UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física
Mariana Tagliarini
HIDROGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE
LINS - SP
2008
MARIANA TAGLIARINI
HIDROGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Banca Examinadora do
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium, curso de Educação Física Sob
a orientação da Prof. Esp. Kátia Maíra
Câmara Moreira Paccola e orientação
técnica da Prof. Esp. Jovira Maria
Sarraceni.
LINS - SP
2008
Tagliarini, Mariana
Hidroginástica na terceira Idade / Mariana Tagliarini. – – Lins,
2008.
62p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em
Educação Física, 2008
Orientadores: Kátia Maíra Paccola; Jovira Maria Sarraceni.
1. Hidroginástica. 2. Terceira Idade. 3. Benefícios. I Título.
CDU 796.4
MARIANA TAGLIARINI
HIDROGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
Para obtenção do título de Bacharel/Licenciado em Educação Física.
Aprovada em:_____/_____/_____
Banca Examinadora:
Prof Orientadora: Kátia Maíra Câmara Moreira Paccola
Titulação: Especialista em Exercício Físico e Reabilitação
Assinatura: __________________________________
1º Prof:________________________________________________________
Titulaçõa:______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura: ___________________________________
2º Prof:________________________________________________________
Titulação:______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura: ____________________________________
DEDICATÓRIA
PELO INCENTIVO, APOIO, COMPREENSÃO E CARINHO DEDICO MEU
ESTUDO A MINHA MÃE LUCIA, A MINHA AVÓ CÉLIA E A MINHA TIA
SUZI.
AMO VOCÊS!!!
MARIANA
AGRADECIMENTOS
AGRADEÇO EM PRIMEIRO LUGAR A DEUS, POR ME TORNAR CAPAZ
DE REALIZAR MEUS OBJETIVOS.
AGRADEÇO MUITO A MINHA ORIENTADORA KÁTIA POR SEMPRE
ESTAR PRESENTE QUANDO PRECISEI. AGRADEÇO A PROFESSORA
JOVIRA, AO PESSOAL DO XEROX E DA BIBLIOTECA QUE TIVERAM
TODA PACIÊNCIA E ATENÇÃO DURANTE O ANO.
OBRIGADO POR TUDO!!!
MARIANA
RESUMO
O processo de envelhecimento ainda é pouco conhecido, mas o
desgaste do organismo é inevitável deixando-nos cada vez mais
vulneráveis a doenças. Conforme o organismo envelhece ocorre
mudanças na estatura, no peso, na composição corporal, perda da massa
mineral óssea, perda de massa isenta de gordura e redução da
capacidade de regeneração do músculo esquelético. Ocorre também uma
diminuição na produção dos hormônios estrógenos e andrógenos devido
ao processo de envelhecimento além de modificações no sistema
nervoso como redução do peso e volume cerebral, alterações fisiológicas
no sistema cardiovascular e um maior risco de doenças crônicodegenerativas. A prática de atividades físicas é de extrema importância
em todas as idades e será mais importante na velhice, onde há uma
perda de aptidão física e consequentemente de saúde. A hidroginástica,
tem sido cada vez mais procurada nas academias e nos clubes pelos
idosos por ser uma atividade física segura e que diminui o risco de lesões
e não causa os mesmos efeitos colaterais do que os exercícios no solo. O
objetivo desta pesquisa foi verificar o efeito da prática regular de
hidroginástica em mulheres idosas no período de 3 meses. A amostra foi
composta por cinco mulheres a partir de 60 anos escolhidas
aleatoriamente, praticantes de hidroginástica que responderam um
questionário sobre os motivos pela procura da hidroginástica, a melhora
do condicionamento físico, os benefícios adquiridos e o tempo que
praticam esta atividade. De acordo com os relatos, houve um aumento no
condicionamento aeróbio, flexibilidade, agilidade, força e resistência
muscular, equilíbrio, alterações na composição corporal, redução do
estresse, mas também uma melhora do convívio social e na auto-estima.
Estes resultados mostram que a hidroginástica e seus benefícios
morfológicos, orgânicos e psico-sociais proporcionados aos idosos
melhoram a qualidade de vida e aumentam a longevidade.
Palavras – chave: Terceira idade Hidroginástica Benefícios.
ABSTRACT
Aging is still a little known process, but the over-wearing and tearing of
the organism is inevitable, leaving us more and more vulnerable to illnesses.
As the body gets old, changes in the height, weight and in the body
composition occur, there is a loss of the osseous mass, a loss of free fat
mass and a reduction of the capacity of regeneration of the skeletal muscle.
There is also a decrease in the production of the estrogen and the androgen
hormones due to the aging process as well as changes in the nervous
system, such as reduction of the weight and brain volume, physiological
changes in the cardiovascular system and a greater risk of chronic
degenerative illnesses. The regular practice of physical exercises is of
extreme importance at all ages and will be even more significant in the old
age, when there is a loss of physical fitness and consequently, a loss of
health. The hydrogymnastic, which is a safe physical activity ,reduces the risk
of injuries and doesn’t cause the same side effects that the exercises on the
ground do, has been increasingly in demand in gyms and clubs by the elderly.
The aim of the current study was to evaluate the effect of regular practice of
hydrogymnastic on older women in the period of 3 months. The sample
consisted of five women from the age of 60, randomly chosen, practicing
hydrogymnastic, who had answered a questionnaire about the reasons for
choosing such physical activity, the improvement of physical conditioning, the
benefits gained and about the period that this activity has been practiced.
According to reports, there was not only a significant increase in the aerobic
conditioning, flexibility, agility, strength and muscular endurance, balance,
changes in the body composition, reduction of stress, but also an
improvement in the social interaction and in the self-esteem. These results
show that hydrogymnastic and its morphological, organic and psycho-social
benefits to the elderly, improve the quality of life and increase the longevity.
Keywords: Old age Hydrogymnastic Benefits.
LISTA DE SIGLAS
ACM – associação cristã de moços
ACSM – american college sport of medicine
AVC – acidente vascular cerebral
BPM – batimentos por minuto
FC – frequência cardíaca
GABA – ácido gama – aminobutírico
Hg – mercúrio
NO – óxido – nítrico
PA – pressão arterial
PGI2 – prostaciclina
QI – quoeficiente de inteligência
VO2 máx – volume máximo de oxigênio
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................. 12
CAPÍTULO I - PROCESSO DO ENVELHECIMENTO................................. 14
1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA TERCEIRA IDADE............................ 14
1.1 Aspectos fisiológicos do envelhecimento............................................... 15
1.1.2 Sistema Nervoso................................................................................. 17
1.1.3 Sistema circulatório............................................................................. 20
1.1.4 Características físicas......................................................................... 22
1.1.5 Aspectos psicológicos do envelhecimento......................................... 24
1.1.6 Aspectos sociais do envelhecimento.................................................. 24
CAPÍTULO II - O ENVELHECIMENTO E O EXERCÍCIO FÍSICO.............. 26
2 BENEFÍCIOS PARA A TERCEIRA IDADE.............................................. 26
2.1 Características do Exercício Físico........................................................ 28
2.1.1 Treinamento de força.......................................................................... 30
2.1.2 Treinamento aeróbio........................................................................... 32
2.1.3 Flexibilidade.........................................................................................34
2.1.4 Atividades lúdicas................................................................................35
CAPÍTULO III - HIDROGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE....................... 37
3 DEFINIÇÃO E HISTÓRICO....................................................................... 37
3.1 Características da Hidroginástica........................................................... 38
3.1.2 Benefícios............................................................................................ 42
CAPÍTULO IV - ESTUDO DE CASO............................................................ 44
4 INTRODUÇÃO........................................................................................... 44
4.1 Estudo de caso....................................................................................... 44
4.2 Considerações sobre o caso.................................................................. 45
4.3 Discussão............................................................................................... 46
4.4 Parecer final sobre o caso...................................................................... 46
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................ 48
CONCLUSÃO............................................................................................... 49
REFERÊNCIAS........................................................................................... 50
APÊNDICES .................................................................................................58
Introdução
O envelhecimento da população é um fenômeno mundial. Segundo o
CENSO realizado pelo IBGE em 2000, o Brasil possui cerca de 8,6% da
população com 60 anos de idade ou mais estando em processo de
envelhecimento e quebrando-se o paradigma de que o Brasil é um país
de jovens (IBGE).
O organismo do idoso é muito diferente do adulto jovem,
psicologicamente é outra pessoa distante daquela que foi quando mais
jovem. Organicamente o corpo envelhece, torna-se funcionalmente lento,
ocorre redução na velocidade de reação, perda da memória a curto prazo,
diminuição da quantidade de massa muscular, força e resistência.
As alterações que o envelhecimento provoca no ser humano podem
ser restringidas com a prática regular da atividade física garantindo o bem
estar cotidiano da pessoa na terceira idade. De todos os grupos etários,
os idosos são os mais beneficiados pela atividade física. A hidroginástica
vem crescendo em número de adeptos principalmente desta faixa etária,
já que o ambiente e seu caráter lúdico são o grande atrativo sendo cada
vez mais indicada por médicos, amigos, parentes, etc.
Segundo Bonachela (1994), a hidroginástica surgiu na Alemanha
para atender um grupo de idosos que precisavam praticar atividade física
segura sem causar riscos de lesões nas articulações e que lhes
proporcionasse bem estar físico e mental.
No Brasil a hidroginástica surgiu há cerca de 20 anos, teve um
crescimento extraordinário e atualmente é bem diferente daquela
praticada por seus pioneiros ficando mais dinâmica, ganhando espaço na
mídia e abrindo um público heterogêneo sendo hoje um das atividades
mais procuradas nas academias e clubes.
Quando executada com eficiência e segurança de forma regular, ela
melhora componentes do condicionamento físico como: condicionamento
aeróbio, força muscular, flexibilidade e composição corporal. Segundo
Sova (1994), melhora os componentes secundários como a velocidade,
potência, reflexo, coordenação e equilíbrio e para Bonachela (1994), os
principais benefícios da hidroginástica são: melhoria do sistema
cardiorrespiratório,
aumento
da
amplitude
articular,
aumento
da
resistência muscular, ativação da circulação sanguínea, melhoria da
postura, alívio das dores, diminuição do impacto nas articulações, bem
estar físico e mental.
O trabalho está dividido assim:
Capítulo I – descreve o processo de envelhecimento do organismo
incluindo características físicas, sistema nervoso e circulatório, aspectos
fisiológicos, psicológicos e sociais do envelhecimento.
Capitu II – descreve o envelhecimento e o exercício físico como
treinamento aeróbio, treinamento de força e flexibilidade além das
características do exercício e atividades lúdicas na terceira idade.
Capítulo III – descreve um breve histórico sobre a hidroginástica,
onde surgiu e quando chegou ao Brasil, as características desta atividade
e seus benefícios.
Esta pesquisa foi realizada em uma academia da cidade de Pirajuí
onde foram escolhidas 5 mulheres aleatoriamente para serem observadas
e entrevistadas com o objetivo de identificar se existem mudanças e
transformações com a prática regular de hidroginástica. Portanto a
pesquisa foi norteada com a seguinte pergunta:
A hidroginástica realmente traz benefícios e qualidade de vida na
terceira idade?
CAPÍTULO I
O PROCESSO DO ENVELHECIMENTO
1
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA TERCEIRA IDADE
O corpo humano, como o de animais, sofre de diversas maneiras a
chegada do envelhecimento. Os tecidos perdem flexibilidade e capacidade de
recuperação, e, os órgãos e sistemas diminuem a velocidade e a qualidade de
suas funções. Há também uma diminuição da coordenação motora grossa e
fina.
Segundo Meireles (1999), o processo de envelhecimento começa desde
a concepção, então a velhice, é um processo dinâmico e progressivo em que
há
modificações
tanto
morfológicas
como funcionais,
bioquímicas,
e
psicológicas que determinam a progressiva perda da capacidade de adaptação
ao meio ambiente, ocasionando uma maior incidência de processos
patológicos.
A terceira idade é uma etapa da vida que pode ser tão sã quanto às
outras, segundo Moragás, (1997). O desenvolvimento humano começa com o
nascimento e não para até a morte, variando os tipos de manifestações e
reações individuais e sociais. As aptidões cognitivas como memória,
capacidade de aprendizagem, raciocínio rápido e capacidade para solucionar
problemas vão diminuindo com o tempo.
O processo de envelhecimento é pouco conhecido, porém o desgaste do
organismo com a chegada da terceira idade é inevitável, deixando o corpo
mais suscetível a doenças. Com tudo, atualmente o número de pessoas com
idade acima de 70 anos é muito maior, levando vidas ativas e independentes
(LEITE, 1996).
Etchepare et al., (2003), afirmam que os avanços das ciências e das
condições médico-sanitárias têm aumentado cada vez mais a expectativa de
vida das pessoas e a tendência no país é que cada vez mais cresça o número
de idosos.
1.1 Aspectos fisiológicos do envelhecimento
O processo do envelhecimento caracteriza-se por um declínio
gradativo das funções de todos os sistemas do corpo, cardiovascular,
respiratório,
geniturinário,
endócrino
e
imunológico,
entre
outros
(BONACHELA, 1994). O envelhecimento, processo inexorável aos seres
humanos, conduz a uma perda progressiva das capacidades físicas,
aumentando o risco do sedentarismo. Essas alterações põem em risco a
qualidade de vida do idoso, por limitar a sua capacidade de realizar com
vigor as atividades do cotidiano (ALVES, et al., 2004).
Segundo Campos e Popov (1998), na fase de envelhecimento do
organismo, os órgãos da respiração conservam durante longo período de
tempo, possibilidades suficientes de adaptação para satisfazer os elevados
requisitos do mesmo durante a atividade muscular. Todavia, o tecido
pulmonar perde a elasticidade e diminui sua ventilação, mudanças
freqüentemente acompanhadas pelo aparecimento de enfisemas, o que
reduz a capacidade vital dos pulmões.
Com o passar dos anos, o metabolismo básico diminui. Também
diminui a quantidade geral de proteínas no organismo, aumento no colesterol
ativando sua acumulação nas paredes dos vasos e cartilagens intercostais e
intervertebrais. Conforme avança o envelhecimento, os ossos se tornam
mais frágeis, surgem alterações nas articulações e diminui a amplitude dos
movimentos (CAMPOS e POPOV, 1998).
Há também variações na coluna vertebral, originando encurvamento e
conduzem ao desenvolvimento de costas redondas.
Em relação às mulheres, a diminuição do hormônio estrogênio após a
menopausa ocorre uma redução na densidade dos ossos. O osso libera mais
cálcio do que recebe, evidenciando a osteoporose, sendo que mulheres
sedentárias correm um risco maior de terem problemas relacionados com a
osteoporose (CAMPOS e POPOV, 1998).
“Quando o regime motor é ativo, são paralisados os processos de
envelhecimento do tecido ósseo” (CAMPOS e POPOV, 1998, p.45). O
aparelho osteoarticular de pessoas fisicamente ativas envelhece cerca de
dez a quinze anos mais tarde em relação às pessoas totalmente sedentárias.
O envelhecimento do sistema neuro-muscular começa antes dos
demais. A partir dos trinta anos, a força muscular se torna menor, na velhice
pode diminuir em cerca de 35 a 40% , segundo Campo e Popov, 1998.
As variações do sistema nervoso central e dos órgãos vegetativos são
acompanhadas de mudanças que ocorrem no aparelho locomotor. Com a
idade, há uma redução na capacidade de executar movimentos que
necessitam de força, coordenação e velocidade. Em indivíduos com mais de
60 anos de idade, são encontrados mecanismos específicos de adaptação às
cargas físicas, comparando com os jovens, nessas se apresentam de forma
mais lenta o período de adaptação à atividade tornando mais prolongado o
de recuperação, depois da carga física.
Mais alguns geriatras e gerentólogos, não concluíram um consenso
sobre a definição do envelhecimento. Alguns autores assumem suas próprias
definições que variam do simples fato de ser o acúmulo de diversas
alterações que aumentam o risco de morte (HARMAN, 1998) ou como uma
série de processos que ocorrem nos organismos vivos e que com o passar
do
tempo
leva
à
perda
da
adaptabilidade,
alteração
funcional
e
eventualmente à morte (SPIRDUSO, 1995).
Muitas teorias têm sido descritas por alguns pesquisadores, mas
nenhuma delas consegue explicar as inúmeras alterações que ocorrem
durante o processo de envelhecimento. As teorias citadas com mais
freqüência por Matsudo (2000) são:
a) Teoria da glicosilação: o açúcar se junta às proteínas e outras
moléculas que formam produtos de glicosilação que causam disfunção
nas células.
b) Teoria do reparo do DNA: considera a alteração na taxa e habilidade
de reparar o DNA.
c) Teoria da antitoxina: a habilidade para eliminar toxinas diminui com a
idade.
d) Teoria da genética: conhecida como “o limite de Hayflick”, que
estabelece que a célula se divide e reproduz somente um limitado
número de vezes que é determinado geneticamente.
e) Teorias de Dano: baseadas no conceito que reações químicas que
ocorrem naturalmente no corpo produzem um número de defeitos
irreversíveis nas moléculas. Os tipos de agentes que levariam a lesão
das células e perda da função são basicamente: físicos (calor, raios
UV),
químicos
(toxinas,
radicais
livres),
infecciosos
(vírus
mutagénicos) e mecânicos (trauma).
f) Teoria do desequilíbrio gradual: estabelece que o cérebro, as
glândulas endócrinas ou sistema imune começam gradualmente a
falhar na sua função.
g) Teoria da mutação somática: postula que o envelhecimento resulta do
acúmulo de mutações nas células somáticas e, portanto na falha das
mesmas para proliferar ou funcionar adequadamente (MORLEY,
1998).
h) Teoria do dano cromossômico: pode ser medida pela freqüência de
translocações, fragmentos acêntricos, encurtamento do telômero,
perda de cromossomas e formação de micronúcleos que aumentam
progressivamente com a idade (FENECH 1998).
Outros fatores do envelhecimento além dos citados são o “turnover” de
proteínas, a ação de enzimas destoxificantes, o controle epigenético, a
apoptoses, os mecanismos homeostáticos e o depósito de gordura. A ação
destes e outros mecanismos no organismo aparecem junto com doenças que
surgem nas últimas décadas da vida.
De acordo com HOLLIDAY(1998), o organismo envelhece porque
evolui de organismos que também envelhecem e porque sua estrutura
corporal é imcompatível com a sobrevivência contínua.
1.2 Sistema nervoso
Segundo Alves et al.,(2005), o envelhecimento promove uma série de
alterações anatômicas e químicas no encéfalo e medula. Algumas
alterações
anatômicas
têm
sido
observadas
macroscópica
e
microscopicamente. Estas modificações ainda que aceitas, não permitem
precisar se são decorrentes exclusivamente do processo de involução senil.
Segundo Alves et al.,(2005), estudos da Universidade Federal de Santa
Catarina de Medicina, demonstraram que há uma grande variação de peso
no cérebro de pessoas com idade entre 70 e 89 anos, considerados normais
do ponto de vista comportamental e psicológico. A relação permanece
constante
em
0.92
até
a
idade
de
55
anos
e
logo
decresce
progressivamente até 0.82 por volta de 90 anos.
Também, o volume da substância cinzenta com o volume de
substância branca apresenta, em jovens, a proporção de 1,28 e idosos aos
60 anos apresentavam proporção de 1,33. No entanto, por volta dos 100
anos esta proporção atingiria cerca de 1,55.
Desta forma, acredita-se que ocorre uma diminuição no volume do
cérebro de cerca de 2% a cada dez anos depois dos cinqüenta anos e que o
peso do cérebro decai cerca de 15% do volume máximo alcançado por volta
dos oitenta anos. Portanto, nos primeiros 50 anos perdemos mais
substância cinzenta que branca e na segunda metade da vida esta relação
se inverte.
Alves et al., 2005, também afirmam que as análises histológicas
demonstram que, durante o processo de envelhecimento, pode estar
ocorrendo diversas alterações, as mais importantes são a diminuição de
células, alterações dendríticas, placas senis, degeneração neurofibrilar,
degeneração grânulo-vacuolar e acúmulo de lipofucsina.
Para Borge,
Hernádez e Egea (1999), as mudanças morfológicas causadas pelo sistema
nervoso, as alterações em dendritos e sinapses tornam-se relevantes em
virtude de sua importância no processo de formação e manutenção da
memória e na chegada de informação aos neurônios. Alterações dendríticas
podem refletir em uma diminuição da densidade sináptica, processo
acompanhado da degeneração dos axônios mielínicos (BENHARDI M.,
2005). Benhardi (2005), também afirma que por conseqüência destas
modificações mielínicas ocorre uma redução na conectividade cortical, ou
seja, ao invés da perda de neurônios, estaria relacionada a déficits
cognitivos.
Os neurônios do encéfalo não são uniformemente sensíveis à morte
neuronal durante o envelhecimento. Uma perda neuronal acentuada já foi
observada por diversos pesquisadores, no entanto, outros demonstraram
que, na verdade, não há uma perda neuronal, e sim uma diminuição de
tamanho dos neurônios. Em contraste, na substância negra e no locus
ceruleus foi demonstrado que estes núcleos sofrem uma importante perda
neuronal, principalmente nos primeiros 50 anos de vida.
A plasticidade neural é outra propriedade que o cérebro tem para
amenizar os sinais do envelhecimento (FERRARI, 2001). A plasticidade age
de forma a contrabalançar a degeneração neural (SCHALLERT e
WOODLEE, 2003), Hayflick (1997), afirma que a plasticidade permite ao
neurônio criar novas conexões, desenvolver-se e criar novas sinapses,
restaurando ou compensando circuitos reduzidos ou rompidos (CANÇADO e
HORTA, 2002).
Em relação às alterações motoras, nota-se que alterações nas
unidades motoras apresentam maior relevância ao se analisar o movimento
humano. Lexell (1997), aponta que o avanço da idade afeta as unidades
motoras, principalmente o moto-neurônio inferior, e que este processo
decorrente da degeneração do sistema nervoso, é uma das principais
causas da diminuição de massa e força muscular.
O envelhecimento conduz a alterações na estrutura química cerebral
(ALVES et al., 2005). Por volta dos 80 anos existe uma perda acentuada na
quantidade de proteínas cerebrais e um aumento do DNA total,
provavelmente decorrentes das reações gliais (ALVES et al. 2005).
Mas uma das principais causas da deterioração cognitiva com o
passar dos anos é o declínio significativo dos neurotransmissores
(CARDOSO, 2007).
Como a síntese de proteínas é afetada com o passar do tempo e a
ação dos neurotransmissores se dá através de enzimas e receptores de
membranas (proteínas), as alterações nos neurotransmissores podem
decorrer através de mudanças funcionais ou serem resultados da atrofia e
morte neuronal (MORA e PORRAS, 1998).
Ocorre uma diminuição nos níveis de acetilcolina, dopamina e
serotonina, ácido gama-aminobutírico (GABA) e das endorfinas e nos
receptores colinérgicos. Essa redução de neurotransmissores afeta várias
regiões do encéfalo, principalmente no tronco encefálico e em regiões onde
terminam os axônios.
1.3 Sistema circulatório
Para Alves et al. 2005, o sistema circulatório é formado pelo coração
e vasos sanguíneos, cuja função é dirigir o sangue até os tecidos para a
distribuição de gases, nutrientes e recolher os resíduos celulares para
excreção.
O coração bombeia sangue para o corpo todo e é formado por
quatro câmaras, ligadas aos principais vasos sanguíneos, que são os
átrios e os ventrículos (direito e esquerdo). Sua parede é formada por três
camadas:
a) endocárdio: camada mais interna do coração, onde situam-se o nó
sinoatrial (marca passo), nó átrio-ventricular e feixe átrio-ventricular,
controlados pelo nervo vago.
b) miocárdio: formado por tecido conjuntivo e músculo cardíaco. É
vascularizado.
c) epicárdio: é a camada mais externa.
Com o passar dos anos, o endocárdio torna-se mais espesso e o
colágeno no miocárdio torna-se endurecido (esclerose). No epicárdio, o
tecido conjuntivo se expande devido à deposição de tecido adiposo.
No nó sinoatrial, feixe átrio-ventricular e em suas ramificações
ocorre um aumento de tecido conjuntivo e adiposo e perda das fibras
funcionais.
“O esqueleto cardíaco, envolve e sustenta as quatro valvas
cardíacas (mitral, tricúspide, aórtica e pulmonar)” (ALVES et al., 2005,
p.31). Este separa o nível atrial do nível ventricular. Serve de local para
inserção do músculo cardíaco e mantém abertos os orifícios átrioventriculares e principais pontos do fluxo arterial.
“No esqueleto cardíaco envelhecido, são encontrados focos de
calcificação, deposições geralmente encontradas no ventrículo esquerdo,
que sofrem maior pressão” (ALVES et al., 2005, p.31).
Alves et al.,2005, também observam os processos esclerosantes na
superfície
das
válvulas
átrio-ventriculares
que
macroscopicamente,
impressionam pelo espessamento e microscopicamente, consistem de
colágenos e fibras elásticas. Notam-se engrossamentos nodulares nas
suas bordas de oclusão. Também ocorre uma deposição lipídica nas
válvulas das valvas mitral e aórtica.
Os vasos sanguíneos pertencem a uma rede de canais que
compõem o sistema circulatório e compreendem as artérias, capilares e
veias.
No envelhecimento, observa-se um alongamento e tortuosidade das
artérias devido à perda de fibras elásticas, além de as artérias ficarem mais
espessas e mais rígidas. Há também um aumento no conteúdo de lipídeos,
o colesterol, e ocorre um aumento no calibre das artérias com o propósito
de compensar a rigidez. Além disso, por volta dos 50 anos, o processo
aterosclerótico começa a se tornar nítido. O processo de aterosclerose
inicia quando os monócitos migram da corrente sanguínea para a parede
da artéria, diferenciando-se em células que fagocitam e acumulam gordura
(macrófago) (ALVES et al., 2005).
As artérias afetadas por aterosclerose perdem elasticidade e à
medida que os ateromas crescem, tornam-se mais estreitas. Com o passar
do tempo, os ateromas podem se tornar frágeis e romper. O contato do
ateroma com o sangue permite a liberação do fator tecidual, resultando na
coagulação e formação de trombo (coágulo) que se for muito grande
impede a passagem do sangue, causando morte do tecido irrigado pela
artéria acometida, devido à isquemia (ALVES et al., 2005).
Nas veias ocorrem dilatações, principalmente nos membros
inferiores, além de suas válvulas poderem perder sua funcionalidade total
ou parcial. Nos capilares nota-se redução em quantidade e alterações na
parede. (ALVES et al., 2005).
Observa-se também uma queda na produção de óxido-nítrico (NO) e
prostaciclina (PGI2), vasodilatadores, e maior resposta à endotelina,
vasoconstritor, que se traduz em vasoconstrição (ALVES et al.,2005).
Existem alterações fisiológicas que acometem a capacidade do
sistema circulatório de responder a grandes exigências.
Como o sistema nervoso simpático está hipoativo, no organismo
envelhecido ocorre uma diminuição na força contrátil do músculo cardíaco.
Consequentemente há uma diminuição no débito cardíaco, que também é
devido a um declínio na produção de adenosina nos tecidos (ALVES et
al.,2005).
Observa-se também uma alteração da influência dos nervos
autonômicos sobre o coração que reduz a resposta a reflexos com ponto
de partida dos baroceptores (controladores da pressão) e como
consequência, há uma maior tendência a crises de hipotensão ortostática.
Essas alterações podem causar muitas vezes tonturas e quedas no
indivíduo (ALVES et al., 2005).
1.4 Características físicas
Com
o
processo
de
envelhecimento,
ocorrem
mudanças
principalmente na estatura, no peso e na composição corporal. A
diminuição da estatura com o passar dos anos existe por causa da
compressão vertebral, o estreitamento dos discos intervertebrais e a cifose,
e este processo parece ser mais rápido nas mulheres do que nos homens,
em função da diminuição do estrogênio após a menopausa evidenciando a
osteoporose (MATSUDO, 2000).
Outra mudança no organismo durante o envelhecimento é o
aumento de peso corporal, que normalmente começa em torno dos 45
anos, estabilizando-se aos 70, e declinando até os 80. Essas alterações na
estatura e no peso corporal resultam na alteração do índice de massa
corpórea (IMC) (MATSUDO, 2000).
Ocorre também uma perda na massa mineral óssea, conseqüência do
envelhecimento, mas essa perda não está relacionada só com o processo de
envelhecimento, mas também com a genética, ao estado hormonal,
nutricional e ao nível de atividade física do indivíduo.
Entre 25 e 65 anos há uma diminuição de massa magra ou isenta de
gordura, devido à perda de massa óssea, no músculo esquelético e água
corporal total, como conseqüência do envelhecimento. Uma das formas de
analisar a perda de massa isenta de gordura seria a excreção de potássio,
pois existem concentrações desse elemento químico no tecido muscular.
(MATSUDO, 2000).
Existem também alterações na água corporal total e intracelular
com o envelhecimento.
A perda da musculatura esquelética e força são conhecidas como
“sarcopenia” (BAUMGARTNER et al., 1998). Alguns mecanismos que
levam a sarcopenia além da perda de músculo esquelético e força são
alterações
no
sistema
nervoso
central, alterações
intrínsecas
na
cortatilidade muscular e a biologia da célula muscular assim com fatores
humorais e estilo de vida (ROUBENOFF 2001). A diminuição do hormônio
do crescimento, aumento de gordura corporal, inatividade física, perda de
unidades motoras alfa, alteração da atividade da unidade motora,
diminuição de estrógenos e andrógenos e diminuição de ingestão de
proteína são alguns desses mecanismos que levam a sarcopenia durante o
processo de envelhecimento. (MATSUDO, 2000).
Matsudo também afirma que a capacidade de regeneração do
músculo
esquelético
também
é
afetada
durante
o
processo
de
envelhecimento devido a alguns fatores que se alteram no decorrer da idade.
Durante o envelhecimento também ocorre uma perda de força muscular e
aumento da fadiga muscular por causa do avanço da idade.
1.5 Aspectos psicológicos do envelhecimento
As mudanças decorrentes do envelhecimento fazem da terceira
idade um período de grande necessidade de ajustamento emocional.
Segundo Curiati e Alencar, (2000), a forma como cada indivíduo se
adapta a modificações físicas, intelectuais e sociais, determinará um
envelhecimento saudável ou repleto de dificuldades. A diminuição de
algumas capacidades funcionais como audição, visão, força e flexibilidade,
no físico; no mental, alteração da memória, criatividade, atenção e
iniciativa; ale das alterações na sexualidade e sociabilidade, fazem com
que a sensação de perda esteja relacionada ao idoso. Dentre as alterações
intelectuais mais comuns do envelhecimento estão a diminuição da
cognição e memória (GEORGE, 1999).
Fatores estressantes como aposentadoria, que representa o fim da
idade produtiva, a morte de amigos, familiares, cônjuge, falta de
perspectiva de futuro e a solidão podem acompanhar as perdas da idade e
desencadear manifestações psíquicas de depressão. Mazo et al. (2005),
também afirmam que ampliar redes sociais e ser casado são fatores psicoemocional, melhorando a capacidade do idoso para enfrentar as alterações
decorrentes do envelhecimento.
A atividade física contribui para a formação de redes sociais além
dos benefícios fisiológicos e corporais. Os índices de depressão são
menores em idosos praticantes de atividade física (MONTEIRO, 2001).
Pesquisas confirmam melhora no aspecto emocional, como aumento da
auto-estima, humor, sensação de bem-estar, diminuição da ansiedade e da
tensão.(STOPPE; LOUZÃ, 1999; FUKUKAWA et al., 2004).
1.6 ASPECTOS SOCIAIS DO ENVELHECIMENTO
O Brasil passa por um processo de envelhecimento populacional
rápido. Mas o maior problema da velhice é que os idosos são
discriminados e tidos como improdutivos relegados ao esquecimento pela
sociedade, ocorrendo a diminuição da sociabilidade e isolamento social.
Pires et al. (2002), consideram que a velhice sempre é vista como
um período de decadência física ou mental. É um conceito equivocado,
pois a maioria dos cidadãos que chegam a 65 anos, são completamente
independentes e produtivos. Acredita-se que exista decadência sim, mas
da sociedade que perde não dando valor ou criando espaços adequados
para idosos, sendo que a população cresce a cada dia e com ela as
dificuldades e necessidades de encontrar soluções eficientes, com o
objetivo de tornar digna a vida dos idosos.
CAPÍTULO II
O ENVELHECIMENTO E O EXERCÍCIO FÍSICO
2
BENEFÍCIOS PARA A TERCEIRA IDADE
Atualmente, o processo de envelhecimento é caracterizado como
perda progressiva das funções em todos os aspectos do ser humano.
A prática de exercícios físicos pode tornar essas perdas mais lentas
obtendo grandes resultados, além de combater o sedentarismo e contribuir
significativamente para a manutenção da aptidão física do idoso (ALVES et
al., 2004).
Segundo Cleto (2002), existem várias maneiras de envelhecer, sendo
que pode haver um envelhecimento equilibrado onde o indivíduo envelhece
com qualidade de vida, ou acontecer de forma desastrosa onde o prazer de
viver é perdido no decorrer de sua história.
Para Aquiné et al. (2002), a aceitação da velhice é essencial para
melhorar a qualidade de vida.
Para Parisotto (1999), o indivíduo na idade adulta não encontra tempo
para praticar exercícios físicos e nem para se divertir, com isso muitos
fatores negativos vão se acumulando e como conseqüência serão
manifestados na velhice.
Em uma visão contemporânea, pode-se considerar que a Educação
Física vem estudando o ser humano em um contexto de cultura de múltiplas
possibilidades na prática de exercícios físicos sistematizados e direcionados
para a educação, desporto, estética e saúde, entre outras (BACH;
BERESFORD, 2003).
Vuori (1995), afirma que a prática de exercícios físicos contribui de
modo significativo para a manutenção da aptidão física do idoso, tanto na
saúde quanto nas capacidades funcionais.
O exercício físico é importante no controle do peso corporal, podendo
contribuir na prevenção e controle de algumas condições clínicas associadas
a estes fatores, como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, AVC,
artrite, apnéia do sono, prejuízo da mobilidade (MATSUDO, 2000).
A atividade física é, sem dúvida, um dos meios de conquistar a
terceira idade com melhor qualidade de vida. Segundo Oliveira e Furtado
(1999), o exercício físico traz contribuições para o envelhecimento saudável.
Os benefícios gerados pela prática de atividade física abrange do
campo físico ao social promovendo aumento da capacidade aeróbia,
aumento da ventilação voluntária, melhora da flexibilidade, equilíbrio,melhora
da resistência muscular localizada, aumento no conteúdo de minerais
ósseos, diminuição da resistência vascular, melhor tolerância à glicose e
redução da concentração de lipídeos (OLIVEIRA e FURTADO,1999).
A atividade física mesmo que involuntariamente ou rotineira é sempre
importante na vida, pois proporciona uma melhor qualidade de vida, afirma
Siqueira (2002).
Acredita-se que a participação do idoso em programas de atividade
física regular pode influenciar no processo de envelhecimento, com impacto
na qualidade e expectativa de vida, melhoria nas funções orgânicas garantia
de maior independência pessoal e um efeito benéfico no controle, tratamento
e prevenção de doenças respiratórias, artrose, hipertensão, arterosclerose,
varizes, doenças cardíacas, diabetes, distúrbios mentais, artrite e dor crônica
(MATSUDO,1992; SHEPHARD,1991).
Pires et al.(2002), afirma que com o declínio gradual das aptidões
físicas, a chegada do envelhecimento e de possíveis doenças, os idosos
tendem a ir mudando seus hábitos de vida e rotinas diárias por atividades e
formas de ocupação pouco ativas, causando efeitos associados à inatividade
e a má adaptabilidade que são muitos sérios. Esses efeitos podem acarretar
numa redução no desempenho, na habilidade motora, capacidade de
concentração, de reação e coordenação, gerando processos de autodesvalorização, apatia, insegurança, perda da motivação, isolamento social e
a solidão.
Por isso, a montagem de um programa de exercícios físicos para
idosos deve oferecer benefícios com relação as capacidades motoras que
apóiam a realização das atividades cotidianas, melhorando a capacidade de
trabalho e lazer e reduzindo a taxa de declínio funcional.
2.1
Características do exercício físico
A atividade física é o conjunto de atividades metódicas e relacionais,
que se integram ao processo de educação, visando o pleno desenvolvimento
do aparelho locomotor, bem como o desempenho normal das grandes
funções vitais e relacionamento social (SIQUEIRA, (2002). É qualquer
movimento do corpo, produzido pelo músculo esquelético que resulta em um
incremento do gasto energético. É uma atividade planejada e estruturada a
fim de melhorar ou manter o condicionamento físico (MARTUS, 2001).
Antes de começar qualquer atividade física, é importante que o idoso
faça uma avaliação médica cuidadosa, constando preferencialmente de um
teste de esforço para a prescrição do exercício; quanto a essa
recomendação é importante considerar alguns critérios que deverão
influenciar na escolha do protocolo, servindo também para mostrar algumas
restrições importantes impostas pela velhice quanto à realização de
exercícios: a diminuição do VO2 máx, por exemplo, pode requerer que se
opte por um teste de baixa e moderada intensidade e longa duração; usar
maior período de aquecimento e pequenos incrementos nas cargas ou
intervalos maiores; devido a maior fadiga, deve ser diminuída a duração total
do teste. A redução do equilíbrio e força indica o uso da bicicleta ergométrica;
a redução na coordenação muscular exige a realização de mais de um teste,
até que se chegue a um resultado confiável; o uso de dentaduras, a
diminuição da acuidade visual e auditiva também devem ser considerados
(MATSUDO, 1993).
Os objetivos de um programa de exercícios devem se relacionar com
as mudanças mais importantes que decorrem durante o processo de
envelhecimento, devendo estar direcionado:
a) ao melhoramento da flexibilidade, força, coordenação e velocidade;
b) elevação dos níveis de resistência, com vistas a redução das
restrições no rendimento pessoal para a realização das atividade
cotidianas;
c) manutenção da gordura corporal em proporções aceitáveis.
Esses aspectos influenciarão na melhoria da qualidade de vida
(MATSUDO, 1992; APELL e MOTA, 1991; MARQUES, 1996).
Segundo Weineck (1991) e Acsm (1994), devem estar inclusos em um
programa de exercícios para idosos o treino de força e resistência muscular
devido a diminuição notável dessas variáveis após os 60 anos de idade.
Alguns cuidados e restrições são essenciais para a participação do idoso em
programas de atividades físicas.
Restrições
a) Altas intensidades de exercícios (MARQUES, 1996; MATSUDO e
MATSUDO, 1993; FARO et al., 1996) ;
b) Solicitação do sistema anaeróbico deve ser evitada (MARQUES,
1996, LEITE, 1990; FARO et al., 1996);
c) Exercícios isométricos (MARQUES, 1996, LEITE, 1990; FARO et al.,
1996);
d) Movimentos rápidos e bruscos (MATSUDO e MATSUDO, 1992).
Cuidados
a) Não ultrapassar a amplitude máxima dos movimentos (MARQUES,
1996);
b) Não prolongar exercício na presença de dor (MARQUES, 1996);
c) Uso de medicamentos (YAZBECK e BATISTELLA, 1994);
d) Não levar a exaustão (MATSUDO e MATSUDO, 1992).
“A atividade física bem estruturada e elaborada para os idosos, pode
recuperar o ritmo e a expressividade do corpo, agilizar os reflexos e adequar
os gestos a diferentes situações” (SKINNER, 1991; LEITE,1990; MATSUDO
e MATSUDO, 1992).
2.3
Treinamento de força
A força é uma das valências físicas mais importantes. Os músculos
podem enfraquecer até que uma pessoa idosa não possa realizar as
atividades da vida diária como tarefas domésticas de levantar-se de uma
cadeira, varrer o chão ou jogar o lixo fora. Portanto é extremamente
importante manter a força durante o processo de envelhecimento, porque ela
é vital para a saúde, para a capacidade funcional e para a vida independente
(FLECK e KRAEMER, 1999).
Sob condições normais, o desempenho da força atinge seu pico entre
20 e 30 anos, após esse período ela mantem-se estável e diminui
raoidamente entre os 20 anos seguintes. Aos 60 anos ocorre uma queda
brusca, sendo nas mulheres mais dramáticas (FLECK e KRAEMER,1999). A
partir dos 70 anos esta queda é ainda maior. Essa queda depende do sexo e
da musculatura específica.
O treinamento de força durante um longo período parece compensar
esta perda e parece aumentar a capacidade de força absoluta efetiva mas
os declínios ocorrem até nos levantadores de peso, sendo este um processo
fisiológico natural. Dados transversais e longitudinais mostram que a força
muscular diminui em cerca de 15% por década durante a sexta e sétima
décadas
e
depois,
diminui
aproximadamente
30%
(FLECK
e
KRAEMER,1999).
Além da perda da força, a capacidade do músculo de exercer força
rapidamente (potência) também diminui com o avanço da idade. Além desta
habilidade ser vital, pode servir como um mecanismo protetor nas quedas,
uma das maiores causas de lesões.
Num estudo de Fleck e Kraemer(1999), a potência de extensores de perna
foi significativamente relacionada com a velocidade de se levantar da
cadeira, velocidade e potência de subir escadas e velocidade de
caminhadas. As correlações entre e potência e capacidade funcional foram
maiores nas mulheres do que nos homens.
A capacidade de gerar força rápida pode diminuir mais do que a força
máxima, principalmente em idosos.
Vários fatores influenciam na perda de força muscular com a idade.
Alterações
músculo-esqueléticas,
acúmulos
de
doenças
crônicas,
medicamentos necessários para o tratamento de doenças,alterações do
sistema nervoso, redução das secreções hormonais, desnutrição e atrofia por
desuso são os principais fatores.
Alteração músculo-esqulética (sarcopenia), sugere que a diminuição
da massa muscular é o principal fator para a redução da força com o
envelhecimento (FLECK e KRAEMER,1999).
Conforme se envelhece, observa-se uma tendência geral na redução
da massa muscular. Este efeito na massa muscular independe da localização
da musculatura ( membros inferiores e membros superiores) e de sua função
(extensão e flexão) (FRONTEIRA; DAWSON; SLOVIK, 2001).
A diminuição na massa muscular é causada pela redução no tamanho
e/ou pela perda das fibras musculares individuais, preferencialmente das
fibras do tipo II (contração rápida) durante o envelhecimento. A perda das
fibras musculares do tipo II também acarretam numa perda das proteínas
rápidas de COM (cadeias pesadas de miosina). Logo a perda tanto da
quantidade como da qualidade das proteínas nas unidades contráteis dos
músculos causam a perda da força e potência muscular com o
envelhecimento (FLECK e KRAEMER,1999).
O treinamento de força pode estimular o aumento da densidade óssea
e reverter a sarcopenia no idoso.
Existem diversas alterações com o envelhecimento. Entre elas, as
duas mais importantes são à capacidade aeróbia e a função muscular. A
resposta fisiológica mais básica ao treino de força, principalmente no idoso, é
um aumento na força muscular, beneficiando as atividades cotidianas, além
de manter e melhorar a capacidade aeróbia (FRONTEIRA; DAWSON;
SLOVIK, 2001).
No indivíduo da terceira idade, o treinamento de força causa hipertrofia
muscular, porém muito modesta (de 10% a 20%) comparando cm a grandes
alterações que se notam em relação a força (PICKLES,1998).
Fronteira, Dawson e Slovik (2001), citam em alguns estudos um
aumento dramático na força muscular e mudanças funcionais positivas para
a mobilidade, principalmente, velocidade de marcha habitual e capacidade
para subir escadas e atividades físicas espontâneas.
Sabendo que os mesmos princípios gerais de um exercício
empregados para adultos mais jovens são empregados nos idosos,
características próprias dos idosos requerem algumas considerações
especiais.
Fatores como a diminuição da acuidade sensorial e da tolerância aos
fatores de estresse do meio ambiente,as diferenças entre as atividades
preferidas e os maiores riscos para a saúde devem ser levados em
consideração para que o programa seja bem sucedido (PICKLES , 1998).
Questões como parâmetros bioquímicos, que podem contribuir para
que o idoso tenha uma melhora fisiológica e um menor gasto energético
também devem ser considerados (HAUSDORFF et al., 2001), visando um
ganho na qualidade de vida.
2.3
Treinamento aeróbio
Para produzir os efeitos significativamente benéficos ao organismo, o
treino aeróbio precisa de uma prescrição adequada e com suas
características de treino, afirma Gueths (2003).
Segundo Hollmann e Hettinger (1983), um exercício aeróbio deve
apresentar um esforço de longa duração e com intensidade moderada.
Lopes (1987) e Fetter; Sperb; Pereira (1994), afirmam que a intensidade, a
freqüência, a duração das sessões e o tipo de programa influenciam no efeito
do treino aeróbio.
Entende-se por treinamento aeróbio a capacidade de executar um
trabalho muscular de longa duração sem apresentar sinais de fadiga tendo
algumas
características
que
determinam
seu
aproveitamento
como
freqüência, duração e intensidade do treino.
Cooper (1978), sugere que o treinamento aeróbio tenha uma
freqüência de no mínimo 3 vezes por semana, se possível 4. A American
College of Sport Medicine (1980), recomenda uma freqüência de 3 a 5 vezes
por semana. Segundo Pollock; Wilmore (1993), o treinamento aeróbico feito
2 vezes por semana com uma carga de 30% superior do que um treinamento
de 3 vezes por semana, não difere em relação ao ganho de VO2máx de uma
pessoa, entretanto com o treinamento feito 2 vezes por semana não se
obtêm perdas na composição corporal. Mcardle; Katch e Katch (1998),
afirmam que o treino pode ser de 2 a 3 vezes por semana. Em indivíduos
com insuficiência cardíaca, Rondon et al. (2000), sugere que o treino seja
feito apenas 3 vezes por semana em dias intercalados para uma melhor
recuperação do organismo.
Quanto a duração das sessões, a American College of Sport Medicine,
recomenda de 15 a 60 minutos contínuos; Mcardle; Katch e Katch (1998),
afirma que o treino não necessita passar de 30 minutos. Pollock; Wilmore
(1993), descreve que o treino pode ser de 20 a 30 minutos. Porém,
Consenza (2001), sugere um bom volume de atividade aeróbia, na faixa de
40 a 45 minutos contínuos. Pacientes com insuficiência cardíaca devem
começar com 15 minutos e aumentar progressivamente a 30 e 40 minutos,
afirma Rondon et al. (2000).
E a respeito da intensidade, a American College of Sport Medicine
recomenda uma frequência cardíaca de 60% a 90% da freqüência cardíaca
máxima ou 50% a 80% do VO2 máx. Já Consenza (2001), afirma que a
intensidade deve ser na faixa de 70% a 75% do VO2máx. Jenkins (2000),
descreve que a partir de 55% do VO2máx é suficiente para melhorar o
sistema cardiovascular e muscular.
Com essas informações, é importante começar e terminar a atividade
sempre de maneira gradativa, sem ultrapassar limites fisiológicos e
interromper a atividade no caso de surgirem problemas cardiorrespiratórios
ou qualquer problema de saúde (GUETHS, 2003).
2.4
Flexibilidade
Flexibilidade é um termo geral que inclui a amplitude de movimento de
uma articulação simples e múltipla e a habilidade para desempenhar as
tarefas específicas (ROBERTS; WILSON,1999).
A amplitude de movimento de uma certa articulação depende
primeiramente da estrutura e função do osso, músculo e tecido conectivo e
outros fatores como o desconforto e a habilidade para gerar força e potência
(SHRIER; GOSSAL, 2000).
O envelhecimento prejudica a estrutura destes tecidos assim como a
função, sendo uma variável muito importante associada não só com a
qualidade de vida na terceira idade, mas também com a longevidade
(CORBIN e NOBLE, 1980).
Várias pesquisas enfatizam a importância da flexibilidade e de seu
treinamento demonstrando serem efetivos na melhoria das capacidades
funcionais (POLLOCK; WILMORE, 1998).
A flexibilidade possui relação direta com o movimento humano, sendo
passível de adaptações fisiológicas e mecânicas com o treinamento (ALTER,
1996).
O treinamento de flexibilidade parece ser capaz de melhorar os
movimentos em sua amplitude músculo-articular, diminuindo as resistências
dos tecidos musculares e conjuntivos e deformando os mesmos de forma
elástica ou plástica (ACHOUR, 1999).
Índices baixos de flexibilidade podem estar associados a problemas
posturais, algias, níveis de lesões, diminuição da vascularização local,
surgimento de adesões e aumento de tensões neuro-musculares (TAYLOR,
1990).
Alguns estudos (ARAUJO, 1998; BASSEY, 1989) demonstram a
necessidade do treinamento da flexibilidade em diferentes faixas etárias em
função da diminuição da amplitude de movimento em diversas articulações,
afetando negativamente a saúde na qualidade de vida.
Os efeitos agudos, respostas neurogênicas voluntárias e reflexas
assim como as miogênicas relacionadas as resistências ativa e passiva dos
tecidos musculares e conjuntivos, e os efeitos crônicos ganhos através do
treinamento a médio e longo prazo devem ser considerados (AVELÃ;
HEIKKI; KOMI, 1986).
2.5
Atividades Lúdicas
A chegada da terceira idade proporciona maiores limites ao indivíduo
mas não significa que o idoso tenha que se isolar de tudo, trabalho, sexo,
vida social e lazer. A adaptação frente a uma fase nova da vida é a maior
dificuldade encontrada pelos idosos.
Para Dias e Schwartz (2005), a idéia de que a partir de certa idade
certas atividades não devem ser aproveitadas é uma concepção que tende a
ser superada em relação as alterações sociais, uma vez que a expectativa de
vida das pessoas tem aumentado muito e com isso aumentado a
necessidade de se repensar nas questões que envolvem a qualidade de
usufruto do tempo livre.
Ao longo dos anos, o lazer tem sido considerado o tempo livre do ser
humano. Momento em que os indivíduos podem desfrutar de prazeres,
descanso e tranqüilidade. Portanto, o lazer deve ser um momento onde o
indivíduo escolhe algo a fazer, algo que goste, que lhe da prazer e que o
modifica como pessoa. Os prazeres podem ser encontrados nas atividades
lúdicas como jogos e brincadeiras através do lazer.
De acordo com Dumazedier (1976), o lazer é o conjunto de ocupações
de bom grado que o indivíduo usa para descansar, para divertir-se, para
desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação
voluntária ou sua livre capacidade criadora, quando longe das obrigações
profissionais, familiares ou sociais, sendo uma atividade de livre escolha.
Requixa (1980), tem uma definição próxima a de Dumazedier (1976),
entende o lazer como uma ocupação não obrigatória, de livre escolha do ser
humano que a vivencia, e cujos os valores proporcionam condições de
recuperação psicossomática e de desenvolvimento pessoal e social.
É clara a importância e a presença do lazer na vida dos homens, tanto
quanto a sua família e o seu trabalho. O lazer, além de contribuir para um
melhor estado de espírito dos cidadãos, pode amenizar os efeitos
decorrentes do processo de envelhecimento.
Os idosos, em geral, parecem não aceitar o fato de o lazer ser um
aspecto de grande importância em suas vidas e que, quando não vivenciado,
é devido à falta de condições e oportunidades. Mas, é através de atividades
espontâneas e naturais das pessoas que podemos perceber a sua relação
com o lazer e a influência que este exibe na vida dos homens, em suas
diversas etapas, em especial, na velhice. Nessa etapa da vida existe, devido
à maior disponibilidade de tempo, grandes possibilidades para estas pessoas
optarem por atividades que lhes tragam auto-realização e melhoria da
qualidade de vida.
Pikunas (1979), salienta a necessidade de que na terceira idade devese mnter interesses ocupacionais e aumentar as atividades recreativas,
ocupando totalmente o tempo e tornando a chegada da velhice satisfatória e
produtiva.
A prática do lazer é uma experiência pessoal que aumenta o processo
de integração entre as pessoas, sejam estas jovens ou idosas, e não
diferencia a idade do indivíduo que a vivência. Porém, muitos valores
deturpados e, até mesmos preconceituosos tendem a guiar as concepções
de lazer dentro da própria comunidade idosa.
CAPÍTULO III
HIDROGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE
3
DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
A hidroginástica é um exercício que une exercícios aeróbios,
localizados e exercícios de relaxamento, praticados na água.
Campos (1991) define hidroginástica como um programa de
exercícios físicos adaptados ao meio líquido e organizado dentro de critérios,
elaborados a partir de uma metodologia voltada as peculiaridades do meio,
que tem como objetivo principal o desenvolvimento da aptidão física em
qualquer indivíduo que apresente um mínimo de adaptação aquática.
No ponto de vista de Di Mais (2000), entende-se hidroginástica como
um programa de exercícios físicos que ao considerar as caraterísticas
peculiares do meio aquático, procura mediante a utilização de alguns
padrões de controle, execução e dosagem do exercício, amenizar, facilitar e
recuperar algumas disfunções de ordem corporal na tentativa de melhorar o
bem-estar psicomotor do indivíduo.
Mas, não é exclusividade dos tempos modernos a utilização do meio
líquido para fins de sobrevivência, recreação, terapia, entre outros. O homem
da pré-história já usava o meio aquático com freqüência (DI MAIS, 2000).
Silva (1987), afirma que pesquisas de arqueologia relatam que há
cinco mil anos, na Índia, já existiam piscinas de água quente e figuras
assírias mostravam estilos rudimentares de natação. Segundo Skinner e
Thomson (1985), em 460-375 A.C., Hipócrates utilizava água para o
tratamento de doenças e os romanos utilizavam banhos com fins recreativos
e curativos.
Di
Mais
(2000),
sugere
que
nesta
época
teria
surgido
a
hidroginástica, mas falar que a hidroginástica é uma atividade muito antiga
seria um pouco precipitado.
Na década de sessenta, a ACM (Associação Cristã de Moços) criou
um programa de exercícios dentro da água para a população idosa.
Bonachela (1994), cita que a hidroginástica surgiu na Alemanha com um
trabalho parecido com o da ACM, tendo aparecido no Brasil há cerca de vinte
anos.
3.1
Características da hidroginástica
A hidroginástica ou ginástica aquática pode ser considerada uma
das melhores atividades físicas para a terceira idade, sendo em alguns
casos, mais indicada do que exercícios no solo (CAMPOS; POPOV, 1998).
Ao contrário da natação, onde a flutuação e a propulsão dos
segmentos suporta todo o peso do corpo, na hidroginástica esse suporte não
é total, favorecendo as solicitações de carga sobre os ossos (CAMPOS;
POPOV,1998).
O termo hidroginástica é usado para designar uma grande variedade
de propostas ou programas de exercícios aquáticos, executados em posição
vertical desenvolvido para aprimoramento da aptidão física em sedentários
ou elaborados como forma de treinamento complementar a preparação física
de atletas de várias modalidades esportivas (MENDONÇA, 2002).
A hidroginástica se diferencia das outras atividades, realçando
alguns benefícios devido as propriedades físicas que o meio oferece.
Bonachela (1994), classifica as propriedades físicas da água em densidade,
flutuação, pressão hidrostática e viscosidade como:
a) densidade - é a relação entre massa e volume (D= m/v);
b) flutuação - (princípio de Arquimedes), "quando um corpo está
completo ou parcialmente imerso em um líquido, ele sofre um empuxo
para cima igual ao peso do líquido deslocado". Este empuxo atua em
sentido oposto à força da gravidade;
c) pressão hidrostática - (Lei de Pascal), "afirma que a pressão do líquido
é exercida igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo
imerso em repouso, a uma determinada profundidade". A pressão
hidrostática auxilia na correção postural, na reeducação respiratória,
no
conhecimento
corporal,
no
equilíbrio
e
retorno
venoso
(CARAMANO, THEMUDO, CANDELORO, 2003).
d) viscosidade - é o tipo de atrito (fricção) que ocorre entre as moléculas
de um líquido que oferece resistência ao movimento da água em
qualquer direção, provocando uma turbulência maior ou menor de
acordo com a velocidade que executamos o movimento, quanto mais
rápido o movimento, maior será o arrasto.
Rocha, 1994; Bonachela,1994; Marques e Pereira, 1999, afirmam que
as propriedades físicas da água irão ajudar ainda mais os idosos nas
movimentações das articulações, na flexibilidade, na diminuição da tensão
articular, baixo impacto de força, na resistência, nos sistemas cardiovascular
e respiratório, no relaxamento, nas tensões mentais entre outros.
Matsudo e Matsudo, (1992); Pires et al., 2002; Barbosa,2001;
Bonachela, 1994, relatam que os objetivos de uma atividade física como
hidroginástica para terceira idade devem estar relacionados com a
modificações mais importantes que ocorrem durante o envelhecimento, tais
como:
a) promover atividades recreativas para a produção de endorfina e
andrógeno,
responsáveis
pela
sensação de bem
– estar e
recuperação da auto – estima;
b) atividades de sociabilização ( em grupo com caráter lúdico);
c) atividades moderadas e progressivas preparando gradativamente o
organismo para suportar estímulos cada vez mais fortes;
d) atividades de força, com carga, principalmente para os músculos
responsáveis por sustentação/ postura, evitando cargas muito fortes e
contrações isométricas;
e) atividades de resistência com vista a redução das restrições no
rendimento pessoal;
f) exercícios de alongamento para o ganho de flexibilidade e de
mobilidade;
g) atividades de relaxamento diminuindo tensões musculares e mentais.
A hidroginástica se destaca como uma atividade física que engloba
características
que
estimulam
o
desenvolvimento
dos
principais
componentes relacionados a aptidão física (VASILJEV, 1997). Por ser uma
atividade realizada em meio líquido, pode ser praticada por indivíduos de
várias faixas etárias inclusive aqueles de idade mais avançada, pois
proporciona baixo impacto nas articulações em um ambiente descontraído e
em meio atrativo (ROCHA, 1999).
Evidências científicas tem demonstrado que a prática regular da
hidroginástica desenvolve a capacidade cardiorrespiratória, aumentando o
consumo máximo de oxigênio e a vascularização do miocárdio, melhorando
também a pressão arterial de repouso (ROCHA, 1999; MENDONÇA, 2002).
É importante ressaltar alguns aspectos fisiológicos em hidroginástica
como
termorregulação,
freqüência
cardíaca,
pressão
arterial,
fluxo
sanguíneo, polinúria, condicionamento cardiorrespiratório entre outros.
A temperatura do corpo se mantém em torno de 37º C, sendo que o
mecanismo termorregulador controla o equilíbrio entre a produção e a perda
de calor (WEINECK,1991). A temperatura é coordenada pelo hipotálamo,
que é estimulado por receptores térmicos na pele ou pela temperatura do
sangue que o perfunde (MCARDLE; KATCH e KATCH , 1998).
A frequência cardíaca é medida pelo número de batimentos por
minuto (BPM), realizados pelo coração e como possui relação direta com o
consumo de oxigênio, é eficiente para determinar a intensidade na
hidroginástica, porém existem estudos contraditórios que revelam um
aumento na FC (KRUEL, 1994) e uma queda da mesma (DENADAI; ROSAS
e DENADAI, 1997), sendo que o número de autores citados que relaram
uma bradicardia é maior, tendo o próprio Kruel (1994), achando valores
menores da FC em imersão na posição vertical.
O exercício físico regular tem um efeito positivo a longo prazo sobre a
pressão arterial (pressão exercida nas paredes elásticas das artérias, pelo
sangue ejetado pelo coração), podendo reduzí-la. Indivíduos normais
possuem uma PA máxima (sistólica) de 12 a 14 e a mínima (diastólica) de 6
a 8 cm de mercúrio (Hg) (DI MAISI, 2000). Apesar de não ter muitos estudos
sobre o efeito prolongado da hidroginástica sobre a PA, provavelmente esta
atividade traz os mesmos benefícios que o exercício regular em terra (DI
MASI, 2000).
O fluxo sanguíneo também se altera durante a imersão do corpo na
água. Barreta (1996) afirma que existe uma média de aumento de 700 ml de
sangue no coração e pulmão.
Outro aspecto fisiológico que deve ser enfatizado é a polinúria
(vontade constante de urinar). É comum essa vontade de urinar durante e
após as aulas de hidroginástica (DI MAIS, 2000). Graveline et al. (1961)
afirma que estes valores elevados de urina estão baseados no reflexo do
volume receptor do átrio esquerdo de Gawer-Henry.
É importante conscientizar alunos diabéticos, que já tem uma
polinúria, os com incontinência urinária e os que estiverem fazendo o uso de
medicamentos diuréticos para esse aumento da vontade de urinar (DI MAIS,
2000).
A hidroginástica tem se mostrado um excelente meio para a melhora
da capacidade cardiorrespiratória, indicada pelo VO2máx (consumo máximo
de oxigênio durante o exercício máximo) (DI MAIS,2000). Ramos (1997)
afirma que o consumo de oxigênio tem uma queda de 10% por década a
partir dos 30 anos. Weineck (1991), diz que o exercício físico reduz essa
queda na resistência cardiorrespiratória.
Estudos sobre o efeito da hidroginástica em indivíduos idosos
demonstraram um aumento de 15% no VO2máx em 12 semanas (RUOTI;
TROUP e BEGER, 1994).
Bravo et al., (1997), encontraram um aumento significativo na
capacidade cardiorrespiratória em mulheres entre 50-70 anos após 12 meses
de hidroginástica.
3.2
Benefícios
A verdade é que a água está no corpo humano, na vida e no planeta
( TAHARA; TAHARA; SANTIAGO, 2006).
As atividades aquáticas vêm crescendo de maneira satisfatória
conforme as exigências da sociedade e do próprio ser humano (TAHARA;
TAHARA; SANTIAGO, 2006).
Vários idosos procuram a hidroginástica por suas vantagens para a
saúde e também pelo prazer de uma atividade no meio líquido.
São inúmeros os benefícios da hidroginástica em diversos níveis:
Aspecto físico: aumento da amplitude articular, aumento de força
muscular, densidade óssea, melhora no consumo de oxigênio, tolerância a
glicose e sensibilidade a insulina, menor risco de problemas articulares,
diminuição da freqüência cardíaca basal, pressão arterial e tensões do dia a
dia, manutenção do tônus muscular, controle de peso corporal, melhora da
circulação
periférica,
cardiovascular
e
melhora
das
cardiorrespiratório.
funções
Há
orgânicas
também
um
e
sistemas
aumento
da
coordenação, da agilidade, da sinestesia, da percepção, da velocidade de
ação e reação, melhora do equilíbrio e direcionalidade (NOVAIS, 2006).
Aspecto psico-social: aumento da auto-estima, auto-confiança,
independência nas atividades diárias, reintegração, sociabilização, bem estar
físico e mental, diminuição da ansiedade e depressão, valorização, se tornam
mais participativos e ativos de programas de lazer e com mais vontade de
viver (BARBOSA, 2001; ROCHA,1994; BONACHELA, 1994; SILVA E
BARROS, 1998; PIRES et al., 2002; HOWLEY, 2000).
Capacidade cognitiva: trabalhos científicos americanos mostraram
um QI (quociente de inteligência) maior em idosos praticantes de um
programa regular de atividade física. A explicação está na maior irrigação
sanguínea de todo o corpo, que obviamente também atinge o cérebro. Outra
explicação seria pela liberação de adrenalina, pelas glândulas supra-renais, a
qual é responsável pelo estado de alerta no cérebro (OLIVEIRA, 1996).
Os benefícios citados irão interferir numa melhora da qualidade de
vida para o idoso, causando uma prevenção patológica e independência
social na vida cotidiana (NOVAIS, 2006).
Pires et al., (2002), afirma que a elaboração de um programa de
atividade física para a terceira idade deve levar, basicamente, em
consideração o preparo para que o idoso possa cumprir suas necessidades
básicas diárias, ou seja, tentar impedir que este perca a sua auto-suficiência,
através da manutenção de sua saúde física e mental.
Assim, a hidroginástica trará benefícios morfológicos, orgânicos e
psicossociais, nos idosos, proporcionando-lhes uma qualidade de vida, tendo
por conseqüência, a longevidade.
CAPÍTULO IV
ESTUDO DE CASO
4
INTRODUÇÃO
Para demonstrar que a hidroginástica proporciona inúmeros
benefícios para a terceira idade como bem estar físico, mental e social,
além de prevenir várias doenças, foi realizada uma pesquisa de campo na
academia RH fitness Acqua na cidade de Pirajuí, após aprovação do
comitê de ética, onde foram utilizados os seguintes métodos:
Foi observado, analisado e acompanhado o desenvolvimento das
sessões de hidroginástica em mulheres acima de 60 anos de idade na
academia Rh Fitness Acqua na cidade de Pirajuí onde cinco mulheres
escolhidas aleatoriamente responderam um questionário com o intuito de
analisar os motivos pelos quais elas iniciaram a prática de hidroginástica e
quais os resultados obtidos após três meses.
As técnicas utilizadas neste estudo foram:
Roteiro de estudo de caso (apêndice A);
Roteiro de entrevista (apêndice B);
Roteiro de entrevista para educador físico (apêndice C);
Termo de Consentimento para as alunas (apêndice D).
4.1
Estudo de caso
Na academia Rh Fitness Acqua que fica na cidade de Pirajuí, as
sessões de hidroginástica duram 50 minutos e as alunas utilizam acqua
tubo, halteres, pranchas, caneleiras, bastões, bola e cama elástica durante
as sessões.
A piscina da academia de Pirajuí tem 12,5 metros de comprimento
por 8,00 metros de largura e 1,30 metros de profundidade, uma sala de
máquina com filtro e um aquecedor, dois vestiários sendo um masculino e
um feminino com dois chuveiros em cada um.
Durante as sessões os professores utilizam diversos materiais como
halteres, acqua tubo, bolas, bastões.
Os profissionais que ministram as sessões de hidroginástica se
resumem em dois e também dão aulas de natação.
As alunas afirmaram estar satisfeitas com os resultados através da prática
regular de uma atividade física como a hidroginástica pois além de estarem
cuidando de doenças já causadas pela idade, estão se prevenindo de
outras que podem surgir.
4.2
Considerações sobre o caso
O rendimento das alunas observadas se relacionam às sessões de
hidroginástica realizadas com um aumento da aptidão física, mobilidade
articular, equilíbrio, coordenação motora, flexibilidade, força e resistência
muscular.
Os resultados dos exercícios aplicados foram avaliados através do
questionário respondido pelas alunas e observação das sessões no
período de três meses.
As alunas acompanhadas praticam hidroginástica há no mínimo seis
meses, freqüentando as sessões duas vezes por semana com duração de
50 minutos. Dentre as alunas entrevistadas, apenas duas levavam uma
vida totalmente sedentária, as outras praticavam outras atividades físicas
regularmente como musculação e pilates. As alunas relataram que houve
um grande aumento da auto-estima e sociabilidade.
A professora de educação física da academia Rh Fitness Acqua de
Pirajuí sente- se realizada por seu programa de hidroginástica, pois é
notável a mudança de suas alunas no diversos aspectos em pouco tempo
e a gratidão delas por serem proporcionadas a esses benefícios.
4.3
Discussão
O presente estudo mostra que um programa regular de atividade física
como a hidroginástica pode trazer muitos benefícios para a saúde das
pessoas, principalmente dos idosos.
Para Novais (2006), a prática desta atividade traz um aumento da
amplitude articular, aumento de força, aumento da densidade óssea, melhora
do consumo de oxigênio, diminui o risco de doenças articulares, diminui a
pressão arterial, além de controlar o peso corporal e melhorar os sistemas
cardiovascular e cardiorrespiratório.
Oliveira (1996), afirma que a atividade física aumenta a irrigação
sanguínea do corpo todo inclusive no cérebro, o que explica um aumento
também da capacidade cognitiva.
Tais benefícios interferem na qualidade de vida do idoso, prevenindo
de patologias e trazendo independência na vida social (NOVAIS, 2006).
4.4
Parecer final sobre o caso
Conclui-se que um programa de hidroginástica proporciona diversos
benefícios para a terceira idade, mas os indivíduos praticantes desta
atividade física precisam praticar regularmente para obter tais benefícios.
Por ser uma atividade física segura, diminuindo o risco de lesões e
poupando as articulações, a hidroginástica é cada vez mais procurada e
geralmente quem pratica esta atividade, dificilmente pára. Os indivíduos
que seguem um programa de atividades físicas regularmente obtém uma
grande melhora na qualidade de vida.
Proposta de intervenção
Levando em consideração as informações obtidas, propomos:
a) avaliações mais freqüentes para se informar sobre a melhora no
desempenho físico das alunas e os benefícios proporcionado à elas.
b) Acesso à hidroginástica para aqueles que necessitam desta atividade
e não possuem condições.
c) Incentivo aos professores de educação física do local para se
atualizarem e transmitirem para os alunos, a fim de melhorar cada vez
mais as sessões de hidroginástica.
CONCLUSÃO
Neste estudo foi observado que conforme o ser humano envelhece,
ocorre no organismo diversas alterações funcionais como alteração das
capacidades físicas, anátomo-fisiológicas, psico-social e cognitiva que
podem ser retardadas através de exercícios físicos como a hidroginástica,
considerando que a atividade física na terceira idade não é só importante
para aumentar as capacidades físicas e prevenir doenças, mas também
para livrar-se das depressões e melhorar o convívio com a sociedade.
O idoso que pratica qualquer atividade física se envolve com
pessoas da mesma idade e características, sentindo-se mais aceito por
essa sociedade que muitas vezes excluem essa população com idade
mais avançada.
Outro fato que deve ser enfatizado é que a hidroginástica, por ser
uma atividade praticada na água, não tem os mesmos efeitos colaterais
do que os exercícios praticados no solo, fazendo com que esta atividade
se torne cada vez mais procurada pelos idosos. Porém um programa de
hidroginástica para a terceira idade deve ser moderado, progressivo e
com exercícios adequados as necessidades individuais do grupo.
No entanto, cabe ao educador físico avaliar o idoso antes de iniciar
um programa de atividades físicas e respeitar as recomendações
médicas.
REFERÊNCIAS
AVELA J, HEIKKI K, KOMI, PV. Altered reflex sensitivity after repeated
and prolonged passive muscle stretching. J Appl Physiol, 1986.
ACHOUR, J.A. Estilo de vida e dor na coluna lombar; uma resposta dos
componentes de aptidão física relacionado à saúde. Revista Brasileira de
atividade Física e Saúde 1999; 1(1):36-56.
ALTER, MJ. Science of Stretching. Champaign, IL. Human Kinetics 1996.
APELL, H. J.; MOTA, J. Desporto e envelhecimento. Revista Horizonte,
São Paulo, n. 44, p. 43-46, 1991.
ALVES, J.A.N.R et al. Envelhecimento Normal, 2005. Disponível em:
www.cristina.prof.ufsc.br/seminarios_2005_1/envelhecimento_2005_1.doc;
acesso em:17/06/2008.
ALVES, R.V. et al. Aptidão física relacionada à saúde de idosos. In: Rev
Bras Med Esporte, Vol. 10, Nº 1 – Jan/Fev, 2004.
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. A quantidade e a
qualidade de exercícios recomendados para o desenvolvimento e
manutenção da aptidão física em adultos sadios. Revista brasileira de
ciência do esporte. São Paulo, 1 (3): 05-10, 1980.
AQUINE, S.N. et al. Atividades Físicas e Culturais para 3ª idade, IN:
Revista Mineira de Educação Física, Universidade Federal de Viçosa –
departamento de educação física, vol 10, 2002.
ARAÚJO, C.G.S. Body flexibility profile from childhood to senior. Med
Sci Sports Exercise, 1998.
AVELÃ. J; HEIKKI, K.; KOMI P.V. Altered reflex sensitivity after repeated
and prolonged passive muscle stretching. J Appl Physiol 1986.
BACH, C.M.; BERESFORD, H. Intervenção profissional, avaliação da
possibilidade de intervenção do profissional de educação física, em
uma pratica preventiva de saúde, nos níveis secundário e terciário,
dentro de um enfoque legal, moral e epistemológico. Fitness e
Performance Vol 2, 2003.
BASSEY E.J. et al. Flexibility of shoulder joint measured as range of
bduction in a large representative of men and women over 65 years of
age. Eur J Appl Physiol 1989;58: 353-360.
BARBOSA, J.H.P. Educação física em programas de saúde. In curso de
extensão universitária Educação Física na Saúde. Centro Universitário
Claretiano: São Paulo, 2001.
BARRETA, R. Understanding water exercise target heart rate. The Akwa
letter, 1996.
BAUMGARTNER, R. et al. Epidemiology of sarcopenia among the elderly
in New México. Am j epidemiol, 1998.
BENHARDI, M.R. Envelhecimento: aspectos bioquímicos e funcionais
do sistema nervoso central. Revista chilena de neuro psiquiatria, 2005.
BONACHELA, V. Manual Básico de Hidroginástica. Sprint ltda, 1994.
BORGE, M.J.N.; HERNÁDEZ, M.G.; EGEA,
envelhecimento. 2º edição. Masson, 1999.
M.P.T.
Processo
de
BRAVO, G. et al. A weigth bearing, water based exercise program for
osteopenic wome: the impact on bone, functional fitness and wellbeing. Arch Phys Med Rehabil. 78, 1997.
CAMPOS, L.S.I. Hidroginástica: um programa prático. Belém: Cejup,
1991.
CAMPOS, L.S.I.; POPOV, N.S. Exercício físico em terra e água: uma
proposta de prevenção e reabilitação. Belém: Supercore, 1998.
CANÇADO, F.A.X.; HORTA, M.L. Envelhecimento cerebral. Rio de Janeiro.
Guanabara koogan, 2002.
CARDOSO, S.A. O processo de envelhecimento do sistema nervoso e
possíveis influências da atividade física, 2007.
Disponível em: www.uepg.br. Acesso em: 13/06/2008.
CAROMANO, F.A.; THEMUDO, M.R.; CANDELORO, J.M. Efeitos
fisiológicos da imersão e do exercício na água. Fisioterapia Brasil, v.4,
n.1, 2003.
CLETO, Ilda. A Influência da Atividade Física na Manutenção Óssea no
Processo de Envelhecimento. Disponível em Pep- programa de Educação
Postural,2002.
COOPER, K. H. Método Cooper - Aptidão física em qualquer idade. 7ª
edição. Rio de Janeiro. Entre livros cultural, 1978.
COOPER, K. H. O programa aeróbico para o bem estar total. Rio de
Janeiro. Nórdica, 1982.
CORBIN, C.B.; NOBLE, L. Flexibility: A major component of physical
fitness. J Physical Education and Recreation 1980;51(6):23-24.
COSENZA, P. I. C. Influência do volume de uma atividade aeróbia de
intensidade moderada no desempenho subseqüente de força. Disponível
em: http://web.ugf.br/lires/volu.htm Acesso em 23 de maio de 2002
(publicado em 2001).
CURIATI, J. A. E.; ALENCAR, Y. M. G de. Aspectos da Propedêutica do
Idoso. São Paulo: Atheneu, 2000.
DENADAI, B.S.; ROSAS, R.; DENADAI, M.L.D.R. Limiar aeróbio e
anaeróbio na corrida aquática: comparação com os valores obtidos em
pista. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. V.2, n.1, 1997.
DIAS, K.V.; SCHWARTZ, G.M. O lazer na perspectiva do indivíduo idoso,
2005. Disponível em: www.efdeportes.com. Acesso em: 13/06/2008.
DI MASI, F. Hidro: propriedades físicas e aspectos fisiológicos. Sprint,
2000.
DUMAZEDIER, J. Lazer e cultura popular. São Paulo: Perspectiva, 1976.
ETCHEPARE, L. S. et al. Terceira Idade: aptidão física de praticantes de
hidroginástica. Buenos Aires: Revista Digital, 2003;
ETCHEPARE, L.S. Terceira idade: aptidão física de praticantes de
hidroginástica, 2003. Disponível em: www.efdeportes.com. Acesso em:
09/06/2008.
ETTINGER, W. et al. A randomized trial comparing aerobic exercise and
resistance exercise with a health education program in older adults with
knee osteoarthritis. Jama, 1997.
FARO J.R. et al. Alterações fisiológicas e atividade na terceira idade:
envelhecimento e função fisiológica. Âmbito Medicina Desportiva. São
Paulo, v. 04, p.17-22, 1996.
FENECH, M. Chromosomal damage rate, aging, and diet. Towards
prolongation of the healthy life span. New York: new York academy of
sciences, 1998.
FERRARI, E.A.M. et al. Plasticidade neural, 2001.
FETTER, C.; SPERB, M.; PEREIRA, W. A. Principais respostas
cardiorrespiratórias ao treinamento aeróbico. Porto Alegre, 1994.
(Monografia, ESEF- UFRGS).
FLECK, S. J. E KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força
muscular. 2ª edição. Porto Alegre: Editora Artmed, 1999.
FRONTERA, W. R., DAWSON, D. M. E SLOVIK, D. M. Exercício físico e
reabilitação. Porto Alegre: Editora Artmed, 2001.
FUKUKAWA et al. Age differences in the effect of physical activity on
depressive symptoms. Psychology, 2004.
GEORGE, L. K.
Fatores sociais e econômicos relacionados aos
transtornos psiquiátricos do idoso. Porto Alegre: Artmed, 1999.
GLEIM, G.W.; MAHUGH, M.P. Flexibility and its effects on sports injury
and performance. Sports Medicine 1997;24(5):289-299.
GRAVELINE, D.E. et al. Psychobiolgic effects water- immersion- induced
hypodynamics. Aerospace medicine. V.32, n.5, 1961.
GUETHS, M. As características e precrições de um exercício aeróbio,
2003. Disponível em: www.efdeportes.com. Acesso em: 09/06/2008.
HARMAN, D. Aging: phenomena and theories. Towards prolongation of
the healthy life span. New York: New York academy of sciences, 1998.
HAUSDORFF, J. M., MIRIAM E. N., KALITON,D., LAYNE, J. E.,
BERNSTEIN, M. J., NUERNBERGER, A. AND SINGH, M. A. F. Etiology and
modification of gait instability in older adults: a randomized controlled
trial of exercise. In.: J Appl Physiol 90, pp. 2117-2129, 2001.
HAYFLICK, I. Como e porque envelhecemos. Campus, 2º edição, 1997.
HOLLIDAY, R. Causes of aging. Towards prolongation of the healthy life
span. New York: new York academy of sciences, 1998.
HOLLMANN, W. & HETTINGER, Th. Medicina do esporte. Rio de janeiro.
Manole, 1983. p.298-385.
HOWLEY, E.T.; POWERS, S.K. Fisiologia do exercício: Teoria e
aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 3º edição. São Paulo:
Manole, 2000.
JENKINS, M. Introdução a monitores de freqüência. Disponível em:
http://www.vivaesporte.com.br/artigos/tein2.cfm Acesso em 13 de maio de
2002 (publicado em 2000).
LEITE, P. F. Aptidão física esporte e saúde: prevenção e reabilitação.
2°ed., São Paulo: Robe, 1990.
LEITE, P. F. Exercício, envelhecimento e promoção de saúde. Belo
Horizonte: Health, 1996.
LEXELL, J. Evidence for nervous system. Journal of Nutrition – American
society for nutritional sciences, 1997.
LOPES, A.S. A influência da atividade física aeróbica continua versus
intermitente sobre a composição corporal e atividade física de
universitários. Santa Maria, 1987. (Dissertação de mestrado, ESEF- UFSM)
p. 18-26.
MARQUES, A. A prática de atividade física nos idosos: as questões
pedagógicas. Horizonte. Portugal, v. 08, n. 74, p. 11-17, 1996.
MARQUES, J.; PEREIRA, N. Hidroginástica: exercícios comentados:
cinesiologia aplicada à hidroginástica. Rio de Janeiro: Pereira, 1999.
MARTUS, Daniela Avezum. A caminhada como atividade física para
indivíduos obesos. 2001 disponível em: www.coperativadofitness.com.br.
Acesso em: 19 novembro 2006.
MATSUDO, S. M., MATSUDO, VICTOR K. R. Prescrição de exercícios e
benefícios da atividade física na terceira idade. Revista Brasileira de
Ciências e Movimento. São Caetano do Sul, v. 05, n. 04, p. 19-30, 1992.
MATSUDO, S. M.; MATSUDO, V. Prescrição e benefícios da atividade
física na terceira idade. Revista Horizonte, São Paulo, n. 54, p. 221-228,
1993.
MATSUDO, S. M.M. Envelhecimento e atividade física. Londrina:
Midiograf, 2000.
MAZO, G. Z. et al. Tendência a estados depressivos em idosos
praticantes de atividade física. Rev. Brás. Cine. Des. Hum, 2005.
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I. & KATCH, V. L. Fisiologia do exercício:
energia, nutrição e desempenho humano. 4ªedição. Rio de Janeiro.
Guanabara Koogan, 1998.
MEIRELES, M.E.A. Atividade física na melhor idade. 2º edição. Rio de
Janeiro: Sprint, 1999.
MENDONÇA, A.C.L.A. Efeito da ginástica da hidroginástica sobre a
aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas. Brasília: UCB,2002.
MONTEIRO, C. S. A influencia da nutrição, da atividade física e do bemestar em idosas. Florianópolis: Programa de pós-graduação em engenharia
de produção, 2001.
MORA , E.; PORRAS, A. Processos involuntários do sistema nervoso.
Manual de neurociência. Madri: Sintesis, 1998.
MORAGÁS,R. M. Gerontologia Social. Envelhecimento e qualidade de
vida. São Paulo: Paulinas, 1997.
MORLEY, A. Towards prolongation of the healthy life span. New York
Academy of Sciences: New York, 1998.
NOVAIS, G.R. A importância da hidroginástica na promoção da
qualidade
de
vida
em
idosos.
Disponível
em:
www.cdof.com.br/idosos4.htm. Acesso em:09/06/2008.
OLIVEIRA, O. de. Perguntas e Respostas em atividade física. São Paulo,
1996.
OLIVEIRA, R.J.; FURTADO, A.C. Envelhecimento, sistema nervoso e o
exercício físico. Disponível em: www.efdeportes.com. Acesso em:
09/06/2008.
PARISOTTO, Maria Cristina. A influencia da atividade física sobre
doenças crônico-degenerativas em idosas, 17º congresso Internacional de
Educação Física – FIEP, 2002.
PICKLES, B., ANN, C., JANET, C. C. S. AND VANDER, V. A. Fisioterapia
na terceira idade. 1ª edição. São Paulo: Editora Livraria Santos, 1998.
PIKUNAS, J. Desenvolvimento humano: uma ciência emergente. São
Paulo, 1979.
PIRES, T. S.; NOGUEIRA, J. L.; RODRIGUES, A.; AMORIM, M. G.;
OLIVEIRA, A. F. A recreação na terceira idade. http://www.cdof.com.br/
09/06/2008
POLLOCK, M.L.& WILMORE. Exercícios na saúde e na doença: avaliação
e prescrição para prevenção e reabilitação. 2ª edição. Rio de Janeiro.
Medsi, 1998.
RAMOS, A.T. Atividade física – diabéticos, gestante, 3º idade, crianças,
obesos. Rio de Janeiro: Sprint, 1997.
REQUIXA, R. Sugestões de diretrizes para uma política nacional de
lazer. SESC. São Paulo, 1980.
ROBERTS J.M., WILSON K. Effect of stretching duration on active and
passive range of motion in lower extremity. British J Sports Med
1999;33:259-263.
ROCHA, J.C.C. Hidroginástica teoria e prática. 2º edição. Rio de Janeiro:
Sprint, 1994.
ROCHA, J.C.C. Hidroginástica: Teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint,
1999.
RONDON et al. Exercício físico e insuficiência cardíaca. Disponível em:
http://www.socesp.org.br/publish-revista/pag/1.20.17.1.html
Acesso
em
20/06/2008 (publicado em 2000).
ROUBENOFF, R. Origins and clinical relevance of sarcopenia. Can j appl
physiol, 2001.
RUOTI, R.G.; TROUP, J.T..; BERGER, R. The effects of nonswimming
water exercises on older adults. Jostp. V.19, n.3,1994.
SCHALLERT, T.; WOODLE, M.T. Brain dependent movements and
cerebral spinal connections. Journal of rehabilitation research and
development, 2003.
SHEPHARD, R. J. Currents theories of aging. Champaing:human kinetics,
1997.
SHRIER, I.; GOSSAL, K. Myths and truths of stretching. The Physician
and Sportsmedicine 2000.
SILVA, E.A.V. Pequena enciclopédia do esporte. Rio de Janeiro: Cátedra,
1987.
SILVA, R.S. Benefícios da atividade física na melhor idade, 2004.
Disponível em: www.efdeportes.com. Acesso em: 17/06/2008.
SIQUEIRA. Atividade física como perspectiva no desenvolvimento
motor em crianças de 9/11 anos. 2002.
SKINNER, A.T.; THOMSON, A.M. Duffield: exercícios na água. São Paulo:
Manole, 1985.
SKINNER, J. S. Prova de esforço e prescrição de exercícios. Rio de
Janeiro: Revinter, 1991.
SOVA, R. Hidroginástica na terceira idade. São Paulo: Manole, 1994.
SPIRDUSO, W. Physical dimensions of aging. Champaign: human
kinetics,1995.
STOPPE, J. A.; LOUZÃ, N. M. R. Depressão na terceira idade:
apresentação clínica e abordagem terapêutica. São Paulo: Lemos,2004.
TAHARA, K.A.; TAHARA, K.A.; SANTIAGO, P.R.D. As atividades aquáticas
associadas ao processo de bem estar e qualidade de vida. Revista
Digital,
ano.11,
n.103,
Buenos
Aires,
2006.
Disponível
em:
www.efdeportes.com. Acesso em: 09/06/2008.
TAYLOR, D.C.; DALTON, J.D.; SEABER, A.V.; GARRETT, W.E.
Viscoelastic properties of muscle tendon units. The biomechanical
effects of stretching. The American Journal of Sports Medicine
1990;18(3):300-308.
VASIJEV, I.A. Ginástica Aquática. Jundiaí: Ápice, 1997.
VUORI, I. Exercise and physical health musculoskeletal health and
functional capabilities. Res Q Exerc Sport, 1995.
WEINECK, J. Idade e esporte. Biologia do esporte. São Paulo:
manole,1991.
YAZBEK, P.; BATTISTELLA, L. R. Condicionamento físico: do atleta ao
transplantado. São Paulo: Sarvier, 1994.
APÊNDICES
APÊNDICE A – ROTEIRO PARA ESTUDO DE CASO
1
INTRODUÇÃO
Sabendo que a hidroginástica é um excelente exercício físico, ela
também pode auxiliar na melhora da qualidade de vida do idoso.
2
RELATO DO TRABALHO REFERENTE AO ASSUNTO ESTUDADO
A)
Na Rh fitness acqua que fica na cidade de Pirajuí, são ministradas
sessões de hidroginástica de 50 minutos onde os alunos utilizam acqua
tubo, halteres, pranchas, caneleiras, bastões, bolas e cama elástica para
participarem das sessões.
B)
Os proprietários, profissionais de educação física e clientes estão
satisfeitos com o trabalho realizado nas sessões de hidroginástica, pois
além de estarem cuidando de doenças já causadas pela idade, estão se
prevenindo de outras que podem surgir.
3
DISCUSSÃO
Foi analisado no período 3 meses a reação de algumas alunas
durante as sessões de hidroginástica, seu comportamento e sua auto –
estima antes e depois das sessões.
O objetivo da pesquisa foi demonstrar que a hidroginástica
proporciona melhora na qualidade de vida do idoso.
4
PARECER FINAL SOBRE O CASO
Esta pesquisa demonstrou que a hidroginástica, através de seus
benefícios pode proporcionar melhora na qualidade de vida do idoso.
APÊNDICE B – ROTEIRO DE ENTREVISTA
Nome:
Documento de Identidade:
Sexo:
Data de Nascimento:
Endereço:
Cidade:
CEP:
Telefone
CPF:
1. Há quanto tempo você pratica hidroginástica?
2. Porque motivo você procurou esta atividade?
3. Caso tenha sido por motivo patológico, qual e se obteve resultados?
4. Você teve melhora no condicionamento físico com a hidroginástica?
5. Quais benefícios adquiriu praticando esta atividade?
6. Além da hidroginástica, você pratica outro tipo de atividade física?
APÊNDICE C – ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA O EDUCADOR
FÍSICO
Nome:
Local de Trabalho:
Exerce profissão: (
Há quanto tempo:
) sim (
) não
1. Quais os benefícios da hidroginástica para a terceira idade?
2. A hidroginástica pode ser eficiente na terceira idade?
3. Além dos benefícios físicos, a hidroginástica pode influenciar em
outros aspectos do idoso?
APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO
TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL
1. Nome do Paciente:
Documento de Identidade nº
Sexo:
Data de Nascimento:
Endereço:
Cidade
Telefone
U.F.
CEP:
1. Responsável Legal:
Documento de Identidade n
Sexo
Data de Nascimento:
Endereço
Cidade
U.F.
Natureza (grau de parentesco, tutor, curador, etc.):
II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA
1. Título do protocolo de pesquisa:
Hidroginástica na terceira idade
2. Pesquisador responsável:
Kátia Maíra Câmara Moreira Paccola
Cargo/função:
Inscr.Cons.Regional:
professor
044861-G-SP
Unidade ou Departamento do Solicitante:
Educação Física
3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como
conseqüência imediata ou tardia do estudo).
x SEM RISCO
RISCO MÍNIMO
RISCO MÉDIO
MAIOR
3. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar):
Descrever as características e benefícios da hidroginástica
RISCO
4. . Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação dos
procedimentos que são experimentais: (explicitar)
Será feito um questionário aos participantes das aulas de hidroginástica, para estabelecer
possíveis características e benefícios da hidroginástica.
6. Desconfortos e riscos esperados: (explicitar)
Ausentes.
7. Benefícios que poderão ser obtidos: (explicitar)
A descrição dos benefícios que a hidroginástica poderá trazer aos seus praticantes.
8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo: (explicitar)
ausentes.
9. Duração da pesquisa:
Abril a setembro.
10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise de projetos de
pesquisa em
/
/
III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU
REPRESENTANTE LEGAL
1. Recebi esclarecimentos sobre a garantia de resposta a qualquer pergunta, a qualquer dúvida
acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa e o
tratamento do indivíduo.
2. Recebi esclarecimentos sobre a liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e
deixar de participar no estudo, sem que isto traga prejuízo à continuação de meu tratamento.
3. Recebi esclarecimento sobre o compromisso de que minha identificação se manterá
confidencial tanto quanto a informação relacionada com a minha privacidade.
4. Recebi esclarecimento sobre a disposição e o compromisso de receber informações obtidas
durante o estudo, quando solicitadas, ainda que possa afetar minha vontade de continuar
participando da pesquisa.
5. Recebi esclarecimento sobre a disponibilidade de assistência no caso de complicações e danos
decorrentes da pesquisa.
Observações complementares.
IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido(a) pelo
pesquisador, conforme registro nos itens 1 a 6 do inciso III, consinto em
participar, na qualidade de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no
inciso II.
________________________________
Assinatura
____________________________________
Testemunha
Nome .....:
Endereço.:
Telefone .:
R.G. .......:
____________________________________
Testemunha
Nome .....:
Endereço.:
Telefone .:
R.G. .......:
Local,
/
/
.
Download

TCC DEFINITIVO UNISALESIANO MARIANA