A Reta - Equação vetorial da reta → Considere um ponto A(x1, y1, z1) e um vetor não nulo v = (a, b, c). Existe uma única reta → que passa por A e é paralela a v . r P A → → → → → P(x, y, z) ∈ r ⇔ AP // v ⇒ AP = t. v ⇒ P – A = t. v ⇒ P → → = A + t. v Equação vetorial v OBS: 1) (x, y, z) = (x1, y1, z1) + t. (a, b, c) → 2) v é o vetor diretor da reta t é o parâmetro Equações Paramétricas da reta Como vimos, temos que: (x, y, z) = (x1, y1, z1) + t.(a, b, c) (x, y, z) = (x1 + t.a, y1 + t.b, z1+ t.c) então: x = x1 + t.a y = y1 + t.b equações paramétricas da reta. z = z1 + t.c Equações simétricas da reta Vimos que x = x1 + t.a y = y1 + t.b z = z1 + t.c x − x1 =t a y − y1 =t b z − z1 =t c ⇒ isolando t em todas as equações, temos: então: x − x 1 y − y1 z − z1 , equações simétricas da reta. = = a b c 1 Exemplos: 1) Descreva a equação vetorial, as equações paramétricas e simétricas de uma reta que → passa pelo ponto A(1, -1, 4) e tem direção do vetor v =(2, 3, 2): equação vetorial: r: (x, y, z) = (1, -1, 4) + t.(2, 3, 2) equações paramétricas: x = 1 + 2.t r: y = -1 + 3.t z = 4 + 2.t equações simétricas: x − 1 y − (−1) z − 4 = = 2 3 2 OBS1: Se desejarmos obter pontos de r é só atribuir valores para t. OBS2: Será que (5, 5, 8) ∈ r? (5, 5, 8) – (1, -1, 4) = t. ( 2, 3, 2) (4, 6, 4) = t. (2, 3, 2) t=2 Exemplo: Se r passa por A(1, 0, 1) e B(0, 2, 0), então: a) Achar as equações vetoriais, paramétricas e simétricas de r; → vetorial: (x, y, z) = A + t. AB ⇒ (x, y, z) = (1, 0, 1) + t. (-1, 2, -1) paramétrica: x=1–t y = 2.t z=1–t simétrica: x −1 y − 0 z −1 = = −1 2 −1 b) Determinar o ponto de r cuja abscissa é 4: x = 4 ⇒ 4 = 1 – t ⇒ 4 – 1 = -t ⇒ t = -3 y = -6 z = 1 + 3 = 4 ⇒ (x, y, z) = (4, -6, 4) c) Verifique se (1, 1, 1) ∈ r: 1 = 1- t ⇒ t = 0 1 = 2.t ⇒ t ≠ 0 1=1–t ⇒ t=0 ∴ (1, 1, 1) ∉ r. d) Escrever as equações paramétricas da reta s que passa por C(1, 2, 3) e é paralela a r: → Se s // r ⇒ os vetores diretores são os mesmos ⇒ v 1 = (-1, 2, -1) 2 ⇒s: x=1–t y = 2 + 2.t z=3–t OBS: r → A e B definem a reta r e o vetor diretor é AB . B A Exemplo: Escreva a equação vetorial da reta r que passa pelo ponto médio M do segmento → AB e que tem vetor diretor v = (1, 0, -1), sendo A = (1, 1, 3) e B = (3, 1, 0). M = A + B = (4,2,3) = (2, 1, 3/2) 2 2 r: (x, y, z) = (2, 1, 3/2) + t. (1, 0, -1) Equações Reduzidas da reta Considere as equações simétricas da reta r: → x−2 y+4 z+3 , onde r é definida por A=(2, -4, -3) e v =(1,2,-3). = = 1 2 −3 x−2 y+4 x−2 z+3 e = = 1 2 1 −3 r: 1.(y + 4) = 2.(x - 2) 1.(z + 3) = -3.(x - 2) y + 4 = 2.x – 4 z + 3 = -3.x + 6 y = 2.x – 4 – 4 z = -3.x + 6 – 3 y = 2.x – 8 z = -3.x + 3 ∴ y = 2.x – 8 z = -3.x + 3 , são as equações reduzidas da reta. OBS: As equações reduzidas na variável x serão sempre da forma: y = mx+n z = px+q 3 Exemplos: 1) Verifique se r = s: r: x = 1 - λ y = 2 + 2. λ z=1+λ s: x = 1 – ½.α y=2+α z = 1 + ½.α , λ ∈ℜ , α∈ℜ → 1º) vetor diretor de r: (-1, 2, 1) = vetor diretor de s: ( -1/2, 1, 1/2) = v → → u u // v , , onde → pois (-1, 2, 1) = 2.(-1/2, 1, 1/2) e o é o mesmo. Então r = s. ponto 2º) Dê 2 vetores diretores e 4 pontos distintos da reta r que tem equação vetorial x = (1, 2, 0) + λ.(1, 1, 1) , λ ∈ℜ → P = (1, 2, 0) λ=0 P = (2, 3, 1) λ=1 v =(2, 2, 2) → v =(3, 3, 3) OBS: 1) r ⊥ s ⇔ v1 ⊥ v2 ( v1 . v2 = 0) Ex: r1: y = -2.x +1 z = 4. x r2: x = 3 – 2. t y=4+t z=t x=t y = 1 – 2.t z = 0 + 4.t v2 = (-2, 1, 1) v1 = (1, -2, 4) ∴ v1 . v2 = (1, -2, 4) . (-2, 1, 1) = - 2 – 2 + 4 = 0 ∴ r1 ⊥ r2 2) Reta ortogonal a duas retas: A condição de ortogonalidade entre r1 e r2 é a mesma dos vetores 𝑣𝑣⃗1 = (𝑎𝑎1 , 𝑏𝑏1 , 𝑐𝑐1 ) e 𝑣𝑣⃗2 = (𝑎𝑎2 , 𝑏𝑏2 , 𝑐𝑐2 ), isto é: 𝑣𝑣⃗1 . 𝑣𝑣⃗2 = 0 ou 𝑎𝑎1 . 𝑎𝑎2 +𝑏𝑏1 . 𝑏𝑏2 + 𝑐𝑐1 . 𝑐𝑐2 = 0, então as retas são ortogonais. 4 Exemplo: As retas seguintes são ortogonais. y=3 r1 : x − 3 z + 1 8 = − 6 e r2 : x y +1 z − 3 = = 3 5 4 Resolver. Para determinar uma reta que passa por A e é ortogonal à r1 e r2, devemos encontrar v (vetor diretor da reta ortogonal) tal que: v = v1 x v2 Ex: Determinar as equações paramétricas da reta r que passa pelo ponto A=(3,4,-1) e é ortogonal às retas: r1: (x,y,z) = (0,0,1)+t(2,3,-4) e Daí tiramos que 𝑣𝑣⃗1 =(2,3,-4) e 𝑥𝑥 = 5 𝑟𝑟2 : � 𝑦𝑦 = 𝑡𝑡 𝑧𝑧 = 1 − 𝑡𝑡 𝑣𝑣⃗2 =(0,1,-1) Portanto a reta r tem direção de v = v1 x v2 𝑥𝑥 = 3 + 𝑡𝑡 𝑖𝑖⃗ 𝑗𝑗⃗ 𝑘𝑘�⃗ �2 3 −4�= (1, 2, 2), logo 𝑟𝑟: � 𝑦𝑦 = 4 + 2𝑡𝑡 𝑧𝑧 = −1 + 2𝑡𝑡 0 1 −1 3) Paralelismo: duas retas são paralelas se 𝑣𝑣⃗1 = (𝑎𝑎1 , 𝑏𝑏1 , 𝑐𝑐1 ) ∈ r1 e 𝑣𝑣⃗2 = (𝑎𝑎2 , 𝑏𝑏2 , 𝑐𝑐2 ) ∈ r2 são paralelos: a1 b1 c1 = = a 2 b2 c 2 �����⃗ 𝑒𝑒 𝑣𝑣⃗1 Ainda, se os vetores são paralelos e sendo A um ponto de r1 e B um ponto de r2, se 𝐴𝐴𝐴𝐴 são paralelos então r1 e r2 são coincidentes. Senão, então as retas são somente paralelas. Ex: A reta r1 que passa por A=(-3, 4 ,2) e B=(5, -2, 4) e a reta r2 que passa por C=(-1, 2, -3) e D = (-5, 5, -4) são paralelas. → → Resp: 𝑣𝑣⃗1 = AB = (8, -6, 2) e 𝑣𝑣⃗2 = CD =(-4, 3, -1), assim: 8 −6 2 = = 3 −1 −4 5 E portanto, r1 e r2 são paralelas. 4) Condição de Coplanaridade de Duas Retas A reta r1, que passa por um ponto A(x1,y1,z1) e tem a direção de um vetor v1 = (a1, b1, c1 ) , e r2, que passa pelo ponto B(x2,y2,z2) e tem a direção de um vetor 𝐴𝐴𝐴𝐴 forem coplanares, isto é, se v 2 = (a2 , b2 , c 2 ) , são coplanares se os vetores v 1 , v 2 e �����⃗ �����⃗ ). for nulo o produto misto ( v1 , v 2 , 𝐴𝐴𝐴𝐴 → v1 , v 2 , AB = a1 a2 x 2 − x1 b1 b2 y 2 − y1 c1 c2 = 0 z 2 − z1 Assim: se r1 e r2 forem paralelas, serão coplanares, isto é: a b c ( v1 , v 2 , �����⃗ 𝐴𝐴𝐴𝐴 )=0 e v1 = mv 2 ou 1 = 1 = 1 a2 b2 c 2 b) se r1 e r2 não forem paralelas, a igualdade �����⃗ )=0 ( v1 , v 2 ,𝐴𝐴𝐴𝐴 exprime a condição de concorrência dessas retas; �����⃗ ) for diferente de zero, se o determinante utilizado para calcular ( v1 , v 2 ,𝐴𝐴𝐴𝐴 as retas r1 e r2 são reversas. 6