CONCLUSÃO
1. UM OLHAR PANORÂMICO
O processo de formação dos professores especialistas de Arte, realizado durante
o ano letivo de 2007, trouxe grandes contribuições para o ensino dessa disciplina nas
escolas da Rede Municipal de Ensino de Cajamar/SP. É claro que dificuldades ainda
existem, mas o processo de reflexão e amadurecimento da concepção da área
enquanto conhecimento e linguagem já é presente na rede.
Um número bastante expressivo desses especialistas já procura por novos cursos
de formação continuada na área de cultura e arte, freqüentam com mais assiduidade
espetáculos teatrais, apresentações de dança e música, shows, museus e exposições,
pois sabem e sentem a necessidade da fruição em arte.
Outro ponto bastante positivo é que o professor passou a refletir sobre sua própria
prática, analisar suas aulas, refletir sobre conteúdos, metodologias, uma resposta dada
após as formações que insistiam no estudo sobre a metodologia do ensino da Arte, em
como se ensina e como se aprende arte. Além do trabalho com as quatro linguagens
(música, dança, teatro e artes visuais) a partir de projetos semestrais.
A freqüência e visitação a autores que pesquisam o assunto (ensino de Arte)
permeou todas as “conversas”, fundamentou o estudo, a elaboração dos projetos,
configurando-se em pontos chaves para a melhoria da qualidade do ensino de Arte na
rede municipal. Garantindo assim maior esclarecimento sobre seu papel, as teorias e o
conhecimento que envolvem sua prática, ou melhor, sua área de atuação.
1.1. A formação do Professor e a Arte na Rede Pública Municipal
Ao longo de todo este texto de dissertação, foi se delineando relações entre a
arte, a educação e a formação de professores da área. Além disso, procuramos
direcionar nosso olhar em questões que tocavam os processos de ensinar/aprender
Arte, seu papel na escola e na sociedade. E, ainda, como foi a recepção e interação
dos alunos em duas de suas linguagens: as Artes Visuais e a Música.
Todo o trabalho de formação continuada dos professores foi norteado por teorias
acerca do ensino da Arte e suas metodologias. Passaram por nossos encontros de
formação os mais variados autores, entre eles: Rosa Iavelberg, Ana Mae Barbosa,
Alfredo Bosi, Miriam Celeste Martins, Fayga Ostrower, Duarte Jr., Maria Fusari, Victor
Lowenfeld, Herbert Read entre outros. Todos estes autores foram de valiosa
contribuição, pois, fundamentaram tanto esta pesquisa quanto a formação de cada um
dos envolvidos no processo.
Com isso, pudemos aos poucos ir nos aprofundando em questões que envolviam
a arte e seu ensino, descobrindo metodologias de trabalho, discutindo conceitos e
concepções à partir de nossa própria prática. As reflexões realizadas nos ajudaram a
compreender a gama de pré-conceitos que envolvem a área de arte, as mais variadas
concepções que estão presentes em seu ensino, o que nos fez chegar a conclusão de
que a maior eficácia para o trabalho era garantir, durante as aulas, atividades que
perpassassem os momentos de apreciar, produzir e conhecer arte. E, também, à opção
de trabalharmos por meio de projetos e elaborarmos nossas aulas em muitas mãos.
Tudo isso nos fez pesquisar e ler muito, discutir e refletir jeitos e estratégias de garantir
um ensino de Arte competente, partindo de conhecimentos prévios até a ampliação de
repertórios em arte.
Por isso, a cada encontro novas situações eram colocadas para que o grupo
refletisse e produzisse a partir delas. Assim, o grupo foi ganhando autonomia e
construindo coletivamente uma proposta para o ensino da Arte na rede municipal de
Cajamar/SP, (vide apêndices A e B) sem perder de vista a concepção da arte enquanto
conhecimento e linguagem. Um projeto dessa magnitude requer olhares críticos e
apurados, muita reflexão e embasamento teórico, sem esquecer que se trata de ensinar
arte para crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental em escolas públicas
municipais, garantindo-lhes o que é de direito: a arte como patrimônio cultural da
humanidade. Pode ser a escola uma rara fonte de contato, reflexão e apreensão do
produto artístico e um local para estabelecer relações entre a arte e a sociedade.
Focamos nosso olhar na formação dos professores e na busca por uma autonomia de
trabalho, ou melhor, na produção de suas aulas e atividades e ainda no planejamento
de uma rotina de trabalho, pois, ao longo do processo fomos percebendo que a maior
dificuldade dos professores se centrava na gestão da sala de aula, era muito comum,
nos encontros de formação, ouvir as queixas dos professores sobre a falta de atenção
dos alunos, a indisciplina constante, a não organização das falas.
Para tanto, começamos discutir questões que envolviam estas dificuldades e
chegamos a conclusão que o planejamento de uma rotina de trabalho, poderia sanar
alguns destes problemas. Ajudou-nos nesta tarefa um material produzido pelo Centro
de Estudos e pesquisas em educação Cultura, Cultura e Ação Comunitária. (CENPEC)
intitulado “Estudar Pra Valer”, utilizado na rede municipal de Cajamar pelos professores
polivantes na área de alfabetização e linguagem, que traz em seu módulo introdutório a
necessidade do professor organizar uma rotina de trabalho em sala de aula. O material
nos deu muitas pistas e nos auxiliou na reflexão e construção de uma rotina também
para o ensino de Arte.
Nenhuma proposta, por mais consistente que seja, funciona sem uma ação
planejada. Para um trabalho produtivo e sistematizado, é preciso definir metas e
planejar uma rotina; não uma rotina estática, uma “camisa de força”, mas uma rotina
viva, que organiza o tempo, que harmoniza diferentes ritmos, diminuindo a ansiedade,
tanto do professor quanto do aluno. Se ambos souberem de antemão o que se espera
que façam em cada atividade e em determinado período de tempo, preparar-se-ão para
isso.
Assim, a cada projeto que se iniciava, a cada aula, foi necessário conversar com
as crianças e deixar bem claro qual seria a proposta, o que iriam fazer, que conteúdos
estudariam, quanto tempo duraria cada uma das atividades, o que se esperava que
aprendessem, as responsabilidades de cada um, quanto tempo o projeto iria durar, qual
seria o produto final etc.
Foi importante também envolver os familiares, explicitando como seria feito o
trabalho, o que se esperava dos alunos, como a família poderia contribuir – por
exemplo, não deixando que faltassem às aulas, perguntando sobre o desenvolvimento
dos projetos, comparecendo às atividades de exposição dos trabalhos, valorizando as
aprendizagens conquistadas.
É preciso que o aluno saiba quando pode, por exemplo, sentar-se no chão para
realizar uma atividade e quando deve permanecer na carteira, quando deve conversar,
perguntar, questionar e quando é importante ouvir, prestar atenção, quando é
necessário permanecer em silêncio para se concentrar melhor, lendo um texto de
estudo, vendo imagens ou simplesmente ouvindo o professor ou um colega.
Com toda essa reflexão, fomos orientando os professores que eles teriam que
lidar com as mais diversas situações em sala de aula, que as atividades envolveriam
tempos distintos, ou seja, atividades de longa e curta duração. Isso tudo nos fez
começar a organizar uma agenda semanal, distribuindo o tempo de modo que
pudéssemos desenvolver as atividades dos projetos. E, ainda, que essa agenda fosse
organizada com a participação das crianças. Orientamos também que todas as práticas
fossem contempladas: linguagem oral em rodas de conversa e nos momentos de
apreciação, leitura de forma coletiva, individual ou compartilhada, escuta musical de
boa qualidade, registros, sínteses e avaliações das aulas. Propomos aos professores
que a cada aula/oficina garantissem atividades permanentes de apreciação e leituras
de imagens, de escuta musical estabelecendo uma rotina sistematizada de trabalho.
Tínhamos muito claro que o tempo destinado a cada uma das atividades
propostas na rotina não seria rígido, pois dependia da classe e do trabalho que estava
sendo desenvolvido. Também tínhamos como pressuposto que durante a organização
das aulas deveríamos prever espaços e tempos para que o trabalho fosse realizado em
pequenos grupos, em momentos coletivos com a classe toda e também com a
integração entre aluno/aluno e entre aluno e professor. Essa organização facilita e
contribui para o professor lidar com a heterogeneidade da classe, com os diferentes
estágios e ritmos de aprendizagem e, aos alunos, a conviver com a diversidade.
Em nossas formações, discutimos também sobre a importância de reservar um
tempo para dar atendimento especial, de forma individual ou em pequenos grupos, aos
alunos que apresentavam mais dificuldades.
Todo esse planejamento é muito importante para que o professor não se
descuide das aprendizagens que precisam ser conquistadas. É muito importante que as
aulas perpassem a apreciação, a leitura, a escuta, a contextualização e a produção em
arte, e, ainda garantam momentos de letramento. É muito comum observarmos
professores que se limitam a trabalhar com a produção espontânea: os desenhos livres,
de ilustração de histórias, a pintura de espaços, deixando de fazer, ao mesmo tempo,
um trabalho que leve o aluno a compreender a arte, suas manifestações, seus produtos
e produtores e a dominar gradativamente conteúdos relacionados à apreciação, à
produção e ao conhecimento artístico.
Nos projetos propomos que a cada atividade, a criança vá se aproximando dos
conceitos da arte, suas diferentes manifestações, os diversos modos de compreendê-la,
seus artistas e representantes. E com isso possa ir criando gosto em estudá-la, em
apreciá-la e a partir disso consiga realizar julgamentos críticos, que consiga refletir
sobre a arte como forma de expressão, comunicação e representação.
Foi muito importante garantir, em cada aula, que os alunos tivessem acesso ao
universo da arte, que discutissem sobre ela, que conhecessem suas mais variadas
formas de representação e expressão. A aula de Arte pôde propiciar a imersão do aluno
no universo da arte.
Outro fator importante em nossas discussões e, consequentemente, nas salas de
aula foi a prática de permear as outras linguagens durante a execução dos projetos, ou
seja, quando a ênfase recai numa determinada linguagem, como no caso do projeto “As
Muitas Músicas do Mundo”, é necessário investir nas outras linguagens. O projeto de
música pode ser permeado por questões que envolvam as artes visuais, a dança e o
teatro.
O espaço da sala de aula ou do ateliê foi igualmente importante. Nossa
proposição foi de criar um ambiente em que a história vivida pelo grupo fosse sendo
registrada, que os alunos se reconhecessem por meio dos trabalhos e produções que
iam sendo produzidos e expostos, dos cantinhos que iam sendo montados. Orientamos
que o ideal é que esses materiais fossem colocados aos poucos, junto com as crianças,
explicitando-se para que serviam, por que iriam ser colocados ali etc.
Assim, aos poucos, foi se garantindo nas salas de aula e também na escola um
conjunto significativo de textos, quer sejam visuais ou musicais, que incluíam as
produções dos alunos e também suportes textuais e textos de uso real (pinturas,
esculturas, sons, músicas, cartazes, murais, livros, revistas etc.).
O ponto chave de todo esse empreendimento foi o de trazer a arte de forma
significativa para a sala de aula, criando um ambiente rico de estímulos visuais,
gestuais e musicais. Para isso, as salas poderiam conter:
y Uma pequena biblioteca organizada, com acervo formado por livros da própria escola
e da cooperação de outros professores, editoras, alunos (e suas famílias), com livros de
arte, gibis, revistas e jornais, mesmo que antigos;
y Um espaço para o mural (um quadro feito com cartolina ou papel pardo) para serem
afixadas notícias trazidas pelos professores e pelos alunos, lembretes, recados,
resultados de pesquisas, comentários sobre os livros, imagens e reproduções de obras
de arte, produções dos alunos etc.;
y Jogos e recursos educativos em arte: caixa de imagens, quebra-cabeças de obras de
arte, postais etc.
y Um quadro ou cartaz com as regras de convivência combinadas com a classe.
É óbvio que não basta que haja materiais na sala: foi necessário estimular seus
usos e organizá-los de modo que as crianças tivessem fácil acesso a eles e clareza
sobre todas as formas de os utilizarem.
Confesso que essas novas formas de organização causaram um impacto no
trabalho dos professores, houveram resistências, alguns desacreditaram e acabaram
deixando de colocá-las em prática, mas muitos perceberam que de fato essas
propostas concorrem para que os objetivos sejam atingidos. A mudança de organização
das carteiras, de desenvolver as aulas como espaços de ateliês, de propor a
apreciação de obras, reflexões a partir de produtos artísticos, de tratar a área de arte
enquanto conhecimento causou agitação enquanto as crianças não estavam
habituadas a elas, mas quando passaram a fazer parte da rotina diária, com regras
combinadas, garantiram maior aprendizagem dos alunos e passaram a ser feitas com
um mínimo de transtorno.
BIBLIOGRAFIA
Eunice
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Behaviorismo acessado em 05/06/2007
APÊNDICE
Felipe
APÊNDICE A
Projeto de Artes Visuais
Diretoria de Educação de Cajamar
Projeto: Implantação Especialista de Arte no Ensino Fundamental
Projeto 1
Artes Visuais
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A área das artes visuais é extremamente ampla. Abrange, essencialmente, qualquer
forma de representação visual. Outras formas visuais dramáticas costumam ser
incluídas em outras categorias, como teatro, música ou ópera, apesar de não existir
fronteira clara. É o caso da arte corporal e arte interativa ou mesmo o Cinema e o
Video.
As artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de apreciação
costumam ser chamadas de artes visuais. Por excelência, consideram-se artes visuais
as seguintes: pintura, desenho e gravura. As artes espaciais como a escultura e a
arquitetura podem ser consideradas artes visuais, embora sua matéria-prima não seja a
imagem bi-dimensional.
Áreas de artes visuais
x
Pintura
A pintura refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento em forma líquida a
uma superfície bidimensional, a fim de colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas.
x
Desenho
O desenho é o meio pelo qual se cria uma imagem. Mas ele geralmente envolve um
processo pelo qual uma superfície é marcada aplicando-se sobre ela a pressão de uma
ferramenta (em geral, um lápis, caneta ou pincel) e movendo-a, de forma a surgirem
pontos, linhas e formas planas. O resultado deste processo (a imagem obtida) também
pode ser chamada de desenho. Desta forma, um desenho manifesta-se essencialmente
como uma composição bidimensional. Quando esta composição possui uma certa
intenção estética, o desenho passa a ser considerado um suporte artístico.
x
Gravura
Gravura é a arte de converter (e/ou a transformação em si) uma superfície plana em
uma matriz, um ponto inicial para a reprodução dessa imagem, através de diversas
técnicas e materiais. O material dessa matriz pode variar e é também ele que vai
determinar o tipo de gravura que está sendo executada .
x
Fotografia
Fotografia é uma técnica de gravação por meios mecânicos e químicos ou digitais, de
uma imagem numa camada de material sensível à exposição luminosa, designada
como o seu suporte.
A palavra deriva das palavras gregas [fós] ("luz"), e [grafis] ("estilo",
"pincel") ou grafê, significando "desenhar com luz" ou "representação por meio
de linhas".
x
Cinema
O cinema, abreviação de cinematógrafo, é a técnica de projetar fotogramas (quadros)
de forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento ("kino" em grego
significa movimento e "grafos" escrever ou gravar), bem como a arte de se produzir
obras estéticas, narrativas ou não, com esta técnica.
x
Arte digital
Arte digital é aquela produzida em ambiente gráfico computacional. Utiliza-se de
processos digitais e virtuais. Inclui experiências com net arte, web arte, vídeo-arte, etc.
Tem o objetivo de dar vida virtual as coisas e mostrar que a arte não é feita só a mão.
Existem diversas categorias de arte digital tais como pintura digital, gravura digital,
programas de modelação 3D, edição de fotografias e imagens, animação, entre outros.
Os resultados podem ser apreciados em impressões em papéis especiais ou no próprio
ambiente gráfico computacional. Vários artistas usam estas técnicas. Ao contrário dos
meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreciação da obra de
arte pode ser feita nos ambientes digitais ou em mídias tradicionais. Existem diversas
comunidades virtuais voltadas à divulgação da Arte Digital, entre elas, Deviantart e
CGsociety.
x
Ilustração
Uma ilustração é uma imagem pictórica, geralmente figurativa (representando algo
material), embora algumas raras vezes também abstrata, utilizada para acompanhar,
explicar, acrescentar informação, sintetizar ou até simplesmente decorar um texto.
Embora o termo seja usado frequentemente para se referir a desenhos, pinturas ou
colagens, uma fotografia também é uma ilustração. Além disso, a ilustração é um dos
elementos mais importantes do design gráfico.
x
Design gráfico
O design gráfico é uma forma de comunicação visual. É o processo de dar ordem
estrutural e forma à informação visual, trabalhando frequentemente a relação de
imagem e texto. Podendo ser aplicada a vários meios de comunicação, sejam eles
impressos, digitais, audiovisuais, entre outros.
x
Design de embalagem
O design de embalagens, é uma vertente do design de produto e do design gráfico.
No maioria das vezes o designer de produto é reponsável pela forma da própria
embalagem, considerando problemas de ergonomia e estética tri-dimensional.
Enquanto o designer gráfico trata do rótulo da embalagem, onde o produto é
apresentado graficamente.
x
Arquitetura
A arquitectura - ou arquitetura na grafia brasileira - (do grego arché - = primeiro
ou principal e tékton - = construção) refere-se à arte ou técnica de projetar e
edificar o ambiente habitado pelo ser humano. Neste sentido, a arquitectura trata
destacadamente da organização do espaço e de seus elementos: em última instância, a
arquitetura lidaria com qualquer problema de agenciamento, estética e ordenamento de
componentes em qualquer situação espacial, no entanto, normalmente ela está
associada ao problema da organização do homem no espaço (e especialmente no
espaço urbano).
x
Artes gráficas
O design gráfico é uma forma de comunicação visual. É o processo de dar ordem
estrutural e forma à informação visual, trabalhando frequentemente a relação de
imagem e texto. Podendo ser aplicada a vários meios de comunicação, sejam eles
impressos, digitais, audiovisuais, entre outros.
x
Decoração de interiores ou (design de interiores)
O design de interiores, confundido por vezes com decoração de interiores, é uma
técnica cenográfica, visual e arquitetônica de composição e decoração de ambientes
internos (cômodos, casas, residências, escritórios, palácios etc.). Consiste na arte e
prática de planejar e arranjar espaços, escolhendo e/ou combinando os diversos
elementos de um ambiente estabelecendo relações estéticas e funcionais que
dependam do fim a que este se destina.
x
Design de moda ou Indumentária ou Estilismo
O Design de moda é uma das áreas do design que tem como objetivo o
desenvolvimento de vestuários humanos respeitando todas as características culturais,
técnicas, mercadológicas, de moda ou tendências.
x
Design de produto
O Design de produto, também chamado projeto de produto ou desenho industrial,
lida com a produção de objetos e produtos tridimensionais para usufruto humano. Um
designer de produto lidará essencialmente com o projeto e produção de bens de
consumo
ligados
à
vida
cotidiana
(como
mobiliário
doméstico
e
urbano,
eletroeletrônicos, automóveis e outros tipos de veículos, etc) assim com com a
produção de bens de capital, como máquinas e motores.
x
Tipografia
A tipografia (do grego typos — "forma" — e graphein — "escrita") é a arte e o processo
de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design
gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à
comunicação impressa. Tipografia também é um termo usado para a gráfica que usa
uma prensa de tipos móveis.
x
Quadrinhos
Banda desenhada (BD) em Portugal, história em quadrinhos (HQ), quadrinhos ou
gibis no Brasil, é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de
narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos. São, em geral, publicadas no
formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais. São conhecidos
como comics nos Estados Unidos, bande dessinée na França, fumetti na Itália,
tebeos na Espanha, historietas na Argentina, muñequitos em Cuba, mangás no
Japão. A banda desenhada é também designada por Nona Arte. O termo "arte
sequencial" (Sequential Art) foi criado por Will Eisner para definir "o arranjo de fotos ou
imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma idéia", e é comumente
utilizado para definir o estilo. Uma fotonovela e um infográfico jornalístico também
podem ser considerados formas de arte sequencial.
x
Escultura
Escultura é uma arte que representa imagens plásticas em relevo total ou parcial.
Existem várias técnicas de trabalhar os materiais, como a cinzelação, a fundição, a
moldagem ou a aglomeração de partículas para a criação de um objeto. . Vários
materiais se prestam a esta arte, uns mais perenes como o bronze ou o mármore,
outros mais fáceis de trabalhar, como a argila, a cera ou a madeira. Embora possam ser
utilizadas para representar qualquer coisa, ou até coisa nenhuma, tradicionalmente o
objetivo maior foi sempre representar o corpo humano, ou a divindade antropomórfica.
x
Colagem
Colagem é a composição feita a partir do uso de matérias de diversas texturas, ou não,
superpostas ou colocadas lado a lado, na criação de um motivo ou imagem. Foi
utilizada por: Picasso, Georges Braque e outros. Ela é uma técnica não muito antiga,
criativa e bem divertida, que tem por procedimento juntar na mesma duas ou mais
imagens, cada uma de origem diferente da outra.
x
Webdesign
O web design é uma extensão da prática do design, onde o foco do projeto é a criação
de web sites e documentos disponíveis no ambiente da web. O web design tende à
multidisciplinaridade, uma vez que a construção de páginas web requer subsídios de
diversas áreas técnicas, além do design propriamente dito. Áreas como a programação,
adoção de webstandards, inovações nos recursos dos navegadores em conjunto com o
design gráfico, estão em constante evolução afetando diretamente esta atividade.
Conteúdos em Artes Visuais
1. A produção em Arte (fazer artístico): desenho, pintura, colagem, escultura,
gravura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, histórias em quadrinhos,
cinema, produções informatizadas etc.
2. Apreciação significativa (artística/estética): convivência com produções visuais
(originais e reproduzidas) e suas concepções estéticas nas diferentes culturas;
identificação de significados expressivos; reconhecimento e experimentação de
leitura dos elementos básicos da linguagem visual; identificação de algumas
técnicas e procedimentos artísticos presentes nas artes visuais.
3. Produção cultural e histórica (Conhecer arte): observação, análise, estudo e
compreensão de diferentes produções em artes visuais, seus artistas e
movimentos produzidos nas mais diversas culturas e em diferentes tempos da
história; reconhecimento da importância das artes visuais na sociedade e na vida
dos indivíduos; identificação de produtos e produtores em artes visuais como
agentes sociais de diferentes épocas e culturas; contato freqüente, leitura e
discussão de textos, imagens e informações orais sobre artistas, suas biografias
e suas produções; freqüência a museus, galerias, exposições, mostras, ateliês,
oficinas.
Tema: Paisagens Marinhas
ALÉM MAR...
Professor
Este projeto visa à assimilação de uma das linguagens da arte – as Artes Visuais,
como conteúdo escolar, sua apreciação, contextualização e produção por parte dos
alunos. Pensa-se que, depois dessa formação, consigamos em nossas salas de aula
propor discussões e reflexões acerca da arte e a apropriação por parte dos alunos da
linguagem visual.
Nosso objetivo maior é dar subsídios a cada um de vocês para o trabalho em sala
de aula, fomentando a discussão e a produção de conhecimento, alicerçado em
propostas de atividades que levem a apreensão do conhecimento artístico e estético, da
apreciação e produção em artes visuais.
Cada atividade deve ser pensada e ter como foco os momentos de ver, fazer e
conhecer arte. Nelas devem se encontrar sugestões de leituras diversas, informações
sobre seus produtores, conteúdos que devem ser abordados em sala de aula, propostas
para desenvolvimento de habilidades e competências.
É importante que cada uma das atividades contemple momentos de oralidade, ou
melhor, proponha reflexões e discussões, garantam leituras de imagens e oficinas
práticas. É bom lembrar que todas as propostas e ações devem colaborar para expandir
a formação artística e estética dos alunos, promovendo eu fazer artístico pessoal e
cultivado e, ainda, seus saberes sobre arte.
Objetivos:
x
Representação pessoal do mar;
x
Conhecer alguns artistas que representaram marinhas (Hopper, Turner,
Castagneto, Penacchi, Volpi etc.);
x
Identificar nas produções artísticas várias representações de marinhas;
x
Experimentar técnicas e procedimentos em artes visuais (colagem, pintura,
desenho, escultura, gravura);
x
Apreciação de imagens (fotografia, pintura, desenhos, esculturas).
Conteúdos:
x
Cores – luz e sombras;
x
Movimento artístico;
x
Formas de representação;
x
Construção de imagens (produção em arte);
x
Artistas e suas biografias;
x
Técnicas e procedimentos em arte (pintura, desenho, escultura, colagem).
Com as mãos na massa...
Oficina 1
1. Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema.
- Quem conhece o mar? O que é o mar?
- Tente descrevê-lo. Tem cheiro? Sabor? Temperatura? Cor?
Para saber um pouco mais...
Um mar é uma larga expansão de água salgada conectada com um oceano. A água do
mar é transparente. Mas, quando olhamos o mar, ele parece azul, verde ou até
cinzento. A cor muda de acordo com a cor do céu, que se reflete nele. Também
depende da cor da terra ou das algas transportadas pelas suas águas. A partir de uma
certa profundidade, as cores começam a sumir do fundo do mar. A primeira cor a
desaparecer é a vermelha, aos seis metros. Depois, aos quinze, some a amarela. Até
chegar a um ponto em que só se verá o azul. Durante milhões de anos, a chuva formou
cursos de água que iam dissolvendo lentamente rochas de todos os períodos
geológicos, nas quais o sal comum é encontrado em abundância(esse sal se soltava
das rochas). Esses
cursos de água desembocavam no mar. Como todos os rios correm para o mar, ele
ficou com quase todo o sal.
Retirado: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar
2. Investigando repertórios.
- Que filmes você conhece que retratam o mar ou paisagens marinhas? Tente se
lembrar?
- Você conhece alguma música que trate do tema mar ou ondas?
- Já viu alguma pintura ou desenho sobre o mar?
3. Proposta de Produção 1.
- Ao som de músicas que sugerem tranquilidade e agitação, tente expressar por meio de
linhas as paisagens do mar, num dia calmo e num dia agitado.
- Apreciação das produções (roda de apreciação).
4. Ampliando repertórios.
Apreciando Obras de Arte
Imagem 1
Edward Hopper (American, 1882–1967)
Lighthouse Hill, 1927
(71.8 x 100.3 cm) Óleo s/ tela
Dallas Museum of Art
Imagem 2
The Long Leg
Óleo s/tela - s/d
Imagem 3
White River at Sharon - 1937
watercolor and pencil - 21 3/4 x 29 3/4 in.
Smithsonian American Art Museum, Gift of the Sara Roby Foundation
Imagem 4
Lighthouse at Two Lights - s/d
Imagem 5
Matha McKeen at Wellfleet
Óleo s/ tela - s/d
Após a apresentação e apreciação das imagens, os alunos deverão construir um
barquinho. O material utilizado será de livre escolha de cada criança (madeira, papel,
papelão, sucata, etc.). Você pode propor, também, que façam a dobradura de um
barquinho.
Após a construção do barquinho, os alunos poderão fazer alguns desenhos de
observação, utilizando uma folha de sulfite para cada ângulo desenhado. Cada aluno
deverá escolher um único ponto de vista do desenho do barquinho, transferi-la para a
folha de papel canson e criar uma paisagem marítima que tenha em sua memória. O
professor poderá interagir questionando seus alunos sobre como foi a sua experiência
com o mar. Para melhor envolver seus alunos nas pinturas de Hopper, utilize trechos de
músicas que lembrem paisagem marítima e suas embarcações.
Aquarela
Toquinho/Vinicius de Moraes
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)
Minha Jangada
Dorival Caymmi
Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer
Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer
Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer
Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer
Adeus adeus Pescador não se esqueça de mim
Eu vou rezar pra ter bom tempo
meu nego pra não ter tempo ruim
Eu vou fazer sua caminha macia perfumada de alecrim
Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer
Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer
Como uma onda
Lulu Santos
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu a um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
5. Apreciando Obra de Arte
Não fale, ainda o nome da obra aos alunos.
Questione oralmente:
-
O que a obra está representando?
-
Qual a sensação ao ver a obra de Hokusai?
-
Como está esse mar?
-
O que mais chama a atenção na obra?
Agora, informe aos alunos sobre a obra:
Ficha Técnica
Nome da Obra: A grande onda
Autor: Katsushika Hokusai
Material: Óleo s/ madeira
Onde está: Museu kakone, Japão
Ano de produção: 1827
6. Conhecendo o Mar
Investigue com seus alunos se conhecem alguma cantiga popular que esteja
relacionada à água. Se eles não se recordarem de nenhuma apresente a eles a cantiga
Peixe Vivo, leve-os ao pátio para brincarem.
Como Brincar:
Uma criança no centro da roda e as demais de mãos dadas. Depois de girar cantando
a primeira quadra, a roda pára. A criança que estiver no meio escolhe uma outra para o
centro da roda e todos cantam o restante da música.
PEIXE VIVO
Como pode o peixo vivo
Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Por me verem assim chorando
Por me verem assim chorando
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
7. Produzindo um painel sobre o mar.
É importante trabalhar com os alunos, algumas informações sobre o mar. Pois, alguns
podem não conhecê-lo. Proponha-lhes um trabalho em grupo, conscientizando-os de
que a cooperação é essencial. Esse trabalho pode ser, por exemplo a elaboração e
montagem de um painel com fotos, ilustrações, recortes de revistas, curiosidades,
desenhos de peixes, plantas aquáticas, praia etc. Eles podem estar vendo algum
documentário ou algum filme que trate do assunto. Enfim, tudo que esteja realacionado
ao tema. Os alunos devem organizar-se de forma a dividir entre si as diversas tarefas. A
maneira de apresentar o trabalho deve ser decidida pelo grupo.
8. Desenhando uma grande onda coletiva.
Proponha aos alunos que realizem em grupos de 4, um painel em cartolina, retratando
uma grande onda. Eles devem usar tinta, ou melhor, a técnica da pintura para
realização desse produção. Após o trabalho pronto, organize, juntamente com os
alunos uma exposição dos trabalhos.
Para Saber mais...
Edward Hopper (Nyack, 22 de julho de 1882 — 15 de maio de 1967) foi um pintor
norte-americano mais lembrado por suas misteriosas representações realistas da
solidão na conteporaneidade. Nascido no estado de Nova Iorque, Hopper estudou arte
comercial e pintura na cidade de Nova Iorque. Um dos seus professores, o artista
Robert Henri, encorajava seus estudantes a usar suas artes para "fazer um movimento
no mundo". Henri, uma influência de Hopeer. motivou estudantes a fazerem descrições
realistas da vida urbana. Os estudantes de Henri, muitos dos quais desenvolveram-se
artistas importantes, tornaram-se conhecidos como Escola de Ashcan de arte norteamericana. Ao completar sua educação formal, Hopper fez três viagens pela Europa
para estudar a cena emergente de arte eurepéia, mas diferente de muitos de seus
conteporâneos que imitavam as experências abstratas do cubismo, o idealismo dos
pintores realistas ressonou com Hopper. Ele logo projetou os reflexos da inflência
realista. Enquanto trabalhou por vários anos como artista comercial, Hopper continuou
pintando. Em 1925 ele produziu Casa ao lado da ferrovia, um trabalho clássico que
marcou sua maturidade artística. A obra é a primeira de uma série da cena totalmente
urbana e rural de linhas finas e formas largas, feita com uma iluminação incomum para
capturar a solidão que marca sua obra. Ele trouxe seu tema das características comuns
da vida Norteamericana - estações de gasolina, hotéis, ferrovia, ou uma rua vazia.
Hopper continuou pintando na sua velhice, dividindo seu tempo entre a Cidade de Nova
Iorque e Truro, Massachusetts. Ele morreu em 1967, no seu estúdio próximo ao
Washington Square Park, na Cidade de Nova Iorque. Sua esposa, a pintora Josephine
Nivison, que morreu dez anos depois que Hopper, doou seu trabalho ao Whitney
Museum of American Art. Outros trabalhos importantes de Hopper estão no Museu de
Arte Moderna de Nova Iorque, no The Des Moines Art Center, e no Instituto de Arte de
Chicago.
Katsushika Hokusai (1760-1849) foi um pintor, gravador e ilustrador de livros japonês,
considerado o mestre da escola ukiyo-e. Interessado em todos os aspectos da vida,
produziu dezenas de milhares de obras, entre desenhos, gravuras, pinturas. Exerceu
grande influência na arte ocidental, sobretudo por meio de Van Gogh, Edgar Degas,
Toulouse-Lautrec, Claude Monet e Paul Gauguin. Hokusai nasceu em Edo (na
actualidade Tóquio) em 1760, em uma família de artesãos. Seu pai era fabricante de
vidros. Aos 18 anos, após prática como entalhador, Hokusai entrou no estúdio de
Katsukawa Shunsh, um pintor e desenvolvedor de ilustrações coloridas. Seu
desentendimento com os princípios artísticos de seu mestre causaram sua expulsão em
1985. Entre 1796 e 1802 produziu cerca de 30.000 ilustrações, sobretudo de livros. Os
seus temas preferidos eram sobretudo a vida quotidiana no Japão, as tradições e as
lendas. Em 1824 publicou o livro Novas Formas de Design. Apesar de ter estudado
vários estilos artísticos, manteve independência posteriormente. Por um tempo ele
viveu em extrema pobreza. Katsushika faleceu em 10 de Maio de 1849. Posteriormente
cópias de suas ilustrações foram levadas ao mundo ocidental, assim como o de outros
artistas do Ukiyo-e, influenciados por artistas do ocidente como Vincent van Gogh e
Paul Gauguin. O artista é geralmente mais apreciado na cultura ocidental do que em
sua terra natal. Vários trabalhos de artistas japoneses foram importados para a Europa,
especialmente para Paris em meados do século XIX. Foram coletados e muito
populares entre artistas do Impressionismo como Claude Monet, Edgar Degas e Henri
de Toulouse-Lautrec, cujos trabalhos foram influenciados pela obra de Katsushika.
9. Conhecendo mais obras sobre o mar.
Fulvio Penacchi
MARINHA COM PESCADORES
Óleo sobre placa
13 x 17 cm
1978
Alfredo Volpi
PAISAGEM DE ITANHAÉM
Óleo sobre tela
48x67x3,5 cm
Castagneto
FORTE DE SÃO LUIS EM TOULON – FRANÇA
Óleo sobre tela
24X41,5 cm
1892
José Pancetti
COQUEIROS DA PRAIA DE ITAPOAN
Óleo sobre tela
Aldemir Martins
MARINHA
acrílica sobre tela
35 x 79 cm
1976
Para Saber mais...
FULVIO PENNACCHI
Desenhista, Pintor, Muralista e Ceramista / Villa Collemandina (Lucca), 1905 - São
Paulo, 1992. Após os estudos elementares e secundários em Castiglione e Pisa,
formou-se em pintura pela «Real Academia Passaglia» de Lucca, onde após sua
graduação substituiu seu professor Pio Semeghini. Sua formação foi baseada na clara
interpretação do principio que norteou o «ritorno all'ordine» que no entender da
vanguarda intelectual italiana da época baseava-se na (1) precisão da composição cuja
essencialidade do assunto era sujeita a uma simplificação purista, (2) na decisiva
escolha da sobriedade da cor e (3) na firmeza do traço que deveria eliminar a incerteza
cênica. O convívio com as nossas formas e cores tropicais inicialmente abrandaram
seus traços, dando lugar a figuras de delineamento moderno que podiam inscrever-se
em simples formas geométricas, para depois influenciarem decididamente no
aparecimento de um rico colorido. De 1924-1929, o artista executou os primeiros murais
a tempera na Itália e revisitou a obra de Ottone Rosai - que já era um dos pilares da
cultura italiana do «Novecento Toscano» - Sironi e Carrà e, através deles, começa a
reler e reinterpretar como se procurou reabilitar a arte moderna italiana substituindo o
nudismo afro-picassiano e as divisões constitutivas cubo-futurista da Paris PósImpressionista. Mas a fonte de inspiração de Pennacchi tangenciou Masolino da
Panicale para concentrar-se na cor e na tridimensionalidade da pintura executada sobre
um fundo real, e muitas vezes reconhecível, de Giotto, Masaccio e Piero della
Francesca. Ainda na década de 1930, recebeu duas vezes a «Grande Medalha de
Prata» no «Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro» e no «Salão de Belas
Artes de São Paulo». Em 1938-1939 iniciou a pintura de murais a óleo que rapidamente
evoluíram para os «murais afresco». Durante o período 1939-1959, dedicou-se à
pintura «afresco», tendo concebido o projeto arquitetônico e todos os afrescos que
compõe a decoração interna da Igreja NS da Paz, fundamental para a integração
harmônica entre a arquitetura e a pintura que, no caso, atribuía à arte a função social
de comunicação e educação coletiva. Outras obras «afresco» são representadas pelo
conjunto de afrescos do Hotel Toriba, pelos três grandes afrescos na Catedral e Palácio
Episcopal de Uruguaiana, dezenas de outros espalhados pelas residências e prédios
comerciais em Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, Ribeirão Pires, Mauá; além de
suas duas residências em Santo Amaro e no Jardim Europa, das quais também
executou todo o projeto arquitetônico. Para aquela última residência, Pennacchi
projetou todas as portas, janelas, móveis, louças, etc. chegando mesmo a decorar, com
assuntos e cenas pertinentes, os azulejos da cozinha e banheiros. Em 1952 recebeu a
«Medalha de Ouro» no «Salão Paulista de Arte Moderna»; e, na mesma década, inicia
os estudos e pesquisas relativas às argilas brasileiras e à cerâmica policromada. Em
1973, sua retrospectiva contemplando 40 anos de pintura, é organizada pelo Professor
PM Bardi, no MASP, em São Paulo. O diuturno ritmo de trabalho continuou até 1987
quando comemorou o sexagésimo aniversario de sua produção artística. Os anos
subseqüentes foram marcados por uma série de enfermidades que reduziram sua
produção e que posteriormente causaram sua morte, em outubro de 1992.
Biografia retirada do site: http://www.escritoriodearte.com
ALFREDO VOLPI (Lucca, Itália 1896 - São Paulo SP 1988). Pintor. Muda-se com os
pais de sua cidade natal para São Paulo em 1897. Trabalha como marceneiro-
entalhador e encadernador e torna-se pintor-decorador em 1912. Realiza decoração
mural, em 1918, do Hospital Militar do Ipiranga, com o pintor Alfredo Tarquínio. Em
1935, participa da formação do Grupo Santa Helena com Fulvio Pennacchi (19051992), Mario Zanini (1907-1971), Manoel Martins (1911-1979), Humberto Rosa (19081948), Clóvis Graciano (1907-1988), Francisco Rebolo (1903-1980), Rizzotti (19091972), Ernesto de Fiori (1884-1945), Vittorio Gobbis (1894-1968), Rossi Osir (18901959) e Bonadei (1906-1974). No ano seguinte participa da formação do Sindicato dos
Artistas Plásticos de São Paulo. Integra a Família Artística Paulista com Rebolo,
Bonadei e outros. Sua produção inicial é figurativa, destacando-se as marinhas
executadas em Itanhaém, em São Paulo. Mantém contato com o pintor Emídio de
Souza (1868-ca.1949). Em 1940, ganha o concurso promovido pelo Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, com trabalhos realizados a partir dos monumentos das
cidades de São Miguel e Embu e encanta-se com a arte colonial, voltando-se para
temas populares e religiosos. Realiza trabalhos para a Osirarte, de Rossi Osir. Passa a
executar, a partir da década de 50, composições que gradativamente caminham para a
abstração. É convidado a participar, em 1956 e 1957, das Exposições Nacionais de
Arte Concreta e mantém contato com artistas e poetas do grupo concreto. Recebe em
1953 o prêmio de Melhor Pintor Nacional, dividido com Di Cavalcanti (1897-1976),
Prêmio Guggenheim, em 1958; melhor pintor brasileiro pela crítica de arte do Rio de
Janeiro em 1962 e 1966, entre outros.
Biografia retirada do site: www.itaucultural.com.br
CASTAGNETO. Nasceu em 27 de novembro de 1851, na Paróquia de San Siro, em
Gênova. Foi marinheiro até os 23 anos. Veio com o pai para o Rio de Janeiro em 1874.
O pai fez sua inscrição na Academia Imperial de Belas Artes mentindo a respeito de sua
idade, já que a idade máxima de admissão era 17 anos. A origem pobre não impediu o
desenvolvimento de seu talento. Tornou-se professor do Liceu de Artes e Ofícios em
1882. Na Academia recebeu várias premiações, entre elas o prêmio máximo na
Exposição Geral da Academia, em 1884. Realizou em 1885 uma exposição individual
na Casa Vietas, RJ. O pai morreu em 1886 e o pintor ficou sem família no Brasil. Partiu
para a França em 1890 para estudar. Retornou ao Brasil em 1893. Sua última
exposição em vida ocorreu em 1897, na Papelaria Gomes, no Rio de Janeiro. São
alguns de seus quadros: Aqueduto de um engenho no Rio de Janeiro (1884), Porto do
Rio de Janeiro (1884), Embarcações atracadas a um cais na Baía do Rio de Janeiro
(1885), Paisagem do Rio de Janeiro (1887) e Barcos a vela ancorados em Toulon
(1893). É considerado o maior marinhista brasileiro de todos os tempos. Morreu em 29
de dezembro de 1900, na Casa de Saúde do Dr. Lourenço Ferreira da Silva Real, na
rua São Clemente146, em Botafogo, Rio de Janeiro. Sua arte pode ser relacionada à
produção de um outro artista-marinheiro, só que desse século: PANCETTI. Os dois
revelaram seu amor aos temas do mar e associados. O mais famoso marinhista do
Brasil tem origem pobre. O mais famoso marinhista do Brasil veio da Itália com o pai
para tentar uma vida melhor. O mais famoso marinhista do Brasil possuía algo que o
diferenciava e permitia que sua arte se sobrepusesse a todos os obstáculos - talento,
garra e sensibilidade. O mais famoso marinhista do Brasil tem um nome que só é
antecedido por sua fama: Castagneto. Seu contato com o mar veio de outras eras.
Antes de se dedicar exclusivamente àquilo que era sua dádiva, a pintura, ele foi
marinheiro. Daí o conhecimento de causa dos temas se sua obra. As embarcações e o
oceano pertenciam a ele da mesma forma que ele pertencia à arte. A formação
profissional se deu na Academia Imperial das Belas Artes, no Rio de Janeiro. Embora a
produção artística no século XIX não fosse uma opção economicamente confortável, o
artista, através do trabalho duro, acabou conseguindo um certo status. Status esse que
para uma pessoa bruta, sem traquejo social, não significava nada. Castagneto preferiu
ficar sempre à margem. Mas relações e remunerações à parte, o artista se consagrou
por seu estilo único e pessoal. Sem estar totalmente vinculado às regras formais da
Academia, ele desenvolveu sua pintura a óleo texturizada, equilibrada e cromática, rica
em nuances, detalhes e ritmos gráficos muito especiais. Uma curiosidade interessante é
o padrão de assinatura do pintor, que mudou durante toda sua carreira. Por causa
disso, ele é um dos artistas mais FALSIFICADOS até hoje. Provavelmente o fascínio
em torno de Castagneto surge, além da inquestionável qualidade de seu trabalho, da
carga emocional que ele direcionou para o que fazia. Suas marinhas deixaram de ser
meros lugares existentes por aí para se tornarem explosões de forma, luz e cor,
inebriantes homenagens à natureza e ao homem.
Biografia retirada do site: http://www.galeriaerrolflynn.com.br
JOSÉ PANCETTI nasceu em 1902, em Campinas, São Paulo. Seus pais eram naturais
da Toscana. Devido à imensa pobreza em que viviam seu pai o envia e sua irmã para
Itália junto com um tio. Na Itália, com 17 anos, ingressa na Marinha Mercante Italiana.
Em 1920 retorna ao Brasil. Em 1922, Pancetti alista-se na Marinha de Guerra do Brasil
viaja pelo mundo ao lado das forças legalistas. Sob os conselhos do escultor Paulo
Mazzuchelli e do pintor Paulo Gargaglione ingressa no Núcleo Bernardelli e decide-se
definitivamente pela arte. Daí em diante José Pancetti construiu uma obra que o
consagraria como um dos maiores paisagistas modernos no Brasil. Suas obras têm
uma atmosfera onírica, não raro revelada através de tons de azul melancólicos, tratados
por Pancetti com o rigor de um grande colorista. O observador é tomado por uma
percepção imediata, extremamente sensorial. Suas marinhas são obras de imenso
refinamento, ao mesmo tempo em que sugerem uma impressionante capacidade
intuitiva. Em 1941 ganhou o prêmio de viagem à Europa na Divisão Moderna do Salão
Nacional de Belas Artes, com o quadro “O Chão”, e em 1948, medalha de ouro no
mesmo salão. Em 1950, participou da Bienal de Veneza. Em 1951 participa, com três
obras, da I Bienal de São Paulo. Falece em 10 de fevereiro, no Hospital Central da
marinha, no Rio de Janeiro.
Biografia retirada do site: http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio
ALDEMIR MARTINS - O artista plástico Aldemir Martins nasceu em Ingazeiras, no Vale
do Cariri, Ceará em 8 de novembro de 1922. A sua vasta obra, importantíssima para o
panorama das artes plásticas no Brasil, pela qualidade técnica e por interpretar o “ser”
brasileiro, carrega a marca da paisagem e do homem do nordeste. O talento do artista
se mostrou desde os tempos de colégio, em que foi escolhido como orientador artístico
da classe. Aldemir Martins serviu ao exército de 1941 a 1945, sempre desenvolvendo
sua obra nas horas livres. Chegou até mesmo à curiosa patente de Cabo Pintor. Nesse
tempo, freqüentou e estimulou o meio artístico no Ceará, chegando a participar da
criação do Grupo ARTYS e da SCAP – Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, junto
com outros pintores, como Mário Barata, Antonio Bandeira e João Siqueira. Em 1945,
mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1946, para São Paulo. De espírito inquieto, o
gosto pela experiência de viajar e conhecer outras paragens é marca do pintor,
apaixonado que é pelo interior do Brasil. Em 1960/61, Aldemir Martins morou em Roma,
para logo retornar ao Brasil definitivamente. O artista participou de diversas exposições,
no país e no exterior, revelando produção artística intensa e fecunda. Sua técnica
passeia por várias formas de expressão, compreendendo a pintura, gravura, desenho,
cerâmica e escultura em diferentes suportes. Aldemir Martins não recusa a inovação e
não limita sua obra, surpreendendo pela constante experimentação: o artista trabalhou
com os mais diferentes tipos de superfície, de pequenas madeiras para caixas de
charuto, papéis de carta, cartões, telas de linho, de juta e tecidos variados - algumas
vezes sem preparação da base de tela - até fôrmas de pizza, sem contudo perder o
forte registro que faz reconhecer a sua obra ao primeiro contato do olhar. Seus traços
fortes e tons vibrantes imprimem vitalidade e força tais à sua produção que a fazem
inconfundível e, mais do que isso, significativa para um povo que se percebe em suas
pinturas e desenhos, sempre de forma a reelaborar suas representações. Aldemir
Martins pode ser definido como um artista brasileiro por excelência. A natureza e a
gente do Brasil são seus temas mais presentes, pintados e compreendidos através da
intuição e da memória afetiva. Nos desenhos de cangaceiros, nos seus peixes, galos,
cavalos, nas paisagens, frutas e até na sua série de gatos, transparece uma brasilidade
sem culpa que extrapola o eixo temático e alcança as cores, as luzes, os traços e telas
de uma cultura. Por isso mesmo, Aldemir é sem dúvida um dos artistas mais
conhecidos e mais próximos do seu povo, transitando entre o meio artístico e o leigo e
quebrando barreiras que não podem mesmo limitar um artista que é a própria
expressão de uma coletividade. Falece em 05 de Fevereiro de 2006, aos 83 anos, no
Hospital São Luís em São Paulo.
Biografia retirada do site: http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio
10. Manchas que formam mar
- Apreciando obras de arte
Artista: Turner
SOL SOBRE A ÁGUA
Aquarela sobre papel
1825-1830
LIGHTHOUSE
Aquarela
1820
Tate – Londres
CENA DE TORMENTA NA COSTA
Aquarela
1824
TEMPESTADE
Aquarela
1835
CASTELO de CONWAY
Aquarela
1830
11. Lendo as imagens...
Proponha um tempo para observação das imagens, peça que realizem registros
escritos do que mais chama a atenção e depois realize um diálogo para troca de
opiniões sobre os diferentes olhares que cada aluno possa ter capturado das imagens,
suas impressões, opiniões e curiosidades. Escute atentamente cada fala dos alunos.
Preste muita atenção em como abordam o quadro; que referências têm sobre ele e
sobre Arte; o que já sabem a respeito do assunto ou o que gostariam de saber; o que
os inquieta diante das imagens, como são tocados por cada uma delas. Estabeleça
uma conversa sobre cores, luzes, sombras, beleza, tristeza, mistérios, museus,
valores... Que paisagens são estas? Existem de verdade? O que está sendo
representado? Instigue os alunos a perceberem a formação da paisagem pelas
manchas de tinta.
Você pode fazer as seguintes perguntas:
O que você vê nessa imagem?
Ao olhar a imagem, o que lhe chama mais a atenção?
Quais as cores que aparecem na imagem?
Que sensação essas cores transmitem a você?
Você pode imaginar que lugar é esse?
Você pode perceber movimento na imagem? Quais?
É possível descobrir que hora do dia está sendo representada?
Como seria uma obra com esse tema pintada nos dias atuais?
Que sons teria neste lugar?
12. Produzindo com manchas.
Proponha aos alunos que produzam uma cena marítima por meio de manchas, pára
isso utilize tinta guache dissolvida em água pára obter um efeito mais aguado.
Aproveite e explique aos alunos a técnica da aquarela.
Aquarela é uma técnica de pintura na qual os pigmentos se encontram suspensos ou
dissolvidos em água. Os suportes utilizados na aguarela são muito variados, embora o
mais comum seja o papel. São também utilizados como suporte o papiro, casca de
árvore, plástico, couro, tecido, madeira e tela.
Para saber mais...
JOSEPH MALLORD WILLIAM TURNER (23 de Abril de 1775 - 19 de Dezembro de
1851), pintor londrino. Quanto à sua morte, após meses desaparecido, foi descoberto
muito doente por sua empregada falecendo logo a seguir em Chelsea em dezembro, de
1851. O pintor romântico é considerado, por alguns, um dos percursores do
Impressionismo, pelo seus estudos sobre cor e luz.
Antes de completar 10 anos, Turner, filho de um barbeiro de Londres, ganhou o
primeiro dinheiro como pintor colorindo uma gravura. Quatro anos mais tarde, entrou
para a Real Academia de Londres. Começou como pintor topográfico e pouco a pouco
foi se inclinando para as paisagens, principalmente as marinhas. Em 1802 foi admitido
como membro da Academia de Londres. Algum tempo depois, fez sua primeira viagem
ao continente. Ficou entusiasmado com a pintura dos grandes mestres no Museu do
Louvre, então enriquecido com os saques de Napoleão. Lorrain e Poussin eram seus
pintores preferidos. Turner dedicou-se à pintura da paisagem com paixão, energia,
força, interpretando seus temas de forma épica. Seus trabalhos transmitiam uma
emoção extrema e foi considerado o ponto culminante da paisagem romântica. Turner
foi extremamente precoce, brilhante e bem sucedido. Iniciou na arte aos 13 anos com
seus desenhos e com 15 anos atingiu sua reputação. Era um homem solitário, sem
amigos e quando pintava não permitia a presença de pessoas, mesmo que fossem
outros artistas. Uma de suas preocupações principais foi a aplicação da luz e sua
incidência sobre as cores da maneira mais natural possível. Para tanto, dedicou-se
intensamente ao estudo dos paisagistas holandeses do século XVIII, muito em voga
naquela época na Europa. Em sua obra os motivos eram em geral paisagens, e o mar
era uma constante nos quadros do pintor inglês. Com o tempo desenvolveu um estilo
próprio de pintar. Sua vida foi inteiramente dedicada à pintura. Seu acervo é magnífico,
com mais de 20.000 mil obras. Os temas que ilustravam efeitos de dramaticidade
particularmente o fascinavam. Pintou muito o mar, os rios, as cachoeiras e os abismos,
pois eram belos e perigosos. O modo como Turner trata a água, o céu e a atmosfera,
em geral se afasta de todo o realismo natural e se transforma no reflexo anímico da
situação. As pinceladas soltas e difusas dão forma a um torvelinho de nuvens e ondas,
a uma desesperança interior que se transmite à natureza, uma das características
básicas do romantismo. Também foi de grande relevância para sua pintura a viagem
que fez a Veneza em 1812, quando o pintor descobriu a importância da cor e conseguiu
dar corpo à atmosfera de uma maneira que, anos depois, os impressionistas
retomariam. Não surpreendentemente, Veneza se torna sua cidade preferida, uma
fusão da água e da civilização, pintou-a muitas vezes em 1819 e depois em 1828. De
1830 a 1840, Turner deixou de lado a forma e criou espaços voláteis de nuvens e
cores, como em Chuva, Vapor e Velocidade (1844), por exemplo, que remete aos
quadros abstratos de pleno século XX. Não é sem motivo que foi qualificado por muitos
historiadores como o primeiro pintor de vanguarda. Sua última exposição foi em 1850 e
logo no ano seguinte veio a falecer doente e solitário como sempre viveu. Suas obras
mais importantes estão na National Gallery e na Tate Gallery, ambas em Londres. Em
2006, foi leiloado na Christie's, o quadro Giudecca, La Donna della Salute and San
Giorgio, pintado pelo artista na cidade de Veneza, sendo esta a cidade retratada na
obra. O quadro, que foi a leilão junto com obras de Ticiano, Jean-Honoré Fragonard,
Gerard David, Thomas Gainsborough, Jacopo Amigoni, Hubet Robert, Lucas Cranach o
Velho, Jan van Goyen, Sassetta, Pieter Brueghel o jovem, Esaias van de Velde,
Salomon van Ruysdael, Georg Flegel, Tintoretto, José de Ribera, Giovani Paolo
Pannini, Anthony van Dyck, François de Troy, entre outros, atingiu um valor exorbitante.
Biografia retirada de wikipédia
13. Conhecendo gravuras.
GRAVURA é a técnica de reprodução de figuras pelo processo de impressão.
Geralmente em papel, a partir de matrizes preparadas em madeira, pedra, metal etc. A
matriz da gravura permite várias cópias, que são numeradas e assinadas pelo artista.
De acordo com a técnica e o material empregados, a gravura recebe diferentes nomes:
xilogravura (madeira); litogravura (pedra); buril (metal); água-forte, água-tinta; pontaseca; talho doce etc.
Oswald Goeldi
Chegada do Barco
Xilogravura
Oswald Goeldi
Peixaria, c. 1940
xilogravura,
25,3 x 30 cm
Oswaldo Goeldi
Pescadores
xilogravura
coleção Museu do Ingá
Oswaldo Goeldi
Peixe Vermelho
Xilogravura a cores
30,4 x 37,2 1938
Lasar Segall
Grupo de emigrantes no tombadilho, 1928
água forte e ponta seca - 28.5 X 33 cm
Lasar Segall
Emigrantes com lua, 1926
xilogravura - 24.5 X 18 cm
Lasar Segall
Ondas, 1929
xilogravura - 26.5 X 22 cm
14. Lendo as imagens...
Apresente as imagens acima aos alunos, e se detenha mais tempo nas três últimas.
Questione seus alunos sobre as relações que aparecem neles com o tema que está
sendo estudado, ou seja, mar ou paisagens marítimas. Realize uma leitura formal e
interpretativa de cada uma delas. Apresente o autor e a técnica nelas utilizadas.
Leitura formal: Àquela que diz respeito aos elementos da composição visual, ou seja,
forma, linha, cor, textura, planos, luz, sombra, perspectiva, textura etc.
Leitura interpretava: Aqui é a interpretação que vale, discuta sobre as sensações,
temperatura, hora do dia, sentimentos que envolvem a obra etc. Não existe certo nem
errado, vale a consideração de cada apreciador.
Imagem 1
Grupo de emigrantes no tombadilho, 1928
LEITURA FORMAL
x
O que vemos primeiro?
x
Existem figuras geométricas nesta composição? Quais?
x
Onde conseguimos perceber sombras nesta obra?
x
Que linhas vocês observam?
x
Quais as cores que aparecem?
x
Quantas figuras humanas estão ali?
x
E suas posições? Quantas estão de frente? Quantas estão de costas?
LEITURA INTERPRETATIVA
x
O que vemos ao fundo do quadro?
x
Onde estão essas pessoas?
x
O que estão fazendo?
x
Como estão? Alegres? Tristes?
x
Para onde vão?
x
Que lugar é este?
x
Em que hora do dia acontece a cena?
x
Para onde olham as pessoas no fundo do quadro?
x
O que sente ao observar essa obra?
Imagem 2
Emigrantes com lua, 1926
LEITURA FORMAL
x
Como acham que a obra foi feita? Como o artista construiu a imagem?
x
Como funciona a relação entre o branco e preto nessa imagem? Quais são suas
funções?
x
Como o artista trabalhou as linhas? Que tipo de linhas você vê na obra?
x
Quais formas geométricas você consegue ver?
x
Quais cores são usadas?
x
Em que planos (perspectiva) se encontram as pessoas? Mais a frente ou mais
atrás (ao fundo)?
LEITURA INTERPRETATIVA
x
Reconhecem a cena? Cenário e situação?
x
Quem são esses personagens? De onde eles vem?
x
Onde estão essas pessoas? Para onde estão indo?
x
Que tipo de relação eles podem ter entre si?
x
O que estão fazendo?
x
Você reconhece esses personagens como pessoas do seu cotidiano?
x
Eles se parecem com pessoas que vocês conhecem? Ou a fisionomia, o tipo, as
roupas são muito diferentes?
x
Que sensações a obra transmite?
x
Em qual hora do dia acontece essa cena?
Imagem 3
Ondas, 1929
LEITURA FORMAL
x
Que cores você vê?
x
Quais linhas e formas você identifica?
x
Que tipo de obra você acha que é? (uma fotografia, desenho, pintura etc.)
x
Qual a luminosidade da obra?
x
O que está representado no quadro?
LEITURA INTERPRETATIVA
x
Qual a temperatura? O dia está quente ou frio?
x
Qual o horário? È dia ou noite?
x
O que você sente ao observar o quadro?
x
Conte uma história sobre esse quadro?
x
Como você imagina que seja esse lugar? Tem sons, cores, vida?
x
Qual o cenário, local?
x
Se você estivesse lá, como se vestiria?
Para Saber mais...
OSWALDO GOELDI - Gravador, desenhista, ilustrador e professor. Nasceu na cidade
do Rio de Janeiro, viveu dos 6 aos 24 anos na Suíça, onde, no período da 1ª. Guerra
Mundial, abandonou o curso da Escola Politécnica para se matricular na École des Art
et Métiers. Decepcionado com a escola, passou a ter aulas com Serge Pahnke e Henri
van Muyden. No mesmo ano, 1917, realizou sua primeira exposição individual em
Berna, quando conheceu a obra do austríaco Alfred Kubin, seu grande mentor artístico.
Na mesma época tornou-se amigo de Hermann Kümmerly, com quem fez suas
primeiras litografias. De volta ao Brasil, em 1919, tornou-se ilustrador de revista. Dois
anos depois, ao expor no saguão do Liceu de Artes e Ofícios, aproximou-se de pessoas
interessadas na renovação da arte. A partir de 1923, dedicou-se intensamente à
xilogravura, que conheceu com Ricardo Bandi. Fez imagens para revistas, livros e
periódicos. Em 1930 lançou o álbum 10 Gravuras, prefaciado por Manuel Bandeira, cuja
venda permitiu seu retorno à Europa, onde expôs em Berna e em Berlim. Por volta de
1832 retornou ao Brasil e começou a experimentar o uso da cor em xilogravuras.
Consolidado como ilustrador, expôs na 25ª. Bienal de Veneza em 1950 e ganhou o
Prêmio de Gravura da 1ª. Bienal Internacional de São Paulo em 1951. Cinco anos
depois, no MAM-SP, foi realizada sua primeira retrospectiva. Sua carreira como
professor começou em 1952 e, após três anos, passou a ensinar xilogravura na Escola
Nacional de Belas Artes. A obra de Goeldi já participou de mais de uma centena de
exposições póstumas no Brasil, Argentina, França, Portugal, Suíça e Espanha.
http://www.oswaldogoeldi.org.br/biografia.htm
LASAR SEGALL – Pintor. Vilna, 1891 - São Paulo, 1957.
O lituano Lasar Segall chegou ao Brasil pela primeira vez em 1912, ao encontro de
alguns de seus irmãos, e apresentou em 1914, a primeira exposição modernista em
solo brasileiro. O artista já havia cursado a Academia de Desenho de Vilna, a Imperial
Academia Superior de Belas Artes de Berlim e a Academia de Belas Artes de Dresden.
Depois daquele breve período inicial no Brasil, Segall retorna para a Europa. Percebese que «Autoretrato II» (1919) mostra um Segall expressionista e de grande
lugubridade, cujo traçado lembra, para citar o mais importante pintor do século XX,
Picasso e suas várias composições em que as máscaras africanas foram usadas como
ponto
de
partida
em
virtude
da
pureza
simbólica
da
arte
primitiva.
Naquela época, sua obra artística já ecoava Cézanne e o impressionismo tal como fora
interpretado e entendido pela «Secessão» berlinense (1899) de Max Libermann desdobramento daquela vienense (1897) brilhantemente conduzida por Gustav Klimt,
entre outros - a qual será o embrião dos três grandes movimentos expressionistas
alemães; isto é, «A Ponte», «O Cavalerio Azul» e «A Nova Objetividade». A partir de
1923 -1924, a opressiva e angustiante atmosfera alemã, resultado da humilhante
derrota imposta pelos aliados à atitude expansionista e pangermânica, muda com a
clareza e diafaneidade do nosso mundo tropical; a cor passa a fazer parte da vida e da
obra do artista que nem sua prolongada estadia parisiense consegue obliterar e que é
revivida em toda a sua força e esplendor a partir de 1932, quando Segall retornou
definitivamente para o Brasil.
Biografia retirada do site:http://www.escritoriodearte.com
15. Experimentando impressão.
Você pode realizar com seus alunos pequenas matrizes obtidas de materiais, como
pedaços de madeira, borracha, plástico, sabão, legumes. Peça-lhes que com palitos de
dente, tampas de caneta, pregos ou com a tesoura escolar, realizem sulcos nestes
materiais, ou seja, gravem. Eles podem criar desenhos: bichos, flores, pessoas. Agora
eles deverão passar tinta, neste “carimbo” e imprimi-lo, formando composições.
16. Frottage.
Frottage é uma técnica de pintura baseada na obtenção de imagens, por fricção de um
lápis ou carvão, num papel aplicado numa superfície rugosa.
Realize com seus alunos uma pesquisa de texturas, tenha em mãos giz de cera, papel,
folhas secas, lixas, superfícies rugosas etc., tintas solventes em água (qualquer) e
pincéis.
Coloque as folhas secas sob o papel com o lado das nervuras para cima, pois o
resultado é melhor. Esfregue o giz de cera por cima do papel, que está sobre a folha.
Depois da frottage, passamos o pincel com qualquer tinta à base de água bem diluída
sobre as folhas, para obter-se o efeito desejado, que é a tinta só penetrar onde não tem
cera. Experimente usar o giz de cera branco e também experimentar outros papéis. O
jornal, por exemplo, tem um resultado muito interessante. E além de folhas secas
pesquise outras texturas, como: papéis dobrados, moldes vazados, tecidos e outros
que seu olhar indicar. Realize uma pesquisa, realizando frottage do chão, paredes e
outros espaços da escola. Organize com as crianças uma exposição com estas
produções.
Gravadores e a Xilogravura.
XILO=Madeira
A xilogravura é um processo de gravação em relevo que utiliza a madeira como matriz e
possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado.
Para fazer uma xilogravura é preciso uma prancha de madeira e uma ou mais
ferramentas de corte, com as quais se cava a madeira de acordo com o desenho
planejado.
É preciso ter em mente que as áreas cavadas não receberão tinta e que a imagem vista
na madeira sairá espelhada na impressão; no caso de haver texto, grava-se as letras
ao contrário.
Depois de gravada, a matriz recebe uma fina camada de tinta espalhada com a ajuda
de um rolinho de borracha. Para fazer a impressão, basta posicionar uma folha de
papel sobre a prancha entintada e fazer pressão manualmente, esfregando com uma
colher ou mecanicamente, com a ajuda de uma prensa.
Como podemos constatar, é uma técnica bastante simples e barata; por isso se presta
tão bem às ilustrações das capas dos folhetos de cordel. Para termos uma idéia desta
simplicidade, basta saber que os gravadores nordestinos fabricam suas próprias
ferramentas de corte com pregos e varetas de guarda-chuva, por exemplo, para
conseguirem diferentes efeitos no desenho.
Para Saber mais...
História
A xilogravura já era conhecida dos egípcios, indianos e persas, que a usavam para a
estampagem de tecidos. Mais tarde, foi utilizada como carimbo sobre folhas de papel
para a impressão de orações budistas na China e no Japão.
Com a expansão do papel pela Europa, começa a aparecer com maior freqüência no
Ocidente no final da Idade Média (segunda metade do século XIV), ao ser empregada
nas cartas de baralho e imagens sacras. No século XV, pranchas de madeira eram
gravadas com texto e imagem para a impressão de livros que, até então, eram escritos
e ilustrados a mão. Com os tipos móveis de Gutemberg, as xilogravuras passaram a ser
utilizadas somente para as ilustrações.
A descoberta das técnicas de gravura em metal relegou a xilogravura ao plano editorial
no transcorrer da Idade Moderna, mas nunca desapareceu completamente como arte.
Tanto que, no final do século XIX, muitos artistas de vanguarda se interessaram pela
técnica e a resgataram como meio de expressão. Alguns deles optavam por produzir
obras únicas, deixando de lado uma das principais características da xilogravura: a
reprodução.
No Brasil, a xilogravura chega com a mudança da Família Real portuguesa para o Rio
de Janeiro. A instalação de oficinas tipográficas era proibida até então. Os primeiros
xilogravadores apareceram depois de 1808 e se alastraram principalmente pelas
capitais, produzindo cartas de baralho, ilustrações para anúncios, livros e periódicos,
rótulos, etc.
Estas matrizes, que foram produzidas ao longo do século XIX e abarrotavam as
tipografias nordestinas, aparecem nos primeiros folhetos de cordel impressos, no final
deste século (o mais antigo que se tem notícia é de autoria de Leandro Gomes de
Barros - 1865-1918).
Os editores dos livretos decoravam as capas para torná-las mais atraentes, chamando
a atenção do público para a estória narrada. Para isso, utilizavam o que estava à mão:
poderiam ser os clichês de metal (são como carimbos) que começavam a substituir os
de madeira no início do século XX ou simples vinhetas decorativas. A xilogravura como
ilustração, feita sob encomenda para determinado título, nasce da necessidade de
substituir os clichês de metal já gastos. Por isso, não é difícil encontrar xilogravuras de
capas de cordel imitando desenhos e fotografias de clichês. Mas, a xilogravura popular
nordestina ganhou fama pela qualidade e originalidade de seus artistas.
Hoje em dia, muitos gravadores nordestinos vendem suas gravuras soltas além de
continuarem a produzir ilustrações para as capas dos cordéis. Gravadores como J.
Borges, José Lourenço, Jerônimo e muitos outros, expõem seus trabalhos em
importantes instituições no Brasil e no exterior.
Retirado do site: http://www.teatrodecordel.com.br
17. Experimentando fazer xilogravuras.
Realize pequenas xilogravuras usando como matriz madeira roliça entalhada obtida,
por exemplo, de cabos de vassoura.
1. Grave, faça pequenos sulcos na madeira.
2. Use pregos ou arames para servir de eixo.
3. Aplique a tinta e movimente a madeira sobre a superfície escolhida: madeira,
tecido etc.
A Xilogravura na Literatura de Cordel.
As obras da Literatura de Cordel, feita pelos poetas populares, são encontradas
principalmente nas feiras e mercados do nordeste, penduradas em varais de barbante.
Estas obras são muitas vezes ilustradas pelos próprios artistas que usam a técnica da
xilogravura. A impressão das estampas (desenhos), nas capas dos folhetos, é feita
através de matrizes de madeira.
Foto retirada do site:
http://www.fundaj.gov.br
18. Conhecendo um folheto de cordel.
Autor do Folheto: Arievaldo Viana Lima
Nome do Cordel: Encontro com a Consciência
É importante que as crianças tenham em mãos alguns folhetos e possam manuseálos, para total conhecimento desse portador textual. Realize leituras dos mesmos.
19. Conhecendo um Cordelista.
CORDELISTA é a pessoa que faz literatura de cordel. Um dos mais importantes
cordelista brasileiro foi sem dúvida Patativa do Assaré.
Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na
Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do
Ceará. É o segundo filho de Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Foi
casado com D. Belinha, de cujo consórcio nasceram nove filhos. Publicou Inspiração
Nordestina, em 1956, Cantos de Patativa, em 1966. Em 1970, Figueiredo Filho
publicou seus poemas comentados Patativa do Assaré. Tem inúmeros folhetos de
cordel e poemas publicados em revistas e jornais. Está sendo estudado na Sorbonne,
na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond
Cantel. Patativa do Assaré era unanimidade no papel de poeta mais popular do Brasil.
Para chegar onde chegou, tinha uma receita prosaica: dizia que para ser poeta não era
preciso ser professor. 'Basta, no mês de maio, recolher um poema em cada flor brotada
nas árvores do seu sertão', declamava. Cresceu ouvindo histórias, os ponteios da viola
e folhetos de cordel. Em pouco tempo, a fama de menino violeiro se espalhou. Com oito
anos trocou uma ovelha do pai por uma viola. Dez anos depois, viajou para o Pará e
enfrentou muita peleja com cantadores. Quando voltou, estava consagrado: era o
Patativa do Assaré. Nessa época os poetas populares vicejavam e muitos eram
chamados de 'patativas' porque viviam cantando versos. Ele era apenas um deles. Para
ser melhor identificado, adotou o nome de sua cidade. Filho de pequenos proprietários
rurais, Patativa, nascido Antônio Gonçalves da Silva em Assaré, a 490 quilômetros de
Fortaleza, inspirou músicos da velha e da nova geração e rendeu livros, biografias,
estudos em universidades estrangeiras e peças de teatro. Também pudera. Ninguém
soube tão bem cantar em verso e prosa os contrastes do sertão nordestino e a beleza
de sua natureza. Talvez por isso, Patativa ainda influencie a arte feita hoje. O grupo
pernambucano da nova geração 'Cordel do Fogo Encantado' bebe na fonte do poeta
para compor suas letras. Luiz Gonzaga gravou muitas músicas dele, entre elas a que
lançou Patativa comercialmente, 'A triste partida'. Há até quem compare as rimas e
maneira de descrever as diferenças sociais do Brasil com as músicas do rapper carioca
Gabriel Pensador. No teatro, sua vida foi tema da peça infantil 'Patativa do Assaré - o
cearense do século', de Gilmar de Carvalho, e seu poema 'Meu querido jumento', do
espetáculo de mesmo nome de Amir Haddad. Sobre sua vida, a obra mais recente é
'Poeta do Povo - Vida e obra de Patativa do Assaré' (Ed. CPC-Umes/2000), assinada
pelo jornalista e pesquisador Assis Angelo, que reúne, além de obras inéditas, um
ensaio fotográfico e um CD. Como todo bom sertanejo, Patativa começou a trabalhar
duro na enxada ainda menino, mesmo tendo perdido um olho aos 4 anos. No livro
'Cante lá que eu canto cá', o poeta dizia que no sertão enfrentava a fome, a dor e a
miséria, e que para 'ser poeta de vera é preciso ter sofrimento'. Patativa só passou seis
meses na escola. Isso não o impediu de ser Doutor Honoris Causa de pelo menos três
universidades. Não teve estudo, mas discutia com maestria a arte de versejar. Desde
os 91 anos de idade com a saúde abalada por uma queda e a memória começando a
faltar, Patativa dizia que não escrevia mais porque, ao longo de sua vida, 'já disse tudo
que tinha de dizer'. Patativa morreu em 08 de julho de 2002 na cidade que lhe
emprestava o nome.
Retirado do site: http://www.tanto.com.br/Patativa.htm
20. Lendo textos de cordel.
O PEIXE
Patativa do Assaré
Tendo por berço o lago cristalino,
Folga o peixe, a nadar todo inocente,
Medo ou receio do porvir não sente,
Pois vive incauto do fatal destino.
Se na ponta de um fio longo e fino
A isca avista, ferra-a insconsciente,
Ficando o pobre peixe de repente,
Preso ao anzol do pescador ladino.
O camponês, também, do nosso Estado,
Ante a campanha eleitoral, coitado!
Daquele peixe tem a mesma sorte.
Antes do pleito, festa, riso e gosto,
Depois do pleito, imposto e mais imposto.
Pobre matuto do sertão do Norte!
O BURRO
Patativa do Assaré
Vai ele a trote, pelo chão da serra,
Com a vista espantada e penetrante,
E ninguém nota em seu marchar volante,
A estupidez que este animal encerra.
Muitas vezes, manhoso, ele se emperra,
Sem dar uma passada para diante,
Outras vezes, pinota, revoltante,
E sacode o seu dono sobre a terra.
Mas contudo! Este bruto sem noção,
Que é capaz de fazer uma traição,
A quem quer que lhe venha na defesa,
É mais manso e tem mais inteligência
Do que o sábio que trata de ciência
E não crê no Senhor da Natureza.
Leia em voz alta os poemas acima, para que a sonoridade dos versos seja apreciada
pelos alunos. Peça-lhes que usem o dicionário para tirarem as possíveis dúvidas
quanto ao vocabulário. Proponha uma discussão coletiva sobre o texto.
21. Brincando com textos da tradição oral.
Há poetas que criam seus textos, tomando como base a tradição das brincadeiras orais,
pertencentes à cultura popular, como trava-línguas, adivinhas, parlendas, quadrinhas,
cantigas de roda e, inclusive provérbios. Na maioria das vezes, aproveitam a estrutura
formal. Muitos repensam o tema segundo uma nova visão, mas geralmente o
apresentam de maneira lúdica. Muitas das brincadeiras orais “revisitadas” por poetas,
apresentam dificuldades fonéticas notáveis, constituindo um verdadeiro desafio a quem
for pronunciá-las de maneira rápida e correta. Textos desse gênero, marcados pela
sonoridade e o ritmo, são apropriados para crianças em fase inicial de leitura, servindo
também, como fonte de entretenimento.
No início da aula, pergunte aos alunos se sabem o que são trava-línguas, parlendas,
provérbios e outras brincadeiras orais. Se não souberem, explique-lhes, dando
exemplos. Possivelmente muitos lembrarão dessas brincadeiras. Forneça aos alunos,
cópias de diversos textos (além desses que estamos apresentando, você poderá
escolher outros de sua preferência). Divida a classe em grupos, de quatro ou cinco
alunos, e peça-lhes que leiam cada um deles, primeiramente no grupo e depois pra
classe toda. Conceda-lhes esse tempo para que apresentem o que descobriram. É um
momento precioso, pois além de valorizar a leitura, você estará propiciando um resgate
das brincadeiras orais da nossa cultura popular.
TRAVA-LÍNGUAS
"O rato roeu a roupa do rei de Roma."
"A aranha arranha o jarro, o jarro arranha a aranha."
"O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu
ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto o tempo o tempo tem."
"Num ninho de mafagafos, haviam três mafagafinhos, quem amafagafar os
mafagafinhos, bom amafagafigador será"
"Você sabia que o Sabiá sabia assobiar?"
"Se o Pedro é preto, o peito do Pedro é preto e o peito do pé do Pedro também é
Preto."
"Luzia lustrava o lustre listrado e o lustre listrado com luz luzia."
"Qual é o doce que é mais doce que o doce de batata doce? - O doce que é mais
doce que o doce de batata doce é o doce que é feito com o doce do doce de
batata doce."
PARLENDAS
Jacaré foi ao mercado
não sabia o que comprar
comprou uma cadeirinha
para comadre se sentar
A comadre se sentou
A cadeira esborrachou
Jacaré chorou, chorou
O dinheiro que gastou.
Bão-balalão!Senhor capitão!
Em terras de mouro
morreu seu irmão,
cozido e assado
em um caldeirão,
eu vi uma velha
com um prato na mão,
eu dei-lhe um tapa
ela, papo... no chão!
Corre cotia, na casa da tia
Corre cipó na casa da avó
Lencinho na mão, caiu no chão
Moça bonita do meu coração !
Meio-dia,
panela no fogo,
barriga vazia;
macaco torrado
que vem da Bahia;
panela de doce
para dona Maria.
PROVÉRBIOS
Gato escaldado tem medo de água fria.
Cachorro mordido por cobra tem medo até de lingüiça!
Em rio que tem piranha jacaré nada de costas.
Macaco velho não mete a mão em cumbuca!
Filho de peixe, peixinho é.
Mais vale um passarinho na mão do que dois voando.
Quem casa quer casa.
Quem ri por último ri melhor.
OUTROS TEXTOS
VACAS AVACALHADAS
(Almir Correia)
Vaca amarela
Lambuzou a panela
Vaca preta
se escondeu na gaveta
Vaca azul
voou pro sul
Vaca branca
beijou a mula manca
Vaca pintada
fez fora da privada
Vaca laranja
virou uma anja
Vaca incolor
amassou o meu amor
E só depois de muita a-vaca-lhação
dormiram em sonhos
pra pastar as estrelas da constelação.
CODORNINHA DO SERTÃO
Codorninha do sertão
Bota um ovo na lua
Bota outro no chão.
Bota aqui
Bota acolá
Bota até em Bagdá
Bota na bota do vaqueiro
Bota bota bota
O dia inteiro.
E às vezes
Devido ao vento
Desbota um lamento.
SACO DE MAFAGAFOS
Saco de mafagafos
É saco sem fundo,
Que a gente nem sabe
(Nem faz diferença)
Se dentro do saco
Cabe ou não cabe
Coisa da gente
Ou coisa do mundo.
Dentro do saco
De mafagafos
De tudo cabe um tanto:
Cabe um pouco de coentro,
Cabe pena de pato
E mesinha de centro.
No saco de mafagafos,
Cabe prato e talher:
Cumbuca, faca, garfo, colher...
E até um sonho louco
De uma negra maluca
Que jogava sinuca.
E se a gente cutuca
Mais fundo do saco
Aparece um ninho
De sete mafagafinhos.
A PATOTA
A patota
do pato
quis fazer
de pato
o ganso.
O ganso
Que era manco
Mas pateta
Não era
Deu no pé
De bicicleta.
OS SAPOS INVENTORES
Eu sou o sapo Inácio,
Inventor do saponácio.
Sou a sapa Tuca,
Inventei a sapituca.
Eu, a sapa Tília,
Descobri a sapatilha.
Apresento-me: sapo Antão,
Criador do sapatão.
E o sapo que aí está?
Não sou sapo, sou sabiá,
ce sabia ou não sabia?
OS AMIGOS
O zero não era sincero
O um só fazia “pum”
O dois deixava pra depois
O três falava inglês
O quatro não era pato
O cinco usava cinto
O seis parecia portuguê(i)s
O sete jogava basquete
O oito vivia afoito
O nove não consegui rimar.
Mas todos juntos
sabiam:
somar
diminuir
multiplicar
dividir.
Inventavam muito problema e equação
E quase sempre nenhuma solução.
marinha I
branca vela
a caravela
brinca
de leva-e-traz
atrás de
fonemas
num mar de palavras
marinha II
zarpar
para
a paz
azul
do mar
!
marinha III
ouvir o mar
no marulhar
ou ver o mar
ao mar olhar
olhar
o mar
se o mar ulhar
olhar e ulhar
ao ver o mar
marinha IV
ra mar ia
re mar ia
ri mar ia
ro mar ia
ru mar ia
marinha V
era brisa
marinha
levando
minha
poesia
pois ia
ia
marinha VI
e
no
mar
sereno
sem remo
sem rumo
sem rumor
:
vê-las soltas ao sol
as brancas velas
do amor
marinha VII
por zeus
:
o azul do mar
nos olhos teus
!
marinha VIII
o
azul
anzol do
teu olhar
me puxa
como
um
peixe
marinha IX
avanço
e lanço
em teu
ancoradouro
âncora de ouro
!
marinha X
e
agora
ancora
em teu peito
(porto perfeito)
Meu barco à deriva
!
Do livro: Caravela
[redescobrimentos]
Poesias
De Gabriel Bicalho
Coleção Literatura Para Todos-MEC
22. Fazendo Arte – Isoporgravura.
Para as crianças menores, que ainda não dispõem de habilidade suficiente para lidar
com goivas, é possível trabalhar gravando com uma caneta esferográfica, palitos de
dente ou churrasco, sobre bandejinhas de isopor (usadas para acondicionar legumes,
carnes etc. nos supermercados). A caneta desempenha o papel de ponta-seca ou goiva
e o isopor, a matriz. De maneira simples e barata esta variação de materiais permite o
contato com o universo da gravura e suas características fundamentais como
multiplicidade, impressão, incisão, inversão da imagem e construção da mesma. Para
entintamento o guache e rolinhos de espuma são suficientes, passar a tinta dissolvida
em vaselina líquida, para facilitar o deslize, sobre a bandejinha de isopor. Basta
pressionar a folha de papel sulfite sobre a matriz para obter o resultado esperado.
Como assinar as produções.
Existe um jeito comum de assinar as gravuras produzidas. Do lado inferior direito vai a
assinatura do artista, do lado esquerdo inferior vai o número da gravura e a quantidade
(tiragem) que será feita, no centro vai o título da gravura. Caso o autor não queira dar
um título sempre se escreve “sem título”. A primeira impressão é chamada de prova do
artista e é anotado do lado inferior esquerdo “p.a.”, o que quer dizer prova do artista, ou
melhor, a impressão que ficará com ele, que serve também para corrigir algum erro ou
imperfeição na matriz.
23. Produzindo um folheto de cordel.
Leia outros textos, ou melhor, outros exemplos de cordel, para garantir a familiaridade
das crianças com este gênero e suporte. Após as leituras, você pode solicitar aos seus
alunos uma produção em grupo de algumas estrofes com o emprego de rimas. Realize
uma roda de conversa para a leitura em voz alta desses cordéis. Proponha a classe
que realizem uma exposição com os poemas, organizando um folheto de cordel. Para a
capa utilize as imagens produzidas na atividade 21 – Fazendo arte – Isoporgravura.
24. Pendurando poesias no varal.
Organize com seus alunos uma exposição com os folhetos produzidos, pendurados
num varal. Realize cartazes para convidar a escola para prestigiar o trabalho. Durante a
exposição as crianças podem declamar os poemas produzidos.
Mais Dicas...
Roteiro para o olhar
O pesquisador norte-americano Robert William Ott, da Penn State University,
criou o seguinte roteiro para treinar o olhar sobre obras de arte, mas ele pode ser
adaptado a atividades ligadas à cultura visual. O diferencial é fazer sempre a relação
com a realidade do aluno:
1) Descrever
Para aproveitar tudo o que uma imagem pode oferecer, os olhos precisam percorrer o
objeto de estudo com atenção. Dê um tempo para a obra se "hospedar" no cérebro. Em
sala de aula, peça que todos descrevam o que vêem e elaborem um inventário.
2) Analisar
É hora de perceber os detalhes. As perguntas feitas pelo professor devem ter por
objetivo estimular o aluno a prestar atenção na linguagem visual, com seus elementos,
texturas, dimensões, materiais, suportes e técnicas.
3) Interpretar
Um turbilhão de idéias vai invadir a classe e você precisa estar atento a todas elas,
para aproveitar as diversas possibilidades pedagógicas. Liste-as e eleja com a turma as
que correspondam aos objetivos de ensino. Meninos e meninas devem ter espaço para
expressar as próprias interpretações, bem como sentimentos e emoções. Mostre outras
manifestações visuais que tratem do mesmo tema e estimule-os a fazer comparações
(cores, formas, linhas, organização espacial etc.).
4) Fundamentar
Levantadas as questões que balizarão o trabalho, é tarefa dos estudantes buscar
respostas. Elabore junto com eles uma lista com os aspectos que provocam curiosidade
sobre a obra, o autor, o processo de criação, a época etc. Ofereça textos de diversas
áreas do conhecimento para pesquisa e indique bibliografia e sites para consulta,
selecionando os textos de acordo com os interesses e o nível de conhecimento da
classe.
5) Revelar
Com tantas novidades e aprendizados, a turma certamente estará estimulada a
produzir. Discuta com todos como gostariam de expor as idéias que agora têm. Quais
são essas idéias e como comunicá-las? É hora criar, desenhar, escrever, fazer
esculturas, colagens...
Mais Imagens
Imagens retiradas do site: www.ablc.com.br
Mais um artista...
Gustavo Rosa
Em 20 de dezembro de 1946, nasce na cidade de São Paulo. Artista autodidata, iniciou
sua experiência com a pintura na infância. Rosa é pintor, ilustrador, desenhista,
gravador e também escultor, consegue enxergar com sensibilidade o irreverente, o
humor, o delicado, o grotesco e o belo, transpondo-os com traços definidos, singelos,
diretos e claros. Suas obras são brasileiras e universais, contam a realidade irônica e
poeticamente ao mesmo tempo.
O seu universo plástico apresenta semântica própria. Seu humor não é prosaico e
anedótico. Ele emprega a substância do traço, da forma e da cor. Suas imagens não
necessitam de legendas significam a postura do artista diante da vida, uma maneira de
ver, de aprender e de apreciar a existência humana. O humor da pintura de Gustavo
Rosa é reflexo da liberdade de viver e criar do artista, que acredita ser a imaginação
mais poderosa que acredita ser mais poderosa que o ser humano.
Imagens... sobre o mar...
Respeite o Turista
Óleo s/ Tela
Banhista
1996
Sem título
Banhista - Serigrafia 70x100 cm - 1984
Surfista (1990)
Óleo sobre tela
50 x 40 cm
Abadogu (2005)
60 x 50 cm
Figura na praia - óleo sobre tela - medindo 65x54 cm
Barco - óleo sobre tela - medindo 53 x 43 cm - 1991
Navio - óleo sobre tela - medindo 50 x 40 cm - 1991
Banhista - óleo sobre tela - medindo 80 x 150 cm - assinado e datado 2004
APÊNDICE B
Projeto de Música
Diretoria de Educação de Cajamar
Projeto: Implantação Especialista de Arte no Ensino Fundamental
Música
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A música (do grego - musiké téchne, a arte das musas) constitui-se
basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É
considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Atualmente não
se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações
musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser
considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal
função. Também pode ter diversas outras utilidades, tais como a militar ou educacional.
Além disso, tem presença central em diversas atividades coletivas, como os rituais
religiosos, festas e funerais.
Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história.
Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem,
através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se
baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita
estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se,
com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humanas.
Concert
1485-95
Artist: Lorenzo Costa (died 1535)
Oil on wood, 95,3 x 75,6 cm
National Gallery, London
Para saber...
SOM é tudo que soa! Tudo o que o ouvido percebe sob a forma de movimentos
vibratórios.
SILÊNCIO. Entendemos por silêncio a ausência de som, mas na verdade, a ele
correspondem os sons que já não podemos ouvir, ou seja, as vibrações que o nosso
ouvido não percebe como uma onda, seja porque têm um movimento muito lento, seja
porque são muito rápidas.
Qualidades do som (Parâmetros)
ALTURA: refere-se à forma como o ouvido humano percebe a freqüência dos sons. As
baixas freqüências são percebidas como sons graves e as mais altas como sons
agudos.
DURAÇÃO: um som pode ser medido pelo tempo de sua ressonância e classificado
como curto ou longo.
INTENSIDADE: um som pode ser medido pela amplitude de sua onda e classificado
como forte ou fraco.
TIMBRE: de forma simplificada podemos considerar que o timbre é como a impressão
digital sonora de um instrumento ou a qualidade de vibração vocal.
Tipos de sons...
TOM: um som com altura determinada, ou seja, com uma afinação precisa. Ex.: o som
de uma nota musical (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si).
RUÍDO: som sem altura definida, resultante de vibrações irregulares. Ex.: ranger de
portas, motores e também os produzidos por alguns instrumentos como reco-reco,
castanholas etc.
MESCLA: um som que contém ao mesmo tempo elementos sonoros com altura
determinada e frações de ruidosidade; um tom suja. Ex.: o som de um prato, um som
produzido na flauta, acompanhado por ruídos vocais etc.
Conteúdos em Música
4. A produção em Arte (fazer artístico): arranjos, improvisações e composições,
experimentação e criação de músicas, produção de instrumentos e materiais
sonoros, notação musical, uso da voz, criação de letras.
5. Apreciação significativa (artística/estética): interpretações de músicas, utilização
d instrumentos e materiais sonoros, leitura de músicas, audição musical,
percepção e identificação dos elementos da linguagem musical.
6. Produção cultural e histórica (Conhecer arte): conhecer arranjos, composições e
seus compositores, vida de autores, intérpretes, movimentos musicais e obras de
diferentes épocas, fontes de registros.
Ler e Escrever em Música
Se dirigirmos nosso olhar para a área de Música, podemos ver que as coisas
aqui não são muito diferentes. Quando pensamos no tema “notação musical”, as
primeiras imagens podem ser aquelas de símbolos incompreensíveis, destinados a
alguns poucos iluminados ou talentosos, enfim, uma coisa de outro mundo, para
grandes artistas. É comum as pessoas dizerem: Eu sou musical, mas não sei ler
música. Existe uma outra variante dessa idéia que é: Eu não sei nada de música.
Duvidando que alguém não saiba nada de música, ouve-se a seguinte resposta: Eu não
conheço aquelas bolinhas. Ou seja, eu não sei ler música, logo, não sei música. É
preciso desconstruir essa representação de saber música que, de uma forma negativa,
tem contribuído para que muitos desistam de aprender música. Assim, a leitura e escrita
musical têm sido usadas muito mais como instrumento de exclusão do que de acesso a
um novo código. Outro ponto que não devemos nos esquecer: muitas tradições
musicais neste planeta são aprendidas e transmitidas oralmente, e isso é válido
também para o nosso país.
Existem diferentes maneiras de vivenciar a música. Dançar, ouvir, apreciar,
recordar, ver imagens, se emocionar ou relembrar fatos são algumas dessas formas. A
experiência de ouvir música é talvez a mais democrática: todos podemos exercê-la, se
não com os ouvidos, pelo menos com o corpo e aqui se estabelece uma interessante
possibilidade de trabalhar com a área de Educação Física. Todos ouvimos música
diariamente e de diversos modos, com diferentes intenções, mesmo que não saibamos
ler e escrever música. Da mesma forma, podemos tocar um instrumento ou cantar sem,
necessariamente, utilizarmos a leitura e a escrita. Ou seja, existem outros
procedimentos, não menos complexos, que levam à aprendizagem musical, como, por
exemplo, em tradições musicais transmitidas oralmente.
Como toda escrita, a notação musical é um sistema de representação convencional.
Embora não seja tão antiga como a escrita alfabética e a dos algarismos, ela sofre
também transformações ao longo da história. Existem hipóteses de que alguns dos
primeiros traços deixados há, pelo menos, 30 mil anos a.C. possam se referir a
atividades rítmicas ou melódicas. A história da grafia musical está, portanto,
intimamente ligada à dos sistemas de notação.
De maneira semelhante à escrita alfabética e numérica, a escrita musical utiliza
símbolos que foram se modificando com o passar do tempo: das representações
simbólicas, isto é, o uso de símbolos ou desenhos associados a um fato do mundo
exterior, até a escrita tradicional - que hoje conhecemos, o sistema de cinco linhas
denominado de pauta ou pentagrama -, o trajeto foi longo.
Existe muita controvérsia a respeito do fato de a leitura e a escrita musical serem
temas de estudo na escola de Ensino Fundamental. A discussão remete a uma questão
anterior sobre os objetivos do ensino de música em escolas não específicas. Muitos
defendem que, para formar ouvintes críticos e conscientes, não seria necessária a
leitura musical, ou seja, esta leitura seria destinada apenas àqueles que querem
aprender um instrumento, em ensino individual ou em pequenos grupos.
Acreditamos ser possível e conveniente trabalhar os fundamentos básicos da
leitura e escrita musical na escola fundamental. É claro que, para ler e escrever música,
é necessário um certo aprendizado. Mas, como afirma Reverdy (1997, p.45), esta
aprendizagem não é mais penosa do que aquela por que passam as crianças quando
estão aprendendo a ler em sua própria língua. Para que se realize uma aprendizagem
efetiva, a metodologia a ser utilizada deve partir da experiência musical cotidiana dos
alunos e o programa deve se orientar em duas perguntas básicas:
1. Que música esses sinais gráficos representam?
2. Como decifrá-los?
Se ouvir música é pressuposto para ler música, a recíproca, não é verdadeira,
uma vez que ler música é um modo de ouvir música. Por isso, não tem sentido uma
leitura musical que seja abstraída de seu conteúdo sonoro-musical. Quem ensina a ler
notas musicais com giz e lápis, sem observar uma seqüência de procedimentos
metodológicos e sem a experiência sonora, ignora que conhecer apenas as notas não
leva a uma educação musical. A idéia de alfabetização musical desvinculada da prática
tem contribuído para que muitos alunos desistam de aprender música, tanto em escolas
específicas como em escolas do ensino fundamental, muito embora esses alunos
continuem com a capacidade para desfrutar da música em geral.
A abordagem dada à leitura e à escrita pelas diferentes áreas aqui tratadas é
ilustrativa da importância de ler e escrever na escola. Através dessa atividade,
estaremos oportunizando aos estudantes condições mais qualificadas de que eles se
assumam como sujeitos do processo de aprendizagem que fazem do e sobre o mundo,
adquirindo condições de, autônoma e permanentemente, localizar novas informações,
ampliar suas formas de interação com seu próprio corpo, expressar seus saberes,
objetivar suas intuições, lendo e escrevendo com autoria para o mundo.
À medida que toda a escola comprometer-se efetivamente com essas práticas,
ela constituirá um espaço de mediação de leituras e escritas significativas, promotoras
do crescimento pessoal e social de cada aluno, pela ampliação e aprofundamento dos
conceitos que possibilitam a intermediação com a realidade.
“No princípio, podemos supor, era o silêncio. Havia
movimento e, portanto,
silêncio porque não havia
nenhuma vibração podia agitar o ar – um fenômeno de
fundamental importância na produção do som. A criação do mundo, seja qual for
a forma como ocorreu, deve ter
de som.” (O.
sido acompanhada de movimento e, portanto,
Karóly, 1990)
Professor
O espaço da sala de aula, em se tratando da linguagem musical, deve garantir espaços
para a composição, a interpretação, a improvisação e a audição, ou seja, a apreciação
musical. É importante também levar em consideração a enorme diversidade de
manifestações musicais existentes no país e fora dele, proporcionando, acima de tudo,
o desenvolvimento dos alunos em sua capacidade de apreciar e produzir música. Para
que a aprendizagem seja mais proveitosa, é bom que o professor procure envolver não
só toda a turma, mas também pessoas de fora, como compositores, cantores,
instrumentistas e promova encontros musicais com grupos de diferentes localidades.
Tema: As muitas músicas do mundo...
Objetivos:
x
Desenvolver a percepção auditiva e a memória musical;
x
pesquisar, explorar, compor e interpretar sons de diversas naturezas e
procedências;
x
utilizar e cuidar da voz como meio de expressão e comunicação musical;
x
conhecer, apreciar e adotar atitudes de respeito diante da variedade de
manifestações musicais do país;
x
estabelecer relações entre a música feita na escola, as veiculadas pela mídia e
as que são produzidas localmente;
x
conhecer usos e funções da música em épocas e sociedades distintas.
Com as mãos na massa...
Oficina 2
Atividade 1
Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema.
Mantenha-se de olhos fechados por alguns minutos e “abra os ouvidos”. Tente prestar
atenção a tudo o que ouve. Depois de olhos abertos, experimente relacionar os sons
que você escutou.
Experimente anotar suas lembranças musicais: jogos, cantigas e brinquedos musicais
que fazem parte de sua história.
Então, o que é música?
“a música não é só uma técnica de compor sons (e silêncios), mas um meio de refletir e
de abrir a cabeça do ouvinte para o mundo.
(A. de Campos, in J. Cage, 1985 – prefácio)
Atividade 2
“O que já sabemos sobre música”
OBJETIVOS:
x
Avaliação diagnóstica sobre repertório musical;
x
apreciação e audição musical;
x
conhecendo artistas.
Número de participantes: A classe toda.
Material:
Imagens sobre instrumentos musicais, coros, orquestras, shows musicais. CDs com
música de um artista brasileiro famoso.
Desenvolvimento:
Primeiramente conversar com os alunos sobre o que é música, o que eles conhecem
sobre esse tema. Professor não se esqueça de registrar este diagnóstico. Apresentar
aos alunos as imagens que retratam músicas, instrumentos, pessoas cantando,
cantores famosos etc., abrir uma roda de conversa sobre o que estão vendo, quem são
essas pessoas, que sons produzem estes instrumentos etc.
EX.: Ouvir uma música de uma artista famoso, por exemplo, Elis Regina. Conversar
sobre, apresentar a biografia da artista e uma foto dela.
Atividade 3
“Adivinhasons”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
trabalho coletivo;
x
integração do grupo;
x
saber ouvir.
Número de participantes: A classe toda dividida em dois grandes grupos.
Material: saco de TNT ou outro tecido (pode ser de retalhos). Fichas de papel cartão
com imagens diversificadas (animais, objetos etc.) com a quantidade de alunos da sala.
Desenvolvimento:
Um aluno de cada equipe pegará de dentro do saco uma ficha e após observar a
imagem irá produzir o som do respectivo objeto para que as equipes descubram o
nome da imagem apresentada por meio de seu som. Essa reprodução do som pode ser
desenvolvida com a própria voz ou com objetos que tiver a disposição.
A equipe vencedora será a que adivinhar o som ou o maior número de sons produzidos.
Atenção:
x
Todos os alunos deverão participar pegando fichas.
x
Quando adivinhar o som, a equipe deve registrar esse nome por meio de um
símbolo. Que pode ser cores ou formas geométricas
x
Ao final a equipe deve organizar esses sons numa folha, como se fosse uma
pauta sonora e reproduzí-los.
Atividade 4
“Qual é a música”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
trabalho coletivo;
x
resgate dos conhecimentos musicais.
Número de participantes: Grupos com cinco alunos cada.
Material: Letras móveis que formam palavras e envelopes.
Desenvolvimento:
Cada grupo receberá letras embaralhadas dentro de um envelope contendo uma
palavra, que deverá ser montada. O grupo deverá pensar em uma música que tenha na
letra a palavra descoberta, que deve ser registrada em um papel.
Cada grupo canta a música que escolheu, se realmente ela tiver a palavra contida no
envelope já marcam um ponto, se for de acordo com a escolhida pelo professor mais
um ponto.
Se a palavra descoberta for a que o professor pensou, ganham mais um ponto.
x
Após dizerem qual é a palavra e cantarem a música, coloque a música para que
ouçam e levante alguns questionamentos a respeito de: Conhecem quem está
cantando? Solo? Grupo? Homem? Mulher? Que isntrumentos fazem parte da
execução da música? Etc.
ATENÇÃO:
Para o 1º e 2º ano, colar uma imagem da palavra no envelope para saberem o que está
escrito dentro do envelope.
Discuta com os alunos a regra do jogo, elabore uma ficha de pontuação, organize as
equipes e peça para que escolham um nome para ela.
Atividade 5
“Ampliando repertórios musicais”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
apreciação e audição musical;
x
conhecendo artistas.
Número de participantes: A classe toda.
Material: CDs de músicas eruditas, da MPB e folclóricas.
Desenvolvimento:
Propor as crianças que apreciem músicas, levantando pontos relacionados à:
- instrumentos;
- uso da voz;
- quem canta;
- quantas pessoas;
- onde se toca essa música;
- de que época ela pode ser. Etc.
Abra uma roda de discussão e apresente aos alunos as diferenças desses estilos
músicas.
A MÚSICA ERUDITA (do latim, eruditu, que significa conhecimento, saber, sabedoria) é
também mencionada como Música Clássica. Há várias controversas sobre a
terminologia mais correta no Brasil, mas até hoje não se chegou a um consenso
acadêmico. A divergência é que alguns musicólogos consideram que o termo "música
clássica" deva ser reservado à música erudita produzida somente no período da história
da música designado por Era Clássica ou Classicismo, que se estende de 1730 a 1809,
caracterizado pela busca do equilíbrio das estruturas, da simetria das frases, da lógica
dos desenvolvimentos articulados com a concisão do pensamento. Também há quem
dê o nome de "música acadêmica" pelo fato de ser rigidamente estudada e possuir
regras minunciosamente matemáticas. Outros acham que o termo "erudito" é
inadequado, por julgarem que se refere a um tipo de música destinado a ser inacessível
às massas, preferindo o uso do termo "clássico", pela mesma razão que se fala em
"literatura clássica", sem levar em consideração o período em que foi escrita.
MÚSICA POPULAR BRASILEIRA (MPB) é um gênero musical brasileiro. Apreciado
principalmente pelas classes médias urbanas do Brasil, a MPB surgiu a partir de 1966,
com a segunda geração da Bossa Nova. Apesar de abrangente, a MPB não deve ser
confundida com Música do Brasil, em que esta abarca diversos gêneros da música
nacional, entre os quais o Baião, a Bossa Nova, o Choro, o Frevo, o Carimbó, o Forró, o
Samba, e a própria MPB. A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da
Bossa Nova, gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da
década de 1950. Influenciado pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova deu novas
marcas ao samba tradicional. Arrastão, Vinícius de Moraes Mas já na primeira metade
da década de 1960, a Bossa Nova passaria por transformações e, a partir de uma nova
geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela
década. Uma canção que marca o fim da Bossa Nova e o início daquilo que se passaria
a chamar de MPB é Arrastão, de Vinícius de Moraes (um dos percursores da Bossa) e
Edu Lobo (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento,
marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba
tradicional, como de Cartola). Arrastão foi defendida, em 1965, por Elis Regina no I
Festival de Música Popular Brasileira (TV Excelsior, Guarujá-SP). A partir dali,
difundiriam-se artistas novatos, filhos da Bossa Nova, como Geraldo Vandré, Taiguara,
Edu Lobo e Chico Buarque de Holanda, que apareciam com freqüência em festivais de
música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de
bossa nova. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em
1966), Disparada, de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos
desta ruptura e mutação da Bossa para MPB. Era o início do que se rotularia como
MPB, um gênero difuso que abarcaria diversas tendências da música brasileira durante
as décadas seguintes. A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas
foi mudando e incorporando elementos de procedências várias, até pela pouca
resistência, por parte dos músicos, em misturar gêneros musicais. Esta diversidade é
até saudada e uma das marcas deste gênero musical. Pela própria hibridez é difícil
defini-la.
A MÚSICA FOLCLÓRICA, segundo a etimologia do termo adotada no século XIX, era a
música feita pela sabedoria popular (folk lore). A denominaço indicava especialmente
a música feita pela sociedade pré-industrial, fora dos circuitos da alta cultura urbana.
Durante o século XX, o termo folk music recebeu um segundo significado: um tipo
específico de música popular que é descendência cultural da música tradicional rural,
ou de outro modo influenciada por ela. Entendida na primera significaço, a música
folclórica sobrevive melhor em zonas onde a sociedade, geralmente rural, ainda não é
afetada pela comunicação de massas e pela comercialização da cultura. Era
geralmente partilhada e executada pela comunidade como um todo, sendo muitas
vezes transmitida pela tradição não escrita. As canções tradicionais de um povo tratam
de quase todos os tipos de atividades humanas. Assim, muitas destas canções
expressam crenças religiosas ou políticas de um povo ou descrevem sua história. A
melodia e a letra de uma canção popular podem sofrer modificações no decorrer de um
tempo, pois normalmente a transmissão é oral e passam de geração em geração. As
canções de dança são um dos tipos mais antigos de música popular. Cantadas como
acompanhamento para danças, o nome de seus compositores perdeu-se no tempo.
Muitas são ainda associadas ao lugar de origem, como a gavota francesa, a mazurca e
a polonesa, da Polônia e a tarantela da Itália.
As canções lendárias são geralmente de origem semi-conhecida, às vezes literária, e
têm caráter poético e expressam acontecimentos interpretados pela perspetiva do
cantor. São exemplos disso os romances de tema épico ou criminoso. As danças e
jogos infantis são transmitidas por uma peculiar camada da sociedade que, no
utilizando a escritura como meio de transmisso, assemelha à sociedade rural adulta.
No Brasil são geralmente de origem européia e reduzem-se praticamente às danças de
roda. Algumas são de criação nacional com influência das modinhas, como Nesta Rua
tem um Bosque; outras têm influência africana como Sambalelê. As danças populares
de sociedade podem ser divididas em dramáticas e não dramáticas. As dramáticas
compreendem uma parte representada e têm um tema determinado como por exemplo,
Bumba-meu-boi do Norte do Brasil. As não dramáticas não contêm elementos de
representação. No Brasil a maior parte delas segue duas espécies de formação: em
roda, às vezes com solista no centro de origem africana ou portuguesa ou em fileiras
opostas, de origem indígena ou nacional.
http://pt.wikipedia.org
Atividade 6
“Conhecendo instrumentos musicais”
OBJETIVOS:
x
Conhecer instrumentos musicais.
Número de participantes: A classe toda.
Material: CD com o filme Pedro e o Lobo de Sergei Prokofiev.
Imagens sobre instrumentos musicais, divididos em: sopro, percussão, cordas.
Desenvolvimento:
Apresentar aos alunos a primeira parte do vídeo “Pedro e o Lobo” de Sergei Prokofiev,
onde aparece o maestro apresentando os instrumentos. E propor discussões a partir
dele.
Entregar aos alunos fichas que contenham instrumentos musicais e pedir que agrupem
por suas características: sopro, percussão, cordas. Apresente aos alunos um painel
para que disponham os instrumentos dentro da formação da orquestra.
Você pode propor que desenhem um instrumentos de cada naipe.
Professor:
Aproveite para fazer uma breve
apreciação da biografia do músico e por que ele
produziu “Pedro e o Lobo”.
O Pedro e o lobo é uma história infantil contada através da música. Foi composta por
Sergei Prokofiev em 1936, com o objectivo pedagógico de mostrar às crianças as
sonoridades dos diversos instrumentos. Cada personagem da história (o Pedro, o lobo,
o avô, o pássaro, o pato, o gato e os caçadores) é representada por um instrumento
diferente.
Sergei Sergeyevich Prokofiev (em russo: ) (Krasne, 27
de abril de 1891 – Moscovo, 5 de março de 1953) foi um compositor russo.
Nascido em Sontsovka (actualmente é a localidade de Krasne, no Óblast deDonetsk),
na Ucrânia, foi filho único. A sua mãe era pianista e o pai era engenheiro agrónomo, e a
família vivia com relativo desafogo económico. Prokofiev demonstrou bem cedo
invulgares dotes musicais e em 1902, quando começou a receber lições particulares de
composição, já tinha composto algunas peças. Quando aprendeu a base teórica
musical necessária, dedicou-se a experimentar, definindo o que seria o seu estilo
musical.
As suas primeiras obras, como o Concerto para piano n.º 1 (1911) e a Suite para
orquesta (1914), valeram-lhe má fama como músico contra a linha nacionalista russa.
Nesse ano termina o curso do Conservatório em São Petersburgo com as mais altas
classificações. Faz uma viagem a Londres, onde contacta com Sergei Daguitev e Igor
Stravinsky. Durante a Primeira Guerra Mundial compõe a ópera O Jogador, com base
na obra homónima de Fiodor Dostoievski. A estréia foi cancelada devido à Revolução
Russa de 1917. De 1918 1 1920 viveu em São Francisco (Califórnia), e entre 1920 e
1936 viveu na Europa Ocidental, realizando tournées como pianista nas quais
interpretava obras próprias como os 5 Concertos para piano e as suas 5 primeiras
Sonatas para piano. A sua obra mais destacada nesta época é a Sinfonia clássica
(1918), desenvolvida ao estilo clássico em quatro andamentos. Durante os anos em
que viveu fora do seu país compôs para o empresário de ballet russo Serguei Diaguilev
os bailados Chout (O bufão,1921, op.21), e O passo de aço (1927, op.41), apoteose da
industrialização que estava a produzir-se nesse momento na Rússia. Neste mesmo
período compõe as óperas O amor das três laranjas (de 1921, e que se tornou um
grande êxito em São Petersburgo, então Petrogrado), baseada numa fábula do
dramaturgo Carlo Gozzi (autor de Turandot), e O anjo de fogo (1919).
Em 1923 casa com a cantora de origem espanhola Lina Lluvera. Em1931 e 1932
finaliza os seus concertos para piano, nº 4 e 5.
Prokofiev volta à Rússia em 1936, onde continua a compor sobre a mesma linguagem
musical e as suas obras demonstram uma extraordinária integridade, se se tiver em
consideração a pressão imposta pelo dogma soviético do realismo socialista. Entre
estas obras destacam-se a famosíssima Pedro e o Lobo para narrador e orquestra
(1936, realizada para agradar a Estaline), Romeu e Julieta (ballet,1936), a ópera Guerra
e paz (1946), a Sinfonia n.º 5 (1945), a suite O tenente Kijé (1933) e a cantata
Alexandre Nevski (1938, para o filme homónimo do realizador soviético Serguei
Eisenstein).
Em 1948 foi censurado por nunca compor no estilo do realismo soviético. As suas
harmonias foram julgadas como "cacofónicas". Teve que prometer que realizaria obras
com maior lirismo realista. Nesse mesmo ano compõe Conto de um homem autêntico
mas é de novo censurado . Quatro anos mais tarde, com a Sinfonia n.º 7, recebe o
premio Estaline (1952).
Serguei Prokofiev morreu em Moscovo no mesmo dia que Stalin, tendo sido apenas
iniciados os ensaios para o seu bailado A flor de pedra (1950), que foi levado à cena
em 1954.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sergei_Prokofiev
Atividade 7
“Pedro e o Lobo”
OBJETIVOS:
x
Funções dos instrumenstos;
x
apreciação e audição musical;
x
ampliação de vocabulário e repertório musical.
Número de participantes: A classe toda, o trabalho plástico deve ser realizado
individualmente.
Material: DVD Pedro e o Lobo de Sergei Prokofiev (TV Cultura), ou Vídeo animado da
Disney com a ilustração da história.
Desenvolvimento:
Apresentar aos alunos a segunda parte do vídeo “Pedro e o Lobo” de Sergei Prokofiev,
com a história sendo contada por meio dos instrumentos. Após a apresentação discutir
questões relacionadas à:
x
Que instrumento você gostou mais? Por que?
x
Sabe tocar alguns instrumento? Qual? Como ele é?
x
Conhece alguém que toca algum instrumento?
x
Ouve música em casa? Quais?
Professor:
Proponha aos alunos que realizem uma produção plástica a partir do que mais
gostaram no vídeo. Organize uma exposição dos trabalhos discutindo com as crianças
quais as facilidades e dificuldades na elaboração e produção da proposta.
Atividade 8
“Adivinhe se puder”
OBJETIVOS:
x
Utilizar o conhecimento que possui e de memória ordenar a cantiga.
Número de participantes: Pequenos grupos, de no máximo 5 alunos cada. (No 1º e 2º
ano, realizar agrupamentos produtivos, ou seja, crianças que já dominam a base
alfabética com crianças que ainda não a dominam.
Material: Cápsulas de kinder ovo, caixa de fósforos, envelope ou outro recipiente. Tiras
com letras das cantigas.
OBS. É interessante que no 3º e 4º ano as músicas sejam do repertório deles, ou
melhor outras músicas.
Desenvolvimento:
Cada grupo receberá um recipiente contendo tiras com partes da cantiga. O desafio é
montar a cantiga na sequência correta e afixar num quadro na sala. As crianças se
souberem podem cantar a música.
No final o professor colocará a cantiga para que todos ouçam e cantem. É importante
que os alunos tenham acesso a letra da cantiga/música, para isso você pode entregar a
letra para cada um, lembre-se que alunos em fase de aquisição da escrita tem mais
facilidade para compreensão e leitura do texto se este estiver em letra bastão
maiúscula, ou se preferir faça um cartaz e afixe-o na sala.
Atividade 9
“Apreciando”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
conhecer instrumentos não convencionais;
x
apreciação e audição musical.
Número de participantes: A classe toda.
Material: DVDs com shows e apresentação de músicas produzidas com instrumentos
não convencionais.
Desenvolvimento:
Apresentar aos alunos músicas e shows de artistas que utilizam instrumentos não
convencionais. Ex Hermeto Paschoal, UAIKIT, Stomp etc*. Chamar a atenção dos
alunos para que percebam os instrumentos, objetos que são utilizados para produzir os
sons e tentem imitar com a boca os sons que produzem.
* BJORK!!! Vespertine: a cantora passou seis meses pesquisando e baixando da
internet sons de caixinhas de música. Seu álbum “MEDULLA” foi feito assim. Na música
“who is it?” ela usa uma roupa de sininhos.
* No filme “Dançando no escuro” tem o clipe da fábrica onde a personagem principal
trabalha música com os sons das máquinas, o clipe no trem também.
É importante fazer uma breve contextualização do artista ou grupo que está sendo
apresentado.
Atividade 10
“Sons do ambiente”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
composição, produção e organização de sons.
Número de participantes: A classe toda.
Material: Objetos que possam produzir sons, os próprios móveis da sala de aula.
Desenvolvimento:
Espalhar objetos pela sala, além dos que ela já possui. Pedir que os alunos circulem
pela sala e escolham um objeto, que pode , inclusive ser o armário, a carteira etc..
Depois disso um aluno é convidado a produzir um som, um ritmo com o objeto
escolhido, depois outro é chamado a interagir com os eu objeto fazendo um som apartir
do som que o outro aluno está produzindo. E assim vamos somando um som a outro
som, a outro som, a mais um som...
Atividade 11
“O corpo que toca”
OBJETIVOS:
x
Conhecimento do corpo como produtor de sons;
x
uso da voz como instrumento musical;
x
produção e improvisação de sons;
x
percepção sonora e musical.
Número de participantes: A classe toda, dividida em pequenos grupos.
Material: Corpo e voz
Desenvolvimento:
Comece a aula conversando com os alunos se nosso corpo emite sons, sobre quais
sons podem emitir com o corpo. Chame a atenção para o uso da voz como instrumento,
seja cantando ou emitindo sons (assovios, gritos etc.).
Afastar as carteiras da sala ou levá-los para o pátio, colocar uma música instrumental e
pedir que caminhem pelo espaço, investigando-o, fazendo caminhos diferentes a cada
volta, andando só com as pontas do pé, com o pé virado pra dentro, de cócoras, de ré,
olhando pra cima, num pé só etc. (Proponha outras formas de andar). Num segundo
momento proponha que caminhem de diversas formas imitando sons da natureza,
como vento, chuva, mar etc e também vozes de animais, assovios, ruídos, ou seja, os
mais variados sons.
Após essa atividade, peça que comecem a andar produzindo sons com o próprio corpo,
neste momento sem utilizar a voz, usando o corpo como percussão. Cada grupo deve
criar um símbolo para representar determinado som. Peça que registrem esses sons
por meio de grafismos, símbolos ou formas. Seria interessante gravar os sons e deixálos ouvir posteriormente, tentando identificar que parte do corpo produz tal som.
Atividade 12
“Produzindo sons para...”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
composição, produção e organização de sons;
x
conhecer e interagir com objetos sonoros;
x
registro sonoro.
Número de participantes: grupos de cinco alunos.
Material: DVD UAKTI – Sonhos & Sons, objetos que possam produzir sons.
Desenvolvimento:
Apresentar aos alunos algumas músicas do grupo UAKTI, chamar a atenção para o uso
de objetos/instrumentos sonoros não convencionais.
O professor entregará para cada grupo alguns objetos sonoros, ou que possa produzir
sons. Deixe um tempo para que os alunos experimentem, brinquem com os objetos. A
tarefa é que cada grupo construa a partir dos objetos um conjunto de sons que tenha
como finalidade: sons para brincar; para dormir; para despertar; para passear etc.
O grupo deve pensar uma forma, símbolo ou marca para registrar esses sons, como se
fosse uma pauta sonora, para que depois possam reproduzí-los, ou seja, criar uma
composição musical só com sons, sem letra.
OBS. Após esta atividade o professor pode, juntamente com os alunos, escolher uma
das células sonoras e criar uma simbologia única para a sala, de acordo com cada som,
padronizando a linguagem sonora da classe, e fazer uma relação com a pauta sonora
universal da música, ou seja, as notas músicais e a partitura musical.
Sobre o nome do grupo...
O nome do grupo - UAKTI - Oficina Instrumental, deriva de uma lenda indígena dos
índios Tukano do alto rio Negro:
"Uakti vivia às margens do rio Negro. Seu corpo, aberto em buracos, recebia o vento e
emitia um som tão irradiante que atraia as mulheres da tribo. Os índios, enciumados,
perseguiram Uakti e o mataram, enterrando seu corpo na floresta. Altas palmeiras ali
cresceram: de seus caules os índios fizeram instrumentos musicais de sons suaves e
melancólicos, feito o som do vento no corpo de Uakti. Ao ouvirem esse som, as
mulheres estarão impuras e serão tentadas".
Entrevista com o Grupo Uakti
Por: Louraidan Larsen – 08/06/2006
Retirada do site: www.palaciodasartes.com.br
TUBOS DE PVC, VIDROS, METAIS, PEDRAS, BORRACHA E CABAÇAS: TUDO
SERVE COMO MATERIAL PARA O MÚSICO MARCO ANTÔNIO GUIMARÃES CRIAR
INSTRUMENTOS E PRODUZIR OS SONS DO GRUPO UAKTI. RESPONSÁVEL PELA
DIREÇÃO MUSICAL E PELA FABRIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS, MARCO
ANTÔNIO CONCEDEU ENTREVISTA EXCLUSIVA AO SITE NO DIA 8 DE JUNHO,
DURANTE ENSAIO DO GRUPO NO GRANDE TEATRO.
O MÚSICO ARTUR ANDRÉS RIBEIRO TAMBÉM CONVERSOU COM O SITE.
“SOMOS UM GRUPO DE MÚSICA INSTRUMENTAL, E JÁ PASSAMOS DESSE
UMBRAL ENTRE O POPULAR E O ERUDITO: TRANSITAMOS BEM ENTRE ESSES
DOIS UNIVERSOS”, EXPLICA ARTUR.
Palácio das Artes - Quantos instrumentos você já criou, Marco?
Marco Antônio Guimarães - Comecei a criar antes até do grupo, em 1971, e muitos
instrumentos já nem existem mais. Mas acredito que existam em torno de 50 e todos
foram feitos com todo o tipo de material que pude experimentar.
PA - Como é o processo de criação dos instrumentos? Que tipo de pesquisas
faz?
MAG - Há várias fases de minha criação. Quando comecei, após estudar composição
na área de música contemporânea instrumental, fazia instrumentos que não tinha
importância se não tivessem escala, efeito sonoro. Depois comecei a construir
instrumentos de corda, e, aos poucos, comecei a pesquisar materiais diferentes. Houve
um período em que o trabalho foi determinado pelo material: fiquei muitos anos
experimentando possibilidades do PVC. Os instrumentos atuais vieram desse período:
instrumentos de percussão, de corda, de sopro. Essa fase puramente experimental foi
antes de surgir o grupo. Quando, em 1978, começa o Uakti, eu passo a construir os
instrumentos já pensando no grupo. Aos poucos, fui vendo as possibilidades que tinha
cada um deles e os ia desenvolvendo em função da técnica que o grupo desenvolvia.
PA - De onde surgem as idéias para usar materiais? De onde vem a inspiração?
MAG - Esta é uma pergunta difícil de responder. Eu sempre tive uma criatividade muito
desenvolvida, um dom. Quando criança, eu inventava meus próprios brinquedos. Com
isso,
eu
aprendi
a
trabalhar
com
ferramentas
e
materiais
diferentes.
É muito de experimentação também o que eu faço. Experimentei todo tipo de PVC, por
exemplo: as medidas, os encaixes, as conexões. Muitas vezes, ao acaso, descobria
uma sonoridade que eu achava interessante, a partir daí via até onde podia ir para o
grave ou para o agudo. Depois, se fosse um instrumento com muitos tubos, eu
precisava criar uma estrutura para ele. Uma coisa ia puxando a outra.
Os instrumentos vão surgindo... No processo de criação de um instrumento é comum
surgir a idéia de um outro, pelo material que eu estava usando, pelas soluções que eu
estava encontrando. Uma coisa muito importante é ter domínio de todo tipo de
ferramenta e material. Para fazer alguns instrumentos, por exemplo, tive que aprender a
cortar vidro, a aprender marcenaria. É preciso saber também onde encontrar o material:
já saí pela Avenida Paraná, entrei em tudo quanto é loja para ver se encontrava uma
peça que eu estava imaginando e precisava para um instrumento. Às vezes, encontrava
em lojas de peças de carro, ou de material de construção, e até mesmo de material
cirúrgico.
PA - Você já tentou tirar som de algo que não conseguiu?
MAG - Várias vezes eu tentava um material, achava que podia dar uma coisa, não dava
e acabava desistindo. Às vezes, porque não tive a sorte de experimentar de uma certa
maneira... Os instrumentos de PVC, por exemplo, surgiram por que, uma vez, eu estava
cortando um tubo de PVC, aí bati a mão por acaso, deu um som que eu gostei muito, e,
então, comecei a pesquisar a partir daí.
PA - Qual material foi mais trabalhoso tirar o som e qual deu melhor resultado
sonoro?
MAG - Há instrumentos que é difícil a criação, é preciso criar dezenas de pecinhas.
Teve
uma
época
que
fiquei
experimentando
instrumentos
mecânicos,
que
funcionassem com motor. Tentava instrumentos que tocassem sozinho. Acabei
chegando a um resultado muito bom, a um instrumento chamado Nastaré. Ele cria a
própria
música.
A cabaça é um material usado no mundo inteiro para fazer instrumentos e que dá um
bom resultado, tem uma certa resistência para suportar a tensão das cordas. É leve,
vibra muito bem. Mas o PVC é muito produtivo também: encontra-se em muitas
medidas diferentes, há conexões de todo tipo, encontra-se em qualquer esquina, é
barato e é fácil de trabalhar.
PA - Com qual material você conseguiu um som mais inesperado?
MAG - Há uma quantidade grande de instrumentos que tem um som inusitado. Na
verdade, existem aqueles que atraem mais atenção, não só pelo material usado, mas
pelo mecanismo de funcionamento dele. Um exemplo é um instrumento de PVC com
cordas, que toca girando, e se chama Torre. Ele tem um efeito bem mágico. É um
instrumento hipnótico. Qualquer lugar do mundo que a gente toca, a platéia fica
fascinada. Quando tem um solo dele, as pessoas ficam imóveis. Iremos apresentá-lo no
espetáculo no Palácio das Artes e todos poderão conferir.
Palácio das Artes - A impressão que passa é que o improviso é fundamental para
a experimentação do grupo. É isso mesmo? Qual a importância do improviso para
vocês?
Artur Andrés Ribeiro - A improvisação te traz para o momento. Ela tem esse poder e
sempre interfere de forma positiva. Você não pode estar dormindo, repetindo aquela
melodia que você toca 500 vezes em casa, e vem ao palco e toca 501. No entanto, o
improviso pode ser uma coisa automática também. Mas, quando improvisamos, sempre
buscamos relação com o momento, com o que estamos fazendo na hora.
PA - O nome do grupo é Uakti – Oficina Instrumental. O desejo de vocês é passar
essa idéia de oficina, um grupo em constante processo de transformação?
AAR - Sim, por que é um trabalho sempre constante. Os instrumentos que foram
construídos há 20 anos, por exemplo, demandam manutenção, e há instrumentos
novos que estão sendo feitos, há projetos novos. Então é um trabalho de oficina,
mesmo... não funciona assim: ‘fechou e agora é só tocar’. É um processo vivo,
contínuo.
PA - Das primeiras apresentações desde o começo do grupo, em 1978, o que
mudou?
AAR - Mudou muito. Éramos músicos de sinfônica, tocávamos muita música erudita,
com partitura, não havia essa liberdade que temos hoje. Estamos mais maduros, mais
fluentes e, entre nós, há uma relação muito mais harmônica, o que é difícil em um
grupo.
Atividade 13
“Móbiles sonoros”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
composição, produção e organização de sons;
x
conhecer e interagir com objetos sonoros;
Número de participantes: Grupos de 04 alunos.
Material: Fios de nylon, materiais recicláveis, cola, tesoura, fita adesiva.
Desenvolvimento:
Os móbiles podem ser construídos com materiais como: chaves, argolas, copos e
tampas de plástico, conchas, embalagens de filmes etc. Pendurar os materiais em fios
de nylon (ou barbante, lã, linha de crochê) num cabide, chapéu ou peneira. Quando
agitado cada móbile produzirá um timbre diferente.
Atividade 14
“Produzindo instrumentos musicais”
OBJETIVOS:
x
Produzir instrumentos musicais e objetos sonoros.
Número de participantes: A classe toda, dividida em duplas ou grupos.
Material:
Sucatas em geral, fita crepe, pregos, cabo de vassoura, garrafas pets, tampinhas,
potinhos diversos, grãos (arroz, feijão, milho etc.), pedras, areia, conduítes, palito de
churrasco, palito de sorvete, cola quente, durex etc.
Desenvolvimento:
A sala será dividida em grupos ou duplas. Cada grupo deverá produzir um instrumento
musical.
Ex.:
CÔCO – cortar o côco pela metade, limpar, lixar e decorar com tinta plástica.
CLAVAS – serrar 02 pedaços de cabao de vassoura do mesmo tamanho (20 cm), pintar
com tinta plástica.
CHOCALHOS – utilizar garrafas pet ou garrafinhas, potinhos de danone, colocar grãos
dentro (arroz, feijão, milho etc.) ou outros elementos como pedriscos, areia. Fechar a
boca do pote com fita adesiva e decorar.
RECO RECO – cortar cabos de vassouras e revestir com conduíte, para tocar pode ser
utilizado caneta, lápis, palito de churrasco ou sorvete.
OBS.: É importante que durante a construção dos instrumentos haja manuseio e
apreciação dos mesmos.
Sugira que os alunos criem outros objetos sonoros.
Professor fique atento a esta atividade, como os alunos se relacionam com os materiais
sonoros, como organizam os objetos para que produzam sons. Valorize cada produção,
assim como o material utilizado.
Atividade 15
“O jogo dos animais”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
apreciação e audição musical;
x
conhecendo compositores;
x
expressão corporal.
Número de participantes: A classe toda, dividida em grupos.
Material: CDs com músicas com sons de animais ou que tenham como tema animais.
Desenvolvimento:
O professor escolhe as músicas que tenham sons, vozes de animais ou que tenham
como tema animais. Cada grupo é orientado a exercer determinado movimento ao ouvir
cada uma das músicas. As músicas devem ser alternadas buscando números variados
de movimentos. Uma outra variação e deixar as crianças livres para que a partir de
cada som criem movimentos, e também cada grupo pode apresentar determinada
música representando as vozes de animais e gesticulando e dançando.
Atividade 16
“Carnaval dos animais”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
apreciação e audição musical;
x
conhecendo compositores.
Número de participantes: A classe toda.
Material: CD “Carnaval dos animais” de Saint Saens.
Desenvolvimento:
Primeiramente o professor deve levantar os conhecimentos prévios do grupo, se
conhecem múiscas com sons de animais, o que é um compositor. Depois disso
apresenta a biografia do compositor Saint Saens e apresenta-lhes suas músicas
constantes no CD Carnaval dos Animais, a partir da audição das músicas pedir as
crianças que percebam de que animal se trata a música, como ele está sendo
representado. Uma outra sugestão é dividir a classe em grupos e pedir que
representem por meio de sons a “voz” de três animais, apresentando para a classe.
Professor: Não se esqueça de levantar com os alunos a presença dos instrumentos
musicais em cada uma das músicas apreciadas.
Atividade 17
“Torcer, voar e deslizar”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
apreciação e audição musical;
x
interação com a música e expressão corporal.
Número de participantes: A classe toda.
Material: CDs diversos (músicas eruditas, com sons de pássaros e natureza).
Desenvolvimento:
Cada aluno é posicionado em pé, a uma distância que não alcance o colega. Em
silêncio os alunos deverão movimentar-se de acordo com o ritmo da música. Em
determinado momento o professor dá a voz de comando “voar”, e todos se movimentam
como se fossem voar, cada um de seu jeito ao seu modo. Na sequência são dadas
outras vozes de comando: “deslizar” e “torcer”. Repita a voz de comando.
Após a atividade sente com os alunos numa roda de conversa e questione-os sobre o
que aprenderam, como foi fazer a atividade, que relações estabeleceram do corpo com
a música, onde tiveram mais dificuldade e mais facilidade. Faça registros das falas dos
alunos.
OBS. O professor deve explicar e contextualizar aos alunos o querem dizer os
movimentos: torcer, voar e deslizar.
Atividade 18
“Ritmos na cultura musical do Brasil”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
apreciação e audição musical;
x
conhecendo ritmos presentes na cultura musical brasileira (intépretes e
compositores).
Número de participantes: A classe toda.
Material: CDs com músicas brasileiras e estrangeiras de diversos ritmos.
Desenvolvimento:
Apresentar aos alunos músicas com os mais variados ritmos brasileiros: música caipira,
forró, axé, pop, rock, cirandas, afro, salão, bossa, chorinho, samba etc. Abrir uma roda
de conversa sobre o que ouvem, que sons são esses, que instrumentos produzem
esses sons, quem está cantando, perceber a voz, se feminina ou masculina.
Professor dê informações sobre os ritmos, seus intépretes e compositores. E também
contextualize as influências que o país recebeu de fora em sua música. Escolha alguns
clipes musicais com estes ritmos e mostre-os aos launos.
AXÉ: A axé music é um movimento musical popular surgido no estado da Bahia na
década de 80, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador.
Não se trata exatamente um gênero ou movimento musical, mas uma rotulação
mercadológica muito útil para que uma série de artistas da cidade de Salvador, que
faziam uma fusão de ritmos nordestinos, caribenhos e africanos com embalagem poprock, tomassem as paradas de sucessos do Brasil inteiro a partir de 1992. Axé é uma
saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda, que significa energia positiva.
Expressão corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à palavra da
língua inglesa music pelo jornalista Hagamenon Brito para formar um termo que
designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais.
Depois que Daniela Mercury chegou ao Sudeste com o show que a estouraria
nacionalmente, O Canto da Cidade, tudo o mais que veio de Salvador começou a ser
chamado de axé music. Em pouco tempo, os artistas deixaram de se importar com a
origem debochada do termo e passaram a dele se aproveitar. Por exemplo, a Banda
Beijo, do vocalista Netinho, simplesmente intitulou de Axé Music o seu disco de 1992.
Com o impulso da mídia, essa trilha sonora da folia de Salvador rapidamente se
espalhou pelo país (com os carnavais fora de época, as micaretas) e fortaleceu-se
como indústria, produzindo sucessos o ano inteiro ao longo dos anos 90. Testadas no
calor da multidão na Praça Castro Alves e na Ladeira do Pelô, as músicas dos blocos e
bandas responderam por alguns dos grandes êxitos comerciais da música brasileira na
década. O ano de 1998 foi, particularmente, o mais feliz para os baianos: Daniela
Mercury, Banda Eva, Chiclete com Banana, Araketu, Cheiro de Amor e É o Tchan
venderam juntos nada menos que 3,4 milhões de discos.
Guitarras elétricas
As origens do axé estão nos anos 50, quando Dodô e Osmar começam a tocar o frevo
pernambucano em rudimentares guitarras elétricas (batizadas de guitarras baianas) em
cima de uma Fobica (um Ford 1929). Nascia o trio elétrico, atração dos carnavais para
a qual Caetano Veloso chamou a atenção em 1968 na canção Atrás do Trio Elétrico.
Mais tarde, Moraes Moreira, dos Novos Baianos, teria a idéia de subir num trio (que era
apenas instrumental) para cantar – foi o marco zero da axé music. Paralelamente ao
movimento dos trios, aconteceu o da proliferação dos blocos afro: Filhos de Gandhi (do
qual Gilberto Gil faz parte), Badauê, Ilê Ayê, Muzenza, Araketu e Olodum. Eles tocavam
ritmos africanos como o ijexá, brasileiros como o maracatu e o samba (os instrumentos
eram os das escolas de samba do Rio) e caribenhos como o merengue.
Com a cadência e as letras das canções de Bob Marley nos ouvidos, o Olodum criou o
samba-reggae, música com forte caráter de afirmação da negritude, que fez sucesso na
Salvador dos anos 80 com artistas como Lazzo, Tonho Matéria, Gerônimo e a Banda
Reflexus – as canções chegavam ao Sudeste em discos na bagagem dos que lá
passavam férias. Logo, Luíz Caldas (do trio Tapajós) e Paulinho Camafeu tiveram a
idéia de juntar o frevo elétrico dos trios e o ijexá. Surgiu assim o "Deboche", que rendeu
em 1986 o primeiro sucesso nacional daquela cena musical de Salvador: Fricote,
gravado por Caldas. A modernidade das guitarras se encontrava com a tradição dos
tambores em mistura de alta octanagem.
Uma nova geração de estrelas aparecia para o Brasil: Lazzo, Banda Reflexus (do
sucesso Madagascar Olodum), Sarajane, Cid Guerreiro (do Ilariê, gravado por Xuxa),
Chiclete com Banana (que vinha de uma tradição de bandas de baile, blocos afro e trios
elétricos), Banda Cheiro de Amor(com Márcia Freire e Margareth Menezes, a primeira a
engatilhar carreira internacional, com a benção do líder da banda americana de rock
Talking Heads, David Byrne. Pouco tempo depois, o Olodum estaria sendo convidado
pelo cantor e compositor americano Paul Simon para gravar participação no disco The
Rhythm of The Saints.
Guinada para o pop
Aquela nova música baiana avançaria mais ainda na direção do pop em 1992, quando
o Araketu resolveu injetar eletrônica nos tambores, e o resultado foi o disco Araketu,
gravado pelo selo inglês independente Seven Gates, e lançado apenas na Europa. No
mesmo ano, Daniela Mercury A "Rainha do Axé" lançaria O Canto da Cidade, e o Brasil
se renderia de vez ao axé. Aberta a porta, vieram Asa de Águia, Banda Eva (que
nasceu do Bloco Eva e revelou Ivete Sangalo), Banda Mel (que depois assinaria como
Bamdamel), Banda Cheiro de Amor, Ricardo Chaves e tantos outros nomes. A explosão
comercial do axé passou longe da unanimidade. Dorival Caymmi reprovou suas
qualidades artísticas, Caetano Veloso as endossou. Das tentativas de incorporar o
repertório das bandas de pop rock, nasceu a marcha-frevo, que transformou sucessos
como Eva (Rádio Táxi) e Me Chama (Lobão) em mais combustível para a folia.
Enquanto o axé se fortalecia comercialmente, alguns nomes buscavam alternativas
criativas para a música baiana. O mais significativo deles foi a Timbalada, grupo de
percussionistas e vocalistas liderado por Carlinhos Brown (cuja Meia Lua Inteira tinha
estourado na voz de Caetano), que veio com a proposta de resgatar o som dos
timbaus, que há muito tempo estavam restritos à percussão dos terreiros de
Candomblé. Paralelamente à Timbalada, Brown lançou dois discos solos –
Alfagamabetizado (1996) e Omelete Man (1998), que com sua autoral incorporação de
várias tendências do pop e da MPB à música baiana, obteve grande reconhecimento no
exterior. Além disso, ele desenvolveu um trabalho social e cultural de alta relevância
entre a população da comunidade carente do Candeal, com a criação do espaço
cultural Candyall Guetho Square, o grupo de percussão Lactomia (para formar uma
nova geração de instrumentistas) e a escola de música Paracatum.
Enquanto isso, os nomes de sucesso da música baiana multiplicavam-se: aos então
conhecidos Banda Eva, Bamdamel, Araketu (que em 1994 vendeu 200 mil cópias do
disco Araketu Bom Demais), Chiclete com Banana e Cheiro de Amor, juntaram-se o exBeijo Netinho e os grupos Jammil e Uma Noites, Pimenta N´Ativa e Bragadá.
Bunda music Foi em 1995, porém, que deu as caras o maior fenômeno comercial de
Salvador. Em seu terceiro disco, o grupo Gera Samba estourou o sucesso É o Tchan,
com a ajuda dos sacolejos das calipígias dançarinas Carla Perez (loura) e Débora Brasil
(morena). Entre um "segura o tchan" e outro, a banda teve que mudar de nome,
processado por um outro grupo, de um irmão do integrante Compadre Washington.
Rebatizado de É o Tchan, o antigo Gera Samba inaugurou a face do axé que seria
conhecida como Bunda Music, de ênfase nas coreografias libidinosas em detrimento à
musica (que ainda assim trazia uma sólida base de samba de roda) e as letras. Com
toda a face showbiz a que tem direito (realizaram-se concursos na TV para a escolha
da morena e depois da loura que iriam substituir Débora e Carla), e uma fileira de
sucessos produzidos em série (Dança do Bumbum, Dança da Cordinha, Ralando o
Tchan, É o Tchan! no Havaí, A Nova Loira do Tchan...), o grupo bateu a barreira do
milhão de discos vendidos.
Com o Tchan, disputaram público na segunda metade dos anos 90 nomes como
Netinho (Milla, Fim de Semana), Araketu (Mal Acostumado) e Terrasamba (Liberar
Geral, Carrinho de Mão), Banda Eva (Beleza Rara, Carro Velho), entre outros. A
superexposição nos meios de comunicação e as pressões da indústria inevitavelmente
levaram o axé ao esgotamento artístico e comercial. Em 1999, ano em que o pop
ressurgiu como uma força, o gênero experimentou um significativo declínio nas
vendagens de discos.
ROCK: Rock and Roll (também escrito Rock'n'Roll) é um gênero de música que
emergiu e se definiu como estilo musical no sul dos Estados Unidos durante a década
de 50, rapidamente se espalhando pelo resto do mundo. Evoluiu mais tarde para
diversos sub-géneros no que hoje é definido simplesmente como "rock".
Actualmente, a palavra "rock and roll" tem diversos significados, seja para definir o rock
tradicional ao estilo dos anos 50, ou para definir o rock surgido posteriormente, e até
mesmo certas vertentes da música pop. Desde finais da década de 50 até meados dos
anos 90 o rock foi provavelmente o estilo musical mais popular no mundo ocidental.
Os instrumentos mais comuns no rock'n'roll são a guitarra elétrica, o baixo, a bateria, e
muitas vezes um piano ou teclado, embora no início, o principal instrumento tenha sido
o saxofone, posteriormente substituído pela guitarra no final dos anos 50.
AFRO: A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura da música portuguesa,
indígena e africana, produzindo uma grande variedade de estilos.
A música brasileira foi fortemente influenciada pelos ritmos africanos, como é o caso do
samba, maracatu, carimbó, lambada e o maxixe. Embora se tenha mantido por muitos
anos na marginalidade, a música afro-brasileira ganhou notoriedade em meados do
século XX, até se tornar o estilo musical mais difundido no Brasil.
Obtido em http://pt.wikipedia.org
OBS.: Mostre também ritmos e cantores africanos. Ex. Salifkeita, Eva Touri, Richard
Bona e realize comparações com cantores do Brasil, como: Chico César, Olodum,
Timbalada. No caso do Rock, apresente Chuck Berry, Litlle Richard fazendo
comprações com Roberto Carlos, Mutantes, Titãs, Paralamas do sucesso, Secos e
Molhados etc.
Atividade 19
“Ritmo – Elementos teóricos”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
percepção rítmica;
x
Observaçao de duração do som, tempo, intensidade e a pausa.
Número de participantes: a sala toda.
Material: instrumentos de percussão, objetos que possam repercurtir sons e o próprio
corpo.
Desenvolvimento:
Demonstrar com os instrumentos ou objetos alguns ritmos simples (batidas), variar as
velocidades, intensidades e o tempo da pausa. Pedir aos alunos que exercitem
tentem registrar uma sequência de sons, para que possam tocar posteriormente.
Atividade 20
“Compondo sons e ritmos”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
composição, produção e organização de sons;
x
experimentação de sons (organização de célula musical).
e
Número de participantes: Grupos com 04 alunos
Material: o próprio corpo, objetos que produzam sons.
Desenvolvimento:
Cada aluno deve, a partir da fonte sonora escolhida, compor seu próprio som. Depois
organizar esses quatro sons de modo a formar uma célula musical. È importante
registrar os sons numa pauta, para poder executá-lo posteriormente.
Atividade 21
“O Som do Silêncio”
OBJETIVOS:
x
Percepção auditiva e corporal.
Número de participantes: A classe toda.
Material: Nenhum
Desenvolvimento:
Propor ao grupo que ouça o silêncio. Chegando-se à conclusão de que não conseguem
ouvi-lo, pois há muitos sons, sugere-se que ouçam sons a sua volta.
O professor pode fazer uso de objetos sonoros do ambiente como bater em uma
madeira de porta, raspar na parede, arrastar cadeiras etc. As crianças ouvem os sons
reagindo como se fossem eles.
Sugestão:
Representar os sons ouvidos durante esta atividade de forma gráfica. Ex.: Desenhar
linhas, formas, pontos etc.
Atividade 22
“Como está, pode ficar - Estátua”
OBJETIVOS:
x
Percepção auditiva e corporal.
Número de participantes: A classe toda.
Material:
CDs com músicas diversas. (é necessário uma seleção prévia das músicas para
garantir ritmos e instrumentação variados.)
Desenvolvimento:
Esta atividade sugere questões realtivas ao tempo na música, que é composto por
“silêncios” (paradas) e sequências rítmicas, que por si, sugerem certos movimentos
corporais, discute estas questões com os alunos.
É uma variação da brincadeira de estátua. A partir da sensibilização feita na atividade
anterior, usando músicas com ritmos diferentes, pode-se direcionar as crianças para
que explorem seu corpo com movimentos que as múiscas possam lhes sugerir, o que
os fará mudar de pose, o professor parará a música derepente, e as crianças deverão
ficar na posição em que estiverem, e que lhes foi sugerida pela música. Ao final, o
professor pode conversar com os alunos sobre as poses e suas relações com as
múiscas ouvidas, discutindo tópicos como ritmo musical e corporal etc.
Atividade 23
“Barbatuques”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
apreciação e audição musical;
x
conhecendo artistas (grupo musical).
Número de participantes: A classe toda.
Material: CDs com músicas dos “Barbatuques”.
Desenvolvimento:
Apresentar aos alunos as músicas produzidas pelo grupo “Barbatuques” e chamar a
atenção para o que eles estão usando para produzir sons, tentar identificar o máximo
de sons produzidos. Para isso pode ser feita uma lista na lousa com estes sons, os
maiores podem realizar esse registro em seu caderno.
Reforçar que existem vários sons sendo produzidos ao mesmo tempo.
As crianças podem tentar reproduzir esses sons com outros objetos, com o corpo e a
boca.
Desenvolver uma prática de improvisação com o corpo.
EX.: Fazer uma roda com os alunos em pé e convidar cada um a entrar no centro da
roda e produzir um som diferente utilizando uma parte do corpo sugerida previamente
pelo professor. Trocar a parte do corpo quando as possibilidades de produção de sons
esgotarem, com isso muda-se a parte do corpo a ser explorada.
OBS. Pode ser colocada alguma base ou instrumento de fundo tocado pelo professor,
por algum aluno ao até mesmo uma base gravada.
Atividade 24
“Vinicius, Chico e Caimmy... maneiras de cantar.”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
apreciação e audição musical;
x
chamar a atenção dos alunos para a diferença entre palvra cantada e palavra
falada, o que inclúi a interpretação;
x
conhecer diversos compositores e intérpretes,
x
voz como instrumento musical.
Número de participantes: A classe deve ser dividida em pequenos grupos que
trabalhem, cada um com um compositor ou intérprete.
Material: Cópias das letras compostas pelos músicos citados acima e gravaçoes destas
músicas interpretadas tanto por seu compositor como por outras pessoas/cantores.
Desenvolvimento:
Não há obrigatoriedade de que sejam os mesmos compositores citados, pois o que
importa aqui é a maneira de cantar. Cada grupo deve receber a letra da múisca
composta por um dos compositores e proceder a audição da mesma, observando como
o cantor usa a voz, a presença de instrumentos, de pausas etc. Após a audição cada
grupo deve apresentar o seu compositor para a classe apontando suas reflexões. É
bom ter em mãos fotos dos compositores e também a biografia de cada um deles para
apresentar aos alunos.
Atividade 25
“Orquestra de vozes”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
composição, produção e organização de sons.
x
uso da voz como instrumento musical;
x
produção e improvisação de sons.
Número de participantes: A classe toda.
Material: Corpo e voz.
Desenvolvimento:
Em primeiro momento apresentar aos alunos diferentes sons vocais e pedir que os
reproduzam. Após apresentar instrumentos musicais, por meio de CDs e DVDs.
Separar a classe em grupos e designar a cada um deles a representação de um tipo de
instrumento. Realizar a apresentação dos grupos individualmente e coletivamente.
Atividade 26
“Frère Jacques”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
uso da voz;
x
canto coral.
Número de participantes: A classe toda.
Material: Corpo e voz, letra da música
Frère Jacques
Frère Jacques
Frère Jacques
Dormez-vous?
Dormez-vous?
Sonnez les matines,
Sonnez les matines.
Ding, ding, dong.
Ding, ding, dong.
Desenvolvimento:
Passar a música no quadro ou entregar um xerox para cada aluno. Ouvir o CD com a
interpretação da música. Cantar com a classe, separar as vozes: agudas e graves,
ensaiar e apresentar para a classe.
Atividade 27
“O som da voz”
OBJETIVOS:
x
Percepção auditiva;
x
tipos de sons;
x
reprodução de histórias por meio de sons vocais;
x
uso da voz.
Número de participantes: A classe toda.
Material: CDs com sons da natureza, vozes de animais, pessoas, ruídos e histórias
cantadas.
Desenvolvimento:
Apresentar às crianças alguma história cantada. Conversar sobre o que ouviram. Tentar
resgatar de memória a história. Os alfabetizados podem recontar a história por meio da
escrita.
Dramatizar um conto com onomatopéias das vozes de animais (graves e agudas).
Reproduzir histórias utilizando diferentes sons vocais.
Atividade 28
“Um pouco mais de Pedro e o Lobo”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
conhecer instrumentos musicais.
Número de participantes: A classe toda mas de forma individual.
Material: Sulfite, lápis de cor, caderno de desenho, giz de cera entre outros.
Desenvolvimento:
Propor aos launos a ilustração dos personagens da história “Pedro e o Lobo” de Sergey
Prokofiev, tentando relacionar o personagem ao instrumento musical.
Sugestão:
O professor poderpa criar postais com os desenhos dos personagens e colagens dos
intrumentos musicais.
Atividade 29
“Leitura compartilhada Pedro e o Lobo”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
conhecer a história e os intrumentos musicais.
Número de participantes: A classe toda
Material: Livro Pedro e o Lobo
Desenvolvimento:
O professor lerá para os alunos de forma pontuada e com entonação a história de
“Pedro e o Lobo” , utilizará para a leitura fichas com desenhos ou ilustrações com as
imagens dos personagens e dos instrumentos musicais que os representam. A cada
novo personagem o professor faz uma pausa e pede aos alunos que imitem tanto o
som do personagem quanto o som do instrumento que o representa. Após o término da
leitura garantir um tempo para conversar sobre a história, impressões, ou seja, uma
roda de conversa.
Atividade 30
“A orquestra”
OBJETIVOS:
Número de participantes: A classe toda
Material: Vídeo “A orquestra” ou “A orquestra de perto”.
Desenvolvimento:
Propor as crianças a apreciação do vídeo e discutir a relação dos instrumentos
utilizados tanto na musica popular quanto na erudita. Fazer um levantamento dos
launos que tocam algum instrumento e organizar uma apresentação. Dividir os
instrumentos em naipes (cordas, sopro, percursão) e localizar sua posição na orquestra.
Apresentar uma imagem com a disposição da orquestra.
Atividade 31
“Criando paródia”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
estimular a criatividade e a percepção auditiva.
Número de participantes: A classe toda dividida em pequenos grupos.
Material: Caderno de desenho, lápis preto e CDs de música (de acordo com o
repertório da classe).
Desenvolvimento:
Propor aos alunos a criação de paródias, tendo por base músicas de seu repertório.
Fazer uma apresentação com os alunos cantando e representando a canção (paródia)
produzida. Para a apresentação, os alunos podem utilizar instrumentos musicais
(bandinha ritmica) ou objetos sonoros.
Atividade 32
“Apresentação musical”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
apreciação de produção musical;
x
interação com objetos sonoros.
Número de participantes: Grupos de 04 alunos
Material: Objetos sonoros
Desenvolvimento:
Depois da composição de uma célula musical e o registro numa pauta, apresentar sua
música para a classe.
Atividade 33
“Instrumentos do grupo Uakit”
OBJETIVOS:
x
Ampliação de vocabulário e repertório musical;
x
Composição, produção e organização de sons;
x
interação com objetos sonoros e experimentação de sons.
Número de participantes: Grupos com 04 alunos
Material: Imagens dos instrumentos do Grupo UAKIT
Desenvolvimento:
Por meio das imagens, levar os alunos a conhecer novas fontes sonoras, que possam
experimentar sons e reproduzí-los com a voz (imitação).
ANEXOS
Luiz
ANEXO 1
Questionário
Diretoria de Educação
Perfil do Professor de Arte
Nome: ______________________________________________________________
Idade:
entre 18 e 25 anos (
)
entre 25 e 35 anos (
)
entre 35 e 45 anos (
)
entre 45 e 55 anos (
)
acima de 55 anos (
)
Sexo:
(
) masculino
(
) feminino
Formação:
Universidade:________________________________________________________
Habilitação: __________________________________________________________
Realizou outros cursos, pós graduação, na área de arte? Quais?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________
E na área da Educação? Quais?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________Quais os
últimos livros que você leu:
Na área de Arte:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Na área de arte-educação:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Na área da educação:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Qual a última visita que você fez:
A museus
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________
A exposições
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Ao teatro
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Qual a concepção que você tem para o ensino de arte?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Qual a importância da arte na escola?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
____________________________________________________
Com qual linguagem da arte tem mais facilidade para o trabalho em sala de aula?
Justifique.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
____________________________________________________
ANEXO 2
Pautas das Formações
Diretoria de Educação do Município de Cajamar
1º Encontro de Formação
Implantação Especialistas de Arte no Ensino Fundamental
Pauta
Objetivos:
Ÿ Reflexões sobre o papel do professor de arte;
Ÿ Concepção da área;
Ÿ Proposta para avaliação diagnóstica inicial.
1º Momento:
Apresentação Formador e Grupo
Levantamento de expectativas do grupo
2º Momento:
Concepção: A área de Arte
3º Momento:
O Projeto
4º Momento:
Avaliação Diagnóstica Inicial
5º Momento:
Avaliação
Diretoria de Educação do Município de Cajamar
2º Encontro de Formação
Ensino de Arte no Ensino Fundamental
04/04/2007
"O tempo extrai vários valores de um trabalho
de um pintor. Quando esses valores são
esgotados, os quadros são esquecidos, e
quanto mais um quadro tem a dar, mais
importante ele é.”
Henri Matisse
Público Alvo: Assessores Pedagógicos e Professores de Arte
Tempo de Duração: 04 horas
Objetivo: Discutir propostas para o ensino de artes visuais.
1º Momento: 5 min.
Sobre o olhar...
2º Momento: 30 min.
Introdução: A área de Artes Visuais
As áreas de artes visuais
Conteúdos em artes visuais
Ler e escrever em artes visuais
3º Momento: 10 min.
Projeto 1
Artes Visuais: Paisagens Marinhas
Objetivos
Conteúdos
4º Momento: 3 horas.
Oficina 1 – Artes Visuais
x Conhecimentos prévios
x Repertórios
x Produção 1 – Desenhando com linhas
x Ampliando repertórios
x Produção 2 – Barquinho
x Apreciação – Onda
x Conhecendo o Mar
x Desenhando uma onda coletiva
x Mais obras de Arte
x Manchas que formam mar
x Lendo as imagens
x Produzindo com manchas
5º Momento: 15 min.
Avaliação
Prof. Sergio L. Cunha
AP de Arte
Diretoria de Educação do Município de Cajamar
3º Encontro de Formação
Ensino de Arte no Ensino Fundamental
13/04/2007
“A função da arte não é a de passar por portas
abertas, mas a de abrir portas fechadas.”
Ernerst Fischer
Público Alvo: Assessores Pedagógicos e Professores de Arte
Tempo de Duração: 04 horas
Objetivo: Continuação da discussão e reflexão de propostas para o ensino de artes visuais.
1º Momento: 5 min.
Leitura Compartilhada:
2º Momento: 5 min.
Pensando um nome para o Projeto de Artes Visuais
3º Momento: 3h e 40 min.
Cont. Oficina 1 – Artes Visuais
x Conhecendo Gravuras
x Leitura de Obras de Arte (formal e interpretativa)
x Biografia de Lasar Segall
x Produção 1 – Experimentando impressão
x Produção 2 – Frottage
x Sobre a Xilogravura
x Conhecendo Literatura de Cordel
x Patativa do Assaré
x Lendo textos de Cordel
x Brincando com textos...
x Fazendo Arte - Isoporgravura
x Produzindo um folheto de cordel
x Como assinar as produções
5º Momento: 10 min.
Avaliação
Prof. Sergio L. Cunha
AP de Arte
Diretoria de Educação do Município de Cajamar
4º Encontro de Formação
Ensino de Arte no Ensino Fundamental
09/05/2007
A arte alimenta-se de ingenuidades, de imaginações infantis
que ultrapassam os limites do conhecimento; é aí que se
encontra o seu reino. Toda a ciência do mundo não seria
capaz de penetrá-lo. (Lionello Venturi)
Público Alvo: Assessores Pedagógicos e Professores de Arte
Tempo de Duração: 04 horas
Objetivo: Discussão e reflexão sobre Modalidades Organizativas;
Introdução ao Projeto de Música.
1º Momento: 5 min.
Leitura/Roda de Apreciação: Águas de Março – Tom Jobim / Interpretada por Elis Regina
Biografia de Elis Regina
2º Momento: 15 min.
Construção painel “Para Apreciar e saber mais...”
3º Momento: 20 min.
Estrutura do Projeto
4º Momento: 40 min.
Modalidades Organizativas
Leitura, discussão e reflexão do material escrito por Alfredina Nery.
5º Momento: 2 horas
Começando a elaboração do projeto de música.
Proposta de Oficina
6º Momento: 20 min.
Avaliação
Prof. Sergio L. Cunha
AP de Arte
Diretoria de Educação do Município de Cajamar
5º Encontro de Formação
Ensino de Arte no Ensino Fundamental
18/05/2007
“Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido.”
João e Maria
Sivuca - Chico Buarque/1977
Público Alvo: Assessores Pedagógicos e Professores de Arte
Tempo de Duração: 04 horas
Objetivo: Discussão e reflexão sobre Modalidades Organizativas;
Continuação ao Projeto de Música.
1º Momento: 10 min.
Leitura Compartilhada: Zoom – Istvan Banyai – Ed. Brinque Book
2º Momento: 20 min.
Socialização de materiais / recursos educativos em arte
3º Momento: 20 min.
Em que momento da aula estou? O que fiz em cada série essa semana?
4º Momento: 40 min.
Modalidades Organizativas
Leitura, discussão e reflexão do material escrito por Alfredina Nery.
5º Momento: 2 horas
Começando a elaboração do projeto de música.
Proposta de Oficina
6º Momento: 30 min.
Avaliação
Prof. Sergio L. Cunha
AP de Arte
Diretoria de Educação do Município de Cajamar
6º Encontro de Formação
Ensino de Arte no Ensino Fundamental
20/06/2007
“É uma só voz
É voce somos nós
É uma só voz
É voce somos nós
Dessa vez não estamos sós”
Cazuza
Público Alvo: Assessores Pedagógicos e Professores de Arte
Tempo de Duração: 04 horas
Objetivo: Vivência e análise do projeto construído coletivamente para a área de música.
1º Momento: 10 min.
Leitura Compartilhada: Apreciação musical – História da música
2º Momento: 20 min.
Notícias do Projeto – Painel Geral: Avanços, dificuldades e encaminhamentos.
3º Momento: 30 min.
Análise de uma atividade de aluno
- Chaves de leitura
- Painel
4º Momento: 2h30min.
Oficina de música
5º Momento: 30
Finalização e avaliação
Prof. Sergio L. Cunha
AP de Arte
Diretoria de Educação do Município de Cajamar
7º Encontro de Formação
Ensino de Arte no Ensino Fundamental
03/08/2007
Prenda Minha
(Domínio Público)
Vou-me embora, vou-me embora,
prenda minha
Tenho muito que fazer
Tenho de ir para rodeio, prenda minha
No campo do bem-querer.
Noite escura, noite escura, prenda minha
toda noite me atentou
Quando foi de madrugada, prenda minha
Foi-se embora e me deixou.
Troncos secos deram frutos, prenda minha
Coração reverdeceu
Riu-se a própria natureza, prenda minha
No dia em que o amor nasceu.
Público Alvo: Professores de Arte
Tempo de Duração: 04 horas
Objetivo: Continuação - Vivência e análise do projeto construído coletivamente para a área
de música.
1º Momento: 10 min.
Leitura Compartilhada: Apreciação Vídeo: A orquestra
2º Momento: 20 min.
Notícias do Projeto – Painel Geral: Avanços, dificuldades e encaminhamentos.
3º Momento: 1H30 min.
Análise de atividades
- Chaves de leitura
- Painel
4º Momento: 1H30min.
Oficina de música
5º Momento: 30 min
Finalização e avaliação
Prof. Sergio L. Cunha
AP de Arte
Diretoria de Educação do Município de Cajamar
8º Encontro de Formação
Ensino de Arte no Ensino Fundamental
29/08/2007
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês
João e Maria – Chico Buarque e Sivuca
Público Alvo: Professores de Arte
Tempo de Duração: 04 horas
Objetivos:
x Audição Musical
x Reflexões sobre o papel da arte na escola
x Análise das atividades propostas para o projeto de música
x Iniciando a discussão sobre dança.
1º Momento: 10 min.
Leitura Compartilhada: audição musical
Construção/ Deus lhe pague – Chico Buarque interpretada por Luciana Rodrigues
2º Momento: 20 min.
Notícias do Projeto
3º Momento: 1H.
Leitura e análise de texto
Arte- Educação para quê?
Socialização
4º Momento: 30min.
Análise do Material
Projeto Música
5º Momento: 1H30 min
Pensando atividades para dança
Socialização
6º Momento:
Avaliação
Prof. Sergio L. Cunha
AP de Arte
Diretoria de Educação do Município de Cajamar
9º Encontro de Formação
Ensino de Arte no Ensino Fundamental
26/09/2007
“A dança, em minha opinião, tem como finalidade a expressão dos sentimentos mais
nobres e mais profundos da alma humana: aqueles que nascem dos deuses em nós,
Apolo, Pan, Baco, Afrodite. A dança deve implantar em nossas vidas uma harmonia que
cintila e pulsa. Ver a dança apenas como uma diversão agradável é frívola é degradála.”
Isadora Duncan
Público Alvo: Professores de Arte
Tempo de Duração: 04 horas
Objetivos:
x Reflexões sobre o papel do professor de Arte.
x Gestão de sala de aula. (metodologia de trabalho).
x Refletir sobre a possibilidade do trabalho com dança na escola.
1º Momento: 20 min.
Leitura Compartilhada: As Bailarinas e o pintor – Elias José
2º Momento: 40 min.
Notícias do Projeto
Roda de Conversa
3º Momento: 1H.
Leitura e análise de texto
O papel do professor de Arte
Gestão de Sala de aula
4º Momento: 10 min.
Projeto Dança
Vídeo: Dança Brasil
5º Momento: 30 min.
A Dança na escola
Texto: Lenira Rengel
6º Momento: 1H.
Pensando atividades para dança
Socialização
7º Momento: 20 min.
Avaliação
Prof. Sergio L. Cunha
AP de Arte
Diretoria de Educação do Município de Cajamar
10º Encontro de Formação
Ensino de Arte no Ensino Fundamental
31/10/2007
A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da
música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente
estabelecidos (coreografia), ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos casos, a
dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e
envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela. (Wikipédia)
Público Alvo: Professores de Arte
Tempo de Duração: 04 horas
Objetivos:
x Reflexões sobre gestão de sala de aula.
x Fechamento das atividades do ano letivo.
x Refletir sobre a possibilidade do trabalho com dança na escola.
1º Momento: 20 min.
Leitura Compartilhada: Imagens
2º Momento: 40 min.
Notícias do Projeto
Roda de Conversa
3º Momento: 1H.
Gestão de Sala de aula
Reflexões
4º Momento: 30 min.
A Dança na escola
Retomada do texto: Lenira Rengel
6º Momento: 1H.
Pensando atividades para dança
Socialização
7º Momento: 20 min.
Avaliação
Prof. Sergio L. Cunha
AP de Arte
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Sergio Luiz da Cunha2