II Encontro de Coordenadores Encontro da APAMAGIS suscita debate acerca das prerrogativas da Magistratura. Páginas 2 a 4 Tribuna da Magistratura Informativo da Associação Paulista de Magistrados Ano XVIII - Número 174 - Dezembro de 2008 Olhar o passado recente, mais precisamente para os últimos doze meses, mostra conquistas para o Judiciário, como na questão dos subsídios, histórica vitória para a Magistratura de São Paulo. Intuitivo que o futuro nos reserva importantes desafios. Afinal, os quase 20 milhões de processos em tramitação podem conduzir a uma situação insustentável. Temos, ainda, como elementos adicionais de dificuldades os seguidos cortes orçamentários, as ameaças às prerrogativas funcionais, os problemas estruturais e tantos obstáculos que precisam ser transpostos para o exercício pleno da Justiça. A certeza de que a Magistratura ficará ainda mais forte nos próximos anos decorre de conhecer a força e a coesão dos Juízes e das Juízas e dos Desembargadores e das Desembargadoras de São Paulo – que são o corpo e a alma da APAMAGIS. Basta ver e rever os feitos da Magistratura paulista, como as seguidas conquistas de uma das mais importantes premiações do mundo jurídico: o Prêmio Innovare, outra vez foi concedido a um associado da APAMAGIS, o colega João Gandini. No momento em que tantas dores assolam o mundo, o espírito de Natal é capaz de trazer paz e reflexão. Quando abrirmos as cortinas do Novo Ano, seja a esperança e a alegria a marca do nosso primeiro passo. Um feliz Natal e um excelente 2009! Henrique Nelson Calandra Presidente Paulo Dimas de Bellis Mascaretti 1º Vice-Presidente Roque Antonio Mesquita 2º Vice-Presidente Coordenadores CARTA DO II ENCONTRO DE COORDENADORES DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MAGISTRADOS – APAMAGIS – SP, 28 e 29 de novembro de 2008 Tribuna da Magistratura Publicação da Associação Paulista de Magistrados Ano XVIII - nº 174 R. Tabatingüera, 140 - sobreloja CEP: 01020-901 - São Paulo - SP Telefone: (11) 3292-2200 Fax: (11) 3292-2209 Tiragem: 3.200 exemplares APAMAGIS [email protected] Presidência [email protected] Secretaria [email protected] Imprensa [email protected] Convênios [email protected] Informática [email protected] Site www.apamagis.com.br DIRETORIA EXECUTIVA Presidente Henrique Nelson Calandra 1º Vice-Presidente Paulo Dimas de Bellis Mascaretti 2º Vice-Presidente Roque Antonio Mesquita de Oliveira Diretor Secretário Fernando Figueiredo Bartoletti Diretor Adjunto Secretário Ana Paula Sampaio de Q. Bandeira Lins Luis Antonio Vasconcellos Boselli Diretor Financeiro Irineu Jorge Fava Diretor Adjunto Financeiro Elcio Trujillo COMUNICAÇÕES E IMPRENSA Diretor de Comunicações e Diretor-Adjunto de Imprensa Ítalo Morelle Diretor de Imprensa e DiretorAdjunto de Comunicações José Elias Themer Jornalista Responsável Adriana Brunelli (MTB 33.183) Coordenação Geral Luciano Ayres Redação Karin Hetschko e Cristiane Sommer Edição, Revisão, Projeto Gráfico e Diagramação AyresPP Comunicação e Marketing Estratégico Tel: (19) 3232.6823 Fotos AyresPP CONSELHO EDITORIAL Aloísio de Toledo César Ana Paula Sampaio de Queiroz Bandeira Lins José Carlos Ferreira Alves Marcello do Amaral Perino Sebastião Luiz Amorim Silvio Marques Neto Colaboradores Todos os artigos assinados neste jornal são de responsabilidade exclusiva de seus autores. Os Coordenadores das Circunscrições Judiciárias do Interior, ADUGAR QUIRINO DO N. SOUZA JR. (26ª-Assis), ALEXANDRE ANDRETA DOS SANTOS (5ª- Jundiaí), ALEXANDRE GONZAGA B. DOS SANTOS (42ª-Jaboticabal), ANDRÉ LUIZ DE MACEDO (12ª-São Carlos), ANTÔNIO CARLOS FRANCISCO (17ª-Votuporanga), APARECIDO CÉSAR MACHADO (22ª-Itapetininga), AURÉLIO MIGUEL PENA (39ª-Batatais), CARLOS GUTEMBERG DE SANTIS CUNHA (46-São José dos Campos), EDUARDO HIPÓLITO HADDAD (56ª-Itanhaém), ERICA MARCELINA CRUZ (23ª-Botucatu), ERIKA SILVEIRA M. BRANDÃO (54ª-Amparo), ERNANI DESCO FILHO (31ª- Marília), EUGÊNIO AUGUSTO CLEMENTI JR. (53ª-Americana), EVANDRO PELARIN (18ª-Fernandópolis e representando 55ª-Jales), FABIO DE SOUZA PIMENTA (24ª-Avaré), FLÁVIA PIRES DE OLIVEIRA (11ªPirassununga), GABRIEL PIRES DE CAMPOS SORMANI (52ª-Itapecerica da Serra), GENILSON RODRIGUES CARREIRO (21ª-Registro), HELIA REGINA PICHOTANO (7ª-Moji Mirim), HENRIQUE DE CASTILHO JACINTO (37ª– Andradina), JAYME WALMER DE FREITAS (19ª-Sorocaba), JOÃO PEDRO BRESSANE DE PAULA (27ª-Presidente Prudente), JOSE CARLOS H. HOLGADO (25ª-Ourinhos), JOSÉ ROBERTO LOPES FERNANDES (15ª-Catanduva), JOSÉ RODRIGUES ARIMATEA (38ª-Franca), JOSÉ TADEU ZANONI (representando 4ªOsasco), JOSIAS MARTINS DE OLIVEIRA (35ªLins), LEONARDO CACCAVALI MACEDO (45ª-Moji das Cruzes), LEONETE MARIA DA SILVA (4ª-Osasco), LUIZ AUGUSTO BARRICHELLO NETO (10ª-Limeira), MARCOS DE JESUS GOMES (40ª-Ituverava), MOACIR BRAIDO DA SILVA (14ª-Barretos), NÉLIA APARECIDA TOLEDO AZEVEDO (11ª-Pirassununga), PAULO CÉSAR RIBEIRO MEIRELES (48ª-Guaratinguetá), PAULO MARCOS VIEIRA (16ªSão José do Rio Preto), RÉGIS DE CASTILHO BARBOSA FILHO (44ª-Guarulhos), ROBERTO CHIMINAZZO JÚNIOR (8ª-Campinas), RODRIGO VIEIRA MURAT (49ª-Itapeva), SERGIO ARAÚJO GOMES (6ª–Bragança Paulista), WALTER ARIETTE DOS SANTOS (9ª- Rio-Claro), representantes da Grande São Paulo, Doutores DURVAL AUGUSTO REZENDE FILHO (Coordenador do Fórum João Mendes), FÁTIMA CRISTINA RUPPERT MAZZO (2ª-São Bernardo do Campo), e dos Fóruns da Capital, AMABLE LOPEZ SOTO (Foro Regional de Itaquera), LUIZ AUGUSTO SAN JUAN FRANÇA (Seção de Direito Criminal) e RENATO DELBIANCO (Penha de França), em reunião realizada na sede social, em vinte e oito e vinte e nove de novembro do ano de dois mil e oito, com os integrantes da Diretoria Executiva da APAMAGIS, HENRIQUE NELSON CALANDRA (Presidente), PAULO DIMAS DE BELLIS MASCARETTI (1º Vice-Presidente), ROQUE ANTONIO MESQUITA DE OLIVEIRA (2º Vice-Presidente), FERNANDO FIGUEIREDO BARTOLETTI (Diretor-Secretário) e ANA PAULA S. DE Q. BANDEIRA LINS (Diretora-Adjunta Secretária), IRINEU JORGE FAVA (Diretor Financeiro); ANTÔNIO RAPHAEL SILVA SALVADOR (Diretor Cultural), do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal, os Doutores OSNI ASSIS PEREIRA e SEBASTIÃO LUIZ AMORIN e do Departamento de Interiorização, JOÃO AGNALDO DONIZETI GANDINI (Diretor), ANDREA RIBEIRO BORGES (Diretora-Adjunta), LUIZ FERNANDO CARDOSO DAL POZ (Diretor-Adjunto), MICHEL FERES (Diretor), ROSSANA TERESA CURIONI MERGULHÃO (Diretora-Adjunta), VICENTE BENEDITO BATTAGELLO (DiretorAdjunto), todos indicados na lista de comparecimento. Iniciados os trabalhos, por unanimidade, foi deliberado que se consignasse voto de con- 2 | Associação Paulista de Magistrados gratulação ao Desembargador Dirceu de Mello pela posse no cargo de Reitor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. reforço dos recursos humanos disponibilizados aos ofícios judiciais; ampliação do número de assistentes sociais e estagiários. Restou deliberado, outrossim, a consignação de nota de desagravo pelos injustos ataques experimentados pelos colegas Daniel Serpentino, da comarca de Araras e Leandro Bittencourt Cano, da comarca de Guarulhos. 8. Prosseguir com reivindicação para criação e efetiva nomeação de assistentes jurídicos para primeiro grau. Após, os integrantes do Encontro passaram a apresentar as propostas que, consensualmente aprovadas, deverão ser patrocinadas pela Associação Paulista de Magistrados: 1. Reivindicar imediata instalação de Colégios Recursais em cada circunscrição, com pagamento adequado a seus integrantes ou compensação, conforme preferência do Juiz. A disciplina referente à remuneração deverá ser revista para que seja conferida a mesma contrapartida pecuniária a todos os votos , sem distinção. Outrossim, não deverá haver distribuição de acervo da capital ou do interior, sugerindose, se necessário for, a realização de mutirão para superação dos julgamentos represados. 2. Sem prejuízo, a Diretoria de Assuntos Legislativos da APAMAGIS fará um estudo da proposta para criação de cargos nos Colégios Recursais, encaminhando-o ao Tribunal de Justiça para adoção das providências necessárias. 3. Prosseguimento das providências já adotadas para reivindicar justa remuneração e restituição de parcelas indevidamente retidas, atentando especialmente para: a) manutenção do pagamento de atrasados e dias de férias indenizados, sem cumulatividade ou solução de continuidade; b) preservação dos adicionais por tempo de serviço e sexta parte como vantagens passíveis de aquisição e pagamento sem limitação do teto; c) preservação do valor real do subsídio mediante reajustes periódicos que observem corretos percentuais de inflação; d) devolução do acréscimo de 5% nos moldes das Leis Complementares 943 e 954; e) instituição de auxílio saúde; f) criação de verba adicional para remuneração de Magistrado responsável pelo processamento e julgamento de ações previdenciárias. 4. Reivindicar a abertura de novos concursos para Juízes Substitutos e o preenchimento de todos os cargos vagos para Titular ou Auxiliar da capital e do interior. 5. Reiterar manifestação para que seja mantido o modelo atual de atribuições conferidas ao Juiz Auxiliar no interior, vinculando-o, outrossim, na comarca para a qual designado. 6. Alterar a denominação do cargo de Juiz Auxiliar fixo da comarca da capital para Juiz Titular de uma nova Vara a ser criada em decorrência de desmembramento da Vara que ele auxilia, preservando-se a divisão dos processos já existente e mantido o cartório único. 7. Pugnar pela nomeação de novos funcionários para preenchimento de todos cargos vagos por exoneração ou aposentadoria, observando-se regras homogêneas por ocasião de sua lotação; fixação de disciplina estabelecendo critérios para relotação de servidores; manutenção dos convênios com as Prefeituras para 9. Reclamar junto à Presidência do Tribunal de Justiça a obrigatoriedade de designação de Juiz Substituto ou Auxiliar quando do deferimento de férias do Titular da Vara ou remuneração por cumulação nos moldes adotados pelo Ministério Público. 10. Solicitar efetivo cumprimento do critério de alternância entre antigüidade e merecimento na abertura de varas para promoção. 11. Prosseguir com as gestões voltadas a alterar os limites para faltas compensadas estabelecidos pela Presidência do Tribunal de Justiça. 12. Solicitar, junto à Escola Paulista da Magistratura, a implantação de cursos de mestrado e doutorado; o incremento da vídeo-conferência e de cursos de especialização no interior e autorização para eleição direta do Diretor do Núcleo de Estudos pelos Magistrados da região a que vinculado. 13. Reivindicar a criação, para primeiro grau, de auxílio-sentença com previsão de designação automática, independente de requerimento, nos mesmos moldes do procedimento em vigor na Instância Superior. 14. Provocar o Tribunal de Justiça para realizar gestões junto ao Poder Público voltadas à solução dos problemas referentes ao efetivo tratamento de crianças, adolescentes e idosos que tenham problemas psiquiátricos e dependência química. 15. Pleitear, junto à Presidência do Tribunal de Justiça, o retorno ao anterior patamar de R$ 5.000,00 da verba referente à aquisição de livros, facultando-se sua utilização para custear despesas de participação em eventos jurídicos. 16. Encaminhar à Presidência do Tribunal de Justiça solicitações voltadas à construção, ampliação ou instalação de Fóruns da capital e interior e construção de presídios, bem como alertar para a necessidade de implementação de medidas de segurança mais efetivas, com especial destaque à necessidade de exclusão das dependências destinadas ao depósito de armas de fogo dos prédios de Fóruns e da realização de gestões junto à Nossa Caixa/Banco do Brasil para aumento do número de agentes de segurança. 17. Renovar pleito voltado à instituição, pelo Tribunal de Justiça, de quadro oficial de peritos; de alteração da tabela editada pela Defensoria Pública para orientar a remuneração destes profissionais e de incremento do quadro de peritos do IMESC. 18. Prosseguir com o acompanhamento da tramitação do Projeto de Lei de Prerrogativas dos Advogados e dos desdobramentos da tese de nulidade das decisões proferidas pelas Câmaras Extraordinárias. 19. Promover gestões para ampliação da representatividade dos Magistrados paulistas na AMB, dentre elas, a remessa da lista dos não associados para as Coordenadorias de modo a viabilizar ações incentivando seu ingresso. São Paulo, 29 de novembro de 2008. Integração | Coordenadores lutam pela defesa das prerrogativas da Magistratura Em São Paulo, II Encontro de Coordenadores da APAMAGIS reúne representantes de todo o Estado | Des. Sebastião Amorim Questões importantes e com grande repercussão para a Magistratura, como os critérios de reclassificação de entrâncias e a regionalização de Colégios Recursais, foram amplamente discutidas por Juízes e Desembargadores de todas as regiões do Estado de São Paulo durante o II Encontro de Coordenadores da APAMAGIS, ocorrido durante os dias 28 e 29 de novembro na capital paulista. A luta pela defesa das prerrogativas da Magistratura foi o principal ponto de discussão dos dois dias do Encontro. O Presidente da APAMAGIS, Des. Henrique Nelson Calandra, abriu o evento comentando o Programa Justiça Aberta do CNJ. “Esse Programa é uma metralhadora estatística, é uma ditadura que observa apenas os números e não a qualidade da produção da Magistratura”. Em seguida, o Presidente expressou sua indignação aos colegas perante a Proposta de Emenda Constitucional nº 34/2008 de autoria do Senador Álvaro Dias, que versa sobre a criação do cargo de Juiz Supervisor para apreciar recursos das decisões dos Magistrados nos Juizados Especiais. “O trabalho da Magistratura é imenso e deve ser prestigiado e não rebaixado com propostas absurdas”. Consciente do fato da união da Magistratura ser vital para a defesa de suas prerrogativas, a APAMAGIS e seus | Genilson Rodrigues Carreiro | João Gandini | Des. Calandra discursa ladeado pelos Vices da APAMAGIS Paulo Dimas e Roque Mesquita e pelo Diretor-Secretário Fernando Bartoletti | Michel Feres | Sergio Araújo Gomes Associados lutam de forma incessante por projetos que possam tornar mais eficiente a prestação jurisdicional, objetivo bem delineado no discurso do 1º Vice-Presidente, Des. Paulo Dimas: “Temos atuado efetivamente no Congresso Nacional, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e, principalmente, no Tribunal de Justiça de São Paulo”. Na ocasião, o 1º VicePresidente ainda citou três projetos importantes da Magistratura Paulista - o plano de cargos, carreiras e salários de servidores; o projeto de autonomia financeira do Judiciário e o Projeto de criação do cargo de assistente jurídico para os Juízes de primeiro grau. Magistratura Paulista vence batalha do gozo da licença-prêmio | Magistrados de diversas regiões apresentaram sugestões que foram incorporadas à Carta dos Coordenadores Regionais | Trovadores Urbanos trouxeram nostalgia aos presentes Um dia antes do início dos trabalhos do II Encontro de Coordenadores da APAMAGIS, o Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Des. Roberto Antonio Vallim Bellocchi, assinou uma importante resolução: a de nº 473/2008, que regulamenta a fruição da licença-prêmio para os Magistrados do Estado de São Paulo. “Depois de várias representações da APAMAGIS solicitando a conversão em pecúnia da licença-prêmio, enfim, o TJ/SP decidiu implantar tal direito aos Magistrados paulistas”, informou, na ocasião, o Des. Paulo Dimas. | Paulo Marcos Vieira Associação Paulista de Magistrados | 3 Coordenadores Debates Após a abertura dos trabalhos pelos membros da Diretoria Executiva da APAMAGIS, os Coordenadores Regionais pontuaram alguns temas a serem discutidos, analisados e debatidos durante o II Encontro, tais como: cursos de especialização no interior do Estado; critérios de elevação das entrâncias; cumulação de varas; representatividade da Magistratura Paulista na AMB e custeio os gastos dos Magistrados em Congressos e Cursos. | Presidente da APAMAGIS e Magistrados discutiram formas de aperfeiçoar o Judiciário | André Luiz de Macedo Segundo dia O segundo dia de debates do II Encontro dos Coordenadores começou com alguns pronunciamentos do Presidente da APAMAGIS, Des. Henrique Nelson Calandra. Na oportunidade, ele contou aos Coordenadores presentes algumas nuances da abertura do Seminário da Semana de Conciliação, que ocorrera no dia anterior, 28 de novembro, no edifício sede da Fiesp, na Avenida Paulista. | Magistrados ouviram atentamente as explanações da Diretoria da APAMAGIS | Ana Paula Sampaio de Queiroz Bandeira Lins | Clima de descontração no jantar na Choperia A Estalagem | Espaço para debate fortalece a união “Alguns dos pontos que abordamos ontem, durante o Seminário da Semana de Conciliação, foram o papel do Juiz de Paz e a Proposta de Emenda Constitucional do Senador Álvaro Dias, que cria a figura do Juiz Supervisor, proposta esta que também comentamos, na tarde de ontem, durante os debates deste Encontro. Colocar nossas posições sobre tais temas na casa da Fiesp foi bom porque, agora, somamos a força da Fiesp e Ciesp, que têm a mesma opinião nossa com relação aos temas”. Início dos debates Por volta das 10h30, os Coorde- | Andrea Ribeiro Borges 4 | Associação Paulista de Magistrados nadores reunidos em grupo regionais - Araçatuba, Presidente Prudente, Bauru, Itu, Santos, Capital e Grande São Paulo, Taubaté, Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto – discutiram os temas apresentados no dia anterior. Após os debates em grupo de cir- “Depois de várias representações da APAMAGIS solicitando a conversão em pecúnia da licença prêmio, enfim, o TJ/SP decidiu implantar tal direito aos Magistrados paulistas” Des. Paulo Dimas cunscrição, os Coordenadores discutiram com a Diretoria Executiva acerca dos temas mais relevantes destacados, buscando as melhores alternativas, via APAMAGIS, para resolução dos problemas detectados durante as reuniões dos grupos. Em seguida, foi votada e redigida a carta do II Encontro dos Coordenadores da APAMAGIS, que mostra claramente a intenção de unificar a Magistratura em torno da defesa de suas prerrogativas. | Osni Pereira Magistrados apreciam noite com trovadores urbanos Após os debates do primeiro dia do II Encontro dos Coordenadores da APAMAGIS, os Magistrados apreciaram um happy hour típico paulistano, com chopes e petiscos no bar alemão A Estalagem, situado no bairro de Moema. Ainda durante o jantar e sem que os Magistrados notassem, cinco trovadores urbanos, caracterizados com roupas e acessórios do início do século XX se aproximaram de uma específica mesa. Espanto geral. Os músicos prosseguiram, cantando músicas de MPB de todas as épocas. Não eram viajantes do tempo e sim artistas contratados para fazer uma homenagem especial à Juíza Rossana Teresa Curioni Mergulhão, que comemorava seu aniversário. Visivelmente emocionada, a Magistrada de Bauru agradeceu aos colegas pela surpresa. Institucional Judiciário | CNJ lança Semana de Conciliação O evento, que aconteceu em São Paulo e em mais cinco capitais, ajudou a diminuir a pauta do Judiciário A frase: “Conciliar antes que as con- tendas se transformem em processos e, com isso, imprimir celeridade à Justiça”, unia as autoridades do Judiciário, Executivo e Legislativo que estiveram reunidas na tarde do lançamento da Semana da Conciliação promovida pelo Conselho Nacional da Justiça, no estádio do Pacaembu, no dia 1º de dezembro na capital paulista. Ao abrir oficialmente a Semana Nacional da Conciliação, o Presidente do CNJ, Min. Gilmar Mendes, disse que “estamos vivendo um dia histórico por esse esforço concentrado dos tribunais. É um ato que visa dar legitimidade à cidadania, um ato simbólico. Mostra que é possível encontrar meios e modos sem ter que ir à Justiça”. Outras vozes do Judiciário, do Legislativo e do Executivo concordaram com o Ministro. “Hoje comemoramos o resgate da cidadania, da dignidade das pessoas, do reencontro delas com a paz interna, social, econômica e política, na medida em que nós Juízes daremos resposta definitiva aos pleitos que há tanto tempo aguardam solução”, declarou a Presidente do TRF da 3ª Região, Desa. Marli Ferreira. O Deputado Arnaldo Faria de Sá destacou que a junção dos tribunais permitirá a solução de casos que há muito tempo aguardavam uma solução. “Tenho certeza de que faremos aqui o jogo da democracia”. Ao final da cerimônia e com o objetivo de conjugar esforços entre o CNJ e o Ministério da Justiça para a realização de Cursos de Aperfeiçoamento em Técnicas | Des. Calandra e Min. Gilmar Mendes | Presidente Vallim Bellocchi, Ministro Gilmar Mendes e autoridades em cerimônia | Prefeito Kassab discursa ressaltando a importância da Semana da Conciliação “As conciliações em mutirões são cada vez mais aceitas e comuns no Brasil como forma de resolver de maneira mais rápida e barata os processos judiciais” Ministro Gilmar Mendes | Des. Marli Ferreira de Mediação e Composição de Conflitos e de Direitos Humanos, foi firmado o termo de cooperação técnica através das assinaturas do Ministro Gilmar Mendes e do Secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Rogério Favreto. A cerimônia teve ainda a participação do Presidente da APAMAGIS, Des. Henrique Nelson Calandra; do Presidente do TJSP, Des. Roberto Antonio Vallim Bellocchi; dos Conselheiros do CNJ Andréa Pachá e Mairan Maia; do Presidente do TRT-2 Região, Des. Decio Daidone; do Prefeito de São Paulo Gilberto Kassab; do Presidente da AMB, Juiz Mozart Valadares; do Presidente da Fiesp, Paulo Skaf; dos Deputados Federais Celso Russomanno e Walter Feldman e do Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Luis Antonio Guimarães Marrey. O lançamento integrou a inauguração simultânea do movimento em cinco capitais para iniciar a Semana promovida pelo CNJ que incentiva a produção de acordos em todo o país. Balanço da Semana da Conciliação | Des. Heraldo de Oliveira Silva e Juíza Valéria Lagrasta | Milhares de pessoas foram beneficiadas “As conciliações em mutirões são cada vez mais aceitas e comuns no Brasil como forma de resolver de maneira mais rápida e barata os processos judiciais”, essa foi a análise do Presidente do CNJ e do STF, Min. Gilmar Mendes ao verificar os números que a Semana da Conciliação do Conselho Nacional da Justiça galgou. De acordo com levantamento parcial do CNJ, em cinco dias foram feitas 260 mil audiências e 109 mil acordos, que representaram 42% dos casos analisados. Só em São Paulo, segundo levantamento do TJSP, foram atendidas na Semana Nacional de Conciliação 41.797 pessoas, com 21.562 audiências realizadas e 9.001 acordos obtidos, o que representa um percentual de 41,74%. O valor total dos acordos efetivados durante o período atingiu R$ 43,6 milhões. Do total de pessoas atendidas, 37.670 referem-se à primeira instância (em que foram realizadas 19.534 audiências e obtidos 7.642 acordos) e 302 pessoas receberam atendimento após entrarem com recursos na segunda instância (com a realização de 298 audiências e 66 acordos). No Estádio Municipal do Pacaembu, estiveram concentradas as ações de conciliação que se encontram na fase pré-processual (aquelas que ainda não se tornaram processo). Lá foram atendias 3.825 pessoas e realizadas 1.730 audiências, com 1293 acordos, o que representa um índice de 74,74%. Dados de outros anos Em 2006, 46.493 processos foram resolvidos em 83,9 mil audiências. No ano passado, a Semana Nacional da Conciliação atendeu 330 mil pessoas e realizou 174,8 mil audiências e obteve índice de 42,42% de acordos. Seminário FIESP e APAMAGIS O prédio da Fiesp, localizado no coração financeiro da cidade de São Paulo, Av. Paulista, foi palco de painéis e palestras ministradas por autoridades sobre o tema Conciliação e seus desdobramentos na comunidade jurídica e na sociedade. Na oportunidade, palestraram sobre o assunto a Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Processual, Professora Ada Pellegrini Grinover; Presidente do STF e do CNJ, Min.Gilmar Mendes; Desembargadores Márcio Martins Bonilha e Kazuo Watanabe, do TJSP, ExMinistro do STF, Sydney Sanches – sendo os três últimos membros da Câmara de Mediação e Conciliação da FIESP (Camfiesp) -, entre outros. Na ocasião, houve ainda a assinatura de acordos de cooperação técnica entre o CNJ, a Fiesp, o Serviço Social da Indústria (SESI) e diversos tribunais. Associação Paulista de Magistrados | 5 Carreira Homenagem | Colar de Mérito Judiciário Honraria distingue personalidades do mundo jurídico O Presidente do TJ/SP, Desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, encerrou a cerimônia afirmando que a solenidade havia se convertido numa Academia Brasileira de Letras, já que alguns dos discursos proferidos foram “verdadeiras obras poéticas” | Solenidade reuniu várias autoridades O Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu no dia 17 de novembro a solenidade de entrega do “Colar do Mérito Judiciário” aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie Northfleet e Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e ao Advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira. O Desembargador Justino Magno Araújo abriu a solenidade, falando em nome do Tribunal de Justiça. Ele lembrou um pouco da história do Colar e de como é feita a escolha dos agraciados, que acontece após uma reunião dos quatro Desembargadores mais antigos do TJ/SP. Na seqüência, o Desembargador citou alguns predicados dos três agraciados. Após discurso do Des. Justino Magno Araújo, o poeta Paulo Bomfim, Chefe do Cerimonial do TJ/SP, agradeceu ao Presidente Vallim Bellocchi pela lembrança de seu nome para declamar algumas palavras sobres os homenageados. Durante seu discurso-poema, o Poeta recordou ainda o início da idéia da criação do Colar, quando dirigia o Conselho Estadual de Honrarias e Mérito, em 1973. A solenidade teve seqüência com as palavras do Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, Luiz Flávio Borges D’Urso, elogiando a conduta do Presidente Vallim Bellocchi junto aos Advogados paulistas e cumprimentando-o pela escolha dos homenageados. Na oportunidade, o Presidente da OAB de São Paulo também lembrou a importância da autonomia do Judiciário, “a fim de assistirmos à Justiça que tanto sonhamos”. O Advogado Antonio Cláudio Mariz | Min. Ayres Britto de Oliveira foi o primeiro homenageado a ter a palavra. Ele ressaltou a importância de ser homenageado por Magistrados, especialmente ao lado dos Ministros Ellen Gracie e Carlos Ayres Britto. Falando em seu nome e da Ministra Ellen Gracie, o Ministro Carlos Ayres de Freitas Britto cumprimentou as autoridades presentes, especialmente o Presidente do TJ/SP, Desembargador Roberto Vallim Bellocchi e o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Desembargador Marco César Müller Valente, pelo trabalho conjunto nas últimas eleições municipais e valiosíssima colaboração do TRE-SP. O Presidente do TJ/SP, Desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, encerrou a cerimônia afirmando que a solenidade havia se convertido numa Academia Brasileira de Letras, já que alguns dos discursos proferidos foram | Min. Ellen Gracie “verdadeiras obras poéticas”. Também estiveram presentes, dentre outras autoridades, o VicePresidente do TJ/SP, Des. Munhoz Soares; o 1º Vice-Presidente da APAMAGIS, Des. Paulo Dimas de Bellis Mascaretti; o Corregedor-Geral da Justiça, Des. Ruy Pereira Camilo; o Presidente da Seção de Direito Público do Tribunal; Des. Antonio Carlos Viana Santos; o Presidente da Seção de Direito Privado, Desembargador Luiz Antonio Rodrigues da Silva; o Presidente da Seção Criminal, Des. Eduardo Pereira Santos; o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Des Marco César Müller Valente; o Secretário de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Guimarães Marrey; o Deputado Estadual, Fernando Capez; o Ministro Jorge Scartezzini; a Deputada Federal Luiza Erundina; o Procurador Geral de Justiça de São Paulo, Fernando Grella Vieira; o Procurador Geral do Estado de São Paulo, Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo; a Presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Des. Marli Marques Ferreira; o Presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, Coronel PM Fernando Pereira; o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coronel PM Roberto Antonio Diniz. | Mariz de Oliveira | Paulo Bomfim Justiça em pauta F rente a Frente com a Justiça discute os principais temas de interesse da Magistratura Brasileira. Nesta seção, você acompanha as sinopses dos melhores programas apresentados recentemente. TV Justiça: Sábado, 13h00. 6 | Associação Paulista de Magistrados Interiorização Paulo Roberto da Silva, Roberto Martins de Barros e Sérgio Teixeira Alves O Juiz e Diretor Adjunto de Interiorização da APAMAGIS, o Delegado Seccional, o Coronel da PM e Comandante do Vale do Paraíba e Litoral Norte discorreram sobre as ações integradas entre o Judiciário, a Polícia e o Ministério Público. Homoafetividade e Justiça Mudanças no Código Penal Tribunal Penal Internacional Cláudia Thomé Toni Alberto Silva Franco Sylvia Steyner A Juíza, que recentemente lançou o livro “O Manual de Direitos dos Homossexuais: Legislação e Jurisprudência”, falou sobre o tema de sua obra, a homoafetividade e sua repercussão para o Direito. O Desembargador e Presidente do IBCCRIM Instituto Brasileiro de Ciências Criminais - comentou as reformas na legislação penal e seus reflexos na sociedade. A Juíza do Tribunal Penal Internacional falou sobre direito penal aplicado em âmbito internacional, em especial os crimes praticados contra a Humanidade. TJ/SP | Tribunal empossa dois Desembargadores Cerimônia no Palácio da Justiça reuniu diversas autoridades Antonio Dimas Cruz Carneiro e José Jacob Valente tomaram posse como Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo no dia 27 de novembro. O Presidente do TJSP, Des. Roberto Antonio Vallim Bellocchi, abriu a solenidade: “É um orgulho para o Tribunal de Justiça receber esses dois ilustres Membros do Poder Judiciário”. Na seqüência, o Presidente convidou os Magistrados a prestarem o compromisso de posse. O Des. Cyro Facchini Ribeiro de Souza discursou sobre a trajetória dos Magistrados empossados em nome do Tribunal de Justiça. Após ler um breve currículo dos empossados e lembrá-los do excesso de trabalho existente na Segunda Instância, Cyro Facchini terminou seu breve discurso desejando que eles tenham um grande desempenho em suas novas atribuições. A primeira atribuição dos empossados Desembargadores foi proferir um discurso na ocasião. O Des. Antonio Dimas Cruz Carneiro foi o primeiro Magistrado a discursar. Na oportunidade, fez uma retrospectiva de sua vida profissional, que foi iniciada aos 14 anos. Lembrou-se ainda da primeira vez que esteve no fórum e começou a gostar do Direito, mais especificamente da Magistratura, após ter mantido contato com alguns rio-Adjunto da Justiça e da Defesa da Cidadania de SP; Des. Pedro Gagliardi, Vice-Diretor da Escola Paulista da Magistratura; Dra. Márcia Regina Machado Milaré, Vice-Presidente da OAB-SP e o Procurador de Justiça Herberto Magalhães da Silveira Júnior, 2º VicePresidente da APMP. Perfil dos Magistrados | Des. Paulo Dimas ao lado dos Desembargadores José Jacob Valente (esq.) e Antonio Dimas Cruz Carneiro “É um orgulho para Tribunal de Justiça receber esses dois ilustres Membros do Poder Judiciário” Juízes que o incentivaram a seguir a carreira. Finalizou o discurso, falando sobre a sua alegria em rever na solenidade alguns amigos de infância que não via há muito tempo. Em seguida, foi a vez de o Desembargador José Jacob Valente proferir seu discurso de posse. Visivelmente emocionado, o Desembargador disse saber que não irá decidir nada sozinho, mas que as divergências que certamente irão surgir serão positivas no sentido de se obter um resultado mais justo. Jacob Valente afirmou, encerrando sua fala, que para isso conta com o apoio de todos, em especial da família e dos amigos. Prestigiaram a cerimônia de posse o Des. Paulo Dimas, 1º Vice-Presidente da APAMAGIS; Des. Munhoz Soares, Vice-Presidente do TJSP; Des. Sebastião Luiz Amorim, Vice-Presidente da AMB; Izaias José de Santana, Secretá- Antonio Dimas Cruz Carneiro Natural de Salto, Estado de São Paulo, Antonio Dimas Cruz Carneiro iniciou sua carreira na Magistratura no ano de 1983. Começou a trabalhar na 11ª Circunscrição Judiciária, com sede em Pirassununga tendo passado por diversas comarcas, como Viradouro, Capão Bonito e Poá, até ser promovido a Juiz de Direito de Entrância Especial em 1994, assumindo a 2ª Vara Cível do Foro Regional de Pinheiros. José Jacob Valente Nascido na capital paulista, José Jacob Valente começou sua carreira na Magistratura como Juiz substituto nomeado para a 44ª Circunscrição Judiciária, com sede em Guarulhos, no ano de 1985. Passou, entre outras, pelas comarcas de Bilac, São Sebastião e Santo André, até chegar a Juiz de Direito de Entrância Especial, promovido para a 17ª Vara Criminal Central de São Paulo, em 1995. CNJ | Encontro Regional do Judiciário O evento congregou dirigentes das Justiças Estadual, Federal, Eleitoral, Militar e do Trabalho O Encontro Regional do Judiciário de São Paulo, realizado no dia seis de novembro na capital, reuniu lideranças do Judiciário que debateram formas de modernizar a Justiça. A reunião, realizada na sede do TJ/SP, faz parte do movimento desencadeado pelo CNJ para promover a integração do Judiciário, iniciado em Brasília em agosto. Depois de um dia inteiro de trocas de experiências entre os Tribunais, os dirigentes das Justiças Estadual, Federal, Eleitoral e do Trabalho, elaboraram uma carta com propostas e reivindicações visando melhorias na prestação jurisdicional. O documento será incorporado na consolidação de todas as sugestões dos Tribunais, colhidas nos encontros promovidos pelo CNJ em todo o país, e as informações serão divulgadas no Encontro Nacional de Brasília, marcado para o dia 16 de fevereiro de 2009. Participaram do Encontro de São | Des. Calandra participa de Encontro do CNJ realizado no TJ/SP Paulo o Vice-Presidente representando o Presidente do TJ-SP, Antonio Carlos Munhoz Soares; o Presidente do TRT da 2ª Região, Decio Sebastião Daidone; a Presidente do TRF da 3ª Região, Marli Marques Ferreira; o CorregedorGeral da Justiça do TJ/SP, Ruy Pereira Camilo; o representante do Presidente do TRE-SP, José Joaquim dos Santos; o Presidente do TJM-SP, Fernando Pereira; o Presidente da APAMAGIS, Henrique Nelson Calandra; o Juiz Auditor da 2ª Auditoria da 2ª CJM, Frederico Magno de Melo Veras; a Presidente da AMATRA-SP, Sonia Maria Lacerda; a Presidente da AMATRA da 15ª Região, Ana Paula Pellegrina Lockmann; o Presidente da AJUFESP, Ricardo de Castro Nascimento; o Vice-Presidente da AJUFE, Nino Oli- veira Toldo; o Coordenador do GADE da Conde Sarzedas do TJ/SP, Renato Sandreschi Sartorelli; o Juiz Assessor da Presidência do TJ/SP para assuntos de TI, Claudio Augusto Pedrassi; a Juíza Assessora da Presidência do TJ/SP, Ana Amazonas Barroso Carrieri; a Juíza Auxiliar da Presidência do TRF 3º Região, Leila Paiva Morrison; o Juiz Auxiliar da Presidência do TRF 3º Região, Paulo Sérgio Domingues; o Juiz Auxiliar da Corregedoria-Geral do TJ/SP, José Antonio de Paula Santos Neto; o Juiz Corregedor Permanente da Justiça Militar de SP, Luiz Alberto Mouro Cavalcante; o Juiz Auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça do CNJ, Ricardo Cunha Chimenti; a Juíza Auxiliar da Presidência do CNJ, Gabriela Carina Knaul de Albuquerque e Silva; e os Conselheiros do CNJ, Andréa Maciel Pachá, Rui Stoco, Mairan Maia Júnior, Felipe Locke Cavalcanti e Marcelo Nobre. Associação Paulista de Magistrados | 7 Interiorização Guarujá | Encontro Regional do Litoral Sul reúne associados O evento foi marcado por debates acerca da Associação e da Magistratura U ma das mais belas praias do Brasil, um Hotel excepcional, tempo firme e ensolarado e muita participação no que diz respeito a buscas de alternativas para a integração entre os Magistrados de diversas regiões do Estado de São Paulo. Esses foram os componentes do Encontro Regional do Litoral Sul, realizado no Guarujá, entre os dias sete e nove de novembro. O Encontro do Guarujá marcou o encerramento do ciclo de eventos regionais da APAMAGIS no ano de 2008. Os Magistrados tiveram intensa atividade institucional, com diversas reuniões, debates e troca de informações sobre os aspectos regionais da aplicação da Justiça. Os Magistrados e familiares foram recebidos pela equipe da APAMAGIS, acomodados em seus aposentos e, na primeira noite, convidados a desfrutar de um jantar especial, no charmoso restaurante Tahiti, localizado defronte à Praia de Pitangueiras. Debates do Encontro Regional do Litoral Sul Na verdade, os debates sobre a Justiça se iniciaram já no restaurante Tahiti, com os tradicionais bate-papos informais e que foram intensificados na reunião de trabalho realizada na manhã do sábado dia oito de novembro. Na oportunidade, o Presidente Calandra abriu a reunião descrevendo a atuação da APAMAGIS Congresso Nacional. “Estivemos - Presidentes das Associações Regionais e o Presidente da AMB - reunidos em Brasília (DF) com o Ministro Gilmar Mendes, Presidente do STF, para tratar a questão dos subsídios para a Magistratura”, informou. O Desembargador Henrique Calandra lembrou que na mesma data, ou seja, no dia quatro de novembro, a comitiva de Magistrados em Brasília, com apoio de alguns Legisladores, conseguiu inserir na pauta um pedido de urgência para a tramitação do Projeto de Lei de reajuste dos subsídios dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, que, se aprovado, terá reflexos em toda a Carreira . Após o discurso do Presidente, o Desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, 1º Vice-Presidente da APAMAGIS, relatou aos colegas alguns trabalhos realizados no campo associativo. 8 | Associação Paulista de Magistrados | Diretoria expõe atuação da APAMAGIS e fomenta o debate institucional Compuseram a mesa do Encontro do Guarujá três ex-Presidentes da APAMAGIS, os Desembargadores Viana Santos, Sergio Rezende e Sebastião Amorim Um projeto acentuado pelo Desembargador foi a interiorização. De acordo com o 1º Vice-Presidente, as visitas e os encontros que a Entidade está realizando em comarcas do interior e litoral de São Paulo estão ajudando a conhecer os problemas locais experimentados pelos Magistrados para o desenvolvimento da atividade jurisdicional. A análise auxilia nas soluções das questões apontadas. Se de um lado a interiorização traz conhecimento por parte da Diretoria, de outro surge importante liame com os Magistrados do interior, que descobrem algumas atividades empreendidas pela APAMAGIS e que sequer supunham existir. Processos no Segundo Grau Como vencer o imenso acervo de processos em tramitação em Segunda Instância? A questão, aventada durante o Encontro, foi debatida com todos os Magistrados: Juízes e Desembargadores. O Des. Paulo Dimas lembrou que há estudos sugerindo a criação de mais 130 Desembargadores no quadro do TJ/SP. Intervenção importante foi a do Presidente da Seção de Direito Público do TJ/SP e ex-Presidente da APAMAGIS, Des. Antonio Carlos Viana Santos. Na oportunidade, o Desembargador garantiu que o atual projeto prevê a inserção de 130 Desembargadores e acrescentou que no relatório encaminhado ao Tribunal de Justiça São Paulo ainda está sendo estudada a formação de novas câmaras. Outro ex-Presidente da APAMAGIS, o Desembargador Sérgio Rezende, lembrou da importância da coesão da Magistratura - tanto em primeiro quanto em segundo grau - para enfrentar os obstáculos e as ameaças às prerrogativas funcionais. Os desafios em Primeiro Grau Relembrando algumas lutas históricas da APAMAGIS, o 2º Vice-Presidente, Des. Roque Mesquita, disse que a Associação não abandonou algumas bandeiras antigas levantadas pelos Juízes de primeiro grau: “Nós já estamos há tempos na vida associativa da APAMAGIS. Na época em que atuávamos no primeiro grau, não fomos eleitos. Agora, que ascendemos na carreira e estamos à frente da Associação, não vamos esquecer as reivindicações do primeiro grau só porque atuamos no segundo grau”. Tema intrinsecamente ligado à luta do Primeiro Grau foi amplamente abordado na reunião: os critérios de elevação de entrâncias. Sobre o caso, o Desembargador Carlos Teixeira Leite Filho, Presidente do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal da APAMAGIS, apresentou algumas nuances captadas pela comissão que estuda o tema e da qual o Desembargador é integrante. mais força representativa na AMB A reunião do Encontro Regional do Litoral Sul no Guarujá foi encerrada com um pedido especial do VicePresidente de Interiorização da AMB e Conselheiro da APAMAGIS, Des. Sebastião Luiz Amorim. “Precisamos ter mais força na Associação Brasileira dos Magistrados. Na APAMAGIS temos 3.000 associados, ao passo que os Magistrados que integram a AMB são apenas 600, isso diminui o nosso poder de reivindicação junto à entidade”, pontuou. Após as palavras do Vice-Presidente da AMB e de algumas considerações de Magistrados presentes a reunião, os Magistrados Fernando Bartoletti e Valdir Ricardo L. P. Marinho, responsáveis pela organização do evento, finalizaram a reunião e convidaram os Magistrados para um almoço especial, a tradicional feijoada servida pelo Hotel Casa Grande. Mesa da APAMAGIS A mesa da reunião do Encontro Regional do Litoral Sul no Guarujá foi composta pelo Presidente da APAMAGIS, Des. Nelson Calandra, pelo 1° Vice-Presidente, Des. Paulo | Magistrados de várias regiões participaram do Encontro Dimas, pelo 2º Vice-Presidente, Des. Roque Mesquita, pelo Diretor-Secretário, Juiz Fernando Bartoletti, pelo os Ex-Presidentes da APAMAGIS, Des. Sebastião Luiz Amorim, Des. Antonio Carlos Viana Santos, Des. Sérgio Rezende, pelos Conselheiros da APAMAGIS, Des. Carlos Teixeira Leite Filho e Zélia Maria Antunes Alves; e pelos Juízes, João Agnaldo Donizeti Gandini, Diretor de Interiorização da APAMAGIS e Valdir Ricardo L. P. Marinho, Diretor-Adjunto do Departamento de Assuntos Legislativos. | Houve tempo para congraçamento e confraternização entre os presentes com a Prefeita e Vice eleitas do Guarujá Jantar dançante e Show de Mágicos O segundo dia do Encontro Regional do Litoral Sul no Guarujá foi encerrado com um jantar dançante e um show surpresa no restaurante do Iate Clube de Santos. Muitos Magistrados saíram do Casa Grande Hotel rumo ao Iate Clube com expectativas e curiosidade sobre o tão comentado show surpresa. Depois que todos estavam bem acomodados no recinto, os Magistrados, enfim, descobriram a surpresa. Quatro mágicos foram contratados para animar os participantes do encontro. Entre uma mágica e outra, muitos Magistrados foram voluntários do quarteto. Depois da diversão, os Magistrados degustaram pratos servidos pelo restaurante do Iate Clube do Guarujá e depois partiram para o salão de dança para uma agradável noite. Próximo Encontro Muitos Magistrados e familiares deixaram o Guarujá, na tarde do dia | Magistrados aproveitaram a oportunidade para reforçar laços de amizade nove de novembro. Entre os presentes, uma certeza: o evento superou as expectativas. “Deu tudo certo, o clima estava perfeito, a organização estava ótima e as atrações e os jantares também”, disse Haydee Aparecida Mariz De Oliveira, Coordenadora do Departamento de Pensionistas da APAMAGIS. A Diretoria da APAMAGIS já planeja calendário de encontros regionais do próximo ano, que se iniciará com o Encontro Regional em Campinas, entre os dias 13 e 15 de fevereiro. Novidade APAMAGIS inaugura Diretoria de Golfe no Encontro Para completar o evento que foi incrível, segundo relatos de alguns Magistrados, a APAMAGIS aproveitou a oportunidade para inaugurar a mais recente Diretoria da Associação, a Diretoria de Golfe, que está sob o comando do exímio jogador desta modalidade esportiva, Desembargador Itamar Gaino. A cerimônia de inauguração da Diretoria, nada convencional, porém focada em seus intuitos, foi realizada no Guarujá Golf Clube. Na oportunidade, o Diretor Itamar Gaino, ao lado do DiretorPresidente do Guarujá Golf Clube, Miguel Ricardo Gatti Calmon Nogueira da Gama, explicou aos colegas algumas propostas da nova Diretoria. |Des. Itamar Gaino mostra peculiaridades do esporte | Diretoria apóia práticas saudáveis e introduz nova modalidade esportiva para os associados: o Golfe Em breve entrevista sobre o tema, Itamar Gaino informou algumas ações da Diretoria que já foram tomadas para inserir o Associado da APAMAGIS no esporte. “Assim que eu recebi a incumbência de ser Diretor, fiz um convênio em nome da Associação na Federação Paulista de Golfe”, afirmou. De acordo com os termos do convênio, é possível ao Associado interessado fazer duas aulas experimentais de graça no campo da Federação, que fica situado próximo ao Aeroporto de Congonhas. Àqueles que precisarem de mais algumas aulas, o Des. Itamar Gaino já se adiantou e firmou um excelente convê- nio com preço convidativo. Para essas aulas iniciais, o equipamento será fornecido pela Federação Paulista de Golfe. O Desembargador garantiu que nas demais aulas fora do pacote especial da APAMAGIS, os esportistas também poderão gozar do equipamento da Federação. Outra importante dica que o Diretor registrou para seus futuros pupilos na arte deste esporte foi que, se o esportista quiser, de fato, comprar um equipamento de golfe, ele deve procurar por um que seja usado, pois eles são mais baratos e também são de excelente qualidade. Assim, como para cortar custos no dia-a-dia do esporte, ele indica que os esportistas se filiem a algum Clube de Golfe. Em caso de dúvida, o Magistrado associado pode entrar em contato pelo telefone (11) 5539-2877. “Eu terei um grande prazer em ajudar, porque fui ajudado por um colega que me iniciou no esporte”, afirmou. O Desembargador encerrou a entrevista deixando um recado: “Eu acharia muito interessante que os colegas fossem às aulas experimentais. Afinal, esse esporte parece ser muito distante, entretanto, ele reserva algumas boas surpresas.” Associação Paulista de Magistrados | 9 Interiorização Encontro | Capital e Interior unidos A associação fortalece a Magistratura Bandeirante com visitas a São José dos Campos, Bauru e Avaré D esde o início da atual gestão, a APAMAGIS busca se aproximar de todas as comarcas do Estado de São Paulo. A proposta é promover o engajamento dos Magistrados e com isso fomentar o debate institucional, importante mecanismo de aperfeiçoamento do Judiciário paulista. Diante desse quadro, a APAMAGIS prossegue com o planejamento traçado pela atual Diretoria de percorrer todas as regiões de São Paulo. Entre o final de outubro e início de novembro, membros da Diretoria Executiva estiveram em três importantes circunscrições (São José dos Campos, Bauru e Avaré) para colher elementos para o fortalecimento da Magistratura. Confira matéria com os principais pontos dessas visitas. São José dos Campos A Diretoria da APAMAGIS, no dia 23 de outubro, esteve em São José dos Campos para se encontrar com os Magistrados da região. A reunião foi realizada no Fórum Estadual Des. Joaquim Cândido de Azevedo Marques. A visita iniciou-se com a explanação dos representantes da APAMAGIS, o Presidente, Des. Henrique Nelson Calandra, o 1º Vice-Presidente, Des. Paulo Dimas, o 2º Vice-Presidente, Des. Roque Mesquita, o Diretor-Secretário, Juiz Fernando Bartoletti e o Vice-Presidente da AMB e Conselheiro da APAMAGIS, Des. Sebastião Amorim, sobre as ações empregadas pela atual Diretoria no campo associativo e político. O Presidente da APAMAGIS citou, durante o encontro, a dificuldade de tornar lei uma série de projetos encaminhados para a Assembléia Legislativa do Estado São Paulo e para o Congresso Nacional pela APAMAGIS: “Na nossa luta com as lideranças para conseguir uma emenda que | Presidente Calandra discorre sobre os projetos da APAMAGIS em favor da Magistratura Segundo o coordenador da APAMAGIS (São José dos Campos), Juiz Carlos Gutemberg de Santis Cunha, a cidade revela paradoxo: ser um pólo tecnológico - o berço da Embraer e de importantes centros de ensino e pesquisas que geram tecnologia - e ter um Judiciário desprovido de informatização. | Magistrados de todo Vale do Paraíba participaram do encontro melhorasse a dotação orçamentária para o Poder Judiciário, tivemos que pernoitar na Assembléia. Eu e o Paulo Dimas comemos até bolo de aniversário de Deputado às três horas da madrugada”. Na seqüência, o Desembargador Paulo Dimas elencou aos colegas algumas lutas da APAMAGIS para melhorias nas comarcas do interior de São Paulo. “Brigamos, por exemplo, para acertar a questão do serviço de apoio às varas de infância e de execuções criminais no interior. Desde o começo do ano, nos reunimos três vezes com o Secretário de Administração Penitenciária e com o Secretário de Justiça, estivemos também algumas vezes no Tribunal levantando essa questão. Depois de toda essa negociação, conseguimos que o Tribunal pleiteasse uma suplementação, com apoio do Secretário Luiz Antônio Marrey, para contratar 80 escreventes.”, comentou o 1º VicePresidente da APAMAGIS. O Desembargador Roque Mesquita e o Juiz Fernando Bartoletti ainda explicaram aos Juízes locais mais algumas ações empreendidas pela APAMAGIS. AMB | Desembargador Roque mostra a importância da coesão do Judiciário 10 | Associação Paulista de Magistrados Com a presença do Desembargador Sebastião Amorim, Vice-Presidente da AMB, além das notícias da Associação Paulista dos Magistrados, os Juízes da região também puderam conhecer algumas nuances da atual política da Associação dos Magistrados Brasileiros. DESAFIOS Durante a visita, a Diretoria da APAMAGIS também tomou conhecimento informalmente de algumas dificuldades enfrentadas pelos Magistrados da região, em especial, pelos Juízes de São José dos Campos. Uma das principais reivindicações local é a total informatização dos Fóruns da cidade. Segundo o coordenador da APAMAGIS, Juiz Carlos Gutemberg de Santis Cunha, a cidade revela paradoxo: ser um pólo tecnológico - o berço da Embraer e de importantes centros de ensino e pesquisas que geram tecnologia - e ter um Judiciário desprovido de informatização. Outro grave problema enfrentado pelos Juízes do município é a paralisação das obras do Fórum Central, que uniria os atuais fóruns de São José dos Campos em um só. Conforme relato do Diretor do Fórum Estadual Des. Joaquim Cândido de Azevedo Marques, Juiz José Loureiro Sobrinho, a obra sofreu problemas com licitações e está atualmente parada. ram que o principal entrave a ser resolvido na comarca é a construção de um novo Fórum. Os Juízes de outras comarcas da região, como Garça e Pederneiras, disseram que gostariam que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo alterasse a classificação das comarcas como de entrância inicial. Fórum de Avaré | A autonomia financeira é essencial para o Judiciário, ressalta o Des. Paulo Dimas em Bauru | Diretoria da APAMAGIS presta contas de suas ações aos Magistrados de Bauru Os Juízes do Fórum de Bauru citaram que o principal entrave a ser resolvido na comarca é a construção de um novo Fórum. Os Juízes de outras comarcas da região, como Garça e Pederneiras, disseram que gostariam que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo revisse as considerações que sentenciaram suas comarcas como de entrância inicial. Bauru e região Na dia 31 de outubro, a Diretoria da APAMAGIS, representada na ocasião pelo 1º Vice-Presidente, Des. Paulo Dimas, pelo 2º Vice-Presidente, Des. Roque Mesquita e pelo Diretor-Secretário, Juiz Fernando Bartoletti, reuniu-se com os Magistrados da Circunscrição de Bauru e região. “Queremos, aqui, nos colocar à disposição dos colegas e explicar a vocês quais são as ações que a APAMAGIS está empregando no campo associativo e político”, afirmou o Desembargador Paulo Dimas. Na reunião, o 1º Vice-Presidente relatou aos presentes o que a APAMAGIS tem realizado para defender as prerrogativas da Magistratura no âmbito estadual e federal. Também aproveitou a oportunidade para narrar aos Juízes da região a batalha que a Associação Paulista dos Magistrados e a Frente Parla- mentar pela Autonomia do Judiciário vêm travando com o Governo do Estado de São Paulo para que o Judiciário Paulista consiga gerenciar as verbas decorrentes das custas judiciais. “Inclusive, na tarde de hoje, em Sorocaba, o Presidente Henrique Nelson Calandra esteve reunido com alguns Deputados da Frente Parlamentar pela Autonomia do Judiciário para definir novas diretrizes para esta luta”, informou o Des. Paulo Dimas. O 2º Vice-Presidente da APAMAGIS, Des. Roque Mesquita, também traçou algumas considerações sobre a atuação da associação e de seus Diretores. “Sempre defendemos a valorização da primeira instância, não é porque envelhecemos e ascendemos ao cargo de Desembargadores que esquecemos as lutas históricas dos Juízes paulistas”. Os Juízes do Fórum de Bauru cita- | Juiz Fabio de Souza Pimenta No dia 14 de novembro, a Diretoria Executiva da APAMAGIS visitou mais uma circunscrição do Interior de São Paulo. Situada a 264 km da capital do Estado a cidade de Avaré foi palco de mais um encontro entre os Magistrados do interior e a cúpula da Associação Paulista de Magistrados, representada, à ocasião, pelo Presidente, Des. Nelson Calandra; pelo 1º Vice-Presidente, Des. Paulo Dimas; pelo 2º Vice-Presidente, Des. Roque Mesquita e pelo Des. Sebastião Luiz Amorim, Vice-Presidente da AMB e Conselheiro da APAMAGIS. Durante a reunião, que foi realizada no salão do Júri do Fórum de Avaré, a Diretoria Executiva da APAMAGIS realizou uma prestação de serviço, anunciando os atuais feitos da Associação e os planos para o futuro da instituição, assim como as lutas diárias que emprega para defender as prerrogativas da Magistratura Bandeirante. O Presidente da APAMAGIS iniciou a reunião relatando a atuação política em Brasília. “Estamos trabalhando em vários projetos de interesse da Magistratura no Congresso Nacional, um deles defende a paridade irrestrita dos subsídios dos Magistrados aposentados”. Outro projeto de extrema importân- Segundo o Diretor do Fórum e Coordenador da APAMAGIS na região, Juiz Fabio de Souza Pimenta, uma das principais questões a serem resolvidas na cidade de Avaré é a reforma do Fórum. cia ao Judiciário brasileiro, citado pelo Desembargador Nelson Calandra, foi a PEC que aumenta o número de vagas da Justiça Estadual no CNJ. O Vice-Presidente da AMB e Conselheiro da Associação Paulista de Magistrados, Des. Sebastião Amorim, ainda contou aos presentes sobre sua posição diante de algumas ações empregadas pela atual Diretoria da AMB no campo associativo e político. Problemas locais Na ocasião, os Juízes de Avaré e região também relataram à Diretoria da APAMAGIS problemas enfrentados pelo Judiciário local. Segundo o Diretor do Fórum e Coordenador da APAMAGIS na região, Juiz Fabio de Souza Pimenta, uma das principais questões a serem resolvidas na cidade de Avaré é a reforma do Fórum. De acordo com ele, apesar do projeto do Fórum ter sido inovador e amplamente elogiado à época em que foi inaugurado, ele precisa urgentemente de uma reforma e a construção de um anexo. Os Magistrados de Avaré ressaltam a necessidade da implantação de uma Vara de Execução Criminal, competência que está sendo acumulada pelo Juiz da Vara Criminal em razão com a implantação de presídios no município. | Des. Paulo Dimas fala da interiorização da APAMAGIS | Des. Sebastião Amorim | Dezenas de Magistrados prestigiaram o evento Associação Paulista de Magistrados | 11 Aconteceu Aniversário | EPM comemora 20 anos A data foi festejada com lançamento de carimbo comemorativo e selo personalizado O edifício número 1483 da rua da Consolação, atual casa da Escola Paulista da Magistratura (EPM), recebeu, na noite do dia 17 de novembro, autoridades dos três Poderes que presenciaram a solenidade em comemoração aos 20 anos da instituição e do lançamento de carimbo e selo personalizado das bodas de porcelana da EPM. Instituída pela Resolução nº 24/88 do Tribunal da Justiça, a Escola Paulista da Magistratura foi criada em 1988 para organizar cursos de preparação à carreira de Juiz, de iniciação funcional para novos Magistrados, de extensão e atualização, de seminários e outras atividades destinadas ao aprimoramento do corpo do Judiciário Paulista. “Nossa principal preocupação era estruturar a Escola, pois começamos do zero. Meu sonho era fazer da Escola um Instituto Rio Branco da Magistratura” afirmou seu primeiro Diretor, o Des. José Alberto Weiss de Andrade, em depoimento para o site da EPM. Vinte anos após essa empreitada, muitas personalidades que participaram dessa trajetória vitoriosa da Escola Paulista da Magistratura comemoram seus feitos na solenidade realizada no prédio da Instituição na noite do dia 17 de novembro. Coube ao Vice-Presidente do TJ/SP, Des. Antonio Carlos Munhoz Soares, abrir a solenidade: “Declaro aberta a cerimônia comemorativa do vigési- mo aniversário da Escola Paulista da Magistratura, consubstanciando o lançamento do carimbo comemorativo da EPM pelo Ministério das Comunicações e apresentação do selo postal personalizado”. Em seguida, o selo postal personalizado e o carimbo comemorativo dos 20 anos da EPM foram lançados. Na seqüência, o Diretor Regional dos Correios, José Furian Filho explicou aos presentes algumas particularidades do selo e do carimbo. “As duas peças são uma singela forma “Nossa principal preocupação era estruturar a Escola, pois começamos do zero. Meu sonho era fazer da Escola um Instituto Rio Branco da Magistratura” Des. José Alberto Weiss de Andrade de reconhecer na instituição o relevante serviço prestado à sociedade. O Poder Judiciário do Estado de São Paulo, ao criar a Escola Paulista da Magistratura, em 1988, deu elevada importância à formação e ao aprimoramento de seus Magistrados”. Formação que foi sendo aprimorada ao longo desses 20 anos pela EPM como relatou o seu Diretor, Des. Antonio Rulli Junior: “Nós oferecemos aos alunos conhecimentos especializados | Solenidade abordou a importância da EPM para o aperfeiçoamento da Magistratura 12 | Associação Paulista de Magistrados | Min. Lewandowski, Secretário Marrey, Des. Munhoz Soares e Des. Rulli Jr. e nos voltamos para as permanentes alterações legislativas e as orientações de jurisprudência e doutrina. Com isso, propicia-se reflexão e debates de temas cada vez mais importantes e atuais do Direito”. Na oportunidade, o Diretor da Escola Paulista da Magistratura aproveitou para fazer uma retrospectiva de alguns acontecimentos históricos da Instituição, como o surgimento da Escola, em 1988, as mudanças no âmbito educacional, com a Emenda 45 de 2004 e da atual criação de cursos por videoconferência. Estes e alguns outros feitos da Escola Paulista da Magistratura e a rede de amizades construídas a partir da Instituição também foram lembrados no discurso do Vice-Diretor da EPM, Des. Pedro Luiz Ricardo Gagliardi. Ao final da cerimônia, as autoridades acompanharam o descerramento da placa comemorativa dos 20 anos da Escola Paulista da Magistratura, que já foi dirigida por dez Magistrados: José Alberto Weiss de Andrade, Nereu César de Moraes, Yussef Said Cahali, Sérgio Augusto Nigro Conceição, Márcio Martins Bonilha, Antonio Cezar Peluso, Hélio Quaglia Barbosa, Carlos Augusto Guimarães e Souza Júnior, Marcus Vinicius dos Santos Andrade e, atualmente, Antonio Rulli Junior. Participaram ainda da solenidade o o Ministro Enrique Ricardo Lewandowski do STF; o Ministro Massami Uyeda do STJ; o Ministro Sidnei Beneti do STJ; o o Des. Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, 1º Vice-Presidente da APAMAGIS; o Des. Sebastião Luiz Amorim, Vice-Presidente da AMB; o Secretário de Estado da Justiça e | Ronaldo Camargo Scheibe e Des. Rulli Jr. | Convidados prestigiaram o evento | Nora Hachman e Des. Rulli Jr. | José Cechin | Luiz Antônio Guimarães Marrey e José Furian Filho da Defesa da Cidadania, Luiz Antônio Guimarães Marrey; o Coronel da PM e Presidente do Tribunal de Justiça Militar, Fernando Pereira; o Des. Eduardo Pereira Santos, Presidente da Seção de Direito Criminal do TJSP; o Des. Antonio Carlos Viana Santos, Presidente da Seção de Direito Público do TJ-SP; o Des. Walter de Almeida Guilherme, Vice-Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo; o Diretor-Secretário da APAMAGIS, Juiz Fernando Figueiredo Bartoletti; o Secretário da EPM e Diretor de Informática da APAMAGIS, Juiz Edison Aparecido Brandão; o Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá; José Cechin, Superintendente | Des. Pedro Gagliardi, Min. Sidnei Beneti e Min. Lewandowski Executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar; a Desa. Federal Consuelo Yoshida, Diretora Acadêmica da Escola da Magistratura da Justiça Federal; o Des. Milton Augusto de Brito Nobre, Diretor da Escola da Magistratura do Estado do Pará; o Embaixador Jaime Stiglich, Cônsul Geral do Peru no Estado de São Paulo; o Dr. Carlos José Teixeira Toledo, Procurador do Estado de São Paulo e Chefe da Procuradoria Geral; o Defensor Público David Eduardo Filho; o Des. Luiz Aparecido Gadotti, Diretor Geral da Escola da Magistratura do Estado de Tocantins, e vários outros Membros de renome da Magistratura Paulista. | Várias autoridades estiveram presentes | Dep. Arnaldo Faria de Sá, Des. Viana Santos, Des. Rulli Jr. e Min. Massami Uyeda Associação Paulista de Magistrados | 13 Esporte e Lazer Tênis | Torneio de Campos do Jordão Leandro Jorge Bittencourt Cano Diretor do Departamento de Tênis Masculino Foi realizado nos dias 15 e 16 de novembro o mais charmoso torneio de tênis patrocinado pela APAMAGIS, o de Campos do Jordão. Tivemos uma participação expressiva de trinta atletas participando da Competição de Duplas, a qual foi dividida em MASCULINO A, B e FEMININO. Do ponto de vista técnico, tivemos jogos disputadíssimos, imperando o equilíbrio, a amizade e a vontade de vencer dos competidores. Resultados Categoria “A” Masculino Campeões Waldir Sebastião de Nuevo Campos Júnior e Ricardo Teixeira de Andrade. Vice-campeões Cleônio Aguiar Andrade Filho e João Carlos Saletti. Categoria “B” Masculino Campeões Pedro Ivo de Arruda Campos e Carlos Augusto de Santi Ribeiro. Vice-campeões Thiago Augusto Lima Barbosa e João Câmara (Sogro do Cleônio). Categoria Feminina Campeãs Marília Scala Strenger e Fernanda Alves. Vice-campeãs Maria Silvia Gomes Sterman e Ana Luiza Vila Nova. Todos os chalés da colônia foram ocupados. Mais de sessenta pessoas se instalaram no local, o qual, diga-se de passagem, está cada vez mais lindo e estruturado. Tivemos outros colegas que ficaram em hotéis da região. Entre Juízes e familiares, naquele final de semana, a estimativa foi de aproximadamente cem pessoas. Outro ponto especial foi a confraternização. O almoço foi elogiado por todos. 14 | Associação Paulista de Magistrados Não poderia deixar de agradecer a três colegas em especial, mais especificamente o Luiz Alberto Moro Cavalcante, o Henrique Nelson Calandra e o Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, pessoas que confiaram em meu trabalho à frente desta pasta. Durante a premiação, confesso que fiquei emocionado com o Afonso Celso de Andrade Marques fornecendo os detalhes de como começou o sonho da compra do terreno e a construção propriamente dita da colônia. Foi um trabalho árduo das diretorias anteriores, cujo resultado estamos usufruindo atualmente. Representando a Presidência da associação estava presente o colega Irineu Jorge Fava. Também abrilhantaram a premiação os colegas Ary Francisco Negrão e Paulo Roberto da Silva, Diretores da colônia, que prometeram estudos sobre alguns melhoramentos, citando, inclusive, a construção de uma outra quadra de tênis e a reforma da já existente. Pois bem, estamos encerrando mais um ano do calendário do tênis na APAMAGIS. Só falta o campeonato brasileiro. Agradeço a todos os colegas e fa- miliares que participaram dos eventos. Peço desculpas por qualquer inconveniente. É muito difícil agradar a todos. Estamos abertos a críticas e sugestões. Não poderia deixar de agradecer a três colegas em especial, mais especificamente o Luiz Alberto Moro Cavalcante, o Henrique Nelson Calandra e o Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, pessoas que confiaram em meu trabalho à frente desta pasta, e sempre me apoiaram no que foi preciso para a consecução dos eventos. Por derradeiro, desejo um feliz Natal e um próspero Ano Novo à família do tênis e aos demais colegas e familiares. Espaço Aberto O anel de Brás Cubas Paulo Bomfim Poeta, Jornalista e Membro da Academia Paulista de Letras O vento, que enfuna velas da armada de Martim Afonso, traz para São Vicente Brás Cubas e seus sonhos povoados de vilas, hospitais e templos. O semear Santa Casas vem com ele do Porto, onde antepassados plantaram a misericórdia de um hospital. Desse mesmo gesto nasceria também a cidade de Santos. Na lápide de seu túmulo rezam estes dizeres: “Sa de Brás Cubas Cavaleiro Fidalgo da Caza del Rei. Fundou e fez esta Villa sendo Capitam, e Caza de Mizericordia ano de 1543 descobrio ouro e metais ano de 60 fez Fortaleza por mandado d’El Rei D. João III. Falleceu no ano de 1592”. O Cubas do nome nos transporta a ancestrais tanoeiros, que levariam o descendente a produzir no Piqueri, em Tatuapé, o primeiro vinho brasileiro. Em tudo foi um semeador. Em suas terras os carmelitas erguem os conventos do Carmo em Santos e São O personagem Brás Cubas delirou com Machado de Assis, mas seu homônimo português viveu o delírio da conquista de horizontes desconhecidos. Paulo. O próprio bairro do Brás, surgiria em chãos que lembram o nome do primeiro proprietário. Certa feita, conversando com o historiador Isac Grinberg que contestava a figura de Brás Cubas como fundador de Mogi das Cruzes, indaguei: é curioso, mas se ele não é o fundador de Mogi, por que motivo os Grinberg colocaram seu nome nas Faculdades que criaram? O amigo, apenas sorriu. O personagem Brás Cubas delirou com Machado de Assis, mas seu homônimo português viveu o delírio da conquista de horizontes desconhecidos. Em andanças atinge nos idos de 1560, o rio das Rãs, nos limites de Minas e Bahia, e, provavelmente, chega às barrancas do rio São Francisco. Foi defensor das vilas de Santos, de Bertioga, de São Paulo de Piratininga e de São Sebastião do Rio de Janeiro, nos constantes ataques da indiada bravia. Em 1567, o encontramos em Cabo Frio dando combate aos tamoios que ameaçavam a povoação. Como paga de serviços prestados à Coroa, recebe duas sesmarias no Rio de Janeiro que ajudara a fundar: Meriti e Ambai onde ergue a ermida da Madre de Deus. Ganha outra sesmaria em São Sebastião, com cinco léguas de frente para o mar. Em Santos, dá combate ao corsário Edward Fenton que comandaria em 1588, uma das naus que ajudam a derrotar a “Invencível Armada” de Felipe de Espanha. Nos encontros com Tarsila do Amaral e Elsie Lessa, um dos temas preferidos era o anel de Brás Cubas que estaria com um de seus descendentes. Hoje, que essas mulheres fascinantes partiram, só eu contemplo mãos vazias de uma relíquia naufragada em lembranças de família. Já estava na hora Mário Sérgio Leite O homem cresce no momento de sofrimento. Mas a sociedade ocidental tenta maquiar suas dores, em “prozacs”, em pacotes econômicos. É hora de mudar. Juiz de Direito em Barueri Já estava na hora de um novo “crash”. Fala-se em bolha. Mentira. Não foi apenas uma bolha que explodiu, mas a versão do sistema neoliberal baseada nos lucros dantescos e irreais, da “Wall Street” dos especuladores à custa de tantas falências, desemprego, da fome de muitos, da indiferença. Fritaram bilhões de dólares em bombas no oriente, enquanto a AIDS e a fome destroem a África. Injetaram agora mais alguns desses mesmos bilhões para salvar esse sistema, afinal seria pior sem ele. Mas, seria mesmo? Não sabemos. Contudo, essa não é a questão principal. A questão essencial é: conseguiremos aprender com a ilusão da riqueza exagerada, do lucro como fim exclusivo, do prazer imediato? O homem cresce no momento de sofrimento. Mas a sociedade ocidental tenta maquiar suas dores, em “prozacs”, em pacotes econômicos. É hora de mudar. Acredito no ser humano e acho que vamos nos sair melhor daqui para frente, como depois da Segunda Guerra Mundial, que fez surgir maior respeito entre os povos, e da Guerra Fria, que culminou com a queda do muro de Berlim. Tempos melhores após a crise, com um negro na presidência dos Estados Unidos, concretizando o sonho idealizado por Martin Luther King, de ver brancos e negros juntos. Precisamos de uma doutrina de paz, um novo tempo para a ordem mundial, pois certos fantasmas ainda assustam, como notícias fascistas vindas da Itália e xenofobia na Europa. Vejo a união de povos pela sustentabilidade da ecologia, pois destruímos e consumimos muito mais do que precisávamos. Vejo um respeito maior ao próximo, ao diferente, ao branco, ao preto, ao índio, ao favelado, ao rico da zona sul, pois somos, na verdade, iguais. Iguais na busca da felicidade e, apenas por isso, devemos ter compaixão pelo próximo, acreditar que nossos atos têm repercussão para os outros seres humanos, em cada canto do planeta. Que tal se cada um de nós, então, plantar uma semente de esperança, de bondade, de alegria, de justiça? Faça as contas do que perdeu nessa ciranda financeira e só verá números, ou seja, ilusão. Precisamos levar isso como uma lição de desprendimento desapego e ajudar alguém que realmente precise de um número, seja ele qual for. Olhe para o seu lado, para o farol e verá realmente alguém que necessita. Como disse Matthieu Ricard, autor de “O Monge e o Filósofo”, a renúncia é uma maneira sensata de tomarmos a vida em nossas próprias mãos. Temos a chance de um recomeço, de esperança em uma era de mais paz, mais respeito, mais ajuda, enfim mais compaixão. Comece por VOCÊ? Precisamos apenas lembrar que estamos todos juntos nesse belo planeta e das palavras doces da Monja Cohen, de que somos co-responsáveis pela realidade em que vivemos, pelo mundo em que estamos e que não adianta reclamar, é preciso AGIR para TRANSFORMAR. Associação Paulista de Magistrados | 15 Espaço Aberto Onei Raphael Pinheiro Oricchio Renato Nalini Desembargador do TJ/SP A morte física levou o desembarga- dor ONEI RAPHAEL PINHEIRO ORICCHIO em 14.11.2008. Com ele parte um capítulo intenso da História da Justiça bandeirante. Era um repositório enciclopédico de acontecimentos forenses recapitulados em narrativa muito além de atraente. Era um “causeur” estupendo. Nomes e datas, episódios folclóricos, vinculações e parentescos, tudo ele dominava com verve singular, para reconstruir décadas relevantes do povo de Piratininga. Leitor voraz, de tudo tomara ciência e revisitava os preferidos de forma incessante. Tudo isso contribuiu para que sua carreira na Magistratura fosse também invulgar. Notabilizou-se no Tribunal de Alçada Criminal e no Tribunal de Justiça chegou à Corregedoria Geral. Cercouse de equipe diferenciada e orgulhava-se de sua seleção. Assumia as responsabilidades correcionais e a defesa intransigente da Magistratura. Era um homem heráldico e de hábitos às vezes insólitos. Seu temperamento forte surpreendia. Assim é que não hesitava em tomar atitudes firmes, de severidade e rigor já em certo desuso, perante a flexibilização dos comportamentos. Mas a sua inflexibilidade reafirmava a permanência dos valores da Justiça. Mostrava na prática a seriedade do território que ao juiz fora dado explorar e que aos poucos a leni- ência, a lassidão e o depauperamento dos costumes estavam a derruir. Nunca desistiu de uma função correcional docente. Procurava conduzir o jovem juiz a uma postura compatível com a relevância da função judicial numa unidade da Federação com a tradição paulista. Insistia na retomada de padrões que a generalizada queda de qualidade nas relações sociais baniu do convívio forense. Lembro-me de que num almoço num prestigiado restaurante, ao ser alertado de que havia uma mesa ocupada por jovens juízes, não hesitou em se dirigir até ali e lembrar que era de bom tom que eles se dirigissem ao Corregedor e o cumprimentassem. Não admitia que a polidez desse lugar a esse triste hábito de se ignorar a entrada de um colega no mesmo recinto, ainda que não forense. Sustentava a preservação dos longevos rituais das Arcadas e sua vida foi direcionada a propiciar que eles contaminassem os oriundos das inúmeras outras Escolas de Direito. São-paulino fanático, gostava de tripudiar sobre os adversários quando das vitórias de seu time. Já nem sempre aceitava provocações quando o êxito se invertia. Era passional, chegava a ser irascível ao reagir indignado àquilo que considerava afronta a um paradigma na mais clássica concepção da figura de um magistrado. Inúmeros episódios poderão ser rememorados por quem com ele conviveu. Aguarda-se que Paulo Bomfim, outra enciclopédia acadêmica, Acreditava num modelo de juiz e investiu na busca desse ideal. Nunca se satisfez apenas com o cumprimento de seu dever possa municiar a memória judicial desses fatos, agora com engenho e arte. A verdade é que ONEI RAPHAEL PINHEIRO ORICCHIO foi um juiz cujos coetâneos não podem se esquecer. Honrou a Justiça e a ela devotou sua vida. Enquanto em atividade, mesmo ainda não eleito para a Corregedoria, era um formador de caráter. Acreditava num modelo de juiz e investiu na busca desse ideal. Nunca se satisfez apenas com o cumprimento de seu dever. Era nítido um sentimento de pertença a uma instituição pela qual se sentia responsável. Acumulou sofrimentos e incompreensões, como é próprio a quem se destaca da mesmice. Viveu intensamente, vibrou com a Justiça, irou-se com a injustiça. Era um homem de caráter. Não temia tomar partido. Respondia por seus atos. Não padecia da ambigüidade – mal terrível desta era da hipocrisia. Dele se pode dizer que não foi um daqueles “mornos” do Evangelho, de quem o Salvador disse que a Providência os cuspiria de seu destino. Viverá como exemplar raro de quem conferiu à toga mais do que o respeito devido. Conferiu amor e paixão. Fenômeno que deveria inspirar os que não conseguem vislumbrar na carreira mais do que uma profissão burocrática. Em bom português: Não restou provado Alexandre Germano Desembargador aposentado Ao tratar da linguagem forense, já critiquei o uso de expressões como “os fatos resultaram provados” e “os fatos não restaram provados”, observando que é mais simples (e correto) dizer os fatos não ficaram provados, não foram provados, ou não há prova dos fatos (apostila “Técnica de Redação Forense”, 3a. ed., pág. 85). Todavia, o Des. José Roberto Bedran sempre me pergunta “até quando” hão de abusar desse modismo, ou desse vício de linguagem, os que escrevem no processo... Não sei responder, mas parece que o prazo é longo, ou foi prorrogado “ad infinitum”, pois ninguém abandona tais expressões, a começar pelo STF, onde são freqüentes estas redações: “A decisão desta Corte restou assim ementada”... “Tal pedido restou indeferido”... (JSTF-LEX 16 | Associação Paulista de Magistrados Todavia, o Des. José Roberto Bedran sempre me pergunta “até quando” hão de abusar desse modismo, ou desse vício de linguagem, os que escrevem no processo... 317/442 e 366). Recorro, então, ao mestre José Maria da Costa (“Manual de Redação Profissional”, 3a. ed.), que nos dá preciosas lições a respeito. Condenando o uso de “restar” e “resultar” como verbos de ligação, diz ele que, para evitar tal solecismo de sintaxe, basta, na maioria dos casos, adotar a construção passiva, quer sintética, quer analítica, sem o emprego dos referidos verbos, ou então usar o verbo próprio de ligação com o adequado predicativo do sujeito. Exemplos: não se provou a acusação contra o réu (correto – voz passiva sintética); não foi provada a acusação (correto – voz passiva analítica); a acusação não ficou provada (correto – verbo de ligação mais predicativo do sujeito). Note-se que o verbo “restar” tem sentido próprio (sobrar, sobejar, etc.) e pode ser usado em frases como “restavam alguns processos sem sentença”, “restam-lhe poucos familiares”. Assim também o verbo “resultar”, no sentido de ser conseqüência ou efeito, nascer, provir, proceder, pode ser usado como no art. 1.547 do Código Civil de 1916: “A indenização por injúria ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido”. Mas nos exemplos iniciais, que os autores condenam o emprego de “restar” e “resultar”, como verbos de ligação, é considerado errôneo em nosso idioma, porque se trata de estrangeirismo, derivado do espanhol. Se quiserem um argumento “ad terrorem”, é só lembrar que os argentinos usam tal construção (“el tema central de estas paginas resulta ser el analisis”... ) – o que parece suficiente para afastar a repetição desse vício de linguagem em bom português... Delito de Opinião Edison Vicentini Barroso Cidadão brasileiro e Magistrado S egundo o dicionário, opinião é modo de ver, de pensar. E não há quem não tenha a sua, em que setor for. Perguntar-se-á, pois, se, numa sociedade efetivamente democrática, se pode admitir o chamado “delito de opinião” (aspas minhas). Mais que isso, cabe a indagação – à luz do art. 5º, IV e IX, da Constituição Federal (CF) –, se, à livre manifestação do pensamento, desde que não abusiva, se pode apenar. São questões que levam à reflexão; sobretudo, diante de fato lamentável – quão recente e notório. O desembargador paulista Augusto Francisco Mota Ferraz de Arruda ousou usar do seu sagrado direito de opinião (ínsito a qualquer cidadão), que de delituoso nada tem, para manifestar livremente pensamento sobre dada questão, afeta especificamente à sua área de atuação – jurídica. Fê-lo, então – e disto constatarão quantos, de forma imparcial e sem espírito demagógico, tiverem acesso àquilo que expôs –, com sobriedade, à distância de impropriedade ou excesso de linguagem (na dicção do art. 41 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional). Noutras palavras, em artigo genérico-expositivo, adequado à livre expressão de atividade intelectual e de comunicação (art. 5º, IX, da CF), deu a conhecer sua opinião sobre se avistar advogado da parte com o juiz, unilateralmente, para tratar de assunto concernente a autos de processo que lhe estejam conclusos. Fazendo-o, chamou a atenção de entidade de classe dos advogados, que não gostou daquela opinião – diferente da sua – e, por isso, contra ele representou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Aqui, causam espécie dois aspectos – ambos a encerrarem perigoso precedente: a) a iniciativa de órgão de classe tido e havido como defensor das liberdades individuais – num paradoxo inequívoco; b) na medida da formalização, pelo CNJ, de processo contra o magistrado, pelo “crime” de se exprimir livremente e sem o laivo da irregularidade funcional, o restabelecimento práticoefetivo da chamada censura de opinião – no âmbito do Poder Judiciário. E, de fato, não se pode dar lastro a posições que tais, suscetíveis de infirmar, sim, uma série de conquistas democráticas da sociedade brasileira – dentre as quais, avulta a livre expressão do pensamento. Senão, chancelarse-á democracia de papel, figura de retórica – e nada mais. A censura sem base, que se faça, venha donde vier – e de quem vier –, traz a jaça da subversão de valores e o intuito manifesto de manietar (conquanto na maior parte das vezes velado). Mais estranho, ainda, que órgão de expressão nacional assim proceda – sem se dar conta, ou desta se dando, sem prestar contas (aparentemente) a princípios constitucionais inquebrantáveis, primeiro, da usurpação de competência (relativamente ao poder correcional inerente aos tribunais da República), “Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres” Voltaire depois, de que nada ou ninguém se pode arrogar a condição de panacéia. Realmente, se mal houvesse na conduta do ilustre articulista – e não há (esta, a minha opinião) –, haveria de responder perante quem de direito (seu juiz natural). Por outro lado, na situação paradigma, a só formalização do processo traduz retrocesso institucional, a que se não pode expor uma Nação que pretenda ser positivamente democrática. Numa sociedade justa, de rigor a real prevalência de princípios que, mais que inseridos no papel, se identifiquem com a vida das pessoas – no dia-a-dia. A Constituição Federal, a de 1988 (dita Cidadã), aí está, fazendo-se preciso se lha cultue na prática, sem o jogo espúrio da hipocrisia discursiva. Já passou da hora de se tê-la, pois, mais que nos lábios, no coração e nas mentes. Ou seja, há de se criar o hábito democrático da coexistência de opiniões diversas (pois disso não passou o sucedido), pari passu àquilo que se espera duma sociedade madura – sem os percalços inerentes ao jogo de conveniência política, cancro de que tanto se ressente o Brasil. Rematando – e, como o desembargador aqui referido, no uso de direito de expressão Constitucionalmente previsto –, reporto-me à máxima de Voltaire: “Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres”. A Impunidade Agradece Antonio Carlos de C. Machado Jr. Juiz Auxiliar da 19ª Vara Criminal Central A operação Satiagraha, independente de suas conseqüências processuais, da boa e adequada produção de provas ou não, e de eventual condenação de responsáveis por abusos financeiros, já produziu os seus resultados. E estes têm sido, é necessário que se afirme, penosos para a democracia e o livre funcionamento das instituições. Vivemos num mundo onde tudo se sofistica velozmente, com uso crescente de novas tecnologias; com o crime não foi diferente. Mais organizado, utilizando de meios engenhosos para encobrir suas teias e tramas, tornou forçoso que o Vivemos num mundo onde tudo se sofistica velozmente, com uso crescente de novas tecnologias; com o crime não foi diferente. aparato do estado, para conseguir dar-lhe um mínimo de combatividade efetiva, também se valesse de expedientes ágeis, até invasivos, como meio de a ele contrapor-se. As escutas telefônicas vieram nesse embalo. São hoje, indiscutivelmente, o instrumento mais eficaz - ao lado da velha busca e apreensão – para desmantelar esquemas ousados e invisíveis de corrupção, os quais muitas vezes mostram-se bem próximos do círculo do poder. A Satiagraha mexeu com um banqueiro influente, com trânsito nos meios políticos e que, culpado ou não, sentou-se no banco dos réus para que se examinem se são lícitas suas suspeitas operações. Não fosse por uma menor rigidez, por um menor excesso de detalhamento e exigências na concessão de tais medidas investigativas, e elas jamais atingiriam êxito algum. Mas o burburinho formado pela discussão entre órgãos judiciais, a colocação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em cena – num novo desvirtuamento de suas funções meramente administrativas e não legiferantes -, bem como o desvio de foco, transformando não Daniel Dantas, mas o juiz Fausto De Sanctis em alvo de possível punição, inibiu a Justiça na autorização dessas investigações, dando assim um passo sensível em favor da impunidade dos verdadeiros criminosos. Matéria publicada no primeiro caderno do jornal Folha de São Paulo, de 23.11.08, relata essa constatação e temor, justificável, no I Congresso de Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo. Os juízes estariam acuados, com receio de, como o juiz De Sanctis, serem colocados na marca do pênalti e sofrerem eventual processo disciplinar. Uma democracia com juízes acuados não é uma democracia, mas um simulacro. E o excesso de censura, inclusive por canais duvidosos, além de debilitar a democracia, fragiliza o Judiciário, compromete o Estado de Direito e dá à população a sensação de inoperância de suas instituições. A impunidade agradece. Associação Paulista de Magistrados | 17 Institucional 60 anos da Declaração dos Direitos do Homem | Tratado Luso-Brasileiro da Dignidade Humana Obra jurídica reúne grandes juristas dos principais países da Língua Portuguesa O mundo comemora os 60 anos da | Vários juristas participaram da elaboração do Tratado Luso-Brasileiro Declaração dos Direitos Humanos. E Brasil e Portugal recebem uma obra jurídica sem paralelos: o Tratado LusoBrasileiro da Dignidade Humana. Reunir grandes pensadores do Direito para discutir o tema Dignidade Humana não é tarefa fácil e por essa façanha os coordenadores Jorge Miranda e Marco Antonio Marques da Silva mereceriam os mais efusivos aplausos. Afinal, é de uma dimensão ímpar a missão de coordenar, num tema vital para a democracia e a humanidade, especialistas como Gilmar Mendes, Enrique Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello, Carlos Reunir grandes pensadores do Direito para discutir o tema Dignidade Humana não é tarefa fácil e por essa façanha os coordenadores Jorge Miranda e Marco Antonio Marques da Silva mereceriam os mais efusivos aplausos. | Coordenadores do Tratado, Dr. Jorge Miranda e Des. Marco Antonio Marques da Silva Velloso e Francisco Rezek, atuais e exMinistros da Suprema Corte do Brasil e alguns dos principais docentes de Portugal, como Prof. Dr. Eduardo Vera-Cruz Pinto (Lisboa) e Prof. Dr. José de Faria Costa (Coimbra). Magistrados, Membros do Ministério Público, Advogados e Professores debruçaram-se sobre temas como a dignidade da pessoa humana desde a concepção, os direitos fundamentais e a persecução criminal no delito de extorsão mediante seqüestro, a dignidade da pessoa e o mínimo existencial, cidadania e democracia: instrumentos para a efetivação da dignidade humana, prescrição penal como direito fundamental, correlação lógica entre limites estatais ao direito de punir e a dignidade da pessoa humana. A importância da obra pode ser dimensionada pelas entidades que a apóiam. No Brasil, além da APAMAGIS, há a Escola Paulista da Magistratura, o Instituto Brasileiro de Direito Criminal, a Associação Paulista do Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção São Paulo. Innovare | Magistrado paulista é premiado O Juiz João Agnaldo Donizeti Gandini vence a categoria individual com o projeto “Moradia Legal” A quinta edição do Prêmio Innovare foi concorrida: recebeu 188 inscrições de todo o Brasil. A cerimônia de premiação aconteceu no dia 11 de dezembro no Palácio do Planalto em Brasília. A Magistratura paulista marcou presença entre os vencedores com o Projeto “Moradia Legal” do Juiz João Agnaldo Donizeti Gandini. Sua proposta trabalha com a erradicação e a reurbanização de favelas em Ribeirão Preto por meio do estudo, caso a caso, de mecanismos que possam levar à realocação de famílias ou a reurbanização dessas áreas. A escolha dos vencedores valorizou práticas que fornecessem benefícios diretos para a população. A edição deste ano concentrou seus esforços em torno de um tema único nacional: Justiça para todos – Democratização do acesso à Justiça e meios alternativos para a resolução de conflitos. Durante 2008, procurou-se 18 | Associação Paulista de Magistrados Marcus Ferraz (Befit) especializados e julgados posteriormente por personalidades do ramo jurídico, acadêmico e empresarial, incluindo cientistas políticos e jornalistas. Moradia Legal | Vice-Presidente da República entrega prêmio ao Juiz João Gandini identificar projetos do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia, que melhorassem a prestação jurisdicional aos cidadãos e diminuíssem os conflitos na sociedade. Os projetos foram visitados por consultores O projeto “Moradia Legal” surgiu devido aos inúmeros processos que visavam a desocupação de áreas públicas e a remoção de pessoas residentes em núcleos habitacionais irregulares em Ribeirão Preto. Diante desse fato, chegouse a conclusão de que apenas a solução processual não seria suficiente. Assim, foi formado um grupo de pessoas preocupadas com a questão e interessadas em encontrar uma alternativa adequada e justa para o conflito. Com o mapeamento dos núcleos de moradia irregulares e com a identificação das dificuldades de cada caso, em menos de dois anos, foi possível criar propostas de remoção ou de reurbanização. Confraternização 55 ANOS Nossa Caixa O banco do coração de São Paulo Quase 1.500 pessoas entre Magistrados de SP, familiares, convidados e autoridades lotaram o espaço HSBC Brasil em São Paulo para comemorar o Jantar de Confraternização de uma das entidades mais influentes do Brasil: a APAMAGIS. Houve muitos eventos. Homenagem aos fundadores do Fundo de Emergência, premiação dos vencedores do Prêmio Desembargador Manoel Thomaz Carvalhal, sorteio de prêmios como um carro 0 km e um violão autografado pelo famoso músico Frejat, jantar requintado, passos de dança embalados por sucessos nacionais e internacionais executados pela Banda Nova Era. Confira nas próximas páginas um pouco dos momentos especiais que tornaram o Jantar de Confraternização de 2008 um dos mais inesquecíveis de toda a longa trajetória da APAMAGIS! Feliz Natal! Feliz 2009! Associação Paulista de Magistrados | 19 Confraternização Reconhecimento | 25 anos do Fundo de Emergência Diretoria presta homenagem aos fundadores do Fundo de Emergência A Festa de Final de Ano da APAMAGIS contou com um momento de muita emoção: o reconhecimento dos Magistrados de São Paulo pelos serviços prestados pelos Desembargadores Hélio Lobo Júnior, Laerte Nordi, Narciso Orlandi Neto, Octaviano Santos Lobo e Renzo Leonardi, que durante 25 anos se dedicaram a ajudar os associados acometidos por problemas de saúde. Coube ao Vice-Presidente da AMB, Des. Sebastião Luiz Amorim; à Conselheira da APAMAGIS, Desa. Zélia Antunes Alves; e aos Diretores da APAMAGIS, os Juízes Fernando Bartoletti, Regis de Castilho Barbosa Filho e Valdir Marinho, a missão de homenagear os Desembargadores, entregando placa comemorativa. Não puderam comparecer à solenidade os Desembargadores Renzo Leonardi e Octaviano Santos Lobo e, portanto, as placas foram entregues ao Des. Laerte Nordi e ao Des. Narciso Orlandi Neto. |Des. Sebastião Amorim, Des. Narciso Orlandi Neto, Des. Laerte Nordi, Juiz Fernando Bartoletti, Des. Hélio Lobo, Juiz Regis Castilho e Juiz Valdir Marinho Láurea | Prêmio Desembargador Manoel Thomaz Carvalhal Juiz Rodrigo Augusto de Oliveira foi o grande vencedor A noite foi realmente muito especial para a Magistratura de São Paulo. Além de comemorar o Final de Ano e homenagear os fundadores do Fundo de Emergência, os associados da Juiz Rodrigo Augusto recebeu o cheque de R$ 5.000,00 e láurea especial. Des. Sebastião Carlos Garcia ficou com a 2ª posição APAMAGIS assistiram a premiação dos vencedores do Prêmio Desembargador Manoel Thomaz Carvalhal. O Juiz Rodrigo Augusto obteve a primeira colocação, o Des. Sebastião Carlos Garcia ficou com a segunda colocação e o Juiz Jarbas Luiz dos Santos, em terceiro lugar. Compareceram à cerimônia o Juiz Rodrigo Augusto - que recebeu o cheque simbólico de R$ 5.000,00 e láurea - e o Des. Sebastião Carlos Garcia. | Diretores da APAMAGIS, Fernando Bartoletti e Irineu Jorge Fava, fazem a entrega do cheque Incentivo Os prêmios APAMAGIS O Prêmio APAMAGIS - Desembargador Thomaz Carvalhal, que analisa teses ou ensaios jurídicos e será conferido ao Magistrado Associado nos anos pares - e o Prêmio APAMAGIS – Juiz Antônio Machado Dias que analisa decisão judicial de mérito, com trânsito em julgado e será conferido ao Magistrado Associado nos anos impares, foram instituídos em setembro deste ano, com a publicação dos respectivos editais no site da APAMAGIS. | Des,. Sebastião Garcia exibe láurea ao Professor Alvaro Villaça 20 | Associação Paulista de Magistrados Sorteio | Prêmios, prêmios e mais prêmios! Juiz de Sorocaba leva o carro 0 km Os Magistrados que participaram da noite de gala do Jantar de Final de Ano da APAMAGIS foram agraciados com passagens aéreas sorteados pelas operadoras áreas GOL e TAM, com viagens distribuídas pelas agências de turismo CVC , Agaxtur, Tella Representações Viagens e Turismo LTDA, Rio Quente Resorts e Sanchat Tour, com o sorteio de um carro Logan da Renault oferecido pelo Grupo Qualicorp e Acess Club – Consultoria e Gestão de Benefícios e com um violão autografado pelo Frejat. | Juiz Jayme Walmer de Freitas levou o carro 0 km | Carro Logan foi o prêmio mais cobiçado da noite Reconhecimento | Raphael de Barros Monteiro é homenageado Ministro foi o primeiro paulista a presidir o STJ | Ministro Raphael de Barros Monteiro Filho | Presidente Calandra e Vices Paulo Dimas e Roque Mesquita prestam homenagem ao Ministro A | Ministro Raphael exibe placa comemorativa em sua homenagem Diretoria da APAMAGIS prestou, durante a Festa de Final de Ano, justas homenagens ao Ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, primeiro Magistrado paulista a presidir o Superior Tribunal de Justiça. Nascido na Capital, Raphael se formou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP), em 1962. Juiz de Carreira, ele ingressou na Magistratura em 1965. Em 1979, foi promovido ao TACRIM-SP e em 1983 promoveu-se ao cargo de Desembargador do TJ/SP. Alcançou o cargo de Ministro do STJ em 1989. Ocupou diversos cargos até que em 2006 foi eleito para o mais alto degrau da Corte Superior: Presidente. Aposentou-se em 2008. Trata-se de uma pessoa ao mesmo tempo querida e respeitada no meio jurídico. O Ministro Raphael ocupou diversos cargos até que em 2006 foi eleito para o mais alto degrau da Corte Superior: Presidente. Associação Paulista de Magistrados | 21 Confraternização “Festa reuniu associados da Capital e do Interior e seus familiares para comemorar o final de ano com classe” 22 | Associação Paulista de Magistrados “Elegância, charme, classe e alegria ocuparam as mesas do Espaço HBSC Brasil na Festa da APAMAGIS” “Um brinde ao Ano Novo!” Associação Paulista de Magistrados | 23 Confraternização “Reencontro de amigos marcou o dia 29 de novembro de 2008” “Alegria esteve estampada nos rostos dos associados durante toda a noite” 24 | Associação Paulista de Magistrados “Aproximadamente 1500 pessoas estiveram presentes no evento social mais importante da Magistratura de São Paulo” “Associados dos quatro cantos de SP compareceram à Festa” Associação Paulista de Magistrados | 25 Confraternização “Casais desfilaram passos sincronizados pela pista de dança” 26 | Associação Paulista de Magistrados “Show com Frejat, um dos mais importantes músicos do Brasil, sacudiu a platéia, que cantou os maiores sucessos da banda Barão Vermelho” Associação Paulista de Magistrados | 27 Confraternização Relevância | Autoridades prestigiaram a Festa da APAMAGIS Governador, Prefeito, Ministros, Deputados e várias outras personalidades estiveram no HSBC Brasil O | Prefeito Kassab e Governador Serra | Des. Vallim Bellocchi | Secretário Marrey, Des. Calandra e Governador Serra | Dep. Regis Fernandes de Oliveira | Min. Raphael de Barros Monteiro Filho | Min. Massami Uyeda e Des. Paulo Dimas 28 | Associação Paulista de Magistrados | Min. Sidnei Beneti | Min. Lewandowski | Dep. Capez | Dep. Rodolfo evento social mais importante da APAMAGIS definitivamente passou a fazer parte do calendários das personalidades mais importantes do cenário brasileiro. O Gov. José Serra encabeçou a lista de autoridades que prestigiaram o evento. Esbanjando bom humor, o Governador gravou mensagem dirigida ao seleto público presente, ressaltando a importância da Magistratura como instrumento indispensável para a distribuição da Justiça. A Corte Suprema esteve representada pelos Ministros Enrique Ricardo Lewandowski e Sydney Sanches (aposentado). Do Superior Tribunal de Justiça vieram os Ministros Massami Uyeda, Sidnei Beneti e Raphael de Barros Monteiro Filho (aposentado). Os Deputados Arnaldo Faria de Sá, Luiza Erundina e Regis de Oliveira (Federais), Fernando Capez e Rodolfo Costa e Silva (Estaduais) foram uníssonos em ressaltar a dedicação e abnegação dos Magistrados paulistas. A Cúpula do TJ/SP se fez presente nas figuras do Presidente Vallim Bellocchi e do Vice-Presidente Munhoz Soares. Enfim, a Magistratura foi amplamente prestigiada pelos mais importantes setores da sociedade brasileira. | Secretário Marrey, Dep. Capez, Gov. Serra e Des. Calandra | Des. Munhoz Soares | Dep. Arnaldo Faria de Sá | Min. Sydney Sanches | Poeta Paulo Bomfim