3° Ano – Ensino Médio – Eventos Esportivos Unidade: 02 Prof.º Leonardo Delgado EVENTOS ESPORTIVOS Conceito de Evento Evento é uma reunião na qual, pessoas convidadas participam de uma palestra, de uma prática esportiva, de um show, de uma discussão técnica, de uma festa etc. Tem como características: ‐ O fato de ser um acontecimento extraordinário, ou seja, não ser cotidiano e, por isso, possuir uma duração determinada; ‐ O fato de gerar uma grande mobilização de pessoas, de grupos de pessoas e de comunidades. - confronto entre todos os participantes. Recomendável quando se tem pouco tempo e um grande número de participantes. Jogos: são competições nas quais são disputadas várias modalidades desportivas simultaneamente. Geralmente possuem curta duração, lembrando os torneios, podendo, ou não, apurar um vencedor geral, além dos vencedores por modalidades. São os Jogos Olímpicos, os Jogos Panamericanos, os Jogos Escolares, os Jogos Abertos do Estado, entre outros. O Que são Eventos em Educação Física Eventos em Educação Física são acontecimentos realizados e que possuem como tema ou atividade principal algo ligado à Educação Física. Taça ou Copa: uma variável dos torneios ou campeonatos; com exceção dos eventos mais tradicionais (como a Copa do Mundo de Futebol), normalmente é utilizada para prestar algum tipo de homenagem ou promover algum patrocinador, associando sua marca ou produto ao nome do evento. - Festival: atividade esportiva participativa e informal. Visa a integração e a promoção da modalidade, além de motivar os participantes e familiares. - Gincana: atividade esportiva recreativa que conta com diversas estações criativas e/ou objetivos a serem atingidos. Voltada para o lazer. - Desafios: atividade normalmente individual, que tem os processos de escala como referência. - Exibição: atividade de performance individual ou coletiva, em que são valorizadas as destrezas do(s) participante(s), sem finalidade competitiva. Outros exemplos de eventos esportivos: ‐ Olimpíadas escolares; ‐ Gincana recreativa; ‐ Desafios esportivos – por exemplo, competição de lances livres no basquete; ‐ Torneio de futsal na escola; ‐ Festival de ginástica; ‐ Palestra sobre a importância da educação física para a qualidade de vida das pessoas; ‐ Torneio de voleibol; - Tipos de Eventos Esportivos Os eventos esportivos, antes preferencialmente institucionais, passaram a ter finalidades predominantemente econômicas (comerciais /promocionais) ‐ com a intensificação das disputas pelo mercado, em face da concorrência e da crescente dependência das empresas com relação à opinião pública. - Olimpíada: evento suis generis; é ao mesmo tempo gênero e espécie (tipo) de evento, dado o seu caráter singular. É uma competição que reúne várias modalidades esportivas e consome alguns dias na realização das diversas categorias. Tem periodicidade própria (na origem é das mais antigas). - Campeonato: forma de competição em que os concorrentes se enfrentam pelo menos uma vez e tem uma duração relativamente longa. Recomendável quando há disponibilidade de tempo e de recursos. - Torneio: competição de caráter eliminatório, que é realizada em um curto espaço de tempo. Neste tipo de competição, dificilmente ocorre o Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 32 ‐ ‐ Reunião com professor de educação física de uma escola que realizará relato de experiência sobre como é ser um profissional que trabalha no ensino; Competição de natação. A Estrutura de Organização dos Esportes Dentro da Escola O esporte escolar contribuindo de forma ampla na formação do educando tem a sua natureza e finalidade estabelecido de acordo com a lei Pelé A Lei 9615/98 classifica o esporte da seguinte forma: ‐ Desporto educacional: é desporto praticado nos sistemas de ensino e em formas assistemáticas de a educação, evitando‐se a seletividade, hipercompetitividade de seus praticantes, com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e a sua formação para o exercício da cidadania e a prática do lazer. O desporto educacional não deve ser praticado com o objetivo do rendimento (a vitória a qualquer custo), mas sim com o objetivo de preparar a criança e o jovem para a vida esportiva como forma de sociabilidade. ‐ Desporto de participação: é o desporto que é praticado de modo voluntário, compreendendo as modalidades desportivas praticadas com a finalidade de contribuir para a integração dos praticantes na plenitude da vida social, na promoção da saúde e educação e na preservação do meio ambiente. Não como competição, mas como desenvolvimento do cidadão já formado pelo desporto educacional, quando já estará apto a, através do esporte, colaborar até mesmo na preservação do meio ambiente. ‐ Desporto de rendimento: é o desporto praticado segundo normas gerais desta Lei e regras de prática desportiva, nacionais e internacionais, com a finalidade de “obter resultados” e integrar pessoas e comunidades do País e estas com as de outras nações. O desporto de rendimento pode ser organizado e praticado: ‐ Saber como e com quem vou fazer aquilo que tenho de fazer: Organizar‐se. ‐ Influir sobre as pessoas que trabalham comigo para que cada uma faça o que tem de fazer. Dirigir, propriamente dito. MODELO DE PROJETO ESPORTIVO 1. Titulo do Projeto 2. Descrição da atividade proposta 3. Entidades envolvidas 4. Justificativa 5. Objetivos: Geral e Específico 6. Metas 7. Metodologia 8. Recursos: Humanos, Físicos, Materiais e Financeiros 9. Cronograma 10. Avaliação Dados pessoais do(s) coordenador(es) e assinatura. Etapas para Organização de Eventos Esportivos 1º) Formação da Comissão Organizadora 2º) Elaboração de um Chek‐List para as Providências Necessárias 3º) Montagem do Regulamento Geral 4º) Organização dos Cerimoniais de Abertura 5º) Definição do Quadro de Arbitragem 6º) Sistemas de Disputas nas Competições Esportivas 7º) Preparação dos Locais de Competição 8º) Realização do Congresso Técnico 9º) Realização do Evento 10º) Encerramento do Evento 11º) Avaliação do Evento Formação da Comissão Organizadora Como primeira ação a ser tomada, se faz necessário a montagem da comissão organizadora com a definição das funções necessárias ao evento para a devida divisão dos afazeres. Planejamento de Eventos Esportivos O planejamento para a realização de jogos, torneios, campeonatos ou eventos recreativos é fundamental. O planejamento é um processo ligado diretamente à direção de uma organização. Evidentemente, não é o único fator que determina a natureza de um cargo de direção. Mas, provavelmente, é o primeiro e um dos mais importantes. Há quatro tarefas básicas que caracterizam a função diretiva, que são comuns a qualquer posto de direção, não importando se estamos falando de uma empresa multinacional ou clube escolar esportivo. ‐ Saber onde estou e aonde quero chegar: Planejar. A seguir apresentamos uma sugestão (modelo) de coordenações e suas respectivas atribuições. Lembramos que a quantidade de pessoal e funções designadas é estabelecida de acordo com o tamanho do evento, portanto, considerando a realidade de eventos de pequeno e médio porte algumas funções podem não serem necessárias sendo consequentemente extraídas deste quadro ou dependendo ainda, pode‐se atribuir outras diferentes Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 33 encargos de acordo com os seus objetivos e suas características. ‐ Coordenação Geral ‐ Coordenação técnica ‐ Assessoria Administrativa ‐ Assessoria de infra‐Estrutura ‐ Coordenação de Modalidades ‐ Coordenação Financeira ‐ Coordenação de Alimentação ‐ Coordenação de Divulgação ‐ Coordenação Médica ‐ Coordenação de Segurança ‐ Coordenação de Hospedagem ‐ Assessoria de Marketing; ‐ Assessoria jurídica Atribuições da Coordenação geral Coordenar e supervisionar diretamente os trabalhos executados pelas Coordenações. Decidir acerca de questões próprias da administração, organização e regulamento do evento, juntamente com a Coordenação técnica; Atribuições da Coordenação Técnica Assessorar diretamente os trabalhos da Direção Geral Elaborar toda programação da competição, e encaminhar à Assessoria Administrativa para emissão dos respectivos boletins. Homologar os resultados e a classificação das equipes nas diversas modalidades; verificar junto a Assessoria de infra‐Estrutura e Assessorias de Modalidades às condições dos locais das competições antes e durante o período de realização das mesmas. Atribuições da Assessoria Administrativa Divulgar todos os atos administrativos exigidos no evento, Boletins Oficiais, Notas Oficiais, Autorizações e outros; Organizar e elaborar o relatório final do evento; repassar aos Assessores de Modalidades todo o material administrativo necessário (súmulas, canetas, réguas, etc.); Digitar e conferir todos os resultados da competição nas diversas modalidades, sendo posteriormente homologados pela Coordenação técnica e emitidos em Boletim Oficial. Emitir as súmulas das diversas modalidades; Digitar a programação dos jogos Assessorar diretamente os trabalhos da Coordenação técnica Atribuições da Assessoria de Infra‐Estrutura Vistoriar e informar as condições dos locais de competição e também emitir relatórios com parecer acerca das condições dos referidos locais, que deverá ser entregue a Coordenação técnica. Entregar todo material esportivo necessário a competição aos Assessores de Modalidades. Atribuições das Coordenações de Modalidades Coordenar as escalas das equipes de arbitragem. Acompanhar as equipes de arbitragem nos locais de competição, verificando o desempenho das mesmas. Decidir quanto às consequências técnicas das interrupções de partidas ou provas, determinadas pela equipe de arbitragem. Atribuições da Coordenação Financeira Receber valores financeiros, nas situações previstas no regulamento Geral. Efetuar pagamento das diárias das equipes de arbitragem, entre outros. Assessorar diretamente a Coordenação Geral nas questões financeiras. Atribuições da Coordenação de Alimentação Orientar às cozinheiras, quanto aos procedimentos relativos no preparo dos alimentos; Primar pela qualidade da alimentação servida aos participantes dos jogos; Efetuar a aquisição dos gêneros alimentícios, materiais de limpeza e outros necessários prestando contas à Coordenação Financeira. Atribuições da Coordenação de Divulgação Executar o trabalho de divulgação do evento junto à imprensa. Atribuições da Coordenação de Segurança Providenciar policiamento e/ou Agencias de segurança para locais de competição onde se fizer necessário, atendendo as informações da Coordenação Geral e técnica. Atribuições da Coordenação Médica Providenciar atendimento médico‐ hospitalar aos participantes. Atribuições da Assessoria de Marketing Elaborar o projeto de Marketing à procura de patrocínios para o evento. Planejar, supervisionar, orientar e fiscalizar a publicidade nos locais dos jogos. Atribuições da Assessoria Jurídica Assessorar a Comissão Organizadora nas questões jurídicas relativas ao evento. Elaboração de um Chek‐List para as Providências Necessárias Após a definição da Comissão Organizadora do evento se faz necessário a formulação de uma lista de providências necessária à sua montagem e execução. Mesmo sendo um evento de pequeno ou médio porte de acordo com suas características, é importante estabelecer esta relação de serviços a serem executados para diminuir a Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 34 possibilidade de erros, definindo assim já no inicio o direcionamento dos afazeres de cada integrante da desta comissão. Montagem do Regulamento Geral Dentro das providências necessárias, estabelecidas no check‐list, esta a montagem do regulamento geral do evento. Esta é uma ação que é geralmente uma das atribuições da coordenação técnica juntamente com a coordenação geral, para o posterior devido encaminhamento e divulgação aos convidados a participar do evento. para as autoridades: mesa diretiva, palanque, primeira fileira de cadeiras, etc. E ainda, ter a relação das autoridades convidadas e confirmadas, além de ter em mãos, uma relação completa das principais autoridades da região. Especial atenção deve ser dada à organização do local, à mesa diretiva, ao palanque, às bandeiras, à mesa de identificação das autoridades para preenchimento das nominatas, ao local dos convidados, ao local da imprensa, à decoração, etc. Mesa diretiva É a famosa mesa das autoridades. Também conhecida como mesa diretora. Normalmente, são designadas para compor a mesa diretiva, as autoridades e as personalidades que comparecem no evento e que pelo cargo que ocupam ou pelo envolvimento com o evento, mereçam tal honraria. O número de lugares deve ser definido antes do evento e a composição da mesa dar‐se‐á de acordo com a precedência das autoridades presentes. Pequenos ajustes são normais, entretanto, muitas adaptações denunciam a falta de planejamento. Protocolo Precedência É a ordem das autoridades, ou seja, O vocábulo vem do grego PROTÓKOLLON, sendo PROTO primeiro e KOLLON cola, assim, tem como significado a tira de papel que se fixava a um documento para classificá‐lo. É a padronização de Leis, regras, procedimentos, comportamentos, costumes e ritos de uma sociedade que visam organizar determinados acontecimentos. São utilizados diversos tipos de protocolos, por exemplo, federal, estadual, municipal, social e esportivo, entre outros. No meio esportivo pode‐se afirmar que o protocolo esportivo nasceu junto com a primeira edição dos jogos olímpicos em 776 a.C. na cidade de Olímpia na Grécia. O protocolo olímpico tem algumas diferenças do modelo sugerido, pois, além das peculiaridades do país sede, deve‐se levar em consideração que é uma abertura para mais de 200 países. Tradicionalmente, a abertura olímpica é o maior espetáculo dos jogos olímpicos e é televisionada para o mundo todo. Cerimonial Vem do latim CAERIMONIALES. É o conjunto de formalidades e normas, ou seja, a aplicação das regras dos mais variados protocolos em determinadas ocasiões. Os detalhes das cerimônias de abertura, de premiação e de encerramento são exemplos práticos dos protocolos esportivos. Em um planejamento para um determinado cerimonial, é básico verificar o local em que será realizado o ato e qual o dispositivo adotado aquela que possui maior precedência terá a primazia nos cerimoniais em que tomar parte, por exemplo, ocupará lugar de honra, será a primeira a ser apresentada, terá o direito de discursar por último, entre outras prerrogativas da função que ocupa. Pode‐ se dizer que a precedência é o reconhecimento da primazia hierárquica dos participantes. Veja o exemplo da fórmula 1, o piloto com melhor tempo nos treinos oficiais terá direito a pole position, ou seja, terá a precedência sobre os demais carros e concorrentes com um lugar especial na largada. A ordem de precedência que normalmente se segue é: hierarquia, idade, sexo (a mulher tem precedência sobre o homem), antiguidade na função ou posto, data de criação (antiguidade histórica), titulação acadêmica (especialista, mestre e doutor), ordem alfabética e, naturalmente, o imprescindível bom senso. As solenidades federais são presididas pelo Presidente da República, em sua ausência, a presidência cabe ao Vice‐Presidente. As solenidades estaduais são presididas pelos Governadores, exceto quando o Presidente ou Vice‐Presidente estão presentes e, no município, o Prefeito sempre presidirá as solenidades as quais comparecer. Em geral, o anfitrião é o ponto de partida para organizar a precedência e, em casos especiais, a ordem de precedência deve ser ajustada pelo Chefe do Cerimonial para evitar dissabores e constrangimentos. Existe precedência até na utilização de automóveis, o lugar de honra é no banco de trás e à Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 35 direita do motorista. Quem entra primeiro é o convidado e o anfitrião dá a volta e entra pela outra porta. Curiosidade Nas eleições municipais de 2008, o município de Limoeiro, em Minas Gerais, teve dois candidatos a prefeitos empatados com 1.919 votos, assim, a vitória coube ao candidato que nasceu primeiro, ou seja, a precedência foi decidida na idade. Primazia da direita É a tradição protocolar de ceder o lado direito para a maior autoridade sempre que duas autoridades ocuparem um espaço similar. Sempre que possível, a maior autoridade ocupa o centro da mesa, do palco, etc. Em caso de duas autoridades em uma mesma mesa, a de menor precedência cederá o seu lado direito à maior autoridade como forma de cortesia protocolar. Considera‐se a direita e esquerda de um dispositivo usando‐se como referência um observador colocado no respectivo lugar e de frente para o público. Veja ainda os capítulos sobre bandeiras e pódio. A primazia da direita é considerada histórica, ou seja, a igreja católica sempre a utilizou. Segundo alguns autores, há claras passagens na bíblia que indicam a utilização deste princípio e, curiosamente, os manuais militares que versam sobre a disciplina, continência e sinais de respeito também regulamentam que o subordinado deverá ceder a sua direita às patentes superiores. Ordem dos discursos A ordem em que as autoridades falam é rigorosamente inversa a ordem geral de precedência. Exemplificando: quando vamos compor a mesa diretiva (mesa das autoridades) convidamos primeiro o governador, depois o prefeito e por último o vereador. Na hora dos discursos a ordem é inversa, fala primeiro o vereador, em seguida o prefeito e, por último, o governador. Organização dos Cerimoniais de Abertura A abertura de um evento esportivo é um momento fundamental para todos os envolvidos direta ou indiretamente. Quando bem planejada, ensaiada e realizada com sucesso se traduz em grande alegria, euforia e satisfação. Das cerimônias que envolvem o evento esportivo a abertura é a mais importante, além dos vários significados, tradições e simbolismos evocados, nesta fase, ainda existe a ansiedade dos organizadores, parceiros e público por ser este o momento que irá caracterizar o início oficial das competições. A utilização criativa dos símbolos, imagens, histórias, folclore interação com o público, quando bem arquitetada, fazem da cerimônia abertura um momento mágico e inesquecível. Os organizadores devem instituir uma comissão de cerimoniais para a realização e organização da cerimônia de abertura, encerramento e premiação. Esta comissão ficará encarregada de todo planejamento, pesquisa, avaliação e realização das cerimônias. Além dos aspectos operacionais e logísticos, a comissão deverá discutir e analisar o número de participantes nas cerimônias, criar normas, regulamentos e demais documentos afins. Também cabe à comissão colaborar na confecção dos convites às autoridades. Se for o caso, colaborar ainda na preparação e controle do quadro de medalhas e prestar apoio às equipes de premiação nas cerimônias específicas. Sequência básica de uma cerimônia de abertura 1º. Concentração das delegações em ordem alfabética 2º. Concentração das autoridades em área VIP 3º. Entrada da banda, fanfarra ou orquestra 4º. Entrada das delegações em ordem alfabética 5º. Entrada da delegação anfitriã (Sede) 6º. Entrada dos árbitros 7º. Composição e/ou apresentação da mesa ou palanque 8º. Entrada das bandeiras 9º. Hasteamento das bandeiras 10º. Hino Nacional. 11º. Entrada e hasteamento da bandeira do evento 12º. Entrada do fogo simbólico 13º. Acendimento da pira* 14º. Declaração de abertura 15º. Juramento do atleta 16º. Juramento do árbitro 17º. Saudações aos participantes 18º. Saídas das delegações 19º. Eventos artísticos e apoteóticos * O acendimento da pira pode ser o último momento da cerimônia de abertura, entretanto, esta alteração só tem efeito quando este acendimento é realizado de maneira espetacular, quase mágica. As aberturas olímpicas e Pan‐americanas, em geral, são bons exemplos desta afirmação. Deve‐se investir neste momento, o fogo simbólico tem grande aceitação no imaginário do público em geral. Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 36 20º. Encerramento do cerimonial e início das competições. Significado dos aros olímpicos Eles representam a união dos cinco continentes e pelo menos uma de suas cinco cores está presente na bandeira de cada um dos Comitês Olímpicos Nacionais vinculados ao COI. É a principal representação gráfica dos Jogos Olímpicos e a marca do próprio Comitê Olímpico Internacional. O símbolo do Comitê Olímpico Brasileiro une os aros olímpicos a uma representação da bandeira do Brasil. Os aros interligados simbolizam ainda o encontro dos atletas de todo o mundo durante a celebração dos Jogos Olímpicos. Interligados sobre um fundo branco, nas cores azul (Europa), amarela (Ásia), preta (África), verde (Oceania) e vermelha (América). Os aros olímpicos foram idealizados em 1914 pelo Barão Pierre de Coubertin. Lema Olímpico Assim como é comum encontrarmos slogans em nossa sociedade, os grandes eventos não fogem à regra e acompanham a tendência. Na Copa de 2006 criou‐se o slogan Tempo para fazer amigos, em Pequim 2008 o slogan era Um mundo um sonho. Em 2010, na Copa da África do Sul, foi utilizado o slogan Chegou a hora de celebrar a humanidade da África. O movimento olímpico possui um tradicional lema: Citius, Altius, Fortius que significa, em latim, mais rápido, mais alto, mais forte. Essa citação, criada pelo Padre Didon, amigo do Barão Pierre de Coubertin, serve como lema do ideal olímpico e resume a postura que um atleta precisa ter para alcançar seus objetivos. Sua essência está na superação dos limites, ou seja, mais importante do que terminar em primeiro lugar é explorar o próprio potencial, dar o melhor de si e considerar isso uma vitória. Tocha Olímpica Que a Tocha Olímpica siga o seu curso através dos tempos para o bem da humanidade cada vez mais ardente, corajosa e pura (Barão Pierre de Coubertin). O fogo é um símbolo fundamental na história da humanidade para o olimpismo. É o elo entre os Jogos da Antigüidade e os Jogos da Era Moderna. A chama é acesa em Olímpia, na Grécia, onde se inicia o revezamento da Tocha, que passa por várias cidades do mundo até chegar à cidade‐sede. Nos jogos de Pequim o trajeto foi de 137.000 km. O fogo sagrado, tido como elemento purificador, anuncia o começo dos Jogos e convoca o mundo a celebrá‐los em paz. A Tocha é transportada por atletas e cidadãos comuns até o local da cerimônia de abertura, quando a chama acende a Pira, no Estádio Olímpico, onde será apagada na cerimônia de encerramento. A cada edição, a cidade‐sede cria a sua própria Tocha, que ganha novos desenhos e formas e, o seu acendimento na cerimônia de abertura, costuma ser a grande sensação de todo o cerimonial. O acendimento do fogo simbólico costuma ser extremamente comovente nas aberturas esportivas, assim, dar uma atenção a este quesito é decisivo para podermos encantar os participantes de nosso evento e, principalmente, para não decepcioná‐ los já que, em geral, se espera sempre algo criativo e emocionante. Uma das maiores emoções ocorreu na abertura dos Jogos de 1964, em Tóquio no Japão. Em momento de grande expectativa Yoshinori Sakai adentra o estádio olímpico com a tocha em punho. O estádio olímpico de Tóquio treme com a explosão comovida do público. O jovem Sakai havia nascido em Hiroshima no dia em que a cidade foi destruída pela bomba atômica. Este é um exemplo explícito do simbolismo que existe no acendimento do fogo. Curiosidade: A primeira vez que se utilizou o fogo simbólico, na era moderna, foi em 1928, nas Olimpíadas de Amsterdã. O ritual foi repetido em Los Angeles, em 1932. Nas duas ocasiões a chama foi; acesa no próprio Estádio Olímpico. O primeiro revezamento, que deu origem aos grandes périplos da chama, ocorreu em 1936 na cidade de Berlin. No dia 20 de julho de 1936, a chama foi acesa em Olímpia e entregue ao corredor grego Kostantin Kondylis, o mesmo teve a honra de correr o primeiro quilômetro de um revezamento de 3.075 km. Significado do Juramento Olímpico Compromisso solene feito em público, o juramento olímpico acontece desde os Jogos de Antuérpia em 1920. Os primeiros juramentos de Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 37 atletas e árbitros foram escritos pelo Barão Pierre de Coubertin. Os gregos antigos já tinham o hábito de fazer orações no templo de Zeus para que as competições fossem justas e positivas. O texto atual do juramento do atleta foi modificado e atualizado pelo COI nos Jogos de Sidney 2000. Assim, a partir de Sidney, passou a ter uma referência ao desejo de competir sem recorrer às drogas. O objetivo da mudança foi ressaltar a importância de competir sem doping. O atual juramento, realizado durante a cerimônia de abertura, é o seguinte: "Em nome de todos os competidores, prometo participar destes Jogos Olímpicos, respeitando e cumprindo com as normas que o regem, me comprometendo com um esporte sem doping e sem drogas, no verdadeiro espírito esportivo, pela glória do esporte em honra às nossas equipes". Juramento da Special Olympics: Quero vencer. Mas se não puder vencer, quero ser valente na tentativa. Hino Olímpico E executado em todas as cerimônias olímpicas oficiais. Na maioria das vezes ao lado da bandeira olímpica. Em muitas cerimônias ele é interpretado ao vivo e em Grego. Foi criado na Grécia em 1896 pelo compositor Spirou Samara, com letra do músico Cositis Palamas. O Hino Olímpico foi adotado definitivamente pelo COI em 1958. Definição do Quadro de arbitragem A Comissão Organizadora designada pela entidade promotora deve ter jurisdição sobre todas as matérias não consignadas nas regras com referência ao Árbitro, Juízes ou outros oficiais e deve ter poderes para adiar competições e fixar normas de acordo com as regras adotadas a fim de conduzir qualquer competição. Objetivos dos Juízes: 1. Promover e melhorar o evento esportivo; 2. Desenvolver o interesse e a participação da competição; 3. Encorajar aptidão física e melhorar a qualidade da competição; 4. Promover atitudes positivas; 5. Ampliar oportunidades de treinar e ganhar experiência; 6. Exercer honestidade e integridade; 7. Encorajar franqueza; 8. Reconhecer o uso do bom julgamento; 9. Demonstrar certeza; 10. Admitir erros. O Árbitro Ao arbitrar, usa a personalidade da função e se transforma num personagem da maior importância na competição. Deve estar barbeado, limpo, higienizado, tênis limpo, com o melhor aspecto visual possível. Deve estar consciente do personagem – Respeitar para ser respeitado (o respeito adquire‐se) reler sempre as regras, decidir sempre com a lei e na falta dela com o bom senso, na dúvida decidir sempre a favor do réu. Observar sempre as regras e as disciplinares do Código de Justiça Desportivo – não favorecer nunca, julgar somente com a sua consciência, não premeditar, não pré julgar. Manter o moral elevado, tomar atitudes positivas e ter o cuidado para passar sem ser notado. Quanto ao público, não tomar nenhuma atitude (é impessoal), ouvir e calar, não discutir, não brigar. Responsabilidade do Árbitro 1. Fazer com que a competição transcorra normalmente até o final, ficar atento a todos os detalhes na área da competição. Mudar, desde que, para beneficiar a rotina da competição. Suspender o desenrolar da competição a qualquer momento, para salvaguardar a integridade física dos juízes, auxiliares e atletas, por motivo de intempéries (vendaval, tempestade etc.) ou conflito, brigas etc. 2. Conferir depois de prontos, os resultados e, só então, autorizar sua publicação. 3. Só iniciar uma competição depois de vistoriar toda a área de competição. 4. Providenciar socorro médico à atleta acidentado (fazendo uso do microfone). 5. Chamar a atenção de modo sutil a algum auxiliar desatento. 6. Observar com cuidado sua conduta, sua postura no desempenho do seu papel, não ser arbitrário, não cometer arbitrariedade. Enfim, não querer ser mais do que pode ser. Fases de uma competição As etapas em que ocorre uma competição são denominadas “fases” e começam com a fase inicial e culminam com a fase final. Essas fases possuem uma nomenclatura própria e são originadas por uma fração matemática. Por isso, quando se refere a uma fase da competição, como, por exemplo, oitava de final, isso não ocorre em função da quantidade de participantes que estão competindo naquele momento, mas de uma Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 38 questão técnica relacionada diretamente com a etapa do evento esportivo. Veja o quadro abaixo. Fase da competição Número de fases 0 1 1 2 Fração que define a fase 0 1/2 = 1 1 1/2 = 1/2 2 3 1/2 = 1/4 3 4 1/2 = 1/8 4 5 1/2 = 1/16 2 3 4 Nome da fase Fase final ou fase única Fase semifinal ou fase meia final Fase quarta de final ou fase um quarto de final Fase oitava de final ou fase um oitavo de final Fase décima sexta de final ou fase um décimo sexto de final Quadro adaptado de Nóbrega, 1991. O nome das fases deriva da fração que forma esta divisão, sendo o numerador o algarismo 1 e como divisor o algarismo 2 elevado ao número de divisões efetuadas na competição. Sistema de Disputas Sistema de disputa é um processo de apuração das classificações desejadas e estabelecidas nos regulamentos das competições. O seu principal objetivo é definir o critério para se apurar o vencedor da competição. Tipos de Sistemas de Disputa disputa: Eliminatórias A eliminatória é uma forma básica de disputa que prevê a eliminação de competidores após uma ou duas derrotas, permanecendo na competição apenas os vencedores. Constitui‐se de uma série de jogos em que o vencedor é definido pela eliminação dos vencidos. Todos os jogos de uma competição realizada sob a forma de eliminatória devem ter um vencedor. No caso de ocorrer empate, o regulamento da competição deve definir critérios para o desempate. As eliminatórias podem ser simples, duplas, consolação e Bagnall‐Wild. Na eliminatória simples, uma equipe é eliminada após a primeira derrota, e na eliminatória dupla uma equipe é eliminada após a segunda derrota. Existem três tipos de sistemas de Sistema Básico de Disputa de Competição O sistema básico, como o próprio nome declara, foi o precursor e possibilitou a criação do sistema misto e do sistema derivado. É composto por duas formas de disputa: eliminatórias e rodízios. Rodízio O rodízio é a forma básica de disputa em que cada participante disputa pelo menos um jogo contra cada adversário. Ou seja, todos jogam contra todos. É também conhecida internacionalmente como poule. Por exemplo, numa competição escolar de voleibol entre as 7as séries do Ensino Fundamental, supondo que existam quatro equipes, o rodízio simples ficaria assim definido: Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 39 1ª rodada 7ª série A x 7ª série D 7ª série B x 7ª série C Turno único 2ª rodada 7ª série B x 7ª série A 7ª série C x 7ª série D 3ª rodada 7ª série D x 7ª série B 7ª série C x 7ª série A Perceba que cada equipe jogou com as demais por uma vez, o que caracteriza o rodízio simples. Se todas as equipes se enfrentarem duas vezes na mesma competição, tem‐se o que é denominado rodízio duplo. No rodízio duplo a mesma competição teria a seguinte composição: 1ª rodada 7ª série A x 7ª série D 7ª série B x 7ª série C 1ª rodada 7ª série D x 7ª série A 7ª série C x 7ª série B Turno (ou 1º turno) 2ª rodada 7ª série B x 7ª série A 7ª série C x 7ª série D Returno (ou 2º turno) 2ª rodada 7ª série A x 7ª série B 7ª série D x 7ª série C 3ª rodada 7ª série D x 7ª série B 7ª série C x 7ª série A 3ª rodada 7ª série B x 7ª série D 7ª série A x 7ª série C Note que na 1ª rodada do turno, a 7ª série A jogou em casa enfrentando a 7ª série D, e na 1ª rodada do returno foi a vez de a 7ª série D jogar em casa contra a mesma 7ª série A. Assim foi entre todas as equipes participantes. Quando a competição é dividida em fases e os participantes separados em grupos, os encontros podem acontecer apenas entre os participantes do mesmo grupo. Quando as equipes forem de cidades diferentes. No caso do rodízio duplo, quando se tratar de equipes de cidades diferentes, cada equipe realiza um jogo em sua cidade e outro jogo na cidade do adversário. Preparação dos Locais de Competição A avaliação dos locais de competição deve ser realizada por uma Comissão de Vistoria que estará analisando ou observando os aspectos técnicos exigidos pela competição ou evento, com relação à infra‐estrutura, capacidade, custos, acessibilidade, transporte disponível, estacionamento, sinalização do local Realização do Congresso Técnico O congresso técnico é uma reunião que antecede o evento principal, sendo mais característico de um evento esportivo, e tem por meta, entre outras: ‐ Fazer a apresentação e a integração de dirigentes e alguns atletas das equipes participantes; ‐ Efetivar o credenciamento de equipes e atletas inscritos; ‐ Apresentar, discutir, esclarecer e aprovar o regulamento e as demais normas técnicas do evento; ‐ Realizar sorteio de equipes ou atletas, nas tabelas dos sistemas de disputa adotados na competição; ‐ Discutir e deliberar acerca de questões novas e relevantes sobre aspectos técnicos da disputa; ‐ Adotar outras decisões que se fizerem necessárias para o bom andamento do evento. O congresso técnico deve ser bem planejado, e a data de sua realização ser informada oficialmente a todos os participantes, com antecedência compatível, para evitar atrasos e faltas de representantes, o que poderá comprometer a efetivação do evento. Deve ser bem definida a quantidade de dirigentes e até de outros participantes, como técnicos, atletas, palestrantes (se for relevante a participação destes) e a indicação de quem terá direito a opinar e a votar nas decisões que serão adotadas. O sistema de votação também deve ser definido logo no início dos trabalhos e seguido até o final. Por exemplo, pode ser definido que as decisões serão tomadas por votação no sistema aberto e não secreto; ou outro que for aprovado. Cerimônia de premiação A Cerimônia de Premiação é muitas vezes tão emocionante como a disputa da modalidade. A tradicional entrega das medalhas de ouro, prata e bronze nem sempre ocorreram como hoje em dia. Nos Jogos de 1896, em Atenas (Início das Olimpíadas da Era Moderna) não havia a medalha de ouro. Ao primeiro colocado era dada uma medalha de prata e uma coroa de louros; ao segundo colocado cabia uma medalha de bronze e uma coroa de louros. Já o terceiro colocado voltava para casa sem medalhas e sem a coroa de louros, de mãos vazias. Em 1908, nos Jogos de Londres, pela primeira vez foi realizada a cerimônia com a entrega das medalhas de ouro, prata e bronze. Este modelo é seguido até hoje. A cerimônia de premiação é um dos momentos mais significativos de um evento esportivo. Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 40 Deve‐se utilizar este momento para enaltecer o feito dos atletas e, sendo oportuno, agradecer o apoio de todos que ajudaram na realização da prova e na premiação. Comitê de premiação Nos eventos esportivos de médio e grande porte é recomendado criar um comitê específico para gerenciar todas as atividades de premiação. Assim, o conceito de premiação, com sua formalidade e importância, será amplamente divulgado e compreendido por todos com a eficiência e eficácia que um grupo especializado pode oferecer ao evento. Encerramento do Evento Em relação às cerimônias de encerramento, poderão ser realizadas com as seguintes atividades: ‐ Desfile dos representantes das delegações que serão premiadas ‐ Premiação aos melhores classificados (de acordo com o regulamento) ‐ Procedimento de apagar a Pira Olímpica e/ou simbólica passagem da tocha olímpica ao promotor da próxima edição da competição. ‐ Procedimento de arreamento das bandeiras e/ou passagem da bandeira oficial dos jogos ao promotor da próxima edição. ‐ Declaração de encerramento pelo responsável geral. Pódio Os gregos inventaram os Jogos Olímpicos; os alemães o revezamento do fogo simbólico e os americanos foram os inventores da cerimônia de recebimento de medalhas no pódio com o hasteamento das bandeiras dos três primeiros colocados e a execução do hino nacional do vencedor. O pódio é cada vez mais popular e valorizado pela televisão e marketing explícito nas competições esportivas. Além disso, é o marco da celebração de mais um momento emocionante. É ainda, mais uma oportunidade para mostrar a competência da organização e as parcerias do evento (back‐drop). É uma chance de ouro para envolver algumas personalidades presentes pedindo para que ajudem na entrega dos prêmios e envolvendo‐as nas comemorações de um momento ímpar na vida de um atleta: o decantado louro da vitória. A ordem ou precedência em que os atletas (competições individuais) ou equipes são dispostos no pódio é a mesma do protocolo das bandeiras e da mesa diretiva, também é a mesma que adotam na coletiva de imprensa. É um padrão internacional, fácil de ser verificado em qualquer evento de qualidade, de qualquer segmento. O primeiro lugar ao centro e o terceiro colocado cedendo o seu lado direito ao segundo lugar (do ponto de vista dos atletas laureados). Esse posicionamento pode ser facilmente verificado nas entrevistas protocolares que ocorrem com os pilotos classificados nas três primeiras posições, logo após o término das corridas de Fórmula 1. Na hora da premiação o atleta campeão (ou equipe) perfila‐se atrás do pódio e os demais do lado esquerdo e direito, de acordo com a classificação. Assim postados, aguardam a chamada nominal do mestre de cerimônias para então subir no local reservado no pódio. A chamada dos atletas ao pódio é feita do terceiro colocado para o primeiro, pois a ideia é justamente valorizar o primeiro colocado e causar expectativa antes de informar oficialmente o nome do vencedor e, desta maneira, destacar também o terceiro e segundo colocados. O melhor é esperar a subida de todos laureados no pódio e só então iniciar a entrega dos prêmios. A ideia é valorizar ao máximo possível este momento especial. A Fórmula 1 tem como tradição premiar primeiro o campeão da prova e em seguida o segundo e depois o terceiro, recomenda‐se justamente o contrário, ou seja, que se comece pelo terceiro colocado. Ainda na F‐1, é tocado primeiro o Hino do piloto vencedor e, em seguida, o Hino do país sede da equipe vencedora. Aí sim! O protocolo é correto. É recomendável que se entregue primeiramente as medalhas e/ou troféus e em seguida as flores e prêmios afins. No caso de premiação para equipes, é melhor que sejam entregues primeiro os prêmios de destaques individuais (artilheiro, melhor jogador, troféu fair play, cestinha, etc.) e logo após as medalhas de bronze, prata e ouro para as equipes campeãs. Na liga mundial de vôlei se faz o contrário, possivelmente, para criar um clima sobre as escolhas individuais e atender a televisão. Vale insistir neste ponto, pensando em precedência e usando o exemplo olímpico como referência, comece com a premiação de menor prioridade e vá até o prêmio maior. A equipe de premiação deve organizar os atletas laureados, as autoridades, que farão a entrega dos prêmios, e a equipe de apoio com as bandejas, medalhas e outros prêmios. De prontidão, e, em sintonia com a locução da premiação, deve ficar a equipe responsável pelo hasteamento das bandeiras dos países dos respectivos atletas premiados. Assim, logo após a entrega das medalhas a equipe do hasteamento entra em ação. A coordenação da premiação deve providenciar com antecedência os Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 41 hinos ou músicas que serão tocados durante a premiação ou hasteamento. Também deve ser estudada a possibilidade de fazer uma entrega conjunta para homens e mulheres. A corrida de São Silvestre, realizada no último dia do ano em São Paulo, fornece um excelente exemplo dessa possibilidade ao premiar conjuntamente os cinco melhores de ambas as categorias. Considere ainda, a possibilidade de usar a coroa de louros. Alguns atletas, desconhecendo o valor histórico e tradicional de tal ato, não apreciam muito a coroa. Desse modo, vale lembrar que a coroa de louros representava a vitória na Grécia e Roma antigas. Entre os romanos, quando um comandante ganhava uma batalha, enviava para o Senado um pergaminho envolto em folhas de louro, informando a vitória ocorrida. Na Grécia antiga os atletas não recebiam medalhas e sim a coroa de louros. Atualmente em Atenas, quando se usa tal honraria como símbolo de distinção e glória, a coroa é feita de ramos de oliveira, árvore símbolo e protetora da cidade. O pódio, como parte integrante de um evento esportivo, ainda é pouco explorado do ponto de vista da criatividade. Recentemente a ginástica artística, com muita criatividade, inovou ao criar a ideia de não divulgar antecipadamente o nome da campeã, ou seja, as duas melhores da prova se dirigiam para o pódio e aguardavam a subida mecânica do mesmo, a campeã era apresentada ao público pela altura que o pódio atingia e parava. Deste modo, a atleta que estava no pódio mais alto era aclamada campeã. Já no hipismo, a tradição manda que o cavaleiro vá receber o prêmio montado em seu cavalo. Ao chegar próximo ao local da premiação, o cavaleiro desmonta e segue até o pódio para receber suas honrarias. Enquanto ocorre a cerimônia o cavalo permanece o tempo todo próximo ao local. Outra possibilidade a ser analisada é incluir na premiação a cerimônia das flores, ou seja, logo após a competição os atletas vencedores se dirigem a um pódio específico e no local recebem algumas flores pelas conquistas. A premiação oficial ocorrerá só depois de algumas horas em local festivo e adequadamente preparado para uma premiação exclusiva ou várias premiações relativas ao dia de competição. Por se tratar de um momento tradicional, recomenda‐se um traje elegante. Na maioria das vezes um bonito agasalho desportivo resolve o problema. Como a premiação, em geral, é feita logo após o jogo final, recomenda‐se um pequeno intervalo para o atleta fazer uma rápida higiene, trocar de roupa e voltar pronto para a cerimônia, foto, televisão e, quiçá, para a história. Curiosidade: Tenha muita atenção ao entregar prêmios que possuem a categoria escrita. Entregar o prêmio com a categoria errada é muito comum nos eventos, bem como, é um equívoco fácil de ser evitado. Em Pequim, César Cielo conquistou a primeira medalha de ouro da história da natação brasileira, entretanto, os organizadores se equivocaram e entregaram a ele uma medalha escrita "50 m livre feminino". Após o pódio, hino e fotos, os organizadores foram informados do equívoco e corrigiram a falha rapidamente. Segue quadro com a posição correta dos pódios para o momento da premiação. Cerimônia De Encerramento A cerimônia de encerramento não possui o glamour da abertura, e ainda, muitas vezes é vinculada à cerimônia de premiação dos eventos esportivos. O ideal é separar a cerimônia de premiação da cerimônia de encerramento. Ê claro que se deve pensar nas variáveis: objetivo, dinheiro, retorno, interesse, perfil do evento, entre outros. É na cerimônia de encerramento que se entregam as últimas premiações da competição e se destacam os principais atletas nas diversas categorias previstas pelo regulamento. E um momento ímpar para agradecer as instituições e entidades que apoiaram o evento, bem como, dar um destaque especial aos voluntários que, tradicionalmente, participam de maneira decisiva e motivada na organização da maioria dos eventos. Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 42 Sequência básica da Cerimônia de Encerramento: ‐ Entrada dos atletas presentes ‐ Premiação dos destaques ‐ Premiação final ‐ Homenagens aos parceiros do evento ‐ Arriamento das Bandeiras ‐ Passagem da bandeira, flâmula ou símbolo do evento aos organizadores da próxima edição ‐ Saudação e agradecimento ‐ Extinção do fogo simbólico ‐ Retirada dos atletas ‐ Apresentações artísticas e confraternização. Pós‐evento Uma das características mais interessantes dos eventos esportivos é a possibilidade de o patrocinador, sua marca ou seu produto tornarem‐se partes integrantes da experiência, da identificação e das emoções vividas pelos torcedores, durante a realização de uma dada competição esportiva. Ao associar a imagem do empreendimento às marcas que investiram na sua realização, forma‐se um elemento decisivo na estratégia de valorização, divulgação e se necessário, rejuvenescimento das empresas e de seus produtos e serviços. Para coroar de êxito tal experiência, dando legitimidade e concretude aos objetivos eventualmente alcançados, é fundamental que os organizadores consagrem tempo e esforços à tarefa de consolidação final do evento, promovendo atividades de encerramento das ações desenvolvidas. 1) Elaboração de relatórios Existem formulas bastante plurais de confeccionar relatórios de avaliação de eventos. Das mais simples às mais sofisticadas, as possibilidades irão variar em função da dimensão do empreendimento, no nível de competência dos envolvidos, dos recursos alocados para a finalidade, dentre outro fatores. a) Relatório Geral A proposta básica do relatório é reunir, ao final de cada evento, uma gama de variáveis com a avaliação dos resultados obtidos. Tudo que tenha ocorrido de relevante poderá interessar à confecção do relatório. O que determinará a inclusão ou a supressão de informações é o objetivo dos organizadores. Tópicos do relatório geral: ‐ Pesquisa inicial ‐ Memorial do projeto ‐ Membros do comitê organizador ‐ Patrocínios e convênios ‐ Relação de participantes ‐ Regulamentos, códigos e normas técnicas ‐ Locais das competições e demais atividades ‐ Tabela de jogos e resultados ‐ Relação de vencedores e premiados ‐ Classificação final ‐ Estimativa de público ‐ Registro de cerimonial e apresentações artísticas ‐ Material gráfico e outros formatos de divulgação ‐ Prestação de contas ‐ Custo estimado e final ‐ Bens adquiridos ‐ Cronograma e execução ‐ Ofícios e cartas de agradecimento ‐ Clipping (eletrônico e impresso) ‐ Pesquisas de avaliação (satisfação, recall) 2) Prestação de contas A supervisão financeira terá administrado os fluxos de recursos econômicos do evento, perpassando todas as fases do trabalho de organização, desde o período anterior, de planejamento, passando pela sua execução, até finalizá‐lo. Seu papel é crucial no fechamento e avaliação de toda a empreitada. Da supervisão financeira e sua administração resultam as condições materiais de viabilidade. ‐ Itens do relatório de contas: ‐ Entradas e saídas ‐ Saldo bancário ‐ Contas a receber ‐ Contas a pagar ‐ Notas fiscais ‐ Tributos ‐ Resumo financeiro (balanço) 3) Cartas de Agradecimento Outro mecanismo importante de conclusão do evento é a formalização, através de ofícios solenes, dos agradecimentos a todos aqueles que, de alguma maneira contribuíram para sua realização. Da equipe de colaboradores aos participantes, dos prestadores de serviços aos patrocinadores, enfim, o retorno conferido aqueles que colaboraram para a efetivação da atividade não pode faltar. O formato, bem como o conteúdo do documento que irá exteriorizar o agradecimento é variável. De uma simples carta manuscrita (com o papel timbrado do evento) a recursos mais elaborados, como vídeos editados (com as imagens do evento), álbuns de fotos ou mesmo algum outro tipo de lembrança (de um bom presente a um simples souvenir) o objetivo é registrar a importância daquele a quem se está agradecendo para o sucesso do empreendimento. Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 43 A quem se agradece ? ‐ Autoridades ‐ Participantes ‐ Colaboradores (equipes de trabalho) ‐ Prestadores de serviço ‐ Patrocinadores, apoiadores e demais parceiros ‐ Imprensa 4) Avaliação da qualidade De certa forma, um evento começa com uma pesquisa e termina com outra. E embora as propostas de uma e outra sejam distintas, ambas acabam conferindo ao organizador, subsídios fundamentais a realização do evento. Uma pesquisa visa a construção de conhecimentos, que tem como metas principais gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento pré‐existente. É basicamente um processo de aprendizagem tanto do indivíduo que a realiza quanto do empreendimento no qual esta se desenvolve. A principal razão que atende a pesquisa de avaliação final do evento é corroborar de maneira instrumental os acentos e erros do evento, podendo ainda se voltar para delinear novas perspectivas de ação para iniciativas futuras. O objeto da pesquisa de avaliação pode ser qualitativo ou quantitativo, dependendo do objetivo dos organizadores do evento –isto é, do que se quer saber. A mensuração da satisfação dos participantes pode ser um diferencial de eventos bem sucedidos em relação a outros. A organização precisa ter essa mensuração externa por uma ou todas as razões seguintes: ‐ Satisfação é frequentemente equiparada a qualidade ‐ O compromisso com um programa de pesquisa demonstra responsabilidade ‐ Apenas mensurações internas podem ser inadequadas ou impróprias ‐ Ouvindo o “cliente” o evento passa a ser uma voz ativa no mercado ‐ Um programa de satisfação é uma poderosa ferramenta para estimular a melhoria dos produtos ou serviços A maioria dos programas de mensuração de satisfação, além de apontar níveis de satisfação, fornece conhecimento a respeito das expectativas dos pesquisados. Tais programas auxiliam a organização do evento na priorização de tais expectativas e no acompanhamento das mudanças que essas possam sofrer, além de permitirem que se conheça o valor das necessidades existentes. Questionário 01. Resende (2000) fala de um processo em que as equipes perdedoras são automaticamente eliminadas do torneio a cada rodada, sucessivamente, até que se tenha um único vencedor. Esse processo se chama: a) Dupla eliminatória; b) Eliminatória dupla; c) Eliminatória simples; d) Rodada; e) Tabela. 02. Em um campeonato escolar de futebol, uma combinação de processos que permite a cada equipe disputar vários jogos e ao mesmo tempo ter duração relativamente curta é a de a) eliminatória simples. b) eliminatória múltipla. c) rodízio e eliminatórias. d) escala completa. 03. Um torneio de futebol foi disputado por um grupo de trabalhadores de uma empresa. Os organizadores só tiveram nove semanas para realizá‐lo e cada equipe só jogou uma vez por semana. Para que todas as equipes jogassem nas nove semanas, em apenas uma rodada, qual foi o sistema em que o torneio foi realizado e qual o número de equipes participantes? a) Rodízio simples, nove equipes. b) Rodízio duplo, nove equipes. c) Rodízio duplo, dez equipes. d) Rodízio simples, dez equipes. 04. Uma sequência de jogos ou disputas esportivas, num processo geralmente de longa duração com o objetivo de classificar um ou mais concorrentes, com confronto direto e obrigatório entre todos ou a maioria deles é chamada de a) torneio. b) jogo. c) campeonato. d) competição. 05. Resende (2000), quando classifica 2 de cada grupo e dá oportunidade de classificação para próxima fase ao 3º melhor colocado entre todos os grupos, chama de: a ) Repescagem; b ) Consolação; c ) Bagnall ‐ Wild; d ) Lombardo; 06. O modelo abaixo descrito por Resende (2000) refere‐se a uma tabela de: Participantes PG J V E D GP GC SG AP Legenda: PG (pontos ganhos); J (jogos); V (vitórias); E (empates); D (derrotas); GP (gols pró); GC (gols contra); SG (saldo de gols); AP (aproveitamento em %). a ) Tabela de rodízio; b ) Tabela de processo misto; c ) Tabela de rodada; d ) Tabela de participante; e ) Tabela de classificação. Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 44 07. Analise as assertivas e assinale a alternativa correta. As proposições abaixo referem‐se à Organização de Competições Esportivas. I. A planificação de uma competição deve ser feita em quatro fases: Pesquisa, Programação, Execução e Avaliação. II. No processo de Simples Eliminatória ou de eliminatórias sucessivas, o concorrente só pode perder uma disputa ou jogo, pois a partir da 2ª derrota, ele será automaticamente desclassificado. III. A dupla eliminatória é o processo que objetiva classificar o concorrente campeão através da realização de dois torneios distintos: o de vencedores e o dos vencidos. IV. No processo de simples eliminatória, obedece‐se à seguinte fórmula para determinar o número de disputas ou jogos: N= C – 1, sendo N = Número de Jogos e C =Número de equipes. V. Na dupla eliminatória, o número de jogos ou disputas é determinado pela fórmula: N = 2C – 1, sendo N = Número de Jogos e C = Número de equipes. a) Apenas III, IV e V estão corretas. b) Apenas II, III e IV estão corretas. c) Apenas I, III e IV estão corretas. d) Apenas I, II e V estão corretas. e) Apenas II, III e V estão corretas. 08. A sequência básica de uma cerimônia de abertura de jogos, segundo Poit (2010) é: a) Concentração das delegações em ordem alfabética, entrada das delegações em ordem alfabética, entrada da delegação anfitriã, entrada das bandeiras, hino nacional, entrada e hasteamento da bandeira do evento, entrada do fogo simbólico, acendimento da pira, declaração de abertura, juramento do atleta, juramento do árbitro, saudações aos participantes, saída das delegações, evento artístico, encerramento do cerimonial e início das competições; b) Concentração das delegações em ordem alfabética, concentração das autoridades na área VIP, entrada da banda, fanfarra ou orquestra, entrada das delegações em ordem alfabética, entrada da delegação anfitriã, entrada dos árbitros, composição da mesa, entrada das bandeiras, hino nacional, entrada e hasteamento da bandeira do evento, entrada do fogo simbólico, acendimento da pira, declaração de abertura, juramento do atleta, juramento do árbitro, saudações aos participantes, saída das delegações, evento artístico, encerramento do cerimonial e início das competições; c) Entrada da banda, fanfarra ou orquestra, entrada das delegações em ordem alfabética, entrada da delegação anfitriã, entrada dos árbitros, composição da mesa, entrada das bandeiras, hino nacional, entrada e hasteamento da bandeira do evento, entrada do fogo simbólico, acendimento da pira, declaração de abertura, juramento do atleta, juramento do árbitro, saudações aos participantes, saída das delegações, evento artístico, encerramento do cerimonial e início das competições; d) Concentração das delegações em ordem alfabética, concentração das autoridades na área VIP, entrada da banda, fanfarra ou orquestra, entrada das delegações em ordem alfabética, entrada da delegação anfitriã, entrada dos árbitros, composição da mesa, entrada das bandeiras, hino nacional, entrada e hasteamento da bandeira do evento, entrada do fogo simbólico, acendimento da pira, declaração de abertura, juramento do atleta; 09. Num cerimonial de abertura de um evento esportivo, no momento de posicionar as bandeiras nacional, estadual e municipal, por força de Lei, a ordem segundo Poit (2010), deve ser: a ) Bandeira nacional à direita, bandeira estadual à esquerda e a bandeira municipal no centro; b ) Bandeira nacional no centro, bandeira estadual à esquerda e a bandeira municipal à direita; c ) Bandeira nacional à esquerda, bandeira municipal à direita e a bandeira estadual no centro; d ) Bandeira estadual à direita, bandeira nacional ao centro e a bandeira municipal à esquerda; e ) Por Lei não existe uma ordem determinada para posicionar as bandeiras. 10. Segundo Poit (2010), as posições corretas dos pódios para o momento da premiação para 6 premiados é: a) b) c) d) Leonardo de A. Delgado CREF. 001764-G/MA 45