TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
ARMANDO MANSILHA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
IMPORTÂNCIA DA DOENÇA
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< 5 casos / 100.000 / ano
500 casos / 100.000 / ano
< 15 anos
80 anos
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Maior incidência nas raças caucasiana e negra
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Condição idiopática: 25% - 50% dos casos
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TVP proximal sintomática e risco de EP
IMPORTÂNCIA DA DOENÇA
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Natureza dinâmica do TEP
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Mortalidade: 10% na EP sintomática
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Anticoagulação e recorrência: 10% aos 6 meses
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Síndrome pós-trombótico grave: 10% aos 5 anos
DIAGNÓSTICO
Sinais e sintomas:
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dor
edema
sensação de peso
impotência funcional
hipersensibilidade local
aumento da temperatura local
circulação colateral venosa superficial
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
• Mais frequente nas veias distais, particularmente nas
veias gemelares;
• Habitualmente inicio a nível das válvulas;
• TVP distal sem propagação proximal em 80% dos
casos;
• TVP com propagação proximal nos restantes 20%;
embolia pulmonar em 10-20% destes;
• TVP mais frequente no MIE (Síndrome MayThurner);
• TVP(membro superior) < 5% da totalidade.
EVOLUÇÃO
TVP distal assintomática
TVP distal sintomática
TVP femoro-poplítea
TVP ilio-femoral
Phlegmasia alba dolens
Phlegmasia cerulea dolens
Gangrena Venosa
DIAGNÓSTICO
Suspeita clinica de TVP
Eco-Doppler
positivo
Tratamento
positiva
duvidoso
negativo
Flebografia
Investigar
outras causas
negativa
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
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Rotura muscular com hematoma
Hemorragia espontânea ou hematoma
Artrite, sinovite, miosite
Erisipela, celulite, linfangite
Rotura cistos de Baker
TVS / IVC
Linfedema
Lipedema
Compressão venosa extrínseca
Edema sistémico / Gravidez
VARICOFLEBITE
VARICORRAGIA
ERISIPELA, CELULITE
ERISIPELA, CELULITE
LINFEDEMA
LINFEDEMA
COMPLICAÇÕES
Aguda: Embolia pulmonar
Gangrena venosa
Tardia: Síndrome pós-trombótico
EMBOLIA PULMONAR
Sinais e sintomas
Meios auxiliares
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Dispneia
Hemoptises
Dor pleuritica
Taquicardia
TVP
Gasimetria
Rx
ECG
Scanning perfusão
Scanning ventilação
Angiografia pulmonar
Pressão AP e VD
EMBOLIA PULMONAR
PHLEGMASIA
GANGRENA VENOSA
SÍNDROME PÓS-TROMBÓTICO
ETIOPATOGENIA DA TVP
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Tríade de Virchow:
lesão endotelial
estase
hipercoagulabilidade
Virchow, Abhandlungen wissenschaftliche Medicin 1856
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Tendência trombótica familiar
Briggs, John Hoppkins Hosp 1905
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Mecanismos pró-coagulantes e anticoagulantes
FACTORES DE RISCO
ADQUIRIDOS
Idade
Neoplasia
História prévia TEP
Anticorpos antifosfolipídeos
FACTORES DE RISCO
TRANSITÓRIOS
Cirurgia recente
Traumatismo
Gravidez e puerpério
Contracepção oral
Substituição hormonal
Imobilização prolongada
FACTORES DE RISCO
HEREDITÁRIOS
Défice de antitrombina
Egeberg, Thromb Diath Haemorrh 1965; 13: 516-530
Défice de proteína C
Griffin et al, J Clin Invest 1981; 68: 1370-1373
Défice de proteína S
Schwartz et al, Blood 1984; 64: 1297-1300
MUTAÇÃO FV R506Q
Resistência à Proteína C Activada (RPCA)
Dahlback et al, Proc Natl Acad Sci 1993; 90: 1004-1008
Mutação R506Q do gene do Factor V de Leiden
Bertina et al, Nature 1994; 369: 64-67
MUTAÇÃO FII G20210A
Mutação G20210A do gene da Protrombina
Poort et al, Blood 1996; 88: 3698-3703
FII G20210A e aumento dos níveis
plasmáticos de protrombina
Poort et al, Blood 1996; 88: 3698-3703
Franco et al, Br J Haematol 1998; 104: 50-54
MUTAÇÃO MTHFR C677T
Hiperhomocisteinemia e “Doença Vascular”
McCully, Am J Pathol 1969; 56: 111-128
Hiperhomocisteinemia e TEP
Falcon et al, Arterioscler Thromb 1994; 14: 1080-1083
Key & McGlennen, Arch Pathol Lab 2002; 126: 1367-1375
Mutação C677T do gene da 5,10-Metileno
TetraHidroFolato Reductase
Gallagher et al, Circulation 1996; 94: 2154-2158
CONCEITO DE TROMBOFILIA
HEREDITÁRIA
Episódio inexplicado de TVP
Idade jovem
História familiar positiva
Carácter recorrente
Localização atípica
CONTROVÉRSIAS
quais os doentes a estudar por suspeita de
trombofilia hereditária?
quais os testes a efectuar?
quando devem ser efectuados?
os resultados dos testes poderão afectar a
forma e duração de tratamento?
quando examinar e testar familiares?
TRATAMENTO - Objectivos
• Limitar extensão
• Evitar recorrência
• Evitar embolia pulmonar
• Preservar função valvular
• Restaurar patência
• Evitar/reduzir síndrome pós-trombótico
TRATAMENTO - Fase aguda
• Tratamento anticoagulante
Heparina não fraccionada
Heparina de baixo peso molecular
• Cuidados posturais
Repouso absoluto no leito
Drenagem postural
TRATAMENTO - Fase aguda
• Tratamento cirúrgico
Trombectomia venosa
Interrupção VCI
• Tratamento fibrinolítico
TRATAMENTO - Fase tardia
• Anticoagulantes orais
Tempo: 3 - 6 meses
Controlo analítico: INR (2 - 3)
S. Sangue
Varfarina
• Compressão elástica
PROFILAXIA
• HBPM
• Cuidados posturais
• Compressão elástica
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