Foto: SINPAIT AFT VERA OLÍMPIA PEDE UNIÃO EM DEFESA DA INSPEÇÃO DO TRABALHO A colega AFT Vera Olímpia Gonçalves, de São Paulo, ex-chefe da SIT e recémaposentada, está muito preocupada, como toda a categoria, com o projeto do atual governo que cria o Sistema Único do Trabalho – SUT. Numa visita à sede do Sinpait, Vera concedeu entrevista ao Elo, falando aos colegas AFTs Jesus Bales, Luci Lipel, Solange de Andrade e Dalísio dos Santos. Relembrou momentos marcantes da luta classista dos AFTs, como na Constituinte de 1988, e pediu resistência, espírito de união e luta dos colegas, em defesa da Inspeção do Trabalho. A entrevista de Vera Olímpia está nas páginas 3 à 6. É NATAL ! Sempre que duas pessoas se perdoam reciprocamente, é Natal. Sempre que tu mostras compreensão pelos teus filhos, é Natal. Sempre que tu ajudas alguém, é Natal. Sempre que alguém decide viver honestamente, é Natal. Sempre que nasce uma criança, é Natal. Sempre que procuras dar a tua vida um novo sentido, é Natal. Sempre que enxergas com os olhos de teu “coração” e com o sorriso nos lábios, é Natal. Pois nasceu o Amor, nasceu a Paz, nasceu a Justiça, nasceu a Esperança nasceu a Alegria... Pois nasceu Cristo, nosso senhor! (Guiomar) A DIRETORIA DO SINPAIT DESEJA A TODOS UM FELIZ NATAL E UM ANO NOVO REPLETO DE PAZ E PROSPERIDADE, COM MUITO AMOR E ESPERANÇAS. O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 Editorial O ELO UNINDO PELA INFORMAÇÃO Boletim Informativo do SINPAIT Publicação Mensal – Distribuição Gratuita DIRETOR RESPONSÁVEL Jesus José Bales Assistente Luci Helena Lipel Reportagens Jornalista Responsável Dalísio Domingues dos Santos – MTB. 7.765 DIRETORIA EXECUTIVA PRESIDENTE JESUS JOSÉ BALES Vice de Política de Classe Luci Helena Lipel - José Vieira Rocha Junior 1º Vice de Administração Solange Aparecida de Andrade - Antonio Fojo da Costa 2º Vice Presidente de Administração Roseli Nieto Piovesan – Vera Galvão Moraes 3º Vice Presidente de Administração Erasmo Torres Ramos – André Napoli de Nardiello 1º Vice Presidente de Planejamento Mário Kaminski – Armando Barizan 2º Vice Presidente de Planejamento Yllen Fábio Blanes de Araújo Regina Candellero Castilho Nami Haddad 3º Vice Presidente de Planejamento Renato Miranda de Moraes Carvalho Hilda Engler Raggio Bergamasco Vice Presidente de Normatização Beatriz Cardoso Montanhana – Sandra Morais de Brito Costa Vice Presidente de Comunicação Dalísio Domingues dos Santos – Ivete Cassiani Furegatti Vice Presidente de Cultura Vera Olímpia Gonçalves – Maria de Lourdes Rodrigues Pereira Vice Presidente de Parlamentares Edir José Vernaschi – Alfredo Medeiros de Oliveira Vice Presidente de Relações Públicas Miriam Ugliara Barone – Inayá Brás Medeiros Vice Presidente de Inspeção do Trabalho Ruy Antonio de Arruda Pereira – Rubens Chiapeta Álvares Vice Presidente de Medicina do Trabalho Geraldo da Silva Pereira – Ettore Paulo Pinotti Vice Presidente de Segurança do Trabalho Joaquim Gomes Pereira – Mônica Hahne Negrão Vice Presidente de Aposentados Adriano Salles Toledo de Carvalho Maria Marly do Nascimento Jungers Vice Presidente Sindicais e Convênios José Maria Coutinho – Cyro Fessel Fazzio Vice Presidente Sociais Darcy Rizzo Hungueria – Jane Claudete da Cunha Duarte Vice Presidente do Interior Eduardo Caldas Rebouças – Décio Francisco Gonçalves da Rocha Vice Presidente Internacionais Lucíola Rodrigues Jaime – Nilsa Maria Leis Di Ciero CONSELHO FISCAL EFETIVOS Antonio Picinini, Erlon Martinho Pontes, Felix Suriano Domingues Neto, Rivaldo Ribeiro da Costa e Rubens de Souza Brittes CONSELHO FISCAL SUPLENTES Bruno Clemente Domingos, João de Souza Bomfim, João Saochuk, João Víspico e Josepha da Silva Neiva. SINPAIT Sindicato Paulista dos Auditores da Inspeção do Trabalho Fundado em 19/05/1953 R. Avanhandava, 133 – 4º andar – cjs. 41/42 – Bela Vista – São Paulo/SP – CEP: 01306-001 Tels: (11) 3214-0750 / 3255-9516 / 3257-5267 Fax: (11) 3258-5868 www.sinpait.com.br / e-mail: [email protected] Reprodução: As matérias publicadas só poderão ser reproduzidas com autorização expressa do SINPAIT, sujeitando, os infratores, às penalidades legais. Responsabilidades: As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião do SINPAIT. Editoração, Criação e Impressão: Graphcollor Gráfica e Editora Ltda (11) 3159-0993 [email protected] Tiragem: 3050 ISSN 1983-263X 2 DEPENDE DE NÓS, DE NOSSA VONTADE EM RESISTIR Nem tudo está perdido. O projeto do governo Dilma Rousseff, que cria o Sistema Único do Trabalho, e que, na prática, esvazia a Auditoria Fiscal do Trabalho, pode ser alterado, a favor de nossa categoria, ou mesmo derrubado no Parlamento. Isso dependerá da vontade de auditoras e auditores fiscais do Trabalho em sair a campo e lutar, politicamente, para que o SUT seja alterado, ou rejeitado. Se a resistência for bem feita, de modo vigoroso e inteligente, a possibilidade de vitória é grande. Porém a estratégia de ação, para isso, tem de ser bem estudada, organizada com conhecimento de causa, reunindo pessoas realmente dispostas ao trabalho árduo, anônimo, sem espera de qualquer recompensa, a não ser a felicidade de saber, depois, que a Inspeção do Trabalho brasileira foi salva por essa ação idealista de quem não só está dentro dela, mas, acima de tudo, acredita fielmente nela. O Congresso Nacional será o teatro da batalha em defesa da Auditoria Fiscal do Trabalho. Se de um lado nossa categoria conta com a simpatia de considerável número de parlamentares, de outro há bancadas importantes que não gostam do PROJETO-SUT e, naturalmente, mostram disposição de derrubá-lo. O trabalho dos colegas AFTs, dispostos à atuação dentro do Congresso, em Brasília, será o corpo-a-corpo, com os parlamentares, tanto no plenário, como nas comissões e mesmo em seus gabinetes.A busca de adesão não tem cor partidária, ideológica, religiosa, etc. Qualquer parlamentar, de qualquer tendência, que se mostrar favorável a nós, será muito bem recebido. Será necessária a produção de material escrito, mostrando de modo claro, com argumentos sólidos, o motivo de nossa categoria se opor ao PROJETOSUT. Também é necessário o levantamento de deputados e senadores simpáticos ao nosso posicionamento ou, pelo menos, dispostos a nos ouvir e encampar nossa luta. A chance de vitória é real. E se for conseguida a rejeição do PROJETO SUT, uma consequência inevitável virá com ela: o renascimento do Ministério do Trabalho e Emprego. O Brasil não pode abrir mão de ter uma política trabalhista robusta, que incentive a transparência, respeito e igualdade nas relações de trabalho. Para isso o Estado tem de estar presente como inspirador, indutor, fiscalizador, mediador, quando chamado, mas nunca como interventor, ou como parte. A mobilização se consegue por meio da informação, do esclarecimento, do debate. Sente-se que parte considerável da categoria dos AFTs ainda não percebe o perigo que cerca nossa instituição. O PROJETO SUT, conforme apresentado, é uma ameaça real à existência da Inspeção do Trabalho brasileira, na forma como hoje ela se apresenta. Auditoras e Auditores que ainda não se inteiraram desse projeto, que não estão percebendo as consequências negativas que ele traz para a rotina operacional da Auditoria Fiscal do Trabalho, necessitam se esclarecer com urgência e integrar grupos de colegas para discutir a situação e iniciar a atividade de campo em defesa da Inspeção do Trabalho brasileira. Há, também, outra frente importante: o próprio Governo. É preciso, de todas as formas, conseguir um canal de comunicação com o núcleo de poder, ou seja, o palácio do Planalto. Não se pode supor que o Governo se negue a, pelo menos, ouvir o que a categoria das Auditoras e Auditores Fiscais do Trabalho tem a dizer. Se conseguirmos pelo menos uma audiência na Casa Civil, ou na Secretaria Geral da Presidência da República, e se formos eficientes, em nossos argumentos, talvez se abra uma possibilidade de reversão na parte do projeto SUT que tão diretamente, e duramente, atinge nossa instituição. De momento, o único foco é esse. Não tem o menor sentido desviar a atenção para assuntos menores, até mesmo de pouca expressão. A diretoria do sindicato nacional comunicou aos associados seu interesse em reajustar o valor da mensalidade para fazer frente a vários gastos, inclusive com a implantação da rede de delegacias sindicais. Ainda que seja questionável a necessidade de tal reajuste, qualquer acréscimo no volume de caixa, neste momento, seria melhor empregado como reserva para enfrentar a árdua batalha na derrubada do SUT. VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 Fotos: SINPAIT VERA OLÍMPIA FALA SOBRE O SUT A colega AFT Vera Olímpia Gonçalves, lotada na SRTE/ SP-Capital, aposentou-se recentemente. Vera foi chefe da SIT-Secretaria da Inspeção do Trabalho, em Brasília, no período 1999-2002, quando o ministro do Trabalho era Francisco Dornelles, no segundo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Com excelente preparo jurídico, pleno domínio de todas as áreas da Inspeção do Trabalho, serena na conduta, sempre democrática e cordial no relacionamento com todos, Vera Olímpia apresentou um desempenho altamente positivo nos anos em que chefiou a SIT. Por seu perfil conciliador, sempre dinâmico, porém classista vigorosa na defesa da instituição a que pertencemos e, acima de tudo, defensora de todos os colegas AFTs, Vera, ao se desligar da SIT deixou um rol de inovações e ações de grande importância, tanto para a Auditoria Fiscal do Trabalho, como para o MTE, e, sobretudo, em defesa da classe trabalhadora. No que diz respeito à nossa categoria basta lembrar que foi seu esforço, junto ao ministro Dornelles, que possibilitou a criação da Auditoria Fiscal do Trabalho, elevando os então inspetoras e inspetores, depois fiscais do Trabalho à condição de auditores fiscais, em pé de igualdade aos colegas da Receita Federal e da Previdência Social e com patamares salariais absolutamente idênticos. Também, durante a Constituinte de 1988, Vera mostrouse uma incansável batalhadora pela inclusão da Inspeção do Trabalho, como atividade soberana e privativamente federal, na constituição que então se aprovava. Por isso, fazendo paralelo com a situação sombria de agora, em que a Inspeção do Trabalho brasileira, depois de se tornar uma das mais eficientes do mundo, está sob séria ameaça de ser mutilada pela criação do Sistema Único do Trabalho, Vera faz uma advertência muito ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br séria para que a categoria se mobilize e defenda, “em todas as frentes, em todas as instâncias”, a Inspeção do Trabalho de nosso país, do modo como ela é hoje, defesa a ser feita, sobretudo, no Congresso Nacional, terreno soberano e infenso ao rolo compressor. Agora, quando se despede da auditoria fiscal do trabalho, deixando o sempre querido Ministério do Trabalho, ao qual todos nós, AFTs, dedicamos praticamente toda nossa vida profissional, Vera Olímpia, numa visita ao Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho, falou aos colegas Jesus, Luci, Solange e Dalísio, o que pensa, o que sente da Inspeção do Trabalho brasileira, desde seus primeiros tempos, na unidade de atendimento do MTE, em Jundiaí, até os dias atuais, quando deixa a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, na rua Martins Fontes, 109, no coração do centro velho da capital paulista. Eis a entrevista: Vera, agora que você se aposentou, olhando para o início de sua carreira no Ministério do Trabalho, o que mais te marcou? R: “Acho que algumas situações podem representar essas fases. A primeira delas foi durante o próprio concurso que fiz, com muitos candidatos e poucas vagas. Ao sair o resultado, fiquei extremamente feliz com a minha classificação, em primeiro lugar, mas logo em seguida tomei ciência que o concurso seria anulado por indícios de fraude em outros Estados da Federação, que não São Paulo. Já naquele momento, aqueles que haviam sido classificados, formaram uma comissão para que pudéssemos ter, pelo menos, a chance de evitar que ocorresse a anulação nos estados em que não havia os fortes indícios de fraude. 3 O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 Fomos à Brasília, com alguns representantes da comissão, às nossas expensas, e conseguimos uma audiência com o ministro da época. Ele nos garantiu que analisaria o nosso pleito, que era resumido em dois itens: anulação do concurso apenas regionalmente (naqueles estados a que me referi acima) e de qualquer sorte não fossem abertos para novos inscritos, respeitando apenas aquelas inscrições feitas para o concurso objeto de possível anulação. Detalhe: na época do ocorrido, anularam o registro feito em nossas carteiras (o regime era celetista) e ficamos, os classificados, sem absoluta noção do que viria a ocorrer. A luta para derrubar nossa condição de celetista, transformando-nos em estatutários, foi outra batalha épica, e vitoriosa, mostrando que a força moral de um grupo solidário sempre suporta e vence qualquer golpe autoritário. Passado quase um ano, veio a notícia que seria aberto novo concurso para o Brasil inteiro. Tivemos que nos submeter a novas provas e com a graça de Deus passei novamente em primeiro lugar”. A CONSTITUINTE DE 88 “Outra situação marcante foi quando, no início da minha carreira, fui convidada pelo atual presidente do SINPAIT, Jesus Bales, para compor uma comissão que iria a Brasília a fim de atuar no Congresso Nacional durante os trabalhos da Constituinte (1988), com objetivo de garantir direitos trabalhistas, ampliá-los e, sobretudo, garantir constitucionalmente que a Inspeção do Trabalho fosse competência da União, evitando sua fragilização, ingerência externa e demais fatores que pudessem ocorrer caso houvesse a descentralização da inspeção do trabalho (artigo 21, inciso XXIV da Constituição Federal). Além disso, uma preocupação, recorrente na época, dizia respeito à descentralização da competência de fiscalização das normas de proteção à saúde do trabalhador (migrarem para o SUS, que estava sendo criado). Como se vê, esse nosso trabalho, capitaneado pela Associação Paulista dos Inspetores do Trabalho, hoje SINPAIT, contribuiu para que alguns direitos trabalhistas que se encontravam na esfera da legislação ordinária passassem a ficar guarnecidos pelo manto constitucional. Além disso, todos nós, ali presentes, conseguimos, com sucesso, evitar a descentralização da inspeção com a garantia do artigo constitucional (garantia 4 essa que não havia naquela época). Foi um momento de emoção em que a categoria unida, vinda de todo Brasil, marcou sua presença e força em Brasília, dentro do Congresso Nacional. O destino nos deu o privilégio de viver um dos momentos cívicos mais belos da recente história política brasileira. HOJE, O SUT “Ao relembrar esses fatos, não posso deixar de traçar um paralelo com os debates que hoje predominam o cenário da inspeção, no tocante ao alinhamento de metas que estão sendo traçadas, pelo atual Governo, no que tange a elaboração de um SISTEMA ÚNICO DO TRABALHO – SUT. Vejo com cautela tal situação, visto todo o empenho feito em relação à constituinte de 88, visando evitar que houvesse a descentralização da inspeção do trabalho. Não só naquele momento, mas de lá para cá todas as medidas relevantes que fizeram a diferença na carreira, hoje de Auditoria Fiscal do Trabalho, e na manutenção e ampliação de direitos trabalhistas essenciais para o avanço e proteção das relações de trabalho, foram construídas em cima de um alicerce basilar, que sempre teve como objetivo a importância da independência das ações fiscais, da elaboração de normas de alcance nacional, evitando a nefasta influência que poderia ocorrer caso tais ditames não fossem adotados. Esse comparativo é apenas uma gota d’água dentro do universo que estará por vir frente à possível criação do SUT e, também, não podendo deixar de ter relevância, nesse contexto, uma possível alteração no FAT, possibilitando a criação do FUNDO NACIONAL DO TRABALHO”. INSPEÇÃO DO TRABALHO NO SUT “Entendo ser um grave erro a inclusão da inspeção do trabalho no SUT. É absolutamente aceitável que se promovam políticas públicas de emprego e renda, visando maior integração dessas ações com estados e municípios, tornando mais efetiva a integração do trabalhador no mercado de trabalho, com capacitação e abertura de oportunidades. Isso é absolutamente viável de ser feito com a elaboração de projeto de lei que vise a “articulação dessas ações com o objetivo de evitar a fragmentação dessas políticas de emprego e renda”. Outra coisa é levar a elaboração, execução e fiscalização do conjunto do contexto normativo laboral para a seara confusa (como está a própria redação dos projetos sobre o assunto), vulnerável e principalmente com forte viés de esvaziamento ao deixar a cabo de estados e municípios, muito embora o discurso seja de controle da União. Tomemos como exemplo as normas tributárias que regem a arrecadação federal. Desconheço qualquer discussão da criação de um Sistema Único, nos moldes do SUT, que leve a Receita Federal do Brasil para esse tipo de direcionamento. Vou mais além, acredito que essas propostas em relação à Inspeção, fragilizam todas as nossas conquistas, em especial a criação da carreira da Auditoria Fiscal Federal, através da Lei nº 10593 de 06 de dezembro de 2002. Vera - Você exerceu o cargo de secretária da Inspeção do Trabalho de 1999 a 2002. Quais as conquistas que ocorreram durante esse período e o que você entende que deveria ser alcançado a mais, principalmente à luz do atual cenário? VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 R: “Eu fui convidada em 1998, pelo então coordenador da Delegacia Regional do Trabalho, saudoso colega AFT José Kalick, para assumir a chefia da Fiscalização do Trabalho no Estado de São Paulo. Desenvolvemos, então, projetos que imprimiram maior dinamismo às ações fiscais. Alguns desses projetos foram levados à Secretaria da Fiscalização, na época sob o comando da colega Ruth Villela. No ano seguinte tinha início o segundo mandato do governo de Fernando Henrique Cardoso, e houve nomeação de um novo ministro do Trabalho, Francisco Dornelles. Naquela ocasião, a secretária Ruth me convidou para ir à Brasília levar algumas experiências feitas em São Paulo, como a possibilidade de procedimentos fiscais que estabelecessem termos de cumprimento em relação a situações que envolvessem um universo de trabalhadores. Nessa oportunidade ela me pediu que eu fosse falar com o professor Anastasia, então secretário Executivo do ministério, pois ele gostaria que eu participasse de uma entrevista com aquele que seria o novo secretário, o colega Auditor fiscal da Receita aposentado, Paulo Jobim. Alguns colegas também foram convidados. Ao final, Jobim formulou a mim o convite para assumir a Secretaria de Inspeção, vez que a Ruth estaria saindo. Fui para a Secretaria e levei dois colegas de São Paulo, Luci Lipel e Juarez Barros Jr. O período da gestão do ministro Dornelles foi muito profícuo em relação a várias conquistas para a nossa categoria. Evidentemente, o mérito não foi só do meu empenho em relação a esses resultados, mas sim, também, da valorosa equipe que trabalhou comigo na SIT. Colegas absolutamente dedicados, competentes e que tinham um ideal de valorização da Inspeção do Trabalho muito acentuado. Contamos, também, com a visão de gestão organizacional do secretário Paulo Jobim, e do profundo conhecimento da máquina pública do ministro Dornelles”. Não podemos também deixar de mencionar a efetiva colaboração da assessora, colega Auditora da Receita federal aposentada, Iraneth Weiller. A CRIAÇÃO DA AFT “O auge, o ponto alto de tudo que ocorreu na SIT e no MTE, naquela ocasião, foi a criação da carreira de Auditoria Fiscal do Trabalho. Sem isso estaríamos, ainda, reféns dos ministros de plantão e, além do que, nossos patamares salariais, sem dúviACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br da, estariam distantes daqueles que são praticados hoje. Muito embora acredite que já sofremos, atualmente, uma enorme defasagem salarial. Não posso deixar de citar a alteração do Regulamento da Inspeção do Trabalho, enfrentando e obtendo alterações que contemplavam muitos anseios da categoria. É importante também mencionar que, posteriormente, foram feitas algumas modificações no Regulamento da Inspeção, na gestão de Ruth, novamente como Secretária, que poderiam ser evitadas. Além disso, consolidamos a legislação para pessoas com alguma forma de necessidades especiais, ou deficiência, sendo que, a partir de então, é que passamos a ter competência para fiscalizar a matéria, iniciando um novo e importantíssimo setor de atuação da Auditoria Fiscal do Trabalho em todo o país, com imensa repercussão na opinião popular, que dignificou, de modo altamente positivo, a imagem pública de nossa instituição. . Foi nessa nossa gestão que houve a criação do segurodesemprego para os trabalhadores comprovadamente resgatados de regime de trabalho forçado, ou da condição análoga a de escravo. Da mesma forma houve uma intervenção bastante positiva na forma de fiscalização do trabalho portuário e marítimo, com realização de cursos constantes de atualização e aperfeiçoamento técnico, a expansão da negociação, que fez arrefecer o ambiente de litígio constante entre empregadores e empregados, e, sobre isso, faço homenagem a dois excelentes colegas auditores, dentre eles cito, o Linhares, do Rio de Janeiro, especialista na fiscalização do trabalho nas áreas portuária e marítima de nosso país que formou uma equipe dinâmica para o enfrentamento da questão. Da mesma forma procuramos incentivar contratação na área do trabalho rural, através do consórcio de empregadores rurais, adequando o texto legal para tanto. Com a grande expansão da canavicultura e do cultivo da soja, na então nova fronteira agrícola do país, problemas surgiram e, de modo constante, grupos especiais de fiscalização foram criados e enviados para enfrentar essa nova situação, além da fiscalização móvel na repressão ao trabalho escravo e degradante tendo a frente o Coordenador Cláudio Cecchin, hoje Corregedor da Corregedoria do MTE. Tivemos a preocupação, também, em dotar a fiscalização de meios mais modernos, de capacitação, de implantar programas que levassem a tecnologia como um parceiro para a melhoria da ação fiscal (SISTEMA AUDITOR, IDEB, MULTAS e outros mais), criados na nossa gestão. Também em desenvolver algumas competências, até então um pouco adormecidas, como o FGTS, inclusive com o incremento das negociações com o Conselho Curador, com o objetivo de alcançar a obtenção de recursos para a fiscalização. Na área de segurança e saúde, várias ações inovadoras foram desenvolvidas a nível nacional, bem como forte incentivo à capacitação, em especial na gestão em segurança e saúde, ergonomia e acidente fatal. Centralizou-se um grande esforço no sentido de valorização da competência e manutenção da área, considerando que, até então, havia a secretaria específica, em saúde e segurança, no ministério, que desenvolvia ações de alto padrão”. O VALOR DESMORALIZANTE DAS MULTAS “Acredito que foram muitas coisas realizadas, mas tínhamos 5 O ELO um projeto de reformulação das multas. Dentre as propostas se encontrava a inclusão de valores mais expressivos em determinadas irregularidades, que os colegas do grupo, na época, se desdobraram para conceber. Esse projeto tramitou, saiu da SIT e, infelizmente, ficou hibernando um tempo, não tendo se concretizado até hoje. Uma pena! Elaboramos um projeto que transformava os nossos termos de compromisso em títulos extrajudiciais com eficácia liberatória. Porém não houve continuidade para aprovação desse importante passo para as nossas ações fiscais”. SOMOS AUDITORES e também temos competências que geram ARRECADAÇÃO PARA A UNIÃO. “Conseguimos introduzir na legislação o viés arrecadatório das competências da auditoria fiscal do trabalho, por meio de, em especial, o registro de empregados (de forma indireta) e o FGTS, como também normas preventivas de segurança e saúde no trabalho. Esse trabalho tinha como objetivo impedir qualquer manobra que nos distanciasse do tratamento igualitário das carreiras típicas do Estado (em especial as auditorias fiscais federais). Naquele momento (primeiro mandato do governo Lula) já existia a intenção do governo de desoneração da folha de pagamento e estava sendo orquestrada a união das auditorias fiscais (da receita, previdência e trabalho). Naquela ocasião já não estava mais a frente da Secretaria, e, infelizmente, com muita frustração, confesso, vi acontecer a união das auditorias fiscais da Receita e Previdência, ficando o Trabalho fora dessa estrutura. Estrutura, esta, concebida para o fortalecimento das auditorias fiscais e da própria arrecadação. Percebemos o empenho dos representantes de classe da auditoria fiscal da Previdência, não encontrando obstáculo na própria administração, fato esse que não ocorreu na Auditoria Fiscal do Trabalho. Acredito que se hoje fizéssemos parte dessa super-estrutura, estaríamos com nossas competências igualmente preservadas e menos vulneráveis a pressões, ou ilações, com concepções de rearranjos que pudessem fragilizar a auditoria fiscal do trabalho”. Vera - Como você vê o futuro da Inspeção do Trabalho? R: Eu digo que nossa força, hoje, está nos colegas que, de forma excepcional, enfrentam o desafio tanto nas chefias, quanto na fiscalização propriamente dita. Apesar de vivermos um período de muitas dificuldades, sem uma sinalização segura do que se pretende em relação à Inspeção do Trabalho por parte do nosso Governo e da administração do MTE, temos colegas frente à SIT que, arduamente, buscam manter as ações fiscais, os projetos e a relevância de nossas competências. Faço referência a todos nas pessoas de Paulo Sérgio Almeida e Mauricio Gasparin. São colegas AFTs que atuam com despojamento, idealismo, competência, espírito de solidariedade. Isso tudo, de certa forma, no atual momento, ainda pode nos transmitir um pouco de confiança, digamos, não pelo mar revolto, mas por esses colegas que estão no leme de nossa embarcação. Mais recentemente tivemos a colega Tânia Mara convidada para a assessoria especial do ministro do Trabalho, mostrando que dentro da estrutura administrativa do nosso ministério, bons nomes da Auditoria Fiscal são lembrados para colaborar, sempre com o conhecimento e a experiência acumulada ao longo da brilhante carreira. 6 Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 O mesmo posso dizer das chefias estaduais e das suas equipes. Menciono a de São Paulo, que mais de perto acompanho. De modo especial destaco o colega Marco Antonio Melchior, com sua equipe: Fojo, Renato, Waldemar, Makoto, Nilza, Viviane e outros. Toninho com a árdua tarefa de adequar, viabilizar o planejamento. Colegas que constroem o dia a dia da Inspeção, em nosso estado, mantendo a visibilidade desta perante a sociedade e os atores sociais. O próprio SINPAIT, que vem enfrentando sérios desafios para se manter como representante de nossa categoria, tendo a frente valorosos colegas como Luci, Jesus, Roseli, Solange, Dalísio e outros que continuam envidando esforços para que a categoria se faça representar e bem em todas as instâncias. Agora, fazendo uma reflexão a respeito de nosso futuro, estamos vivenciando um momento em que ocorreram eleições para Presidente da República, sendo reeleita a atual Presidente, que, certamente, terá que lidar com os anseios claros que sopraram das urnas, de melhoria em várias vertentes, como saúde, educação e tantos outros. Acredito que precisamos urgentemente formular um plano para o futuro da Auditoria Fiscal do Trabalho, concebido em patamares sólidos e não em discussões etéreas, para que, no princípio do próximo ano possamos, através de ações articuladas, compor uma estrutura com autonomia, recursos e que represente a importância do alcance de nossas ações. Preferencialmente com ampliações que nos credenciem para passarmos de meros atores coadjuvantes a protagonistas do universo das Relações do Trabalho e Emprego. Se para tanto, ainda houver a possibilidade de compormos órgão que abranja as diversas áreas de tributação, previdência, encargos e proteção trabalhista em seu todo, devemos, sim, não criar resistências, mas nos unirmos em uma só estrutura, repito, que com certeza fortalecerá a todos: a própria auditoria fiscal, a União que terá a otimização de suas ações e melhores resultados, como a própria sociedade. Assim entendo que nessa opção, nosso futuro estaria vinculado a lutarmos por nossa inclusão no quadro da Receita Federal do Brasil ou centrarmos nossos esforços por uma Secretaria Nacional da Inspeção do Trabalho, realmente forte, autônoma, enfim com poderes para realmente executar uma política pública para o nosso País”. Concluiu a AFT Vera Olímpia Gonçalves. (D.S.) VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 MAGRI HOMENAGEADO Foto: Arquivo Pessoal Carlos Palmieri Magri, médico do Trabalho, foi homenageado com a “Comenda de Segurança e Saúde do Trabalho”, na categoria Médicos do Trabalho. A comenda é uma iniciativa da ANIMASEG, por indicação da ABRESST que homenageia os profissionais de destacada atuação em prol da segurança e saúde do trabalhador brasileiro. A entrega da COMENDA foi feita na noite de 12 de novembro, no Ho- O colega auditor-fiscal do Trabalho aposentado/SRTE/SP José tel Meliá Paulista, com um auditório totalmente lotado. O Presidente do SINPAIT, especialmente convidado, não pode estar presente, em decorrência de doença em pessoa da família. Ao nosso colega José Carlos Palmieri Magri, os nossos cumprimentos pelo recebimento da COMENDA, o que traz sempre mais brilho aos serviços prestados por todos aqueles que labutam em São Paulo pela preservação da saúde do trabalhador brasileiro. SÃO PAULO RECEBE COLEGAS DE BRASÍLIA o último dia 09 de outubro (quinta-feira) o SINPAIT recebeu as colegas de Brasília, Maria das Graças Gonçalves, Ouvidora Geral e Marcia Livio, Analista de Ouvidoria, lotadas no Ministério do Trabalho e Emprego, que, durante alguns dias, estiveram reunidas em diversas seções da Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo. Registramos que Maria das Graças é nossa antiga conhecida, pois quando da passagem da Vera Olímpia Gonçalves e Luci Helena Lipel, por Brasília, ela já prestava serviços em diversos setores do MTE. Na ocasião, havíamos convidado a colega Vera Olímpia, para um bate-papo com a redação de “O ELO”. A Vera se fez acompanhar de seu marido, o também colega, auditor aposentado, Alfredo Me- deiros de Oliveira, e demais colegas da Diretoria: Jesus José Bales, Luci Helena Lipel, Solange Aparecida de Andrade, Edir José Vernaschi, Antonio Fojo da Costa, Renato Miranda de Moraes Carvalho, Antonio Baptista Gonçalves Junior e Waldemar Harume Chinen e o Chefe da SFISC Marco Antonio Melchior. de sua permanência na SIT, em Brasília. Agradecemos a presença das colegas que, gentilmente, aceitaram nossa companhia para o almoço. Fotos: Arquivo Pessoal N O bate-papo correu solto, a Vera deu algumas indicações sobre a entrevista para o próximo número de “O ELO”, bem como relembrou dos tempos FÓRUM PARA FORMAÇÃO DO OBSERVATÓRIO SOCIAL N o dia primeiro de outubro, atendendo convite do colega da Receita Federal, Luiz Fuchs, que também pertence à diretoria da Delegacia sindical do Sindicato dos Auditores da Receita Federal, em São Paulo – UNAFISCO/SP, participamos de um FORUM para formação, em São Paulo, do OBSERVATÓRIO SOCIAL. Com um grupo de 50 (cinquenta) pessoas, a maioria de servidores públicos, principalmente da Receita Federal, ouvimos as explicações de dois participantes do FORUM, formados nas cidades de Itu e Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo. Feitas as explicações de como é fundado o OBSERVATÓRIO SOCIAL e suas atividades, houve uma série de perguntas, todas respondidas a contento pelos explanadores. O OBSERVATÓRIO SOCIAL tem como objetivo principal, “fiscalizar” as contas das Câmaras e das Prefeituras Municipais. ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br O assunto é complexo, difícil de ser executado, depende, principalmente, do interesse dos “colaboradores”, que são os participantes do Observatório Social. A reunião teve como objetivo, inicialmente, a formação de um FÓRUM DE DISCUSSÕES para, posteriormente, em sendo possível, criar, em São Paulo, o OBSERVATÓRIO SOCIAL SÃO PAULO. O SINPAIT compareceu representado pelo seu Presidente Jesus José Bales. 7 O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 OAB TATUAPÉ CREDENCIA 61 NOVOS ADVOGADOS O auditório da UNIP – Universidade Paulista, no Campus Tatuapé, na Rua Antonio Macedo, 505, na noite do último dia 25/09 foi o palco da solenidade de formatura de 61 novos advogados (as) que receberam as Carteiras de Identidade de Advogado. O evento promovido pela 101ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Tatuapé foi presidido pelo seu Presidente, Dr. Leopoldo Luis Lima Oliveira e a mesa diretora dos trabalhos contou com a Dra. Andrea Rocha Feitosa, Coordenadora da Comissão de Direito Eletrônico, o Dr. Erich de Andras, Coordenador da Comissão de Amparo ao Advogado, a Dra. Rosemeire Soledade da Silva Matheus, Vice Presidente da Seccional da OAB, o Dr. Wagner Ginotti Pires, Coordenador do Curso de Direito da UNIP, o Dr. Renato Gomes Camacho, Coordenador da Comissão de Assistência Judiciária, o Dr. Paulo Garcia Vaz, Coordenador da Comissão de Direito Humanos e o Dr. Alexandre Marcos Oliveira, Coordenador da Comissão de Fiscalização e Defesa da Advocacia, que fez o papel de mestre de cerimônia. crição original, de número 75.895. O seu padrinho na solenidade foi o seu filho, o advogado tributarista Dr. Carlos Gustavo Kimura. O colega exerceu por trinta anos suas atividades na auditoria fiscal do trabalho, metade desse tempo em cargos de direção, como Chefe de Fiscalização das Gerências Regionais do Trabalho da Zona Sul e Leste e Gerente Regional Leste durante longos anos. Nesse tempo, a par de sua atuação profissional, criativa, inovadora e revolucionária e pelo seu estilo pessoal na conciliação de conflitos, Kimura que sempre se preocupou com as pessoas, granjeou o reconhecimento dos servidores e da comunidade, tendo recebido diversas homenagens ao longo de sua trajetória profissional. Dentre as inúmeras comendas, títulos de Doutor Honoris Causa, láureas, medalhas, diplomas, prêmios, Kimura orgulha-se em particular de ter sido agraciado no ano de 2012, com o Título de Cidadão Paulistano, uma vez que é paranaense e está na capital paulistana há trinta e cinco anos e se considera um paulista de coração. Kimura sempre foi estudioso e incansável. É pós graduado em Criminologia pela UEL e em Direito do Trabalho pela PUC/SP. Atua como técnico de segurança do Trabalho é jornalista profissional, tendo cursado jornalismo na Universidade Cruzeiro do Sul nos anos de 2000 a 2004. Agora, em sua nova etapa profissional, coloca-se à disposição de todos na Kimura & Salmeron Advogados, na Rua Cipriano Barata, 1337, no bairro do Ipiranga, em São Paulo – SP. Afirma que, “o melhor está por vir”, entusiasticamente. Muitos amigos de Hiroshi prestigiaram o evento, entre colegas Auditores Fiscais, representantes de entidades qualificadoras de aprendizagem, advogados, contadores, empresários, profissionais de recursos humanos e escritores. Especialmente convidado, esteve presente o colega Jesus José Bales, Presidente do SINPAIT – Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho. A reportagem de “O Elo” registra seus agradecimentos, primeiramente ao colega Hiroshi Kimura e, em especial, à equipe de apoio da OAB Tatuapé, Sra. Claudete Araújo dos Santos Montagnini, Deivaldo Santos dos Anjos e Nanci Ribeiro do Nascimento pela atenção que nos foi dispensada. Ao colega Hiroshi Kimura, de quem o SINPAIT sempre recebeu apoio integral para reuniões festivas, o nosso eterno agradecimento e o convite permanente para visitas à nossa sede e a participação nas reuniões sociais. 8 Fotos: Arquivo Pessoal Dentre os advogados que participaram da solenidade e que, após prestar o juramento recebeu a Carteira de Identidade de Advogado encontrava-se o colega Hiroshi Kimura, Auditor Fiscal do Trabalho, recém aposentado e que retorna à lida da advocacia. Kimura que exercia a profissão antes de ingressar na carreira da auditoria, recebeu a sua carteira com a ins- VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 INSPEÇÃO DO TRABALHO AGONIZA COM O SUT. PARA ONDE IREMOS? A Auditoria Fiscal do Trabalho, do Brasil, está vivendo, talvez, o pior momento de sua história. Desde que foi criada e federalizada, no começo de 1950, início do último governo do presidente Getúlio Vargas, nunca esta importante instituição foi tão desprestigiada, apequenada e marginalizada, dentro do governo, como agora. Está totalmente ignorada no projeto do SUT. É como se a Auditoria Fiscal do Trabalho estivesse vivendo uma tragédia anunciada. Quando o governo da presidente Dilma Rousseffi anunciou a criação do SUTSistema Único do Trabalho, em meados do corrente ano, apresentando o projeto a ser implantado, ficaram claras duas coisas: primeiro, o processo de desmonte do Ministério do Trabalho, iniciado há cerca de seis anos, (administração Carlos Lupi) já era parte do plano de retirar o governo federal, como indutor e administrador, das relações de trabalho, em nosso país, transferindo sua participação para estados e municípios; segundo, atender a grande aspiração das centrais sindicais, de adotar a prática da negociação, dos acordos coletivos, como núcleo principal na condução das relações de trabalho, da mesma forma encerrando qualquer participação do governo federal nessa área. Estaria extinto, então, o Ministério do Trabalho? Nada se fala a respeito, vindo a público, apenas, que o MTE se manterá como órgão centralizador, coordenando as providências, efetuando os contratos de transferência, liberando aos contratados seus recursos orçamentários, tudo para a execução dos serviços pelos estados e municípios, conforme os termos conveniados, mantendose o Ministério num molde que lembra as agências reguladoras governamentais. E a Auditoria Fiscal do Trabalho, como fica? Será mantida como é hoje? Nada se fala a respeito. Até aqui a única alusão, feita por autoridade do MTE, é de que se pretende manter o combate ao trabalho escravo, ainda que o Brasil não seja a maior senzala do mundo, título que continua com a China. Como a Auditoria Fiscal do Trabalho, pelo menos de público, não foi convidada a participar do projeto-SUT – na verdade é mantida a margem de tudo – não há qualquer informação, oficial, ou não, acerca do que acontecerá com a instituição Inspeção do Trabalho. Da parte da categoria dos AFTS há uma sensação de perplexidade, e a única forma de resistência, que talvez reste, seja no Congresso Nacional, ou dentro do próprio Governo, pelo menos fazen- do com que dirigentes do centro de decisão, no palácio do Planalto, ouçam o que a categoria pensa a respeito. Também o Governo não leva em conta possível choque com a OIT, a qual, por questão doutrinária, entende que a Inspeção do Trabalho deve ser autônoma, independente, e neutra, exercida por agentes qualificados, concursados, respaldados pelo Estado. Resta muito claro que a criação do Sistema Único do Trabalho não é uma concepção de alta engenharia técnica. Não é produto de debates públicos prévios, apenas anunciando-se que a sociedade será chamada brevemente a opinar. Fica evidente que a criação do sistema atende às centrais sindicais de trabalhadores e tambem confederações de empregadores. Ambas estão juntas na busca do mesmo objetivo: manter o Estado afastado da relação trabalhista. HÁ IMPROVISO A criação do Sistema Único do Trabalho e as providências de outra ordem, incluidas no projeto, podem ter surgido de surpresa, porque nenhum indício de sua adoção viera a público. Mas seus próprios inspiradores admitiram que ela é polêmica. Seria ela a própria reforma trabalhista, tão necessária, tão decantada, mas nunca levada a sério por ninguém? O projeto anunciado é modesto demais para ser chamado reforma trabalhista. Tão incipiente que mesmo seu nome pomposo sequer chega perto do SUS, o realmente importante Sistema Único de Saúde, que bem ou mal está consolidado em todos os quadrantes do país e oferecendo atendimento médico-hospitalar básico à população, sobretudo à mais necessitada. Uma reforma trabalhista séria não pode deixar de tocar, por exemplo, na questão da Contribuição Sindical. Dentro do SUT ela será mantida? A contribuição sindical, que é também chamada de confisco salarial, porque desconta, de modo compulsório, um dia de trabalho, ao ano, de cada trabalhador brasileiro, sendo que essa verdadeira montanha de dinheiro vai, na sua maior parte, para as entidades sindicais, sempre foi repudiada por todas as correntes sérias do movimento trabalhista brasileiro. Historicamente foi denunciada até mesmo pelos sindicatos de trabalhadores que tinham a influência do Partido Comunista Brasileiro, a lendária entidade duramente reprimida pela polícia, em sua clandestinidade, mas que, ainda assim, foi ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br a primeira a organizar a classe trabalhadora de nosso país, sobretudo a classe operária. Pelo menos nas cidades, o “Partidão” foi pioneiro, dentro e fora das fábricas, a lutar junto à classe operária. Auditoras e auditores fiscais do Trabalho, ainda que perplexos e temerosos com o que estão vivendo, e com o futuro que se avizinha, nem sempre estão bem informados com relação ao que, realmente, está acontecendo. É preciso recordar que o desmantelamento do Ministério do Trabalho é um processo já longo. Ele foi denunciado, nas páginas deste periódico, “O ELO”, do Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho, há mais de três anos, em todas as suas edições. Pediu-se o debate público dessa realidade. Não foi feito. Pediu-se a mobilização imediata da categoria. Não foi feito. Pediu-se a formação de uma comissão, com representantes de AFTs de todas as correntes que atuam na categoria, para tentar abrir negociação com o Governo. Não foi feito. Agora é como se estivéssemos tateando no escuro. Não se sabe como inicar a reação. O componente político-eleitoral do governo da presidente Dilma Rousseff ganhou muita ênfase nessa iniciativa do SUT. Para ajudar na informação de auditoras e auditores do Trabalho, reproduzimos abaixo matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, em sua edição de 05/07/2014, sob o título “DIEESE E FAT QUEREM ADIAR DEBATE SOBRE O PROJETO”: ............................................................ “Temendo uma crise política, o Departamento de Estatística e Estudos Socioeconomicos (DIEESE) e lideranças sindicais do Conselho do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) vão entregar na segunda-feira um documento ao governo Dilma Rousseff pedindo que o projeto que altera a estrutura trabalhista federal seja discutido somente após as eleições. Uma versão preliminar do documento preparado pelo Dieese e o Codefat, obtido pelo Estado, avalia positivamente os planos gerais do projeto do governo, que cria o Sistema Único do Trabalho (SUT) e altera o FAT, criado com a Constituição, que passará a ser chamado Fundo Nacional do Trabalho (FNT). O FNT será “blindado” das desonerações tributárias às empresas, que diminuem a arrecadação do PIS e do Pasep, as fontes de recursos do FAT – e do futuro FNT. “A constituição de um sistema único que articule, coordene, integre e aprimore as políticas públicas de trabalho é uma demanda histórica dos trabalhadores e de suas organizações sindicais”, diz o 9 O ELO documento. Mas a mensagem central é de calma à gestão Dilma Rousseff. O governo tem pressa. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, enviou a minuta do projeto de lei a todos os 27 estados e às prefeituras de cidades com mais de 200 mil habitantes, além das centrais sindicais e do Codefat. No início, Dias pede uma resposta dentro de 15 dias, prazo que vence hoje. O objetivo do governo é receber as eventuais sugestões e então remeter projeto para consulta pública. Os planos são de enviar a reforma ao Congresso o mais rápido possível. “Essa busca de celeridade pode inviabilizar avanços tão esperados por todos nós”, dizem os técnicos do Dieese e os sindicalistas do Codefat. O documento também revela uma preocupação com a tensão eleitoral que o projeto pode voltar a provocar. Depois que o Estado revelou os detalhes do projeto, há duas semanas, a reação da oposição foi pesada. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato à Presidência, afirmou que a proposta do governo era uma “decisão autoritária”, e visava atacar o FAT. No mesmo dia o PSDB soltou nota oficial afirmando que “o governo do PT quer acabar com o FAT”. A resposta veio de Manoel Dias, que disse ter “faltado conhecimento” ao senador”. A NEGOCIAÇÃO COMO BANDEIRA A implementação do SUT remete ao desejo dos sindicalistas de enquadrar todas as soluções, para questões que ocorrem nas relações de trabalho, à negociação coletiva. Seria a ruptura da forma atual onde os direitos trabalhistas cravados em lei não podem ser negociados, mesmo que essa seja a vontade do trabalhador. Adotada a hegemonia da livre negociação qualquer direito, grosso modo, pode ser negociado. Sob essa ótica a criação do SUT não inova. Talvez até por ironia, a prevalência da negociação, sobre a legislação, foi concebida no segundo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, (1999/2002) quando era ministro do Trabalho Francisco Dornelles, hoje senador e candidato a vice-governador eleito no estado do Rio de Janeiro. O ministro Francisco Dornelles, que tinha como chefe da SIT a colega AFT Vera Olímpia Gonçalves, de São Paulo, foi pioneiro em propor inovações importantes na legislação trabalhista, principalmente para favorecer a abertura do mercado de trabalho, vez que naquela época o desemprego tomava proporções preocupantes, em meio à violenta crise econômica, sobretudo pela quebra da economia no México e Rússia. Dornelles propôs a adoção dos chamados “contratos atípicos de trabalho”, ao arrepio da CLT. Para isso cunhou 10 Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 uma expressão - “A prevalência do negociado sobre o legislado”. A colega AFT Vera Olímpia, então chefe da Sit, opôs-se a essa arriscada forma de flexibilização do texto consolidado, pois, mesmo reconhecendo a importância da negociação, considera que, na disposição hierárquica, ela deve estar subordinada ao expresso na lei. Pois a máxima defendida por Dornelles, hegemonia do negociado sobre o legislado, é exatamente o que se quer adotar hoje. Os acordos sindicais terão força de lei, mantendo-se acima de tudo. No entanto, naquele já distante ano 2000, o Partido dos Trabalhadores, então em feroz oposição ao governo FHC, acionou seus braços sindicais e torpedeou totalmente as propostas modernizadoras do ministro Dornelles. Ainda por jocosa ironia, hoje a CUT, Força Sindical, UGT, e outras centrais de trabalhadores, estão juntas com as principais organizações dos patrões, como a CNI, FIESP, FIERJ, elegendo a negociação coletiva como solução para todos os males do trabalhismo brasileiro, excluindo a presença do Estado dentro da sala. Antes não podia flexibilizar, agora pode! REFORMA DE DORNELLES NÃO EXCLUIA O ESTADO Recorde-se, ainda, que o programa de reformas trabalhistas do então ministro Dornelles não diminuia qualquer participação do Estado, na sua atuação nas relações de trabalho, não retirava qualquer prerrogativa da Inspeção do Trabalho e, muito pelo contrário, deu a ela uma força extraordinária. Foi o ministro Franscisco Dornelles quem elevou os então inspetores do Trabalho à condição de AUDITORES FISCAIS DO TRABALHO. É que o presidente Fernando Henrique Cardoso, promovendo uma pequena reforma administrativa, criou um quadro especial de funcionários, “as carreiras típicas de Estado”, assim entendidas aquelas consideradas essenciais na movimentação da máquina federal. E incluiu, nas “carreiras típicas”, a auditoria fiscal federal, que então passou a reunir os colegas auditores da Receita Federal, da Previdência Social e do Trabalho. Como eram todos auditores, os então inspetores do Ministério do Trabalho, para serem incluidos na carreira de auditoria fiscal federal, passaram a ser Auditores Fiscais do Trabalho, em absoluto pé de igualdade aos colegas da Receita e Previdência, com a mesma remuneração, abrigados na mesma lei, como é até hoje. Esse foi um momento de extraordinária importância para a categoria, para a Inspeção do Trabalho brasileira, não podendo esquecer o papel fundamental, nessa conquista, da colega AFT Vera Olím- pia Gonçalves, então chefe da SIT, que fez toda a sustentação técnica do pleito da categoria para que o ministro Francisco Dornelles pudesse solicitar, e conseguir, junto ao presidente Fernando Henrique Cardoso, a inclusão da Inspeção do Trabalho nas carreiras típicas de Estado. Dornelles é um político conservador, mas foi um ministro do Trabalho respeitado, justo nas decisões, altamente competente e profundo conhecedor da máquina administrativa federal, mesmo porque já fôra ministro de Estado e chefe da Receita Federal. Essa conquista histórica da categoria poderia ter sido ampliada em 2004 quando o primeiro governo Lula criou a “SuperReceita”, que passou a se chamar Receita Federal do Brasil - RFB. Ela reuniria as três auditorias fiscais federais: a da própria Receita, a da Previdência Social (INSS) e a do Trabalho. Infelizmente, a do Trabalho não foi contemplada e a categoria ficou de fora. Certamente se os AFTs tivessem sido acolhidos na “Super-Receita” hoje não estariam amargando esta situação humilhante. Agora não adianta chorar o leite derramado, mas o registro serve para alertar que, até mesmo por humildade, devese aprender com os próprios erros. E eles podem se repetir de novo, só que, talvez, pela última vez. PARA ONDE VAMOS? Há uma certa desinformação, em meio à categoria, no que toca a ação do Governo para criar o SUT. Informativos do SINAIT relatam reuniões em delegacias sindicais, inclusive com sindicalistas das centrais sindicais, para pedir apoio contra o projeto governamental. Considerando que esse projeto é de inspiração das centrais sindicais, do interesse imediato delas, apresenta-se até como um contra-senso a busca desse tipo de apoio. Da mesma forma há reuniões com entidades sindicais do serviço público federal, a realização de atos de protesto, mas, da mesma forma, são providências inócuas, pois não incomodam o Governo e sequer chegam até o palácio do Planalto. Também o anúncio de que se decidiu que auditoras e auditores do Trabalho não aceitam ir para o SUT é outra abstração, sem efeito prático. Se a categoria não foi convocada para a discussão e elaboração do projeto, certamente ao Governo não interessa saber se o AFT vai, ou não, se enquadrar no SUT, mesmo porque isso seria decisão de governo e não manifestação de livre-arbítrio. Quando se pede a interdição de prédio, ou instalações, nas superintendências, gerências, ou postos de atendimento do MTE, por estarem sem qualquer condição de uso, ou risco de acidentes, na realidade a ação está VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 indo ao encontro do desejo do Governo que é, efetivamente, o fechamento de suas repartições! Quem sabe seja melhor deixar a repartição, que está em frangalhos, permanecer aberta para que o próprio povo julgue o desinteresse do Governo federal em bem servir a população. Mesmo porque se o projeto de implantação do Sistema Único do Trabalho é pela transferência das atividades do Ministério do Trabalho para as esferas estadual e municipal, obviamente não há razão para reformar, ou adequar melhor as atuais instalações. Elas serão substituidas por outras, da responsabilidade dos conveniados. Como e quando será feito isso, ninguém sabe. Por exemplo, a prevenção e intervenção em saúde e segurança serão privatizadas, serão entregues aos sindicatos que já possuem os respectivos serviços, salientando que em alguns poucos deles, a bem da verdade, são serviços de boa qualidade? A estadualização da inspeção do trablho em saúde e segurança também não é coisa nova. Até por volta de 1980 o Ministério do Trabalho mantinha convênios com governos estaduais para o exercício dessa fiscalização, vez que o próprio ministério não tinha profissionais habilitados, naquela época. A fiscalização estadual era precária, com baixa produção e o Estado utilizava engenheiros e médicos que já tinham atividade principal em suas respectivas secretarias, fazendo a fiscalização do trabalho como “bico”, atividade supletiva. Coube ao ministro Arnaldo Prieto, no governo Geisel, em 1975, denunciar esses convênios, e convocar o primeiro concurso público para admissão de inspetores do trabalho com formação superior em saúde e segurança, dando início a uma nova e fecunda fase da presença do Estado na prevenção da saúde e segurança dos trabalhadores. Foi quando se consolidaram as “NRs”, as normas regulamentadoras de saúde e segurança, sob a coordenação do ministro Prieto.. No entanto, as indagações formuladas ficam no ar, sem resposta Na ausência absoluta de diálogo institucional com o governo da presidente Dilma Rousseff, aos AFTs só cabe externar suas angústias pela internet, pelas colunas do “fala o leitor”, dos jornais, por esta revista “O ELO”, do SINPAIT. As auditoras e auditores fiscais do Trabalho querem saber, do governo da presidente Dilma Rousseff, como ficarão, funcionalmente, tão logo seja implantado o SUT. É tenebroso cogitar, mas haverá risco de extinção da carreira de auditor fiscal do Trabalho? Sob todos os aspectos é deplorável o modo como o atual Governo está tratando a Auditoria Fiscal do Trabalho. Considerando que ela, de modo moderno, é uma instituição com mais de sessenta anos de bons serviços prestados ao povo brasileiro, principalmente à classe trabalhadora, beira a vilania a forma apática, ou arrogante, pela qual o palácio do Planalto está tratando a Auditoria Fiscal do Trabalho neste episódio. A QUEM APELAR? A lenta, silenciosa e profunda mudança na administração pública federal não é de hoje. Acelerou-se e até mesmo agravou-se, nos últimos anos, mas ela vem de longe. Em 1989 um jovem político de Alagoas elegeu-se presidente da República com um slogan de campanha, odiento e repulsivo, que ecoa até hoje: “Vou acabar com os marajás”. O estrago que essa campanha difamatória fez na imagem pública do servidor tornou-se irreparável. Como muitos dos serviços públicos de atendimento direto à população, em boa parte também pioraram; como a campanha popular mostrando quanto se paga de impostos no país, (o valor é mencionado na nota fiscal de compra) e para onde vai a fantástica arrecadação, tudo isso foi transformando o servidor público, principalmente o federal, num monstro, num inimigo número um da população. Por isso os protestos públicos dos servidores não tem qualquer ressonância junto à população. Ao contrário, nos mega-protestos populares de junho do ano passado, em cidades de quase todo o país, o que as pessoas mais denunciavam eram serviços públicos de baixa qualidade. Pediam, por exemplo, saúde pública e educação “padrão Fifa”, dois setores fundamentais que são uma vergonha para a imagem de nosso país.. Assim, sem ter a opinião pública ao lado, é discutível ir atrás dos movimentos radicais de servidores porque, além de fracos e de pouca repercussão, não conseguem que seus reclamos cheguem até o governo, e se chegam não sensibilizam, nem amedrontam o governante de plantão. As greves, no serviço público federal, quase já não incomodam ninguém, nem o próprio Governo. Hoje é absolutamente desproporcional a força do Governo Federal ante a força dos servidores. O embate é fora de cogitação. Diante desse quadro, é abandonar a resistência? Obviamente que não. Há a importantíssima instância parlamentar. O Congresso Nacional é quem dará a palavra final sobre a mudança trabalhista contida no PROJETO-SUT. E no Congresso Nacional a correlação de forças é outra. O jogo de interesses se adensa, de um lado, e se pulveriza de outro. No plenário, nas comissões, a negociação é a alma de tudo. E no Parlamento, a Auditoria Fiscal do Trabalho ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br tem amplas condições de resistir e vencer. Rememora-se, de novo, fatos históricos de nossa categoria. Na Constituição de 1988 havia “lobbys” importantes para estadualizar a Inspeção do Trabalho, ou deixá-la fragilizada, fora do texto constitucional. A categoria, desta vez unida e consciente da importância do momento que se vivia, foi para a luta, dentro do Congresso. Colegas, todos então inspetores do trabalho, vindos de todos os estados do país, fizeram uma frente única para o corpo a corpo diante dos constituintes. Foi um dos instantes de maior emoção, da categoria, porque o esforço foi coroado de êxito. Ao final, a Inspeção do Trabalho foi cravada na Constituição-cidadã. Manteve-se federalizada! Outra vertente de atuação em defesa da Inspeção do Trabalho, para mantê-la viva, como ela é, encontra-se dentro do próprio governo. Seria um trabalho de natureza política, junto a pessoas influentes do governo, do partido do governo, da base aliada, para que abrissem diálogo com a Auditoria Fiscal do Trabalho e, reconhecendo sua importância, aceitassem atuar para que a instituição fosse mantida na sua plenitude. A eleição deste ano mudou bastante o quadro político do país. A bancada sindicalista, por exemplo, foi reduzida pela metade, o que mostra que também eles tiveram forte rejeição dos eleitores. O PT, partido do governo, redesenha suas lideranças internas, agora emergindo seus dois grandes vencedores, o governador Fernando Pimentel, em Minas e Jaques Wagner, na Bahia. São duas pessoas sensatas, sabem ouvir e dialogar. O mesmo ocorre com o governador eleito do Mato Grosso, Pedro Taques, que é do PDT independente, mas da base aliada. Há candidatos eleitos que sairam das urnas com grande peso político e que, procurados, podem ajudar em muito a categoria. O Sindicato Nacional enviou correspondência informando sobre aumento da mensalidade para fazer frente a gastos. Como neste momento toda ação tem de estar voltada para a defesa da Auditoria Fiscal do Trabalho é preciso ter bastante claro o que se pretende fazer e qual meta alcançar. A utilização do dinheiro requer destinação bastante objetiva. Sugere-se, por exemplo, a contratação de escritório especializado na atividade parlamentar para que ofereça a necessária assessoria à direção do sindicato nacional, bem como consultoria política que indique a melhor forma de se atuar dentro do poder decisório do Governo. Fora esse modo de ação, no momento, nenhum outro, talvez, se apresente como eficaz. E sem a mobilização real da categoria a derrota pode ser iminente. (texto-AFT Dalísio dos Santos) 11 O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 BODAS DE OURO Fotos: Arquivo Pessoal Geraldo & Esther N o dia 11 de outubro de 2014, sábado, por volta das 11:00 horas o casal GERALDO BARBOZA NASCIMENTO e ESTHER RODRIGUES NASCIMENTO comemorou 50 (cinquenta) anos de casamento e felicidade. O evento ocorreu num buffet, no bairro da Moóca/SP, onde, após uma cerimônia religiosa, foi servido um almoço aos convidados. Com muita emoção e alegria, ao som envolvente das músicas, especialmente, selecionadas para a ocasião, o casal, diante do ministro religioso, reafirmou o compromisso matrimonial, com a renovação dos votos de amor e companheirismo e a troca de alianças, na presença dos familiares e grande número de amigos. Ao final da cerimônia, o cotejo que acompanhou os “eternos enamorados” reuniu o mais idoso (genitor do colega Geraldo) ao caçula dos netos, de certa forma, simbolizando o início e a continuidade dessa feliz união. Um vídeo, exibido aos presentes, retratou os momentos felizes e importantes da vida do casal. O evento valeu, também, para reunir os colegas auditores do trabalho e da receita federal, juntamente com suas famílias, vindos do litoral santista, onde reside atualmente o casal. Presentes os colegas Carmen Cenira Pinto Lourena Melo e Reinaldo Watanabe. O Sinpait participou dessa alegria contagiante, por intermédio de seus diretores Jesus Bales e Luci Lipel. Finalmente, mais uma surpresa: filhos, netos e nora do casal prestaram-lhe uma linda e carinhosa homenagem que emocionou a todos os participantes. A nosso pedido, o colega Geraldo Barbosa do Nascimento entregou à redação de “O ELO” o texto abaixo que tomamos a liberdade de publicar. mento, Deus disse: “não é bom que o homem viva sozinho, farlhe-ei uma companheira! E tirou Deus uma costela do homem e fez uma mulher. A qual sendo osso dos ossos do homem, assim como sua própria carne. Por esta razão deixei meu pai e minha mãe em 10/10/1964 e me uni, por intermédio do casamento a minha amada esposa (ESTHER), foi neste momento que nos tornamos uma só carne, uma só pessoa, para formar uma família do jeito de Deus. Assim, Deus nos concedeu um casal de filhos, ELAINE e MARCOS, e ainda quatro netos, MARCELY, RENAN, GABRIEL e ROBSON, e, não é só, deu-nos também ALINE como nora, que na verdade é mais uma filha. Eles são uma bênção, tanto para conosco, como para o próprio Deus. Esta é a família que eu sonhava e Deus me concedeu. Se bem me lembro, naquela noite observei que aquele tempo não era majestoso, não possuía belezas materiais, mas possuía um coral com músicas apropriadas de louvores a Deus. Não havia ali uma liturgia conduzindo a cerimônia, nem autoridade secular. Porém em determinado momento percebi uma brisa, as flores que enfeitavam o salão exalando sua fragrância que penetrou na minha alma e perfumou toda a minha vida. Vi que toda aquela liturgia, onde eu Geraldo e Esther, de mãos entrelaçadas, recebíamos as bênçãos de nosso DEUS CRIADOR. Esse ato estava também sendo testemunhado, documentado e embelezado por pássaros gorjeando e anjos cantando de alegria, por esta feliz união que hoje completa 50 anos de casado.” Ao Geraldo, sua esposa Esther e aos seus filhos, nora e netos, nós do SINPAIT, ao agradecer o honroso convite, desejamos que recebam as melhores bênçãos de Deus em sua brilhante trajetória. O CASAMENTO DO JEITO QUE DEUS QUER “Era o dia 10/10/1964, que O GRANDE MISTÉRIO PREVISTO NA BÍBLIA SAGRADA, LIVRO DE “Efésios 5.32” se revelou na minha vida. “De modo que já não são mais duas pessoas, porém uma só carne. Portanto o que Deus uniu com o casamento do seu jeito, não separe o homem! (S. Matheus v.19.6”). Eu digo mistério do casamento, porque é impenetrável à sabedoria, ciência e razão humana. A grande verdade, o casamento, pela sua origem, pelo seu propósito, pela sua missão e beleza, vai muito além de razão humana. Ele é uma instituição divina, pois em um determinado mo- 12 VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 ANIVERSARIANTES FINALISTAS DO ANO suas ausências, os colegas Cyro Fessel, Vilma Partiti e João Saochuk, este, segundo sua mensagem, participando do ENAFIT em Curitiba, representando sua cidade Campinas. A reunião, a exemplo de sempre, foi muito alegre, com “torradinhas apimentadas” e “patê-papo”, sempre com referência aos colegas faltantes. A propósito, não poderíamos deixar de comentar e lamentar a ausência do colega Yllen Fábio Blanes de Araújo que jamais perde essas reuniões. A todos, os nossos agradecimentos. Fotos: SINPAIT No dia 27 de novembro, o SINDICATO PAULISTA DOS AUDITORES-FISCAIS DO TRABALHO – SINPAIT reuniu colegas da diretoria para comemoração dos aniversariantes dos meses de setembro/outubro e novembro. Infelizmente, por motivo de fechamento da última edição de “O ELO” deste ano, a data da comemoração foi marcada com pouca antecedência para o aviso aos colegas. Assim, mesmo com poucos colegas, a alegria contagiou a todos os presentes e a tradicional reunião realizada pelo SINPAIT alcançou o sucesso de sempre. Entre os assuntos em destaque no “bate-papo”, dois se destacaram. O primeiro, como não poderia deixar de ser, a possível criação do “SUT”. O colega Jesus tranquilizou a todos, dizendo que a criação do SUT depende do Congresso Nacional e, é lá que as entidades representativas dos Auditores-Fiscais do Trabalho e do pessoal administrativo devem trabalhar, cada qual procurando, em seu Estado de origem, os Deputados Federais. O outro assunto foi a “renúncia” coletiva da Delegacia sindical do SINAIT em São Paulo. Também, desta vez coube ao colega Jesus responder a todos que, a depender de seu parecer, não teria havido a renúncia coletiva, pois o local da defesa dos interesses dos auditores fiscais do trabalho é junto a sua representação. No entanto, suas ponderações não foram consideradas e houve a renúncia coletiva. O colega Jesus aproveitou para relembrar que, por duas vezes, sob o título “TROCAR SEIS POR MENOS DE MEIA DÚZIA”, manifestou-se contra a criação das Delegacias Sindicais, que trariam mais despesas e em consequência o aumento da mensalidade, sem que com isso, necessariamente, resultasse em melhor atendimento e/ou maior participação dos filiados. E foi isso o que aconteceu. Mas, foi uma decisão da Diretoria e somente eles é que poderão responder se foi acertada ou não. Estiveram presentes os aniversariantes Francisco Antonio Fiori, João Carlos Molianni, Marcelo Sebastiani, Nubar Ghirimian e Renise Luzia Fontana. Comemoram seus aniversários extemporâneos (nova invenção) os colegas Darcy Rizzo Hungueria e Geraldo Barbosa Caracciolo. Destacamos também as presenças dos convidados Roque Gabriel Sergi e Emílio Fiori. Justificaram ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br 13 O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 Designações em São Paulo AMAURI DO AMARAL – Chefe da Agência Regional em Tietê, da GRTE/Sorocaba - Portaria GM/MTE nº 1.621, de 23.10.14 (DOU. 27.10.14); ALDEMIR DE AGUIAR – Chefe do Setor de Inspeção do Trabalho, da GRTE/Santo André - Portaria GM/MTE nº 1.681, de 30.10.14 (DOU. 31.10.14); Aposentadorias Nossos cumprimentos pela aposentadoria e agradecimentos pelo trabalho em prol da categoria e contribuição à valorização da Inspeção do Trabalho aos colegas: JOSÉ LOPES FILHO – Auditor Fiscal do Trabalho - GRTE/Guarulhos - Portaria SRTE/SP/MTE nº 140, de 18.08.14 (DOU. 08.09.14); CLÁUDIO RODRIGUES – Auditor Fiscal do Trabalho - GRTE/ São Bernardo do Campo - Portaria SRTE/SP/MTE nº 142, de 21.08.14 (DOU. 11.09.14); RUBENS FRANCISCO GOMES – Gerente Regional do Trabalho e Emprego, da GRTE/SP/Leste - Portaria GM/ MTE nº 1.683, de 30.10.14 (DOU. 31.10.14); LUIZ MORAES GOMES – Auditor Fiscal do Trabalho - GRTE/SP/ Sul - Portaria SRTE/SP/MTE nº 135, de 14.08.14 (DOU. 18.09.14); GILVAN OLÍVIO CHAVES – Chefe do Setor de Atendimento na Área de Trabalho, Emprego e Renda, da GRTE/ São José dos Campos - Portaria GM/MTE nº 1.685, de 30.10.14 (DOU. 31.10.14); KÁTIA MENEZES FAGUNDES CASSONI – Auditora Fiscal do Trabalho - GRTE/SP/Sul - Portaria SRTE/SP/MTE nº 147, de 04.09.14 (DOU. 29.09.14); SÉRGIO LUCA ANDRÉ – Chefe do Setor de Inspeção do Trabalho, da GRTE/Guarulhos - Portaria GM/MTE nº 1.687, de 30.10.14 (DOU. 31.10.14); ANA MARIA DE SOUZA LAVAGNOLLI – Chefe do Setor de Relações do Trabalho, da GRTE/Osasco - Portaria GM/ MTE nº 1.688, de 30.10.14 (DOU. 31.10.14); TEREZINHA SHIGUEMI HAMADA – Chefe do Setor de Relações do Trabalho, da GRTE/SP/Sul - Portaria GM/ MTE nº 1.690, de 30.10.14 (DOU. 31.10.14); ANA LUISA LEFEVRE ASSUMPÇÃO – Chefe do Setor de Identificação e Registro Profissional, da Seção de Políticas de Trabalho, Emprego e Renda, da SRTE/SP - Portaria GM/MTE nº 1.775, de 17.11.14 (DOU. 18.11.14); OSMAR KATSUMI SUYAMA – Chefe do Setor de Relações do Trabalho, da GRTE/Presidente Prudente - Portaria GM/MTE nº 1.776, de 17.11.14 (DOU. 18.11.14); MAURIZA GOMES SOARES – Chefe do Setor de Mediação, da Seção de Relações do Trabalho, da SRTE/SP - Portaria GM/MTE nº 1.778, de 17.11.14 (DOU. 18.11.14); CAROLINA GUEDES DOS SANTOS SILVA – Chefe do Setor de Atividades Auxiliares, da GRTE/SP/Leste - Portaria GM/MTE nº 1.859, de 26.11.14 (DOU. 27.11.14). Nomeação em Brasília FERNANDO ANTONIO DE ARAÚJO LIMA JÚNIOR – Chefe da Divisão de Fiscalização do Trabalho Portuário e Aquaviário, da Coordenação-Geral de Fiscalização do Trabalho, do Departamento de Fiscalização do Trabalho, da Secretaria de Inspeção do Trabalho/MTE – Portaria GM/MTE nº 1.721, de 06.11.14 (DOU. 07.11.14). 14 BENEDITO PEDRO DA SILVA – Auditor Fiscal do Trabalho - GRTE/ SP/Leste - Portaria SRTE/SP/MTE nº 147, de 04.09.14 (DOU. 29.09.14); ANA MARIA SOUZA SANTOS – Auditora Fiscal do Trabalho - GRTE/ SP/Oeste - Portaria SRTE/SP/MTE nº 150, de 08.09.14 (DOU. 14.10.14); VALQUIRIA CAMARGO CORDEIRO – Auditora Fiscal do Trabalho - GRTE/Sorocaba - Portaria SRTE/SP/MTE nº 150, de 08.09.14 (DOU. 14.10.14); JURANDIR CORREIA DOS SANTOS – Auditor Fiscal doTrabalho - GRTE/ Osasco - Portaria SRTE/SP/MTE nº 166, de 06.10.14 (DOU. 14.10.14); EDIR JOSÉ VERNASCHI – Auditor Fiscal do Trabalho - SRTE/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 167, de 06.10.14 (DOU. 14.10.14); ADELINO FERREIRA DA COSTA – Auditor Fiscal do Trabalho - GRTE/ Osasco - Portaria SRTE/SP/MTE nº 172, de 09.10.14 (DOU. 28.10.14); LUIZ ANTONIO DE ARAÚJO SANT’ANA – Auditor Fiscal do Trabalho - GRTE/Marília - Portaria SRTE/SP/MTE nº 171, de 08.10.14 (DOU. 30.10.14). NA PAZ DO SENHOR ANA MARIA FREIXO DE CARVALHO AFT aposentada/Santo André/SP + 22/08/2014 SEVERINO MONTEIRO AQUINO AFT aposentado/Guarulhos/SP + 25/09/2014 JOÃO GERALDO DIANGILA AFT aposentado/Campinas/SP + 30/09/2014 CARLOS DA SILVA SANTOS AFT aposentada/São Paulo/SP + 02/10/2014 VERA MARIA PERON AFT aposentada/Jundiaí/SP + 21/10/2014 DÉCIO DE JESUS BORGES DA SILVA AFT aposentado/Guarulhos/SP + 31/10/2014 Adeus. Até sempre. Saudades... VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº303 • Set / Out / Nov / Dez de 2014 CORREIO A ELO Almir Pazzianotto Pinto – Ministro do Tribunal Superior do Trabalho aposentado - “Recebo periodicamente a revista O ELO, publicada pelo SINPAIT. Neste último número observei duas notícias, relativas a pessoas pelas quais tenho particular estima: a aposentadoria da Vera Olímpia, e o aniversário do Paulo Cristino. Fico feliz ao saber que ambos estão bem. Se possível, faça com que lhes chegue ao conhecimento esta breve mensagem, de quem lhes deseja muitos anos de vida, com saúde, paz, alegria.” Ivete Cassiani Furegatti – AFT aposentada/Campinas/SP – “Fiquei muito emocionada com o carinho a mim dedicado no ELO nº 302. É um incentivo para se ir adiante, lutar pelos sonhos e ideais, não esmorecer. Apesar das constantes dificuldades encontradas pela vida afora, há momentos que fazem esquecer da correria diária, das tristezas, das dores, das dúvidas, das incertezas. Dentre estes momentos, está a reunião festiva do SINPAIT, em que se comemoram os aniversários ; é o momento oportuno para se encontrar e reencontrar amigos e colegas, de trocar ideias, de bater um papo descontraído, de matar as saudades da convivência com todos os que fizeram e fazem a Inspeção do Trabalho. É o momento da confraternização alegre e saudável e de saborear os quitutes tão gostosos. É o momento de abraçar e ser abraçado, de saudar e ser saudado, de doar um pouco de si para o outro. É o momento de celebrar a vida. Obrigada Jesus, obrigada Luci, obrigada a todos os funcionários do SINPAIT por proporcionarem estas oportunidades tão especiais e tão aguardadas por todos aqueles que podem e sabem usufruí-las. E que mais e mais colegas comecem a frequentar as reuniões de confraternização dos aniversariantes. Um abraço carinhoso e aconchegante para todos.” Ivete Cassiani Furegatti – AFT aposentada/Campinas/SP – “Hoje é o Dia do Idoso!!! A todos os amigos que estão nesta fase da vida, da qual não podemos fugir - e bendito aquele que pode atingi-la - desejo que os seus direitos sejam respeitados, e que recebam muito, muito amor, carinho, atenção. A todos desejo saúde, alegrias, sonhos realizáveis. E àqueles que não atingiram ainda esta fase, os meus mais sinceros votos de que possam chegar nela, com sabedoria e alegria. Não esquecendo, jamais, de que o corpo pode envelhecer, mas a cabeça deve continuar sempre ativa e vibrante. Apesar de percalços pelo caminho, a vida é uma dádiva maravilhosa. Saibam aproveitá-la.” Ivete Cassiani Furegatti – AFT aposentada/Campinas/SP - “Quero agradecer a atenção dispensada à Rosana, filha de nossa colega e amiga Lúcia Trentin. Foi de extrema valia e possibilitou à Rosana o registro como radialista. Valeu, mesmo! Muito, muito obrigada.” Milton Gomes – AFT aposentado/BA – “Aproveito o ensejo para agradecer os inúmeros Informativos do SINPAIT trimensalmente recebidos no meu endereço residencial. Parabéns! pela Revista, pelo seu nível técnico e informativo, pelas relevantes matérias abordadas, pela linha editorial e também pelo instrumento que encarna enquanto veículo em defesa da categoria dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado de São Paulo e do Brasil. Segue carta de despedida quando da minha aposentadoria (25/07/2014), dirigida à época aos Auditores Fiscais do Trabalho, para ser publicada neste aguerrido Informativo do SINPAIT, se assim entender por bem. (NR – A referida carta está publicada nesta edição de O ELO). Neusa Brandani Fonseca – AFT/SP aposentada – “Agradeço comovida, a consideração e carinho, cumprimentando-me por mais um aniversário. Vocês estão presentes em minha lembrança devido ao apoio, amizade e coleguismo permanentes. Desejo-lhes, também, felicidade, vitórias e concretizações de projetos, sempre amparados pela saúde!” Roque Helder Moschen - AFT/ES - Presidente do SINDAITES - Sindicato dos Auditores-Fiscais do Trabalho do Estado do Espírito Santo – “Agradeço o envio de “O Elo” nesses anos todos de trabalho como AFT. Uma forma de manter-nos antenados com os assuntos da categoria, informações sociais e técnicas de grada importância que o SINPAIT faz de forma a unir e informar aos AFTs.” RAFAEL PEREIRA DE ASSIS nasceu em São Paulo, no dia 7 de novembro de 2014, filho de Fernanda e Guilherme Assis. Rafael é o primeiro neto do colega auditor aposentado/SRTE/ SP, o engenheiro Joaquim Gomes Pereira, Vice Presidente de Segurança do Trabalho do SINPAIT. Foto: Arquivo Pessoal NASCIMENTO RAFAEL A chegada de Rafael, que trouxe muita alegria a toda família, incluindo a família sinpaitiana, inspirou a alma poética do colega Joaquim que dedicou, como ele próprio designou, “Um poeminha para Rafael” “Ao olhar este ser pequenino Querubim em tão tenra idade Vê-se a magia de Sua presença revelada pelo milagre divino e a certeza de continuidade de um mundo de esperança”. Nossos cumprimentos ao colega e amigo Joaquim e aos felizes papais, desejando ao pequeno príncipe Rafael, um futuro de muita luz. ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br 15 Fotos: SINPAIT Aniversariantes