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I Rcligiofo da Ordern de NoiTa Senhora do C aim o em o
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fcudia na Igrcja de S- Pedro da Vniuerfidadc de
Coimbra no Anno de 1 6 7 1 .
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Com todas 4 s Ucen^as mcejfarias^
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I N a o f f i c i n a d c M a n o c l D i a z impreffor da Vniueifidadc:
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A n n o de M. D C . L X X I I I ,
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Acufta de Manocl de Figucircdo tiicrcadot
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de Liutos
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Venite fo ñ m e, 4t facU m Us fieri fi/caiìrns hemu
m m \ ^ illi continuo reltSis rettbm jecuti Junt eunñ
Mátheos €4p, 4 .
O P R I M E I R O paíTo, que C h riílo bem
noíTo comec^ou a dar en» (ua prega^áo jun*
to a o mar de Galilea; ^mhuUm Ujus \uicfá
m m GahU^!: cncontroü cm fcu paíleo á o s
Qielhoies fìlhos della. B o m principe, cu;os
iencontros fam co m os mais benem éritos, junto a hura
tnar> qae era de culpas, aciiou CliriOo d o u s , q u e auiani
d e fer de g r a p s ; pegado a i)um p e b g o de vicios na reprc<i
fenta^am topoii co m dous abiímos de virtudes na leali^
dade> aly v io dous irmaós:v/á/Ví^«^;y9^/w: grande fenhor,
ta jo s olhos nam fam fó parahum, mas para muytos, rczam he que fejam cm prcgo dos de lumi principe todos
aquelles, que nos merecimcntos faó irm a ó s, quando ha
prendas iguaes fejam iguaes os em prcgcs, Ic ix m e s o lh o s
á o R e y , a o fenhor, & à o fiiperior todos os fogeitos predados. P o z Chrifto primeiro feus diuinos olhos em Pedro.*
Stmomm^ qaivocátur Petrtts: nam porque mereccíTc mais»
mas para que depoysficaíTc com ellcs fempre cm A nd re,
& n a m o u u e f fe quem dcuertiíTc a C h rifto defte cmprcgo.*
Simonem, & Anáream'. lance Chrifto feus olhos primei­
ro a P e d r o , mas defcancem defle Senhor os olhos cm
Andxc. L an zan d o a rede no mar efìauam Pedro, & A nd ce:
As
mittentes
II
mhtentts n’/ f /»
bon sitm aôs, qne c o m a m c ih in rcde
p^fca ti-, Outros vio o S c n h o r, q con certau am fuas rcdtf«
vid it alios d/iûs futes rept'ienics rctin fur,
porque 4 Diof jn e n i mais ricos, q u e Ped ro, & Andre^mas
porque Andre, ôc Pedro dcuiam fer m elhorci irmaôs, quô
loatti, & D io g o ï co m a rcdç dp Andre peTcáua P c d ra,
co m a rede de Pedro fjzia Andre feus lanços: mhtentçs re^
tc: que rczarj era nam ouueflc diuizam nos bens, poys tan­
ta vniarQ auia nos coraçoês» A viña deÎle Unço f c z C h i i f t o o Îea, ¿C fo i tam bom q cahiram na rede do C e o os que
andauam enredados no mundo. A duertenos o Euange*
lifta que eram aquelles irniaos pefcadoress trantcnim
t(yŸes: mas para que? Se oos dizia la o p u a m as redes no cnar,*
mittenus n tein mure: parece q era cfcuzada eßa aduertcncia»
porq pefcadores fam os q no mat botam as redes. A h q andon e(^rcmadamence ad u e itid o , porque ha muy cosaque
(em fcrem pefcadores do mar lança redes natcrta>com o
fe fora no mar. O h quantos lan çam as re d e sà osopoQco*
tes, à os pertêdêtes » à os litigantes» â os pobres, Sc à os po*
uoSfSc pefcâ deiles na terra melhor os bens,dOq os pefca­
dores no mar os peixes- H om en s fe a terra nam tem peU
xes para que lançais nella as redes? V e d e que Pe d ro , ôc
A ndre pefcauam> mas era n o ta z v m îtien te s nte iitmûre, Difieîhes Chrifto que ofegaiiTem para meliior pefcaria.-fVnite p o ß ’ncyd^faciam vss fier} fifa to re s
monar­
ca, qiie Te tira hum officio â o vaÎTalo he para Ihe dar outro melhor-, tirar a cad ì hurr» o poilo, ou Uigar^ que ten^,
he defacomodar, eftillo dos fenhores da terra, prouer em
cutro mellior he a c o m o d a r , politica de Deos. O bedcccc o; d o u siim a ô sp o n tu a liu è te à o mandado d e C h r ito .
|ïotque
p orqu e logo,,^cixa^as a s íc d c s o fcg^ií 5ro;/■<?^?//V'<» rdíBis.
ntíhus fecufi'/unt ¿(tm Um bcm dcíxaísm .o b a rco , porcm
o mais q An^xc laigcu a u l c pcxie
ne o mayor C o ro nifta, tudo deixou A n d rc , 5c lo g o ; que -ic defapoíía fcín de
mora de tuáo de to d o a m a , quem íeguc cornf^rcncza de
lod ss as veras quer; temiíl'oens no obi^r nam fam de efíre
tnado acnoc indicios, diligccias nq fcguir bé parece do mai^
^
fino a ffe ^ o eíFeitos*, para vernios as exc(;lle(ic¡,ss^do^.cm q
o fíniilimo a mor de S. A n d r c v e o a parai sñnenios os dií-;
curios co m a procc^am da gra^a,
AH tM arí^,
VenUe f o ji me.
S íecui^os, á que a cbcdiencíacotraT>ge,fei:á bon$,
porque toda a obediencia he fan^a> noaso-s c ^ íe quios,.a q o amor obriga» Tam rDclhofCs^ p o tq ncfícs
m a is ,q u e naquelle^ oílenta de liure a vontade; ¿c quanto
mais Uure eña, tanto mais efíremadas fuas ac^oens; co m
m^is tezam defíno amante pode leiiar o titolo aquelle, q f e
pfFereceá o fequito, d o q aquelle» q a feguir he mandado,
p i i í e o difcr^tamcte ( inda q a diuqrfo i m c t o j o Publiano:
B U g m u tn q m d vltto eftrtur. D o amor de C h iifio para com o ruUUn^
Euangcliíla fe fazem repetidas men^oens no Euangriho.*
O
díHgcbat Icfus: qucm diligíbat'. y iú it illum difíiptfluwy
ailígfbat hfus; porcm do am ot de loam para co m tu 15.
C h riílo nam acho que fe íizeíte. alguma. S e r ia , porque
nam deuia de amar o Euangeliíía a C h r i f í o í N a m porce rto , que em fogcito (lam entendido mal podiam fat- h. ñ
tar do am or as correfpondencias. M as deiij^ deíer> p or*
que os aífe£tos de ChríHo para co m o Euangeliíla e r a «
nacidos de huma vontade liu re , poys nam pfec«dcn<Jo
obtiga^am alguma o c íc c lh e o para a m a d o i o a m c ; c m
A)
o
o Eaangelifta para co m Chrifto ptoccdia de huma vontade o Ikigada, porq a elle preccdeo o chamalo o Scnhor.*
4
frMres Ucobitm Xehed£Ì,
Ioaaem fratrem m s , ^
poys Icue Chrifto de amante de Ioam rcpe-,
•ìdos titolos, nam logre oEuangelifta de amSte de C h rif­
t o nem huma v e z o nome. P o re m fé eda doutrina he
d o a moc infaliael regta parece que nam podetei e je
moftrat de Sandio A nd re para co m C h riflo fìnezas, por*
q u e a i n d a q u e o f e g u i o foÌ mandado: venite poftm r. O ra
verdade he que nefta occaziam cham ou C h r iílo à Andre»
mas qnando C hrifto o chamaua ja c U q o tinha bufcado*
p o r q u e eftando certo dia co m o Bautifta dizendolhe eile
U in.un» q y c o q a e paCfaua e r a o M c x t a s : Ecee agnus Ver. elle chamando feu jrmam S. P e d ro l o g o o feguiram; ’E u tm tem
^o,c^4i. KjinàrcAs fu te t Simonis Petr'hvm s ex duebtts, qui AudierantA
loane, à* ficu ti fiíerartí eum: im enit hts primum fratrem Jmtm
Sìmonem^ ó» àìcit et\imenimns Mexiam: ¿•ad u x ìt m n éà lejùm,
Segu io S. A ndre a C hrifto antes d e íe r chamado, n a m f o
cornTuapelToa mas co m hum jrmao, que valia porm uyr
tos, b o i« fo ld a d o d e Chrifto, q tanto que fe p 5 e em capb
he c o m o capitam -eom companhta: ádnxtt eum * d íefim»
A(G auía de fer, porque c o m o cm S. Andre tudo auiam
d e fer extremos nam quiz efperac pello minitno a c e n o d c
C h r ifto ]bafcou6 para the rcder obfequios, & tributai aíliftecias.qaCIim deue obrar qué por amate defejarreraualiado. Em certa o ccaziá abrazado de fa a d a d e s,& perdido de
amoces, n a o reparado em os eftoruos da noite. menos em
as efcuridadcs della, quado os pardos embudos podiam fet
impedicnSto a faas fínezas, fa h io o d i a ln o efpozo fazendo
alflrdo das mayoces, & aü'úlhandoextcém ospor q u ée ra o
alu o
aluo de feus cuidados, chcga anciofo as fortas do Sol, fu«
querida cfpoza, q co o ic^ au a a pot cm fetias fcus canfados
cu id ad o s, pcdclhc c o ternas palautas dcleottinc os rayos
de Tua belleza, q viila cauzaoa vida* naó vifta daua mil irortes: x^ ptri m ihi ¡«ter meat amicé m à , {$liimba weajimtnacu*
lata mea: con tu d o por mais anaores> que !hc diffe fniìy- CAnt. 5,
t o mais eicu zasdcu ella: exfplìam m e im U am eas U nì pedes p. i.n. 3.
me0s: Arrufado o cip o z o deucx os deidens, cc m que o tta> »•
taua aquella, a quem tanto amaua» deteririnou de fé retitar: at ille decìinaueratj
m nfterat. M a l tinha o cfpozo
deziflido de fua pcitcn^ao» quando a cfpcza deixando o
d efcan ^o de fe u ie ito r a h é adeiafiar c lìr c lla sa q u e com pe­
lí a co m o S c i, porque quando o C e v cllsua cu b eito da
quellas andaua efia alcatifando asruas deleruialem bu ^
icando corno diuìna aurora á o So l, que fc Jhe acolhia;
m »tnuem Uhm, A g o » a minha dumda.-ie a cfpoza cku^n^»
/ o u b e q f e u c ip o z o a n c io zo d e fo a v ifta cfìeuc b a tcn d o à
/ua porta co m repetidos «atinhos: [ùrormea* c$luhà mea: proq Ihe nam abrio mas d e ixàd c ó auzentaf fahé diligete a pro*
curalof Dirci: tinhaflfe aefpoza por cQrcmada nos am ores,&
gíTi e n té d e o ^ ra menos cabo de íua affci^á o fazet a fru cfp o z o algú obíequio sedo bufcada, fe z q o nam conhecia«
o u nam fe quiz dar por entendida (b para q í e nam chrgaffe a dizer ^ fendo amante petmetia fer bufcada para fazcr alifcnja-, & poriflfo fahio cuidadoza aprocurar aquelle, q l h e
leuaua todos os afíe¿tos: quafmi,
nh h u in t: vtcauit ¿ -c : dis e d o a quátos encotraua as diligecias q pro elle fjzia, as
a fió ta s , ^ por elle fofrera, os incedios aiFe¿luoros, qfcQ
c o ra r á abrazauá.* /lá\uro vost vt anutHuih ei ^uta ámete lancee*
^áefpeiouS. Andic qChiiftoobuícaflc^^Bicíaio/oivcr
aqucüc
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R M ' A if .
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iq a e lle Cordeico.' Ecce
d o q fcg u ìio cila mclhoc
ouelha de fca rebantio: [ècUti fùHt eunr. Q u and o Chrifto
fe em pcnhaiu para com Andre, ¡3 S. Andre fe tinha dcfcm penhado com Chrifto, porq au iatcp o eraTeu dicipulo
guado o Senhor ó cham ou; Venitepofime. Inumimus M exhm .
Neftes pcimeitos paffos de S. A nd re em o feguimcto de
C h riilo ha hum digno de po.ndera5am, & he: Preguntón
A n d re a C h rìfto Onde m oraui; R 4hèi vb i habìtasì Mal ti­
nha A ndre feita a pregunta q u a n d o b Senhor o l e u a a f u a
caza, & obrigaÒ aficat nella aqacUe dia: venìte% & videUitt. T, n, te: venei^nt) é* vtdémnt vb i pianerei, ^ -a ^ u d eum manfemnt
ilU* Sei cu qiie em otìtia occaàiam d c ftjo fo hum
m ancebo de fabcc on d6 C htifto tinha fua Yiiorada Ihc
rerpondeo o S e n h o i q u e nam tinh^ caza para defuìarfeu
M4t. 8. ». (ieìiejo; Pilius éutem hom'mis non hAbet vb i capud reclmet', o ¿j
á OS demais nc'ga co n ce d e a A n d re, nem a Vifta perm ite
à o mancebo* entrada da a cftc d i c i p u lo ja q n e à os mais
difficulca á A n d re facilita.' c o m razam» porqué à os primei-;
l o s pafibs a muitos fe adianta n o merecim ento eñ e Apof-;
t o lo . Efta caza de Ch tifto i m e u v e t he da gloria viua rcf refentaiam, & d o C e o verdadeira figura, poys quando
A n d re com ega a m erecer, parece que ;a fe Ihe deue apofs
k da quella, & 6 lu g a r 'hefté.
P o re m tornando a iegutt o noffo difcurfo dauldo afll.fe A ndrc feguio a Chrifto primeiro fem fer chamado pa-i
« q u ecfpcra agora. que.o Senhor o chame: venite ^ojl me:
nam parece ifto afroxar em fuas finezas, derainuir em fen
feruor? N am : antes digo foi tequintat feus exftrem os,&
apurar feus affecios, & arezam he: porque permitir Andre
'
que Chcifto ole. Q>chama^c foi o npcfaio que querer fazec
-d a
da fineza obriga^am; fcm fcr chamado feguita ja A ndre
a Chrifto, mas dcft'a accam, q na tealidadc era fineza quiz
para ficar mais eflrcmado fazcc obtiga^anni & qucm de
cxccifiu o amante quizet grangeat os limbres deue pro­
c u rar que o q u e he fineza, que cmpcnha, parcha, ou fe/a o*
btiga^am, que fatisfa<^a. Ora proue cfla finre^a, qne A ndre
faz, hum extremo, que Teu irmaó fez. VcndoíTc Ped ro era
huma occaziam n o m e y o do mar ent;e encrespadas o n ­
das, 5c leuantadas tempeftades de hum contrario vento»
que ameagando o naufragio, feguraua a ruina, porque em
íeu pequeño barco era tá grade o perigo, q da popa á p ro a
podía fer o cftrago, aparecclhc Chrifío palTcando pellas
agoas, póé Pedro feus olhos nelle , & dezejozo de
b r a r p o r fe u rcfpeito afineza de íe lanzar á o mar, pede á o
Senhor o máde: Domine f i tu es ]uhe mt a i te venire fopetaquas,
M as Comoaífi: fe Pedro quer fizer hum extremo lanzandofl*c à o mar para bufcar íeu meílre execute fuá vótade> &
efcuze de p e d irq o mande. N am andaría Ped ro maisfinoi
cm fe expot á o perigo. fcm preceito, doq arrojan d oflea
Jacaree n o mar m ádado’ Nart}: fe Pedro fe botara as agoas
fe o m á d a d o d e C hriílo andarafino, poys fe expunha a hú
perigo, m a s p e d in d o o obrigue c ó o preceito anda excefííuanoéte amate, por^ deze;a fjz e r o q he prc eza liure,ac(am
obrigatoria. 3c muiio mayor fineza he aquella, ^ leua a ca­
pa de obriga(^am, do que aquella, q com ella fe nam cobren
Duas finezas, grades ambas, obtou D é o s pellos h o o e n s ; hu­
ma foi eriales; outra vir a o mundo por feu fefpcito; poré
n am ha duuidi q muito mayor foi a de vir a o mundo, d^q
a da ctia^aó, porq a eíla ac^aó da S, Paulo o titolo de grade
potantonom azia:
facnameniutquffá.ma^iB
ftftatìà
}l
In offic,
tncamt\ 6c a Igre;a Ihe chama admirauel; adm~
PuTif.
rabile c0»nmercmm: Sc M oyz^s q iú d o £ilU da criará do h o ­
rneen nam lemos, qac Ihe dé fcmelhances encom ios. Dcmais a teza aili o modra. Sebé eu indj duuido: nam foi ma<
y o t extremo o crearnos D i o s , poys nos pa^ou do nam fee
á 0 fer, de nada, q eramos nos tornou cm tanto, q ficamos
Gen»X. ».
femilha^as de Dioinos? Creauit Detts homtmm aú
ntm [mm, Demais q acriiqa nam nos podia vir fenacnda-^
m a Ó d c D e o s . & a red e n 9 3m ,q to i o para q D eos v e i o a o
múdo, bé nos podia vir da de huma ereatura, q Deos quizeile.inda q nao foffc codignamete fatisfa^oria, co m o atífid i inc^fí
T h e o io g o s . P o y s fe ifto he aifi,porq foi mayor fine-.(.•<«.1.
a d e vie á o m u n d o .q a d e nos Ctiar? P o t q aquella foi
feica fem a capa da obtigaija, q Ihepodia dac nocihor luftre;
7ou».5t«. cfta f j i obrada com
5c pon ifo fico u m a37.
is aue:^tejado. Grande fineza fizera S. Andre em feguic
a ChiiÜo fem fcr chamado, mas para que efte extremo \o~
grd cs atributos de m ayor quer qoe Icue a capa da obti
gV^wn pello mandado d c C h r ift o :K í» « í poflme,
Cham ou o Sen h or a Andre para o fazcr feu Apoftoto^
mas qiiando intenta darlhc o officio ja elle tern fatisfeito
as'obrigi^oens delle; quem antes d e fe r dicipulo aifitn fc
dezeiftipenhiua qce boa conta dará de feu cargo depoys
d e ofe-ii/Paia t r a z e r a fe os homens efcolhe ChtiíloanAndrc, qaando elle á fc ja aaia reduzido o mayor, Ped ro feu
•A x fR iM fia m tfm re m fuums d* a h ^ it eum adic':{um^ C o m cczam he S. Andre figurado no Carbunculo, poys fc cfta pcrcioza pedra tem por propriedade slumlaca os homens nas
■’ i:t¥eiiasda noite. S. Andre deu a luz d> fe a Pedro, q na noitc
■\ '
-da Snfid^Udadc andauajosdem ais A poftolos dcpoys de p
ierem
d e
S A N G T D
A N D R E .
9.
fcrcm ttouxcram a Chtifto muytos homeqs; rras de nerh u
fe lé q antes de ter o officio déííc a*Chrìfìo h& ironie, Ç]\\a:,.
U a p o r m u * y t o s , c o m o P e d j o i o s d c í n a i s d c r ^ a ; I « ^ e ¿ a innnr.t
meraueîs filhos,S. Andre à& iiihcQ fm dim ^tf:y: fu^erl/af}cj^çr^^^
ira aiicabo Bccelc&ia: os de oiais trouxerâ a Çhjrifto Toldados, ;
‘ ’
éc diGipu!os,S. Andre deulhe Vigaii:o,&:-6ikpitaôi,<}« outros
n i hadiiuida d c ià c o p io z o s ftuytosâ
q ia s o melhor, '
q iU a tcue,he ce.rtofpiS. Pçdro.&quG n ç g a ^ q .o de|iic a.feti
^ ,
itoaaô S. Andrc? Donde b m i fcs-colligi? q fçnçlp os dçmat^
is A poftolosdas gclcs; S. A n d ie foi A pûftolo dos A p p flo ïos A ifto pot duas tezoens; huma, pocq foi caqza de P çd ro
.feguit a Chrifto; a outra, porq foi p pûm eiro^q o-huscou.
Foi S, A nd tc,o que ttouxc Pedro à o A p o fto lad o ,& o ^rim e i r o A poftolo, masdeucndofl'cïhc o primeiro lugar ncU
le, ccdeo para o d^r a feu irmaôi grade exçe)icntia do noiïo,
A poftolo: foi o primeiro no aicreçjm €nto,,& quiz fet ofegundo no lugar; Andreas
c â t h a k
das pomtur, eftti tAmm. m
Domw^ iuxta S-uangelicam
^dcprimusimemîfty: & daqui ^nfiro eu fe adiantou a todos.
Com petindolhe o primeiro lugar, nam quiz tcnâ o fegund o vira a ter de todos o mais iupcrior, poys aiîi ie ial:>e humilhar. Vejam os fe em palTota c©mû ac^ srv^ î hun^|)tQu a sîg u la r.D iz ïfaias qvir^n-o C e o dous Séraphins aiïiflin*
d o á o trono de D eos,os quaes icpartido fuas azas çm o fer*
uiço delle cÔ duas Ihc cobiiâ p fo ft p , c ô duas os p é s ,& c 5
duas vpauâ.Sc lo g o aduerte q.eftcs Séraphins eftauâ fobrc
o trono; Sera^hmJiaíat faper ¿¿¿V/¿í/.Mas co m o pode iño fcr;
nam eílá Déos neffc tronof He cerco; poys os Séraphins
. t c m lugar no trono, em que Deios aifiûeî Parece que fino.
K a m v e m que clics abatiam fuas azas á o s pes de D eos;
& 2
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Jfal é.».
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dHah‘4s vAahi^t pedes: OS pcs de D e o s fam o logar dos C h e*
í^fífc.io fübins, eípirttos inferiores à os Séraphins;
ftet'n Juperche*'
rubien: ahfim : p o y so s Séraphins fabem bufcar lugar infe^ o i e u , tendo azaspara c h e g a tà face de Deoshumi>
' Itiâfe cÔ azas a feus pcs, poys deuédoffelhc o primeiro iugar
)iKO à o crono, logrará oucromais fuperior>potqno meimo
ConHàt tm jjQ jjg Q terarp; Seraphim fiabantJùpefillud: S. Andre ce d eo cio
pfim cifo lugar,q fe lh e d e u ia,po ys t e r â e m t o d o o collegio
' A p o ílo lic o o mais fuperior, fera primeiro dos primeifos,
ou A poftôïo dos A p oilolos. Em brcues paUuras côfirtua ti»Tett.
tlio o dirò a boca, q quâdo nam fora pot outra/ por eAa fcchrifol. cnça podia fer deouro;£/^«i^?V erdinù pr^mo tamemceàtu
ierw. 13).
N c m pode dcixar de fer aifim, ¡porque felpara co m
D c ó s qaem quer fet mais do que he fica menos do que
era, tábem quenr defe/a fer menos do que he pa^a a ier ma­
ïs d:> q'ie era. O primeiro vem os cm Lu cifer qae fendo
J/4/14. B. o nrayor do C e ò , porque quiz fer mais do que txìi: fim ills
*4 èfg Altìfimù'. ficou muyto mer?os do que fora. T am bera
o a c h a m o s em A d i : era figura de Deos.- ^dim agìm m ijuipGen.^.n. pè Dei fa 6fus ejì homo: defejou fcr m a y s d o q e r a apetecedo
6realidades, ne com femclhâças ficou. T é t e cada hù o q po­
de alcanc^r, corno diz o Oatam; quodpot f i idtentes: que
pert&’der ìmpo'iBueis fobrc fer erro muy craiTo, he m eo cer­
to pìira côfeguir ruinas, & para ver intetos fruftrados. O feM ai I I .
' gudo fe mofìra em o grade Bautifta; era Elias meo pîdre no
«. Herpifirò;//>/!’ efl'Bltus.ejut venturas i/?:qiieria fer m e n o sq EHU i n . I.
„ ,11 ,
Elias era prefera, ellefìcou m aisquc
¿iit.il.
prrSctKp'usquaprùfcta. O prodigo fendo fillio cóientauaiTc
•'
me, ftcutvntim demercenants tms: ficoa
>
; porque logto u o qnc ncnhum daqoelle
-
'
‘
pay
pay tinha alcancado: nuquaded'Jiìm ìhf hddu ccdd/^t ¡Ili v t‘
tuia fagwatum Ude Scraphim humanado. S. A ndre,
” 9 0^5^,
o primciro ApoQ olo no fcguira C h t iñ o , quiz Ter o Tegudo
n o lu gar,affc£to u Ter menos do q c r a , p oys lograta smais
fuperior cadcira; nam q u iz fe i piim eìro dos Apo.ilclos>q
fa fegù d o s,Sì tcrcciios, ficaia piim cito de todos, £c A poi*
tolo dos ApoQolos.
£ ñ a gloria pode S. A ndre ter p o r q oercf fer frgundo»&
Outra nam menor p o d e lograr p o rau er iìdo primciro; 6c
h e q i e d o c l l e A poQ olo corno os mais, os demais ( nam fa­
lò quanto á o eííen cial) nam parecem A p cfìo lo s corno
elle; entrando na conta dos outcos, os outros parece nam
fé còca com cllej he A p o iìo lo primeiro, & portai vnico^ Se
fìngular. A o primeiro dia da.crìa^am do mundo chamou
M o yfe s hum.* f ù 6ìu m éfi vespere & m a n e dtes v n m '& le g o
¿ o feguinte deu o tit^ Io de fegundo: d ia ft^undm. Pcrgnnto; "
fé M oyfes ch-ama a cfle dia fegundo^ & fegundo fo p c é pri­
meiro, p o rq à q u tlle n lip e llid a p o r p r iir e ifo ,&
i f i é-c- dttsprìmus. Sem d u u id a fo if d iz h u m d o u to j porque
fcdiiTeraque eia dia primeiro fìcaua co n tan d oò c o r n o s
demais, porque primeiro d iz o r d c m a Ìcgundo, f o r c m bu
denota fingularidade, & nam diz icfpcìto a outro, & c/itendeo M o y k s que o primeiro dìa p o r ta i nam deuia iie
entrar na cota dos outros, poto nam era os demais c^mo
elle,dia era c o m o os dcmais n>as,o$ demais nam eià«^ss co>
m o elle, porq era por primeiro (jngular, & m ic o ;
%nu$:
Verdade he q S. A n d te nam foi fó A p c iìo lo ^ e C b riiìo,
ne tannbé deixou de entrar na cóta dos fagradcv A p o fìo lo s,
m as fendo iflo aflìm, parece v n i c o , & fif^ular por priB ieito,
paiccc q fc na dctjc c6 w r tO fis c u u c S ip o iq foi o
]ij
ptimciio
pcim cifodîaparaalgreja. O Catbûculo, e m q u e S- Andre
foi rcptezëcado, hc c o m o as outras pedras preciofas, p o i^
c o m o eôta Frâcifco B.uueo,tê a uircudc de todas.mas as dede
C4 f14! ” * mais ►pedras nâ fâ como eUe, por^
.
. nâ iogta a fua perfciçâ,n€
tê feus brilhâtcs re fp là d o r« S r& aflinn a todas Icu a vetage c o -
Mardy l , q jq wQ\,o\xy\iZtào\it\x\ Arâetes gemmas fuperat CarhÜcuifiS cm-
° Catbûculo na preciolidade a p rim e ira das pedras,
'
h c S. A ndre en» as e xccllé ciaso primeiro d o s Apoftolos,
porque quiz fer o fcgudo.* «¿ir# orâinii premio t Amen tion ced'a.
O sd e m a ls fo raô huaaa v cz efcolhidos.* ego ele^vos: diz
Chrifto a o s A poftolos, & S. Andre duas vezes: ele g k ,&
pYatlegtt AnàrtAm
diz S. Pedro Damiâ;&paça muito
retr,
adiâce o S â f t o ,p o r q diz q foi o e fc o lh id o dos efcolhidos.*
Dxm£;c
í/í^/V:Na diffe eu lo g o muito em que S.
serm.t* A ndre eca A p o fto lo dos A p o f t o l o s , & que por ptimcîi. ^odr.
p oys S. P e d ro Damiam confcça fora de entre
u of.
B.rír?.
todos os que Chrifto efcolheo» o efcolhido* Para a Igre^ encarecer a petfcicam de Maria Sandiifima, & p ari
certificar de fuis exceUcneias cKz que fo ta huma,
^ outra vez pot D e o s efcolhida:
& pardegu earn
I>cus\ infiramos poys agora quaes feràm as cxcellca€ias, quaes os d o t e s , quaes as perfeicoens de S. Andre,
q’je nam fomente fo i huma vez efcolhido para fcguir a
C h x fto , mas he o je outca defte Senhor para feu C o lle ­
g io Kpoftolico bu fcad o: venite psfi m tt&
vos fieri
pifcatous homtmm*
D e pcitador de peixes eonftituîo C htifto a A ndie pefcad ot de hï)mts>ou pregador Euangelico j & noto eu otnodo co m que b S e n h o i f jz efta funçam; nam.diz que eWg c a Andre
faça pefcador, fen£fq-o efcolhe pata»q
fe;a fcito pcfcador: fa d a m vo s f d t . Grande doutrina ncs da
Chrifto nefte m odo de fallar. Á h y ha fogeitcs que (¿m feitos, & fogcitos c^uc fe fazcni, ou que os fazcm. C h n fío
nam dizia fa iu n t vos pijcatms'. fe nair: fac'tam vos f e r ì:
para que fcubcííem cs nam bufcsua para fru C o llegio aq u e lie s, aquem auiam de fazer es h o m c n s , lenam
aquelles, que eram feitos h o irc n í i c u h o m c rs feiios.
A h y ha homens que fam feitos h c m e n s , & hcnncnsi
que fe fazem homens; O s h o m e n s , que íam feitos h o mens fam obra de D é o s , que com o tem peder pa*
ra fazec hom ens ficam da fuá maó hcnncns fenos. Os
homens, que í'e fazem hom eos fam obra dos hon ens,
& co m o eQes por mais qne façam nam p c d tm chegar a fazer h o m e n s, nunca os que elles fszem fìcam
homens feiios. Fazíe o ou tio honnero, f o r que teue
hom cm que o fiz e flc , poys dezenganefie que nam h e
-homem feito, nem efíá feiro homcm. Diz o outre que
he homem fcito, porque teue a maó d c D e o s > [ q u e o dotou de pattes, acerta, porque he feito horrem . D e poys de cen. i.
D é o s ter feito o primeiro homen»: Cnauh Vtus homimm:
^7 *
adnertenosa Efcriptura que ficou Adam feito h o m e m ;^ cr 1.157.
Bus í j i hen.o 'mAwmaviucnUm\^^\m auia de Ter? fora Adam
homem, aquem D é o s fez, p t y s auia de íer horr-em fei10 , porque de D é o s era feito h o m e m ; f a 0 us tft hemox
N a m d?z Chrifto a íeus dicipulos fe façam pefcadores,
ou que os faram os h c m e n s , fcnam que elle Í£ em penhará e m qi e fei;m feitos fe íc a d o re s dc& h o ­
mens: fdciam vos fe r ì pífiatons hominum: poique deíia
maneira fìcatàm homens feitos paxA lúa Igteja, Prega*
dores Euangclicos p a i a íu a Icy^
Reparp
R ç p i r o miis cm q Chrifto dcclaraflfc o officio de pregadores a os Apoftolos cm o hierogUfico de pefcadores: pifca^
Kixeu in tor¿s.S¿ o p r e g id o t faz (eu officio ca na terra porq llie nam
fem , s, dà o titolo de c a ç a d o r c s , ^ nefta fazcm fua obtiga^am?
t4 ndr.
A efta duuida refpondc hum grande pregador ^ dcuia dcfer, porq o c a la d o r faz tito a detetminada aoe, cm pregando
nelU a fe ta io u ip e lo u r o ; quando mais deiacautelada eilà»
5c o pefcador lança a redc no mar nam a determinados peixes> ncm a particular pcfcacia« B o a rezam/ mas nam aduertio q tambem o pefcadot â fifga fàz tiro a determinados
peixes, & q o m c l i i ó t pregador, q ou u e,rcptehend eo a pacM*rf, 6. ticulat peffoa. N&nlteettihi habeu vxorem fratfistu ì. Outro
i8. di(fe que fora porque o pefcador pefcauj com rede, &
nam co m tiros c o m o o caçador; mas nam atentouque
tambem os^cacadorcs laçam rcdcs às aues: )4cUur reteantt oc, culos pmmtotum: & nam fam fòs os que atiram, c o m o ¡a
vm en .
pelloquc outra rczam fc d e u c dar, porque C h rifto
I. ». 17.
3 (çyj. dicipulos officio de pccgadores no de
pefcadores.- facUm vos fieri pifcatores. Ora ja que duas fo ram rejeitadas darci doas, que me parcec deucm fer ad­
mitidas. Aprimeira he.- fc C h rifto dera a feus dicipulos
. 0 cargo de prcgadores em outro o ffic io , & nam no de
percadores tiraualhe o que tinham,Sc dar hum officio, pot
outro. trocar hum lugar p o r h u m p o fto , nam hc m uyto,
porque fc fente adeixaçam do que fe teue, inda q u c f e a l alcance a poflfe d o q a e fc logra. P o re m dando C h riñ o afcus dicipulos o officio d e p re gad o re s no n ie in o de pefcadorcs, que ¡a lograuam, era querer que ficaflfcm com o
que tinham_mclhoradp, & acrccftad a, & iíío hc mais, por-que f e ñ c a u á c o m o g o t lo .d o pcúfuido, & co m o interese
I .
*
do
DE SANC 1 U AND RE .
Ì5
do augmentado: nam Ihe tiraua nada do quc ùnhati?,
conccdialhe mais, de cjue Ìe lograffem.
A fcgunda tezam, por que ChriLto iyoibolizou o officio
de pregadores no de pcfcadores, & nam no de caladores
dcuia fcr, porque o c a la d o r (inda que nem fempte ) alguà vez faz eftrondos, c o m o fe ve quaodo atira; opcicador quec ie)a com a tede > quec com a cana, ou fitga nunca os fa z , & o'perfeito pcrgador nam he aquelle , qu c co m cftrondofo m odo, ou afpcro tiro atrOa,
fenam o que c o m moderadas palautas» & branda dou^
trina rcj^rehende. N am deue o prcgador fer tayo> que
traga trouam mas chuua, que tienha lerena para quc
lefrefcando a terra, borrifando os montes, otu alh an d o o s Ecclefujf.
valles, regando os campos fa^a fruytos: tanquam imites
mittet elloquia. Sempie C liriílo noffo bcm logro u de pregadoc osticolos, mas quando com mais propricdade o foi,
& quando fe diz que fez o mclhor fermaó foi na noite da ^
Cea, & porque? Porque enram fjllo u á os homens cora ma­
is brandura, entam efteue mais ictnó, entam noais affauel
que nunca. Q uando conflituyo a leus dicipulcs prcgador e s i & os mandou q u e fo ílc m pello.mundo à fazet feu o f ­
ficio diffelhes que os madaua c o m o co rd ciro s.frí'í ego mit^’5
tovos ficut Agnoj. P o y s fe hiam à defftuir erros, à abrazac
idoiacrias, & á aílblar faifas feytas, nam era mclhor foíícai
co m o leoens, ou fcrpeotes? N am ; que ef^es pello rigor»
&m edo> que podiam p0r,deix3riam de|azer effcito^aquel^
les pella brandura nam podía deixar de confeguir muyto
fruyto. Nam ha de fer o pregatior calador, q alguma hora
fa^a eíltoodofos tiros, nem de bramidos de leam, porque
deue fcr cordciro; que ato d o sc Q m fuá branduia namore,'
C
No
i6
S
E
R
M
A M-
b îo C e o vio 0 Euangelifta S loam hum lean?, que cftaua pira abrir aqaclle liuto, que vira fechado; E c c e v ì c h
\A^octilyp. L(oé*c.àperkelìbrum\ c ò t u d o quando o chcgoù a abrir diz
j.n. 5. 6 q y ç era cofdeiro: ¿ r v i d i a g m m J l a n ï c m t a n q u a m ù c c ì f u m ,
7* <7* 8.
^ venit, & accefìt àe àextcra fèdetis in trono lìbriim, ¿ r cum
aptruij'set
Pergunto agora.- & porque nam vcm efìc
Icam -fen am o co td c ifo abrir effe huro? D i:ci: aiïiin o le ain, c o m o o cordeiro eram figura de Chriílo.* S. Agoftixì\iQi dìcituriignnsjee, drc: poys feja C hriílo muy cmbora
Tue» 83.
cm quanto nam chcga a abrir o liuro, porcm tanto
in lom. gm,.q^,Ì2cr co m eçat 3 abrir o huro feja cordeiro. Mais
elaio: fe'ia Chriiìo ieam cm quanto nam com eçar a abrir
o liuro'da Í113 doutrina, mas tanto qtìc chcgar a abrir oliu ro
de fua pregaçam fe;a cordeiro.* T'ìài agmm. E n o te ra duas
C0UZ3S: buma, que eilaua c o m o morto: tanqmm moYìuum'.
lam brado ha de Ter, que pareça m otto o que fot Pccgador
à o viU o;ontr 3, q logoalTì c o m o o b r lo o liu r o cahira todos
Oí < ircunílantes: quatuor ammulia, & vi^inti quatuor fcntores
«• 8 .
ctcidérunt. S e ja 'o Fregador cordeiro que logo farà cahit
tc d o s , até a criaturas irracionaes : quatuor aisimalia ce(Îderunf. Preg-ador leam exafperai Fregador ferpcnte
Í
pdé m ed oî Pregador cordeiro a co d o s faz cahir ria rc'de de Tua douttina ; Pregador caçadoc pode fazer eftrondo c ô feus tiros, Pregador pefcadornam os f jz co fe­
u s - lanços. Poys diga Ç h riÎio que faz a feus dicipulos
■pe-fcadores quan 4 o de Fregadores Ih e d â o ofiScio, pa­
ra que muytos cahiam na rede de fua dourrina.- faà/tm
vos fiefipi¡catores hominum: & que bem tomou o c o o ie lh o
de Chrito feu A p o flo lo S a n d o Andte, com o adiante ve­
temos, agota profigamps o noiTo aiTuiupto.
Aflî
Affi corno C htifto diffe a S. Andte o fcgwìfle log© fem
mais demora largou as redes. & o acam pàn hou: eetìtìntt*
relucís mibits fecm ì Jum cum: C 6 toda-à diligétia ie dcfapcgOQ de Tcus bcs, ptoque á vifta do muyco, cj a Chrifto ama*
ua, todos cftim auaem muyco pouco. A fineza nam c6*
fiftc em deixar m ayto, icH^m'em' largir htim fcgeìco o ^
póÌÌQC, porque o prtmcito tìfain eiU sò
mam do amaiitCi fcnam tambem n a da ventuta, que lhe con ceda effe
muyco para largifi o Ìegundo fò depende de Tua vontade,
& fornente defta procedem as finezas. Eu bem Tei que S.
Aodce nam deixou morgadd^, tìeùv hèranf&S de gì&ndes
cazas, fcnafn hu^^as redes',
, ‘jiorquc 's fòttuna Ihe riatn deu aqtielles , 5c sòfccntc Ihexo’ncedeo eflas,
efle pouco ¿^qne tinha, hrgou,* m^s com tanta pontualidide.ìSi tam cftremada vo'ntade» qtre fe topr>cü em muyto
deixado;o q era‘poaco‘ poìXLHdo;
dii^dìiiinaméte S. G regO fio’ moralrààdy ie(ia
de $. Aridre: qui
[ibiHihilfetinuìt. Para hun^ hom cm dizer que larga muyto
)or C hriilo nim he neceflario que fe defapoiÌe de rnuyto,
>afla qiie fc defapegoc de pouèbi carfi tafite que Hc;a de
lodo: Multum (còtin u a o
àoììto^y-felfquk
(jut ^uintu'nlibci pxrum totàfìi^fcH 'fh 9 .'A'fidrC'I^a^-làfgoiÌ
muyco, mas porque fe defapigou de todo o pou co, quc
iograua, v elo adeixat muyto. N am fe defppcfion o nc^ffo
Apoilolo de t u J o , po'rque-b'njm 'tin'hiV m a s ‘he certo
q.ie o pouco lar^ou de to Jo . Aucria quem deixà'fìe mais
beiis por a mor d e C h i l o , fVias nònl'mr’ p^ftce q iic fe a *
chuà quem deixiiTe m iis ;
a rezani he, porq«e fupcfto qac S ìn d .) A n J - e largifle p onco nas tedes deixou
ttìuycj nos d«z»jgs, que aré éfì'i j,-largtàliz ’ik'ar u t n
C a
p c b ;c
;■
5.'
pobtc pot amor de Chttfto que atê os dcfc;os de ter deU
cT «/.
^cfiâcriahitberididereliqm. M uitofaria qucm ie pofuif.
fe tudo o largafle, mas m uyto mais faz qucm dcixa os defejos de ter, porque muyto mais cufta cortar por hum dcfejo, do que dar tudo quanto fc logra. N o te i que fendo
aifi no H orto, c o m o na C e a rcprezëtada a paixam a Chrifto fuaÎÎe g o ta s , que pareciam rios de Tangué, naquetle,
XHf.w.o. Ôc n cftan am .- f^Sfus efifuàer €\us ftcut g u tu fangmnis decuf44 * fentts in tem m . P o y s fe em huma, 5c outra occaziam tend
Chrifto diante dos olhos faa paixam, porque fuandotam
c op iozofan g u e no H orto nam fua a minima gota na C eaï
j i i í . t f i . Eu o digo: no H orto cortaua pot hum defcjo. Pater mi jt
pofsibíle e f tranfeát â me calix jfie'. na Cea daua tudo quanto
lograuaí corpo, fangue, D ium dadc, & humanidadc;
ejl
menm-. hic efi tnim fanguh meus: cûmcdite: bibite^ Sí
nam Ihe cauzando o mínimo íuOr o defapoífarfe d e lu ­
d o , o q u e lograua, & o dar t u d o , quanto tin ha, cufea;»3lhe fuorcs de muyto fanguc o cortar por hum def e jo .& c iT c inefficaz¡ mais cufta o reprimir o mínimo defeio, que o largar tudo. Dado, que os demais dcixafem tu­
do por C h riflo, mais fa z u Sandio A ndre, poys inda que
n)iO d e ix o u , fenam hum aj redes; nU ífís rctibus: com tu­
do até à osdefcjos de ter dcu de m a m ; defidefÍA &abédí dcreli/juit : Sí < \o M o vai de cortar pelMs defejos à
largar cudo , tanto vai das fínezas de San¿lo Andre ás
dos mais.
Baftante proua de fino amante fo i aquella em Sana o A n d r e ,mas nam fc achou eíTa íó nelle , porque ou­
tra v e j o , que nam o acredita m enos, & he a preftezá'
com que Urgou as ledes. Diz o Euangcliftata que logo:
continuò* E ftre n ad o S a n d o no feruìco de r c u D r o i^ p c ys nam fe v ie nelle mais dem ora n o dcixari do quc » d e ­
tenida que em ChtiÜo c u u c cm chamalo: venne: cénti­
m o feUSiìs nttbus fecuti (um eum, DiiTe engenhozàmente o A u fon ìo que a tardanza no feruico Ihetiraoa a exccllcncia de g ra c io fo ; Cfasià.qu^téniat, w gf 4U efl\ ì5c ou­
tro talento mais acertado dille que deíluílraua o merecim ento o uagar n o difpender;
iwfw/»w iáM ts mou . G ra c io fo , & luflro/ò fo i 0 f e r u i 9 0 , que S a n ^ o An* h k
dre fez em largar o que tinha por C b riñ o ,.p o y s n a m o u ue nelle a minima detenga, fe n a m a m ayor diligencia: r?tìfiU0 reiiiiìs retibus jecuti fum tumi para que ie viffem de
feu a ife d o Os extrem os > & de fe u fìn o querer as exccllencias.
Se bemperguntO; nam podia S a n ilo A ndre feguira
C h riü o c o m fu a s redesf O S e n h o r nam Ihe diÌÌe, que as
largafle , fcnam que o feguiffe : veríiíe pofí me. Para
que deixa l o g o a s redes? Seria, porque f e c s demais mal
chegam a f a z e r o q u e C h tiü o Ihes manda Sanalo A ndre
queria moilrar corno fazia mais! K s m diiuido. M as
deuia i e r , porque nam largando as redes fìcaud c c m
alguns cuidados no mundo, p o yi nelle inda as tinha,
& defla forte mal p o d e iia Ter C h itfìo todo o feu cui'
dado.
Q uerer ter cuidados na terra, & no C e o nam
cuida bem quem o intenta, fe Sanato A ndre nsm lar­
gara as redes auia de trazer os olhos, ncllas. porque fe
eñcs bu(cam o ob je£lo onde efìa a sifeÌQad, nas tedes auia S a n ilo A nd te de ter pofta algunaa, & p o r confeguinte nam feria Chrifìo totsl em prego de feu am ct;
antes digo que ncm cm parte Ihc Icuaria os aiF e ao s.
C5
porque
porque tellos no mundo, & em D ; o s he repartiçam, que
nam podemos fazer. T u d o -p o d e m noíTos olhos ver: cam­
p o s ,,p r a d o s valles, m onees, ferras, lo o g e s, & pcitos*
alcanza noffa viíla terra, 6c C e o , mas nam podemos (
poc m aisquc f i ja m o s ) por juntamente os olhos na ter­
r a , 5c no C e o : fequizerm os emprcgar aviftá no C e o ,
auemos de tirar o í olhos da tetra.-ie dezejítraos lançai
os olhos à tetra nam auemos de p ó r os olhos no C e o .
Sam 03 olhos o roceiro do coraçam , 5c o fobrefcritp
da alma; fe cjaquelles nos leua o mundo a vifta , tambem dcftcs noS' rouba os aíF.dos, ¿ c quando eftes fe trit>ncam á o mundano, mal p-odcm jùnùm enrc . dediCarenfe
à o Diuino. Q u e r i iS . Andre fazCr íacrifitio' de fua vontade a Chrifto, dezejaua que efte foffe fo o q u e d i o de fua
alma, 5c o e m p re g o de feus olhos, poys deixc o q no müdo
Ihos pode leuir: largue as redes farà bom l a n ç o à o C eo.‘
R eliiils Tetibus fecuú [unt. cum.
DifapegouíTe S. Andre de t u d o para feguir a Chrifto, 5e
affím foi íeu fiel co m p a n h e ir o t o d i av i d a n i conuerça
das gentes, que para cíTe f i m o efcoliiera o Senhor; Veni“
t e m í fachim vos fieri pifc¿it9res háminum', f ize nd o com
iba pcegaçam tanto frftyco q c ó f e ^ i algreja fora innumein feli. i.-raueis os homés, q à ley de Chrifto trouxe; D q ^ h a , é ‘ mytaciíHí innum erM es hsmines ad Chrifiam coueftit. A co d o s catiaaua Saníto Andre c o m fiias p a l a u r a s , porque era bran­
d o no r e p r e h s o d e r ; a c o d o s roubaua ocoVaçam, porq c o m o íuaue de fua preg iç am, 5t com o mellifluo de feü
amoeftar 3 tod o s parece qae metía na alma; nam auía peruerío. que o u u i n J o o f e n i m conuertene; n m auia ce­
gó cm fea etto-, q u e - u e n d o ò nam vifiíe o erro de íua
cegucira
t e g u c ira ; nam auia contumaz cm feu vicio, que c c m fua
doutrîna n a m mudaiTc de vida, tanta g rsça ticha no pre­
gar que em todos fazia fruyto, nam ic m c n le crapcfcadot de homens, que iÎTo tinham os dcmais A pofto los,
mas de todos os h o m e n s, poys innumcraucis ccnuertia.*
inm m m htU shom ines, Segu io SanÛ o A nd re a C h riflo c c m
a pregaçam cm quanto o Senhor v i u e o , & d c p cy s de
fua paixam cabendolhe pot repaniçam a prouincia de Scyth ia , nam fom ente pregou n e lla , m ase m outras muytas, c o m o e m Epiro, & T hracia. P o r conta de S. A n ­
dré eftaua huma prcuincia, m asa luz de fua doutîina r â
era fò para huma, fenam para reuytas. Ajuflada foi a repartiçam dos A poftolos, que o nam polTo negar, mas tenho
huma queixa contra e lle s, & he: em darcm a S a n ^ o
A nd re huma parte do mundo para pregar, quando Ihe
pudcram dar o mundo t o d o , & inda Ter limitada cfphera para fcu ta le n to , & pequeño csm p o para afìbIharos abrazados rayos de fua doutrina. Bafte paia ca­
da hum dos mais A pofto los hunoa prouincia, que t o ­
das as do mundo fam pouco para Sandio A n d r e , poys
fe o Sol a to d o o mundo alunaia, Sanato Andre, que o
h'e do C o lie g io A poftolico, á o mundo todo dá luz.
A os p r e n d e r e s Euangelicos todos juntos chamou Chrif- Müí. 5.
to Uiz do mundo.- Vos ejlis iu:< munar. mas bem pude- n. 14.
ra chamar fó a Andre de to d o o mundo lu2, p o y sq u a l
- o m ro Sol todo o quería cucfar para a todos dar da fé
de Chrifto o melhor lume. .
C h c g o u vltimamenté Saníto A ndre cc m fuá prega^am a Achaya, onde reprebcndendo á o p r o c o n fu l Egeas peila pertinacia^ coetí que uibutaua fátfas ailoraçoens
à
à os Idolos foi delle p r e z o , porque nam fez fua dou- •
crina nelle effeico: 5c n e m p o r i í í o perdeo Sa n ilo A ndre
de S o l as propciedades, porque tacnbem huma atceuida
nauecn com fuas fombras fc o p ô è à o S o l eocobrindo iuas
luzes, & mais nam he porfalcarem à o Sol refplandores,
nem por perder aqueile R e y dos planetas o lutif. anees
porque he Sol topa muytas vezes com as fo m b ras, mas
nem poc iíTo fica fom enos de feus bríos, porque nana
perde nada de feus rayos. M andou Egeas meter no car­
cere a S a n ilo Andre,- nelle efteue o Sa n ilo tam lo n ­
ge de perder feu v a lo r , & zelo que antes fe apurou
mais feu amor, & fc augmentaram fuas forças pata refìstir às que Egeas fazia para que crìbucaffe indiuidas adoraçoens à os tdolosj mas aiïim auia de fcr, porque fe Andre
k e na intcrprctaçam de Abulenfe o m cfm o que honoem
>Ahul.
varonil: Andrms/td e(t vm iistquia fecuiàs eft Chrìftum viri
fom. 5.^51, ¿¿¡gy. fjQ carcere auia de oftentar valentia*, poys c o m o perfeito varam cm feguira Chriflo fìzcra proezas.- Rtlióiis
ntihm fecuti fan t eum: (ècutus (fi ChfiHum virilitef: Eb cns
Exe'^tti
viram ,poys querendo o pono liurar à o noiìo S a n ilo
>(M
do carcere cjle o nam confentio: Vnde populas ÀndreAm fa c ili liberaffety nifi ipfc (èdajct muUitudinem. N o catccre eflaua feu irmaó S. P c d c o , mas tanto que hum an70 Ihe apareceo para o liurar delle lo g o Pedro confen\4 ct. Il tio; Stqttete mt\ é ' exitffj fcqaehatur eumr no carcere efìà
tambem S a n ilo A ndte, mas querendo o p o u o liutaio na
o permite, porque eftaua tam prezo do amor de Chtift o que ;ulgaua era pata elle dòce p r iz a m o q u e paraos
mais he amargoza pena. Sigua muy embora Pedro o
anjo StqHtbatm tttm\ pasa fc vct liure * que feu ,irma 5
íeguc
ffg u e a Chtifto: fecuù funt
para fc ver cncarccrado,
Duas couzas diflc o T u lio cram os prcgociros do amor;
fàzer bcm à o amado; & padecer por fc« rcfpcico: Zìuo
fùmt qu£ amantem produmi amato bencfacere, ^ cruciata caufa e]usperpetì: mas adueitio que avltim a o acrcditaua ma­
is: ^ h o c po^remum mayus tnàkiumefi-. A b o n e s foram pa­
ra o ñno amoc de San(^o Andre os muitos bens que t
Chiifto fez em o s innumerauei^ homens, que á íua fc
trouxe com a pregaçam, porem com o fcmprc vay io*
bimio nas finezas mayores realces logram as de feu amor
cm o que padecc no catcere. Hoc vltm um majus inditiumefi,
.
M aodou Egeas tirar a Sanato Andre da prizam, 5c ven­
do-fua fìrmezà,
dc(èjo> co m que quetia dar a vida poc
Chrifto cngtancjccendo osm ifteiios da Cruz fò p a t a q u e
o tirano Iha dcifc para.morrer, admirado Fgeas de ver
o valor, com que a anhelaua ( mas aiïîm auia de fer, porq
nam fora exceifiuo amante fé a morte o intimidaffe) Amarem n poteft ( diz a pena de O uro ) qui fatis timet) deu fajisfaçam a feu defejo mandando foiTe cotTfo feu meftrc
crucificado. O morier em Chrìfìo foi preceito: Manda- ,
«t
r
UAn. IO*
tum. accepit a Patr^: mas o morrer crucificado foi cjpiçam
fuai
por iÌÌo foi fua morte a de mais mereciméto para
OS homens. Preceito foi e m San ilo A ndre a morte, nam
fornente porque era le y diulna; Morte morieris: mas ^ o t cen,i*n»
que para iiìo foi chamado.- verna ^ofl me, Porcm o mor- i 7*
rer na Cruz foi efcolha fua, para que fe viflfe feguia em
tudo a feu mcftre.- fecuti funt
& merecía para com
elle muyto. ECcolheo Chrifto aquella morte por fer a mais
afròcoza, elegc S. Andre a mefnia p o t f e t a d e m a is i g n o D
minia:
*. m à , minia; mas por iflb mcfino m orreo mais honrado. N 5 brc14*». 4»* mente diz a Efctiptura, que efcolh co morier o famozo
M achabeo, porque quiz dar auida acrpada; Eltgms mbU
Utet mofh mais honrado m orreo S a n á o Andrc, porque
quiz dar a vida na C ru z. Afatisfa^am para Ter pctfeica
ha de fci no aiefm o, que fe reccbeo> pontualmentc quiz
S a n ilo Andrc fatisfazer a Chriño, poys fe eite na Cnvz
dcra por elle a v i d a , na Cruz por C h rifìo quiz S a n flo
Andre morter.
E q u e fe fegue d^qui! Q ue fe Cliriflo
i.rfáffor, ( com o dà acn tcndcr Sam P a u lo , & diz o c o m m u m
dos T h e o l o g o s j m ereceo para A ndrc de ju ftiia,tam b cm
ifoh',sfac-‘ ^ n d re para com Chrifto v e o de iuOi^a a merecer.
tus jujìiLeuaram os miniÌÌtos S a n ilo A ndrs à o lugar onde
auiam de executar a fentcn^a, & ailìm com b^o S a n ilo vio
a Cruz, o b ;e ñ o de fcu dcic)o, & vltiroobem de fua cfpcran^a come^ouHie a fazer colloquios a m o ro fo s, moftrando no exterior o añnco cora que no interior pertédia abrai^arfe co m aquelle Icnho.Fallaua o fa g u d o Apoftolo com a Cruz corno fe fo ra animada creatura, dizenIhe amores, q podiam dedicarfc a hü fogeito dotado de fc
tidos: taes ternuras Ihedizia q parecía f com o era ) aquella
C r u z to d o o em prego dcfcu co ra ^ a m . todo o cmpe
Exej.y¡t. n h o d e feus cuidados.* o b e»a Crux din defiderau j folkìtt
dmaia fine intem ifshne q u d fiu , é * diqm nào cucienti an 'm»
pupAYata. Encrauaram o Sanato A p ofto lon a Cruz, & fc os
miniQros andará aducrtidos efcuzàram crauos, porque o a
mor q u c o S a n f t o Ihe tinha o pregaría nella. B o m dicipu
lo de Chrifto, quc feguindoo na vida .* Secuti fum eum-.
o
imiiou na morte. C o m a Cruz ficou Chtiflo maìsv
C4»('4. tg ted im in h &
Sion regem Sàkmoneìnàhdemau^
0 11*
qi^
cofomuit ìllummatet fu 4 . Pofto na Cruz auia de ficai
Sa n ilo Andre mais fcrm ozo: Andre na opiniam de Sa6 to A ntonino he o nnefmo que fcrm ozo; Aftàreas, qui in'
Ufptemtur àecoms: ferm ozo San& o foi Tempre o noffo, por­
que fcraprc fo i hum Andre; mas fe C h iiiìo fendo fempie exftremo da fc tm o z w :/p eii^ Jn s firm a pfa fili]s h m inum\ co m t u d o n a Cruz era mais para vi£lo, tarobeni
S a n ilo Andre nella ficarà mais uiilozo, & gtaciofo, por­
que cClà com a m c lh o t gala, que nunca botou; & c c m
a mais preciOza purpura que nanea vcílioj coroad o eHà»
poys na C r u z p o z a fuas finezas a c o ro a } Se toda a que o
am o t Ihe deu foi decrauos.
N a m morreo o Sa n ilo A poftolo logO que o cruclfícaram> mas aífirn auia de f c r , porque fc a Cruz era
a fua vida mal Ihe podía cauzar a morte j dous dias eüeue
nella v iu o; grande valor. D e nenhum S a n ilo fe lé que
emccomento algum cófecuaíTetato a vida.- roas c o m o fe ha
de achat nos m aiso que ncñe humanado Carbúnculo lefplandccc: fuperat Caitmculus omncs. N am pode S. A nd re
acabar de morrcr, porq nam pode acabar de padecer, V c jam que mais cílremado dcfcjo he efic de S a o ilo Anc r c ,q outro de S. Paulo.defejaua S. Paulo morrer.* úeftde-^> i. »•
fU habíns dìffolui: & porq? Elle mcfmo o diz: por na padc^3»
cer mais: ¿tepecií Chfijlo: S. Andre defc^aua q fe Ihe dilataíTe
na Cruz a vida para padecer mais. Lutaua a morte c 6 o de­
fe/o de S. Andre, podia mais o dcfejo de padecer em An««
dre para Ihe dac alétos> do q a morte para Ihe acabar avid a;
Duas horas por a mor de Andre efliuera C h r iflo n a Cruz
uiuo, dous dias cfta Andre na Cruz viuo por amor de Chrifto , Ve/am fe o fcguio bem qué affi o imitou: Secutifül eufft.
Vz
Nj
N a Cruz fez SanO:o Andre hutna o b ra , que fol re­
mate de codas fuas ac9oés, & corti rezam, porque fc o re­
mate fcmprc hc o nnclhot 'da o b r a , das de S a n d o A n ­
dre foi efta a mais exccllencc; porto na C ru z cftcue fcmXx ejus p rc pregando até que cípirou: Cruci affi'íus efl\ tnqttabidmtm viuuspendens. ^ Chrìjit fiàempudìcAte nunquAm intcf^
mìttenu Ad eum mìgrautt. Grande pregador, qye pode de to­
dos O S de Chu fto fet cxcmplàr, nem porto cm huma
Cruz deixa efte A p o fto lo de fazet feu officio. G ra n ­
de zelo de grangeat almas para Chrifto , poys nam baftam as mayores penas para Ihe deucrrirem o cuidado,q t c m
de trazer todos à fè. Nam me parece fomente humano
nefta ac^am Sanfto AndrCj porque lembrarfc hum fogeito do bem, 5c co m o d o de outrem, quando padece penas
proprias he proua de fer diuino. Grandes marauilhas, Un­
gulares prodigios, 5c admiraueis protentos tinham os lú­
deos vifto fazcr a Chrifto, mas iíTo quando muito perfuadiaos a c t e r era hum grande profeta, 5c ajuftaáo homem.
C h eg a Chrifto a fet cru cificado, veo certo ludeo eftae
Ijdando co m as ancias da m o rte, 5cacabar a v id a , 5c nam
Luc
n Vomente o confe^ou por hom cm ¡ufto, cofno efcfcuc
Sam Lucas: VíU h k homo \uflus efAt: mas tambem pot fíMxrc, 15 Iho de Deos, c o m o diz Sam Marcos.*
hic homo film s
»■ 59*
Del efat. Pcrgunto: fe efte Centurio tem vifto, o u o u u id o
de Chrirto tantos p rodigios, 5c nunca chegoo a enten­
der que era filho de Déos, que rczam tem para agora o
aclamar por diuino, qando o v e morrer com o humano?
Erta fe me nam engano: via o Centurio qeftaua Chrifto padecendo rigorozis penas, 5c cuftoíos t o r m e n t o s , 5c que
juntamente eftaua tratando de ú z c t bcm a o ladram
Hodiei
Boite tnecum efhtn Taraàifo. Confidcrauao c o m a s agcni*
^
as da morte à's maos de excciïîiias d o re s, & xia tjuc fe
cmpregaua ea) acudir, & teroediat o U dr3m i‘ que podia
pcrigar, fc !hc nam dcfle huma bòa efptrsiiça d!é ftia fua
faUiaçam; poys rcioluc ciitrc fy que hom cm , que tal faz
he mais que humano, paça a 1er díiiino: fogciro ( airia o
centuno J q m a g o a d o c ô p e r ta s proprias inda fc Umbra do
remedio alhco nam he parto d a n a tb te a ' humana; Tenam
da X>\\3\xiv.'ùefeplìus î>ei etâU 'B t m inifrio b Cchtufio';'fie
boa ilbçam farà quem ven do a Sanfto A nd re p o ñ o era
huma Cruz tratando de conuerter almas a C h r Ü o diííér
que he hum diuino prcgador/i& cjue‘hc^ hum homem tam
a/uñado CÔ os mandados de Gh'iiftb qjíá'íece paça a s ts íc ras da natureza, & Te'temoÏKa àB iü in d a d e .A c a b ô b Chrífío
tratando do remedio dos que Ihc tirauam a vida: ?Ater diw/«í/ 7//V. Firtaliza San fio Andrc trabalhando em CQuertet
i os que Ihc dam a morte; os demah morrcrám corh Chrif­
lo quádo por elle dcrem a vida, mas Sandio An^re quando
da propria f í z faciifìció m^orce tambcm co m (fh ú ñ o , q
c o m o elle morre.
P rim e iro , & Angular A p o ú o lo com rezam vos dà a
Igreja otitolo.ííe amado de Chrifto: DHtxh ^naream Do- j„(^us
minusy proq fe o amor he filho da fympatia, na fci cu Sá£lo, oÿ.
q u e m á is atiueíTe co m elle) por tres cilëtaçcés do amor
Icuou uoíTo irmaó as chaues do C c o , & juntamente com
ellas o principado, mas nt* por i(ío deixañes v o s de ñcar o
principal dos Sagrados A poftolos, porq muytas vezes oftétaftes de amate, Irm ao vos fez a naturcza de Pedro, mas
també vos fez fcu irmao a gra^a.* aílim o dlíTe o fino O uro ^
m tu u jm ile m ; ( vai cóparando Andre
com
cotn V cdto) P arm ^ a iia tp fifec m t» L e u e embota Pedro
ifrm ijj.
ch^ues do C eo. quc fe. v ò s Icuais o amot de Chrif­
to as chaires tendes de tudo, poys corno cantou o Ocor¡>h,
pheo decado tem o.v n o r as chaues. A d ian c o u u o sa na-
y;
PuiU.
cureza n o aacìm en to , prefcriouos a ventura no b u ic a r,&
feguic a Chtìiìo. rezam era que v o s nam atíazaííc a graga no l o g r a r . N e ife monte da gloria gozais e c n p a g a d e
dobradas Vitorias duplicadas cotoas, que ju d o era* poys
at^daitcs eClrem^do a o pajgat ñcaeeis auentejado no leceber: BenejìcU plura recipìtt q d f c it reddere-. diflfe elegàntem enie o Publiano: logtaiuos de todas nefle C e o , ja que
tanto (e.lograram d e uòs as penas na terra;6c poys vòs qua- '
do padecieis os mayores toimentos. Unto com vofla doutiina de nòs vo s lembraueis, agora que gozais os m ayo­
res goftos rezam he vos nam efquegais de nos alcanza­
res agrada para confeguirmos a gloria. A d q u m nos
ducAt PateTt Pil'mst à* Spi/itus Sm Sim *
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