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EXEMPLAR DE ASSINANTE - VENDA PROIBIDA
FUNDADO EM 1º DE OUTUBRO DE 1827 - ANO CLXXXVIII - N 0 247
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QUARTA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2015
NOVO PASSO DO BTG PACTUAL
PARA OPERAR METAIS NA ÁSIA
O BTG Pactual, do André Esteves, vai incorporar
uma equipe de operadores de
negociações com metais da
Gold Matrix Resources, de
Cingapura, à medida em que
centraliza sua atividade com
commodities naquela cidade-estado e leva seu
serviço ligado a metais para a Ásia. B-2
NEM SEMPRE AS PESSOAS dão a
devida importância aos
sintomas clássicos da asma. Uma pesquisa revela
confusão da população
sobre o mal, além de
uma falsa sensação de
controle da doença
respiratória mais comum em todo o
mundo. B-7
Dólar bate R$ 4,054, maior
valor desde criação do real
A expectativa de chegada da cotação do dólar aos R$ 4,00 foi
cumprida. A combinação explosiva de crise política, dificuldade do
governo em avançar no ajuste fiscal e risco de novo rebaixamento
do rating soberano do Brasil, que veio retroalimentando o dólar nas
últimas semanas, alcançou o ápice ontem, dia em que a moeda
norte-americana avançou 1,83%, chegando ao valor de fechamento de R$ 4,054, o mais elevado preço desde o lançamento do Plano
Real, em 10 de julho de 1994. Na segunda-feira, o Banco Central havia promovido leilões de linha (venda de dólares com compromis-
so de recompra) de até US$ 3 bilhões, que contiveram a alta do dólar por apenas quatro minutos – mesmo assim, somente a parte do
mercado mais pessimista enxergava o rompimento dos R$ 4,00 antes do final do ano. "O dólar continuará subindo, sabe-se lá até onde", assinalou o diretor de Câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues. O operador da corretora Correparti Guilherme França Esquelbek avisou, em nota a clientes, que “leilão de linha não faz mais
preço". Na bolsa de valores brasileira, após um dia nervoso, a baixa
do Ibovespa no encerramento ficou limitada a 0,7%. B-1
REPRODUÇÃO YOUTUBE
Marcia
PELTIER
Lionel Messi participa
de campanha de
conscientização
sobre doação de
órgãos no Brasil.
A-12
POLUIÇÃO
VOLKSWAGEN PODE PREJUDICAR
ECONOMIA DA ALEMANHA. B-3
CONGRESSO
VETOS DE DILMA ROUSSEFF
COMEÇAM A SER VOTADOS. A-5
Imposto: Gerdau defende
aumento, mas temporário
Embora seja favorável a uma política fiscal que dê prioridade aos cortes de gastos, o empresário Jorge Gerdau disse acreditar que a crise atual abre caminho
para um aumento temporário de impostos, durante evento em São Paulo. "Como já tivemos a perda do grau de investimento pela Standard & Poor’s, eu prefiro
passar um ou dois anos pagando impostos a mais", afirmou, em referência à
proposta do governo de voltar com a CPMF. Apesar de mostrar compreensão
com a necessidade do governo de elevar tributos, Gerdau reclamou do alto nível
da carga tributária brasileira. "Deveríamos melhorar a gestão e baixar os gastos,
mas nós voltamos à repetição histórica de aumento de impostos", lamentou. A-2
LOJISTA
Conta de luz leva
nova pancada para
cobrir tributação
Os consumidores de energia vão ter uma
conta a mais para pagar. A Receita Federal
do Brasil tributará pela primeira vez as
operações de energia de reserva, mecanismo que o governo utiliza desde 2008 para
contratar usinas de fontes renováveis, como eólicas e biomassa, com o objetivo de
aumentar a segurança do sistema elétrico.
A cobrança inédita, de R$ 845 milhões, é retroativa a 2010, quando começaram os pagamentos por essa energia pela Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE), e ocorre em momento em que o
governo federal busca elevar a sua arrecadação para atingir metas fiscais. A CCEE
contesta a cobrança e tem uma liminar em
vigor para evitar o pagamento, mas decidiu
fazer uma provisão para eventual derrota
na disputa judicial, o que fará com que a
cobrança seja repassada hoje para os consumidores, que vão arcar com R$ 575 milhões, por meio do recolhimento de um
encargo nas contas de luz. A-3
Pacote com CPMF é enviado ao Congresso
O governo mandou ontem para o Congresso Nacional o pacote de medidas fiscais anunciado na última semana, que inclui a reedição da Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF).
O potencial de arrecadação das propostas
Rosa Helena Neves, diretora-executiva do Polo
FESTIVAL 'REVELA' POLO
JOALHEIRO DO PARÁ. B-8
GESTÃO
ESTADO DO RIO TEM GRANDE
PLANO DE METAS ATÉ 2018. A-6
ENTRELINHAS
A crise não viaja com Dilma
A-4
BRASÍLIA/DF
E Eduardo Cunha entra
A-8
EDITORIAL
Prioridades fluminenses
A-10
apresentadas é de R$ 10 bilhões em 2015 e
de R$ 32 bilhões em 2016. Pelo texto apresentado, a alíquota da CPMF será de
0,20%. Apesar de especulações sobre possível recuo do Palácio do Planalto, foi mantido o prazo de quatro anos de vigência do
BC revisa projeções e aponta
para déficit externo mais baixo
A estimativa do Banco Central para
os investimentos produtivos no País
em 2015 desabou de US$ 80 bilhões
para US$ 65 bilhões. O volume será
justo para financiar o rombo previsto
agora para as transações correntes,
que também caiu de US$ 81 bilhões
para R$ 65 bilhões. Os principais motivos que levaram às revisões são a
disparada do dólar e a retração da
economia. O mesmo valor estimado
para as duas contas não é casual, afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. “Existem
variáveis que interconectam os dois
lados da balança, em especial a taxa
de câmbio", explicou. Por causa deste quadro, o BC alterou também sua
estimativa para a balança comercial,
que terá superávit de US$ 12 bilhões
e não mais de US$ 3 bilhões como
calculado em junho. A-2
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STF abre inquéritos sobre Mercadante e Nunes. B-5
tributo, como queria o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O texto pode passar por
alterações, inclusive com elevação da alíquota, de 0,20% para 0,38%, como desejam os governadores aliados. A diferença
iria para estados e municípios. A-5
Consumidor fecha
a bolsa com mais
força, mostra CNC
A Intenção de Consumo das Famílias
(ICF), indicador apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 2,4% em setembro na comparação com agosto, registrando 79,8 pontos, informou ontem a
entidade. Na comparação com igual mês
do ano passado, a retração foi de 34,5%.
Esse foi o oitavo mês consecutivo de queda no índice, que permanece na zona negativa (abaixo de 100 pontos), indicando
a percepção de insatisfação com a situação atual. Todos os quesitos apurados no
ICF seguem nos menores valores da série
histórica, iniciada em 2010. Compras a
prazo estão sendo rejeitadas, pelo elevado custo do crédito e o alto nível de endividamento das famílias. A-3
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Dólar bate R$ 4054, maior valor desde criação do real Imposto