Plano de Investigação
Elizena Souza Cortez
Oton Magno Santana dos Santos
Investigação Qualitativa
“Na investigação
qualitativa em
educação, o
investigador comportase mais de acordo com
o viajante que não
planeia do que com
aquele que o faz
meticulosamente”.
Investigação Qualitativa
• pouco se sabe sobre o
objeto de estudo;
• os planos evoluem pela
observação direta;
• conclusão do estudo –
relatório detalhado do
método utilizado;
• a formulação das questões
resultante da recolha de
dados;
• o próprio estudo estrutura
a investigação.
Investigadores qualitativos
Investigadores tradicionais
- hipóteses teóricas;
- tradições da recolha de
dados;
- plano - produto final da
fase;
- parte dos seus
conhecimentos e das suas
experiências;
- recolha e análise de
dados;
- hipóteses formuladas e
modificadas à medida que
vão avançando.
- passa-se a fase da
escrita.
Teoria Fundamentada:
indução analítica e método comparativo constante
A escolha de um
estudo
• Qual será o tema da
minha investigação?
• Que tipo de dados devo
procurar?
• Que perspectivas devo
adotar?
“ Em investigação a
autodisciplina só pode
levar até um certo ponto,
Sem um toque de paixão
pode não ter o fôlego
suficiente para manter o
esforço necessário à
conclusão do trabalho ou
limitar-se a realizar um
trabalho banal”. [...]
investigador
qualitativo:
• seja prático – fonte de
dados acessível;
• não escolher um assunto
em que esteja
pessoalmente envolvido;
• sempre encontrará
material importante;
Estudos de caso
• consiste na observação
detalhada de um contexto,
ou indivíduo, de uma única
fonte de documentos ou
de um acontecimento
específico ( Merriam, 1988)
• O plano geral do estudo de caso pode ser
representado como num funil. Num estudo
qualitativo, o tipo adequado de perguntas nunca é
muito específico;
• Como? Qual?
• recolha de dados;
• revendo e explorando-os;
• tomam decisões acerca do
objetivo do trabalho;
• organizam e distribuem o seu
tempo;
• escolhem as pessoas que irão
entrevistar e quais os aspectos
a aprofundar;
• pode desenvolver planos
iniciais ou novos - esses podem
ser modificados;
• selecionam estratégias;
• área do trabalho é delimitada.
Estudos de caso de organizações numa
perspectiva histórica
• organização específica;
• período determinado de
tempo;
• relata o seu
desenvolvimento - “escola
aberta”
Estudos de caso de observação
• consiste na observação
participante;
• foco – organização particular
(escola, centro de reabilitação)
ou aspecto dessa organização;
• sala de aula, sala dos
professores e refeitório;
• grupo específico de pessoas;
• qualquer atividade da escola.
[...] “ O investigador qualitativo tenta ter em consideração a
relação desta parte com o todo, mas pela necessidade de
controlar a investigação, delimita a matéria de estudo.”
• Pessoas que partilham características como: idade, raça, sexo
ou posição organizacional podem, contudo, não pertencer a
um mesmo “grupo”. Estas características comuns podem
favorecer a amizade ou a coloquialidade, mas as pessoas que
partilham não formam, obrigatoriamente um grupo.
História de vida
•
Regra geral: os investigadores que realizam este tipo de
estudo de caso encontram-nos por acaso. Não decidem qual
o “tipo” de sujeito que desejam entrevistar partindo, em
seguida, em busca de alguém que corresponda ao modelo.
Pelo contrário, encontram uma pessoa que os impressiona
como sendo um objeto interessante e resolvem, depois,
prosseguir o estudo.
Estudos comunitários
Semelhantes ao estudo de caso de observação. Exceto
pelo fato de o objeto do estudo ser o bairro ou uma
comunidade e não uma escola ou outra instituição;
Microetnografia
• Refere-se a estudos de caso realizados seja em unidades
muito pequenas de uma organização (uma parte de uma
turma), seja numa atividade organizacional muito
específica (crianças aprendendo a desenhar);
• A escolha intencional de um caso
invulgar ou a escolha aleatória
deixa em aberto a possibilidade de
generalizações. Como será possível
articular o contexto escolhido com
a diversidade do comportamento
humano?;
• O investigador tem de definir o
objeto do seu estudo; isto é, de
que tipo de caso estar a tratar?;
• [...] algumas decisões
não
podem
ser
consideradas corretas
ou incorretas, em si;
representam apenas
uma escolha.
Amostragem interna
• Entendemos as decisões que são tomadas a partir de uma
ideia geral daquilo que se pretende estudar, as pessoas com
quem queremos falar, qual a hora do dia em que o faremos,
quantos documentos e de que tipo iremos rever;
Amostragem de
tempo
• O tempo durante o
qual visita um local ou
está com uma pessoa
influenciará o tipo de
dados que irá obter.
•
Outra dificuldade
no planeamento
está relacionada
com a quantidade
de tempo que deve
disponibilizar para
um estudo de caso;
Saturação de dados
• Os investigadores
qualitativos aferem a
altura em que
terminaram o estudo.
O ponto da recolha de
dados a partir do qual a
aquisição de informação
se torna redundante.
Estudos realizados simultaneamente em múltiplos locais
1- Indução analítica modificada:
• O método de indução analítica é utilizado quando algum
problema ou questão específica se transforma no foco da
pesquisa.
2- Método comparativo constante
• Implica na combinação da recolha de dados com a sua
análise e estas se desenrolam alternadamente.
Método comparativo constante - passos
- Inicie a recolha de dados;
- Recolha dados que
- Procure situações-chave,
acontecimentos recorrentes
ou atividades;
proporcionem muitos
incidentes e diversidades das
categorias em estudo
- Trabalhe com dados e com o
- Escreva sobre as categorias
que está a explorar;
- Descreva todos os incidentes
e procure novos;
modelo emergente para descobrir
processos sociais e relações básicas;
- ocupe-se da
amostragem,codificação e escrita, à
medida que a análise se concentra
nas categorias principais.
Questões adicionais relacionadas com o plano
• Redação da proposta
• Os alunos elaboram-nas
para os seus professores
ou para as comissões de
tese; os investigadores
fazem-nas para
potenciais financiadores.
[...]
Estudo
qualitativo:
• descrever o que vão fazer
antes
de
iniciar
a
investigação;
• As propostas são mais
sucintas do que as da
investigação quantitativa;
• é geralmente desnecessária
uma longa revisão de
literatura;
• não
efetuar
revisões
substanciais de literatura
antes da recolha de dados.
As propostas
qualitativas
• A primeira consiste em
realizar algum trabalho de
campo antes de escrever a
proposta;
• A segunda escolha consiste
em escrever uma proposta
sem
observações
ou
entrevistas preliminares;
• As propostas relativas a estudos qualitativos diferem
significativamente, umas das outras, mas apresentam
pontos comuns. Existem perguntas específicas que
todas as boas propostas formulam:
•
•
•
•
1. O que pretende fazer?
2. Como o vai fazer?
3. Por que o vai fazer?
4. De que forma aquilo que vai
fazer se relaciona com o que
outros já fizeram?
• 5. Qual é o contributo potencial
(para a investigação básica e/ou
prática) do seu trabalho?
• Para
além
destas
perguntas,
existem
outras destinadas às
pessoas que tenham
procedido a uma recolha
prévia de dados:
• 1. O que é que já fez?
• 2.
Que
temas,
preocupações ou tópicos
surgiram do seu trabalho
preliminar?
Que
questões analíticas vai
aprofundar?
• As
propostas
devem
também incluir uma lista de
questões de investigação,
isto é, questões que ajudem
a enquadrar o foco do seu
estudo;
• A proposta orienta o seu
trabalho. Idealmente, seria
como um pai levando uma
criança para o recreio;
• As pessoas que se dedicam à
revisão
de
propostas
qualitativas
devem
compreender que estas não
são contratos rígidos dos
quais o investigador não se
possa desviar.
Grelhas de entrevista e guiões do
observador
O plano de investigação: um processo evolutivo
no qual as perguntas a serem colocadas e os
dados a serem recolhidos decorrem do próprio
processo da investigação.
Investigação em equipa e
investigação do "cavaleiro
solitário"
• A grande maioria das
investigações qualitativas
são aquilo que se designa
por
investigação
do
"cavaleiro solitário", isto
é, o investigador enfrenta,
isoladamente, o mundo
empírico, partindo só,
para voltar com os
resultados. contudo, cada
vez mais a investigação
qualitativa é feita em
equipa.
Referências Bibliográficas
•
BOGDAN, ROBERT; BIKLEN, SARI. Investigação Qualitativa em Educação . Porto: Porto Editora,1994 (Cap. II
– Plano de Investigação.
•
Revista veja.Editora Abril . Edição 2316 – 46 – nº 15, 10 de abril de 2013
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Capítulo 2