRMM
DEMURRAGE
FORMAÇÃO- CUSTO DE
IMPORTAÇÃO - MAP
OFERTA 2004 – IMPORTADO 2.116 MIL TON.
- NACIONAL 966 MIL TON.
1,00%
%
74
3,
%
3,52
0%
3,7
IMPORTADO ( MARÇO/05 )
FOB À VISTA
U$ 220,00 - 73,09%
FRETE MARÍTIMO
U$ 45,00 - 14,95%
AFRMM (25% S/ FRETE MARIT.) U$ 11,25 -
3,74%
5%
,9
14
DESPESA PORTO
U$ 11,13 -
3,70%
IMP. DE IMPORTAÇÃO (4%)
U$ 10,60 -
3,52%
DEMURRAGE
U$
3,00 -
1,00%
TOTAL
U$ 300,98 -100,00%
73,09%
ICMS
INTERESTADUAL
8,4%
FOB À VISTA
DESP.PORTO
FRETE MARIT.
IMP. IMPORT.
AFRMM
DEMURRAGE
FORMAÇÃO CUSTO DE IMPORTAÇÃO CLORETO DE POTÁSSIO
OFERTA 2004 – IMPORTADO 6.432 MIL TON.
-NACIONAL 640 MIL TON.
5%
7%
1,28%
4,2
4,7
17,08%
IMPORTADO ( MARÇO/05 )
FOB À VISTA
U$ 170,00 – 72,61%
FRETE MARÍTIMO
U$ 40,00 - 17,08%
DESPESA PORTO
U$ 11,13 -
4,75%
AFRMM (25% S/ FRETE MARIT.) U$ 10,00 -
4,27%
IMP. DE IMPORTAÇÃO (0%)
U$ 00,00 3,00 -
0,00%
DEMURRAGE
U$
1,28%
TOTAL
U$ 234,13 -100,00%
72,61%
ICMS
INTERESTADUAL
8,4%
FOB À VISTA
AFRMM
FRETE MARIT.
IMP.IMPORT.
DEP. PORTO
DEMURRAGE
Cadeia produtiva da soja
US$/toneladas
Brasil
Item
EUA
Argentina
Custo de
Produção
204
Frete ao Porto
Mato Grosso ¹
Paraná ²
159
174
145
26
13
47
17
3
3
5
5
21
25
23
23
Prêmio
(13)
58
80
80
Custo Total
241
258
329
270
Despesas
Portuárias
Transporte
Marítimo
Fonte: CONAB.
¹ Sorriso
² Campo Mourão
EXPECTATIVAS DO SETOR
 Continuar atendendo a Agricultura através da grande rede de empresas
(125), de vários portes e cooperativas produtoras de fertilizantes.
 Esta rede compete de forma agressiva e eficiente levando à agricultura,
em todas as regiões, os melhores preços, as melhores técnicas,
utilizando e repassando as condições logísticas mais favoráveis.
 Interagir nos limites do setor e de cada segmento para gerar soluções
econômicas e técnicas viáveis, junto com todos os demais setores do
País, sejam privados e ou governamentais, para redução do custo Brasil,
eliminando gargalos de infra-estruturas - portuários, rodoviários,
ferroviários, armazenamento etc.
EXPECTATIVAS DO SETOR
 Analisar de forma integrada e compatível problemas ligados a carga
tributária.
 AFRMM – Adicional de frete da marinha mercante.
 ICMS Interestadual
 ALÍQUOTA DE IMPORTAÇÃO
 PIS/COFINS – (Embora isento como matéria-prima transforma-se em
custo final nos casos dos fretes, energia elétrica, etc.
Assunto tramitou favoravelmente nesta Câmara).
 Expectativa de políticas econômicas estáveis e compatíveis para
viabilizar investimentos.
 Expectativa positiva, embora a médio e longo prazo, no sucesso
das reivindicações e pleitos junto a O.M.C.
 Evolução da legislação necessária para a criação e regulamentação
do seguro rural.
www.anda.org.br
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George Wagner - Câmara dos Deputados