A CRISE FINANCEIRA:
NO OLHO
DO
FURACÃO
O COMEÇO DA CRISE
O MERCADO IMOBILIÁRIO AMERICANO PASSOU POR UMA FASE DE
CRESCIMENTO ACELERADO LOGO DEPOIS DA CRISE DAS EMPRESAS
"PONTOCOM” E DO 11 DE SETEMBRO, EM 2001.
O FED PASSOU A REDUZIR SUA TAXA DE JUROS, A FIM DE BARATEAR
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS E ENCORAJAR CONSUMIDORES E
EMPRESAS A VOLTAREM A GASTAR – 70% DO PIB AMERICANO É MOVIDO
PELO CONSUMO.
EM 2003 OS JUROS DO FED CHEGARAM A CAIR PARA 1% AO ANO.
EM 2005, O APETITE NO MERCADO IMOBILIÁRIO JÁ ESTAVA AVANÇADO;
COMPRAR UM IMÓVEL (OU MAIS DE UM) TORNOU-SE UM BOM NEGÓCIO,
NA EXPECTATIVA DE QUE A VALORIZAÇÃO DOS MESMOS FIZESSE DA
NOVA AQUISIÇÃO UM INVESTIMENTO.
CRESCEU A DEMANDA POR NOVAS HIPOTECAS, A FIM DE USAR O
DINHEIRO DO FINANCIAMENTO PARA QUITAR DÍVIDAS E, TAMBÉM,
GASTAR (MAIS).
O COMEÇO DA CRISE
A GANÂNCIA AUMENTAVA EM PROPORÇÕES EXPONENCIAIS AO PONTO
DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS PASSASSEM A ATENDER O SEGMENTO
"SUBPRIME".
O CLIENTE "SUBPRIME" É UM CLIENTE DE RENDA MUITO BAIXA, POR
VEZES COM HISTÓRICO DE INADIMPLÊNCIA E COM DIFICULDADE DE
COMPROVAR RENDA.
ESSE EMPRÉSTIMO POSSUI UMA QUALIDADE INFERIOR - OU SEJA, CUJO
RISCO DE NÃO SER PAGO É MAIOR, MAS OFERECE UMA TAXA DE
RETORNO MAIS ALTA, A FIM DE COMPENSAR ESSE RISCO.
AS IMOBILIÁRIAS E OS BANCOS PASSARAM A SECURITIZAR ESSAS
OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS PARA A OBTENÇÃO DE MAIS RECURSOS
PARA A OBTENÇÃO DE POSIÇÕES MAIS ALVANCADAS.
O COMEÇO DA CRISE
DE OLHO NOS RENDIMENTOS MAIORES, GESTORES DE DIVERSOS
FUNDOS E BANCOS ESPALHADOS PELO MUNDO COMPRARAM ESSES
TÍTULOS SUBPRIME DAS INSTITUIÇÕES QUE FIZERAM O PRIMEIRO
EMPRÉSTIMO E PERMITEM QUE UMA NOVA QUANTIA EM DINHEIRO
FOSSE EMPRESTADA, ANTES MESMO DO PRIMEIRO EMPRÉSTIMO SER
PAGO.
TAMBÉM INTERESSADO EM LUCRAR, UM SEGUNDO GESTOR PODE
COMPRAR O TÍTULO ADQUIRIDO PELO PRIMEIRO, E ASSIM POR DIANTE,
GERANDO UMA CORRENTE DE VENDA DE TÍTULOS.
PORÉM, SE A PONTA (O TOMADOR) NÃO CONSEGUE PAGAR SUA DÍVIDA
INICIAL, ELE DÁ INÍCIO A UM CICLO DE NÃO-RECEBIMENTO POR PARTE
DOS COMPRADORES DOS TÍTULOS. O RESULTADO: TODO O MERCADO
PASSA A TER MEDO DE EMPRESTAR E COMPRAR OS "SUBPRIME", O QUE
TERMINA POR GERAR UMA CRISE DE LIQUIDEZ (RETRAÇÃO DE
CRÉDITO).
Fonte: Folha de São Paulo
A CAIXA DE PANDORA
APÓS ATINGIR NÍVEL MÁXIMO EM 2006, OS PREÇOS DOS IMÓVEIS
PASSARAM A CAIR DE FORMA ACELERADA.
OS JUROS, QUE VINHAM SUBINDO DESDE 2004, ENCARECERAM O CRÉDITO
E AFASTARAM COMPRADORES; COM ISSO, A OFERTA DE IMÓVEIS
COMEÇOU A SUPERAR A DEMANDA E, DESDE ENTÃO, O QUE SE VIU FOI
UMA ESPIRAL DESCENDENTE NO VALOR DOS IMÓVEIS.
COM OS JUROS ALTOS, A INADIMPLÊNCIA AUMENTOU E O MEDO DE NOVOS
CALOTES FEZ O CRÉDITO SOFRER UMA RETRAÇÃO.
SEM CRÉDITO, A ECONOMIA AMERICANA DESAQUECEU - COM MENOS
LIQUIDEZ, MENOS SE COMPRA, MENOS AS EMPRESAS LUCRAM E MENOS
PESSOAS SÃO CONTRATADAS.
NO MERCADO FINANCEIRO GLOBALIZADO, CRÉDITOS GERADOS NO
MERCADO AMERICANO FORAM CONVERTIDOS EM ATIVOS QUE IRIAM
RENDER JUROS PARA INVESTIDORES EM OUTRAS PARTES DO MUNDO.
A ABERTURA DA CAIXA DE PANDORA PASSA A CONTAMINAR O SISTEMA
FINANCEIRO COMO UM TODO.
O ESTADO SALVANDO O CAPITAL
PARA ESTANCAR O COLAPSO, AS EQUIPES ECONÔMICAS DOS PAÍSES
QUE COMPÕEM O G8 PASSARAM A INJETAR CENTENAS DE BILHÕES DE
DÓLARES PARA SALVAR AS PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DA
FALÊNCIA E EVITAR, COM ISSO, UMA MAIOR DEGENERAÇÃO
DO
SISTEMA FINANCEIRO – QUE PODERIA LEVAR A UMA CRISE SEM
PROPORÇÕES.
Fonte: Economática
PANDEMÔNIO OU NÃO?
AINDA É MUITO CEDO PARA AVALIAR COMO A CRISE AFETARÁ O CICLO
DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA MUNDIAL. A SITUAÇÃO É GRAVE MAS
AINDA É CEDO PARA DIZER SE ELA SERÁ UM PANDEMÔNIO IGUAL AO
CRASH DA BOLSA DE 1929.
O RITMO DE EXPANSÃO DA ECONOMIA MUNDIAL, QUE EM 2007 FOI DE
5%, IRÁ DECAIR PARA 4,1% EM 2008.
SE O RITMO DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA MUNDIAL FICAR ABAIXO
DE 3%, A ECONOMIA DO PLANETA FICARÁ EM DIFICULDADE.
O FMI DEFINE COMO RECESSÃO UM CRESCIMENTO DA ECONOMIA
MUNDIAL A UMA TAXA IGUAL OU INFERIOR A 3% AO ANO.
E O BRASIL?
A VOLATIBILIDADE CRIADA PELA CRISE DEIXA AS EMPRESAS E PESSOAS
EM UM ESTADO DE IMPREVISIBILIDADE.
• OS BANCOS ESTÃO MAIS SELETIVOS E RIGOROSOS EM RELAÇÃO AOS
FINANCIAMENTOS. COM REDUÇÃO DOS RECURSOS PARA O
FINANCIAMENTO E O CUSTO DO DINHEIRO MAIS ELEVADO, ALGUNS
SETORES VÃO TER UM RETROCESSO ( CONSTRUÇÃO E AUTOMÓVEIS).
• EM FUNÇÃO DA ELEVAÇÃO DO DÓLAR, A PRODUÇÃO DE
ELETROELETRÔNICOS, 80% DAS PEÇAS IMPORTADAS, DEVE SOFRER
UMA QUEDA.
• FALTA DE CRÉDITO PARA O PLANTIO DA NOVA SAFRA DE GRÃOS E
AUMENTO DOS INSUMOS AGRÍCOLAS.
• A REDUÇÃO DO CRESCIMENTO DA ECONOMIA MUNDIAL AFETARÁ A
EXPORTAÇÃO DE MINÉRIOS E PRODUTOS SIDERÚRGICOS.
E O BRASIL?
• ATUALMENTE CERCA DE 25% DO TOTAL DE DINHEIRO DISPONÍVEL
PARA INVESTIMENTOS FEITOS NO BRASIL É FEITO COM RECURSOS
EXTERNOS. NUM MOMENTO DE CRISE ESSE DINHEIRO VAI PARA UM
LOCAL DE MENOR RISCO.
• A CONTINUIDADE DA CRISE AUMENTARÁ O RITMO DO FECHAMENTO DE
POSIÇÕES DOS INVESTIDORES INTERNACIONAIS NA BOLSA PARA
COBRIR PREJUÍZOS LÁ FORA.
• A FALTA DE DINHEIRO NO CAIXA DAS EMPRESAS E A DESVALORIZAÇÃO
DO REAL FIZERAM COM QUE O GOVERNO INJETASSE LIQUIDEZ NO
MERCADO FINANCEIRO. O BANCO CENTRAL TEM OFERECIDO DÓLARES
AO MERCADO POR MEIO DE LEILÕES CAMBIAIS, ALGO QUE NÃO
ACONTECIA DESDE 2003.
• AFROUXAMENTO DO COMPULSÓRIO PARA VIABILIZAR O RETORNO DE
ALGUNS BILHÕES DE REAIS PARA O FLUXO MONETÁRIO.
• POSSIBILIDADE DA CRIAÇÃO DE UM FUNDO, UTILIZANDO AS RESERVAS
DE 200 BILHÕES DE DÓLARES, PARA FINACIAR AS EMPRESAS EM
DIFICULDADES.
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a crise financeira