Infecção Congênita por Citomegalovírus (CMV)
como causa de perda auditiva permanente
bilateral:
Avaliação quantitativa
Congenital cytomegalovirus (CMV) infection as a cause of
permanent bilateral hearing loss: A quantitative assessment
Scott D. Grosse, Danielle S. Ross, Sheila C. Dollard
Journal of Clinical Virology 2008;41:57-78
Apresentação: Fernanda M. Oliveira R3
Coordenação: Mauro Bacas
Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa
Sul
www.paulomargotto.com.br
7/8/2008
CMV
Introdução

A infecção congênita por CMV é uma causa freqüente de perda
auditiva bilateral permanente (PBHL).

Membro da família Herpes vírus é transmitido através do
contato interpessoal com secreções corporais infectadas,
principalmente urina, saliva, sangue e secreções genitais.

Estudos realizados em países industrializados mostram uma
prevalência de CMV ao nascimento de 0,3 a 1,2%.
Introdução

Duas revisões sistemáticas relataram que uma média de 0,7%
das crianças estão infectadas com CMV ao nascimento.

Doença infecciosa perinatal mais comum e com maior
potencial em deixar seqüelas.

A perda de audição é uma seqüela comum, ocorrendo em 10 a
15% das crianças infectadas.

Supõe-se que a perda de audição ocorra em:
30 a 40% das crianças sintomáticas ao nascimento e
5 a 10% das crianças assintomáticas.
Introdução

Perda auditiva pode ser uni ou bilateral e variar de
leve a profunda em graus de intensidade.

Metade das perdas auditivas são devido a infecção
de inicio tardio ou progressiva e, não são detectadas
através da triagem neonatal da audição.

De todas as PBHL em crianças cerca de 30% foram
atribuídas ao CMV congênito.
Objetivo

Determinar a freqüência da perda auditiva neurossensorial
moderada-profunda bilateral em crianças com CMV congênito
e estimar a fração das perdas que é atribuível a CMV.
Método

Revisão sistemática de estudos realizados com crianças
portadoras de infecção congênita por CMV (diagnosticadas
através da cultura de vírus na urina ou saliva) e perda auditiva.

Revisão da literatura sobre o assunto, incluindo artigos de
todos os tipos.
Método

Estudos sobre infecção congênita por CMV e perda auditiva
incluem perda tanto uni quanto bilateral.

Em contraste, a maioria dos estudos epidemiológicos de perda
auditiva são restritos a perda auditiva bilateral permanente
(PBHL), a qual compreende 3 tipos de perda: condutiva, neurosensorial e mista.
Definição de Perda Auditiva

Existem 3 tipos de perda auditiva: condutiva,
neurossensorial e mista.
1) A perda auditiva condutiva incapacidade do ouvido
médio em transmitir o som de forma eficiente do
conduto auditivo externo para a membrana
timpânica.

A maioria é causada como resultado de infecções
ou por anomalias estruturais congênitas do ouvido
médio.
Definição de Perda Auditiva
2) A perda auditiva neurossensorial (SNHL) é resultado de dano
no ouvido interno (NA: cóclea) ou no nervo auditivo e é
permanente.
3) Uma perda mista significa que há um componente condutivo e
um componente neurossensorial.

Infecção congênita por CMV causa apenas perda auditiva
neurossensorial.
Definição de Perda Auditiva

Na maioria das pesquisas de levantamento populacional e de
impacto econômico utiliza-se um limiar de 40dB de perda
auditiva no melhor ouvido para definir perda auditiva bilateral.
Resultados
Probabilidade de SNHL

Dollard et al (2007) indentificaram 11 estudos prospectivos que
relataram SNHL em 67 de 606 crianças com infecção
assintomática (11%) e 25 de 72 crianças com infecção
sintomática (35%). Com uma média de 12,7% classificadas
como tendo infecção sintomática, a média ponderada de SNHL
foi de 14,1%.

Fowler e Boppana (2006) identificaram 8 estudos prospectivos
que relataram taxas de SNHL em 75 de 863 crianças com
infecção assintomática (8,7%) e 100 de 241 crianças com
infecção sintomática (41%).
Resultados

Os dados mais completos sobre perda auditiva entre crianças
com infecção congênita por CMV vêm de estudos conduzidos
na Universidade do Alabama, em Birmingham (UAB).

Fowler et al (1999) relataram 388 crianças com infecção
congênita por CMV no hospital da UAB no período de 19801996.
Resultados

Entre estas crianças, 57 (15%) haviam sido diagnosticadas
com SNHL com limiar de 20dB aos 72 meses de idade.

Incluindo 38 de 335 crianças assintomáticas (11%) e 19 de 53
crianças sintomáticas ao nascimento (36%).

Follow up foi importante porque apenas 59% das crianças
diagnosticadas com SNHL aos 72 meses haviam recebido este
diagnóstico com 12 meses.
Resultados

Outra análise relata um grupo de 860 crianças nascidas em
Birmingham durante 1966-1999 que foram diagnosticadas com
infecção congênita por CMV e receberam seguimento por
longo tempo.

63% nasceram no hospital da UAB (Universidade de Alabama
em Birmingham) e haviam sido diagnosticadas por triagem
neonatal; os 37% restantes haviam nascido em outros locais e
encaminhados para UAB.
Resultados

A porcentagem total de crianças com SNHL no limiar de 20 dB
diagnosticadas até a idade de 15 anos foi de 15%, incluindo 48
de 651 crianças assintomáticas(7,4%) e 85 de 209 crianças
sintomáticas (41%).

Entre as 437 crianças com CMV que nasceram no hospital da
UAB no período de 1985 – 2002 e que tiveram seguimento
audiológico, 14% receberam o diagnóstico de SNHL.

Estes achados são similares àqueles relatados por Fowler et al
(1999) para os nascimentos de 1980-1996.
Resultados

A distribuição dos casos de SNHL em infecções congênitas por
CMV por lateralidade e limiar de perda auditiva não é clara.

Entre os estudos da UAB, Hicks et al (1993) relataram que
apenas 21% das crianças com SNHL tinham perda auditiva
com limiar abaixo de 50 dB e nenhuma abaixo de 30dB.

Em contraste, Fowler et al (1999) relataram que 44% de todos
os casos de SNHL tinham perda auditiva com limiar abaixo de
30 dB.
Resultados

Hicks et al relataram que 64% eram bilaterais.

De modo semelhante, Dahle et al (2000) relataram que 56%
eram bilaterais;

Fowler et al (1999) não relataram dados sobre lateralidade.

Em contraste, S. A. Ross et al (2006) relataram que 34% das
crianças tinham SNHL bilateral.
Resultados

PBHL moderada a profunda em crianças com
infecção congênita por CMV foi de 5%.

Duas revisões sistemáticas de Kenneson e Cannon
(2007) e Dollard (2007) relataram uma prevalência
de PBHL ao nascimento estimada em 0,65% e 0,7%
respectivamente.

O risco de PBHL moderada a profunda devido ao
CMV foi de 0,21 – 0,35 por 1000 habitantes.
Fração de SNHL bilateral

A estimativa mais direta e atualizada da fração de SNHL
atribuíveis a CMV vem de um estudo recente do Japão.

Ogawa et al (2007) analisaram mostras de cordão umbilical
seco de 67 crianças que receberam diagnóstico de SNHL, das
quais em 10 (15%) foram encontradas evidências de infecção
congênita por CMV com base em detecção de DNA viral.

Entre 55 crianças que tinham SNHL bilateral moderada a
profunda (>55dB), 9 (16%) tinham infecção congênita por
CMV. No subgrupo de 36 crianças com SNHL profunda
(>90dB), 8 (22%) tinham infecção congênita por CMV.
Fração de SNHL bilateral

Alguns estudos realizaram uma abordagem
indireta através da combinação de dados
sobre a estimativa de SNHL entre crianças
com infecção congênita por CMV com dados
de prevalência de SNHL em crianças.
Fração de SNHL bilateral

Por exemplo Peckham et al (1987) chegou a uma fração
atribuível de 12%.

Nos EUA 1,5/1000 crianças tem o diagnóstico de PBHL de
40dB ou mais. Com uma prevalência de infecção por CMV ao
nascimento de 0,7% e uma freqüência de SNHL bilateral de 35% entre aquelas com CMV congênito.

Portanto a fração atribuível seria de 14 - 23%.
Discussão

5% das crianças com infecção congênita por CMV
desenvolvem perda auditiva moderada a profunda até os 6 a.

> de 15% das crianças desenvolve qualquer tipo de perda
auditiva neuro-sensorial.

Prevalência de infecção congênita por CMV nos países
industrializados chegou a 0,7%.

Baseado na prevalência, é estimado que talvez 3,5 de cada
10.000 crianças nascidas/ ano em países de alta renda
desenvolvam SNHL moderada a profunda como resultado da
infecção pelo CMV.
Discussão

A infecção congênita por CMV é uma causa importante de
PBHL, mas sua exata magnitude ainda é incerta.

Estudos publicados sugerem que CMV congênito é
responsável por 25-40% da PBHL em crianças.

Para o autor 15-20% dos casos de PBHL moderada a profunda
estão associadas a infecção congênita por CMV.

Esta discrepância entre as estimativas se deve à ausência de
definições consistentes do que é perda auditiva.
Discussão

A patogênese da perda auditiva pelo CMV não é bem
esclarecida.

Estudos de autopsia de bebês com infecção congênita por
CMV grave têm fornecido evidências de que a SNHL está
associada com alterações na estrutura do osso temporal que
seriam causadas pelo vírus no ouvido interno.
Discussão

Estudos em que o PCR quantitativo para CMV foi utilizado
mostrou que quanto mais alta a carga viral , maior a chance de
perda auditiva.

Se a carga viral de CMV fosse validada como marcador para
risco de desenvolvimento de SNHL, esta ferramenta poderia
ser utilizada com finalidades de prognóstico e para tomada de
decisões quanto à terapia anti-viral e outras intervenções.
Discussão

A triagem neonatal para CMV congênito poderia ser um
complemento importante na detecção precoce e manejo da
perda auditiva.

A prevenção primária do CMV através da educação em
medidas de higiene e, finalmente, desenvolvimento de uma
nova vacina, poderia ser considerada como parte da estratégia
para prevenção de perda auditiva grave em crianças.
Discussão

Este artigo não tem foco nos muitos casos leves e/ou
unilaterais de SNHL em crianças com infecção congênita por
CMV.

Entretanto, até que haja uma investigação populacional
abrangente para perda auditiva unilateral e leve em crianças,
será difícil conduzir este tipo de estudo.
Conclusão

A infecção congênita por CMV é uma das mais importantes
causas de perda de audição no criança jovem.

Aproximadamente 14% das crianças com infecção congênita
por CMV desenvolvem perda auditiva neurossensorial de
alguma forma.

3-5% desenvolvem lesão neurossensorial moderada a
profunda

15-20% das crianças com lesão neurossensorial moderada a
profunda são atribuíveis à infecção congênita por CMV.













Abstract
Background
Congenital cytomegalovirus (CMV) infection is a cause of sensorineural hearing loss (SNHL) in
children, but the magnitude of its contribution is uncertain. Quantifying the impact of congenital
CMV infection requires an evidence-based assessment using a standard case definition of hearing
loss.
Objectives
To determine the frequency of bilateral moderate to profound SNHL in children with congenital
CMV infection and to estimate the CMV-attributable fraction of bilateral moderate to profound
SNHL.
Study design
A systematic review of studies of children with congenital CMV infection ascertained in an
unbiased manner through universal newborn screening for CMV using viral culture in urine or
saliva specimens in combination with a review of the literature on congenital CMV infection and
hearing loss, including articles of all types.
Results
Approximately, 14% of children with congenital CMV infection develop SNHL of some type, and 3–
5% develop bilateral moderate to profound SNHL. Among all children with bilateral moderate to
profound SNHL, we estimate that 15–20% of cases are attributable to congenital CMV infection.
Conclusions
Congenital CMV infection is one of the most important causes of hearing loss in young children,
second only to genetic mutations, and is potentially preventable.
Keywords: Sensorineural; Late-onset; Newborn screening; Developmental disability; Sequelae
Abbreviations: CMV, cytomegalovirus ; dB, decibels; PBHL, permanent bilateral hearing loss;
SNHL, sensorineural hearing loss; UAB, University of Alabama at Birmingham
Referências do artigo:
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The findings and conclusions in this report are those of the authors and do not necessarily
represent the views of the Centers for Disease Control and Prevention.
Consultem:
Triagem auditiva neonatal e detecção da infecção
congênita pelo citomegalovirus
Autor(es): Elizabethe K. Stehel et al.
Apresentação:Savita Fageria Mehla, Mauro P. Bacas
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(CMV) como causa de perda auditiva