Ler deixa de ser um ato de
decodificar e passa a ser um ato
cognitivo. O leitor passa a ter um
papel ativo, pois atribui sentido ao
texto. O texto deixa de ser um
depositário de mensagens e passa
a ser um objeto de interlocução
entre leitor e autor.
Um trabalho que prevê um contato com uma
diversidade de textos, permite que o aluno
conheça diferentes estruturas textuais,
amplie seu vocabulário e enriqueça sua
produção textual, obtendo melhor
desempenho na sua competência
comunicativa.
É essencial ressaltar que cabe ao professor
ensinar seus alunos a realizarem uma
leitura crítica, em que eles sejam capazes
de atribuir sentido ao que lêem, distinguir
contextos, funções, estilos, intenções,
argumentos, pontos de vista, etc. Isto
torna-se importante para que se
desenvolvam leitores mais competentes
nas diferentes situações comunicativas,
capazes de compreender o mundo ao seu
redor e agir de maneira crítica e reflexiva.
Formar um leitor competente supõe formar alguém
que compreenda o que lê, que possa aprender
a ler também o que não está escrito,
identificando também elementos implícitos, que
estabeleça relações entre o texto que lê e
outros textos já lidos, que saiba que vários
sentidos podem ser atribuídos a um texto, que
consiga justificar e validar a sua leitura a partir
da localização de elementos discursivos.
O papel do professor é criar situações que
permitam a reelaboração dessa
percepção anterior de mundo com base
na visão trazida pelo conhecimento
científico novo. Nessa medida, o professor
é também um mediador das linguagens
verbal (oral e escrita), gestual, imagética,
científica, escolar e cotidiana.
Ensinar e aprender a leitura, a gente
aprende e ensina toda vez que nos
encontramos com a diversidade de textos
que existem ou, como educadores, ao
promovermos o “abraço” da criança com o
texto.
A variedade existente de textos não-literários, às vezes classificados
como utilitários:
• Textos de circulação social, como:
– O panfleto;
– Os anúncios publicitários de rádio, televisão e revista;
– A notícia e a reportagem do jornal;
– As tabelas e listas enumerativas;
– O bilhete, a carta e o ofício das tramas epistolares;
– Receitas e regras de jogos da tipologia instrucional;
– Os informativos por natureza, como o verbete de dicionário, de
enciclopédia, artigos de revista especializada em um assunto;
– Os velhos didáticos também.
São todos textos que se escrevem e se lêem, que pedem
aproximação e abraço específicos, bem como a literatura.
Elody Nunes Moraes
- Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de
Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP);
- Mestranda na Área de Educação e Linguagem pela
FEUSP;
- Formada em Comunicação Social pelas
Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM );
- Professora no Ensino Fundamental e Assessora
Pedagógica na área de Língua Portuguesa nas
redes pública e particular;
- Autora de livros didáticos de Língua Portuguesa
para o Ensino Fundamental pela Editora Moderna.
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oficina de leitura e escrita.