Journey Pereira dos Santos
Egún
Poesias
1ª Edição
Alagoinhas-BA
2014.
Copyrigth©2014 Journey Pereira dos Santos
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Projeto gráfico, capa
e editoração eletrônica: Journey Pereira dos Santos
Ilustrações: Dina Garcia
Imagem da capa: foto da nebulosa de Órion - Telescópio Hubble
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Santos, Journey Pereira dos
Egún / Journey Pereira dos Santos. -- Alagoinhas/BA: 2014.
P 90.
ISBN 978-85-8196-604-5
1. Literatura brasileira 2. Literatura afro-brasileira 3. Poesia
Journey Pereira dos santos, Alagoinhas-BA.
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A quem ousar cometer a desventura de ler este suposto livro,
dedico com consternado deleite, estes parcos versos…
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Dedicatória Especial
Aos honrosos membros do MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-terra), e em especial à Dona
Gisélia Brito e aos demais moradores do Assentamento
13 de Maio, em Japaratuba-SE.
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SUMÁRIO
Prólogo
Da Essência do Além-mar
A Pedra Alada
Dos Argumentos das Lágrimas [A Retórica do Pranto]
Haicai do Vazio
O Réquiem do Sentimento Profundo
A Alétheia
A Morte da Primavera
A Epopéia do Cavaleiro Só [Perspectivas de um Andarilho]
O Etnocentrismo Ocidental [A cegueira do lado que vê]
Superfície Inversa
Haicai do Equinócio
Da Essência da Pedra
O Canto de Porongos
O Colosso de Thot
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O Sonhar
A Voz da Musa
Haicai do Inverno
Para além dos Passos...
Regresso ao Óbvio
O Eu & O Quase
Haicai da Prisão Eterna
Um Clamor
Haicai do Erro
Uma Nascente
Mors ab Idea
A Ditadura
Quimeras
Ele [O Outro]
Haicai da Saudade
Abdução
Notas do Absurdo
O Soneto do Último Dia
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Haicai da Angústia
Um Samba em Vermelho
Receita Sentimental
Caelestis Leo
Haicai da Alvorada das Flores
O Ego
Os Socialistas de Brinquedo
A Sombra
Carta aos Negros do Sul
Omòdé
Haicai Metafísico
A Fotografia [La Photographie]
A Liberdade
A Jornada
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Prólogo
Cabe-me, neste prefácio excêntrico, a onerosa tarefa de
alertar ao leitor mais distraído, que o livro que por ora se dispõe
a ler, não terá nem vestígio da cor dos seus habituais volumes de
poesia. − Creio que irá me compreender melhor, ao se deparar
com sonetos quasímodos, haicais distorcidos e com alguns
poemas livres, libertos até mesmo de sentido… Constatação que
pode lhe causar estranheza ou consternação; pois as linhas deste
impresso permeiam o impreciso, o incerto…; − passam pelo cerne
de algo que ainda carece de ser acabado… Trata-se de uma obra
modesta e deveras disforme. Mas, que no fundo traz alguns raios
de altivez; principalmente quando afronta os linguísticos
decrépitos da modernidade, ao se impor às regras vãs do novo
acordo ortográfico; devolvendo as asas ao “vôo”, restituindo a
força da “idéia” e o heroísmo da “epopéia”… − Calcado sempre
sobre a égide, considerada por muitos, de normas obsoletas…
Faz-se necessário também, ressaltar em pormenores
breves, os elementos que me levaram à escolha do título. Quanto
a isto, posso dizer que fora uma empreitada relativamente
simples, pois como se tratava da escrita de um negro baiano,
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herdeiro da cultura Nagô, nada mais digno do que escolher um
nome em Yorubá. Contudo, a alcunha teria que carregar no âmago
do seu significado, toda essência e simbologia desta marcante
ancestralidade. E eis que de imediato me veio à mente, de forma
precisa e arrebatadora, o termo Egún. Palavra que quer dizer:
desencarnado, espírito, alma; que remete à memória dos
antepassados… Assim, pode tanto gerar imenso temor, como
também profunda adoração; despertando repulsa em uns e
respeito pleno em outros… − E esta dualidade representa muito
bem o íntimo dos versos que habitam as laudas que se seguem…
Journey Pereira dos Santos.
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“Ela virá, a revolução conquistará a todos o direito não somente
ao pão, mas, também, à poesia.”
Leon Trotsky.
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