Portal IT4CIO ouviu os maiores fornecedores de BI do mercado para responder às dúvidas dos CIOs Portal IT4CIO ouviu os maiores fornecedores de BI do mercado para responder às dúvidas dos CIOs Num mundo corporativo cada vez mais dependente da informação para gerar negócios, os gestores de TI vêem-se, frequentemente, tendo que tomar decisões acerca da implantação e desenvolvimento de uma solução de BI (Business Intelligence). O portal IT4CIO levou as principais dúvidas dos CIOs para serem respondidas pelos executivos de dois dos maiores fornecedores de BI no mercado brasileiro: José Caodaglio, diretor sênior de vendas de BI e EPM da Oracle do Brasil e Jorge Utimi, diretor da Inteligência de Negócios, master reseller da QlikView. Confira a entrevista: Júlio Cesar Van Vossen, Gerente de TI da Duas Rodas - Que recursos técnicos são imprescindíveis para oferecer desempenho, riqueza gráfica e ergonomia a soluções de BI? José Caodaglio, Oracle: É imprescindível que a plataforma de BI tenha riqueza gráfica e interatividade. Um gráfico bem estruturado pode informar mais que diversos relatórios. A plataforma de BI adequada deve reduzir o esforço operacional para criar análises interativas. Além disso, deve contar com uma estrutura que ofereça essa interatividade de modo inerente à própria ferramenta. Portanto, a boa visualização gráfica e a interatividade devem ser conquistadas a partir de esforços razoáveis e dar ao usuário informações e análises consistentes, acessíveis onde ele estiver no momento de decidir. Júlio Cesar Van Vossen, Gerente de TI da Duas Rodas - Quais características e/ou funcionalidades uma ferramenta de BI precisa dispor para que a área de TI possa oferecêoferecê-la aos seus usuários com flexibilidade para construção de novas visões? Jorge Utimi, Inteligência de Negócios: A principal característica/funcionalidade é eliminar o enorme tempo de resposta, que a área de TI tem de dispor através das tecnologias atuais baseadas no CUBOS OLAP, para conseguir entregar as dimensões de análises com flexibilidade e independência junto a área gestora da empresa. Hoje, quase todas as soluções de BI tradicionais usam a tecnologia OLAP para a geração de informações e indicadores e esta tecnologia há alguns anos vem se mostrando incapaz de dar a flexibilidade, simplicidade e rapidez exigidas pelos usuários para que eles possam construir suas visões de análise. A ruptura deste paradigma e a adoção de novas soluções e tecnologias baseadas em lógicas associativas em memória. É a principal saída para atender a rapidez e exigências na obtenção de informação nos dias atuais. Júlio Cesar Van Vossen, Gerente de TI da Duas Rodas - Como construir uma matriz ou modelo para a viabilização do custo x benefício dos projetos de BI? Jorge Utimi, Inteligência de Negócios: Esta matriz deve considerar principalmente três unidades de investimentos em projetos de BI: 1) Infraestrutura: os valores de hardware, quantidade e potencialidade de processadores, capacidade de rede, acessos e segurança devem ser minuciosamente avaliados, pois com o contínuo crescimento do volume de dados de uma plataforma de BI, fatores como escalabilidade poderão afetar a manutenção, investimentos e performance de acessos com o passar dos anos. 2) Consultoria: a questão dos serviços de consultoria e manutenção envolvidos na construção de uma plataforma de BI. Atualmente, sabe-se que a dependência de consultores técnicos de desenvolvimento em BI (OLAP) é uma das maiores armadilhas na adoção de uma plataforma de indicadores. Além de mantê-los de forma constante na empresa, gerando altos custos de horas de desenvolvimento e manutenção das aplicações, conceitualmente o CUBO é uma tecnologia que exige a construção de visões de forma antecipada, tornando-se pouco flexível, e demandando um tempo de adaptação e desenvolvimento grande para qualquer nova necessidade e melhoria exigida pelos usuários finais. 3) Uma das mais importantes unidades de investimento nesta matriz é a percepção do ROI e completa adoção da solução pelos usuários finais: sabe-se que o cálculo do valor de retorno do investimento sobre uma tecnologia tão dinâmica e versátil como a plataforma de BI não é tão fácil de se fazer porque é analisar este investimento sob a ótica dos usuários, mensurando o fator de adoção e uso desta solução. Este processo se torna mais complexo ainda. Evitar que os usuários abandonem a solução de BI e voltem a utilizar as tradicionais planilhas de cálculo é um dos grandes desafios corporativos e departamentais que uma empresa enfrenta ao assumir uma estratégia de BI centralizada. Por isso, o envolvimento e conscientização de todos os níveis de influência corporativos deverão ser considerados nesta fase. Weslley Nascimento, Gerente de TI do Instituto Rio 2016 - Quais são os principais impedimentos para migrar os sistemas de BI para a nuvem ou iniciar um novo projeto nessa plataforma? José Caodaglio, Oracle: Podemos afirmar que não existe impedimento técnico para que o BI esteja na nuvem. A maior parte das objeções encontradas refere-se à preocupação das empresas em confiar suas informações no ambiente do Cloud Computing. Na realidade, existem plataformas extremamente seguras para isolar virtualmente os dados, ainda que estejam na nuvem, garantindo o nível de serviço, a disponibilidade e a performance que os requerimentos de negócio exigem. Um ponto importante é possuir uma estratégia adequada para fazer a carga de grandes volumes de dados entre os sistemasfonte e o BI que está na nuvem. Dependendo da tecnologia de ETL adotada, o volume de informações pode inviabilizar a carga. Processos incrementais, compactação de dados entre outras técnicas podem viabilizar a carga. Outra opção é a nuvem privada, que permite obter a maior parte dos benefícios da nuvem pública sem abrir mão da presença física das informações dentro da empresa.