IV Seminário de
Pesquisas em
Letramento - IV SEPEL
10 e 11 de novembro
de 2014
‘Letramentos em Rede’
The ‘puzzle’ of low
literacy: a social
literacies response
Prof. Brian Street
Universidade Federal
do Rio Grande do
Norte (UFRN)
King’s College London;
University of Pennsylvania
“O quebra-cabeça dos graduandos do Reino Unido
e seus baixos níveis de letramento” (THES/11 de
Setembro de 2014)
Um Artigo no “Times Higher Education Journal” no
Reino Unido afirmou que o Reino Unido “possui
ranking relativamente baixo entre as nações mais
desenvolvidas para as habilidades de letramento
dos alunos". Isto foi apresentado como um "quebracabeça '', dada à reputação elevada de suas
universidades.
OCDE está desenvolvendo um PISA (Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes) para
Educação Superior, baseado no PIAAC, o qual
observa o resultado do aprendizado nacional das
escolas.
“O quebra-cabeça dos graduandos do Reino Unido
e seus baixos níveis de letramento” (THES/11 de
Setembro de 2014)
O diretor de educação e habilidades da OECD, Andreas
Schleicher, disse que o ‘nível relativamente baixo de
adultos do Reino Unido com educação superior
alcançando os mais altos níveis de habilidades não era
simples de se explicar’.
Schleicher comparou os níveis de letraamento em
outros países como, por exemplo, o Japão: “ os
resultados do Pisa mostraram resultados altos
em
letramento e numeramento nas escolas japonesas, e
universidades japonesas podem se aproveitar disso. Isso
não é verdade para o Reino Unido. Se você olhar para a
pontuação Pisa no Reino Unido, ela está média.
Universidades do Reino Unido podem assumir que essas
competências estão lá, mas eles podem não estar.
PISA e Brazil
 Ruben
Klein (2013) comenta sobre as estatísticas
do Brasil no PISA. Ele afirma que há "um problema
de comparabilidade de resultados do PISA de
alguns locais, entre os anos e entre os países. Esse
problema ocorre porque a idade escolar de
cada país não é considerada e porque não há
regras quanto à data de aplicação do teste em
relação ao ano escolar de cada país”.

Klein, Ruben 2013 ‘A re-analysis of PISA results: comparability
problems’
A discussão de um blog sobre o PISA no
Brazil
A discussão de um blog no Brasil (Schwartzman Simon, 2013) destacou
uma série de problemas com a análise estatística e rankings utilizados
pelo PISA. Francisco Soares sinaliza os problemas potenciais aos quais
a amostra do PISA não se refere: a distribuição entre os anos de
escola e a “falta de clareza em relação à comparabilidade entre os
resultados de 2000 - 2006 com os resultados de 2009-2011”.
As discussões prosseguem e, como em outros países, a relação entre
os relatórios estatísticos e o que sabemos da teoria e dos dados
qualitativos precisam de atenção mais rigorosa.
Implicações de Relatórios Políticos
para a Educação
Os relatórios citados acima, com todas as
limitações sinalizadas por comentaristas no Brasil e
em outros países, incentivam os governos nacionais
a pressionar as instituições de ensino para atender
às 'normas' a serem definidas, e isso afeta o modo
como as instituições educacionais moldam o
ensino, o apoio aos estudantes e a avaliação. Mas,
as "habilidades" que são avaliadas nos relatórios
não são necessariamente aquelas que são vistas
como relevantes pelos pesquisadores da área de
estudos de letramento, como vou demonstrar
abaixo.
Letramento político
Os conflitos entre a abordagem política e a
abordagem educacional são fundamentais
para o tipo de discussão que estamos a
realizar hoje: "discutir letramento político para
o ensino fundamental e médio, e as questões
relacionadas à formação de professores".
Vou argumentar que as questões de
letramentos sociais e de letramentos
acadêmicos, na maior parte referindo-se ao
Ensino Superior, são de fato relevantes para
todos os níveis de aprendizagem e, sobretudo,
possuem implicações para a Formação de
Professores.
Resposta da abordagem dos
letramentos sociais
Respondi ao artigo da revista THE por
meio de uma carta levantando
algumas questões relevantes para a
discussão sobre políticas públicas e
letramento que gostaria de discutir
hoje nessa conferência. Nessa carta
eu disse:
Carta para a revista THE
É estranho que o artigo (...) não tenha considerado a
medida dos indicadores de performe adotada como
uma possível explicação para esse quebra-cabeça.
Por muito tempo, no campos dos estudos sobre
letramento de adultos, nós sabemos que os os indices
de medidas internacionais (...) não nos informa sobre
os usos reais da leitura e da escrita na vida cotidiana
– os teste podem classificar as pessoas de uma
maneira que leva ao “quebra-cabeça” noticiado
aqui, enquanto em suas vida contidiana as pessoas
engajam em práticas de letramento de maneira
adequada . Talvez, seja o teste e não os estudantes
que sejam o “quebra-cabeça.”
Abordagens alternativas
Então, ... a questão pode não ser ‘o baixo nível de
letramento’, mas sim as questões mais complexas
associadas com a forma como os alunos aprendem a
lidar com os diferentes gêneros e requisitos escritos de
ensino.
Os pesquisadores estão atualmente aplicando
perspectivas etnográficas ao invés de estatísticas para
analisar esses processos e percebe-se que a
abordagem dos “letramentos acadêmicos” dos alunos
pode ser uma direção mais frutífera do que o “quebracabeça” sobre supostos ‘baixos níveis de letramento’.
Vou rever algumas das questões teóricas e
metodológicas envolvidas em uma abordagem
alternativa.
Abordagens exploradas nesta
apresentação
 Esta
apresentação revisita o conceito de
Letramento como Prática Social e abordagens
de Letramentos Acadêmicos;
 Eu argumento que essas abordagens, se dirigidas
à Formação de Professores, poderiam ajudar os
alunos a resolverem problemas de escrita
acadêmica de forma mais eficaz em diferentes
níveis do sistema de ensino.
Letramento como Prática Social
 Novos
Estudos de Letramento(NEL)/ Letramento
como Prática Social(LPS)
 Modelos autônomos/ideológicos
 Perspectiva etnográfica
 Eventos de Letramento/Práticas de letramento
 Aplicação no contexto educacional –escrita
acadêmica
Novos Estudos de Letramento/Letramento como
Prática Social


O que veio a ser denominado como os “Novos Estudos de
Letramento” (Gee, 1991; Street, 1996) representa uma nova
tradição que aborda a natureza do letramento,
considerando não apenas a aquisição de habilidades,
como nas abordagens dominantes, mas também
considerando o que significa pensar em letramento como
uma prática social (Street,1985). Isso implica o
reconhecimento de múltiplos letramentos, variando de
acordo com tempo e espaço, mas também contestado
em relações de poder.
Assim, NEL/LPS problematiza o que é considerado como
letramento em qualquer tempo e espaço, questionando
quais letramentos são dominantes e quais são
marginalizados ou resistentes.
Modelos ideológicos e autônomos
O modelo autônomo de letramento é uma construção teórica que
propõe que letramento pode ser descrito independentemente –
‘autonomamente’ – do contexto social e que, acima de tudo,
haverá consequências, ‘impactos’ que são ‘autônomos’ (Street,
1984). A partir dessa concepção, uma série de práticas de
letramento trazidas de um lugar ‘distante’ podem, por exemplo,
serem caracterizadas como neutras, científicas e terem
consequências ‘autônomas’ para a população local.
Mas essa visão por si só está arraigada em pressuposições
‘ideológicas’ – como, por exemplo, a ideia de que letramento
externo é melhor, superior e mais eficiente que a variedade local. É
esse caráter ideológico do modelo autônomo que recai no íntimo
da mudança teórica para os desejos de objetividade científica em
descrições dominantes de letramento.
O modelo autônomo é profundamente ideológico, assim como todas
as descrições de letramento, por causa da sua cultura específica e
forte dependência de relações de poder.
Eventos de letramento e práticas de letramento
O termo eventos de letramento é derivado do conceito sociolinguístico de
eventos de fala ( A. B. Anderson et. al. 1980; Barton, 1994)
Shirley Brice Heath caracterizou ‘evento de letramento’ como ‘qualquer
ocasião em que um pedaço de escrita é integrado à natureza das
interações dos participantes e em seu processo interpretativo’ (Heath, 1982,
p. 93).
Eu tenho utilizado a frase ‘práticas de letramento’ (Street, 1984, p. 1) com
um propósito de focalizar em ‘práticas sociais e concepções de leitura e
escrita’. O conceito de práticas de letramento, a meu ver, consegue
abranger os eventos e os padrões de atividade que circundam o
letramento e os ligam a aspectos sociais e culturais mais amplos. E parte
dessa ligação envolve o fato de um evento de letramento trazer consigo
conceitos, modelos sociais relacionados com o que é a natureza da
prática e o que o faz funcionar e ser entendido.
Esses modelos não são acessíveis pela simples observação externa: você
pode fotografar eventos de letramento mas não consegue fazer o mesmo
com as práticas de letramento.
Existe uma questão etnográfica envolvida na busca da distinção entre
eventos e práticas de letramento.
Perspectiva etnográfica
A fim de entender os modelos que as pessoas trazem para os eventos de
letramento e as práticas em que esses eventos estão contextualizados,
precisamos escutar as pessoas e unir suas experiências imediatas com outras
coisas que elas também fazem. É por isso que muitas vezes é inútil perguntar
às pessoas sobre letramento como conceito único, como mostram pesquisas
recentes (BSA, 1997; OECD, 1995) ou até mesmo perguntar somente sobre
leitura ou escrita, porque o que pode dar sentido aos eventos de letramento
pode não ser, em um primeiro momento, os mesmos termos de letramento
como um todo.
Por exemplo, no caso de práticas acadêmicas, pode ser sobre relações
sociais e a academia – e como veremos, muitos alunos de graduação
admitem ter adquirido o ‘letramento’ necessário na escola, então não há
nada que os questione quanto ao ‘letramento acadêmico’.
Outro ponto importante é que devemos evitar o pensamento de que
etnografia é um conceito utilizado apenas por antropólogos. Spradley utiliza
uma ótima metáfora para explicar isso: “Assim como um rio que enche
lentamente e então transborda, derramando filetes de água em várias
direções, a revolução etnográfica ultrapassou as margens da antropologia”.
Implicações da NLS/ LSP para a
educação
Do ponto de vista da prática social, passando pela perspectiva etnográfica,
as interações de professores e alunos a respeito de letramento parecem
ganhar significância a partir dos conceitos sociais das práticas nas quais os
participantes estão envolvidos e não apenas das características técnicas dos
textos envolvidos.
A abordagem teórica e metodológica aqui evidenciada pode, então,
permitir que ‘vejamos’ muito mais o que está acontecendo do que está
evidente na estreita abordagem política encontrada nos documentos
destinados às escolas e a professores. Como demonstra Barton (1994), alunos
não são somente recipientes passivos ou mesmo aprendizes com poucas
habilidades técnicas, eles são capazes de refletir sobre a mídia e as
tecnologias com as quais sua prática de letramento estão associadas.
Listarei a seguir alguns dos principais princípios
Desenvolvimento de Novas Práticas de Letramento
Educacionais:
envolvidos no
em Contextos
Desenvolvimento de Novas Práticas de
Letramento em Contextos Educacionais:
Princípios
1) Valorizar o conhecimento prévio dos alunos vs modelos
‘deficientes’;
2) Identificar e descrever práticas literárias cotidianas nas quais os
alunos estão envolvidos;
3) Analisar essas práticas de letramento em termos da linguística, da
semiótica e dos problemas de aprendizagem;
4) Identificar e descrever novas práticas de letramento que os alunos
querem adquirir;
5) Focar nos tópicos 1, 2 e 3 para ajudar no aprendizado e ensino do
tópico 4.
 À luz desses princípios e do esboço acima descrito de letramento
como prática social, irei agora descrever abordagens metodológicas
e teóricas para a descrição e análise de práticas de escrita
acadêmica.
Modelos de escrita do aluno
(Lea & Street, 1998)
 Habilidades
de Estudo
 Socialização
Acadêmica
 Letramentos
Acadêmicos
a. HABILIDADES DE ESTUDO:
 Hipóteses:
Escrita do aluno como habilidade
técnica e habilidades instrumentais ‘atomizadas;
linguagem superficial, gramática, ortográfica
(escrita), patologia;
 crítica: modelo autônomo; reducionista;
 cursos: Composição Universitária; Salas de aula
remediadas;
 objetivos: consertar; remediar; ‘básicos;’
 fontes: psicologia behaviorista; treinamento.
b. SOCIALIZAÇÃO ACADÊMICA:





Hipóteses:
escrita
do
aluno
como
meio
transparente
de
representação;
foco
em
orientação estudantil para aprendizado e
interpretação de tarefas de aprendizado, por
exemplo, aprendizado profundo e superficial;
Crítica: considera uma “cultura”, não foca em
práticas institucionais, mudança ou poder; perde
aspectos retóricos da escrita;
Cursos: Suporte de escrita; Habilidades de estudos
Objetivos: inserir estudantes em uma nova ‘cultura’;
Fontes:
Psicologia
Social;
Antropologia;
Construtivismo.
c. LETRAMENTOS ACADÊMICOS:





Hipóteses: Letramentos como práticas sociais; no nível da
epistemologia e das identidades; instituições como sítios de /
constituídas em discursos e poder. TODOS os estudantes
precisam aprender sobre esses aspectos, não apenas a
questão “EAL” (inglês como língua adicional). Professores,
assim como estudantes, precisam de suporte para “ver” essas
questões;
Variedade de repertório comunicativo como, por exemplo,
gêneros, áreas, disciplinas; escrita como atividade retórica
embutida em diferentes disciplinas / comunidades discursivas;
escrita do aluno como constitutiva e contestada;
cursos: escrita ensinada dentro de disciplinas, assim como
cursos genéricos na linguagem / consciência da escrita;
objetivos: facilitar a reflexividade / consciência linguística
como por exemplo realocação em práticas linguísticas,
significados sociais e identidades, comparações disciplinares;
Fontes: “Novos Estudos de Letramento”; Análise crítica do
discurso; Linguística Sistêmica; Antropologia Cultural; História da
Educação, Estudo dos Gêneros.
Letramentos Acadêmicos
Habilidades de estudo
Socialização Acadêmica
GÊNERO/ MUDANÇA DE MODO: auxília os alunos a
“perceberem” o que está envolvido nos diferentes estágios
quando chegam a escrever textos acadêmicos.


PENSAMENTOS/ IDEIAS
ideias livres; sem orações
FALA/ DISCUSSÃO
alguma explicitação; padrões na
fala do interlocutor
uma estrutura, cabeçalhos, lay out
NOTAS

Retro Projetor

TEXTO ESCRITO
palavras chave, palavras,
Lay out, semioses
combinação das orações;
coerência/coesão;
Se é um texto acadêmico, então ele possui
configurações formais.
‘O oculto’- Características do Trabalho
Acadêmico Escrito

Enqudramento
Gênero, por exemplo, ensaio, relatório de projeto, dissertação
Público, por exemplo, tutor de classe; examinador; pesquisador



‘Contribuição’/ ‘Então o que?’
Para o conhecimento
Para a área de atuação
Para direções futures/ pesquisas







Voz
Situar o autor: valores, crenças, compromissos
Blommaert, 2005; cf. p. 222; ‘ A voz se refere à capacidade de se fazer entender
como um sujeito situado...
Ivanic, 1998; cf. Preface; ‘Quem sou eu como escritora deste livro? Eu não sou
neutra transmitindo uma escrita objetiva; o objetivo dos resultados da minha
pesquisa estão impessoalmente na minha escrita, eu coloco nela uma variedade
de compromissos baseados nos meus próprios interesses, valores, crenças que
foram criados da minha própria história...’










Posição
Relação com os Dados: integridade, credibilidade, validade
‘… ao apresentar um conteúdo informal, os escritores também adotam posições
interacionais e avaliativas. … A posição de refere aos caminhos que os escritores
projetam dentro de seus textos para comunicar sua integridade, credibilidade,
envolvimento e a relação com o assunto e seus leitores’ .
(Hyland,K 1999 ‘Disciplinary Discourses: writer stance in research articles’ in Candlin,C &
Hyland,K (eds.) Writing Texts, Processes and Practices Longman pp. 99-121)
Hyland usa tanto a análise do discurso quanto a linguística de corpus para
identificar os padrões que os escritores usam para alcançar certos finais retóricos
como a persuasão, alcançando credibilidade, marcando sua filiação disciplinar’
(Prior and Bilbro, 2012, p. 23)
… mesmo quando os autores tentam argumentar que não estão adotando uma
posição, não tomando uma posição em relação a seu dado, que permanecem
objetiva e imparcial, de fato, eles sempre sinalizam questões de integridade,
credibilidade etc. no que diz respeito a seu dado e sua relação com ele..’
(Street, B. (2009) ‘Hidden’ Features of Academic Paper Writing Working Papers in Educational
Linguistics, UPenn Vol. 24, no 1, pp. 1-17).
Sinalização:
referências breves para o conteúdo/ teoria/ método (a ser concretizada
em outras partes do texto, ou já referida anteriormente)
Críticas e Desenvolvimentos Recentes

o
Mary Scott e Theresa Lillis (2007): ‘transformativo’ em vez de ‘normativo’:
“uma abordagem normativa assume a homogeneidade dos estudantes, a
estabilidade das disciplinas, e a unidirecionalidade da relação professor-aluno.
Consoante com estes mitos, é interessante “identificar e conduzir”: a ênfase está na
identificação das convenções acadêmicas – em um ou mais níveis da gramática,
discurso ou estrutura retórica ou gênero – e no (ou com a visão no) estudo de como
os estudantes podem ser ensinados para se tronarem proficientes ou “experts” e
desenvolvendo materiais com este propósito ...”
Em contraste, uma abordagem transformativa envolve interesse em certas
questões, mas além disso, está preocupada com: a) localizar certas convenções
em relação ao específico e contestar tradições de construção de conhecimento;
b) elicitar as perspectivas dos escritores (seja estudantes ou profissionais) sobre as
formas nas quais certas convenções se encontram com relação à construção de
seus significados; c) explorar caminhos alternativos de construção de significado na
academia, e, não menos importante, considerar os recursos que o (estudante)
escritor traz para a academia como ferramentas legítimas de construção de
significado (Scott and Lillis, 2007, pp 12-3)
Ursula Wingate e Chris Tribble (2012): Academic Literacies and EAP; ‘best of both
worlds’ :
Eles sustentam “que o ‘Letramento Acadêmico’ foca na prática ao invés do texto e
no argumento de que o modelo precisa ser combinado com a instrução baseada
no texto de forma que o estudante desenvolva o nível de consciência de gênero
necessário para obter sucesso na escrita acadêmica.
Algumas conclusões




Letramento como uma prática social; implicações
para a escrita na Educação
Os professores assim como os alunos precisam de
apoio para ver os ‘recursos escondidos’ da escrita
acadêmica
Implicações para abordagens políticas? Exemplo:
“o ‘quebra-cabeças’ do baixo letramento”.
Implicações para desenvolvimento no Brasil?
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Apresentação – Brian Street – IV SEPEL 9 11Natal