JUAN CARLOS MEDINA íTO DA TEMPERATURA DE AQUECIMENTO NA OBTENÇÃO DE LAMINAS / •>OR DESENROLAMENTO E SOBRE A QUALIDADE DA COLAGEM DE COMPENSADOS FENÓLICOS DE PINUS ELLÍOTTH EN6ELM. Dissertação apresentada ao Curso de Pos-Graduaçao em Engenharia Florestal do. Setor de Ciências Agrarias da Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. CURITIBA 1986 M I N I S T C R I O DA EDUCAÇÃO 0'CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAI DO P A R A N A SETOR DF. CIÊNCIAS AGRÁRIAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE PflS-GRADUAÇÂO"EM ENGENHARIA FLORESTAL P A R E C E R Os membros da Comissão Examinadora -designada pelo Çolegiado do Curso de Pos-Graduação cm Engenharia Flores, tal para realizar a arguição da Dissertação.de Mestrado apre sentada polo candidato JUAN CARLOS MEDINA, sob.o título "EFEI TO DA TEMPERATURA DE AQUECIMENTO NA OBTENÇÃO DE LfelX NAS DESENROLAMENTO E SOBRE FENCLIC05 DE Vlmò A QUALIDADE POR DA COLAGEM DE COMPENSADOR tlllottll ENGELM" para obtenção do grau de Mestre em Ciências Florestais - Cuyso de Pds-Graduação em En genharia Florestal do Setor de Ciências-Agrarias da universidade Federal do Paraná, área de concentração: TECNOLOGIA E UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS FLORESTAIS, apôs haver analisado o referido trabalho e arguido o candidato,são do parecer pela "APRO VAGÃO" da Dissertação, completando assim os requisitos necessários para receber o grau e o Diploma de Mestre era Ciências Florestais. Observação: 0 critério de avaliação da Dissertação e defesa da mesma a partir de novembro de 1980 ê apenas APROVADA ou IJIO APROVADA. Curitiba, 04 de abril de 19?,f> l Professor Jose Gabriel de Lelles \ f/Ap 0. " Ov\ 7 /g o - . l l f M * 1 \ • i m ^ w V/ c i * f.c*Jf Fm v -«Jó// cmú& 1..?.Cr OI Primeiro Examinador Ji/ J W Professor I vai do (gvjf(fo-jytés JankowsKy , M.Sc Sego. n d o E x a nri n a d o \ / , Professor/Sidon Keinerx Júnior, DR. \/ Presidente A minha esposa LILIANA pelo seu incansável estímulo e apoio e aos meus pais CECILIA MARIA JUAN CARLOS DEDICO. AGRADECIMENTOS Ao Professor Dr. Sidon Keinert Júnior, pela orientação e incentivo durante a èlaboração deste trabalho. Aos cò-orientadores Profs. Dr. Ivan Tomaselli e Dr.Amauri Simioni, pela suas-valiosas contribuições. à Coordenação do Curso de Põs-Graduação em Engenharia Florestal do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná, pela aceitação no referido curso. à CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior e â Universidade Federal do Paraná, pela concessão de bolsa de estudo. à UNSE - Universidad Nacional de Santiago dei Estero, que possibilitou a realição do Curso dé Põs-Graduação.. à Industria Karson. S.A. por permitir a utilização das instalações de sua planta industrial. Aos professores e funcionários do Curso de Engenharia Florestal e ao pessoal da Biblioteca do Setor de Ciências. Agrárias .  todos aqueles que emprestaram, sua amizade e apoio durante a realização deste curso. Agradecimento póstumo: ao Prof. . Dr.. Peter Karsted por sua orientação e incentivo. iii M Á R I O LISTA DE ILUSTRAÇÕES vi LISTA DE TABELAS RESUMO ...... 1 1.1 . . ........... o INTRODUÇÃO . . . xiii 01 OBJETIVOS 03 Objetivo 1.1.2 Objetivos específicos 2.1 . viii .......... 1.1.1 2 •.. geral .. 03 03 REVISÃO DE LITERATURA ... 05 FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO DAS LÂMINAS ...... 05 2.1.1 Características da Madeira 05 2.1.2 Aquecimento das Toras 09 2.1.3 Condições de Operação do Torno 14 2.1.4 Secagem das Lâminas 2.2 ' FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO DOS COMPENSADOS .. 17 20 2.2.1 Características da Madeira 20 2.2.2 Características das Lâminas 22 2.2.3 Condições da Colagem ... 27 2.3 CONTROLE DE QUALIDADE DA COLAGEM 29 2.4 EXPERIÊNCIAS BRASILEIRAS 31 3 MATERIAIS E MÉTODOS 34 3.1 GENERALIDADES 34 3.2 AMOSTRAGEM E COLETA DO MATERIAL 35 iv 3.3 AQUECIMENTO DE. TORAS ............ .... ........... 36 3. 4 LAMINAÇÃO 3.5 SECAGEM E CLASSIFICAÇÃO 38 3.6 DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO 38 3.7 ELABORAÇÃO DOS COMPENSADOS 40 3.8 AVALIAÇÃO DOS PAINÉIS 42 3.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA 45 RESULTADOS E DISCUSSÃO 47 4 ... . . . . 37 4.1 RENDIMENTOS NA LAMINAÇÃO 47 4.2 CARACTERÍSTICAS DAS LÂMINAS ......... 56 4.3 RESISTÊNCIA DA COLAGEM AO ESFORÇO DE CIZALHAMENTO 58 4.4 RECUPERAÇÃO DA ESPESSURA E INCHAMENTO 69 4.5 RESISTÊNCIA à FLEXÃO ESTÁTICA 74 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES SUMMARY 80 ...... ANEXOS 84 85 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS vi 110 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 CORTE TRANSVERSAL DE LÂMINAS DE Pinus sp. OBTIDAS POR DESENVOLVIMENTO MOSTRANDO A SUPERFÍCIE DO LADO FECHADO (HSE 2 20 ) . 07 FAIXA DE TEMPERATURA FAVORÁVEIS PARA A OBTENÇÃO DE LÂMINAS POR DESENROLO, VÁLIDO PARA LATIFOLIADAS DE DIFERENTE PESO ESPECÍFICO 3 . . .. 12 SECÇÃO TRANSVERSAL DE UM TORNO MOSTRANDO A RELAÇÃO GEOMÉTRICA ENTRE AS PRINCIPAIS PARTES RELACIONADAS AO CORTE DA LÂMINA . 4 . .. 15 CORPOS DE PROVA DE LINHA DE COLA MOSTRANDO A POSIÇÃO DAS FENDAS DE L AMIN AÇÃO EM RELAÇÃO  DIREÇÃO DO ESFORÇO DE. TRAÇÃO 5 24 ESQUEMA DE RETIRADA DE CORPOS DE PROVA DOS COMPENSADOS 6. 43 PERDAS E RENDIMENTO FINAL DAS TORAS DESENROLADAS A 20°C . 7 50 PERDAS E RENDIMENTO FINAL DAS TORAS DESENROLADAS. A 40°C 51 vi FIGURA 8 PERDAS E RENDIMENTO FINAL DAS TORAS DESENROLADAS A 60°C .. 9 52 COMPARAÇÃO DOS VALORES DE FALHA NA MADEIRA OBTIDOS COM OS EXIGIDOS PELA NORMA PSl-74 PARA O TESTE DE LINHA DE COLA EM ÚMIDO 10 68 DIFUSIVIDADE TÉRMICA NA DIREÇÃO RADIAL EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA E CONTEÚDO DE UMIDADE, PARA ABETO 11 FATOR DE AJUSTE PARA OS VALORES DE DIFUSIVIDADE SEGUNDO O PESO ESPECIFICO 12 88 89 RELAÇÕES ENTRE O NÚMERO DE FOURIER, RAIO NORMALIZADO E TEMPERATURA NORMALIZADA ' vii 90 LISTA DE TABELAS TABELA 1 DIÂMETROS DAS TORAS MEDIDAS NOS DOIS EXTREMOS ..... 2 PROGRAMA DE TEMPERATURA E TEMPOS UTILIZADOS NO AQUECIMENTO DAS TORAS 3 36 37 NORMAS UTILIZADAS NA REALIZAÇÃO DOS TESTES PARA A DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS-MECÂNICAS DOS COMPENSADOS 4 ..1 NÚMERO DE CORPOS DE PROVA TESTADOS NA DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS PAINÉIS 5 44 46 DIÂMETROS E VOLUME (m3) DE MADEIRA DE CADA UMA DAS TORAS ENTRE AS DIFERENTES OPERAÇÕES DURANTE A LAMINAÇÃO 6 48 VOLUMES TOTAIS ENTRE AS DIFERENTES OPERAÇÕES, AGRUPADAS SEGUNDO AS TRÊS TEMPERATURAS DE AQUECIMENTO.. 7 49 PERDAS PERCENTUAIS NAS DIFERENTES OPERAÇÕES DURANTE A OBTENÇÃO DE LÂMINAS POR DESENROLO E RENDIMENTO FINAL. 49 viii TABELA 8 NÜMERO DE LÂMINAS OBTIDAS DAS DIFERENTES QUALIDADES SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DA PSL-74 9 RENDIMENTO QUALITATIVO EM LÂMINAS SEGUNDO A NORMA PSl-74 10 55 ESTATÍSTICAS OBTIDAS PARA UMIDADE, PESO ESPECIFICO E CONTRAÇÃO TANGENCIAL 12 54 COMPARAÇÃO DOS RENDIMENTOS OBTIDOS COM OUTROS VALORES TOMADOS DA LITERATURA 11 54 57 DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DAS LÂMINAS OBTIDAS SEGUNDO OS TRÊS NlVEIS DA TEMPERATURA DE AQUECIMENTO ..... 13 57 ESTATÍSTICAS OBTIDAS PARA OS VALORES DE RESISTÊNCIA E PORCENTAGEM DE FALHA NA MADEIRA DO TESTE DE LINHA DE COLA SECA, PARA OS 2 7 TRATAMENTOS 14 59 ESTATÍSTICAS OBTIDAS PARA OS VALORES DE RESISTÊNCIA E PORCENTAGEM DE FALHA NA MADEIRA DO TESTE DE LINHA DE COLA ÚMIDA, PARA OS 27 TRATAMENTOS ...... 15 RESUMO DE INCIDÊNCIA DOS TRÊS FATORES NA COLAGEM DOS COMPENSADOS 16 60 61 ESTATÍSTICAS OBTIDAS NOS TRÊS NÍVEIS DOS FATORES TEMPERATURA DE AQUECIMENTO (T ), TEMPERATURA (T) cL E TEMPO (t), PARA AS DIFERENTES VARIÁVEIS DE RESPOSTA DO TESTE DE LINHA DE COLA ix 63 TABELA 17 RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS DO TESTE DE TUKEY EFETUADO PARA AS MÉDIAS DOS TRÊS FATORES ANALISADOS 18 . . 64 COMPARAÇÃO DOS VALORES DE RESISTÊNCIA E FALHA NA MADEIRA DO TESTE DA LINHA DE COLA OBTIDOS NESTA PESQUISA, COM ALGUNS VALORES ENCONTRADOS NA LITERATURA 19 70 ESTATÍSTICAS OBTIDAS NO TESTE DE INCHAMENTO PARA AS DUAS VARIÁVEIS DE RESPOSTA, RECUPERAÇÃO DA ESPESSURA E INCHAMENTO 20 72 VALORES MÉDIOS OBTIDOS NO TESTE DE FLEXÃO ESTATÍSTICA PARA AS VARIÁVEIS DE RESPOSTA, TENSÃO DE RUPTURA, E MÕDULO DE ELASTICIDADE 21 75 ESTATÍSTICAS OBTIDAS NO TESTE DE FLEXÃO ESTÁTICA PARA AS VARIÁVEIS. DE RESPOSTA, TENSÃO DE RUPTURA E MÕDULO DE ELASTICIDADE, NOS SENTIDOS PARALELOS E PERPENDICULAR ÃS FIBRAS .....' 22 76 COMPARAÇÃO DOS VALORES MÉDIOS OBTIDOS NESTE TRABALHO, COM OS VALORES OBTIDOS POR DIFERENTES AUTORES PARA COMPENSADOS DE Pinus elliottii E Araucaria angustifolia, E PARA MADEIRA SÕLIDA DE Pinus elliottii 77 x TABELA Al ANALISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DA LINHA DE COLA SECA. VARIÁVEL DE RESPOSTA: RESISTÊNCIA A2 97 ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DA LINHA DE COLA SECA. VARIÁVEL DE RESPOSTA: PORCENTAGEM DE FALHA NA MADEIRA A3 98 : ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DA LINHA DE COLA ÚMIDA. VARIÁVEL DE RESPOSTA: RESISTÊNCIA A4 99 ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DA LINHA DE COLA ÚMIDA. VARIÁVEL DE RESPOSTA: PORCENTAGEM DE FALHA NA MADEIRA A5 100 TESTE TUKEY PARA OS VALORES MÉDIOS DE RESISTÊNCIA EM SECO DA LINHA DE COLA NOS TRÊS NÍVEIS DOS FATORES TEMPERATURA DE AQUECIMENTO (Ta), TEMPERATURA (T) E TEMPO (t) A6 101 TESTE DE TUKEY PARA OS VALORES MÉDIOS DE RESISTÊNCIA EM ÚMIDO DA LINHA DE COLA NOS TRÊS NÍVEIS DOS FATORES TEMPERATURA DE AQUECIMENTO (Ta), TEMPERATURA (T) E TEMPO (t) A7 102 TESTE DE TUKEY PARA OS VALORES MÉDIOS DE FALHA NA MADEIRA EM SECO DA LINHA DE COLA NOS TRÊS NÍVEIS DOS FATORES TEMPERATURA DE AQUECIMENTO (Ta) , TEMPERATURA (T) E TEMPO (t) xi ... 103 TABELA A8 TESTE DE TUKEY PARA OS VALORES MÉDIOS DE. FALHA NA MADEIRA EM ÚMIDO DA LINHA DE COLA NOS TRÊS NÍVEIS DOS FATORES DE TEMPERATURA (T) E TEMPO (t) A9 ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE RECUPERAÇÃO AIO 105 ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE INCHAMENTO Ali 104 106 ANÁLISE DE INTERAÇÃO TEMPERATURA-TEMPO DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE à VARIÁVEL DE RESPOSTA INCHAMENTO A12 .... 107 ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE FLEXÃO ESTÁTICA NO SENTIDO PARALELO. VARIÁVEL DE RESPOSTA: RESISTÊNCIA MÁXIMA A FLEXÃO A13 108 ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE FLEXÃO ESTÁTICA NO SENTIDO PARALELO. VARIÁVEL DE RESPOSTA: MÓDULO DE ELASTICIDADE. A14 108 ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE FLEXÃO ESTÁTICA NO SENTIDO PERPENDICULAR - VARIÁVEL DE RESPOSTA: RESISTÊNCIA MÁXIMA A15 '109 ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE FLEXÃO ESTÁTICA NO SENTIDO PERPENDICULAR- VARIÁVEL DE RESPOSTA: MÕDULO DE ELASTICIDADE xii 109 RESUMO Nesta pesquisa estudou-se o efeito da temperatura de aquecimento, da temperatura de prensagem e do tempo de prensagem, sobre as características mecânicas da resistência da linha de cola de compensados elaborados a partir de Pinus elli.otti.-i, e colados com resina fenõlica. As temperaturas de aquecimento usadas foram 20°C, 40°C e 60°C. As temperaturas de prensagem foram 135°C, 145°C e 155QC. Os tempos de prensagem foram 3, 6, 9 minutos. 0 experimento foi completamente casualizado com arranjo fatorial dos tratamentos. Nesta avaliação ainda levou-se em conta o efeito da temperatura de aquecimento sobre o rendimento, e qualidade das lâminas. Finalmente e com finalidade de caracterizar o produto determinou-se outras propriedades físicas e mecânicas dos compensados. As três variáveis consideradas afetaram significativamente as características mecânicas da linha de cola. A temperatura de aquecimento afetou os valores de resistência ao cizalhamento, sendo maiores os valores para 60°C. As outras variáveis, temperatura e tempo de prensagem foram determinantes do grau de cura do adesivo. à melhor colagem foi para lâminas desenroladas a 60°C e prensados com 145°C durante 6 minutos, podendo também conseguir-sé boas colagens com lâminas desenroladas a 60°C e prensadas com 135°C ou 145°C durante 9 ou 6 minutos, respectivamente. A temperatura de aquecimento também afetou o rendimento, e a qualidade das lâminas. Laminar a 60°C proporcionou um rendimento 10% maior que as outras duas temperaturas,.ganho que surgiu de uma redução que as outras duas.temperaturas, ganho que surgiu de uma redução de 5 0%' das perdas de lâminas no manuseio posterior ao desenrolamento. Constatou-se ainda que o ganho foi em lâminas provenientes das partes o fuste de maior nodosidade. A profundidade das fendas de laminação, e a.rugosidade diminuiram, e a uniformidade de espessura das lâminas aumentou para esta temperatura de aquecimento. As outras propriedades mostraram-se semelhantes as exibidas por compensados elaborados com outras pesquisas com Pinus elliottii. xiii 1 INTRODUÇÃO O compensado é um painel formado por lâminas delgadas de madeira,justapostas em camadas impares,.coladas entre si de maneira que a direção da grã de camadas adjacentes formem ângulos de 90° entre si. Segundo as predições do XVI Congresso da IUFRO (19 78) a demanda deste produto, que foi desenvolvido extensamente nas últimas décadas, continuará crescendo e só poderá ser satisfeito incrementando-se os investimentos nas pesquisas sob matéria prima, procedimentos e equipamentos utilizados em sua elaboração. Com o aumento do consumo e o distanciamento das reservas naturais das espécies consideradas tradicionais para a produção de compensados, dos centros consumidores, o abastecimento de matéria prima passou a ser prejudicado. Uma opção é utilizar madeira de reflorestamento como já foi feito por outras indústrias madeireiras. Este problema já foi apontado na Con13 sulta Mundial sobre Painéis efetuado no ano de 196 8 em Roma , onde recomendou-se que as futuras pesquisas sobre matérias primas devem considerar como base o fato que o consumo futuro de madeira depende cada vez mais das toras de segunda geração, e das cultivadas em plantações, mais quedos recursos de florestas virgens. Levando em consideração os aspectos acima mencionados, e o fato da existência de grandes áreas plantadas com espécies 02 florestais exóticas,das quais no sul destaca-se o reflorestamento com espécies do gênero Pinus. Utilizou-se neste estudo a madeira de Pinus elliottii, por ser uma das mais abundantes no estado do Paraná, para a elaboração de compensados colados com resina fenólica. A idéia de utilizar resina fenólica deve-se ao fato de que este produto, assim constituído, ê hoje muito aceito no mercado mundial. Em países tais como EEUU e Canadá são longamente utilizados para a construção de residências, por exemplo nos EEUU 92% das casas construídas levam como componente principal este produto. Segundo um informe publicado na revista 41 Chile Forestal , neste pais este produto esta sendo utilizado na construção de um tipo de residência importada dos EEUU, a qual resulta 30% mais barata que uma equivalente de alvenaria, apesar de que todos seus componentes estruturais de madeira serem importados. Por esta razão está sendo estudado no Chile a possibilidade de desenvolver o compensado de pinus colado com resina fenólica. Até agora os antecedentes de pesquisas destinadas a avaliar a utilização de pinus na elaboração de.compensados no Brasil, restringiram-se ã utilização de resina üréica como ade19 22 4 sivo (HAYASHIDA , JANKOWSKY e ROMERO DE AGUIAR ). Um fator de primordial importância'na elaboração de um compensado é a colagem do mesmo, dado que espera-se que as outras características físicas e.mecânicas sejam próximas, quando não melhores, do que as propriedades da madeira sólida. A variável dé maior interesse abordada nesta pes- quisa ê a temperatura de aquecimento das toras, procurando-se estabelecer a conveniência ou não de aquecer as toras antes da 03 laminação. Na realidade quando se faz um balanço entre as vantagens e desvantagens do aquecimento das toras, conclui-se que o aquecimento é favorável, restringindo-se o problema â determinação da melhor temperatura para determinada espécie. A avaliação do efeito do aquecimento efetua-se sobre o rendimento e as características das lâminas, e sob a qualidade da colagem. No primeiro caso as características consideradas são profundidade das fendas de laminação, rugosidade e uniformidade de espessura, no entanto, na avaliação da colagem utiliza-se o valor da resistência da linha de cola, e a porcentagem de falha na madeira. Durante a prensagem,além da temperatura de aquecimento das toras,introduzem-se duas novas variáveis, a temperatura de prensagem e o tempo de prensagem, com a finalidade de encontrar a melhor combinação de temperatura-tempo de prensagem, e detectar alguma possível interação entre as três variáveis. Para a análise dos resultados do teste da linha de cola utilizou-se um.delineamento completamente casualizado com arranjo fatorial dos tratamentos. 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Objetiva-se com este estudo contribuir ao desenvolvi- mento de técnicas eficientes para a laminação e fabricação de compensados a partir de Pinus elliottii, introduzido no Sul do Brasil. 1.1.2 Objetivos específicos Determinar a conveniência ou não de aquecer as toras de Pinus elliottii para sua laminação. 04 Determinar das três temperaturas de aquecimento testa- das., aual é a melhor. Determinar a influência da temperatura de laminação sobre: - o rendimento quantitativo e qualitativo da operação de desenrolamento; - as características das lâminas (profundidade das fendas de laminação, rugosidade e uniformidade da espessura) ; - as características mecânicas da linha de cola. Determinar das três temperaturas de prensagem qual foi a melhor para a colagem. Determinar dos três tempos de prensagem qual foi o melhor para a colagem. Determinar se existe interações significativas entre as três variáveis consideradas sobre as propriedades mecânicas da linha de cola. Determinar a melhor ou melhores combinações das variáveis para a colagem. Determinar os valores de resistência e rigidez para os compensados através do teste de flexão estática. Determinar as propriedades peso específico, umidade, inchamento e recuperação da espessura. 2 REVISÃO 2.1 2.1.1 DE LITERATURA FATORES QUE AFETAM A-PRODUÇÃO DAS LÂMINAS Características da Madeira A maioria das espécies vegetais arbóreas podem ser pro- cessadas para obtenção de lâminas. De um modo geral as latifoliadas são mais facilmente transformadas em lâminas que as coníferas. Isto atribui-se ao fato de que as latifoliadas respondem melhor aos esforços de flexão produzindo lâminas menos danificadas por fendilhamentos. A razão parece estar relacionada ao menor conteúdo de lignina nas latifoliadas e ao fato de ser esta mais termoplástica que a correspondente as coníferas (LUTZ30 ) . 0 peso específico é uma característica importante, e de um modo geral espécies que apresentam valores muito baixos produzem lâminas felpudas, e espécies de valores muito alto consomem mais energia e as lâminas apresentam maior fendilhamento. Nos EEUU a faixa de peso específico que se utiliza é de , 30 0,32-0,65 (Kg/m3) (LUTZ ). Normalmente as toras são laminadas pouco tempo após serem abatidas. Nesse momento o conteúdo de umidade é muito pró- ximo ao conteúdo da umidade da árvore em pé. No corte das lâminas, a madeira é comprimida na frente da faca, quando o conteúdo de umidade é muito alto, a compressão pode levar a que a 06 água (praticamente incompressível) arrebente as fibras da madeira. No outro extremo, experiências realizadas nos Laboratórios de Produtos Florestais dos EEUU indicaram que toras laminadas a umidades inferiores a 25% produziram lâminas ruins. Os melhores resultados obtiveram-se com umidades compreendidas en30 tre 50-60% (LUTZ ). 29 LUTZ cita um trabalho de BRYANT et alii* no qual en- controu-se que a diferença no conteúdo de umidade entre as diferentes partes de uma mesma tora afetaram a uniformidade de espessura; as partes mais úmidas (alburno) resultaram de lâminas mais delgadas que as correspondentes as porções menos úmidas (cerne). A permeabilidade é um fator que tem influência nas operações de laminação, secagem e colagem. Uma madeira de permeabilidade boa pode diminuir o problema de eliminação de água durante a laminação, facilita a secagem, e melhora as condições para a colagem pela eliminação 30 do vapor de água desprendida durante a cura da cola (LUTZ ). A estrutura da madeira e a velocidade de crescimento são fatores que afetam a qualidade da lâmina. As espécies que crescem rapidamente e além disso apresentam muita diferença entre o peso específico do lenho primaveril e o lenho outonal 30 sao as mais difíceis de laminar (LUTZ ). Segundo GRANTHAN & ATHERTON^ isto pode ser atenuado mediante o aquecimento das toras antes da laminação. * BRYANT, B.; PETERS, T. & HOERBER, G. Venner thickness variation its measurement and significance in plywood manufacture. Forest Prod. J., 15(6): 233-37, 1965. 07 Quando a madeira de lenho primaveril é de muito menor densidade que a madeira de lenho outonal, para uma mesma pe rcentagem de compressão no torno, pode ocorrer que ela seja comprimida durante o corte, e posteriormente ao recuperar sua di30 mensao natural sobrepase em espessura ao lenho outonal (LUTZ ). Quando os Pinus são torneados,a superfície das lâminas apresentam diferenças marcantes entre as que correspondem a o lenho outonal e ao lenho primaveril. Isto se deve ao corte s e produzir de diferentes maneiras. No lenho outonal se produz a separação das células na lamela média, e no lenho primaveril a parede celular é cortada (HSE 20 ). A Figura 1 mostra esta di- ferença. FIGURA 1. CORTE TRANSVERSAL DE Lfu~INAS DE Pi nus sp. OBTIDAS POR DESENROLAMENTO MOSTRANDO A SUPERFíCIE DO LADO FECHADO (HSE 19 ) \ '" f.. f-' ~ir"r I-' ..... .... .... 1-' H .... r "'" r- H H f-' H r-< )-' ..... r-< r I-' I-' ~§ ..... H .... H- I-' r rLENHO PRIMAVERIL rI-' ~-'" ~ r-t: ' LENHO OUTONAL 08 Quando o ângulo existente entre os anéis de crescimento e o plano de saída das lâminas é muito grande as lâminas serão rugosas e apresentarão elevada variabilidade na espessura. Isto sucede em caso de toras excêntricas, em a proximidade dos nós e quando as garras em torno estão deslocadas do centro (PALKA32; KOCH 25 ). A presença de nós é um fator determinante quando ã qualidade de lâmina. A norma americana PS1-74 toma como um fator de classificação o tipo, tamanho e frequência dos nós. Os pinus apresentam este problema na totalidade de suas espécies, porém estes defeitos podem ser reduzidos manejando-se corretamente o povoamento com a aplicação da poda artificial nas árvores - destinadas a produção de compensados (JANKOWSKY 22 ). Isto é evi- 7 denciado nos trabalhos efetuados por CHONG , nos quais demonstra-se que quando a poda é efetuada oportunamente sobre as espécies Pinus elliottii e Pinus radiata, o rendimento em termos de qualidade aumenta em grandes proporções. Além disto os nós freqüentemente incidem sobre outros parâmetros tais como rugo29 sidade, desafiado da faca, etc. LUTZ laminando P. elliottii e P. taeda conseguiu diminuir a rugosidade das lâminas com um aquecimento prévio das toras, o qual diminuiu a dureza dos nós. A conicidade das torâs, que também pode ser diminuída pela técnica de poda, afeta a qualidade das lâminas obtidas por meio da laminação rotativa;, as lâminas resultam da grã curta o que acarretaria debilidade ao flexionamento e ã contração longitudinal (LUTZ^) . A presença de resina nas madeiras de coníferas é uma desvantagem pois normalmente empasta as ferramentas do torno, 09 além do que a resina solidificada que pode estar presente nos 30 7 nos leva ao desgaste rápido do fio da faca (LUTZ , CHONG ). Durante as operações posteriores da secagem e prensagem, o efeito da temperatura faz com que as resinas sejam exudadas â superfície das lâminas prejudicando o processo de colagem (LUTZ30). 2.1.2 Aquecimento das Toras Esta é a área onde maior diferenças de opiniões exis- tem. Através do tempo, numerosos estudiosos pesquisaram o efeito da temperatura na operação de laminação podendo ser citados: FLEISCHER (1948); LICKEES (1957); GRANTHAM & ATHERTON (1959); LUTZ (1960) e outros. De maneira geral o aquecimento das toras traz consigo uma série de vantagem e desvantagens, e do correto balanço entre estas e analisando o aspecto econômico surgirá a decisão de aquecer ou não. A seguir enumeram-se as vantagens e desvantagens. - O aquecimento torna a madeira mais plástica. Segundo 29 LUTZ , o grau de plasticida"de e função da temperatura da ma- deira e não do tempo de permanência nessa temperatura. Toras laminadas a quente apresentam menor fendilhamento que toras laminadas sem aquecimento prévio (CORDER & ATHERTON 12 , KOCH 25 , LUTZ 30 , PALKA 32 ). Este efeito e mais notável com especies mais densas e laminas de maior espessura (LUTZ 30 , PALKA 32). - O aquecimento amolece a madeira. Normalmente o aquecimento das madeiras de alto peso específico facilita o corte, entretanto sobre as madeiras menos densas pode resultar no desgarramento. das fibras e as lâminas apresentarem uma superfície 30 veluda (LUTZ ). A temperatura também amolece os nós; em diver- 10 sas pesquisas demonstrou-se que em presença de nós o aquecimento melhora a vida da faca, e diminui a rugosidade das lâmi29 nas em torno dos nos (LUTZ ). - O aquecimento da madeira gera uma expansão tangencial e uma contração radial,o que,dependendo da espécie e temperatura, origina rachaduras30no topo, o qual é prejudicial para a laminaçao. Segundo LUTZ • este movimento térmico origina ra- chaduras com temperaturas superiores a 66°C. - O aquecimento da tora pode levar ao desgaste do topo pelo torque do torno durante a laminação. Na realidade a maioria das vezes a causa disto é a não uniformidade de temperatura na tora. Os topos estão mais quentes e mais moles que a parte central na tora, em conseqüência a força de corte necessária será maior no centro, e é este gradiente final de for30 ça o responsável do desgaste do topo (LUTZ ). - O aquecimento reduz o teor de umidade das toras. Isto se atribui a que o ar da cavidade celular se expande e expulsa fora a água livre. GRANTHAM & ATHERTON 16 trabalhando com Douglas-fir encontraram que lâminas de alburno de toras aquecidas apresentaram umidades menores que as lâminas de alburno de toras não aquecidas, a madeira de cerne não apresenta o mesmo fenômeno. Também indicaram que lâminas de alburno de toras aquecidas secam 10% mais rápido que lâminas de toras sem aquecimento,e novamente o cerne não apresenta diferença. - O aquecimento em alguns casos melhora o rendimento. 16 GRANTHAM & ATHERTON , tomando o problema do ponto de vista econômico,estabeleceram que o. maior ganho do aquecimento de toras de Douglas-fir foi devido ao incremento do rendimento em termos da qualidade. 11 — Em relação ã uniformidade de espessura, fator importante na qualidade das lâminas, GRANTHAM & ATHERTON 16 não detectaram diferenças entre as lâminas produzidas a partir de toras aquecidas e não aquecidas. Um resultado parecido foi obtido por ÇORDER & ATHERTON 12 . Na maioria das espécies um bom corte pode-se obter dentro de um intervalo de temperatura. As temperaturas requeridas ou apropriadas para laminar, as coníferas são geralmente mais altas que as requeridas para as latifoliadas de densidade equivalentes. Isto pode ser.devido â estrutura da madeira das coníferas, que se caracteriza por faixas alternadas de lenho primaveril pouco denso e lenho outonal denso (KOLLMANN et alii 30 FLEISCHER*, citado por LUTZ ). estabeleceu a relaçao en- tre a densidade da madeira de algumas latifoliadas e a temperatura apropriada para sua larainação, determinando ura intervalo de temperatura para cada densidade. Isto pode ser visto na Figura 2. Os pinus do sul dos EEUU são geralmente aquecidos em água ou vapor de água antes da laminação para evitar a severidade das fendas provenientes do corte, plastificar os nós, melhorar o rendimento, e .a colagem. A temperatura normalmente o 25 utilizada para laminar pinus e de 60 C (KOCH ). Segundo BALDWIN 3 , um intervalo de temperatura de 21°C a 70°C é o mais apropriado para laminar os pinus. * FLEISCHER, H.O. Heating rates for log, bolts, and flitches to be cut into veneer. U.S.For. Prod. Lab. Rep.,n? 2149, 1959. 12 FIGURA 2. FAIXA DE TEMPERATURAS FAVORÁVEIS PARA A OBTENÇÃO DE LÂMINAS POR DESENROLAMENTO VÃLIDO PÁRA LATIFOLIADAS DE DIFERENTES PESOS ESPE30 CÍFICOS (ADAPTADO DE LUTZ ) PESO ESPECÍFICO 13 29 De um trabalho conduzido por LUTZ para determinar o efeito da temperatura de laminação sobre a qualidade das lâminas obtidas por desenrolamento de Pinus taeda e Pinus eohinata, determinou-se que temperaturas 60°c e 70°C foram as melhores,,pòis reduziram o desgaste da faca e contrafaca além de melhorar a qualidade das lâminas, principalmente por redução das rachaduras originadas no manuseio. Uma vez determinada a temperatura, o problema é determinar o tempo necessário da tora no tanque de aquecimento para atingir essa temperatura. Este tempo depende de tores tais como: espécie, diâmetro, teor e vários fa- gradiente de umidade, temperatura inicial, temperatura desejada, tipo de tanque de aquecimento e meio utilizado como aquecedor (KOLLMANN et alii2^ ). KOROLA & KIVAMAA* e NAKAMICHI &.KONNO** citados por 14 ' ' FEIHL determinaram que o tempo necessário para atingir uma dada temperatura aumenta com o quadrado do diâmetro da tora. 14 FEIHL ~ comparando a influencia do peso específico ver- de (peso verde/volume verde) e da densidade básica (peso seco/volume verde) estabeleceu que o primeiro é o que deve considerar-se no cálculo do tempo de aquecimento já que uma variação de peso específico verde modifica enormemente o tempo necessário, não sendo assim para uma variação equivalente na densidade básica. Um aumento do peso específico verde aumenta o tempo de aquecimento. Neste mesmo trabalho estabeleceu que a * KORALA, A. & KIVAMAA, E. Thawingrate of frozen birch logs in water (in Finnish). State Tech. Res. Inst. Helsinki Rep. 44, 1947. ** NAKAMICKI, M. & KONNO, H. Heating the venner logs. Temperature changes in logs inmersed in hot water (in Japanese). Hokkaido Forest Prod. Res. Inst. Rep. 44 (Can. Dep. Forest. Rural Develop. Translation n9 73, 1965) 14 espécie e o meio de aquecimento (água ou vapor de água) não afeta muito o tempo de aquecimento. A temperatura inicial da tora é um fator importante na determinação do tempo de aquecimento, aumentando ainda mais sua importância se esta temperatura está abaixo do ponto de congelamento da água. Quando a tora tem água em forma de gelo necessitará maior energia para derreter o gelo e conseqüente mais tempo, pois durante esta mudança da fase da água, a tem37 peratura local permanecera constante (STEINHAGEM ). 38 STEINHAGEM et al-ti desenvolveram um método para a determinação do tempo de aquecimento levando em consideração as propriedades térmicas e físicas da madeira, características anatômicas, dimensões das toras e rolo do resto, temperatura de aquecimento, temperatura desejada e temperatura do meio ambiente. 2.1.3 Condições de Operação do Torno A Figura 3 apresenta a secção transversal de um torno, onde pode-se ver a relação geométrica entre as partes diretamente relacionadas ao corte da lâmina. A função da faca é de cortar a madeira numa espessura ~ 32 determinada, e de separar a lamina resultante da tora (PALKA ). Se o ângulo da faca é muito grande produziram-se lâminas corrugadas, com 1 a 2 ondas por centímetros. Se é muito pequeno as lâminas apresentam alternância de espessuras grossas e delgadas, esta irregularidade de espessura é mais pronunciada no inverno em toras que não foram aquecidas uniformemente. Quando o ângulo de afiação da faca é muito grande favorece a formação das fendas de laminação. 0 fio da 15 FIGURA 3. SECÇÃO TRANSVERSAL DE UM TORNO MOSTRANDO A RELAÇÃO GEOMÉTRICA ENTRE AS PRINCIPAIS PARTES RELACIONADAS AO CORTE DA LÂMINA 16 faca é de muita importância na rugosidade das lâminas, melhorando o fio diminui a rugosidade; uma faca cega combinada com altas pressões na barra de pressão favorece o arrebentamenuu 30 da parede celular pela água (LUTZ '). A função da barra de pressão é comprimir a madeira na frente do bisel da faca. Esta compressão controla a qualidade da lâmina em termos de rugosidade, profundidade3 das fendas de laminaçao e uniformidade de espessura (BALDWIN ). Quando a pressão oferecida pela barra da pressão é demasiada alta, pode ocorrer o arrebentamento das paredes celulares pela água, e o surgimento de rachaduras na parte fechada 30 X (LUTZ da lâmina ). Quando o ajuste das partes do torno determinam uma abertura horizontal pequena e uma abertura vertical grande, pode-se produzir uma separação da grã nas zonas fracas existentes entre os anéis de crescimento de certas espécies(LUTZ3^). 22 JANKOWSKY usando aberturas horizontais de 2,5; 2,6 e 2,7 mm com as correspondentes porcentagens de pressão da contrafaca de 16%, 13% e 10% na produção de lâminas de 3 mm por desenrolamento da espécie Pinus strobus, determinou que as melhores lâminas foram obtidas com uma abertura horizontal de 2,7 mm. A melhora se constatou pela menor rugosidade e por uma maior resistência das lâminas ao teste de tração perpendicular âs fibras, sendo que a profundidade das 31 fendas aumentou. Num estudo realizado por LUTZ et alii destinada a de- terminar a influência de umidade e a velocidade da laminação sobre a qualidade das lâminas de Pinus taeáa estabeleceram que com o aumento da umidade e da velocidade aumenta a carga sobre a barra de pressão o que se traduz em lâminas delgadas e 17 fracas em tensão perpendicular (fendas de laminação profundas). Além disso observaram que em velocidades muito baixas a porção do lenho primaveril sofreu "rasgo por compressão". Na produção de lâminas por desenrolamento a partir 19 do P%nus ell%otti%, HAYASHIDA testou o efeito de duas velo- cidades 35 e 45 r.p.m. sob a qualidade destas, estabelecendo que ao passar da menor â menor velocidade aumentou a frequência e a profundidade das fendas. O torno deve ser robusto, fixar firmemente a tora e trabalhar a temperatura uniforme para produzir lâminas de boa qualidade. Quando são laminadas toras aquecidas, o calor pode produzir distorções na faca e barra da pressão o que prejudica a qualidade das lâminas. Alguns autores recomendam como solução deste problema, o aquecimento dos elementos do torno ã temperatura de trabalho, dispositivos do esfriamento, e o uso de parafusos de ajuste, sendo a primeira solução a melhor (LUTZ30). 2,1.4 Secagem das Lâminas A necessidade e a importância da secagem é sentida na maior parte dos processos de transformação de madeiras. No caso de compensados, as exigências quanto ao teor de umidade das lâminas variam dependendo do tipo de chapa em questão. 0 perfeito controle do teor de umidade é de extrema importância para a produção de compensados. Altos teores de umidade geralmente resultam em colagens pobres, pela formação de bolhas de vapor durante a prensagem (colagem a quente). Por outro lado quando o teor de umidade é extremamente baixo resulta também numa colagem pobre. Na prática uma colagem nestas condições 18 apresentará valores baixos da porcentagem de falha na madei39 q ra (TOMASELLI , CHOW et aliiv). O principal problema que se apresenta na secagem da madeira é a não uniformidade da umidade final. Os fatores que causam este problema são derivados das diferenças intrínsecas de madeira, e de falhas mecânicas na estufa de secagem. 0 primeiro problema se resolve em parte pela homogeneização da carga, e o segundo exige controles periódicos das condições termodinâmicas nas diferentes partes do secador (LUTZ 30 ). Entre os problemas da madeira que mais afetam a uniformidade da umidade final temos a diferença que existe no conteúdo de umidade inicial entre as madeiras do cerne e alburno; uma divisão destas duas para ser secadas separadamente com programas diferentes é a chave no êxito da secagem. 0 problema embora não é tão simples devido ao fato que as toras ao ser cónicas proporcionam, em grande proporção, lâminas que 9 possuem na mesma folha madeira do cerne e alburno(CH0W et alii ). 25 ... .. Segundo KOCH um otimo conteúdo de umidade para os pinus do sul dos Estados Unidos a ser colados com resina fenólica,estã próximo aos 4%. Maiores velocidades da secagem são obtidas no início da secagem, ou seja na fase onde a madeira se encontra' com o maior teor de umidade. Quando mais próximo'o teor de umidade for de zero, menor será a taxa de secagem (quantidade de água perdida em um determinado intervalo de tempo)(TOMASELLI 39 ). O peso específico tem relação inversa com a velocidade de secagem, quanto màior seja o peso específico menor será a velocidade de secagem (COMSTOCK11). 19 Uma diminuição na espessura da lâmina reduz o tempo de secagem. Considerando as três direções ou planos que apresenta a madeira, a secagem se produz mais rapidamente no sen39 tido longitudinal (TOMASELLI ). A velocidade do ar durante a secagem talvez seja o fator mais importante, obviamente quando se considera secagem artificial. 0 ar é responsável pela transferência de calor da fonte de aquecimento para a superfície da madeira, e pela transferência da massa de vapor de 39 água da superfície da madeira para o exterior (TOMASELLI ). A temperatura tem uma relação inversa com o tempo de secagem. Quando a secagem das lâminas efetua-se com altas temperaturas, próximas aos 280°C, a superfície das lâminas perde suas características boas para a adesão; com temperaturas de 210°C ou menores a superfície mantém suas características (LUTZ 30 ) . 25 KOCH cita um trabalho conduzido por KOZLIK no qual estabeleceu-se que nas etapas iniciais de secagem, acima do ponto de saturação das fibras, as lâminas de pinus podem tolerar altas temperaturas de secagem sem perda de resistência ou aptidões para a colagem. Concretamente,quando a velocidade do ar não excede os 7 m/s, a primeira etapa de secagem conduzida a 425°C. pode ser Mas para os estágios abaixo do ponto de sa- turação da fibra não deve-se ultrapassar os 175°C. 20 2.2 2.2.1 FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO DOS COMPENSADOS Características da Madeira Ás propriedades mecânicas deverão ser consideradas em relação a sua futura aplicação. As madeiras de coníferas são usados em painéis destinados â construção dado que para um mesmo peso específico, as coníferas apresentam um módulo de elasticidade maior que as latifoliadas. A explicação disto estaria no comprimento de fibra e no maior conteúdo de lignina das coníferas (LUTZ30 ) .. O maior uso das espécies dos pinus norte-americanos é em painéis de uso estrutural, especialmente a qualidade C-D (PS 1-74) que admite nós sãos de até 7,12 cm e rachaduras com 30 um comprimento máximo de 2,54 cm (LUTZ ). Os pinus do sul dos Estados Unidos são conhecidos por sua alta permeabilidade, isto pode levar que durante a colagem ocorra uma excessiva penetração do adesivo, ocasionando o fenômeno denominado linha de cola faminta , que é um dos fatores que mais afetam a qualidade da colagem (HSE21 ). 9Q HSE estudou a qualidade de colagem entre lenho prima- veril (LP) e lenho outonal (LO) em Pinus sp. Analisou também o efeito do tempo de montagem. Desta pesquisa ele concluiu que a qualidade da colagem, avaliada pela resistência, pela porcentagem da falha na madeira e pela porcentagem de delaminação, foi sempre melhor quando .a colagem efetuou-se entre LP-LP, pior entre LO-LO, e intermediário entre LP-LO. O tempo de montagem .6 ti mó foi próximo aos 15 minutos. Em todos os casos com o aumento deste tempo decresceu a qualidade de colagem,e o mais sensível a isto foi a montagem LO-LO. 21 Sobre um total de 600 ensaios de linha de cola para 27 compensados de P^nus sp, KOZLIK determinou que 43% dos cor- pos de prova apresentaram valores de falha na madeira inferior ao 50%. Na busca de explicações realizou 240 novos ensaios estabelecendo que em ordem de importância os fatores que afetaram a colagem foram a união do lenho outonal-lenho outonal, lenho primaveril-lenho outonal, rugosidade, degradação térmica de superfície na secagem è• linha de cola seca. 5 BLOMQUIST & OLSON experimentando o efeito da presença dos nós na resistência da linha de cola, encontrou valores de resistência bons (1,18 N/mm 2 ), e valores mais baixos de porcentagem de falha na madeira (57%). Esta experiência foi conduzida com Pinus taeda, e um adesivo base fenõlica. O Pinus palustris foi utilizado na fabricação de 5 compensados num experimento conduzido por BLOMQUIST & OLSON com a finalidade de determinar o efeito da resina na resistência da linha de cola. Seus resultados não conseguiram complementar as exigências estabelecidas para uso exterior pela norma C.S. 259-63*. A qualidade da colagem pode dentro de certas circunstâncias ,ser afetada pela presença de extrativos ou resinas. Quando altas temperaturas são utilizadas na secagem de lâminas de pinus os extrativos tendem a concentrar-se na superfície. Excessiva deposições de extrativos pode adulterar a cola reduzindo sua coesão. Por outro.lado, os extrativos podem bloquear lugares reativos na superfície prejudizando a umectação por parte do adesivo. A oxidação de algunas extrativos pode * C.S. = Comercial Standard, EEUU. 22 incrementar a acidez da madeira, promover a degradação e debilitar as forças coesivas das fibras da madeira (KOCH 2 ^). Os diferentes polímeros que compõem a parede celular da madeira apresentam diferenças em sua capacidade para formar ligações com os adesivos. As hemiceluloses são mais reativas pois aparesentam um maior número de pontos reativos. A celulose e a lignina apresentam respectivamente, apenas 60% e 40% da 24 capacidade das hemiceluloses (KLEIN ). Esta seria uma das ex- plicações da colagem deficiente que acontece 20 com o lenho 25 outonal dos pinus, ja que, como demonstraram HSE tipo de lenho quando é cortado, ocorre e KOCH ,neste a separação das fibras deixando exposto na superfície partes da lamela média,rica em lignina, a qual é a menos reativa. 2.2.2 Características das Lâminas As lâminas são produtos derivados ou obtidos por corte com uma faca em espessuras que podem variar entre 0,13 mm até 6,35 mm. As características mais importantes que devem ser levadas em consideração para definir a qualidade deste produto são: uniformidade de espessura, rugosidade de superfície, deformações, fendas de laminação, cor e figura. Uma lâmina ideal poderia definir-se como aquela uniforme em espessura, com rugosidade não maior que a de sua própria estrutura,plana, com nenhu-» ma fenda, de cor e figura agradável (LUTZ 25 KOCH n ). ~ realizou as seguintes observaçoes sobre os valo- res de resistência ao cizalhamento de linha de cola em relação a qualidade da madeira e as condições de colagem: ele nota que a máxima resistência em úmido é atingida utilizando lâminas de alto peso específico, obtidas laminando a quente, tendo fendas de laminação numerosas e pouco profundas, lâminas obtidas de árvores de crescimento lento, sem uso de extensores secundários, aumentando a quantidade de cola espalhada e reduzindo o tempo de montagem. As primeiras quatro características que se relacionam com a madeira são contrárias àquelas indicadas para obter altos valores de porcentagem de falha na madeira. Em outros termos, as condições que tendem a incrementar a resistência da lâmina (e resistência da junta) resulta em baixos valores de falha na madeira, e contrariamente,a debilitação das lâminas resulta em altos valores de falha na madeira. Em relação â delaminação estabeleceu que lâminas abertas de madeira densa delaminam mais rapidamente que lâminas fechadas da mesma densidade. A resultados similares chegaram BLOMQUIST & OLSON 5 , LUTZ 30 e SUCHSLAND & STEVENS 36 . 22 FEIHL & GODIN* citados por JANKOWSKY variação na espessura afeta a colagem e indicaram que a outras operações na fabricação de compensados; a rugosidade excessiva provoca um aumento no consumo de adesivos, prejudica a linha de cola e condiciona a quantidade de madeira que será retirada das faces do painel durante o lixamentò; lâminas com fendas de laminação profundas poderão romper-se quando manipuladas, provocar delaminação sob condições extremas de umidade ou ainda afetar a superfície das faces pelo aparecimento das rachaduras na superfície do painel. No ensaio destinado a determinar os valores de resistência de linha de cola e a porcentagem de falha na madeira, as * FEIHL, 0. & GODIN, V. Peeling defects in veneer, this causes and control. Ottawa Çanadian Forestry Service. Publication n? 1280, 1970. 18 p. 24 fendas de laminação influirão nestes valores segundo elas sejam testadas em aberto ou fechado (ver Figura 4). Neste últi5 mo caso os valores serão um pouco màiores (BLOMQUIST& OLSON ) . FIGURA 4. CORPOS DE PROVA DE LINHA,DE COLA MOSTRANDO A POSIÇÃO DAS FENDAS DE LAMINAÇÃO EM RELAÇÃO À DIREÇÃO DO ESFORÇO DE TRAÇÃO Ml % f¥í ? U z í I x — z n ABERTO FECHADO 25 CHOW 8 num trabalho conduzido com a finalidade de de- terminar o efeito das fendas de laminação na resistência ao cizalhamento da linha de cola, em seco e após a ebulição, determinou que: a medida que diminui a profundidade das fendas a resistência;--ao cizalhamento aumenta, de tal modo que uma diminuição de 1% na profundidade das fendas aumenta a resistênc a em 0,01 N/mm 2 . A porcentagem de falha na madeira não sofreu nenhuma variação significativa neste estudo. Encontrou também que existe uma relação linear entre a penetração do adesivo e os valores de resistência ao cizalhamento. Tudo isto implica que uma redução na profundidade de fendas ou maior penetração do adesivo resulta num aumento do valor de resistência ao cizalhamento. Finalmente, para compensados onde o grau de Cura da resina é ótimo, o valor do cizalhamento é um indica- dor da qualidade das lâminas. A presença das fendas de laminação afeta a qualidade e o rendimento das lâminas,já que durante o manuseio se .originam 30 as rachaduras (LUTZ ). A uniformidade da espessura contribui a uma colagem de alta qualidade na fabricação de compensados. Para uma lâmina . 30, de 3 mm de espessura a .tolerancia e de ± 0,102 mm (LUTZ )• A variação na espessura afeta a uniformidade no conteúdo da umidade, e também afeta a distribuição da cola o que 15 obviamente afetara a qualidade da colagem (FREEMAN ). A rugosidade da superfície das lâminas pode causar problemas na colagem, requer lixamento excessivo, e pode causar pro-• 30 blemas no acabamento (LUTZ ). 17 HANCOCK num experimento destinado a pesquisar o efei- to das altas temperaturas de secagem sobre a colagem de lâmi- 26 nas de Douglas-fir, estabeleceu que com temperaturas superiores aos 185°C os extrativos presentes na madeira prejudicam a qualidade da colagem. 36 SUCHSLAND & STEVENS estudando a colagem de lâminas de Pinus sp.- do sul dos Estados Unidos, secadas com altas temperaturas (260 C), e coladas com resina fenõlica tipo exterior, estabeleceram que a presenta de extrativos prejudica as características adesivas da madeira. Para verificar isto retiraram os extrativos. das lâminas com solventes apropriados e posteriormente secaram elas com temperaturas altas, esta vez a capacidade adesiva não foi prejudicada. Isto confirma que com temperaturas de secagem altas, os extrativos prejudicam as características adesivas, reduzindo assim a qualidade de colagem. 4 HASKELL*, citado por BLOMQUIST observou que laminas de pinus elliottii, taeda, etc. secados com temperaturas de 177°C-190°C proporcionam bons valores de colagem, porém a temperaturas maiores se produz um fluxo excessivo da resina â superfície, prejudicando a colagem. As lâminas durante a'secagem com altas temperaturas podem ter reduzida a sua resistência mecânica nas capas superfi26 ciais, levando a valores baixos de falha na madeira (KOZLIK ). NORTHCOTT & COLBECK** citados por KOZLIK 2 7 , verificaram que o Módulo de Ruptura (MOR) decresceu quando a temperatura na qual foram secadas as lâminas aumentou de 150°C para 230°C, e o mesmo, efeito teve o aumento do tempo de secagem. Também * HASKELL, H.H. The triangle: veneer, adhesives and production conditions. Unpublished paper presented at Borden Chem. Co. Symposium, Meridian, Miss Jan. 12-13, 1965. ** NORTHCOTT, P.L. & COLBECK, H.G.M. Bending strength of Douglasfir veneer. For. Prod. J., j)(9) : 292-97, 1959. 27 determinaram que o número, ângulo e profundidade das fendas de laminação reduziram o valor do MOR. 2.2.3 Condições da Colagem Normalmente as colas são preparadas para um determina- do período de tempo de montagem na manufatura dos compensados, este tempo permite que parte da umidade da cola seja absorvida pela lâmina e se produza' um aumento da viscosidade.. Um tempo demasiado curto propicia uma colagem de qualidade inferior, provavelmente por conter demasiada água na linha de cola o que levaria a uma cura incompleta do adesivo. Trabalhos conduzidos 9 por CHOW et alii demonstraram que com. longos tempos de monta- gem não ocorreu polimerização da cola, fato que foi estabelecido por medições do tamanho molecular, o problema que existe com tempos demasiados longos se restringe a capacidade de umectação das colas por perda de umidade. Em outros termos, produz-se um incremento de viscosidade tanto pela evaporação superficial como pela absorção da madeira, de tal modo que se produz um contato pobre entre a superfície espalhada e a não espalhada. Os fatores que devem ser considerados no tempo de montagem são temperatura ambiente, temperatura da lâmina e umidade da lâmina. A temperatura ambiente no decorrer da colagem modifica a viscosidade da cola, e o mais importante efeito desta ê du15 rante o tempo aberto. FREEMAN ', trabalhando com dois tempos de montagem (5 e 20 minutos) e a diferentes temperaturas ambientes, constatou que, a porcentagem de falha na madeira no ensaio da linha de cola foi muito baixo para a combinação de longos tempos e altas temperaturas ambiente. Também estabeleceu que quanto maior é a umidade relativa do ambiente melhor é a colagem. 28 Num estudo com Pinus sp destinado a determinar o efeito que exerce a pressão utilizada na fabricação de compensados sobre a porcentagem da falha na madeira no teste de linha de cola,FREEMAN1^ estabeleceu, que o aumento da pressão dentro do raio de 0,49 N/mm2-l,4 7 N/mm 2 aumentou a porcentagem de falha na madeira, isto é, melhorou a qualidade da colagem. 9 ~ Segundo CHOW et alii , uma pressão adequada e necessária para: a) garantir uma boa transferência da cola da lâmina espalhada â não espalhada; e b) manter um bom contato entre as partes mais rugosas durante a cura da resina. As pressões usualmente usadas são de 1 N/mm 2 até 1,4 N/mm 2 , dependendo da re- sistência da madeira utilizada. . . 26 Segundo KOLLMANN et al%% demasiado altas reduzem , temperaturas de prensagem a qualidade do compensado dado que a plasticidade da madeira aumenta rapidamente acima de 100°Cío que conduz a uma compressão indesejável da madeira. O tempo de prensagem deve ser o suficiente para que as partes mais internas 9 da linha de cola atinjam a temperatura de cura (CHOW et alii ) . 25 KOCH em diversos trabalhos com pinus do sul dos Es- tados Unidos constatou que aumentando os sólidos da resina em uma cola de 21% a 26%, a qualidade da colagem melhora em termos de porcentagem de falha na madeira, resistência ao cizalhamento em úmido, e durabilidade no exterior. Na indústria de compensados de pinus dos EEUU utiliza-se a resina fenõlica como base para o adesivo, sendo a principal razão disto a alta permeabilidade dos pinus a água. 29 A maior produção é de painéis de três camadas de aproximadamente 9 mm de espessura. 0 tempo de montagem depende da densidade da espécie em questão, para as mais densas utiliza-se um tempo inferior aos 13 minutos, e para as menos densas aceitam-se tempos de até 25 minutos. As condições do ciclo de prensa utilizadas são: 140°C temperatura de prensagem, 6 minutos de tempo de prensado, 1,18 N/mm2-l,4 7 N/mm 2 de pressão. Logo após da prensa é prática comum nesta indústria empilhar os painéis ainda quentes por quatro horas mais para que a cura da cola prossiga (KOCH25 .» ) . 2.3 CONTROLE DE QUALIDADE DA COLAGEM De maneira geral as normas internacionais determinam a qualidade da junta através do teste conhecido como resistência da colagem ao esforço de cizalhamento, e ao valor de resistência obtido adiciona-se outro, conhecido como porcentagem de falha na madeira, o qual é determinado subjetivamente, e serve para complementar o anterior. Este teste efetua-se em diferentes condições, as quais são, corpo de prova seco, corpo de prova umedecido com água fria, e após imersão em água fervente. A escolha das condições para efetuar este teste deve ter presente a diferença que existe entre os termos, durabilidade da resina, e qualidade da colagem. Neste sentido CARROL^ estabeleceu que o primeiro é matéria de escolha por parte do fabricante,enquanto que o segundo é determinado pelas condi- ções de cura do adesivo. Assim para ter um compensado resistente as condições climáticas exteriores é prioritário escolher um adesivo apropriado, e além disso verificar que as condições .de elaboração sejam as mais adequadas. 30 CHOW & WARREN 10 fizeram um estudo comparativo de cinco formas diferentes de realizar o teste da linha de cola em úmido, entre os que incluiu: Vacuum-Pressure Soak (COFI)*, 24-hour Cold Soak (DIN 68705)**, Ciclyc Cold Soak (CSA D 121; D 151-1961)***, Boil-Dry-Boil-Cool (DIN 68705; CSA 0121, 01511961), Ice Boil (COFI), e finalmente o teste em seco como testemunha. O objetivo foi determinar qual deles era o melhor para determinar a cura-incompleta do adesivo, para o qual elaboraram-se compensados inadequadamente curados. O Vacuum-PressSoak resultou ser o mais crítico e o mais apropriado por sua rapidez. Por último os resultados do experimento mostraram ao critério da falha na madeira como mais sensível que os valo- res de resistência, para a determinação de cura incompleta. Sendo os valores de resistência ao cizalhamentò o mais apropriado para avaliar a qualidade das lâminas, quando o grau de 8 cura da resina é ótimo (CHOW ). O ensaio boi-dry-boil é destinado a determinar se uma cola é durável em condições extremas de umidade e temperatura. Os maiores fatores que afetam a durabilidade da colagem são: as propriedades físicas e químicas da cola, as tensões mecânicas induzidas pelas mudanças dimensionais da madeira e pelas cargas adicionais, e a exposição as condições climáticas exteriores. O fato de utilizar um adesivo durável como é o caso de um adesivo de base fenõlica, reduz o controle só â determinação do grau de cura da linha de cola, derivado das variáveis utilizadas na elaboração (CHOW & WARREN 10 ). *C0FI: Council of Forestry Industries of British Columbia **DIN: Deutsches Industrie Normen ***CSA: Canadian Standards Association 2.4 EXPERIÊNCIAS BRASILEIRAS O estudo da utilização do Pinus elliottii.na fabricação - 18 de compensados já foi .efetuado nel elaborado foi de cinco por lâminas HAYASHIDA coladas . O pai- com um adesi-- vo de base uréia-formaldeído. Neste.experimento as toras foram aquecidas antes da laminação, não indicando-se finalmente a temperatura de laminação. Os resultados das propriedades físicas-mecânicas foram comparadas com os valores obtidos para compensados de araucaria. Os resultados mostraram que em termos dos ensaios da linha de cola em seco, flexão estática, inchamento de espessura, empenamento e absorção de água quase sem- pre os compensados de pinus foram melhores que os de pinho. 19 HAYASHIDA realizou um trabalho destinado a conhecer o desempenho da madeira de Pinus elliottii var.elliottii na fabricação de compensados,bem como estudar os diversos fatores que influem nas suas características tecnológicas. No estudo utilizaram-se duas toras de 3,4 m de comprimento, 0,3 m de diâmetro e de 17 anos de idade. A variação das características foram analisadas ao longo das secções transversal e longitudinal. As variáveis da laminação foram velocidade de rotação . (r.p.m.), e espessura das lâminas. A laminação foi efetuada sem cozimento. A avaliação das lâminas efetuou-se por observação visual e por medição de ocorrência e profundidade das fendas de laminação. Os compensados eram de três lâminas com adesivo â base de uréia-formaldeído curãvel a quente. A variável na prensagem foi a pressão. Efetuou-se o ensaio da linha de cola, flexão estática., densidade, umidade, absorção de água, inchamento e arrancamento de prego e.parafusos. Na discussão dos resultados concluiu: as lâminas provenientes da par- 32 te inferior da tora foram de melhor qualidade que as provenientes da parte superior, problema que poderia solucionar-sé com o aquecimento das toras. A profundidade e frequência das fendas de laminação foi maior nas proximidades da medula e ao crescer a velocidade de rotação de 35 a 45 rpm. Entre os limites de pressão utilizados, 0,8 até 1,4 N/mm 2 não se verificou diferença significante na resistência de colagem. A resistência da linha de cola resultou enfraquecida no caso das lâminas que apresentaram maior número e freqüência de fendas de laminação, sucedendo o contrário com a porcentagem da falha na madeira. E finalmente fazendo uma comparação com compensados de araucária, é equiparável, quanto as propriedades estudadas. JANKOWSKY desenvolveu um trabalho com o objetivo de verificar a possibilidade de utilização de madeira de Pinus strobus (Martinez) var. chiapensis como matéria prima para a produção de lâminas e painéis compensados. Foram utilizadas 9 toras de 1,30 m de comprimento, 0,3 m de diâmetro, provenientes da parte basal de 5 árvores de 12 anos de idade. A laminação efetuou-se sem cozimento das toras. O tratamento principal avaliado neste trabalho foi a regulagem do torno, mais especificamente a abertura horizontal (porcentagem de compressão) . A qualidade das lâminas (variável de resposta) foram avaliadas por sua uniformidade na espessura, flexão, rugosidade e fendas de laminação, os compensados por sua resistência de linha de cola. Para uma espessura da lâmina de 3 mm determinou que a melhor qualidade da lâmina foi obtida com 2,7 mm de abertura horizontal, 0,5 mm de abertura vertical, isto é^, uma porcentagem de compressão de 10%. Na confecção dos painéis utilizou-se um adesivo à. base dé uréia-formaldeído. Nenhuma 33 das .propriedades físico-mecânicas foram afetadas pelas diferentes regulagens. Em relação ã sua resistência â umidade, foi alta (tipo II segundo a norma NBS/PS51-71)*. Finalmente de tudo isto concluiu que esta espécie é viável de ser usada na produção de painéis de boa qualidade. 34 ROMEIRO DE AGUIAR realizou um estudo da fabricaçao de compensados utilizando madeira de Pinus. 0 trabalho está dividido em duas partes, a primeira delas é 22 tuada por JANKOWSK.Y , a segunda idêntica a efe- e um trabalho destinado a obter informações preliminares sobre o" efeito da variação da quantidade de extensor e do tempo de montagem na resistência â flexão estática de compensado manufaturados de Pinus oaribaea var. hondurensis com adesivo a base de uréia-formaldeído. Em relação aó primeiro parâmetro considerado concluiu que um aumento da quantidade do extensor (faixa considerara 50, 100 e 150 partes p/peso) provocou uma diminuição na qualidade da linha de cola, que pode ser verificada através da resistência do painel â flexão estática, principalmente no sentido paralelo". Com relação ao efeito do tempo de montagem (intervalos estudados 5, 15, 30 e 45 minutos) concluiu que o melhor resultado está entre 15 e 30 minutos, com temperatura ambiente de 24°C. Finalmente assinala que o compensado de Pinus oaribaea poderá substituir os painéis de araucária. * NBS/PS51-71: normas americanas sobre compensados de folhosas. 3 3.1 MATERIAIS E MÉTODOS GENERALIDADES A madeira utilizada neste experimento foi obtida de uma • parcela experimental implantada no ano de 1965, na Estação de Pesquisas da Universidade Federal do Paraná, localizada no município de Rio Negro-PR, a 100 Km ao sul de Curitiba pela BR-116. O espaçamento inicial desta parcela foi de 1,0 x 1,0 m, não havendo sido. aplicada a desrama artificial. As operações de aquecimento das toras, descascamento, laminação, guilhotinagem e secagem foram efetuadas numa indústria local. As restantes operações de colagem, prensagem, elaboração dos corpos de prova e determinação das propriedades físicas-mecânicas, foram conduzidas no Laboratório de Tecnologia de Madeira do Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná. O adesivo utilizado foi líquido, a base de fenol-formol com 50% de sólidos resinosos, destinado â colagem de madeira -em produtos de uso exterior (a prova d'água). O experimento constou de duas partes, na primeira determinou-se o efeito de temperatura de aquecimento das toras sobre o rendimento, e a qualidade das lâminas; na segunda parte (elaboração dos compensados), montou-se um experimento completamente casualizado com arranjo fatorial dos tratamentos, sendo os fatores analisados a temperatura de aquecimento das toras, a temperatura de prensagem, còm três níveis cada um deles. 35 3.2 AMOSTRAGEM E COLETA DO MATERIAL Foram utilizadas cinco árvores, número mínimo recomendais* ' — do pela Comissão Panamericana de Normas Técnicas (COPANT). A amostragem das árvores foi seletiva, escolhendo-se entre as de maior diâmetro. A razão disto foi a limitação que apresentava o torno desenrolador, que por ter garras com um diâmetro de 15 cm, não permitiria com toras pequenas medir satisfatoriamente o efeito da temperatura de laminação sobre o rendimento . Após derrubadas as cinco árvores, foram seccionadas em três toras de dois metros cada uma, visando desta maneira ter presente para cada temperatura de aquecimento uma tora de cada árvore. As temperaturas foram sorteadas aleatoriamente dentro de. cada árvore. Seguidamente cada tora foi identificada com o auxílio de uma fita metálica.). Uma vez codificadas mediram-se os diâmetros nos dois topos, e a espessura da casca (Tabela 1), e selaram-se os topos com uma solução aquosa de gesso com a finalidade de evitar a perda excessiva de umidade . 3.3 AQUECIMENTO DE TORAS .A temperatura foi escolhida levando-se em consideração as sugestões de FLEISCHER* (Figura 2), e o resultado dás pes29 , KOCH 25 , e sobre Pinus quisas efetuadas sobre Pt-nus por LUTZ' 7 elliottii por CHONG . Os tempos necessários para atingir as temperaturas programadas foram calculados preliminarmente a partir da metodo* FLEISCHER, H.O. Op. cit. , p. 11. 36 TABELA 1.- DIÂMETROS DAS TORAS MEDIDAS NOS DOIS EXTREMOS Árvore Tora N9 N9 I II III IV V TOPO MENOR. TOPO MAIOR Diâmetro com casca (cm) Diâmetro sem casca (cm) Diâmetro com casca (cm) Diâmetro sem casca (cm) 1 51,5 49,0 42,5 40,5 2 42,5 40 ,5 38,5 36,8 3 38,5 36 , 8 36,0 34 , 8 1 46,5 44,0 34 , 5 32,8 2 34,5 32,8 32,0 30,8 3 32,0 30,8 29 , 5 28 , 5 1 45,0 43 ,0 38,0 36,4 2 38,0 36,4 37,0 35,6 3 37,0 35,6 35,0 33,6 1 53,0 50,0 4 2,0 40,0 2 42,0 40 ,0 40,5 38,5 3 40,5 38,5 38,0 36,5 1 47,5 44,0 36,5 34,5 2 36,5 34,5 34,5 33,0 3 34.5 33.0 34 .5 33 ,0 29 37 logia prcposta por STEINHAGEM et alii (Anexo 1), e finalirente ajusta- das segundo a experiência e limitações da indústria. Estes valores são apresentados na Tabela 2. Como meio aquecedor utilizou-se vapor de água saturado. TABELA 2. PROGRAMA DE TEMPERATURA E TEMPOS UTILIZADOS NO AQUECIMENTO DAS TORAS Temperatura desejada para as toras oc Temperatura do vapor p' Tempo calculado teoricamente por me t . S t e inhagem (horas) Tempo real de aquecimento 20 - - - 40 60 13 11 60 60 52 48 3.4 LAMINAÇÃO As toras foram descascadas logo antes da lamina- ção. O equipamento utilizado no desenrolamento foi um torno automático FEZER RFR modelo 15 Pa 2 7*. Laminou-se numa espessura nominal de 3 mm, a escolha desta medida baseou-se em que a maioria dos trabalhos de pesquisa consultados utilizaram esta 20 15 99 7 espessura, HSE , FREEMAN , JANKOWSKY zz , CHONG e outros. O ajuste do torno foi efetuado segundo a experiência da indústria. No transcurso da laminação foram efetuadas medições do diâmetro da tora após arredondamento, e medições do rolo resto, * A citaçao da marca nao significa endosso pelo pesquisador. 38 com a finalidade de determinar as perdas em cada operação e o rendimento de lâminas. Na saída do torno/as lâminas foram enroladas numa bobina e logo transportadas ã guilhotina onde defini.u-se uma largura de 0,70 m, ficando assim com uma dimensão nominal de 2 m x 0,7 m x 0,003 m. Durante a guilhotinagem foram retiradas amostras de 0,2 m x 0,2 m, cinco de cada " t o r a " c o m a finalidade de determinar a contração tangencial, umidade e massa específica aparente. As lâminas foram.agrupadas levando em consideração só a temperatura de aquecimento. 3.5 SECAGEM E CLASSIFICAÇÃO As lâminas foram secas num secador industrial contínuo a jato. A secagem efetuou-se em duas etapas com duas temperaturas 125°C e 135°C, segundo a modalidade da indústria, e com uma velocidade de passagem de 0,01 m/s. Esta velocidade, que determina indiretamente o tempo de secagem foi ajustada em função da umidade final desejada. Quando as lâminas estiveram frias se procedeu a classificação de acordo com o- tipo de freqüência dos defeitos, segundo o recomendado pela norma PS1-74. 3.6 DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO Para a determinação dos volumes (tora por tora) entre as diferentes operações,utilizaram-se as seguintes equações: - determinação do volume de tora com casca (V^), e sem casca (V^) : V " T T (B 2 + E a a • °b + V » 39 onde: L = comprimento da tora (m); D â = diâmetro maior (m); D^- diâmetro menor (m); V = volume (m3) - determinação do volume da tora arredondada (V^), e do rolo resto (V^): v = * ;L D2 onde: L = comprimento da tora (m); D = diâmetro (m); V = volume (m3) . - determinação do volume laminado (V^): V5 = v3 - V4 onde : V^ = volume da tora arredondada (m3); V^ = volume do rolo resto (m3); V,- = volume laminado (m3); D Até aqui os cálculos, foram realizados individualmente para cada tora, logo estes valores foram somados para dar os volumes dentro de cada temperatura de aquecimento. 0 volume das lâminas (Vg) foi calculado' pela seguinte equação: . V6 = N . v onde: N = número de lâminas(apôs a secagem); 40 v = volume individual médio das lâminas (m3); V = volume (m3). Finalmente por diferença determinou-se as perdas que posteriormente foram expressas em porcentagem, referidas ao volume com casca como 100%; V^ - V2 = perda no descascamento (m3); V 2 ~ V3 = perda no arredondamento (m3); V^ - V5 = perda no rolo resto (m3); Vç. - Vg = perda nas operações restantes (m3). A somatória das perdas em porcentagem foi a perda total, a que subtraída do 100% dão o rendimento quantitativo de lâminas em porcentagem, referidas ao volume com casca. Para a determinação do rendimento qualitativo considerou-se as indicações dadas pela mesma PS 1-74. As porcentagens dos diferentes graus de qualidade foram referidos ao volume efetivamente laminado/o qual foi tomado como 100%. 3.7 ELABORAÇÃO DOS COMPENSADOS As lâminas foram recortadas em dimensões de 0,60 x 0 ,60 m, superfície máxima admitida pela prensa piloto utilizada. Adotando-se critérios da indústria brasileira, reclassificou-se as lâminas em duas categorias, capa as de melhor qualidade e miolo as restantes. O teor de umidade das lâminas foi reajustado numa estufa de laboratório utilizando-se uma temperatura de 70°C, levando-se até uma umidade média de 6% segundo os requerimentos dado pelo fornecedor de resina. 41 As determinações efetuadas no controle de qualidade das lâminas foram as seguintes: . Teor de umidade: efetuaram-se quatro medições para determinar a umidade média, a qual devia estar entre 5% e 6%, e não apresentar nenhuma leitura superior aos 8%, para ser aceita. Estes limites foram estabelecidos pelo fornecedor da resina, e também da literatura (KOCH^J). . Espessura: foi medida com um relógio comparador (precisão .de 0,01 mm)-. Também efetuaram-se quatro medidas. Esta determinação além de estabelecer se as lâminas estão dentro das•tolerâncias, permitiu comparar a uniformidade de espessura das lâminas provenientes das três temperaturas de aquecimento. . Rigidez: esta característica, que foi avaliada visualmente utilizando a metodologia recomendada por SUCHSLAND & 35 JANKOWSKY , foi destinada a determinar indiretamente a profun- didade das fendas de laminação. . Rugosidade: foi avaliada visualmente durante o espalhamento de adesivo. A resina utilizada na elaboração do adesivo foi fenolformol líquida. A fórmula foi a seguinte: Formulação em partes para peso Resina . . 100 Casca de noz em pó 10 A elaboração efetuou-se com o auxílio de uma batedeira mecânica e consistiu simplesmente na mistura da resina com a casca de noz até homogeneização completa. Após a elaboração 42 da cola se efetuaram os controles de viscosidade e de pH com a finalidade de verificar o estado e condições de aplicação. A quantidade de cola espalhada foi de 300 g/m 2 de superfície dupla, a aplicação foi manual com o auxílio de uma espátula de material plástico. O tempo de montagem foi de 15 minutos respeitando o mínimo indicado pelo fornecedor da resina, e considerando os tem25 pos que normalmente usa a industria de painéis do EEUU (KOCH ). Na prensagem, a temperatura, o tempo de prensagem, e a pressão específica, foram escolhidas levando em consideração as experiências na fabricação de compensado de Pinus no exte25 rior (KOCH ) e as recomendações do fabricante da resina. As variáveis do ciclo de prensa foram: Temperaturas: 135°C, 145°C, 155°C Tempos: Pressão: 3 1 , 6', 9' 0,9 8 N/mm 2 . Os compensados elaborados foram de três camadas, de uma dimensão nominal de 0,60 m x 0,60 m x 0,009 m. A quantidade elaborada é detalhada no delineamento estatístico. Finalmente os painéis foram logo aclimatados numa sala com temperatura de (20 ± l)°Ceuma umidade relativa de(65±5)% até os mesmos atigiram condições de equilíbrio higroscõpico verificáveis pela sua massa constante, ou seja entre duas pesagens , com intervalo de quatro horas, não apresente uma variação maior de 0,3% em relação a massa da última pesagem. 3.8 AVALIAÇÃO DOS PAINÉIS Na avaliação dos painéis, a determinação principal pa- ra o objetivo específico desta pesquisa é a determinação da re- 43 sistência de colagem ao esforço de cisalhamento, as demais determinações efetuadas servem para caracterizar melhor ao produto obtido. Os testes efetuados, as propriedades medidas, e as normas empregadas podem ser visualizadas na T a b e l a 3 . Os corpos de prova foram retirados dos painéis de acordo com a Figura 5. FIGURA 5. ESQUEMA DA FORMA DE RETIRADA DOS CORPOS DE PROVA, ONDE F (FLEXÃO); C (LINHA DA COLA); R (INCHAMENTO E RECUPERAÇÃO). - - •.. / c / | c c c R j / 1 1 1 F í F F F — c c c c — R ! F — - — - c c c c r pí R c c c c ! I 1 F C c c c i í c c c c \ 1 1" — • i TABELA 3- NORMAS UTILIZADAS NA REALIZAÇÃO DOS TESTES PARA A DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES FlSICAS-MECÂNICAS DOS COMPENSADOS Norma utilizada Nome do teste AS TM 3043-76 (Método A) Flexão estatica Condições Paralelo a s fibras Propriedade determinada Modulo de elasticidade.(N/mm ) Tensão de ruptura (N/mm ) Perpendicular as fibras Modulo de elasticidade (N/mm ) Tensão de ruptura (N/mm ) PS 1-74 Resistência da colagem ao esforço de cisalhamento Seco Tensão de ruptura (N/mm ) Falha na madeira (%) Úmido Tensão de ruptura(N/mm ) Falha na madeira (%) ASTM D 3503-76 Inchamento Recuperaçao da espessura Inchamento (%) Recuperaçao de espessura (%) 45 3.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA Na primeira parte do experimento, que corresponde ã avaliação do efeito da temperatura da laminação sòbre o rendimento è a qualidade das lâminas, determinaram-se a média, desvio padrão e coeficiente de variação. Na segunda parte, que corresponde â elaboração dos compensados, o experimento conduziu-se com arranjos fatoriais dos tratamentos e foi analisado estatisticamente através" do delineamento totalmente casualizado. Os fatores considerados foram: temperatura de laminação, temperatura de prensagem, e tempo de prensagem, cada um deles com três níveis ficando um fatorial 3 3 (27 tratamentos). Para cada tratamento efetuaram-se três repetições, ou seja, se fabricou-se um total de 81 painéis. O modelo matemático correspondente a este delineamento, e o desenvolvimento analítico de metodologia de cálculo pode ver-se no Anexo 2. O número de corpos de prova testados para cada propriedade é apresentado na Tabela 4. Além da análise mencionada, determinou-se parâ todos os tratamentos os valores médios, desvio padrão, e coeficiente de variação, das diferentes propriedades medidas. TABELA 4. NÜMERO DE CORPOS DE PROVA TESTADOS NA DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS.PAINÉIS Teste Numero de corpos de prova por painel Numero total de corpos de prova por tratamento Seco 5 15 Omido 5 15 Paralelo ao vao 3 9 Perpendicular ao vão 3 9 3 9 3 9 Condições Linha de cola Flexão estática Inchamento e Recuperação 4 4.1 RESULTADOS E DISCUSSÃO RENDIMENTOS NA LAMINAÇÃO A Tabela 5 apresenta os volumes de madeira no decorrer das diferentes operações industriais, definidos para cada uma das toras. A Tabela 6 apresenta os volumes totais agrupados segundo as três temperaturas de aquecimento, colocando-se também na última coluna o volume de lâminas úteis obtidos. A Tabela 7 e as Figuras 6, 7 e 8, apresentam as perdas em cada uma das operações, e o rendimento inal. Os valores são dados em porcentagem e foram calculados considerando como 100% os valores correspondentes aos volumes das toras com casca. . Analisando os valores da Tabela 7, pode-se observar que as perdas que correspondem as operações de descascamento e arredondamento são similares para as três temperaturas de aquecimento, isto era de esperar já que estas perdas são determinadas pelas características próprias da espécie, como espessura da casca e conicidade. As perdas ocasionadas no rolo-resto são determinadas pelas dimensões das garras -do torno, afetando de maneira idêntica as três temperaturas de aquecimento consideradas. Na quarta coluna pode-se observar diferenças entre as porcentagens de perdas devidas ao manuseio, nos três níveis considerados. O nível 60°C foi o que apresentou perdas menores, ièto ê atribuível pelo fato de que as lâminas desenroladas nesta temperatura foram as mais rígidas por apresentar menor TABELA 5. DIÂMETROS E VOLUME (m3) DE MADEIRA DE CADA UMA DAS TORAS ENTRE AS DIFERENTES OPERAÇÕES DURANTE A LAMINAÇÃO TORA. Dianetro s e i o r com casca (a) 1.1 Diâmetro n e n o r cora c a s c a (m) Diâmetro m a i o r som casca (n) Diâmetro menor sem o a s c a (m) 0,385 0,2531 0,405 0,363 0,2350 Volume. com ccsca (a3) Volume sen casca (m3) - D i â m e t r o de T o r a Aredoa d a d a (m) Volume" da Tora Aredon dada (m^) 0,326 0,1670 ' Diâmetro do Rolo R e s t o (m) Voluma R o l o Rea t o (®3 ) Volume: laminado (a*) 0,151 0,124.5 ' 0,0633 0,0363 0,1075 0,0368 0,0358 , 2 1 .0,4.65 0,345 0,2577 0,440 0,328 0,2334 0,233 0,1303 0,153 3 1 0,450 0,330 0,2714 0,430 0,364 0,2433 0,309 0,1500' 0,153 4. 1 0,405 0,330 0,2^23 0,335 0,365 0,2211 0,312 0,1529 C',153 0,1103 0,0368 5 1 0,365 0,345 0,19S2 0,245 0,330 0,1791 r\ ••J70 0,1162 0,153 0,0755 0,0363 1. 2 0,385 0,3ó0 0,2162 0,363 0,348 0,2015 0,315 •: , 1 5 5 9 0,159 0,1103 0,0397 2 2 0,345 0,320 0,1739 0,323 ' 0,308 0,1590 0,274 0,1179 0,153 0,0771 0,0368 3 2 0,370 0,350 0,2033 0,356 0,336 0,1322 0,296 0,1376 0,160 0,0925 - 0,0402 4 2 0,530 0,420 0,3563 0,5C<) 0,400 0,3196 0,325 0,1659 0,173 0,1103 0,0493 5 2 0,475 0,365 0,2739 0,440 0,345 0,2434 0,334 0,1753 0,156 0,1301 0,0332 1 3 0,515 0,425 0,34S3 0,493 0,405 0,3157 0,372 0,2174 0,172 .0,1623 0,0465 2 3 0,320 0,295 0,1437 0,303 0,235 1333 0,245 0,0966 0,156 0,0555 0,0382 • 3 3 0,3S0 :,37o 0,2211 0,364 0,356 0,2c37 "• 0 , 2 9 6 0,1376 0,162 0,0916 0,0412 4 3 0,420 0,405 0,2675 0,400 0,335 0,24.22 0,337 0,1734 0,159 0,1317 0,0397 5 3 0,345 0,345 C,.l371 0,330 0,330 0,1712 0,267 0,1120 0,153 0,0714 0,0368 ' . • ' co TABELA 6. VOLUMES TOTAIS ENTRE AS DIFERENTES OPERAÇÕES, AGRUPADAS SEGUNDO AS TRÊS TEMPERATURAS DE AQUECIMENTO Temperatura de aquecimento (°C) Volume com casca Volume sem casca (m3) (m3) Volume arredondado Volume laminado (mfj) Volume rolo resto Volume laminas boas (m^) (m3) (m3) 20 1,2297 1,1169 0,7164 0,5066 0,1830 0,3873 40 1,2311 1,1117 0,7526 0,5203 0,2047 0,3798 60 1,1727 1,0711 0,7420 0,5125 0,2024 0,4543 TABELA 7. "PERDAS PERCENTUAIS NAS DIFERENTES OPERAÇÕES. DURANTE A OBTENÇÃO DE LÂMINAS POR DESENROLO E RENDIMENTO FINAL. OS VALORES FORAM AGRUPADOS SEGUNDO AS TRÊS TEMPERATURAS DE AQUECIMENTO Temperatura de aquecimento (°C) p erc ja no des. cascamento Perda no ar, , ^ redondamento Perda no rot lo resto Perda no manuseio Perda Total Rendimento 20 (%) 9,17 (%) 32,57 O) 17,06 (%) 9,70 . (%) 68,50 (%) 31,50 40 9,70 29,17 18,87 11,41 69,15 30,85 60 8,66 28,06 19,57 5,96 61,26 38,74 FIGURA 6. PERDAS PDRCENTUAIS NAS DIFERENTES OPERAÇÕES, DURANTE A OBTENÇÃO DE LÂMINAS POR DESENROLO E RENDIMENTO FINAL. TEMPERATURA DE AQUECIMENTO 20°C PER. ARREDONDAM 32.5% PER. PER. ROLO RESTO PER. 16.9% DESCASCADO — MANUSEIO 9.7% REND. LAMINAS 31.6% 9.1% FIGURA 7. PERDAS PORCENTUAIS NAS DIFERENTES OPERAÇÕES, DURANTE A OBTENÇÃO DE LÂMINAS POR DESENROLO E RENDIMENTO FINAL. TEMPERATURA DE AQUECIMENTO 40°C PER. ARRDONDAM. 29.1% cn1 i- FIGURA 8. PERDAS PORCENTUAIS NAS DIFERENTES OPERAÇÕES, DURANTE. A OBTENÇÃO DE LÂMINAS POR DESENROLO E RENDIMENTO FINAL. TEMPERATURA DE AQUECIMENTO 6 0°C PER. ARREDONDAM 28% PER. ROLO RESTO PER. PER. 19.4% MANUSEIO DESCASCADO 8 . 6% 5% REND. LAMINAS 38.8% t_n to 53 profundidade do fendilhamento (Ver Tabela 12), o que leva a que o rompimento das lâminas durante o manuseio seja menor. Este fato foi estabelecido por LUTZ 30 . A Perda maior no manuseio foi para o nível 40°C, a falta de proporcionalidade pode ser explicado da seguinte maneira: neste nível a temperatura do tanque de aquecimento foi de 6 0°C e a temperatura desejada da tora de 40°C, as partes mais externas da tora tinham uma temperatura próxima aos 60°C, generando-se assim um gradiente de temperatura do exterior ao interior e dos extremos ao centro, fator este que prejudica as condições de laminação, resultando lâminas mais frágeis como já foi mencionado por 30 LUTZ . Aceitando isto como explicaçao, podemos dizer que o rendimento em termos quantitativo melhora com o aquecimento das toras de 20°C a 60°C. Para avaliar o rendimento da espécie em termos qualitativos utilizou-se a norma PSl-74. A Tabela 8 apresenta o número de lâminas obtidas das diferentes categorias, para os três níveis considerados. A Tabela 9 apresenta o rendimento qualitativo em m 3 , e os rendimentos porcentuais em relação ao volume efetivamente laminado. Pode-se observar que nos três níveis considerados obtiveram-se lâminas da categoria C e D exclusivamente, sendo a da primeira categoria a mais abundante. Como á norma PSl-74 classifica as lâminas considerando principalmente a ocorrência^dos defeitos naturais, era esperado que as temperaturas utilizadas durante a laminação não afetaram o rendimento qualitativo. A diferença que se observa na categoria D é atribuível a diferenças quantitativas dentro desta categoria. 54 TABELA 8• NÚMERO DES DE LÂMINAS OBTIDAS SEGUNDO DAS A CLASSIFICAÇÃO FORAM AGRUPADOS SEGUNDO AS DIFERENTES DA PSÍ-74. TRÊS QUALIDA- OS VALORES TEMPERATURAS DE •AQUECIMENTO Temperatura Grau segundo de aquecimento a norma PS1-74 Quantidade de laminas de Quantidade total laminas obtidas 0,7 m X 1,9 m x 0 ,0028 m °C C 72 D 32 C 76 D 26 C 75 D 45 104 20 102 40 122 60 TABELA 9. RENDIMENTO QUALITATIVO PS1-74. PORCENTAGENS AS DO V O L U M E EFETIVAMENTE Temperatura Volume efetide aquecimento vãmente lamido (°C) (m 3 ) EM LÂMINAS SÃO SEGUNDO A NORMA ESTABELECIDAS A PARTIR LAMINADO Laminas obtidas do tipo C (m3) Rendimento qualitativo % Laminas obtidas do tipo D (m3) C D (perdido) 20 0,5066 0,2861 0,119 2 53 24 (23) 40 0,5203 0,2830 0,0968 54 19 (27) 60 0,5125 0,2793 0 ,1750 54 34 (12) 55 Constata-se que o maior rendimento quantitativo obtido com o aquecimento a 60°C foi devido ao ganho em lâminas de categoria D, o que em outros termos significa que o aquecimento das toras a 60°C leva a um melhor aproveitamento das porções relativamente mais desfavoráveis do fuste, isto é, regiões de abundante nodosidade. A Tabela 10 apresenta outros valores de rendimento tomados da literatura. O maior rendimento obtido por JANKOWSKY ? 2 é atribuível principalmente ao fato que o diâmetro das garras ~ 7 usada nesta experiencia foi de 8 cm. Em relação a CHONG a di- ferença esteve no diâmetro das toras. Levando em consideração estes aspectos, pode-se considerar o rendimento obtido nesta pesquisa, como aceitável. TABELA 10. COMPARAÇÃO DOS RENDIMENTOS OBTIDOS COM OUTROS VALORES TOMADOS DA LITERATURA Volume da tora sem casca Fonte (%) Volume- do Volume de Volume de rolo' resto lâminas per- lâminas didas úteis (%) (%) 100 13,6 32,0 54,4 CHONG 100 14,6 29,9 55,5 DISSERTAÇÃO 100 18,9 38,7 42,4 JANKOWSKY 22 Observações . (%) Pinus s trobus 12 anos de idade 30 cm diâmetro 7 40 anos de idade 50 cm diâmetro Pinus elliottii 17 anos idade 40 cm diâmetro 56 As observações da Tabela 7 e das Figuras 6, 7 e 8, pode-se constatar que os fatores que geraram maiores perdas foram a conicidade da tora e o diâmetro da garra do torno. A redução do efeito do primeiro fator exige o auxílio do melhoramento florestal (florestas futuras) e do manejo florestal que permite a valorização da madeira nos talhões através de prá33 ticas tais como podas e desbastes (PONCE ) , e o segundo fa- tor exige aprimorar o equipamento destinado â produção de lâminas, visando viabilizar economicamente o uso de espécies de diâmetro reduzido (JANKOWSKY22). 4.2 CARACTERÍSTICAS DAS LÂMINAS A Tabela 12 apresenta as estatísticas resultantes das medições das propriedades físicas efetuadas nas lâminas. A diferença que apresenta-se na umidade pode-se explicar parcialmente. Segundo GRANTHAM & ATHERTON 16 quando as toras são aquecidas pode-se produzir uma secagem, causada pelo ar da cavidade celular que ao aquecer-se se expande e expulsa fora parte da água livre. Isto leva em concordância com o resultado obtido para a temperatura de aquecimento de 60°C. No caso de 40°C, não estabeleceu-se a razão da maior umidade. Como era de se esperar para as outras duas propriedades consideradas não existiu uma maior variação. Em relação as características das lâminas derivadas do processo de elaboração, apresentadas na Tabela 12, pode observar-se que a variabilidade em espessura foi menor para o nível de 60°C, a rigidez maior, e a rugosidade menor para este mesmo nível, o que indica que a qualidade da lâmina melhora notavelmente ao ser desenrolada a 60°C. Como aconteceu anteriormente TABELA 11. ESTATÍSTICAS OBTIDAS PARA UMIDADE, PESO ESPECÍFICO E CONTRAÇÃO TANGENCIAL. AS MEDIÇÕES FORAM EFETUADAS SOBRE LÂMINAS AMOSTRAS E AGRUPADAS SEGUNDO OS TRÊS NÍVEIS DA TEMPERATURA DE AQUECIMENTO Propr i edades Temperatura de aquecimento Umidade S Peso CV específico Corit. Tangencial X S CV X s cv 20°C 147,7 32,24 21,83 0,45 0,08 17,78 5,35 0,72 13,46 40°C 170,6 34,55 20,25 0,40 0,05 12,50 5,13 0,51 9,94 60°C 133,5 33,98 25,45 0,46 0,06 13,04 5,94 0,62 10,44 TABELA 12. DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DAS LÂMINAS OBTIDAS SEGUNDO OS TRÊS NÍVEIS DA TEMPERATURA DE AQUECIMENTO Temperatura de aquecimento Espessura X Rigidez Rugosidade CV 20°C 2,78 0,15 5,30 Escassa Alta 40°C 2,9 7 0,22 7,40 Escassa Alta 60°C 2,78 0,11 3 , 90 Alta Baixa 58 com os valores de rendimento, o nível 40°C apresenta-se agora negando a existência de uma possível linearidade entre as variáveis temperatura de aquecimento e qualidade da lâmina, na realidade o fato de apresentar maior variabilidade em termos de espessura não faz mais que confirmar que a laminação nesta temperatura foi conduzida em condições desfavoráveis devido ao gradiente de temperatura antes mencionado. Por tudo isto podemos dizer que a qualidade das lâminas, quando avaliadas por características tais como fendas de laminação, rugosidade e variabilidade de espessura, melhoram notavelmente ao passar de uma temperatura de laminação de 20°C a 60°C. O fato de melhorar estas características já foi estabelecido por diversos autores, tais como: CORDER & ATHERTON 4.3 12 , KOCH 25 , LUTZ 29 , etc. RESISTÊNCIA DA COLAGEM AO ESFORÇO DE CIZALHAMENTO Os dados da porcentagem de falha na madeira foram ana- lisados at^ravés do teste de Bartlett com a finalidade de estabelecer a existência de homogeneidade entre as variâncias. 0 resultado confirma a hipótese de nulidade, pelo qual não foi necessário efetuar a transformação das variáveis. As Tabelas 13 e 14 apresentam as estatísticas média, desvio padrão e coeficiente de variação obtidos para os valores de resistência e porcentagem de falha na madeira do teste da linha de cola em seco e em úmido. As Tabelas correspondentes aos resultados da análise de variância para as variáveis de resposta do teste da linha de cola são apresentadas no Anexo 3. A Tabela 15 apresenta o resumo da significância estatística, de cada um dos fatores estudados, sobre as duas variáveis de resposta. Como pode 59 TABELA 13. ESTATÍSTICAS OBTIDAS PARA OS VALORES DE RESISTÊNCIA E PORCENTAGEM DE FALHA NA MADEIRA DO TESTE DE LINHA DE COLA SECA, PARA OS 27 TRATAMENTOS LINHA :— : Resistencia Tratamento DE COLA SECA —r-r—* Falha 2 (N/mm ) T a T t (°C )(min . ) 135 20 145 155 135 »0 145 155 135 »0 145 155 X . na —= madeira (%) s CV X s CV 3 1 45 0 31 21 34 25 74 6 2 17 0 09 4 69 11 16 9 2 08 0 20 10 59 16 27 3 1 69 0 21 12 38 19 50 6 2 39 0 19 8 74 29 39 9 2 60 0 20 . 8 75 12 16 3 1 85 0 23 12 52 4 8 6 2 09 0 20 1° 64 2.4 38 9 2 37 0 13 5 77 7 9 3 1 53 0 13 8 4 3 75 6 1 91 0 22 11 43 29 67 9 2 49 0 01 O.-, 5 58 16 28 3 2 12 0 09 4 ' 25 16 64 6 2 21 0 26 12 50 8 16 9 2 51 0 50 20 65 13 20 3 2 02 0 36 18 36 25 69 6 2 31 0 12 5 76 16 21 9 2 48 0 14 6 79 16 20 3 1 85 0 07 4 14 7 50 6 2 26 0 13 74 10 14 9 2 49 0 15 6 84 5 6 3 2 04 0 19 10 41 22 54 6 2 36 0 08 3 83 6 7 9 2 49 0 25 10 91 7 8 3 2 12 0 17 7 33 11 33 6 2 34 0 14 6 73 11 15 9 2 42 0 05 2 76 14 18 6 ! TABELA 14. ESTATÍSTICAS OBTIDAS PARA OS VALORES DE RESISTÊNCIA E PORCENTAGEM DE FALHA NA MADEIRA DO TESTE DE LINHA DE COLA ÚMIDA, PARA OS 27 TRATAMENTOS LINHA T T V c ) 135 20 145 155 135 40 145 155 135 t (min.) ÜMIDA Resistencia (N/mm2) X Falha na m a d e i r a (%) S CV X S CV 0 75 0,66 87 8 9 113 6 1 41 0, Í9 13 18 5 28 9 1 23 0,13 11 35 10 29 3 0,08 8 9 4 44 6 1 08 1 36 0,10 1 59 0,20 39 43 20 17 51 9 7 12 40 3 1 16 0,22 19 35 7 20 6 1 21 0,02 2 25 17 49 9 1 32 0,10 8 48 7 15 3 0 86 0,08 9 6 5 83 6 1 13 0,13 12 21 16 76 9 1 43 0,01 1. 26 27 104 3 1 18 0,08 6 18 15 83 6 1 26 0,04 3 39 4 10 9 1 63 0,10 6 33 14 42 3 1 26 0,13 10 24 4 17 6 1 38 0,19 14 6 13 9 1 49 0 ,08 12' . 46 68 12 18 3 1 12 0,03 2 8 5 63 6 1 37 1 52 0,19 14 13 45 0,13 8 29 54 14 26 0,21 17 118 0,10 7 11 54 13 6 1 22 1 29 19 35 9 1 52 0,08 5 60 10 17 3 0,10 7 23 17 74 6 1 35 1 47 6 41 1 51 15 45 11 13 27 9 0,09 0,23 3 155 COLA 3 9 60 145 DE 29 ver-se os níveis considerados da temperatura de aquecimento afetaram de maneira altamente significativa a colagem dos painéis quando avaliado pelo teste da linha de cola em seco, entretanto no caso úmido somente o valor de resistência ao cizalhamento foi modificado significativamente. O fato que os dife rentes níveis do fator temperatura de aquecimento afetaram sig nificativamente os valores das variáveis de resposta, confir- ma que as diferentes temperaturas, originaram lâminas de qualidade estatisticamente diferentes, quando avaliadas pelo teste da linha de cola. Os níveis dos fatores: temperatura de prensa gem e tempo de prensagem afetaram de maneira altamente signifi cativa os valores das duas variáveis de resposta, tanto do tes te realizado em seco, como em úmido. Finalmente não existiu ne nhuma interação significativa entre os três fatores, mostrando que dentro os níveis considerados existiu independência entre os fatores. TABELA 15. RESUMO DE INCIDÊNCIA DOS TRÊS' FATORES NA COLAGEM DOS COMPENSADOS, ONDE OS SÍMBOLOS INDICAM: ** ALTAMENTE SIGNIFICATIVO, * SIGNIFICATIVO E N.S. NÃO SIGNIFICATIVO Propriedade Fator Linha de Cola Seca Resistencia Falha na madeira Tempera t ura de a q u e c i m . * A A* Temperatura A* AA ** Tempo AÄ Linha de Cola Ümida Resistencia Falha na madeira' N.S . AA AA A A A A 62 A Tabela 16 apresenta as estatísticas obtidas para cada um dos três. níveis dos fatores temperatura de aquecimento (T ), temperatura de prensagem (T) e tempo de prensagem (t). a Para a.confecção desta tabela cada fator foi considerado alternativamente como única fonte de variação ignorando os dois restantes. Os valores médios obtidos foram comparados, mediante o Teste de Tukey, para estabelecer quais dos níveis de cada fator são os melhores. As comparações efetuadas podem-se ver no Anexo 3. A Tabela 17 apresenta o resumo dos resultados do Teste de Tukey. As duas primeiras fileiras apresentam as melhores combinações com uma probabilidade de 99% e 95% respectivamente. Quando dois níveis são melhores que um terceiro mais não tem diferença significativa entre eles, são colocados entre parênteses. A última fileira mostra a combinação certa, que surge de escolher para cada fator o nível menos oneroso, que seja no possível comum as quatro respostas, e significativamente melhor. Em consequência podemos dizer com uma probabilidade de 95% que T 2 e t^ foram a melhor temperatura e tempo de prensagem respectivamente, em todos os casos. Em relação ao fator temperatura de aquecimento podemos assegurar com uma probabilidade de 95% que para obter valores mais altos de resistência ao cizalhamento tanto em seco como em úmido, e conveniente desenrolar as toras de Pinus elliottii a uma temperatura de 60°C. Por outro lado em termos de porcentagem de falha na madeira, não é conveniente aquecer as tOras jã que, não haverá nenhuma 25 , , melhora significativa. Em relaçao a isto KOCH estabeleceu que o aquecimento de toras de pinus para o desenrolo melhora a resistência mecânica da lâmina o que leva a aumentar os valores TABELA 16. ESTATÍSTICAS OBTIDAS NOS TRÊS NÍVEIS DOS FATORES TEMPERATURA DE A Q U E C I M E N T O (T ), cl TEMPERATURA LINHA (T) E TEMPO Resistencia (N/mm2) X DIFFERENTES VARIÁVEIS DE RESPOSTA DO TESTE DE DE•COLA Linha Fatores (t), P A R A A S S CV de Cola Seca Falha X Linha na m a d e i r a (%) S CV de Cola Resistencia (N/mm2) X s tímida Falha CV na m a d e i r a Ç%) X s CV Tai 2,08 0,39 18,75 6 0 , 19 21,47 35,67 1,24 0 >31 25,00 29 ,93 17 ,1.2 57 , 21 Ta2 2,18 0,3 7 16, 97 4 8 , 33 27,52 56,94 1,39 0 ,24 18,46 28,67 22,30 77,80 Ta 3 2,26 0,24 10,62 63 , 11 27 ,57 43,69 1,37 0 ,18 13 , 14 35,52 21,98 61,88 T 1 2,02 0,39 19,31 4 8 , 81 29,27 59,57 1,20 0 ,33 27 ,50 22,85 18 ,51 81,01 T 2 2,27 0,34 14,98 60, 07 25 ,66 42,72 1,35 0 ,21 15,56 33,74 20,82 61,69 T 2,22 0,26 11,71 62, 74 21,84 34,81 1,36 0 ,17 12,50 40,48 16,32 40 ,30 3 Ü 1,85 0,30 16,22 3 0 , 67 19,71 2 4 , 28 1,11 0 ,28 25,52 15,59 12,53 80,36 1 t 2,23 0,2 0 8,97 67, 30 19,49 28,95 1,33 0 ,15 1 1 , 28 35,96 15,76. 43,82 2 t 2,44 0,23 9,43 7 3 , 67 1 4 , 80 2 0 , 10 1,47 0 ,17 11, 56 45,52 17,78 39 ,05 3 <7i U> TABELA 17. RESUMO DOS FATORES Melhores RESULTADOS OBTIDOS DO T E S T E DE TUKEY EFETUADO PARA AS Seco Omido Falha Resistência. na madeira Res i s t ê n c i a 99%. de probabilidade Ta3(T3T2)t3 Ta3T3(t3t2) 95% de probabilidade Ta3(T3T2)t3 TalT2(t3t2) Ta3T2t3 Ta3T2t3 T a Ta3T2t3 certa iV Com uma probabilidade de S5% em todos os casos 2. Com uma probabilidade de 95% em todos os casos com 4. P a r a valores uma de resistência probabilidade valores da falha a melhor de 95%. da madeira a T - Falha 3Ü3 t^ (9') (145°C) temperatura temperatura foi de de o melhor foi aquecimento Ta foi ( T - madeira 3T2)t3 (T^T?) t3 T a lT2t3 tempo. a melhor aquecimento na " 3 1. 3. P a r a DOS'TRÊS ANALISADOS combinaçoes Combinação MÉDIAS temperatura. Ta^ (20 C) (60°C) (unicamente) e a mais conveniente. o 65 de resistência ao cizalhamento da linha de cola, em contraposição toras desenroladas sem aquecimento prévio produzem lâminas mais débeis resultando em valores baixos de resistência ao cizalhamento, porém com altas porcentagens de falha na madeiof ra. Também SUCHLAND & STEVENS estabeleceram que uma redução na resistência mecânica da lâmina causou uma alta porcentagem de falha na madeira e um decréscimo nos valores de resistência ao cizalhamento a linha de cola. Até aqui os resultados desta pesquisa são coincidentes enquanto a que um aumento da resistência mecânica das lâminas, devido principalmente a uma diminuição na profundidade das fendas de laminação ao passar de uma temperatura de laminação de 20°C a 60°C (Tabela 12), levou a um incremento estatisticamente significativo dos valores de resistência ao cisalhamento tanto em seco como em úmido, sendo os resultados não coincidentes com estes três autores mencionados, em termos de porcentagem de falha na madeig ra. Em pesquisa recente, CHOW estabeleceu que ao crescer a profundidade das fendas de laminação 1% a resistência ao ci- zalhamento diminuiu em 0,08 N/mm 2 não afetando a porcentagem de falha na madeira. Esta última determinação é mais coincidente com os resultados desta pesquisa. Em relação a porcentagem de falha na madeira no teste seco, o fato de que os níveis Ta^ e Ta^ apresentam-se melhores que os valores obtidos para o nível Ta 2 pode ser devido a um problema de interpretação dos resultados, já que um grande número de corpos de prova romperam-se de maneira atípica, sendo que algumas vezes rompeu-se em uma das lâminas externas â altura da ranhura, e outros tipos de ruptura. 66 Do analisado até agora pode-se dizer que o valor da resistência ao cizalhamento no teste da linha de cola foi o melhor parâmetro para avaliar a qualidade da lâmina em termos de resistência da mesma. Com este resultado e o encontrado por g CHOW podemos concluir que a variável de resposta resistência da linha de cola, no caso de que a colagem seja boa, determina a qualidade da lâmina principalmente em termos de profundidade de fendas de laminação. Por outro lado a porcentagem de falha na madeira aparece não ser afetado pela qualidade mecânica das lâminas e sim pela condições do ciclo da prensa. Isto é totalmente concordante com o determinado por CHOW & WARREN" 1 "^, os quais estabeleceram que esta variável de resposta é o parâmetro mais sensível para a determinação de cura incompleta do adesivo. Do acima mencionado pode-se dizer que das temperaturas de laminação estudados: 20°C, 40°C e 60°C, esta última proporcionou os melhores valores da resistência no teste de linha de cola, fato que é atribuído principalmente a melhor resistência mecânica das lâminas causada pela menor profundidade das fendas de laminação. Na Tabela 16 pode se observar que o valor do coeficiente de variação para a resistência ao nível Ta^ foi o menor tanto para o teste em seco como em úmido, o que indicaria que o fato de laminar a 60°C além de produzir um melhor valor de resistência ao cisalhamento, como indica o valor médio obtido, aumenta a uniformidade do produto o que é de maior importância em qualquer processo produtivo; os coeficientes de variação para as porcentagens da falha na madeira dentro do mesmo fator mostram o nível Ta„ como o produto menos homogêneo, este de- 67 ve-se principalmente ao fato de ser elaborados com lâminas provenientes de um desenvolvimento em condições desuni foz-mes de temperatura como já foi mencionado antes. Os valores do coeficiente de variação para os dois fatores restantes, em quase todos os casos, foram diminuindo ao passar do menor ao maior nível. Em outras palavras, ao aumentar dentro dos campos considerados, a temperatura de prensagem e o tempo de prensagem, melhora o produto em termos de uniformidade, fato que era esperado. A Figura 9 apresenta a comparação do valor na falha na madeira exigida pela norma PS1-74, com os valores médios obtidos no teste úmido para os tratamentos que tiveram como base o nível Ta^ do fator temperatura de aquecimento, sendo a razão disto o fato que este nível não somente proporcionou os melhores valores de resistência, sendo que também proporcionou os maiores valores de rendimento, pelo qual o torna insubstituível na fase de produção de lâminas.Utilizam-se os valores de falha na madeira do teste úmido porque esta é a melhor combinação para determinar o grau de cura do adesivo, sendo esta a última fonte de variabilidade já que tanto a resina como a lâmina aceita-se como a de melhor qualidade. Da análise da Figura 9 pode ver-se que os tratamentos que tem 3 minutos de tempo de prensagem não conseguem atingir o valor mínimo da exigência da norma, por outro lado os que utilizam 155°C como temperatura de prensagem embora superam o valor exigido, existem alternativas mais baratas, dos três restantes os mais econômicos são as combinações 135°C-9 min. e 145°C-6'. A escolha de uma ou outra como o mais econômica dependerá de uma correta análise técnico-econômica, sendo que a 68 melhor alternativa poderá ser uma ou outra segundo o caso. FIGURA. 9. COMPARAÇÃO DOS V A L O R E S COM OS EXIGIDOS (X-S) PELA X. DE FALHA NA M A D E I R A NORMA PS1-74 (30%) OBTIDOS, ONDE: (X + S) t 155 9 155 6 155 3 145 9 145 6 145 3 135 9 135 6 135 . 3 30 60 90 X FM 69 A Tabela 18 apresenta uma comparação entre os valores de resistência e porcentagem de falha na madeira obtido nos dois tratamentos antes mencionados, e alguns dos valores obtidos em pesquisas brasileiras e estrangeira. Pode-se observar nesta tabela que poucas comparações podem fazer-se com as outras experiências brasileiras já que a resina utilizada em um e outro caso foram diferentes, além de serem diferentes as espessuras das lâminas utilizadas. Com a finalidade de evitar estas dificuldades antes mencionadas tomou-se da literatura estrangeira valores de resistência e falha na madeira de painéis que foram elaborados em condições similares. Estes valores podem ser vistos na última fileira. Em termos de resistência pode-se ver que os resultados desta pesquisa são melhores, ocorrendo o contrário com os valores de falha na madeira, fato que indica que esforços devem ser realizados para aprimorar as condições de colagem. De qualquer forma os valores atingidos nesta pesquisa em termos da falha na madeira são superiores ao valor mínimo exigido pela norma PS 1-74. 4.4 RECUPERAÇÃO DA ESPESSURA E INCHAMENTO Durante a prensagem dos compensados se produz um incre- mento da densidade e tensões internas, fatores estes que afetam a estabilidade dimensional na direção da compressão. Quando o produto absorve água e incha, parte das tensões internas são liberadas, e é a causa disto que quando o produto é seco não consegue retornar a sua espessura original. 0 inchamento na espessura dos compensados está formado por dois componentes, o inchamento por absorção de água e o causado pela liberação das tensões de prensagem. TABELA 18. COMPARAÇÃO DOS VALORES DE RESISTÊNCIA E FALHA NA MADEIRA DO TESTE DA LINHA DE COLA OBTIDOS NESTA PESQUISA, COM ALGUNS VALORES ENCONTRADOS NA LITERATURA Linha Pesquisa Resistência (N/mm2) de C o l a Seca Falha na madeira L i n h a de Cola Omida Resistencia Falha na madeira (%) (N/mm2) (%) 80 1,52 54 Ob s e r v a ç õ e s Resina Espessue quan- ra lamitidade na Espécie e idade Norma uti- Aquelizada cimento Dissertação ~> j. -j 2,49 P. elliottiiEenõlica .• T a 3 T 2 t 2 2,36 83 1,29 HAYASHIDA 2,17 21 0,72 54 17 anos I.P.T. SUCHLAND & STEVENS 2,30 • - 67 1,32 - 1,30 Ureica ' Pinus sp. 2 mm 300 g/m 2 L.D. Ureica P. elliotti-i 90 AS TM PS1-74 sim 300 g/m 2 L.D. P.elliottii 17 anos 3 mm Fenõlica IPT-M 26-B nao 2 mm IPT-M 26-B sim 3 mm PS1-66 sim o 71 As estatísticas obtidas tanto para os valores de recuperação de espessura como para os valores de inchamento são apresentadas na Tabela 19. As Tabelas correspondentes as diversas análises estatísticas efetuadas encontram-se no Anexo. 3. Da análise de variância efetuada para os dados de recuperação de espessura, determinou-se que dos três fatores estudados somente o Tempo de Prensagem, afeta de maneira altamente significativa esta propriedade, sendo que para tempos mais longos corresponderam valores maiores de recuperação de espessura. Do teste de Tukey pode acrescentar-se que ao aumentar o tempo de 3 para 6 minutos a recuperação da espessura não foi modificada significativamente, e ao passar de 6 para 9 minutos aumentou significativamente, resultando no final uma dife42 rença altamente significativa entre 3 e 9 minutos . WELLONS et álir estabeleceram que ao aumentar o tempo de prensagem aumenta a compressão, e devido que com o aumento da compressão crescem as tensões internas pode-se concluir que os valores de recuperação maiores para tempos mais longos, encontrados nesta pesquisa, deveram-se ao aumento' das tensões internas. Em relação ao inchamento, da análise de variância determinou-se que os três fatores afetaram significativamente esta propriedade, e que a temperatura e o tempo de prensagem apresentaram interação significativa. Para os três níveis do fator temperatura de aquecimento,o teste de Tukey revelou que ao passar do nível Ta^ para Ta£ os valores de inchamento aumentaram significativamente, e que entre os níveis Ta^ e Ta^ não existiu va- riação significativa desta propriedade. Da análise de interação para os fatores temperatura e tempo de prensagem, esta 72 TABELA 19- ESTATÍSTICAS OBTIDAS .AS D U A S V A R I Á V E I S D E PESSURA E Ta o! C 135 20 °C 145 155 135 40°C 145 155 135 ' Q 60 C 145 155 J L min. 3 X NO TESTE DE RESPOSTA, INCHAMENTO RECUPERAÇÃO PARA DA ES- INCHAMENTO CV 2,54 S. 0,86 34 6 2,58 1,04 9 3,30 3 6 X S CV 6,60 0,89 13 40 5,30. 1,46 28 .0,49 15 9,05 0,60 6 2,66 2,79 0,39 1,18 15 42 7,71 8,14 0,46 1,52 6 19 9 2,78 0,40 14 8,22 0,40 5 3 2,38 0,50 21 7,54 0,74 10 6 2,72 0,44 16 7,87 1,36 17 9 2,63 0,01 1 8,07 0,77 10 3 1,51 0,91 60 7,18 0,98 14 6 2,31 0,11 5 7,81 0,08 1 9 3,30 0,48 15 9,39 0,46 5 3 3,10 1,03 '33 8,23 1,54 19 6 2,83 0,35 12 9,34 1,65 18 9 3,17 0,37 12 8,93 0,56 6 3 2,72 . 0,90 33 9,23 0,86 9 6 2,92 0,46 16 9,05 0,38 4 9 3,59 0,95 26 9,53 1,19 12 3 2,12 0,34 16 7,47 1,25 17 6 3,15 1,21 38 8,21 1,13 14 9 3,90 0,71 18 9,62 0,52 5 3 2,43 0,28 12 8,14 0,39 5 6 3,20 0,53 17 9,24 1,88 20 ! 9 3,20 0,09 3 8,95 1,36 15 3 2,07 0,27 13 7,95 0,67 8 6 2,77 0,24 9 8,21 0,94 8 9 3,10 0,31 10 8,99 2,06 23 73 interdependência manifestou-se somente no nível de temperatura T^ ao passar dos níveis t^ e t^ do tempo de prensagem, em outros termos para uma temperatura de prensado de 135°C a variação do.tempo de prensagem de 6 para 9 minutos aumentou de maneira altamente significativa o valor do inchamento. Efetuando a comparação deste resultado com as pesquisas efetuadas pelo Laboratório de Produtos Florestais (F.P.L.) de U.S.A., citadas 26 por KOLLMANN et alii , encontrou-se coincidente no sentido que para temperaturas de prensagem superiores aos 140°C o tempo de prensagem deixa de afetar significativamente os valores de inchamento; por outro lado abaixo dos 140°C na experiência do F.P.L. determinou-se que ao aumentar o tempo diminui o inchamento, contrariamente ao estabelecido nesta pesquisa, esta diferença explica-se pelo fato que no F.P.L. trabalhou-se com outras condições (pressões, umidade da madeira) destinadas a produzir painéis sobrecomprimidos nos quais o material ligante das fibras pela ação da temperatura flui dentro da estrutura celular melhorando as características da estabilidade dimensional pela diminuição das tensões originadas da compressão aplicada durante a prensagem. Finalmente, pode-se resumir dizendo que o aumento tanto da recuperação de espessura como de inchamento que estabeleceu-se nesta pesquisa pode-se explicar pelas tensões originadas na prensagem as quais foram crescendo principalmente com o incremento do tempo de prensagem, resultando para maiores tensões, maiores inchamentos. 74 4.5 RESISTÊNCIA à FLEXÃO ESTÁTICA A finalidade deste teste é a determinação da resistên- cia e da rigidez do compensado, propriedades de maior importância nos usos estruturais. A rigidez é um indicador de resistência â deformação do material sob tensão é expressa em termos de módulo de elasticidade. Quanto maior o módulo de elasticidade menor é a deformação sob determinada tensão. A Tabela 20 apresenta os valores médios obtidos no tes te de flexão estática para as duas variáveis de resposta, tensão de ruptura e módulo de elasticidade, tanto para o teste realizado com a direção da fibra da face paralela ao vão. Tam bém acrescenta-se os valores médios de umidade e peso específico aparente nas condições do teste. Da análise de variância (ver Anexo 3)determinou-se que nenhum dos três fatores, nos três níveis considerados,afetaram de maneira significativa as propriedades medidas. Em função deste resultado elaborou-se a Tabela 21 na qual são apresentadas as estatísticas para todo o conjunto de dados. A Tabela 22 apresenta a comparação dos resultados obti dos com outros tomados da literatura. No caso de umidade, peso específico, tensão de ruptura e módulo de elasticidade comparando-se os valores médios. Os correspondentes a inchamento e recuperação são valores médios dos tratamentos Ta^T-^t e Ta^T2t2 que são os tratamentos escolhidos como melhores pelas características de colagem. Os outros valores correspondem aos obtidos por outros autores para compensado de Pinus elliottii e Araucaria angus ti folia, assim também como para madeira sólida de Pinus elliottii. TABELA 20. VALORES MÉDIOS OBTIDOS NO TESTE DE FLEXÃO ESTATÍCA PARA AS VARIÁVEIS DE RESPOSTA, TENSÃO DE RUPTURA, E MÓDULO DE ELASTICIDADE.PARA O TESTE COM A DIREÇÃO DA FIBRA PARALELA A GRà APRESENTA-SE TAM- BÉM OS VALORES MÉDIOS PARA A UMIDADE E O PESO ESPECÍFICO Tratamento N/mm 2 Perpendicular a. ora Tensão Mod.Elas. de rotura N/mm 2 N/mm2 47,40 .46,58 49,72 5.441 4.926 6.854 12,04 12,44 12,51 541 611 576 443 483 504 52,09 51,37 59,78 6.710 8.805 6.453 12,74 10,90 14,23 657 527 662 10,62 10,22 9,83 518 506 529 60,76 58,06 61,89 5.692 5.884 6.684 12,09 15,39 14,13 604 639 574 3 6 9 10,77 10,29 10,28 554 581 627 55,13 63,38 62,98 5,366 7.890 8.000 15,39 13,81 14,18 760 626 673 3 6 9 10,74 10,44 10,22 560 560 577 58,76 62,72 59,43 6.507 6.398 6,277 12,42 13,44 13,66 601 714 603 3 9 10,62 10,25 10,19 539 548 . 487 56,49 61,31 50,51 6.132 6.393 5,672 13,68 12^96 14,12 605 585 626 135 3 6 9 11,11 10,44 10,36 485 488 523 47,76 61,10 55,91 4,728 6.061 7.622 14,47 12,66 16,72 713 649 741 145 3 6 9 10,68 10,29 10,18 530 498 547 51,53 50,13 62,22 7.765 6.384 8.434 16,61 18,65 13,72 791 808 684 155 3 6 9 10,53 10,34 10,20 509 521 522 ' 48,95 55,61 53,18 6,242 9,439 7,619 13,13 14,41 14,98 643 664 749 Paralelo a gr a Umidade Peso escifico 'a T Jc or C min. 135 3 6 9 11,19 10,50 10,42 484 452 486 !0 145 3 6 9 11,02 10,51 10,27 155 3 6 9 135 40)i 145 155 ) t 6 %. Kg/m 3 Tens ao de rotura N/mm2 Mod.Elas. TABELA 21. ESTATÍSTICAS OBTIDAS NO TESTE DE FLEXÃO ESTÁTICA PARA AS VARIÃVES DE RESPOSTA, TENSÃO DE RUPTURA E MÕDULO DE ELASTICIDADE. PARA O TESTE REALIZADO COM A DIREÇÃO DA FIBRA DA FACE PARALELA,E PERPENDICULAR AO VÃO Flexão estática cora a direção da fibra paralela ao vão Elasticidade Média Desvio padrão Coeficiente de variação Tensão de rup/tura Módulo de elasticidade Flexão estática com a direção da fibra perpendicular ao vão Módulo de elasticidade N/mm 2 N/mm 2 Tensão de ruptura N/mm 2 55,73 6.677 13,91 653 5,49 1.161 1,65 73 10 17 12 N/mm 2 11 TABELA 22. COMPARAÇÃO DOS V A L O R E S MÉDIOS DIFERENTES AUTORES PARA E PARA MADEIRA SÕLIDA OBTIDOS COMPENSADOS DE Fonte Z Dissertação LARA PALMA Densidade Kg/m Inchamento* Recuperaçao* 3 521 10,46 DE COM OS VALORES Pinus elliottii E Z 1 9,62 3,90 9,24 3,20 Flexão estática, Direção da Flexão estática. Direção da fibra paralela ao vao fibra porpendicular ao vao Tensão de mod.de elasti- Tensão de mod.de elastiruptura rnptura cidade cidade 2 2 2 N /rara N /rara N/mm2 N/mm Observações P.elliottii 55,73 . 6.677 13,91 . 28 653 nu 10,86. 555 8,31 - 53,00 6.349 9.5 13,3 690 9,5 - 48,80 6.733 46,84 4.284 12 600 1,5 - 54,00 9.379 28,71 4.531 12 479 - 66,74 9.417 - - 3 laminas 7,5 hto espessura resina fenolica P. elliottii 3 lâminas 7,5 nun espessura resina tanica r. elliottii 5 laminas 8 cm espessura A.c.çustifclia TOMASELLI39 Valores POR Araucaria angus ti folia, HAYASHIDA19 * OBTIDOS Pinus elliottii Propriedade Umidade NESTE'TRABALHO, médios dos tratamentos 4,14 (contraçao) Ta 3Tif3 5 laminas 8 rren espessura P. elliottii Mad. sólida c -J 78 Na Tabela 22 pode-se ver que o menor valor de inchamento é 5,3% que corresponde ao tratamento Ta^T^t 2 , sendo que na realidade na Tabela 21 de comparação' de resultados figura os valores médios correspondente aos tratamentos Ta^T^t^ e este é porque estes últimos tratamentos são os que melhores resultados apresentaram em termos do teste da linha de cola e este é sem dúvida nenhuma o que determina a escolha do melhor painel. 0 mesmo critério.é válido para recuperação. 0 valor de inchamento foi muito próximo aos encontrados na literatura, e muito superior ao correspondente a madeira sólida. Da comparação dos valores obtidos no teste de flexão com outros tomados da literatura, o primeiro destaque é a diferença que apresentam as propriedades de resistência e rigidez quando o teste é realizado no sentido paralelo e no sentido perpendicular. Isto normalmente acontece com os compensados de três camadas. Na realidade o que sucede é que no teste as camadas com as fibras perpendiculares ao vão, praticamente não contribuem com nada aos valores de resistência e rigidez 26 (KOLLMANN et alii ). Esta diferença se reduz notavelmente pa- ra os compensados de 5 camadas como pode-se ver para 19 os compensados de Pvnus ell^ott^•í elaborados por HAYASHIDA . Quando maior é o número de camadas, maior é a equalização da resistência e da rigidez nas duas direções, devido a uma melhor distri„ 23 buiçao das cargas através do painel (KEINERT Jr. ). Deixando de lado esta diferença pode-se observar que os valores obtidos de tensão de ruptura e módulo de elasticidade são muito semelhantes aos obtidos por outros autores para compensados elaborados com a mesma espécie. Com relação a madeira sólida pode-se observar uma diminuição de resistência de 16% e uma diminuição de 29% na rigidez. Finalmente comparando com compensado de araucaria, os valores de módulo de elasticidade foram menores o que em parte pode-se atribuir a uma diferença de densidade de 13% em favor da araucária. 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Da pesquisa efetuada pode-se concluir que é conveniente aquecer as toras de Pinus elliott-C.-í para sua laminação. Este aquecimento traz consigo melhoras no rendimento, qualidade das lâminas e na resistência mecânica da linha de cola. Das temperaturas consideradas nesta pesquisa, a de 60°C resultou melhor que a de 40°C. Neste ponto recomenda-se que a temperatura do meio aquecedor seja próxima ou muito próxima â da temperatura desejada, ou melhor ainda sim pode-se usar um programa de aquecimento com duas temperaturas, a primeira superior a desejada, com o objeto de diminuir o tempo de aquecimento,e a segunda próxima a desejada para evitar um gradiente de temperatura elevado, o que originaria uma perda de homogeneidade das lâminas produzidas. Ao passar de 20°C para 60°C o rendimento aumentou em 10% como conseqüência de uma redução de 50% das perdas nas operações posteriores â laminação, perdas atribuídas principalmente ao rompimento das lâminas durante o manuseio. Na realidade a temperatura de 60°C proporcionou lâminas cora menor profundidade de fendilhamento (mais rígidas) pela qual suportou melhor o manuseio. Constatóu-se que o aumento do rendimento foi principalmente das toras da parte superior das árvores. Seaundo a classificação de lâminas dada pela norma PSI-74 todas as lâminas obtidas foram do tipo C e D. 81 Tomando como parâmetros de qualidade a variação de espessura, a profundidade das fendas, e a rugosidade, concluimós que a qualidade das lâminas foram melhores para temperaturas de 60°C. Para melhorar substancialmente o rendimento de Pinus elliottii recomenda-se além do aquecer as toras a 60°C, recorrer ao auxílio do manejo florestal que permite a valorização da madeira nos talhões através das práticas de poda e desbastes, e no caso de florestas futuras recorrer também ao auxílio do melhoramento florestal. A resistência ao cizalhamento da linha de cola aumenta ao aumentar a temperatura de laminação para 60°C, este resultado é válido tanto para o teste realizado em seco como em úmido (água fria). A razão disto atribui-se ao fato de melhorar as características de resistência mecânica das lâminas, por diminuição da profundidade das fendas de laminação. As porcentagens de falha na madeira foram independentes da temperatura utilizada na laminação. Em relação â temperatura de prensagem e tempo de prensagem pode-se concluir que o tempo de 3 minutos deve-se descarnar completamente, já que combinado com qualquer das três temperaturas de prensagem sempre proporcionou colagens ruins. As demais temperaturas e tempos, em qualquer combinação, con- seguiram atingir e superar os requerimentos das normas sobre a colagem. Da análise das melhores combinações das três variáveis, recomenda-se para obter a melhor colagem a combinação Ta^T 2 t2 ' ou seja,laminar a 60°C e prensar a 145°C durante 9 minutos. Para obter valores menores porém acima dos requeridos pela nor- 82 ma, recomenda-se Ta-^T-^t-j e Ta3T2t2 ou seja laminar sempre a 60°C e usar a combinação de 135°C durante 9 minutos ou 145°C durante 6 minutos. A escolha dependerá de um cuidadoso balanço entre os fatores temperatura/tempo, e a eficiência do equipamento utilizado. As variáveis consideradas neste trabalho não afetaram as propriedades medidas no teste de flexão estática. As três variáveis consideradas afetaram significativa- mente os valores de inchamento em espessura. 0 fato de aquecer as toras, seja a 40°C ou 60°C, contribuiu ao aumento do inchamento, não apresentando diferença entre as duas temperaturas antes mencionadas. Por outro lado existiu interação entre o tempo e a temperatura de prensagem, interação que só manifestou-se com um incremento do inchamento para a temperatura de 135°C ao passar de 6 para 9 minutos. 0 tempo para temperatu- ras superiores a 145°C /de ixa de afetar esta propriedade. A recuperação da espessura somente é afetada pelo tempo de prensagem, resultando os valores maiores para 9 minutos. Finalmente ,e como sugestão pode dizer-se que seria do interesse desenvolver os seguintes estudos adicionais: - estudar a influência da temperatura de laminação para valores superiores aos 60°C, já que esta temperatura não mostrou-se como limite superior; - efetuar a comparação, em termos de rendimentos qualitativos e quantitativos, entre toras podadas e não podadas; - analisar outras variáveis do processo do encolado tais como tempo da montagem, porcentagem de sólidos da resina, pressão, quantidade de cola por linha dupla, etc, com objetivo de melhorar ainda mais a qualidade da colagem; 83 . estudar as características mecânicas em compensados de maior número de lâminas objetivando uma ampla caracterização mecânica. SUMMARY A study was performed on mechanical characteristics of glueline on plywood made of Pinus eHiottii and bonded with phenolic resin. Three variables were tested, i.e. peeling temperature, pressing temperature and pressing time. Peeling temperatures were 2 0°C, 40°C and 60°C; pressing temperature were 135°C, 145°C and 155°C; pressinfg times were 3, 6 and 9 minutes. A randomized factorial model were used for the trial. Besides, the effect of peeling temperature on yield and.veneer •quality were taking into account. Also, others physical and mechanicals properties were studied for plywood characterization. All three variables strongly affected mechanic characteristics of glueline. Peeling temperature affected shear strenght, the highest values been'those at 60°C. Preesing temperature and time affected degree of adhesive curing. Best bonding occured with veneers obtained at 60°C and pressed at 145°C during 6 minutes. Also aceptable gluebonds were gathered with veneers obtained at 60°C, and pressed at 135°C or 145°C during 9 minutes or 6 minutes respectively. Peeling temperature also affected yield and veneer quality. Peeling at 60°C yielded 10% higher tham peeling at 20°C and 40°C, this effect after cuting 50% of veneer losses during post-peeling handling. Bolts sector with higer quantités of knots were responsible for the highest yields. Depth of lathe checks and roughness were lower, and uniformity of venner thickness were higher- at 60°C. Values of the other characteristics were similar to those reported currently in the literature for plywood of Pinus elliott-Li. A N E X O S 86 ANEXO DETERMINAÇÃO 1 DO) T E M P O DE AQUECIMENTO 87 Determinação preliminar do tempo necessário para atingir a temperatura desejada, usando a metodologia proposta por •5 O STEINHAGEM et alii . Dados iniciais: - Umidade média das toras (U) = 150% - Raio médio das toras (R) = 0,20 m - Raio do rolo resto (r) = 0,075 m - Temperatura inicial das toras (T\) = 20°C - Temperatura desejada (Td) = 40°C e 60°C - Temperatura do meio aquecedor (T) = 61°C - Peso específico básico médio (G) = 0,43 Kg/m 3 Cálculos: - Determinação do raio normalizado CRn): R n = = Í R~ R n = -Hír- = °' 3 8 (m) - Determinação da temperatura média (T): T = Ti I Td = t = 20+60 = 4 Q (oc) - Determinação da difusividade térmica média CD), utilizando as Figuras nÇs.10 e 11, para T = 40°C, U=15 0%, e G = 0,43 Kg/m 3 : D = d . Fa D = 0,00045 . 1,02 = 0,00046 tm2/h) 88 FIGURA 10. DIFUSIVIDADE TÉRMICA DA TEMPERATURA (0,50 E NA DIREÇÃO CONTEÚDO DE RADIAL UMIDADE, Kg/m3) TEMPERATURA (?C) EM PARA FUNÇÃO ABETO 89 FIGURA IL . FATOR DE AJUSTE SEGUNDO O PESO ESPECÍFICO E CONTEÚDO DE UMIDADE LINHA 1, PARA CONTEÚDO DE UMIDADE INFERIORES A 40%, E LINHA 2 PARA UMIDADES SUPERIORES A 40% PESO ESPECÍFICO . Determinação da .temperatura normalizada para as temperaturas desejadas: t = (Td - T)/T ± - T) t ( 4 0 o c ) = (40-61) / (20-61) = 0,512 C°C) t ( 6 Q o c ) = (60-61) /(20-61) = 0 ,024 (°C) . Determinação do número de Furier (F) da Figura n9 12 utilizando os valores do raio normalizado (Rn ) e temperatura normalizada (t): F(40°C) = 0 , 1 8 F(60°C) = 0,68 (adimencional) 90 FIGURA 12. RELAÇÕES DO NÚMERO DE FURIER (F), RAIO NORMALIZADO (R ) E TEMPERATURA NORMALIZADA n (t) t F - Cálculo do tempo de aquecimento (t')para as duas tem- peraturas desejadas: (horas) t'(40oC) = 0,18(0,20)2/0,00046 = 15 (hs) t'(60oC) = 0,68(0,20)2/0,00046 = 59 (hs) Devido a que a porcentagem de raios 1enhosos e maior a 10% (medições no laboratório mostraram 13%) ° tempo deverá re- duzir-se em 12%. t' (400C) . = 115-(15.0,12) 1 - 13 (horas) t'(60oC) = 15'9 -(59.0,12)1 52 (horas) - 91 ANEXO 2 MODELO MATEMÁTICO 92 MODELO MATEMÁTICO CORRESPONDENTE AO DELINEAMENTO COMPLETAMENTE CASUALIZADO COM ARRANJO FATORIAL (FATORIAL 3 3 ) , UTILIZADO NA ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE DE LINHA DA COLA - Modelo maternâti co: Yijk = p + + Êj + 5 r + (çB)i;j + U<5)ik + (35) j k + + U $ 6 ) . .. + l . .. íjk íjk onde : = efeito principal da temperatura de aquecimento (Ta); = efeito principal da temperatura de prensagem (T); = efeito principal do tempo de prensagem (t); «ij = efeitos de interação de dois fatores; 6S ik e e; ^ '-to interaçao dos três fatores; Xj_jk= variável de resposta. 93 - Cálculos REPET, YI» Yl Y2 Y3 Tahiti Yii Yiz Yl3 Ta!T!t2 Y2 1 Y22 Y23 Y. 1 TRATAM. Yl Y24 Y2 Y 2 7 i* Y2 7 Talita TaiT2ti Ta x T 2 t 2 TaiT 2 t 2 Ta 3 T 3 t 2 Y2 7 Ta 3 T 3 t 3 2 1 (ZZ Y.j) r . t SQT = EEY. . iD Y 2 7 2 Y2 7 3 2 IY } SQT = i r -F.C. SQE = SQT - SQt Temperatura aquecimento Ta! Ta 2 Tertperatura tl Tempo t2 Ta 1 T 1 t 2 Ta lT2t2 Ta!T 3 t 2 TaiT113 Ta^T 2 t 3 Ti • • T2 • • Ti TaiTiti. T2 TaxT2ti T3 TALT3TL • T3 Ta 3 t3 TI • • T2 • Ta 3 T 2 t 3 T3 Ta 3 T 3 t 3 Efeito da temperatura de aquecimento < W ! + (Y Ta 2 ..» 2 + < X Ta 3 ..' 2 : SQS = F.C 4.3.3 Efeito da temperatura (Y . ) 2 + (Y , ) 2 + (Y . ) 2 . u j, . t2. .1-3. SQT = : ' - F.C. 4.3.3 Efeito do tempo (Y ) 2 + (Y . ) 2 + (Y •• u j • • u2 • . )2 . • x: 3 F.C. : SQT = 4.3.3 Efeito da interação da Temperatura de aquecimento-temperatura (Y 1 SOST Tait,. )2 + (Y ) Tait2.' 2 + (Y 1 ) 2 + (Y )2+ Ta^j.' Ta^.' (Y UTa )2+ (Y ) 2 + (Y )2 + 1 Tajti/ T a ^ ' 2t2.' ( (Y ) 2 + (Y )2 Ta3t*' * uTa3t3.' 1 1 - F.C. 4.3 Efeito da interação Temperatura de aquecimento e SQS t ' B " W t ^ ^ . t , ' 2 •••'••-• . . . . _ + <^ai.t3)2 + ( *Ta2.tl>2 + " W ^ * + <*Ta2.t3>2 + <*Ta2.tl>2 + <*Ta2.t2>2 ^ ^ + <*Ta2.t 4.3 Efeito da interação temperatura-tempo (Y 1 SQTt .Tit) ) 2 + U(Y . ) 2 + <Y ) 2 +' (Y ) 2 + (Y ) 2 + (Y ) 2 + (Y ) 2 + (Y ) 2 + (Y ) T!t2' .Titj' .T2t,' .T2t2 .T2t3 .T3t,' -T3t2' .T3t3 2 • F f 95 Efeito da interação temperatura de aquecimento-temperatura-tem- SQSTt = SQt - (SQS + SQT + SQt + SQST + SQSt + SQTt) - Apresentação tabular da ANOVA Fonte Var. G.L. Tratamento (t-1) Temperatura de aquecimento (Ta) (Ta-1) Temperatura (T) (T-1) Tempo (t) (t-1) Ta-T (Ta-1) (T-1) Ta-t (Ta-1) (t-1) T-t (T-1) (t-1) Ta-T-t Erro (Ta-1) (T-1) (t-1) 3 3 (r-l) 3 3 r-1 SQ QM F 96 ANEXO 3 ANÁLISE ESTATÍSTICA TABELA Al . ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DA LINHA DE COLA SECA. VARIÁVEL DE RESPOSTA: RESISTÊNCIA F o n t e de Variaçao Tratamentos G .L. 26 S .Q. 761,04 F.T. (95%) F.T. (99%) Q.M. F.C. 29 , 27 6 ,75** 1,71 2,14 T e m p e r a t u r a de aquecimento (Ta) T e m p e r a t u r a s (T) 2 48 , 28 24 ,14 5,60** 3,17 5,04 2 94,04 47 ,02 10 , 8 6 * * 3 ,17 5,04 Tempos 2 492,01 246 ,01 56,82** 3,17 5,04 Ta - T 4 18,72 4,68 1,0 8 n S 2,55 3,70 Ta - t 4 33 , 27 8,32 1,9 2 n S 2,55 3,70 T - t 4 26 , 25 6,56 l,52nS 2,55 3 ,70 Ta - T - t 8 48,47 6,06 l,40nS 2,12 2,87 4,33 (t) Erro 54 234 ,00 Total 80 995,04 TABELA A 2 . ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DA LINHA DE COLA SECA. VARIÁVEL DE RESPOSTA: PORCENTAGEM DE FALHA NA MADEIRA F o n t e de Variação Tratamentos G. L . 26 ;s.Q. Q.M. 41.052,76 1.578,95 6,22** 1,71 2,14 F.C. F.T.(95%) F.T.(99%) Temperatura de aquecimento (Ta) T e m p e r a t u r a s (T) 2 3.306,69 1.653,35 6,52** 3,17 5,04 2 2.950,32 1.475,16 5,81** 3,17 5,04 Tempos 2 2 9 . 0 8 1 ,80 14.540,90 3,17 5,04 Ta - T 4 2.245,98 561, 5 2,21nS 2,55 3,70 Ta - t 4 1.778,72 444,68 l,75nS 2,55 3", 7 0 T - t 4 535,90 133,99 0,53nS 2,55 3,70 Ta - T - t 8 1.153,27 144,16 0,5 7 n S 2,12 2,87 253,75 (t) Erro 54 .13 . 7 0 2 , 67 Total 80 54.755,43 57,3 ** CO TABELA A 3 . ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE LINHA DE COLA ÚMIDA. VARIÁVEL DE RESPOSTA:. RESISTÊNCIA F o n t e de Variação G.L, Tratamentos 26 S,Q, Q.H, 342,96 13,19 3,77** 1,71 2,14 F,C. F.T.(95%) F.T. (99%) Temperatura de aquecimento (Ta) 2 25,00 12,50 3 ,5 7 * 3,17 5,04 Temperaturas 2 41,64 20,82 5,95** 3,17 5,04 2 186 ,65 9 3,33 26 , 6 7 ** 3,17 5 ,04 Ta - T 4 17,01 4,25 l,2lns 2,55 3,70 Ta - t 4 22,09 5,52 l,58nS 2,55 3,70 T - t 4 38,78 9,70 2,77* 2,55 3,70 Ta - T - t 8 11,79 1,47 0,4 2 n s 2,12 2,87 3 ,50 Tempos (T) (t) Erro 54 189,16 Total 80 532,12 vo KD TABELA A 4 . ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE LINHA DE COLA ÚMIDA. VARIÁVEL DE RESPOSTA: PORCENRAGEM DE FALHA NA MADEIRA F o n t e de Variação Tratamentos G.L. 26 S.Q, Q.M. F.C. 22.269,29 856 ,51 5,08** 1,71 2,14 F . T . (95%) F . T . (99! Temperatura de aquecimento (Ta) 2 528,92 264,46 l,56nS 3,17 5,04 T e m p e r a t u r a s (T) 2 4.273,29 2.136,65 12,68** 3,17 5,04 T e m p o s (t) 2 12.616,40 6.308,20 37,43** 3,17 5,04 Ta - T 4 1.413,52 353,38 2,10nS 2,55 3,70 Ta - t 4 678,86 169,72 i,oins 2,55 3 ,70 T - t 4 990,49 247,62 l,47nS 2,55 3,. 70 Ta - T - t" 8 1.768,81 221,10 1,3lns 2,12 2,87 168,54 Erro 54 9.101,33 Total 80 31.370,62 TABELA A5. TESTE TUKEY EM SECO PARA OS VALORES MEIOS DA L I N H A DE C O L A N O S T R Ê S TORES TEMPERATURA RA (T) E T E M P O 1,71 E DE DE AQUECIMENTO (t). O S RESISTÊNCIA NÍVEIS (Ta), COMPARADORES 1,37 PARA AS PROBABILIDADES DOS FA-, TEMPERATU- RESULTARAM DO 99% E 95% RESPECTIVAMENTE (Ta3) (Ta2) 23,08 23,20 (TA!)21,19 1,89** 1,01 N S (Ta2)22,20 0,88 N S 0 (Ta3)23,08 0 - A melhor t e m p e r a t u r a de 99%) foi T a 3 . aquecimento (com (Ta^ 21,19 0 uma p r o b a b i l i d a d e (T 2 ) <T 3 ) (T X ) 23,13 22,68 20,66 (T X ) 20,66 2,80** 2,02** (T 3 ) 22,68 0,45 N S 0 (T 2 ) 23,13 0 0 - As temperaturas T^ (155°C) e T 2 (145°C) foram estatisticamente melhor que a T, (135 C) com uma probabilidade de.99%. <t 3 > <t2) (tl) 24,85 22,73 18,89 (tL) 18,89 5,96** 3,84* (t2) 22,73 2,12** 0 (t3) 24,85 0 0 - 0 tempo t^ (9 1 ) e melhor (com uma probabilidade de 99%) que o tempo t 2 (6') e este último e superior (com 95% de probabilidade) ao tempo de 102 TABELA A6. TESTE DE TUKEY PARA OS VALORES MEIOS DE RESISTÊNCIA EM ÚMIDO DA LINHA DE COLA NOS TRÊS NlVEIS DOS FATORES TEMPERATURA DE AQUECIMENTO (Ta), TEMPERA- TURA (T) E TEMPO (t). OS COMPARADORES RESULTARAM 1/55 E 1,23 PARA AS PROBABILIDADES DO 99% E 95% RESPECTIVAMENTE (Ta3) 14,03 (Ta2) 13, 16 (Ta 1 )12,69 1,34* 0,47 n S (Ta 2 )13,16 0,87 n s 0 (Ta 3 )l4,03 0 - A melhor t e m p e r a t u r a , de b i l i d a d e do 9 5 % . aquecimento é a T à3 , 0 com uma probabi- (T 3 ) (T 2 ) (Tx) 13,85 13,75 12,28 (T 1 ) 12,28 1,57** 1,47* (T 2 ) 13,75 0,ions 0 (T 3 ) 13,85 0 - 12,69 0 As melhores temperaturas sao T~ (155 C) e T 2 (145"C). Sendo a T^ com uma probabilidade do 99% e a T 2 com uma probabilidade do 95%, em relação a T (135°C). (t2) 13,58 (tp 11,31 3,68** 2,27** rt N> (t 3 ) 14,99 13,58 1,41* 0 (t 3 ) 14,99 (t x > 11,31 0 0 - 0 tempo t^ (9 1 ) ê melhor que o t 2 (6') com uma probabilidade de 95% e o tempo - tu e melhor que o tempo t - O ' ) com uma probabilidade de 99%. 103 TABELA A7. TESTE DE TUKEY PARA OS VALORES MEIOS DE FALHA NA MADEIRA EM SECO DA LINHA DE COLA NOS TRÊS NlVEIS DOS FATORES TEMPERATURA DE AQUECIMENTO (Ta), TEMPERATURA (T) E TEMPO (t). OS COMPARADORES RESULTARAM 13,23 E 10,48 PARA AS PROBABILIDADES DE 99% -E 95% RESPECTIVAMENTE (Ta3) (Tax) 63,11 60,19 <Ta2)48,33 14,78** 11,86* (Ta^)60,19 2,92ns (Ta3)63,ll 0 (Ta2) 48,33 0 0 - As m e l h o r e s t e m p e r a t u r a s de a q u e c i m e n t o T a . e Ta^'. S e n d o a T a 3 c o m u m a p r o b a b i l i d a d e de 99% e a T a 1 c o m u m a p r o b a b i l i 'dade de 9 5 % , em r e l a ç a o a Ta 2' (T 3 ) (T 2 ) (Tx) 62,74 60,07 48,81 11,26* (Tx) 48,81 13,93** (T2) 60,07 2,67ns (T3) 62,74 0 0 0 - As melhores temperaturas sao T« (155 C) e T 2 (145 C). Sendo a T^ com lima probabilidade de 99% e a ção a T- com uma probabilidade do 95% em rela- (135°C) <t3) <t2) (tx) 73 ,67 67 ,30 30,68 36,62** (tx) 30,68 42,99** (t2) 67,30 6,37ns (t3) 73,67 0 0 0 - Os tempos t 3 (9') e t 2 (6') são os melhores com uma probabilidade do 99% em relaçao a 10 4 TABELA A8 . TESTE TUKEY MADEIRA VEIS' D O S OS EM PARA OS VALORES ÚMIDO DA LINHA FATORES COMPARADORES PROBABILIDADES RESULTARAM DE E 10,76 95% NOS TRÊS NA NÍ- (T) e T E M P O E 8,52 (t). PARA AS RESPECTIVAMENTE <T 2 ) (Tx) 22,85 10,89** 0 17,63** (T ) 33,74 6,7 4 n s ) 40,48 0 temperaturas T 3 COLA FALHA 33 , 74 22,85 -As 99% DE 40,48 (Tj) (T DE DE TEMPERATURA (x3) 2 MEIOS 0 (155°C) e T^ (145°C) são melhores que a (135°C) com uma probabilidade de 99%. (t 3 ) Ct2) (t x ) 45 ,52 35,96 15,59 (tx) 15,59 29,93** , (t2) 35,96 9,56* (t3) 45,52 0 ' 20,37** 0 0 - Os tempos t 3 (9') e t2(.6') são melhores que o tempo t^ (3*) com uma probabilidade de 99%. 0 tempo t 3 i melhor que o t 2 com um 95% de probabilidade. TABELA A9 .. ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE RECUPERAÇÃO jronte ae variação G.L. 26 Tratamentos Terroeratura de aqueci2 mento (Ta) Temperaturas (T) 2 2 Tempos (t) Ta - T Ta - t 4 S.Q. Q.M. F.C. F.T.(95%) 19,59-0 0,454 0,753 1,941* 2,14 0,227 0,585 nS 1,71 3,17 nS 3,17 5,04 14,206** 3,17 5,04 nS 2,55 3,70 0,385 0,19 3 5,512 10,303 0,497 F.T. (99%) 5,04 0,927 2,389 4 3,706 0,857 0,214 0,552 ns 2,55 3,70 T - t 4 1,723 3,70 8 2,162 .l,lll nS 0,696 nS 2,55 Ta - T - t Erro 0,431 0,270 2,12 2,87 54 20,941 0,388 Total 80 40,531 COMPARAÇÃO DOS VALORES MÉDIOS DE RECUPERAÇÃO DOS TRÊS NÍVEIS DO FATOR TEMPO DE PRENSAGEM, ATRAVÉS DO TESTE DE TUKEY 3,221 2 , 8Q 8 2,406 0,815** 0,402 nS 2,808 0,413* 0 3,221 0 2,406 0 TABELA AIO.ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO .ENSAIO DE INCHAMENTO Fonte de variação G. L. Tratamentos 26 Temperatura de aquecimento (Ta) Temperaturas (T) S.Q. Q.M., 75,238 2,897 2,655** 1,71 2,14 2 18,159 9,080 8,323** 3,17 5,04 2 8,130 20,218 4,065 3,726* 3,17 5,04 10,109 9,266** 3,17 5,04 nS 2,55 3,70 F.T.(95%) F.C. F.T. (99%) Tempos(t) Ta - T 2 4 5,529 1,382 1,2 67 Ta - t T - t 4 3,903 0,976 0,895 n s 2,55 3,70 4 12,302 3,076 2,819* 2,55 3,70 2,12 2,87 8 7,086 Ta - T - t Erro 54 58,93 Total 80 134,258 0,886 0,812 nS 1,091 COMPARAÇÃO DOS VALORES MÉDIOS DO INCHAMENTO DOS TRÊS NÍVEIS DO FATOR TEMPERATURA DE AQUECIMENTO, ATRAVÉS DO TESTE DE TUKEY 8,743 8,531 7,612 1,131** 0,919** 8,531 0,212 n S 0 8,743 0 7,612 107 TABELA Àll. ANÁLISE DE INTERAÇÃO TEMPERATURA-TEMPO DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE A VARIÁVEL DE RESPOSTA INCHAMENTO. F Cl,54,95%)= 4,02 E Fp.,54, 99%)=7,12, t2 - tx T- 63,76 63,97 0,21 T, 72,25 80,16 7,91 T. 74,14 75,37 1,23 S'QTj^ dentro t = (0,21)2 = 0,002 0,002 2,33 091 ns = 0,01 SQT 2 dentro t = (7,91)2 2,33 = 3,476 3 / 476 1/ 091 = 3,19 SQT 3 dentro t = (1,23)2 2,33 = 0,084 0, 084 1,091 = 0,08 ns fc3 fc2. ns - fc2 ^ 63,97 84,18 20,21 T2 80,16 78,31 .1/85 T3 75,37 79,78 4,41 SQT 1 dentro, t = = 22,69 - SQT 2 dentro t = = - SQT 3 dentro t = ^ ^ 0,19 = 1,08 -, = 20, 80 * ^ = - ^ g f j = 0,17 * ns 0,99ns 10 8 TABELA A12. ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE FLEXÃO ESTÁTICA NO SENTIDO PARALELO AO VÃO. VARIÁVEL DE RESPOSTA: RESISTÊNCIA MÁXIMA à FLEXÃO F.V. G.L. S.• Q. Q.M. Fc F^. (26 ,54,95) 1,6 8 n s 1,8 Tratamento 26 244..967 9.422 Erro 54 303..315 5.617 Total 80 5 48.,282 TABELA A13. ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE FLEXÃO ESTÁTICA NO SENTIDO PARALELO AO VÃO. VARIÁVEL DE RESPOSTA: MÕDULO DE ELASTICIDADE F.V. G.L. S.Q. Q.M. FC Tratamento 26 1,09 x IO10 421.032.412 l,58ns Erro 54 1,44 x IO10 266.604.600 Total 80 . 2,53 x IO 10 F L.(26,54,5) 1,8 109 TABELA A14. ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE FLEXÃO ESTÁTICA NO SENTIDO PERPENDICULAR AO VÃO. VARIÁVEL DE RESPOSTA: RESISTÊNCIA MÁXIMA F.V. ' G.L. S.Q. Q.M. FW 0,75 ns . Tratamento 26 22.222,69 854,72 Erro 54 61.646,75 1141,61 Total 80 83.869,44 F.V (26,54,95) 1,80 / TABELA A15. ANÁLISE DE VARIÂNCIA CORRESPONDENTE AO ENSAIO DE FLEXÃO ESTÁTICA NO SENTIDO PERPENDICULAR AO VÃO. VARIÁVEL F.V., DE RESPOSTA: MÕDULO DE ELASTICIDADE G.L. S.Q. Q.M. Tratamento 26 43.122.571 1.658.560 irro 54 74.909.150 1.387.206 Total 80 118.031.721 Fc F (26,54,95) l,20 ns 1,80 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 AMERICAN PLYWOOD ASSOCIATIONS (A.P.A.). U.S. Product Standard PS 1-73 for construction & industrial plywood. 1974. 2 AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS (A.S.T.M.). adhesives, part. 22. Philadelphia, 1981. .3 BALDWIN, R.F. Plywood manufacturing practices. cisco, M. Freeman, 19 75. 4 BLOMQUIST, R.F. Gluing, of southern pine. 19(4): 36-44, 1969. Wood, San Fran- For. Prod. J. , 5 . & OLSON, W.Z. Experiments in gluing southern pine veneer. U.S. For. Serv. FPL-032, 1964. 6 CARROL, M.N. We don't boil houses: examinations of the boil-dry-boil test in plywood standards. For.Prod.J., 28 (5): 23-27, 1978. 7 CHONG, S.-L. Veneer yields of New Zealand - grown Slash pine. New Zealand J. For. Sci. , 7.C3) : 420-24, 1977. 8 CHOW, S. Lathe-check influence on plywood shear strength. Can.For. Serv. Inf. Rep. VP-X-122, 1974. 9 . ; TROGHTON, G.E.; HANCOCK, W.V. & MUKAI, H.N. Quality control in veneer drying and olywood gluing. Can.For. Serv. Inf. Rep. VP-X-113, 19 73. 10 . 11 . & WARREN, W.G. Efficiency of plywood bond-quality testing methods. Can.For.Serv. Inf.Rep. VP-X-104, 19 74. COMSTOCK, G.L. The kinetics of venner jet drying. Prod. J., 21(9): 104-11, 1981. For. Ill 12 CORDER, S.E. & ATHERTON, G.H. ture on Douglas-fir veneer. versity/ 18, 1963. 32 p. 13 FAO. Consulta internacional sobre tableros contrachapados y otros paneles. Roma, 196 8. 25 0 p. 14 FEIHL, 0. Heating frozen and non-frozen venner logs. For. Prod. J., 22(10); 41-50, 1972. 15 FREEMAN, H.G. Influence of production variables on quality of southern pine plywood. For. Prod. J., 20(12): 28-31, 19 70. — 16 GRANTHAM, J.B. & ATHERTON, G.H. Heating Douglas-fir blocks. Does it pay? Bulletin For. Prod. Res. Center, n. 9, 1959. 64 p. 17 HANCOCK, W.V. Effect of heat treatment on the surface of Douglas-fir veneer. For. Prod. J., 13(2): 81-88, 1963. 18 HAYASHIDA, K. Compensado de Pinus elliottii e suas propriedades físicas e mecanicas. Sao Paulo, IPT, 1972. 6 p. (Relatorio n9 6.248). 19 . Laminação e contraplacado de Pinus elliottii Eng. var. elliottii. In: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 2., Curitiba, 1973. Anais. Curitiba, FIEP, 1973. 20 Effect of peeling temperaInf. Circ. Oregon State Uni- HSE, C.-Y. Gluability of southern pine earlywood and latewood. For. Prod, j., 18(12): 32-36, 1968. 21 . Properties of phenolic adhesive as related to bond quality in southern pine plywood. For. Prod. J., 21(1): 44-52, 1971. 22 JANKOWSKY, I.P. Qualidade das lâminas de Pinus strobus (Martinez) var. chiápensis obtidas por desenrolamento. In: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 3., Manaus, 1978. Silvicultura, 2: 9-12, 1978. 23 KEINERT Jr., S. Influência de diversos parâmetros nas propriedades das.chapas de partículas. Paraná florestal, 3: 19-23, 1984. 24--KEEIN, J.A. Chemicals aspects of gluing plywood with phenolic resins. SPRS Separate n9 AM-75-567. 112 25; KOCH, P. Utilization of southern pines. book, 420, 1972. Agriculture hand- 26 KOLLMANN, F.F.P.; KUENZI, E.W. & STAMM, A.J. Principles of wood science and technology. Berlin, Springer, 1975. v. 2. 27 KOZLIK, C.J. Effect of temperature, time, and drying medium on the strenght and gluability of Douglas-fir and shoutern pine veneer. For. Prod. J., 24(2): 46-53, 1974. 28 LARA PALMA, H. Tanino-formaldehido como adesivo para fabricação de compensados de Pinus elliottii. Curitiba, 1986. Dissertaçao (em elaboraçao). Mestrado.Universidade Federal do Paraná. Curso de Pós-graduação em Engenharia Florestal. 29 LUTZ, J.F. Research at forest products laboratory reveals that heating southern pine bolts improves veneer quality. Plywood & Panel, ( ): 21-28, 1967. 30 _. Wood veneer: log selection, cutting and drying. U.S.D.A. Technical Bulletin, 1577, 1978. 31 .; MERGEN, A. & PANZER, H. Effect of moisture content and speed of cut on quality of rotary-cut veneer. U.S. For. Serv. Res. Note FPL-176. .32 PALKA, L.C. Veneer cutting review. Rep. VP-X-135, 1974. Can. For. Serv. Inf. 33 PONCE, R.H. Produção de madeira de qualidade para processamento mecânico. Silvicultura, 9^(34): 9-13, 1983. 34 ROMERO DE AGUIAR, O.J. Utilização de pinus na produção de laminados e compensados. Silvicultura, 9^(34): 37-43, 1983. 35 SUCHSLAND, O. & JANKOWSKY, I.P. A produção de lâminas de madeira por desenrolamento. Circular técnica IPEF, 33, 1978. 36 & STEVENS, R.R. Gluability of.southern pine veneer dried at high temperature. For. Prod. J. , 1J3(1) : 38-42, 1968. 113 3 7 STEINHAGEN, H.P. Heating times for frozen veneer logs; new experimental. For. Prod. J. , 21_06) : 24-8, 1977. 38 39 40 .; MEYERS, G.E. & KUBLER, H. Heating time charts for frozen and nonfrozen veneer logs. For. Prod. J., 3£(4): 27-37, 1980. TOMASELLI, I. Comparação da qualidade da madeira da Araucaria angustifolia e Pinus spp produzida em reflorestamentos. In: Problemas florestaisv do gênero Araucaria. Encontro da IÜFRO. Curitiba, 19 80. . Secagem das laminas para indústria de painéis. Madeira-Méveis, 1(1): 27-33, 1983. 41 VIVIENDAS energitermicas. Debuta un nuevo sistema constructivo. Chile Forestal, 10(112): 20-21, 1985. 42 WELL0NS, J. D.; KRAHMER, R.L.; SANDOE', M.D.; JOKERST, R.W. Thickness loss in hot-pressed plywood. For. Prod. J. , 33(1): 27-34, 1983. BIOGRAFIA JUAN CARLOS MEDINA, filho de Juan Carlos Medina e Cecilia Maria Lamberti de Medina, nasceu en San Salvador de Jujuy, Jujuy, Argentina, em 14 de agosto de 1955. Formado em Engenharia ^e Industrias Florestais, na Facultad de Ingenieria Forestal da Universidad Nacional de Santiago dei Estero, Argentina, no ano de 1981. Em 1982 ingressou no curso de PÓs-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná, na área de concentração de Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais. Durante o ano de 1981 desempenhou-se como Chefe de Produção na Cooperativa Forestal los Pirpintos, Santiago dei Estero, Argentina. Atualmente é auxiliar docente dedicado à pesquisa no Instituto de Tecnologia de la Madera da Universidad Nacional de Santiago dei Estero.