UFPE, 2-o semestre de 2007 Disciplina MA-521 “Analise 1A”. Carga horaria 60 Professor André Toom, sala 333. Prova Final Problema 1. Dada uma seqüência (xn ) de números reais. a) Definimos o conjunto G assim: G= ∞ [ [xn − 1, xn + 1] . n=1 Podemos concluir que G é fechado? (15 pontos) b) Definimos o conjunto H assim: H= ∞ \ (xn − 1, xn + 1) . n=1 Podemos concluir que H é aberto? (15 pontos) Problema 2. Há três seqüências (xn ) , (yn ) e (zn ) de números reais, onde zn = min(xn , yn ) para todos n . a) Se p é o limite de (xn ) e o limite de (yn ) , podemos concluir que p é o limite de (zn ) ? (15 pontos) b) Se p é um ponto de aderência de (xn ) e um ponto de aderência de (yn ) , podemos concluir que p é um ponto de aderência de (zn ) ? (15 pontos) Problema 3. Uma função f (x) é limitada e Lipschitz na toda reta. Outra função é definida assim: g(x) = f 2 (x) para todos x . a) Podemos concluir que g(x) é limitada na toda reta? (15 pontos) b) Podemos concluir que g(x) é Lipschitz na toda reta? (15 pontos) Problema 4. Dada qualquer seqüência (xn ) de números reais positivos. Definimos outra seqüência (yn ) assim: ∀ n : yn = 2xn+1 xn + . xn xn+1 a) Quais números podem ser limites da seqüência (yn ) ? (15 pontos) b) Sabemos também que xn+1 ≥ xn para todos n . Quais números podem ser limites da seqüência (yn ) neste caso? (15 pontos) GABARITOS Problema 1. Dada uma seqüência (xn ) de números reais. a) Definimos o conjunto G assim: ∞ [ G= [xn − 1, xn + 1] . n=1 Podemos concluir que G é fechado? Resposta: não. Contra-exemplo: xn = 1 + 1/n . Neste caso G = (0, 3] , não fechado pois não inclue seu ponto de aderência 0 . b) Definimos o conjunto H assim: H= ∞ \ (xn − 1, xn + 1) . n=1 Podemos concluir que H é aberto? Resposta: não. Contra-exemplo: xn = 1 + 1/n . Neste caso H = (1, 2] , não aberto pois inclue 2 qual não é seu ponto interior. Problema 2. Há três seqüências (xn ) , (yn ) e (zn ) de números reais, onde zn = min(xn , yn ) para todos n . a) Se p é o limite de (xn ) e o limite de (yn ) , podemos concluir que p é o limite de (zn ) ? Resposta: sim. Sabemos que ∀ ε > 0 ∃ k1 (ε) ∀n > k1 : |xn − p| < ε, ∀ ε > 0 ∃ k2 (ε) ∀n > k2 : |yn − p| < ε. Para provar ∀ ε > 0 ∃ k3 (ε) ∀n > k3 : |zn − p| < ε, basta tomar k3 (ε) = max(k1 (ε), k2 (ε)) . b) Se p é um ponto de aderência de (xn ) e um ponto de aderência de (yn ) , podemos concluir que p é um ponto de aderência de (zn ) ? Resposta: não. Contra-exemplo: xn = (−1)n , yn = −(−1)n , zn = −1. O número 1 é um ponto de aderência de (xn ) e de (yn ) , mas não de (zn ) . Problema 3. Uma função f (x) é limitada e Lipschitz na toda reta. Outra função é definida assim: g(x) = f 2 (x) para todos x . a) Podemos concluir que g(x) é limitada na toda reta? Resposta: sim. Seja ∀ x : |f (x)| ≤ C . Logo |f 2 (x)| = |f (x)|2 ≤ C 2 . b) Podemos concluir que g(x) é Lipschitz na toda reta? Resposta: sim. Seja |f (x) − f (y)| ≤ L · |x − y| . Logo |g(x) − g(y)| = |f 2 (x) − f 2 (y)| = |f (x) − f (y)| · |f (x) + f (y)| ≤ 2C · L · |x − y|. Problema 4. Dada qualquer seqüência (xn ) de números reais positivos. Definimos outra seqüência (yn ) assim: ∀ n : yn = xn 2xn+1 + . xn xn+1 a) Quais números podem ser limites da seqüência (yn ) ? √ Resposta: todos números em [2 2, ∞) . Para obter qualquer número √ L ≥ 2 2 como limite de (yn ) , basta tomar n xn = q , L+ r onde q = L2 − 8 . 4 b) Sabemos também que xn+1 ≥ xn para todos n . Quais números podem ser limites da seqüência (yn ) neste caso? Resposta: todos números em [3, ∞) . Para obter qualquer número L ≥ 3 como limite de (yn ) , basta usar a mesma formula. Veja o gráfico. O gráfico da função L(q) = 2q + L 6 1 q para q > 0 . O valor mini√ mal de L é 2 2 , se-realiza no s min ponto 1 q=√ . 2 No item a) podemos usar todos valores positivos de q , mas no item b) podemos usar só q ≥ 1 . 0 s √1 2 s 1 - q