Nome: Vinicius José Alves Avanza E-mail: [email protected] Telefone: Assunto: Defasagem remuneratória e estrutural da carreira Boa dia a todos. Na sessão do Conselho da semana passada, ouvindo a manifestação do Procurador Francisco Maia Braga e do Conselheiro Alexander, tomei ciência da defasagem da remuneração do Procurador do Estado de São Paulo e da deficiência da estrutura da Procuradoria do Estado. Também tomei ciência do fato de que um Defensor Público, em início de carreira, aufere remuneração superior aos vencimentos percebidos pelo Procurador do Estado que ocupa o nível final da carreira. Consigno, de antemão, que não ignoro a autonomia administrativa inerente à estrutura da Defensoria Pública mas, lamentavelmente, ignoro as razões de tamanho descompasso remuneratório entre as duas carreiras jurídicas carreiras jurídicas apontadas. A diferença dos vencimentos alcança a margem de seis mil reais líquidos, entre um Procurador do Estado e um Defensor Público, ambos em início de carreira. O descompasso remuneratório é ainda mais acentuado, se compararmos com as demais carreiras jurídicas da estrutura do Estado de São Paulo, visto que os membros da Magistratura e do Ministério Público são contemplados com subsídios superiores ao vencimentos pagos pela Procuradoria, bem como se submetem a critérios remuneratórios diferenciados, tal como o limite do teto remuneratório constitucional. Percebe-se que nós, Procuradores do Estado de São Paulo, não só percebemos remuneração inferior aos integrantes das demais carreiras jurídicas estaduais, mas também nos submetemos ao teto constitucional limitado a 90,25% da remuneração em espécie dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, conquanto a Magistratura, o Ministério Público e a Defensoria Pública, são submetidos ao teto de 100% dos vencimentos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Dentro dessa conjuntura, me questiono se nosso concurso foi mais fácil do que o concurso das demais carreiras jurídicas? Se nossa atribuição funcional é menos nobre? Se nosso cargo exige menor responsabilidade? Acredito que todas as respostas sejam negativas, visto que nós, procuradores do estado, fomos submetidos a um concurso público tão difícil quanto as demais carreiras jurídicas, sem prejuízo de sermos responsáveis pela proteção do erário, tanto na área judicial, quanto na área consultiva. Diante dos fatos apontados, me unindo ao coro dos demais colegas insatisfeitos, peço que a gestão da carreira se sensibilize e viabilize meios para valorizar a nossa carreira.