Ensino Fundamental –
Diretrizes e Referenciais
Curriculares Nacionais:
algumas reflexões
Profa. Antônia
Ferreira Nonata
Profa. Denise Silva
Araújo
Ensino Fundamental na Lei
5692/71 – ensino de primeiro grau
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Objetivos do ensino de primeiro e segundo
graus: proporcionar ao educando a formação
necessária para o desenvolvimento de suas
potencialidades, como elemento de autorealização, qualificação para o trabalho e
preparo para o exercício consciente da
cidadania
Duração: 08 anos e mínimo de 720 dias letivos
Idade mínima: sete anos
Obrigatório dos sete aos quatorze anos
Currículo do ensino de primeiro e
segundo graus
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Composto por: núcleo comum e
parte diversificada
Conteúdos do Núcleo comum e os
mínimos das habilitações
profissionais – definidos pelo CFE
Matérias da parte diversificada
fixados pelos Conselhos de
Educação para cada sistema de
ensino
Currículo pleno: formação geral e
formação especial
Currículo do ensino de primeiro e
segundo graus
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No ensino de primeiro grau, formação geral
exclusiva, nas séries iniciais, e predominante,
nas finais
No ensino de segundo grau, formação especial
predominante
Objetivo da formação especial: sondagem de
aptidões e iniciação para o trabalho, no primeiro
grau, e habilitação profissional, no segundo grau
Obrigatoriedade da Orientação educacional e
vocacional
Reformas educacionais Popkewitz
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Administração da liberdade
individual, dos sentimentos, “da
alma”
Escola: aparato de regulação,
classificação e monitoração da
criança (Foucault)
Discurso da pedagogia e das
ciências modernas substituiu o
discurso religioso
Revisitaram também a identidade
do professor
Exclusão pela inclusão
Parâmetros Curriculares Nacionais
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Por que apesar de existir
uma política nacional de
livro didático, de formação
de professores, de
definição de currículo, da
existência de um sistema
nacional de avaliação, as
políticas públicas têm tão
pouca ressonância no chão
da escola?
Ivor Goodson – Currículo: teoria e
história
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Campo do currículo: disputa
de território e de prestígio
entre as diferentes áreas do
saber
Dificuldade de construir uma
coerência e consistência
interna no currículo
Consenso precário – críticas
dos grupos de oposição
Kliebard – vitória transitória
Campo da cultura
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Michael Apple - Questiona a idéia de um
currículo nacional
Idéia de coesão nacional – equivocada (Richard
Johnson)
Correia - conflito entre o instituinte e o instituído:
professor consumidor das reformas, que
passam por muitos intermediários
Bernstein – processos de recontextualização
sucessivos: transformação dos discursos
Diferentes interferências: desde interesses
editoriais até as políticas de regulação
pedagógica
Professores “filtram” conhecimentos
disciplinares, pedagógicos e curriculares
Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Básica- SAEB
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Objetivo declarado: gerir e organizar
informações sobre a qualidade, a equidade e a
eficiência da educação nacional
Baixos índices – Fracasso escolar
Popkwitz e Lindblad – estatísticas vem servindo
para definir os problemas e as reformas
educacionais
O agrupamento de pessoas por meio de
agregados estatísticos – forma de normalização
Bourdieu – exclusão pela inclusão: diplomas
desvalorizados, decepção coletiva
Fracasso escolar
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Charlot – tema tão popular que é aceito da maneira
colocada pelas mídias
Remete a vários desafios colocados à educação
escolar: aprendizado, eficácia do trabalho docente,
serviço público, igualdade de oportunidades, crise nos
modos de viver e pensar, formas de cidadania;
Não existe fracasso escolar, mas alunos que fracassam
Necessidade de compreender as relações que as
pessoas estabelecem com o saber, que implicam em
sua relação com as outras pessoas e com o mundo
Relações temporais e sociais
Conclusão: SAEB revela muito pouco sobre o
desempenho dos alunos
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Parâmetros e Diretrizes Curriculares para o Ensino