0 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE/SOEBRÁS HIDROXIAPATITA: SUBSTITUTO ÓSSEO NAS RECONSTRUÇÕES ALVEOLARES Carlos Henrique Vieira Horta Três Corações - MG 2012 1 Carlos Henrique Vieira Horta HIDROXIAPATITA: SUBSTITUTO ÓSSEO NAS RECONSTRUÇÕES ALVEOLARES Monografia apresentada ao Curso PósGraduação em Implantodontia, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista. Orientador: Três Corações - MG 2012 Prof. Luiz Marinho Henrique Moreira 2 Carlos Henrique Vieira Horta HIDROXIAPATITA: SUBSTITUTO ÓSSEO NAS RECONSTRUÇÕES ALVEOLARES Aprovado em____/____/____ COMISSÃO EXAMINADORA ___________________________________________________ Orientador: Prof. Luiz Henrique Moreira Marinho ___________________________________________________ Prof. ___________________________________________________ Prof. 3 DEDICATÓRIA À minha esposa Renata e aos meus filhos Guilherme e Ana Luísa pelo carinho e compreensão todos os dias. 4 AGRADECIMENTOS Ao Prof. Luiz Henrique Moreira Marinho, pela atenção, pela cuidadosa revisão e pela orientação e cuidado na elaboração deste trabalho. Aos colegas de curso, pela amizade e pelos ótimos momentos que passamos juntos. Aos demais professores pela paciência e atenção constantes Aos funcionários pela ajuda e gentileza no atendimento. MUITO OBRIGADO! 5 “O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem; mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir.” Albert Einstein 6 RESUMO Materiais à base de fosfato de cálcio vêm sendo bastante estudados nos últimos anos por vários pesquisadores principalmente para aplicações tecnológicas na área de saúde voltada ao uso clínico com o intuito de substituir o enxerto ósseo autógeno em cirurgias ortopédicas. O substituto ósseo ideal deve ser biocompatível e gradualmente substituído por novo tecido ósseo, além de possuir propriedade osteoindutiva e/ou osteocondutiva. As Hidroxiapatitas (HA) obtidas por diferentes métodos têm sido avaliadas em animais e humanos. Em todos os casos documentados, esse material tem demonstrado apresentar um alto grau de biocompatibilidade com os tecidos duro e mole. HA é indicada para recuperação de perdas ósseas, em geral, deformidades ósseas, preenchimento de alvéolos após extração, regularização de rebordo alveolar, como protetor pulpar direto e outras aplicações clínicas na medicina humana e na odontologia. Palavras-chave: Hidroxiapatita, enxerto ósseo, regeneração óssea. 7 ABSTRACT Materials based on calcium phosphate has been extensively studied in the last years by several researchers, mainly to technological applications in the health area to the clinical uses, with the aim to substitute the bone autograft in a orthopedic surgery. The ideal bone substitute should be biocompatible and gradually substituted by the new bony tissue, beside it must have osteoconductive and/or osteoinductive properties. Hydroxilapatites (HA) obtained different methods has been evaluated in human and animals. In all the registered cases, this material has demonstrated to present a high degree of biocompatibility with both hard and soft tissues. HA is indicated for recovery of bone substitute, alveolar ridge reconstruction procedures, in endodontics and other clinical applications in the medicine and dentistry. Key words: Hydroxilapatite, Bone graft, Bone regeneration. 8 LISTA DE ABREVIATURAS BMF: Proteínas Ósseas Morfogenéticas DRX: Difração de Raios X HA: Hidroxiapatita IGF: Fator de Crescimento Insulina-dependente MEV: Microscopia Eletrônica de Varredura PDGF: Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas TGF: Fator de Crescimento Tissular TGFβ: Fator de Crescimento Tissular Beta 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Classificação dos enxertos e comparação entre o mecanismo de formação óssea....................................................................................17 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11 2 PROPOSIÇÃO........................................................................................................13 3 REVISÃO DA LITERATURA..................................................................................14 3.1 SUBSTITUTOS ÓSSEOS....................................................................................15 3.2 BIOMATERIAIS – ENXERTOS ALOPLÁSTICOS................................................18 3.3 HIDROXIAPATITA................................................................................................19 4 DISCUSSÃO...........................................................................................................24 5 CONCLUSÕES.......................................................................................................27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................29 11 1 INTRODUÇÃO No decorrer da última década, vem sendo crescente a associação de várias áreas tecnológicas e médicas, com o objetivo de desenvolver terapias capazes de maximizar e acelerar processos regenerativos de tecidos orgânicos sem provocar efeitos adversos aos pacientes, sendo essa associação profissional chamada de engenharia de tecidos. Neste contexto, a utilização de biomateriais como algumas biocerâmicas de fosfato de cálcio, para acelerar a reparação óssea, são muito estudadas e documentadas. Os biomateriais são inertes, degradáveis e absorvíveis e favorecerem o crescimento ósseo por condução e, se possível, por indução. Essas características dependem das propriedades físicas e químicas do material, que devem ser compatíveis com as reações fisiológicas do osso. O grupo de biomateriais que mais se assemelham à composição do osso é o das cerâmicas de fosfato de cálcio, dentre as quais a mais difundida é a hidroxiapatita. A estrutura porosa da hidroxiapatita funciona como suporte passivo à neoformação vascular, o que leva à proliferação de fatores indutores da aposição óssea (BORGES, 1998). Os biomateriais podem ser definidos como substâncias de origem natural ou sintética, tolerados de forma transitória ou permanente pelos diversos tecidos que constituem os órgãos dos seres vivos (MORAES, 2002). A hidroxiapatita é a biocerâmica mais utilizada na área médica e ocupa lugar de destaque por apresentar-se quimicamente muito similar à fase mineral do osso, preenchendo pré-requisitos biológicos importantes para sua interação com meios orgânicos (CAMARGO et al., 2009). A superfície porosa da hidroxiapatita parece fornecer um substrato adicional à proliferação do tecido ósseo. Permitindo a junção, proliferação, migração e expressão fenotípica de células ósseas, o que resultará em formação de novo osso, em aposição direta ao biomaterial. Na Odontologia, podem ser utilizadas para o tratamento de perdas e correções de defeitos ósseos, para o aumento ou reconstrução do rebordo alveolar, 12 preenchimento de defeitos intra-ósseos e de alvéolos dentários, implantes imediatos após exodontias, elevação do assoalho do seio maxilar e tratamento de defeitos peri-implantares. Sendo assim, torna-se oportuno a realização de um estudo bibliográfico para melhor entendimento do mecanismo de formação do osso por meio dos substitutos ósseos, dentre eles a hidroxiapatita. 13 2 PROPOSIÇÃO O objetivo deste estudo é realizar uma revisão bibliográfica a respeito da hidroxiapatita como substituto ósseo nas reconstruções alveolares. 14 3 REVISÃO DA LITERATURA Para entendimento do mecanismo de ação da hidroxiapatita, faz-se necessário o conhecimento dos mecanismos de formação óssea, neste contexto Lindhe et al. (2005) afirmaram que a osteogênese é a formação e desenvolvimento do osso. Neste mecanismo, os biomateriais são capazes de promover a formação óssea por carregarem consigo células ósseas. Células osteogênicas podem encorajar a formação óssea em tecidos mucosos ou ativar rapidamente a neoformação nos sítios ósseos. O osso autógeno é um exemplo de enxerto com propriedade osteogênica e é capaz de formar tecido ósseo mesmo na ausência de células mesenquimais indiferenciadas. Já a osteoindução é o ato ou processo de estimular a osteogênese. Envolve a formação de um novo tecido ósseo, pela diferenciação local das células mesenquimais indiferenciadas em osteoblastos, sob a influência de um ou mais agentes indutores, como as proteínas ósseas morfogenéticas (BMP), presentes nos enxertos. Ten Cate (2008) afirmou que os mecanismos que controlam a remodelagem óssea ainda não são compreendidos. Uma questão-chave é como os osteoclastos são direcionados a um lugar específico para realizar a reabsorção óssea. Osteoblastos estimulados por hormônios ou, talvez, por alterações locais, como a movimentação dentária, podem proporcionar um mecanismo de controle para reabsorção óssea. Sabe-se que os osteoclastos só podem reabsorver superfícies mineralizadas. Deve ocorrer, também, sinalização hormonal, uma vez que a calcitonina e a leupeptina inibem a liberação de cálcio e a atividade colagenolítica, presumivelmente por terem como alvo os osteoclastos. Por outro lado, o processo de reabsorção pode ser autorregulável devido à dissolução mineral que precede a degradação da matriz orgânica no interior da lacuna de Howship, formada pelo osteoclasto. A repetida atividade de deposição e remoção de tecido ósseo acomoda o crescimento de um osso, sem que ele perca a função ou o relacionamento com as estruturas adjacentes durante o processo de remodelação. 15 3.1 Substitutos ósseos Marx & Saunders (1986) afirmaram que os enxertos autógenos são obtidos do próprio paciente e indicados como primeira escolha e são considerados como o “padrão ouro”. É difícil concentrar as propriedades osteogênicas, osteocondutoras e osteoindutoras em materiais sintéticos, entretanto os biomateriais são aqueles que apresentam melhor previsibilidade, por possuírem as propriedades osteogênicas, osteocondutoras e osteoindutoras, além de evitar incompatibilidades imunológicas. Sua eficácia baseia-se no transplante da matriz óssea autógena contendo células ósseas vivas para a região receptora. Misch (2000) afirmou que os biomateriais sintéticos, como os fosfatos de cálcio, podem apresentar propriedades físico-químicas controladas, sendo uma alternativa aos enxertos de outras origens. Podem ser encontrados na natureza (nos corais) ou sintetizados por métodos de precipitação utilizando reagentes químicos. Estes materiais devem garantir a formação de ligações estáveis com o osso neoformado com o passar do tempo. As hidroxiapatitas (HA), o fosfato tricálcico e os biovidros são exemplos desta classe de materiais. A hidroxiapatita representa o componente inorgânico do tecido calcificado do corpo humano representando entre 30 e 70% da massa de ossos e dentes, respectivamente. A parte inorgânica do tecido ósseo consiste em uma fase amorfa e uma fase cristalina; a primeira sendo fosfato tricálcico, enquanto a última, hidroxiapatita. A fase amorfa predomina em ossos novos e é parcialmente transformada em fase cristalina com a idade. A fórmula da hidroxiapatita estequiométrica é [Ca 10(PO4)6(OH)2], com a razão molar Ca/P de 1:1,67. Podem ser reabsorvíveis ou não reabsorvíveis, dependendo do grau de dissolução. O fato de existir semelhança dos cristais com a apatita óssea mineral permite crescimento e contato quando implantado no tecido ósseo. Os fosfatos tricálcicos apresentam estrutura semelhante a HA e propriedades osteocondutoras, possuindo capacidade de ser reabsorvido por dissolução química. A enxertia óssea é utilizada desde a antiguidade, inicialmente para corrigir defeitos da calota craniana. Com a evolução das técnicas de cirurgia, assepsia e anestesia, o enxerto ósseo passou a fazer parte do arsenal cirúrgico; o osso autólogo (autógenos) é considerado, até o momento, o melhor material a ser utilizado na busca da consolidação óssea. Isso se deve às suas propriedades 16 osteogênicas, osteoindutoras e osteocondutoras, além do fato de não causar reação imunológica ou transmissão de doenças infecciosas. Seu uso, no entanto, é limitado por ter fonte esgotável, causar seqüelas no sítio doador do enxerto (dor, alteração de sensibilidade e cicatrizes), além de ter sua qualidade dependente da idade e das condições gerais do indivíduo (AHLMANN et al., 2002). Entretanto, no estudo dos substitutos ósseos, devem ser considerados os agentes osteogênicos, basicamente células mesenquimais pluripotenciais (célulastronco), com capacidade para se diferenciarem em células produtoras de tecido ósseo ou vascular, agentes osteoindutores, que são moléculas capazes de induzir proliferação e diferenciação de células mesenquimais em diferentes tecidos (como exemplo, a proteína morfogenética óssea – BMP, o fator de crescimento tissular – TGF, entre outras), produzidas no interior de diferentes células e estocadas em elementos como plaquetas, e os agentes osteocondutores, que agem como um arcabouço para o crescimento ósseo, sendo em alguns casos progressivamente substituídos pelo osso. São exemplos de materiais osteocondutores: enxerto ósseo homólogo e heterólogo, biocerâmicas, biovidros, polímeros sintéticos e metal poroso (PARIKH, 2002). Novaes (2004) afirmou que os enxertos alógenos representam uma opção alternativa ao osso autógeno, mas possuem limitações como alto custo, possibilidade de transmissibilidade viral e desencadear reações imunológicas. Os enxertos xenógenos possuem características físico-químicas similares ao osso humano e recebem tratamentos adequados na tentativa de evitar respostas imunológicas ou inflamatórias adversas. Além disto, apresenta padrões de reabsorção e degradação bastante lentos, onde se observa a ocorrência de neoformação óssea ao redor de suas partículas. A hidroxiapatita bovina tem como exemplo o Bio-Oss, biomaterial que dispõe de vasta literatura científica ao longo dos anos. Khoury et al. (2007) afirmaram que o osso autógeno é considerado o biomaterial padrão ouro nas reconstruções ósseas por possuir propriedades osteogênicas, osteocondutoras e osteoindutoras, preenchendo todas as propriedades biológicas e físico-químicas ideais. Porém, apresentam algumas 17 desvantagens como trauma para o paciente, morbidade no leito doador, além de complicações como infecções, hematomas e parestesias. Garofalo (2007) realizou um estudo de revisão de literatura sobre enxerto autógeno, alogênico e xenogênico para a regeneração óssea e elevação assoalho do seio maxilar, com o foco nas características osteocondutora, osteoindutora e osteogênica e seus vários aspectos clínicos e biológicos. A elevação do seio maxilar com biomateriais é uma técnica de cirúrgica segura e a regeneração óssea promovida é um processo contínuo e complexo que leva à restauração anatômica e funcional. Muitos eventos acontecem quando biomateriais entraram em contacto com um ambiente biológico; interações moleculares e celulares influenciam as características do tecido em torno de biomateriais. Na presença de biomateriais, fatores de crescimento são adsorvidos na superfície de substitutos ósseos, promovendo a integração do enxerto com o osso. Portanto, a função dos biomateriais é promover a rápida formação óssea, quando o substituto ósseo é totalmente integrado. Portanto, os enxertos podem ser classificados em autógeno, homógeno, heterógeno e aloplástico. Os materiais relativos a cada tipo de enxerto e sua capacidade de formação óssea estão descritos na tabela 1. Tabela 1 – Classificação dos enxertos e comparação entre o mecanismo de formação óssea Enxerto Materiais Osteocondução Osteoindução Osteogênese Autógeno Osso cortical ou medular do próprio paciente sim sim sim sim não não sim não não sim não não Homógeno Heterógeno Aloplástico Osso humano proveniente de um banco de osso Osso proveniente de outra espécie Enxertos de origem sintética 18 Há, portanto, necessidade do desenvolvimento de materiais e de técnicas que proporcionem resultados ao menos equivalentes àqueles obtidos quando do uso de enxertia autóloga. A expressão “substitutos ósseos” é utilizada para citar os diversos elementos que podem ser utilizados com essa finalidade (ZABEU, MERCADANTE, 2008). 3.2 Biomateriais – Enxertos aloplásticos Proubasta, Mur e Pianell (1997) afirmaram que o êxito da aplicação de um material no organismo, depende essencialmente de dois fatores: a sua biofuncionalidade a qual está diretamente relacionada com a capacidade do biomaterial desempenhar uma determinada função (ou parte desta) do organismo e a sua biocompatibilidade que se baseia na análise das reações ocorridas na superfície do implante, não só quando da sua implantação, mas também ao longo do tempo, quando este sofre um processo de degradação e desgaste. Garg et al. (1999) relataram que os enxertos aloplásticos são dispositivos de origem sintética. Esses biomateriais, bio-inertes e bio-ativos, podem ser porosos, cristalinos, amorfos e granulados, porém, sobretudo, devem garantir a formação de ligações estáveis com o osso neoformado, com o passar do tempo. Utilizados para reconstrução de defeitos ósseos e aumento do rebordo alveolar reabsorvido, funcionam através da promoção de um arcabouço para a angiogênese e conseqüente neoformação óssea. Em geral, estes materiais exibem boa resistência à compressão e pobre resistência à tensão, similares ao osso humano. São exemplos de materiais aloplásticos, as hidroxiapatitas (HA), o fosfato tricálcico e os biovidros. A hidroxiapatita representa o componente inorgânico do tecido calcificado do corpo humano, pode ser reabsorvível ou não reabsorvível e possui uma proporção de cálcio/fósforo de 10:6. Esta semelhança estrutural com a apatita óssea mineral permite crescimento e contato quando implantado no tecido ósseo. O fosfato tricálcico apresenta estrutura semelhante à HA, bioativo e com propriedades osteocondutoras, possui capacidade de ser reabsorvido por dissolução química. Assim, em termos de resposta biológica, após implantação de um biomaterial ocorre a formação de um hematoma, com uma resposta inflamatória com 19 a chamada de água e de glicoproteínas, que revestem e aderem ao implante. Por quimiotactismo, numerosas células são recrutadas para o local, nomeadamente neutrófilos, eosinófilos, monócitos e macrófagos (reação de corpo estranho). Estas últimas, além da sua atividade fagocítica, estimulam a ação dos linfócitos, fibroblastos, osteoclastos e células polimorfonucleares. Seguidamente, inicia-se a angiogênese, com a migração e proliferação de células endoteliais que vão formar uma rede de capilares que constituirá o suporte vascular da zona. Por fim, devido à ação de citoquinas (IL-1 e IL-2) e de diversos fatores de crescimento (TGF-β, PDGF, IGF, BMP’s) vai ocorrer um processo de diferenciação das células mesenquimatosas pluripotenciais com a formação de matriz óssea e de osso imaturo (DAVIES, 2000). Bauer & Muschler (2000) e Carvalho et al. (2004) afirmaram que na osteocondução, o biomaterial funciona como uma matriz física ou arcabouço para deposição de novo osso oriundo das imediações. É caracterizada por um processo de crescimento e invasão de vasos sanguíneos, de tecidos perivasculares e de células osteoprogenitoras do sítio receptor para o enxerto. O biomaterial é gradativamente reabsorvido e simultaneamente substituído por novo tecido ósseo. Gutierres et al. (2006) afirmaram que os biomateriais podem ser classificados de acordo com a sua composição química em: metais e ligas metálicas; cerâmicos; polímeros e compósitos. Podem ser classificados também, de acordo com o seu comportamento biológico em: bio-inertes, biotolerados, bio-ativos e reabsorvíveis. A hidroxiapatitta é considerada bio-ativa e será motivo deste estudo. 3.3 Hidroxiapatita A hidroxiapatita é o constituinte mineral natural encontrado no osso representando de 30 a 70% da massa dos ossos e dentes. A hidroxiapatita sintética possui propriedades de biocompatibilidade e osteointegração, o que a torna substituta do osso humano em implantes e próteses (EANES, 1980). Dois tipos de hidroxiapatitas devem ser considerados: as sintetizadas em altas temperaturas e que apresentam boa cristalinidade e tamanho de cristais grandes e as hidroxiapatitas sintetizadas em baixas temperaturas que apresentam baixa cristalinidade e tamanho de cristais pequenos. A hidroxiapatita precipitada por 20 via úmida possui características similares às do tecido ósseo e dentário, diferentemente da hidroxiapatita sintetizada a altas temperaturas. A hidroxiapatita, por ser o principal constituinte da fase inorgânica do osso, tem sido muito estudada. Suas características químicas e estruturais possibilitam seu uso na área médica como material biocompatível em implantes e próteses. Na ortopedia existe um particular interesse em usá-la como revestimento de próteses metálicas para promover a ligação interfacial estável entre o material implantado e o tecido vivo (FULMER et al., 1992). A hidroxiapatita ocorre raramente na natureza, porém sua estrutura é similar a fluorapatita (com o grupo OH- ocupando os sítios do F-). Esses minerais ocorrem como constituintes de várias rochas ígneas e metamórficas, especialmente em calcários cristalinos (LOGAN et al., 1995). As hidroxiapatita disponíveis são as reabsorvíveis ou não, particuladas ou em bloco, densa ou porosa. As vantagens do uso da HA são a não necessidade de abrir um segundo sítio cirúrgico, ser biocompatível e formar uma ligação direta com o osso. Suas desvantagens são não ser osteoindutora e não conter células osteoprogenitoras (TONG et al., 1998). Ducheyne & Qiu (1999) afirmaram que o comportamento do material de enxerto particulado depende, em parte, do tamanho das partículas e da sua distribuição granulométrica. A área da superfície disponível para reagir com células e fluido biológico é diretamente proporcional ao cubo do tamanho da partícula do biomaterial. Uma variação estreita no tamanho das partículas é crucial para a promoção da diferenciação celular através do material de enxerto, permitindo assim uma vascularização adequada. Werner et al. (2002) concluíram que as dimensões adequadas de poros favorecem o entrelaçamento do tecido com o biomaterial. Poros com diâmetro de 100 μm são necessários para a migração e o transporte celular; entretanto, poros maiores que 300 μm permitem o desenvolvimento de um sistema de capilares, favorecendo a neoformação óssea. Sendo assim, a quantidade do osso formado é diretamente proporcional ao tamanho dos poros. 21 Jansen et al. (2006) afirmaram que a hidroxiapatita apresenta-se comercialmente em dois tipos: microgranular (250 a 1000 µm) e macrogranular (1000 a 2000 µm), porosa e não porosa. O tamanho dos poros deve ser suficiente para hospedar componentes celulares e extracelulares, tendo influência direta sobre a formação de tecido ósseo. Pereira et al (2006) complementaram este conceito, afirmando que as cerâmicas (hidroxiapatita) porosas devem ter poros interconectados com tamanho mínimo de 100 µm, sendo que os poros maiores que 200 µm são necessários par uma osteocondução eficaz. Porém, quanto mais porosa, menos resistente a impactos ela se torna, e no caso dos implantes, para compensar a porosidade, uma aumento da espessura é exigido para compensar a diminuição da resistência. A forma densa apresenta microporosidades, devido ao processo de sinterização ao qual é submetido durante a sua confecção. Essas microporosidades facilitam a ação de células que atuam no processo de reparação. Já a forma porosa facilita o crescimento de tecidos. Em relação à absorção, a forma porosa sofrerá um processo mais rápido que a forma densa, no entanto, esta terá uma maior resistência à compressão (CAMARINI et al., 2006). A hidroxiapatita é similar ao osso natural em relação à porosidade, cristalinidade, razão molar cálcio-fosfato e à área interna de superfície. Desta maneira, demonstra ser um biomaterial seguro, pois não provoca respostas imunes, além de apresentar padrões de reabsorção e degradação bastante lentos, em que se observam a neoformação óssea ao redor de suas partículas (DALAPÍCULA et al., 2006). Camardo et al. (2007) relataram que as biocerâmicas na composição (Ca/P) e os fosfatos de cálcio são amplamente utilizados como substitutos ósseos em razão das características mineralógicas destes biomateriais serem semelhantes a da apatita, estrutura óssea do esqueleto humano e por apresentarem boa biocompatíbilidade. A síntese de pós-cerâmicos nano-estruturados de fosfato de cálcio e materiais nanocompósitos são promissores em aplicações cirúrgicas médico-odontológicas, na fixação de próteses, enchimento ósseo, em revestimentos, na estabilização de implantes e como elemento matricial na reconstituição da estrutura óssea. 22 Azevedo et al. (2008) relataram que as cerâmicas empregadas no corpo humano podem ser divididas nas três classificações de biomateriais: inerte, biodegradável e bioativo. Os Materiais que podem ser classificados como biocerâmicas incluem alumina, zircônia, fosfatos de cálcio, vidros ou vidros cerâmicos a base de sílica, carbonos pirolíticos. Existe uma série de cerâmicas de fosfato de cálcio consideradas biocompatíveis. Destas, a maioria é reabsorvível e dissolverá quando expostas a ambientes fisiológicos. Em ordem de solubilidade estes materiais incluem: tetracalcium phosphate (Ca4P2O9); Fosfato de cálcio amorfo; alpha-tricalcium phosphate (Ca3(PO4)2); beta-tricalcium phospate (Ca3(PO4)2); Hidroxiapatita [Ca10(PO4)6(OH)2]. Ao contrário dos outros fosfatos de cálcio, a hidroxiapatita não quebra sob condições fisiológicas. De fato, é termodinamicamente estável em pH fisiológico e participa ativamente na ligação óssea, formando ligações químicas fortes com os ossos em volta. Esta propriedade tem sido explorada para recuperação óssea rápida após traumas mais complexos ou cirurgia. Jones et al. (2009) afirmaram que os poros aumentam a área de superfície do material, porém, quanto maior a porosidade mais rápida será a dissolução do enxerto. A interconectividade dos poros também é de suma importância, já que vai permitir que os fluidos e as células se difundam no interior das partículas, fazendo com que haja uma facilitação no processo de formação óssea. Silva (2009) afirmou que a hidroxiapatita sintética tem sido indicada em preenchimento de defeitos ósseos, regeneração óssea, artrodeses. A Hidroxiapatita tem sido utilizada em associação com polímeros, coadjuvante na colocação de implantes metálicos, equipamentos percutâneos, reparo e substituição de paredes orbitais, substituição do globo ocular e recobrimento de implantes metálicos. Além disto, existe uma perspectiva e estudos da utilização da hidroxiapatita como “drug delivery”, isto é, liberação de medicamento controlado como a ampicilina e gentamicina e indução de crescimento ósseo pela combinação com fatores de crescimento como BMP (proteína morfogenética óssea) e medula óssea. Na odontologia tem sido utilizada no tratamento de defeitos periodontais, aumento de rebordos alveolares, cirurgias ortognáticas, recobrimento de alguns implantes orais intra-ósseos e em locais de grande perda óssea. 23 Conz et al. (2010) realizaram uma caracterização físico-química de 12 biomateriais utilizados como enxertos ósseos A caracterização físico-química englobou análise granulométrica, microscopia eletrônica de varredura (MEV), difração de raios X (DRX), determinação da área superficial específica e cristalinidade das amostras. O resultado demonstrou que todas as amostras inorgânicas eram constituídas de hidroxiapatita, com diferentes faixas granulométricas, área de superfície variando de 0,18 a 81,4 m2/g e cristalinidade variando de baixa a alta, demonstrando que apesar da semelhança de suas composições, os biomateriais analisados (Genox composto, Genox orgânico, Genox inorgânico cortical, Genox inorgânico medular, Bio-oss, Alobone poros, Pro HA absorvível, GenPhos absorvível, Osteogen, Pro HA não absorvível, GenPhos não absorvível e DFDBA Pacific Coast) apresentaram diferenças de parâmetros físicoquímicos. Dantas et al. (2011) afirmaram que a característica mais importante da HA é a osteocondutividade, a qual induz crescimento ósseo no interior do enxerto, promovendo a estabilidade e manutenção do volume do implante. A osteocondução caracteriza um material que permite a aposição de novo tecido ósseo, a partir de osso pré-existente, funcionando como arcabouço para as células osteoprogenitoras se fixarem e atuarem com a participação de vasos sanguíneos proliferados que levam os componentes necessários à formação óssea. Teodorovic, Jovanic (2012) afirmaram que a hidroxiapatita quimicamente sintetizada (Hap), apresenta elevada purificação e cristalinidade. A Hap artificial é usada na boca para o reparo do tecido do osso, como preenchimento nos defeitos periodontais e para aumentar o rebordo alveolar, também pode ser utilizada a obturação definitiva do canal radicular, como um plug apical ou obturar perfurações da raiz. A hidroxiapatita é biocompatível, não induz a reação com células gigantes, nem processo inflamatório considerável ou elevação do Ca e P no sangue, em adição estimula a sintetização de Cálcio-fosfato que contribui para a formação de tecido ósseo e ponte de dentina. 24 4 DISCUSSÃO O osso é um tecido multifuncional, metabolicamente ativo, constituído por uma população heterogênea de células, em diferentes estágios de diferenciação celular. Está em equilíbrio dinâmico, com regulação da mobilização e deposição mineral, durante a vida do animal. É um tecido que sofre um processo contínuo de renovação e remodelação (MISCH, 2000). Esta atividade é consequência, em sua maior parte, da atividade de dois tipos celulares principais, característicos do tecido ósseo: os osteoblastos e os osteoclastos. O processo de remodelação óssea desenvolve-se com base em dois processos antagônicos, mas acoplados: a formação e a reabsorção ósseas. O acoplamento dos dois processos permite a renovação e remodelação ósseas e é mantido, em longo prazo, por um complexo sistema de controle que inclui hormônios, fatores físicos e fatores humorais locais (LINDHE et al, 2005; GAROFALO, 2007; TEN CATE, 2008). Os materiais de enxerto e os substitutos ósseos utilizados em odontologia podem ser divididos em quatro categorias: enxertos autógenos que são obtidos e transplantados de um sítio para o outro, em um mesmo indivíduo (MARX, SAUNDERS; 1986; AHLMANN et al., 2002; CAMARDO et al., 2007), entretanto pode apresentar desvantagens como trauma para o paciente, morbidade no leito doador, além de complicações como infecções, hematomas e parestesias (KHOURY et al., 2007). Enxertos homógenos que são materiais obtidos de um indivíduo e transplantado para outro da mesma espécie, porém geneticamente diferentes (PARIKH, 2002), possuem limitações como alto custo, possibilidade de transmissibilidade viral e desencadear reações imunológicas (NOVAES, 2004). Existem também, os enxertos heterógenos que são materiais obtidos de espécies diferentes e os materiais aloplásticos para implantes inertes. São exemplos dessa modalidade, as biocerâmicas e as hidroxiapatitas (HA), fosfato tricálcico e os biovidros (GARG et al.,1999; BAUER, MUSCHLER , 2000 ; CARVALHO et al., 2004; GUTIERRES et al., 2006), eles possuem características físico-químicas similares ao osso humano e recebem tratamentos adequados na tentativa de evitar respostas imunológicas ou inflamatórias adversas (NOVAES, 2004). 25 Os substitutos ósseos podem ser utilizados para o tratamento de perdas e correções de defeitos ósseos, para o aumento ou reconstrução do rebordo alveolar, preenchimento de defeitos intra-ósseos e de alvéolos dentários, implantes imediatos após exodontias, elevação do assoalho do seio maxilar e tratamento de defeitos peri-implantares (CAMARGO et al., 2009). No entanto, sua indicação deve ser bem avaliada, dentro de um rigor clínico e ético quanto aos riscos e benefícios da prática. E isso, só pode ser realizado com o conhecimento do cirurgião-dentista quanto às características, concentrações, propriedades do material, biofuncionalidade e biocompatibilidade (PROUBASTA, MUR, PIANELL,1997; DAVIES, 2000; ZABEU, MERCADANTE, 2008). Os biomateriais também podem ser empregados como “drug delivery” para a liberação de medicamento controlado e para indução de crescimento ósseo pela combinação com fatores de crescimento como BMP (proteína morfogenética óssea) e medula óssea (SILVA, 2009). Um biomaterial por definição é uma substância ou associação de duas ou mais substâncias, farmacologicamente inertes, de origem natural ou sintética, utilizadas para substituir, aumentar ou melhorar, parcial ou integralmente tecidos e órgãos (BORGES, 1998; MISCH, 2000; MORAES, 2002; CONZ et al. (2010). O uso da hidroxiapatita (HA) tem sido muito pesquisado desde seu surgimento como biomaterial, em 1970. A HA é um fosfato de cálcio hidratado, principal componente (cerca de 95%) da fase mineral dos ossos e dentes humanos. A hidroxiapatita é o material presente nos vertebrados, compondo o esqueleto ósseo e atuando como reserva de cálcio e fósforo (TONG et al., 1998). As hidroxiapatitas de origem sintética ou natural têm recebido atenção especial pela sua semelhança estrutural, química e física com a matriz mineral óssea. Além de não induzir qualquer reação imunológica ou tóxica indesejável, ao contrário de alguns materiais de origem orgânica (DANTAS et al., 2011; TEODOROVIC, JOVANIC, 2012). A hidroxiapatita, que pode ou não apresentar poros (JANSEN et al., 2006; CAMARINI et al., 2006; DALAPÍCULA et al., 2006). A presença de poros aumenta a área de superfície, resultando em aumento da atividade osteoblástica, diferenciação e nova deposição óssea. Poros com 100 µm são necessários para a migração e o transporte celular; entretanto, poros maiores que 300 μm permitem o 26 desenvolvimento de um sistema de capilares, favorecendo a neoformação óssea (WERNER et al., 2002), afirmação corroborada por Pereira et al (2006). A larga superfície de área resulta em alta tendência para a biorreabsorção, que induz a alta bio-atividade celular. A intercomunicação entre os poros proporciona um arcabouço para o crescimento ósseo dentro da matriz do implante, podendo prevenir a perda do mesmo (CAMARINI et al., 2006). Os poros garantem o crescimento de canais vasculares que garantem a nutrição do enxerto, sendo que alguns poros são preenchidos por novo osso após 16 semanas de implantação (WERNER et al., 2002; PEREIRA et al., 2006; AZEVEDO et al., 2008; JONES et al., 2009). Porém, além da presença de poros na estrutura da hidroxiapatita, se faz necessário a observação do tamanho das partículas e da sua distribuição granulométrica. A área da superfície disponível para reagir com células e fluido biológico é diretamente proporcional ao cubo do tamanho da partícula do biomaterial (DUCHEYNE, QIU,1999). A Hidroxiapatita densa é inteiramente sintética, não apresenta poros e pode ser fabricada em blocos ou grãos. É de difícil conformação e não permite o crescimento interno de tecido. Entretanto, os grânulos apresentam maior adaptabilidade de contorno que os blocos, mas não integridade estrutural intrínseca e não se torna mecanicamente estável até ser envolvida pelo tecido ósteo-fibroso. Os grânulos são difíceis de serem mantidos dentro do local desejado de implante e há possibilidade de migração para áreas não pretendidas após alguns meses ou anos (CAMARINI et al., 2006). Dentro deste contexto, a hidroxiapatita porosa é amplamente utilizada na odontologia. Em situações que requerem aumento ou remodelação óssea, tais como cirurgias periodontais, elevação do assoalho do seio maxilar, após extrações dentárias, juntamente com implante dentário, são utilizadas com sucesso (EANES, 1980; FULMER et al., 1992; LOGAN et al., 1995). Entretanto, novos estudos devem ser realizados com a finalidade de se estabelecer um protocolo adequado de indicação e aperfeiçoamento tecnológico do material, de forma a tornar a formação óssea mais segura, proporcionando resultados mais eficazes. 27 5 CONCLUSÕES De acordo com este estudo bibliográfico, foi possível concluir que: A hidroxiapatita apresenta características semelhantes ao enxerto autógeno, considerado “Padrão Ouro” As hidroxiapatitas de origem sintética ou natural têm recebido atenção especial pela sua semelhança estrutural, química e física com a matriz mineral óssea. Além de não induzir qualquer reação imunológica ou tóxica indesejável. As hidroxiapatitas são utilizadas no tratamento de perdas e correções de defeitos ósseos, para o aumento ou reconstrução do rebordo alveolar, preenchimento de defeitos intra-ósseos e de alvéolos dentários, implantes imediatos após exodontias, elevação do assoalho do seio maxilar e tratamento de defeitos periimplantares. As hidroxiapatitas podem ser empregadas como “drug delivery” para a liberação de medicamento controlado e para indução de crescimento ósseo pela combinação com fatores de crescimento como BMP e medula óssea. A hidroxiapatita pode ou não apresentar poros. A presença de poros aumenta a área de superfície, resultando em aumento da atividade osteoblástica, diferenciação e nova deposição óssea. Os poros garantem o crescimento de canais vasculares que garantem a nutrição do enxerto. A Hidroxiapatita densa é sintética e pode ser fabricada em blocos ou grãos. É de difícil conformação e não permite o crescimento interno de tecido. A hidroxiapatita em grânulos apresenta maior adaptabilidade de contorno que os blocos, mas não integridade estrutural intrínseca e 28 não se torna mecanicamente estável até ser envolvida pelo tecido ósteo-fibroso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 29 AHLMANN, E.; PATZAKIS, M., ROIDIS, N.; SHEPHERD, L.; HOLTOM, P. Comparison of anterior and posterior iliac crest bone grafts in terms of harvest-site morbidity and functional outcomes. J Bone Joint Surg Am; v.84, n. A(5), p.716-20, 2002. AZEVEDO, V.V.C.; CHAVES, S.A.; BEZERRA, D.C.; COSTA, A.C.F.M. Materiais cerâmicos utilizados para implantes. Rev Eletr Mat Proc, v.3.1, p. 31-39, 2008 BAUER, T.W.; MUSCHLER, G.F. Bone graft materials. An overview of the basic science. Clin Orthop; v.371, p.10-27, 2000. BORGES, A.P.B. 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