CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA
SBPT – Rio de Janeiro 2010
Pneumonia H1N1
Quais as lições?
Vacinas eficazes?
Paulo José Zimermann Teixeira
Prof. Adjunto Dep. Clínica Médica – Pneumologia – UFCSPA
Prof. Titular do ICS - Feevale
Pavilhão Pereira Filho – Santa Casa de Porto Alegre
1. Não justifica a ocorrência de uma pandemia por
Influenza:
a. a existência de uma matriz interna antigênica ser
do tipo A,B e C determinando resistência aos
antivirais
b. a maior diversidade genética baseada nas
glicoproteínas de superfície do tipo hemaglutinina
(H) e neuraminidade (N).
c. infectar outras espécies incluindo mamíferos e aves
e permitindo rearranjo ou deslocamento antigênico
para produzir um novo subtipo
d. Novas recombinações a cada 10 a 30 anos
1. Não justifica a ocorrência de uma pandemia por
Influenza:
a. a existência de uma matriz interna antigênica ser
do tipo A,B e C determinando resistência aos
antivirais
b. a maior diversidade genética baseada nas
glicoproteínas de superfície do tipo hemaglutinina
(H) e neuraminidade (N).
c. infectar outras espécies incluindo mamíferos e aves
e permitindo rearranjo ou deslocamento antigênico
para produzir um novo subtipo
d. Novas recombinações a cada 10 a 30 anos
Morens et al. NEJM 2009;3613:225-229
2. As hospitalizações e admissões em UTI na
pandemia de 2009 ocorreu como resultado de:
a. uma pneumonia viral em indivíduos jovens
previamente hígidos e bronquiolite e crupe em
lactentes e crianças com menos de dois anos
b. exacerbações graves e prolongadas de portadores
de DPOC e asma
c. uma pneumonia bacteriana, particularmente por S.
pneumoniae e S. aureus
d. todas estão corretas
2. As hospitalizações e admissões em UTI na
pandemia de 2009 ocorreu como resultado de:
a. uma pneumonia viral em indivíduos jovens
previamente hígidos e bronquiolite e crupe em
lactentes e crianças com menos de dois anos
b. exacerbações graves e prolongadas de portadores
de DPOC e asma
c. uma pneumonia bacteriana, particularmente por S.
pneumoniae e S. aureus
d. todas estão corretas
Critical Care Services and 2009 H1N1 Influenza in Australia and New Zealand.
New England Journal of Medicine. 361(20):1925-1934, November 12, 2009.
Thompson W et al. Influenza-associated hospitalizations in USA. JAMA 2004292(11):1333-1340
3. Foram fatores de risco independentes para
maior mortalidade:
a. Obesidade, gestação e idade entre 20 e 40 anos.
b. Não ter sido vacinado para Influenza sazonal.
c. Idade avançada, comorbidades e necessidade de
ventilação mecânica.
d. Evidência de pneumonia bacteriana
3. Foram fatores de risco independentes para
maior mortalidade:
a. Obesidade, gestação e idade entre 20 e 40 anos.
b. Não ter sido vacinado para Influenza sazonal.
c. Idade avançada, comorbidades e necessidade de
ventilação mecânica.
d. Evidência de pneumonia bacteriana
Variável
OR(IC95%)
p
Idade
1,02(1,01-1,04)
<0,002
Comorbidade
2,56(1,52-4,30)
<0,001
VMI
5,51(3,05-9,94)
<0,001
Critical Care Services and 2009 H1N1 Influenza in Australia and New Zealand.
New England Journal of Medicine. 361(20):1925-1934, November 12, 2009.
4. Foi indicativo clínico dos quadros de gripe
por H1N1, permitindo diferenciar de gripe
sazonal
a.
b.
c.
d.
Presença de tosse com expectoração hemática
Presença de mialgias, dor de garganta e coriza
Nenhum achado permitiu a diferenciação
Presença de calafrios e dispnéia nos casos descritos na
região sul do país
4. Foi indicativo clínico dos quadros de gripe
por H1N1, permitindo diferenciar de gripe
sazonal
a.
b.
c.
d.
Presença de tosse com expectoração hemática
Presença de mialgias, dor de garganta e coriza
Nenhum achado permitiu a diferenciação
Presença de calafrios e dispnéia nos casos descritos na
região sul do país
5. Com relação ao tratamento da Influenza
pandêmica está correto dizer que:
a. Sendo mais de 90% do H1N1 resistente ao
Oseltamivir, Zanamivir é opção especialmente para
asmáticos e portadores de DPOC
b. O H1N1 pandêmico se diferencia do H1N1 sazonal
também pelo padrão de resistência ao Oseltamivir
c. Imunossuprimido e profilaxia com oseltamivir não
consituem possíveis fatores de risco para
resistência
d. Indivíduos vacinados com suspeita de Influenza não
deverão ser tratados
6. Com relação a vacina para H1N1 não está
correto dizer que:
a. A vacina pode ser de vírus morto ou vivo atenuado
b. A vacina com adjuvante amplifica a resposta imune,
embora possa aumentar os para-efeitos
c. Crianças com menos de 9 anos recebem em duas
doses, com intervalo mínimo de 21 dias
d. A síndrome de Guillian-Barré foi maior após a
vacinação para H1N1 na América do Norte,
justificando o temor, apesar da eficácia
comprovada
6. Com relação a vacina para H1N1 não está
correto dizer que:
a. A vacina pode ser de vírus morto ou vivo atenuado
b. A vacina com adjuvante amplifica a resposta imune,
embora possa aumentar os para-efeitos
c. Crianças com menos de 9 anos recebem em duas
doses, com intervalo mínimo de 21 dias
d. A síndrome de Guillian-Barré foi maior após a
vacinação para H1N1 na América do Norte,
justificando o temor, apesar da eficácia
comprovada
7. Considerando a proteção para Influenza H1N1 NÃO
está correto dizer que:
a. A vacinação sazonal de 2005 a 2009 nos idosos não
ofereceu proteção ao Influenza pandêmico
b. Pacientes que tiveram H1N1 e haviam sido vacinados
para Influenza sazonal tiveram quadros mais leves
c. A proteção oferecida pela vacina no imunossuprimido é
semelhante ao imunocompetente
d. A vacinação específica para H1N1 tem eficácia acima de
90% nos indivíduos imunocompetentes.
7. Considerando a proteção para Influenza H1N1 NÃO
está correto dizer que:
a. A vacinação sazonal de 2005 a 2009 nos idosos não
ofereceu proteção ao Influenza pandêmico
b. Pacientes que tiveram H1N1 e haviam sido vacinados
para Influenza sazonal tiveram quadros mais leves
c. A proteção oferecida pela vacina no imunossuprimido é
semelhante ao imunocompetente
d. A vacinação específica para H1N1 tem eficácia acima de
90% nos indivíduos imunocompetentes.
Hancock et al. Cross-Reactive Antibody Responses To the Pandemic H1N1 Influenza Vírus. N Engl J Med 2009;361:1-8
Cobertura Vacinal para Influenza no Imunossuprimido
Kunisak and Janoff. Lancet Infect Dis 2009;9:493-504
CASO CLÍNICO
• Feminina 28 anos, começou com tosse seca,
coriza, mialgias. Consulta na emergência sem
particularidades. Retorna 48 horas após com
dispnéia e Rx de tórax infiltrado, evoluindo
para insuficiência respiratória e necessitando
ventilação mecânica invasiva. Hemograma da
admissão sem leucocitose e sem DE.
Familiares referiam que quando tossia tinha
escarro hemático. MIPAS negativo.
CASO CLÍNICO
• Com relação a este caso está correto afirmar
que:
a. Influenza fica afastada como possibilidade diagnóstica,
já que MIPAS foi negativo
b. Somente PCR-RT confirmaria o diagnóstico de H1N1
c. Mesmo com suspeita de H1N1 oseltamivir deveria ser
administrado apenas nas primeiras 36h
d. Frente a pandemia deveria ser administrado
oseltamivir associado a amantadina e antibióticos
CASO CLÍNICO
• Com relação a este caso está correto afirmar
que:
a. Influenza fica afastada como possibilidade diagnóstica,
já que MIPAS foi negativo
b. Somente PCR-RT confirmaria o diagnóstico de H1N1
c. Mesmo com suspeita de H1N1 oseltamivir deveria ser
administrado apenas nas primeiras 36h
d. Frente a pandemia deveria ser administrado
oseltamivir associado a amantadina e antibióticos
LIÇÕES
•
•
•
•
•
Gripe mata
Higiene das mãos
Afastar do trabalho
Melhorar o diagnóstico de doenças virais
Vacinas são eficazes com mínimos efeitos
colaterais
• Na suspeita de Influenza H1N1, mesmo os
vacinados, deverão ser tratados
Download

Curso Nacional de Pneumologia