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PERCEPÇÃO CORPORAL E COMPORTAMENTOS DE RISCO PARA OS
TRANSTORNOS ALIMENTARES EM ESTUDANTES DE UM CURSO DE
NUTRIÇÃO
BODY PERCEPTION AND RISK BEHAVIORS FOR EATING DISORDERS IN THE
NUTRITION COURSE STUDENTS
ANA CAROLINA DA CRUZ
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG
E-mail: [email protected]
ADRIANA PEREIRA MEDINA STRACIERI
Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG
E-mail: [email protected]
RENATA FERREIRA DE MAGALHÃES LEITE HORSTS
Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG
E-mail: [email protected]
RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de insatisfação corporal, o estado nutricional e
os comportamentos de risco para os Transtornos Alimentares, em estudantes do sexo
feminino do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, no
município de Ipatinga, MG. Para avaliar a presença de insatisfação corporal e os
comportamentos de risco para os Transtornos Alimentares foram utilizados o Body Shape
Questionnarie (BSQ-34) e o questionário proposto por Magalhães e Mendonça (2005),
respectivamente, o estado nutricional foi avaliado através do Índice de Massa Corporal. Foi
aplicado ainda um questionário socioeconômico. Após os critérios de exclusão, a amostra
constituiu-se de 25 alunas. Pode-se observar que a maioria das alunas encontrava-se no 5º
período do curso, estavam eutróficas (60%) e não apresentaram insatisfação corporal (60%).
Porém encontraram-se alunas com baixo peso (20%), com sobrepeso (20%) e alunas com
algum grau de insatisfação corporal (40%). Os resultados deste estudo apontam para a
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importância de se estabelecer estratégias para prevenir os Transtornos Alimentares em
estudantes universitários e mais atividades educativas que orientem as estudantes sobre os
riscos dos transtornos alimentares.
Palavras-chave: Imagem corporal, comportamentos de risco, estudantes, transtornos
alimentares.
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the presence of body dissatisfaction, nutritional
status and risk behaviors for eating disorders, in female students in the course of Nutrition of
the Minas Gerais University Center East in Ipatinga, MG. To evaluate the presence of body
dissatisfaction and risk behaviors for the eating disorders were used the Body Shape
Questionnaire (BSQ-34) and the questionnaire proposed by Magalhães and Mendonça
(2005), respectively. The nutritional status was evaluated using the Body Mass Index. It was
also applied a socioeconomic questionnaire. After the exclusion criteria, the sample was
composed by 25 female students. It was observed that, most of the students was in the 5th
period of the course, were well nourished (60%) and showed no body dissatisfaction (60%).
However were found students with low weight (20%), overweight (20%) and students with
some degree of body dissatisfaction (40%).The results of this study indicate the importance of
establishing strategies to prevent eating disorders in university students and more educational
activities in order to orient the students about the risks of eating disorders.
Key words: Body image, risk behavior, students, eating disorders.
INTRODUÇÃO
Está cada vez mais evidente, nas sociedades ocidentais, a supervalorização da magreza
como padrão de beleza. O corpo magro passou a ser perseguido por um número cada vez
maior de homens e mulheres por sua associação com atratividade sexual, sucesso,
competência e felicidade. Por outro lado, o excesso de peso está cada vez mais associado com
incompetência, fraqueza, descontrole e fracasso pessoal. Apesar disso, há uma grande
variedade e disponibilidade de alimentos industrializados e de alto valor calórico que
favorecem o aumento de peso e a obesidade (MATOS e ALMEIDA, 2008).
A mídia por sua vez, veicula por meio de apelos de indústrias da beleza e da moda, o
culto ao corpo magro, belo e saudável, assim como ao consumo de alimentos hipercalóricos
(ANDRADE e BOSI, 2004).
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O ideal de corpo perfeito estabelecido pela sociedade e divulgado pela mídia leva as
mulheres, principalmente adolescentes, a uma insatisfação com seus corpos, levando-as à
adoção de dietas altamente restritivas e exercícios físicos exaustivos como forma de
compensar as calorias ingeridas a mais, na tentativa de corresponder ao modelo formado pela
sociedade (KUTSCKA, 1993 apud MATOS e ALMEIDA, 2008).
A imagem corporal pode ser conceituada como a capacidade de representação mental
do próprio corpo, podendo se relacionar com a percepção da aparência física e com a
preocupação a ela associada (SAIKALI et al., 2004).
Existem duas categorias principais de Transtornos Alimentares (TA): anorexia nervosa
(AN) e bulimia nervosa (BN), classificadas de acordo com os critérios do Diagnostic and
Statistical Manual, 4ª edição (DSM-IV) e pela Classificação Internacional de Doenças, 10ª
edição (CID-10) (CLAUDINO e BORGES, 2002; CORDÁS, 2004).
A BN é mais frequente que a AN, podendo ser encontrada na população feminina
jovem uma incidência entre 1,1 a 4% e 0,3 a 3,7%, respectivamente. A prevalência dos TA
nas mulheres é de 90 a 95% dos casos em relação aos homens (VILELA et al., 2004;
MAGALHÃES e MENDONÇA, 2005).
A AN é caracterizada por perda de peso intensa e propositada à custa de dietas muito
rígidas com busca excessiva pela magreza, além de distorção da imagem corporal e alterações
do ciclo menstrual. A BN, por sua vez, é um TA caracterizado por um quadro clínico onde
ocorre o sintoma de comer excessivamente seguido de métodos inadequados para a perda de
peso (CORDÁS, 2004).
Não há uma etiologia única responsável pela AN e pela BN. Acredita-se no modelo
multifatorial, com contribuição de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e
familiares. Os fatores que predispõem os TA são: pertencer ao gênero feminino, história
familiar de transtorno alimentar, baixa autoestima, perfeccionismo e dificuldade em expressar
emoções (MORGAN e CLAUDINO, 2005).
Existem ainda os fatores precipitantes como, por exemplo: dieta, separação e perda,
alterações da dinâmica familiar, expectativas irreais, proximidade da menarca. Enfim, os
fatores responsáveis por manter a doença (mantenedores) são: alterações endócrinas, distorção
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da imagem corporal e práticas purgativas (MORGAN, VECCHIATTI e NEGRÃO, 2002;
BORGES et al., 2006).
Pertencer a grupos profissionais como atletas, bailarinas, modelos e nutricionistas
reforçam a demanda por um corpo magro, aumentando também o risco de TA (MORGAN,
VECCHIATTI e NEGRÃO, 2002). O comportamento alimentar de um indivíduo é um dos
fatores condicionantes do seu estado nutricional e de saúde. Ao ingressar na faculdade, o
estudante passa por uma série de mudanças no estilo de vida, pressão psicológica e
diminuição no tempo disponível para alimentação. Os cursos de Educação Física e Nutrição
são os mais predisponentes pelo fato de os alunos acharem que a aparência física seja
importante para o sucesso profissional (VEIROS e MATOS, 2003; ROSA, GOMES e
RIBEIRO, 2008).
Os TA são cada vez mais alvos da atenção dos vários profissionais da área da saúde
por apresentarem expressivos graus de morbimortalidade. Vários estudos têm sido realizados
em diferentes grupos a fim de detectar os TA, dentre esses grupos, estudantes do curso de
Nutrição são frequentemente avaliados, por serem consideradas um grupo de risco tanto pela
cobrança pela forma física quanto pelo profundo conhecimento dos alimentos (FERNANDES
et al., 2007; GONÇALVES et al., 2008; SILVA e PONTIERI, 2008; KIRSTEN, FRATTON
e PORTA, 2009; LAUS, MOREIRA e COSTA, 2009).
Assim, este trabalho tem como objetivo identificar a presença de insatisfação
corporal, o estado nutricional e os comportamentos de risco para os TA, em estudantes do
sexo feminino do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais no
município de Ipatinga, MG.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva, de delineamento transversal e abordagem
quantitativa. Foram convidadas a participar do estudo todas as estudantes do sexo feminino,
matriculadas no curso de Nutrição, num total de 40 alunas, do Centro Universitário do Leste
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de Minas Gerais (Unileste-MG), na cidade de Ipatinga, MG no mês de fevereiro de 2011.
A pesquisa foi realizada somente após a autorização da direção do Unileste-MG e
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Unileste-MG sob
protocolo 39.238.10. As alunas foram devidamente informadas sobre os objetivos da pesquisa
e os procedimentos adotados. O estudo só teve início após a assinatura no Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, conforme regulamenta a Resolução 196/96 do Conselho
Nacional de Saúde (BRASIL, 1996), garantindo assim às voluntárias da pesquisa completa
autonomia, anonimato e privacidade.
Foram considerados critérios de exclusão: o não preenchimento completo do
questionário, a recusa em participar do estudo e ausência no período de coleta de dados.
Como indicador de risco para o desenvolvimento de TA foi utilizado o questionário
Body Shape Questionnarie (BSQ-34). Este instrumento é composto por 34 perguntas
autopreenchíveis capaz de rastrear a presença de insatisfação corporal proposto por Cooper et
al. (1987) traduzido por Cordás e Castilho (1994) e validado para a população universitária
por Di Pietro (2001).
Cada questão é composta por seis alternativas de resposta, que variam do “sempre” ao
“nunca”. Para cada alternativa escolhida são conferidos pontos que variam de 1 a 6 (sempre =
6; muito frequentemente = 5; frequentemente = 4; às vezes = 3; raramente = 2; nunca = 1). O
resultado do teste é a somatória dos 34 itens contidos no questionário, e a classificação dos
resultados reflete os níveis de preocupação com a imagem corporal. Resultado menor ou igual
a 80 é considerado um padrão de normalidade e tido como ausência de distorção da imagem
corporal; resultados entre 81 e 110 pontos são classificados como leve distorção da imagem
corporal; entre 111 e 140, como moderada distorção; e acima de 140 pontos a classificação é
de presença de grave distorção da imagem corporal (CORDÁS e CASTILHO, 1994).
Para avaliar o estado nutricional foi utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC) a
partir da seguinte fórmula: peso atual (kg) /estatura (m)² (CUPPARI, 2005). Para aferir peso
e altura das estudantes utilizou-se a balança mecânica plataforma da marca Welmy® com o
estadiômetro acoplado, com capacidade máxima para 150 kg e 200 cm respectivamente.
Para a obtenção do peso atual, a balança plataforma foi calibrada e tarada. Cada sujeito
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da pesquisa posicionou-se em pé, no centro da base da balança, descalço e com roupas leves.
A estatura foi medida utilizando-se o estadiômetro acoplado à balança. Para tal, o voluntário
ficou em pé, descalço, com os calcanhares juntos, costas retas, cabeça livre de adereços e os
braços estendidos ao lado corpo (CUPPARI, 2005).
O critério adotado para classificar o estado nutricional foi o recomendado pela
Organização Mundial de Saúde (1995 e 1997) utilizando-se a classificação do estado
nutricional segundo IMC (magreza grau I – de 17 a 18,4 kg/m2, grau II – de 16 a 16,9 kg/m2 e
grau III – <16 kg/m2; de 18,5 a 24,9 kg/m2 – eutrofia; de 25,0 a 29,9 kg/m2 – sobrepeso (préobesidade); de 30,0 a 34,9 kg/m2 – obesidade grau I, de 35 a 39,9 kg/m2 – obesidade grau II e
≥ 40,0 kg/m2 – obesidade grau III) (CUPPARI, 2005).
As perguntas para avaliar comportamentos de risco para os transtornos alimentares
foram propostas por Magalhães e Mendonça (2005). Aquelas que foram positivas para três
itens considerando-se as duas semanas anteriores ao preenchimento do questionário, foram
classificadas como comportamento de risco para os TA. Marcar um ou dois itens positivos
isoladamente não sugere comportamento de risco. As perguntas foram: “Nas duas últimas
semanas, você praticou alguma atividade física com objetivo estético?” com opção de
resposta “sim” ou “não”, “Seu pai e/ou sua mãe critica(m) você com relação ao seu peso ou
dieta?”, com opção de resposta “sim” ou “não”, “Com que frequência você lê revistas e/ou
jornais não científicos que oriente sobre dieta ou perda de peso corporal?”, com opção de
respostas “algumas vezes” e “sempre”, “Você já fez uso de dietas restritivas para
emagrecimento?”, com opção de respostas “já fiz de 6 até 10 vezes” ; “de 11 até 15 vezes”;
“mais de 15 vezes”.
Foi aplicado ainda um questionário socioeconômico para avaliar questões como:
idade, período do curso, estado civil, etnia, renda familiar, situação de residência, onde e
como a estudante mora.
Os questionários foram distribuídos aos voluntários no laboratório de Avaliação
Nutricional do Unileste-MG, onde ocorreu a aferição das medidas antropométricas, pela
própria pesquisadora. O preenchimento do questionário foi realizado de forma anônima para
que houvesse uma maior veracidade das respostas uma vez que nos TA é comum a negação
da própria condição patológica (BORGES et al., 2006; STRACIERI e OLIVEIRA, 2008). O
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anonimato permitiu às respondentes revelar um comportamento que, por considerarem
vergonhoso, poderia ser omitido em um questionário com identificação.
Para a tabulação dos dados foi utilizado o programa Microsoft Office Excel, versão
2003.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Das 40 alunas, do gênero feminino, convidadas 15 foram excluídas por não
comparecerem no período da coletada de dados, sendo a amostra final constituída por 25
alunas, com idade média de 24,1 anos (DP±7,5), variando entre 19 e 56 anos. Observou-se
que 56% (n=14) das alunas encontravam-se no 5º período do curso, eram solteiras e com
idade menor de 24 anos. A maioria relatou residir com parentes, em casa própria. A renda
familiar das respondentes foi, na maior parte dos casos, de 3 a 5 salários mínimos (Tabela 1).
Os TA são ainda hoje doenças raras que acometem, sobretudo, adolescentes ou
mulheres jovens. Acreditava-se que os TA limitavam-se a um grupo composto por mulheres
jovens, brancas, pertencentes às classes altas e residentes em países ricos, algo que vem sendo
contestado pelo número crescente de relatos de transtornos alimentares em países em
desenvolvimento e em diferentes etnias (MORGAN e CLAUDINO, 2005; KIRSTEN,
FRATTON e PORTA, 2009).
Os dados deste estudo corroboram com os dados da literatura referentes às variáveis
socioeconômicas (Tabela 1), uma vez que na amostra 52% (n=13) das alunas se consideraram
pardas e com renda mensal de 3 a 5 salários (CENCI, 2007; KIRSTEN, FRATTON e
PORTA, 2009; TOLEDO, DALLPIANE e BUSNELLO, 2009).
Ao ingressar no ensino superior, o estudante passa por uma série de mudanças no
estilo de vida como, por exemplo, o estresse, omissão de refeições, influência dos colegas,
falta de tempo ou dificuldade em preparar sua própria refeição (VEIROS e MATOS, 2003;
MONTEIRO et al., 2009).
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Em estudo realizado por Monteiro et al. (2009) que avaliava o hábito e o consumo
alimentar de universitárias em Belo Horizonte, MG, 25% tiveram menor frequência no
consumo de todos os grupos de alimentos, em função de não morarem com os pais.
Neste sentido as estudantes do presente estudo que moram em habitação coletiva 12%
(n=3) podem ter um risco maior de alteração nos hábitos alimentares, já que, neste grupo, há
uma tendência ao consumo de alimentos fast food. Segundo Monteiro et al. (2009) este hábito
alimentar está associado a uma tendência ao aumento de peso, situação que pode aumentar o
risco de um comportamento de risco para os TA. Este autor observou entre as universitárias
de Belo Horizonte, MG, uma preferência por alimentos de rápido preparo, sendo que os mais
consumidos foram os salgados assados (100,0%), o cachorro quente (88,8%), os salgados
fritos (77,8%), os alimentos fornecidos por grandes lanchonetes (79,9%) e os salgadinhos do
tipo chips (73,3%) das estudantes.
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Tabela 1 – Características socioeconômicas das alunas do curso de Nutrição do
Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, Ipatinga, MG.
Variável
Classe
n
%
Idade
Menor ou igual a 24 anos
19
76
Acima de 24 anos
6
24
5º
14
56
8º
4
16
Outros
7
28
Solteiro
19
76
Casado
4
16
Outros
2
8
Pardo
13
52
Branco
8
32
Outros
4
16
Casa, Apto com parentes
18
72
Habitação coletiva
3
12
Outros
4
16
De 3 a 5 salários mínimos
12
48
De 1 a 3 salários mínimos
7
28
Acima de 5 salários mínimos
6
24
Casa própria
17
68
Água tratada
25
100
Rede de esgoto
25
100
Energia Elétrica
25
100
Geladeira
25
100
Período
Estado Civil
Etnia
Situação Familiar
Renda Familiar
Condição de moradia
Fonte: Dados da pesquisa.
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Nesta pesquisa, observou-se que a maioria das alunas apresentava-se eutrófica (Tabela
2). Entretanto encontrou-se alunas com magreza e sobrepeso (Tabela 2). Os achados
referentes ao estado nutricional confirmam os resultados encontrados por Cenci, Peres e
Vasconcelos (2009) em Florianópolis, SC, com alunas de Nutrição em que 73,2% se
encontravam eutróficas, 15,9% com baixo peso e 10,9% sobrepeso. Kirsten, Fratton e Porta
(2009) em Campinas, SP também encontraram valores semelhantes em seu estudo para
avaliar sintomas de TA em estudantes de Nutrição no qual 85,5% da amostra se apresentava
eutrófica, 8,5% baixo peso e 6,0% sobrepeso.
Pesquisas nacionais relativas ao comportamento alimentar e à percepção da imagem
corporal realizadas com estudantes universitárias se referem, geralmente, a alunas de Nutrição
e Educação Física, pelo fato das alunas desses cursos estarem preocupadas com a forma física
e por acharem que a boa aparência está relacionada com o sucesso profissional (MORGAN,
VECCHIATTI e NEGRÃO, 2002; VEIROS e MATOS, 2003; PENZ, BOSCO e VIEIRA,
2008; ROSA, GOMES e RIBEIRO, 2008; KIRSTEN, FRATTON e PORTA, 2009).
Tabela 2 - Avaliação do estado nutricional das alunas do curso de Nutrição do Centro
Universitário do Leste de Minas Gerais segundo o Índice de Massa Corporal (IMC),
Ipatinga, MG.
Variável
n
%
Magreza Grau I (IMC: 17 - 18,4 Kg/m2)
5
20
Eutrofia (IMC: 18,5 - 24,9 Kg/m2)
15
60
Sobrepeso (IMC: 25 - 29,9 Kg/m2)
5
20
Fonte: Dados da pesquisa.
Nesta pesquisa, os resultados demonstraram que 60% das alunas não apresentam
insatisfação corporal enquanto 24% apresentam insatisfação leve, 8% moderada e 8% grave
(Tabela 3). Silva e Pontieri (2008) em Valinhos-SP, ao analisarem o risco aumentado de TA
em estudantes de Nutrição utilizando o BSQ-34, encontraram metade dos estudantes sem
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insatisfação (50%). Outro resultado semelhante foi encontrado por Laus, Moreira e Costa
(2009) em Ribeirão Preto-SP que ao avaliarem imagem corporal, comportamento alimentar e
estado nutricional de universitárias observaram que 42% não apresentou insatisfação. Stipp e
Oliveira (2003) em Piracicaba-SP, ao estudarem alunas de Nutrição observaram que 54,8% da
amostra não apresentou insatisfação e 26,9% apresentou insatisfação leve.
Tabela 3 - Percepção corporal das alunas do curso de Nutrição do Centro Universitário do
Leste de Minas Gerais, segundo o Body Shape Questionnaire (BSQ), Ipatinga, MG.
Variável
N
%
Sem insatisfação
15
60
6
24
2
8
2
8
(menor ou igual a 80)
Insatisfação leve
(81 - 110)
Insatisfação moderada
(111- 140)
Insatisfação grave
(maior que 140)
Fonte: Dados da pesquisa.
O fato de as alunas em sua maioria estarem nos períodos posteriores ao 5º esperava-se
que não possuíssem o hábito de ler revistas ou jornais não científicos sobre dieta 56% (n=14),
porém este tipo de leitura mostra que elas estão buscando informações para melhor informar
seus futuros pacientes sobre essas publicações não científicas. Não era esperado que fizessem
dietas restritivas para emagrecimento 32% (n=8) (Tabela 04), devido ao acesso ao
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conhecimento científico que possuem sobre o tema. Vale ressaltar que a maior parte das
alunas já cursou disciplinas curriculares como: Composição e Análise dos Alimentos, Cálculo
Dietético, Nutrição Humana, Processos Patológicos e Terapia Nutricional I. Essas disciplinas
apresentam conteúdos que além de passarem um conhecimento mais profundo sobre os
alimentos também mostram às alunas a importância de uma alimentação equilibrada e as
consequências de dietas restritivas.
O estudo de Gonçalves et al. (2008) em Taubaté, SP ao avaliar comportamento
anoréxico e percepção corporal em universitários do curso de Nutrição, encontrou o seguinte
resultado: 9,8% das alunas do 2º e 3º ano apresentaram comportamento de risco para
anorexia. Já no estudo realizado por Kirsten, Fratton e Porta (2009) em Campinas-SP, para
avaliar sintomas de TA em estudantes de Nutrição, as alunas do 1º semestre (17,0%) e do 5º
semestre (19,5%) apresentaram maiores proporções para o comportamento de risco em
relação ao demais semestres.
Outro fator importante para o comportamento de risco é a prática de atividade física.
Nogueira e Palma (2003), Teixeira et al. (2008), citam Caspersen et al. (1985) quando
conceituam que atividade física é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos
esqueléticos que resulta em um gasto energético maior do que os níveis de repouso.
Em relação à prática de atividades físicas para perda de peso Stracieri e Oliveira
(2008) Ipatinga, MG em estudo que avaliava os fatores de risco para o desenvolvimento de
transtornos alimentares em universitárias, encontraram 60,95% que praticavam exercícios
físicos com finalidade de queimar calorias. Em outro estudo Santos, Gonçalves e Stracieri
(2010) em Ipatinga, MG, avaliando os fatores de risco para anorexia e bulimia nervosas em
universitárias dos cursos de Nutrição e Educação Física, observaram que 23,6% praticavam
exercícios físicos para queimar calorias. Os dados deste estudo referentes à prática de
atividade física não corroboram os relatos da literatura, pois apenas 8% (n=2) disseram
realizar atividade com esse objetivo.
A prática de atividade física, com objetivo de melhorar a saúde, tem se mostrado
favorável na redução de diversos fatores de risco, contribuindo com a melhora do
metabolismo, além de ter associação com a prevenção de enfermidades como diabetes
mellitus, doenças cardiovasculares, osteoporose e alguns tipos de câncer, como os de cólon e
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mama (BARETTA, BARETTA e PERES, 2007).
Tabela 4 - Avaliação do comportamento de risco para os Transtornos Alimentares em alunas
do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, segundo
questionário proposto por Magalhães e Mendonça (2005), Ipatinga, MG.
Variável
n
%
"Nas duas últimas semanas, você praticou Sim
alguma atividade física?”
Não
8
32
17
68
Melhorar
a
saúde Objetivo
"Se sim com qual objetivo a atividade foi de
lazer
realizada?”
Objetivo
estético ou para
perder peso
4
16
2
8
2
8
"Seu pai e/ou sua mãe critica(m) você com Sim
relação ao seu peso ou dieta?"
Não
8
32
17
68
1
4
10
40
11
44
3
12
17
68
6
24
2
8
Nunca
Quase nunca
Algumas vezes
"Com que frequência você lê revistas e/ou jornais Sempre
não científicos que oriente sobre dieta ou perda
de peso corporal?"
Nunca
"Você já fez uso de dietas restritivas para De 1 a 5 vezes
Mais de 15
emagrecimento?"
vezes
Fonte: Dados da pesquisa.
De acordo com o questionário proposto por Magalhães e Mendonça (2005) (Tabela
05) apenas 12% (3) apresentam comportamento de risco para os TA. As alunas relataram que
o objetivo da prática de atividade física era estético, que eram criticadas em relação ao peso
ou dieta, que liam revistas sobre dieta algumas vezes ou sempre e que já haviam feito uso de
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dietas restritivas mais de seis vezes. Tais práticas revelam um comportamento de risco.
Conforme Magalhães e Mendonça (2005), a frequência do uso de dietas restritivas e
até mesmo a leitura de revistas que exaltam a utilização destas dietas influenciam o
comportamento alimentar feminino. Este hábito pode predizer a abertura de condutas
impróprias na tentativa de perda de peso e da busca de um corpo considerado “ideal”.
Tabela 05 - Alunas do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais,
que apresentam comportamento de risco para os Transtornos Alimentares, Ipatinga, MG.
Variável
n
%
Alunas que responderam à três perguntas positivas
3
12
Alunas que não responderam à três perguntas positivas
22
88
Fonte: Dados da pesquisa.
Stracieri e Oliveira (2008), ao avaliarem os fatores de risco para o desenvolvimento de
transtornos alimentares em universitárias em Ipatinga, MG, observaram que o hábito de fazer
dietas esteve presente em 63,9% das alunas.
CONCLUSÃO
Por meio deste estudo pode-se perceber que há um número importante de estudantes
que apresentaram algum grau de insatisfação corporal e com algum desvio do estado
nutricional. Este achado referente à insatisfação é preocupante por se tratar de futuras
profissionais que poderão atuar em uma equipe multidisciplinar no tratamento dos pacientes
portadores de TA.
Não se sabe se essas alunas apresentaram esta insatisfação após o ingresso no curso ou
se procuram este por já apresentarem algum comportamento de risco para os TA. Há a
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necessidade de realização de mais trabalhos de pesquisa para esclarecer uma maior
prevalência dessas desordens entre estudantes de nutrição e mais atividades educativas que as
orientem sobre os riscos dos transtornos alimentares.
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