Artigo Inédito Na era do clareamento dentário a laser ainda existe espaço para o clareamento caseiro? Fabiano Carlos Marson*, Luis Guilherme Sensi*, Fabiano de Oliveira Araújo*, Mauro Amaral Caldeira de Andrada**, Élito Araújo*** Resumo O clareamento dentário é um dos tratamentos odontológicos mais solicitados para obtenção de um sorriso mais estético. Ele pode ser classificado em caseiro ou de consultório. A técnica mais utilizada atualmente é a caseira, que consiste basicamente na moldagem das arcadas dentárias para obtenção de modelos em gesso, confecção da moldeira de silicone e aplicação da solução clareadora so- bre os dentes indicados por um determinado período. Já o clareamento dentário no consultório é uma alternativa para o paciente que não foi capaz de realizar o regime caseiro ou requer resultados mais rápidos, podendo estar associado à utilização de unidades ativadoras. O objetivo deste artigo foi explanar as características das duas técnicas e comparar suas vantagens e limitações. Palavras-chave: Estética. Clareamento no consultório. Clareamento dentário. Peróxido de carbamida. Peróxido de hidrogênio. * Doutorandos em Dentística pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor de Dentística da Faculdade UNINGÁ - Maringá - Paraná. ** Professor titular da disciplina de Dentística da Universidade Federal de Santa Catarina. *** Professor titular da disciplina de Clínica Integrada da Universidade Federal de Santa Catarina. R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 89-98, jan./fev./mar. 2006 89 Na era do clareamento dentário a laser ainda existe espaço para o clareamento caseiro? Introdução tratamento. Após exame clínico, radiográfico e Dentes saudáveis, claros e alinhados são pa- anamnese da paciente, verificou-se que os den- drões de estética em nossa sociedade. Uma das tes eram naturalmente amarelados (Fig. 1, 2). A ferramentas utilizadas na Odontologia, dentre os melhor indicação para o tratamento clareador vários procedimentos estéticos, é o clareamento é quando o paciente apresenta dentes vitais dentário. O tratamento clareador para dentes vi- naturalmente amarelados ou escurecidos pela tais pode ser realizado através de duas técnicas: idade2,3. A paciente foi esclarecida sobre o pro- caseira ou no consultório. A principal diferença cedimento, bem como a respeito dos possíveis entre essas técnicas está na concentração do gel efeitos colaterais (sensibilidade dentária pas- clareador e no tempo de uso. O clareamento pela sageira e irritação gengival). No início do tra- técnica caseira utiliza produtos com concentra- tamento clareador é primordial a conferência ções baixas, entre 10% e 16% de peróxido de car- da cor dos dentes através da escala de cor, re- bamida, que corresponde à concentração entre gistrando-a no prontuário. Outra opção é tirar 4% a 7% de peróxido de hidrogênio em múltiplas fotografias iniciais para compará-las ao final do aplicações . Na técnica de consultório são utiliza- tratamento (Fig. 3). 1 das concentrações mais altas, variando de 30% a Selecionada a moldeira, molda-se com algi- 38% de peróxido de hidrogênio em poucas apli- nato os arcos dentários inferior e superior. As cações. No entanto o profissional deve ficar aten- moldagens são analisadas, devendo ser cópias fi- to durante o procedimento clareador, pois a alta éis de todo o contorno gengival e das estruturas concentração pode induzir efeitos colaterais, envolvidas. O molde é vazado com gesso pedra como sensibilidade dentária, irritação gengival e e, após a presa, o excesso é recortado, para faci- ulceração nos tecidos moles bucais. A concentra- litar a adaptação da placa de silicone ao mode- ção do gel e os efeitos colaterais são menores na lo, principalmente na região cervical. O modelo técnica caseira. de gesso é então plastificado para a obtenção Para o correto tratamento clareador é neces- da moldeira para o clareamento (Fig. 4). Não é sária uma avaliação completa do paciente, iden- necessário realizar alívio nas faces vestibulares tificando o estado bucal através de radiografias, dos dentes a serem clareados, pois a sua confec- anamnese e exame clínico, visando diagnosticar a ção não proporciona melhores resultados clíni- causa da alteração de cor. O diagnóstico irá norte- cos, seja ele acelerando o processo clareador ou ar o plano de tratamento mais adequado. O obje- interferindo no resultado final obtido4. tivo deste artigo é demonstrar os procedimentos As moldeiras são recortadas com tesoura odontológicos envolvendo a técnica caseira atra- fina, aproximadamente 1mm além da margem vés de casos clínicos e explanar as características gengival, acompanhando o contorno gengi- das técnicas de consultório e caseira. val (Fig. 5, 6) e provadas no paciente (Fig. 7). O tratamento clareador pode ser realizado pri- PROCEDIMENTO CLÍNICO DA TÉCNICA CASEIRA 90 meiro no arco superior e depois no inferior ou Paciente do gênero feminino, 22 anos, insa- simultaneamente. Quando realizado ao mes- tisfeita com a coloração dos seus dentes, com- mo tempo é de fundamental importância o pa- pareceu à Universidade Federal de Santa Cata- ciente estar ciente da cor inicial, através da es- rina, disciplina de Dentística, necessitando de cala de cor ou fotografias intrabucais iniciais, R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 89-98, jan./fev./mar. 2006 Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Fabiano de Oliveira Araújo, Mauro Amaral Caldeira de Andrada, Élito Araújo Figura 1 - Aspecto clínico inicial, notem a coloração amarelada dos dentes, decorrente de fatores hereditários. Figura 2 - Vista vestibular dos incisivos superiores. Figura 3 - Registro da cor através de escala de cor. Figura 4 - Modelo de gesso e confecção da placa de silicone. Figura 5 - Recorte dos excessos da placa de silicone. Figura 6 - Placa de silicone recortada acompanhando o contorno gengival. R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 89-98, jan./fev./mar. 2006 91 Na era do clareamento dentário a laser ainda existe espaço para o clareamento caseiro? Figura 7 - Prova da adaptação da placa de silicone. Figura 8 - Inserção do gel clareador na parte vestibular da placa de silicone. Figura 9 - Após 14 dias do tratamento clareador no arco superior. Figura 10 - Vista aproximada dos incisivos centrais clareados. para avaliação do grau de clareamento dentário amento dentário utilizando o gel por 2 horas ao final do tratamento. diárias, verificamos o efeito obtido no arco su- O material utilizado para o clareamento perior (Fig. 9, 10). A paciente foi orientada a ini- dos dentes vitais foi o peróxido de carbamida ciar o tratamento no arco inferior por mais 14 a 10%, aplicado na parte vestibular da moldeira dias, verificando o resultado obtido na figura 11. de silicone e assentado sobre os dentes, por 2 Nas figuras 11 a 16 são demonstrados casos clíni- horas durante 14 dias (Fig. 8). Este período de cos de clareamento dentário pela técnica caseira tempo é suficiente, devido ao pico de absorção com peróxido de carbamida de 10 a 16%. do gel clareador ocorrer em até 3 horas de uso, Sensibilidade dentária pode ser observada sofrendo um declínio após este período5. Além durante o clareamento, sendo esta revertida disso, a utilização por tempo prolongado do gel ou minimizada através da redução da concen- clareador, cerca de 6 a 8 horas por dia, aumen- tração do gel clareador utilizado, da diminuição ta a sensibilidade dentária e causa desconforto do tempo de uso diário ou ainda com aplicação aos pacientes que não se adaptam a dormir com do gel flúor neutro a 1,1% após a remoção da a moldeira de silicone . Após 14 dias do clare- moldeira por um período de 5 minutos7. 6 92 R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 89-98, jan./fev./mar. 2006 Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Fabiano de Oliveira Araújo, Mauro Amaral Caldeira de Andrada, Élito Araújo Figura 11 - Aspecto inicial do caso clínico. Figura 12 - Após o clareamento do arco superior através do peróxido de carbamida a 10%. Figura 13 - Vista vestibular do clareamento dentário após 28 dias de tratamento. Figura 14 - Dentes vitais naturalmente escurecidos. Figura 15 - Clareamento dos dentes superiores com peróxido de carbamida a 16% por 1 h/dia, durante 14 dias. Figura 16 - Tratamento clareador terminado. R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 89-98, jan./fev./mar. 2006 93 Na era do clareamento dentário a laser ainda existe espaço para o clareamento caseiro? Outro desconforto possível é a irritação cor original após um período mínimo de 2 anos10, gengival, que pode ser contornada avaliando- diferentemente da técnica caseira que tem uma se a adaptação da moldeira de silicone, remo- estabilidade de cor, após 7 anos, de pelo menos vendo o contato do gel com a margem gengi- 42% dos dentes clareados, se mantendo sem ne- val e com a diminuição do tempo de utilização nhum tratamento clareador adicional11. da moldeira de silicone8. Para maior estabilidade da cor em longo prazo utilizando a técnica no consultório (peróxido de COMPARAÇÃO DA TÉCNICA CASEIRA E DE CON- hidrogênio a 35%) pode-se associar as duas téc- SULTÓRIO nicas (caseira e consultório). A primeira sessão do Embora o clareamento caseiro seja o mais clareamento é feita com peróxido de hidrogênio indicado para o tratamento de dentes vitais, a 35% (técnica do consultório), seguida da técni- alguns pacientes não se adaptam à técnica ca caseira, promovendo uma maior estabilidade caseira pela utilização da moldeira de silicone de cor12. Outra maneira de conseguir um resulta- e/ou não gostam de esperar duas a três sema- do com maior estabilidade de cor é realizar duas nas para ver uma mudança na coloração dos sessões clínicas na técnica no consultório (peró- dentes, necessitando uma técnica que produ- xido de hidrogênio a 35%), com três aplicações za resultados mais imediatos. O clareamento do gel clareador em cada sessão. dentário pela técnica no consultório é uma Alguns géis à base de peróxido de hidrogênio alternativa para estes pacientes. Como essas a 35% aprimoraram sua formulação, associando duas técnicas são indicadas para o clareamento um conjunto de corantes especiais (para maior de dentes vitais, observamos no quadro 1 suas absorção de luz) e presença de carga inorgânica, características, vantagens e desvantagens. o que permite maior retenção de ondas de calor Apesar da técnica de consultório utilizar so- e de luz que chega à polpa dentária. Desta forma lução clareadora de alta concentração (peróxi- a energia luminosa e o calor são concentrados do de hidrogênio a 35%) associada a unidades no gel, prevenindo a sensibilidade dentária. Esta ativadoras (Luz halógena, Arco de plasma, LED, nova formulação tem gerado bons resultados LED+Laser, Laser) para “potencializar” o efeito clínicos e diminuição da sensibilidade dentária. do gel clareador, os resultados clínicos não são Nas figuras 17 a 27 são demonstrados os passos confiáveis em longo prazo, devido à limitação operatórios do clareamento dentário de dois ca- em relação à estabilidade da cor, principalmen- sos clínicos, pela técnica no consultório. te quando é realizada em apenas uma sessão No primeiro caso clínico foi utilizada ati- de clareamento . Após alguns meses, pode haver vação do gel clareador com um equipamento uma recidiva na cor obtida após o clareamento. híbrido Led associado a Laser de baixa potên- Novidades nos agentes claredores de consultório, cia (Bio-Lux, Bio Art) e no segundo caso clínico como a inclusão de aceleradores químicos asso- nenhuma fonte ativadora foi utilizada. Através ciados a compostos que diminuem a sensibilidade destes casos e de dados preliminares de um es- dentária e barreiras gengivais fotopolimerizáveis, tudo clínico realizado na UFSC, avaliando a uti- têm simplificado este tratamento e demonstra- lização ou não de fontes ativadores em 50 pa- do uma melhora nos seus resultados. Entretanto, cientes, verificamos que não existe diferença no clinicamente há um discreto retorno do dente à clareamento obtido, ou seja, apesar da idéia de 9 94 R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 89-98, jan./fev./mar. 2006 Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Fabiano de Oliveira Araújo, Mauro Amaral Caldeira de Andrada, Élito Araújo TÉCNICA CASEIRA TÉCNICA NO CONSULTÓRIO Peróxido de carbamida de 10% a 16% Peróxido de hidrogênio de 30% a 35% O gel clareador é aplicado em moldeiras de silicone Proteção gengival através do isolamento absoluto ou barreira gengival Utilizado diariamente de 1 a 3 horas/dia, durante 2 semanas Utilizado de 1 até 3 sessões clínicas de 45 minutos cada, associado ou não a fontes ativadoras (Luz halógena, LED, LED/Laser ou Laser) VANTAGENS Gel clareador pouco agressivo aos tecidos Menor custo Resultado mais rápido quando realizado em 1 ou 2 sessões clínicas Menor recidiva de cor em longo prazo Processo controlado pelo profissional Poucas e rápidas consultas DESVANTAGENS Necessita da colaboração do paciente O gel clareador é agressivo aos tecidos bucais Custo elevado Alguns pacientes não se acostumam com o uso das moldeiras Recidiva da cor é mais rápida em longo prazo Tempo longo de consulta clínica Quadro 1 - Características, vantagens e desvantagens das técnicas caseiras e no consultório. Figura 17 - Aspecto clinico inicial, é necessário o registro da cor com escala de cor ou fotografia digital para comparação ao final do tratamento. R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 89-98, jan./fev./mar. 2006 95 Na era do clareamento dentário a laser ainda existe espaço para o clareamento caseiro? Figura 18 - Foi utilizado o isolamento relativo da gengiva com o protetor gengival fotopolimerizável Top Dam (FGM, Joinvile, Brasil) prevenindo o contato do gel clareador com o tecido gengival. Após a aplicação do protetor gengival em todo o contorno gengival, o mesmo foi polimerizado por 10 segundos por dente. Figura 19 - Inserção do gel clareador à base de peróxido de hidrogênio a 35% Whiteness MAXX (FGM) na proporção de 3 gotas de peróxido para 1 de espessante, para o clareamento de um arco são necessárias em média 12 gotas de peróxido para 4 de espessante. Figura 20 - O paciente foi submetido a duas sessões de clareamento, com peróxido de hidrogênio a 35%, com 3 aplicações do gel clareador em cada sessão clínica, cada aplicação foi de 15 minutos, totalizando 45 minutos em cada consulta. Figura 21 - Ao final do tratamento clareador, foi removido o gel com uma gaze e nas regiões proximais com um sugador metálico endodôntico. Após as sessões de clareamento foi aplicado o dessensibilizador Desensibilize KF 2% (FGM) por 5 minutos, composto de nitrato de potássio, associado a fluoreto de sódio, com o objetivo de evitar sensibilidade dentária. Figura 22 - Aspecto clínico inicial. Figura 23 - Para facilitar o procedimento de clareamento dentário foi utilizado um afastador labial e um sugador de alta potência. Proteção da gengiva através da inserção da barreira gengival Top Dam (FGM). Esta barreira deve ser polimerizada para que fique rígida e proteja a gengiva frente ao gel clareador. 96 R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 89-98, jan./fev./mar. 2006 Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Fabiano de Oliveira Araújo, Mauro Amaral Caldeira de Andrada, Élito Araújo Figura 24 - O gel clareador é composto de dois frascos, um contendo o peróxido de hidrogênio concentrado e o outro o espessante. A manipulação do gel clareador seguiu as normas do fabricante, misturando o peróxido (fase 1) como o espessante (fase 2) na proporção de 3 gotas de peróxido para 1 gota de espessante, tendo sido misturado com movimentos circulares até formar um gel, aplicado sobre a superfície vestibular dos dentes a serem clareados. Figura 25 - O gel clareador permaneceu por 15 minutos sobre a face vestibular dos dentes, após este período e foi reaplicado o gel por no máximo 2 vezes, totalizando 45 minutos de tratamento. Neste caso não foi utilizada fonte ativadora, pois não existe diferença na utilização ou não de fontes ativadoras como luz halógena, LED, LED+Laser ou Laser. Figura 26 - Após a sessão de clareamento foi aplicado o dessensibilizador Desensibilize KF 2% (FGM) por 5 minutos com o objetivo de evitar sensibilidade dentária. Notem o aspecto final após o clareamento. Figura 27 - Aspecto final após 2 sessões de clareamento com 3 aplicações do gel clareador em cada sessão. Compare o clareamento conseguido no arco superior com o inferior ainda não clareado. utilizar unidades ativadoras (Luz halógena, Arco peróxido de carbamida em baixas concentrações. de plasma, LED, LED+Laser, Laser) com a finali- A técnica está sofrendo modificações com o ob- dade de potencializar o tratamento clareador e jetivo de diminuir o tempo de uso e seus efeitos obter um melhor resultado, isso não tem sido colaterais, facilitando sua utilização pelos pacien- observado clinicamente, não existindo dife- tes. Quando o paciente necessita de resultados rença no clareamento obtido utilizando ou não mais rápidos ou não se adapta à técnica caseira, é fontes auxiliares recomendada a técnica de consultório com duas 9,12 . sessões clínicas ou a associação das técnicas, não CONCLUSÃO A técnica de escolha para clareamento de dentes vitais é a técnica caseira utilizando o gel de havendo necessidade de utilizar uma fonte ativadora para “potencializar” o clareamento com peróxido de hidrogênio a 35%. R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 89-98, jan./fev./mar. 2006 97 Na era do clareamento dentário a laser ainda existe espaço para o clareamento caseiro? Is there any space left for home-bleaching in the age of laser-activated bleaching? Abstract The dental bleaching is one of the most one determined period. Already, the in-office requested patient treatments for attainment of bleaching is an alternative for the patient who was a more aesthetic smile. It can be classified in not capable to carry through the home bleaching at-home or in-office bleaching. The more used and present faster resulted, being able to be technique is at-home bleaching, which consists associated with the use of activation units. The basically of the impressions of the dental and aim of this article was to show the characteristics confection of a soft tray and application of of these two techniques and to compare their the bleaching solution on teeth indicated for advantages and limitations. KEY WORDS: Esthetic. In-office bleaching. Dental bleaching. Carbamide peroxide. Hydrogen peroxide. Referências 1. HAYWOOD, V. B.; HEYMANN, H. O. Nightguard vital bleaching. Quintessence Int, Berlin, v. 20, no. 3, p. 173-176, Mar.1989. 2. LEONARD JR., R. H. Long-term treatment results with nightguard vital bleaching. Compend Contin Educ Dent, Lawrenceville, v. 24, no. 4A, p. 364-74, Apr. 2003. 3. RITTER, A. V.; LEONARD JR., R. H.; ST GEORGES, A. J.; CAPLAN, 7. 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Endereço para correspondência Fabiano Carlos Marson Av. Tiradentes, 116, ap. 1300, Edif. Carlos Gomes, Centro Maringá - PR - CEP 87013-040 e-mail: [email protected] 98 R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 89-98, jan./fev./mar. 2006