Centro de Estudo DCB
Análise da Vulnerabilidade da População Brasileira aos
Impactos Sanitários das Mudanças Climáticas
Diana Pinheiro Marinho
DCB / PMAGS
[email protected]
Rio, 07/05/2007
Introdução
Projeto
Financiamento
Análise da Vulnerabilidade da População
Brasileira aos Impactos Sanitários das
Mudanças Climáticas
Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT):
Coordenação de Pesquisas em Mudanças
Climáticas
Período
2000 a 2003
Período
Estudo retrospectivo de Jan1996 a Dez 2001
Parcerias
Áreas de estudadas
ABRASCO, CPTEC e UFRJ
Todas as UFs, DF e cinco municípios: Belém,
Recife, Rio de Janeiro, Itajaí e Blumenau.
Objetivos
Medir a vulnerabilidade da população brasileira
levando em conta três dimensões:
Epidemiológico, Socioeconômico e Climático.
Desenvolver um Sistema de Informação
Geográfico (SIG) estático.
Criar mapas temáticas dos temas.
Modelo Conceitual da Vulnerabilidade Social
Tempestades
Inundações
Secas
Eventos
Climáticos
(“Hazard”)
Situação
Geográfica
Infraestrutura
Características ambientais
transporte
Tipo e
qualidade
de serviço
saneamento
habitação
Aquecimento
Global
Exposição
Perfil
Demográfico
Tipo e
Localização
espacial
Fatores
Individuais
idade
trabalho
lazer
População
Morbidade e
Mortalidade
sexo
Resposta
Determinantes
Imediatos
Percepção
do Risco
etnia
capacidade física
Educação
Fatores Informação Organização Atenção Defesa
Individuais e Percepção Comunitária Médica
Civil
do Risco
Vulnerabilidade
Poder Político
Cultura
Determinantes
Primários
Renda
Modelo Conceitual Geral do Projeto
PASSADO / PRESENTE
Eventos
Climáticos
Extremos
FUTURO
Possível
situação de
saúde
Situação de saúde
conhecida (histórica)
Ambiente
Mortalidade
Morbidade
Malária
População
Variabilidade
Climática
Cenários climáticos
modelados
Situação Situação
A
B
Ambiente
População
Situação
C
Dengue
Cólera
Vulnerabilidade
Atual
Vulnerabilidade
Futura
Leptospirose
REDUÇÃO
Leishmanioses Renda, Habitação,
Escolaridade,
Demografia, etc
Hantavírus
Políticas
Públicas
Situação
D
Índices
Índice de Vulnerabilidade Socioeconômico - IVSE
Índice de Vulnerabilidade Epidemiológica - IVE
Índice de Vulnerabilidade Climático - IVC
IVSE
IVE
Demografia
Malária
Renda
Dengue
Cólera
Educação
Leptospirose
Saneamento
Leishmaniose
Visceral e
Tegumentar
Saúde
Hantavírus
IVC
Pluviometria
IVG
Metodologia
Fases da Construção dos Índices
Desafio:
Construir os índices adaptando a metodologia do IDH de 1995.
IDH:
Produz um único índice; construção simples e fácil interpretação, apesar
de não existir um software e possibilitar varias maneiras de construção
Etapas:
Primeira etapa
Selecionar indicadores e agrupar-los por dimensões
Segunda etapa
Transformar todos os indicadores em índices nos
quais os valores variem entre 0 e 1.
Terceira etapa
Construir um índice sintético por dimensão a
partir dos índices construídos na etapa anterior.
Quarta etapa
Atribuir um peso a cada índice sintético de cada
dimensão e calcular o índice sintético geral.
Classificação dos Indicadores
Tipo I:
Um valor alto do indicador representa uma situação de menor
vulnerabilidade
MAIOR VALOR
I padronizado
Tipo
MENOR VULNERABILIDADE
MáximoI -I observado
=
MáximoI - MínimoI
Um valor baixo do indicador representa uma situação de menor
II: vulnerabilidade
MENOR VALOR
I padronizado
MENOR VULNERABILIDADE
Iobservado - MínimoI
=
MáximoI - MínimoI
Etapas: Terceira e Quarta
IDim =
1
n
(w1 IPad1
+ w2  IPad 2 + L+ wn  IPadn )
onde I Dim= Índice da dimensão, Ipad = Indicador Padronizado, w=peso, n é o
número de dimensões consideradas
1
IV = (w1  IDim1 + w2  IDim 2 + L+ wN  IDimN )
N
onde IV = Índice de Vulnerabilidade, I Dim= Índice de uma dimensão, w = peso,
N é o número de componentes consideradas
Vulnerabilidade Socioeconômica
Objetivo
Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica - IVSE
Construir um índice combinando informações de vários
indicadores num único indicador sintético que permita
estabelecer uma ordenação das UFs em função do nível
de vulnerabilidade socioeconômica definida neste estudo.
Indicadores Sociais Selecionados
Dimensões
Definições
(1)
Fontes
DEMOGRAFIA
Densidade
demográfica
População por km2
IBGE, 2000
Urbanização
% da população que vive em área urbana
IDB, 2002
Pobreza
% da população com renda familiar percápita menor a 1/2 salário mínimo.
IBGE, 2000
Densidade
por cômodo
% de domicílios com 2 ou mais pessoas
por cômodo
IDB, 2002
% da população de 15 anos ou mais com
menos de 4 anos de estudo
IDB, 2002
RENDA
EDUCAÇÃO
Escolaridade
Indicadores Sociais Selecionados
Dimensões
Definições
(2)
Fontes
SANEAMENTO
Abastecimento
de água
% de domicílios com abastecimento de água
IBGE, 2000
a partir de rede pública, poço ou fonte
Serviço
sanitário
% de domicílios com serviço sanitário: rede
IBGE, 2000
pública ou fossa
% de domicílios onde o lixo é coletado,
IBGE, 2000
queimado ou enterrado
Destino do lixo
SAÚDE
Mortalidade
Infantil
Número de óbitos infantis, por 1000
nascidos vivos.
IDB, 2002
Esperança de
vida ao nascer
Número médio de anos que as pessoas
vivem a partir do nascimento.
IDB, 2002
Plano de Saúde
% da população que tem algum plano de
saúde.
IBGE, 2000
Classificação dos Indicadores
Tipo I:
MAIOR VALOR
MENOR VULNERABILIDADE
Grau de Urbanização, Abastecimento de Água,
Serviço Sanitário, Destino do Lixo, Esperança de
Vida, Plano de Saúde
Tipo II:
MENOR VALOR
MENOR VULNERABILIDADE
Densidade Demográfica, Densidade por Cômodo (mais que 2
pessoas por cômodo), Pobreza, Escolaridade (inferior a 4
anos), Mortalidade Infantil
Valores Máximo e Mínimo
Os valores máximos e mínimos correspondem aos maiores e
menores valores observados de cada indicador entre todas as UFs
Máximo
Densidade demográfica
Grau de urbanização (%)
Densidade por cômodo (%)
Pobreza (%)
Escolaridade (%)
Abastecimento de água (%)
Serviço sanitário (%)
Destino do lixo (%)
Mortalidade Infantil
Esperança de vida (anos)
Plano de saúde (%)
353,5
97,0
19,9
57,0
50,0
99,1
99,2
99,1
62,5
71,6
35,8
Mínimo
1,5
63,0
0,6
12,0
15,0
75,3
55,5
67,5
15,1
63,2
1,9
Cálculo dos índices por dimensão
• O índice de uma dimensão é a média aritmética simples de
seus indicadores padronizados.
• Os índices por dimensão tem valores entre 0 e 1.
• Quanto mais próximo de 1, pior é a situação relativa.
IDEMOG = 1 2 ( IDensidade + IUrbana )
IRENDA = 1 2 ( I Cômodo + IPobreza )
IEDUCA = IEscolaridade
ISANEA = 13 ( IÁgua + I Esgoto + I Lixo )
ISAÚDE = 13 ( IMortInf + IEsperVida+ I Plano )
Cálculo do Índice de
Vulnerabilidade Socioeconômica
• O IVSE é a média aritmética simples dos 5 índices por
dimensão;
• Com base na construção adaptada, valores baixos do IVSE
estão associados a baixa vulnerabilidade.
IVSE =
1
5
onde:
( I DEMOG+ IRENDA + I EDUCA + I SANEA + ISAÚDE )
IDEMOG: Índice para Demografia
IINGRE: Índice para Renda
IEDUCA: Índice para Educação
ISANEA: Índice para Saneamento
ISALUD: Índice para Saúde
Exemplo:
Cálculo do IVSE para o DF
Indicador
Observado
Densidade Demog. 353,5
Urbanização
96,0
2,5
Cômodo
18,0
Pobreza
Escolaridade
15,0
Água
95,7
Esgoto
99,2
Lixo
99,0
Mortal. Infantil
19,0
Esperança Vida
69,0
Plano Saúde
25,1
Indicador
Padronizado
1,000
0,029
0,098
0,133
0,000
0,143
0,000
0,003
0,082
0,309
0,316
Índice por
dimensão
Demografia
0,515
Renda
0,116
Educação
0,000
Saneamento
0,049
Saúde
0,236
IVSE
0,183
Exemplo:
Cálculo do IVSE para o AL
Indicador
Observado
Densidade Demog, 101,5
Urbanização
68,0
4,8
Cômodo
57,0
Pobreza
Escolaridade
50,0
Água
78,9
Esgoto
75,8
Lixo
79,6
Mortal. Infantil
62,5
Esperança Vida
63,2
Plano Saúde
4,0
Indicador
Padronizado
0,284
0,853
0,2176
1,000
1,000
0,849
0,534
0,617
1,000
1,000
0,938
Índice por
dimensão
Demografia
0,569
Renda
0,609
Educação
1,000
Saneamento
0,667
Saúde
0,979
IVSE
0,765
Classificação das UFs Segundo o IVSE
MAIOR VULNERABILIDADE
Valor do IVSE
UF
I
0,00 < IVSE<=0,20
SP, SC, RS, DF
II
0,20 < IVSE<=0,30
MG, ES, RJ, PR, MS, GO
III 0,30 < IVSE<=0,40
RO, RR, AP, MT
IV
0,40 < IVSE<=0,50
AM, PA, TO
V
0,50 < IVSE<=0,60
AC, RN, PE, SE
VI
0,60 < IVSE<=0,70
CE, PB, BA
VII
0,70 < IVSE<=1,00
MA, PI, AL
Mapa do IVSE nos
Estados do Brasil
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
Municípios Selecionados
Belém (PA), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Blumenau e Itajaí (SC)
Estes municípios foram escolhidos por serem sujeitos
a inundações em conseqüências de eventos extremos
de precipitação, e podendo, em alguns casos,
sofrerem inundações associadas aos efeitos das
marés (com exceção de Blumenau e Rio de Janeiro) .
Municípios
Selecionados
RR
AP
AM
Belém
PA
MA
CE
RN
PI
PB
Recife
PE
TO
AL
AC
SE
BA
RO
MT
DF
REGIÕES
GO
NORTE
NORDESTE
MG
MS
ES
SUDESTE
SP
SUL
CENTRO-OESTE
RJ
Rio de Janeiro
PR
Blumenau
Itajaí
SC
RS
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
IVSE para 5 Municípios
Blumenau
0,14
Itajaí
0,28
Rio de Janeiro
0,34
Belém
0,71
Recife
0,00
0,73
0,10
0,20
0,30
0,40
IVSE
0,50
0,60
0,70
0,80
Vulnerabilidade Epidemiológica
Objetivo
Índice de Vulnerabilidade Epidemiológica - IVE
Construir um índice que sintetize a informação contida
num
grupo
de
indicadores
de
07
endemias,
observadas anualmente num período de 06 anos em
cada Estado.
Construção do IVE
Variáveis Utilizadas:
 Taxas de Incidências de Cólera, Dengue, Leptospirose,
Hantavírus,
Leishmaniose
Tegumentar
Americana,
Leishmaniose Visceral e IPA da Malária.
 Número de Internações da UF/Número de Internações do
Brasil.
 Número de Óbitos da UF/ Número de Óbitos do Brasil.
 Custo total de internação (R$) da UF/Custo total de
internação (R$) do Brasil.
Exemplo:
Índice de Dengue para BA
Dados Originais
(1)
1996
1997
1998
1999
2000
2001
Incidência
513,77
357,62
170,38
60,74
82,98
244,60
Internações
104,00
489,00 1461,00
772,00
996,00 2696,00
Óbitos
0,00
0,00
2,00
0,00
1,00
4,00
Custo
72,27
84,77
96,80
117,13
174,16
173,97
1996
1997
1998
1999
2000
2001
513,767 357,623 170,380
60,740
Dados Utilizados
Incidência
82,975 244,603
Internações
0,206
0,258
0,230
0,134
0,089
0,112
Óbitos
0,000
0,000
0,111
0,000
0,042
0,091
Custo
0,188
0,248
0,222
0,125
0,087
0,111
Exemplo:
Índice de Dengue para BA
(2)
Indicadores
Padronizados
1996
1997
1998
1999
2000
2001
Incidência
1,000
0,226
0,097
0,029
0,031
0,175
Internações
0,536
1,000
1,000
0,624
0,252
0,463
Óbitos
0,000
0,000
0,667
0,000
0,250
0,333
Custo
0,549
1,000
1,000
0,589
0,250
0,463
Médias
0,521
0,557
0,691
0,310
0,196
0,358
Índice para Dengue (BA)
0,439
Malária
MAIOR VULNERABILIDADE
Valor do Índice
I
0,00 < IMalaria<= 0,04
UF
SE, PB, PE, MS, DF,
RS, RN, AL, BA, ES,
PR, CE, SC, RJ, MG, SP,
GO, PI, TO
II 0,04 < IMalaria<= 0,16
MT, AC, MA
III 0,16 < IMalaria<= 0,26
AP, RR
IV 0,26 < IMalaria<= 0,36
AM
V
0,36 < IMalaria<= 0,40
RO
VI 0,40 < IMalaria<= 0,85
PA
Índice Sintético
de Malária nos
Estados
RR
AP
AM
PA
MA
CE
RN
PB
PE
PI
AC
TO
AL
SE
RO
BA
MT
DF
GO
MG
ÍNDICE
0,000 - 0,015
MS
ES
0,016 - 0,041
SP
RJ
0,042 - 0,222
0,223 - 0,399
PR
0,400 - 0,824
SC
RS
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
Índice Sintético
de Dengue nos
Estados
RR
AP
AM
PA
CE
MA
RN
PB
PI
PE
AC
AL
SE
TO
RO
BA
MT
DF
GO
ÍNDICE
0,000 - 0,024
MG
MS
ES
0,025 - 0,097
SP
0,098 - 0,153
0,154 - 0,262
RJ
PR
0,263 - 0,453
SC
RS
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
Índice Sintético
de Cólera nos
Estados
RR
AP
AM
PA
MA
CE
RN
PB
PI
PE
AL
SE
TO
AC
RO
MT
BA
DF
MG
GO
ÍNDICE
MS
0,000 - 0,018
ES
SP
0,019 - 0,041
RJ
0,042 - 0,108
0,109 - 0,213
PR
0,214 - 0,732
SC
RS
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
Índice Sintético
de Leptospirose
nos Estados
RR
AP
AM
PA
MA
CE
PI
RN
PB
PE
AC
TO
AL
SE
RO
MT
BA
DF
GO
MG
ÍNDICE
0,001 - 0,010
MS
ES
0,011 - 0,068
SP
RJ
0,069 - 0,098
0,099 - 0,349
PR
0,350 - 0,662
SC
RS
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
Índice Sintético
de Leishmanioses
nos Estados
RR
AP
AM
PA
MA
CE
RN
PB
PI
PE
TO
AL
SE
AC
RO
MT
BA
DF
ÍNDICE
0,054 - 0,133
MG
GO
0,001 - 0,053
MS
0,134 - 0,272
ES
SP
0,273 - 0,403
0,404 - 0,688
RJ
PR
SC
RS
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
Índice Sintético
de Hantavirose
nos Estados
RR
AP
AM
PA
CE
MA
RN
PI
PB
PE
AC
AL
TO
RO
SE
BA
MT
DF
GO
ÍNDICE
0,000 - 0,015
MG
MS
ES
0,016 - 0,200
SP
RJ
0,201 - 0,270
0,271 - 0,399
PR
0,400 - 0,463
SC
RS
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
Matriz de Pesos
Estrutura dos pesos atribuídos a cada doença estudada
Doença
Redução da
Controle
Resistência Tratamento Taxa de
PESO
Exposição
Ambiental Medicamento Etiológico Letalidade FINAL
Involuntária
Cólera
1
1
1
3
1
7
Dengue
1
1
1
3
1
7
Malaria
3
3
3
1
1
11
Leptospirose
1
1
1
1
1
5
Leish. Tegumentar
2
2
1
1
1
7
Leish. Visceral
2
2
3
1
1
9
Hantavirose
3
2
1
3
3
12
Código (exceto Taxa de Letalidade): 1 = melhor situação, 2 = situação média e 3 = pior situação.
Código para Taxa de Letalidade: 1 = até 10%, 2 = 11% a 39%, 3 = > 40%.
Para Leishmaniose foi utilizado somente o peso 9.
Exemplo:
Cálculo do IVE
DF
Peso
Índice
PA
Peso x
Índice
Índice
Peso x
Índice
Cólera
7
0,005
0,034
0,041
0,284
Dengue
7
0,012
0,085
0,395
2,765
Malária
11
0,001
0,013
0,824
9,060
5
0,043
0,213
0,316
1,578
Leishmainoses 9
0,049
0,440
0,220
1,979
Hantavirose
0,000
0,000
0,013
0,152
Leptospirose
12
51
0,786
0,015
15,818
IVE
0,310
Classificação das UFs Segundo o IVE
MAIOR VULNERABILIDADE
Valor do IVE
UF
I
0,00 < IVE<= 0,03
DF, ES, GO
II
0,03 < IVE<= 0,09
AC, PI, TO, SC, MT, RJ
III 0,09 < IVE<= 0,12
SE, AP, AM, RR, RO, RN,
PB, CE
IV 0,12 < IVE<= 0,20
PR, RS, MG, MS, MA, AL
V
0,20 < IVE<= 0,30
SP, PE
VI 0,30 < IVE<= 0,40
BA, PA
Mapa do IVE
nos Estados do
Brasil
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
IVE para 5 Municípios
Blumenau - SC
0,09
Itajaí - SC
0,14
Recife - PE
0,23
Rio de Janeiro - RJ
0,23
Belém - PA
0,42
0,0
0,1
0,2
IVE
0,3
0,4
0,5
IVE para 5 Municípios
Belém
PA
Rio de Janeiro Recife
RJ
PE
Itajaí
SC
Blumenau
SC
PESO
Cólera
0,000
0,000
0,833
0,044
0,011
7,000
Dengue
0,646
0,284
0,649
0,002
0,000
7,000
Hantavírus
0,000
0,000
0,000
0,333
0,000
12,000
Leptospirose
0,606
0,172
0,184
0,692
0,544
5,000
LTA
0,000
0,859
0,023
0,039
0,306
7,000
Leishmaniose
Visceral
0,655
0,493
0,203
0,000
0,000
9,000
Malária
1,000
0,004
0,000
0,007
0,009
11,000
0,42
0,23
IVE
0,23
0,14
0,09
Vulnerabilidade Climatológica
Objetivo
Índice de Vulnerabilidade Climatológica - IVC
Classificar os Estados segundo o número de meses
que apresentaram uma precipitação total extrema, alta
ou baixa, em relação com o padrão observado ao
longo de 42 anos.
Metodologia do IVC
Dados:
Séries histórias de totais pluviométricos
mensais para cada Estado observados entre
janeiro de 1961 e dezembro de 2002. Os dados
foram fornecidos pelo - INPE/CPTEC.
Etapas:
Primeira etapa
Identificação dos Valores Extremos
mediante o uso de diagramas tipo
“Boxplot”.
Segunda etapa
Contagem do número de meses com
precipitação extrema alta ou baixa
Terceira etapa
Padronização do índice
Percentual de
Meses com
Precipitação
Extrema Alta nos
Estados do Brasil
(1961-2002)
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
Percentual de
Meses com
Precipitação
Extrema Baixa
nos Estados do
Brasil (19612002)
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
Índice de Vulnerabilidade Climatológica
Indicador:
% de meses com precipitação EXTREMA ALTA
MENOR VALOR
Ipadronizado
MENOR VULNERABILIDADE
Iobservado - MínimoI
=
MáximoI - MínimoI
Classificação das UFs Segundo o IVC
MAIOR VULNERABILIDADE
Valor do IVC
UF
I
0,00 < IVC<= 0,10
AC, AM, PA, MS, RO, RS
II
0,10 < IVC<= 0,20
PR
III
0,20 < IVC<= 0,30
AP, MG, PB, RR, MT, TO
IV
0,30 < IVC<= 0,40
GO, RN, SC, SP, RJ
V
0,40 < IVC<= 0,50
ES, PI, BA
VI
0,50 < IVC<= 0,60
PE, CE, MA, SE
VII
0,60 < IVC<= 1,00
AL
Mapa do IVC
nos Estados
do Brasil
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
Vulnerabilidade Geral
Objetivo
Índice de Vulnerabilidade Geral - IVG
Construir um índice sintético que permita classificar os
Estados em função do nível de vulnerabilidade atual.
IVE + IVSE para 5 Municípios
0,11
Blumenau (SC)
Itajaí (SC)
0,21
0,29
Rio de Janeiro (RJ)
0,48
Recife (PE)
0,57
Belém (PA)
0,00
0,10
0,20
0,30
IVE + IVSE
0,40
0,50
0,60
Mapa dos IVSE,
IVE e IVC
nos Estados
RR
AP
AM
PA
MA
CE
RN
PI
PB
PE
TO
AL
AC
IVSE
0,100 - 0,180
0,181 - 0,250
0,251 - 0,380
BA
RO
SE
MT
DF
0,381 - 0,620
MG
0,621 - 0,760
IVE
0,015 - 0,027
0,027 - 0,097
0,097 - 0,146
0,146 - 0,228
0,228 - 0,310
IVC
0,000 - 0,098
0,099 - 0,279
0,280 - 0,414
GO
MS
ES
SP
RJ
PR
SC
RS
0,415 - 0,549
0,550 - 1,000
0
190
380
760
1.140
1.520
km
Classificação das UFs Segundo o IVG
MAIOR VULNERABILIDADE
Valor do IVG
UF
0,1 < IVG<= 0,2
RS, MS, DF, PR, RO, SC,
AM, GO, AC
II
0,2 < IVG<= 0,3
MG, SP, AP, RJ, MT, ES,
RR, PA, TO
III
0,3 < IVG<= 0,4
RN, PB, SE
IV
0,4 < IVG<= 0,5
PI, CE, PE, BA, MA
V
0,5 < IVG<= 0,7
AL
I
Mapa do IVG
nos Estados
do Brasil
0
190
380
760
1.140
1.520
Km
s
Comentários Finais
• Os índices foram construídos para “ordenar” as UFs. Com o objetivo de medir o
grau de vulnerabilidade relativo entre os Estados.
• Se o índice é zero significa que a UF tem a “melhor” situação em relação as
outras. Não significa que não tenha algum grau de vulnerabilidade.
• A unidade geográfica escolhida foi Estado, porém a Metodologia pode ser
aplicada à unidades menores (cidade, setor censitário).
• Como outra alternativa pode-se considerar outros indicadores e também pesos
diferentes para as dimensões estudadas.
• Recomenda-se à elaboração de um “Mapa Integrado de Vulnerabilidade”,
nacional, demonstrando os impactos do clima nas diversas áreas, identificando
populações mais vulneráveis.
• Recomenda-se instalação de esquemas direcionados de vigilância ambiental,
epidemiológica e entomológica em localidade e para situações selecionadas,
visando-se a detenção precoce de sinais de efeitos biológicos da mudança do
clima.
• Maior divulgação sobre o tema mudanças climáticas junto à sociedade brasileira
em geral, instituições de pesquisas em saúde pública e universidades, assim
como em escolas públicas e privadas.
Comentários Finais
• O aumento da faixa de clima tropical no planeta levará a um recrudescimento
dos vetores de doenças mais comuns causando pandemias.
• A migração de vetores para áreas que antes não existiam será um grave
problema de saúde pública, pois o serviço se deparará com doenças que não
são comuns na região.
• Nos fenômenos de seca a saúde da população é afetada pela condição de fome
epidêmica, levando a um sistema imunológico deprimido, migração, problemas
socioeconômicos e risco de aumento de infecções.
• A seca também traz incêndios florestais, causando doenças respiratórias e
espalhando os vetores como o mosquito transmissor da malária para centro
urbanos.
• As más condições sanitárias, causadas entre outras razões pela falta de água,
levam a um aumento de doenças diarréicas, as quais debilitam a população
especialmente as crianças.
• Devido à falta de higiene, podem ocorrer doenças como tracoma, escabiose e
outras.
• Os problemas de saúde exercerão pressão na infraestrutura de saúde pública,
causando uma excessiva ocupação de serviço, degradando o atendimento.
Índice Sintético:
Principal função - concentrar muita informação numa
única variável, permitindo comparar elementos,
indivíduos ou unidade tanto a nível transversal como
temporal.
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