GUIA TÉCNICO
SECTOR DA INDÚSTRIA DA MADEIRA
E DO MOBILIÁRIO
LISBOA
NOVEMBRO 2000
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
FICHA TÉCNICA
Coordenação:
Eng. José Miguel Figueiredo
Tel: 351 21 716 51 41 (ext. 2356)
Email: [email protected]
Equipa técnica:
Eng. Victor Fernandes
Tel: 351 21 716 51 41 (ext. 2349)
Email: [email protected]
Engª Marina Barros
Tel: 351 21 716 51 41 (ext. 2385)
Email: [email protected]
Engª. Leonor Sota
Tel: 351 21 716 51 41 (ext. 2385)
Email: [email protected]
INETI - INSTITUTO NACIONAL DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA INDUSTRIAL
DMTP – DEPARTAMENTO DE MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO (Edifício C)
Estrada do Paço de Lumiar 1649 - 038 LISBOA
Fax: 351 21 716 65 68
Novembro 2000
I
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
AGRADECIMENTOS
Agradece-se a todas as pessoas e instituições que de alguma forma prestaram a sua
colaboração para a elaboração deste Guia Técnico, nomeadamente às empresas
fornecedoras de tecnologias e equipamento, reagentes e serviços contactadas.
Em particular, à Associação Industrial de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP),
por todo o apoio, informação e sugestões prestadas.
Á Associação Industrial da Região de Viseu (AIRV) pela documentação fornecida.
Às empresas que colaboraram no preenchimento dos questionários (Anexo II)
contribuindo desta forma para a elaboração deste Plano Nacional de Prevenção de
Resíduos Industriais (PNAPRI).
Ao Eng. António dos Santos (INETI) pela disponibilidade e informações que forneceu.
Finalmente, o nosso agradecimento às empresas que conosco colaboraram, pela
disponibilidade, receptividade e informações fornecidas.
Novembro 2000
II
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ÍNDICE GERAL
Página
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
2. OBJECTIVOS ................................................................................................. 2
3. CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR........................................................................ 3
3.1
Grupos de actividades industriais e produtos fabricados .............................................. 4
3.2
Distribuição Geográfica ........................................................................................... 6
3.3
Número de empresas, sua dimensão e número de pessoas ao serviço........................... 8
3.4
Consumo e rendimento médio de utilização da matéria prima .................................... 12
3.5
Volume de vendas do sector .................................................................................. 14
4. CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE FABRICO ........................................... 14
4.1
Preparação da matéria prima (preparo)................................................................... 15
4.2
Tratamento (Impregnação).................................................................................... 16
4.3
Maquinagem ........................................................................................................ 17
4.4
Acabamentos ....................................................................................................... 17
4.5
Montagem ........................................................................................................... 18
4.6
Descrição das operações unitárias .......................................................................... 19
4.7
Diagramas dos processos de fabrico ....................................................................... 25
5. RESÍDUOS INDUSTRIAIS DO SECTOR ............................................................ 32
5.1
Análise global dos resíduos do sector e sua gestão actual .......................................... 32
5.2
Caracterização dos resíduos e efluentes líquidos gerados e sua correlação com as
operações produtivas por subsector de actividade .................................................... 34
5.3
Composição percentual média dos resíduos de madeira gerados em cada subsector ..... 42
5.4
Estimativas das quantidades anuais de resíduos e efluentes gerados no sector............. 45
5.4.1 Parâmetros considerados para a estimativa das quantidades anuais de resíduos
de madeira............................................................................................ 47
5.4.1.1 Subsector da Serração.......................................................................... 47
5.4.1.2 Subsector dos Painéis de Madeira........................................................... 48
5.4.2 Estimativas das quantidade anuais de resíduos de madeira no sector da
Madeira e do Mobiliário ........................................................................... 49
5.4.3 Estimativas das quantidades anuais de efluentes e de outros resíduos .......... 49
6.
POTENCIAL DE PREVENÇÃO NO SECTOR ........................................................... 52
6.1
Prevenção na preparação da matéria prima (Preparo) ............................................... 53
6.2
Prevenção no tratamento (Impregnação)................................................................. 54
6.3
Prevenção nas operações de maquinagem ............................................................... 54
Novembro 2000
III
PNAPRI
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6.4
Prevenção nas operações de acabamentos............................................................... 55
6.5
Prevenção nas operações de montagem .................................................................. 56
7. MEDIDAS E TECNOLOGIAS DE PREVENÇÃO DE RESÍDUOS ................................ 57
7.1
Identificação das medidas e das tecnologias de prevenção por subsector..................... 57
7.2
Caracterização das medidas e tecnologias de prevenção de resíduos........................... 64
7.2.1 Secadores com controlo computorizado .................................................... 65
7.2.2 Prensa de briquetes................................................................................ 66
7.2.3 Finger Jointing ....................................................................................... 69
7.2.4 Pistolas
de
pulverização
de
alto
volume
e
de
baixa
pressão
(HVLP – High Volume Low Pressure) ................................................................................ 71
7.2.5 Pistolas de pulverização de alta pressão, sem ar (airless)............................ 74
7.2.6 Pistolas de pulverização Air-assisted airless............................................... 77
7.2.7 Pistolas de pulverização electroestáticas ................................................... 79
7.2.8 Sistema de pulverização UNICARB ........................................................... 82
7.2.9 Filtros metálicos..................................................................................... 84
7.2.10 Aplicação automatizada de revestimentos com rolos................................... 85
7.2.11 Tintas e lacas de origem vegetal e mineral ................................................ 87
7.2.12 Destiladores para recuperação de solventes orgânicos de limpeza ................ 88
7.2.13 Desenrolamento com centralização optimizada dos toros ............................ 91
7.2.14 Corte optimizado ................................................................................... 92
7.2.15 Colas de lenhina .................................................................................... 94
7.2.16 Secagem e armazenamento da madeira impregnada em área coberta .......... 95
7.2.17 Cobertura da madeira a impregnar........................................................... 96
7.2.18 Redução da malha do peneiro de rejeição de finos da estilha ....................... 97
7.2.19 Reutilização das águas de cozimento dos toros .......................................... 98
7.2.20 Formação dos operadores de pistolas de pulverização............................... 100
7.2.21 Corte fino............................................................................................ 102
7.2.22 Flowcoat ............................................................................................. 104
7.3
Estimativas de redução de desperdícios e atractividade do investimento.....................106
8. ESTUDOS DE CASO .................................................................................... 108
8.1
Estudo de caso 1: substituição das pistolas de pulverização airless por pistolas de
pulverização de baixa pressão (HVLP) ....................................................................109
8.2
Estudo de caso 2: substituição das pistolas
convencionais
de
pulverização
por
pistolas HVLP ......................................................................................................112
8.3
Estudo de caso 3: substituição das pistolas de pulverização air-assisted airless por
pistolas HVLP ......................................................................................................114
Novembro 2000
IV
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.4
Estudo de caso 4: substituição das pistolas convencionais de pulverização por pistolas de
pulverização airless electroestáticas.......................................................................116
8.5
Estudo de caso 5: substituição das pistolas convencionais de pulverização por pistolas
electroestáticas automatizadas..............................................................................118
8.6
Estudo de caso 6: sistema automático de pintura com rolos......................................119
8.7
Estudo de caso 7: formação dos operadores de pistolas de pulverização.....................120
8.8
Estudo
de
caso
8:
secagem
e
armazenamento
da
madeira
impregnada
em
área coberta .......................................................................................................122
8.9
Estudo de caso 9: destilador para recuperação de solventes orgânicos de limpeza .......124
8.10 Estudo de caso 10: corte optimizado de ripas..........................................................125
8.11 Estudo de caso 11: aplicação automática de verniz e cor com rolos ...........................126
8.12 Estudo de caso 12: Finger Jointing.........................................................................127
8.13 Estudo de caso 13: redução da malha do peneiro de rejeição de finos da estilha .........128
8.14 Estudo de caso 14: substituição das pistolas de pulverização convencionais por pistolas de
pulverização air-assisted airless ............................................................................129
BIBLIOGRAFIA............................................................................................... 131
ANEXO I - FABRICANTES/VENDEDORES DE TECNOLOGIAS DE PREVENÇÃO DE
RESÍDUOS .................................................................................................... 132
LISTA GERAL DE ENTIDADES, INSTITUIÇÕES
E ASSOCIAÇÕES NACIONAIS
E
SECTORIAIS.................................................................................................. 138
ANEXO II - LISTAGEM DAS EMPRESAS QUE PREENCHERAM O QUESTIONÁRIO ...... 140
FEIRAS E EXPOSIÇÕES ................................................................................... 142
WEBSITES .................................................................................................... 143
NOTA ........................................................................................................... 144
Novembro 2000
V
PNAPRI
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ÍNDICE DE QUADROS
Página
Quadro 1: Classificação das Actividades Económicas (CAE-Rev.2). ............................................... 4
Quadro 2: Subsectores em estudo e produtos fabricados. ........................................................... 5
Quadro 3: Número de empresas, por subsectores, nas regiões NUTS II. ....................................... 8
Quadro 4: Número de empresas, por subsectores, segundo dimensão da empresa. ........................ 9
Quadro 5: Número de empresas e número médio de pessoas ao serviço por empresa, em cada
subsector. ..........................................................................................................10
Quadro 6: Consumo e rendimento de utilização da matéria prima por subsector (1998). ...............12
Quadro 7: Relação entre as operações produtivas, os resíduos e os efluentes líquidos gerados no
subsector de Serração de Madeira (CAE 20101). ......................................................34
Quadro 8: Relação entre as operações produtivas, os efluentes e os resíduos gerados no subsector
de Impregnação (Preservação) de Madeira - (CAE 20102). ........................................35
Quadro 9: Relação entre as operações produtivas, os efluentes e os resíduos gerados nos
subsectores de Fabricação de Painéis de Fibras e de Partículas de Madeira e Fabricação de
Folheados,
Contraplacados,
Lamelados
e
de
Outros
Painéis
(CAE 20201, 20202, 20203). .................................................................................36
Quadro 10:Relação entre as operações produtivas, os efluentes e os resíduos gerados no subsector
da Parqueteria (CAE 20301). .................................................................................38
Quadro 11:Relação entre as operações produtivas, os efluentes e os resíduos gerados no subsector
de Carpintaria (CAE 20302) e no subsector de Fabricação de Mobiliário de Madeira (CAE
36110, 36120, 36130, 36141). ..............................................................................39
Quadro 12: Resíduos gerados nas operações comuns a todos os subsectores. ..............................40
Quadro 13: Resíduos perigosos do sector da Madeira e Mobiliário. ..............................................41
Quadro 14: Distribuição dos resíduos de madeira por subsector (ano 1998). ................................48
Quadro 15:Estimativas das quantidades de resíduos e de efluentes gerados nos subsectores da
Indústria da Madeira e do Mobiliário (ano de 1998)...................................................50
Quadro 16:Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis ao subsector de Serração de Madeira........................................................57
Quadro 17:Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis ao subsector de Impregnação (Preservação) de Madeira..............................58
Quadro 18:Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis aos subsectores de Fabricação de Painéis de Fibras e de Partículas de Madeira e
Fabricação de Folheados, Contraplacados, Lamelados e de Outros Painéis. ...................58
Quadro 19:Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis ao subsector da Parqueteria. ...................................................................59
Quadro 20:Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis ao subsector de Carpintaria.....................................................................60
Quadro 21:Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis ao subsector de Fabricação de Mobiliário (de madeira). ...............................62
Quadro 22:Estimativa de redução e período de retorno do investimento das medidas/tecnologias de
prevenção. ....................................................................................................... 106
Quadro 23:Identificação dos casos de estudo para cada uma das tecnologias correspondentes. .... 108
Novembro 2000
VI
PNAPRI
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ÍNDICE DE FIGURAS
Página
Figura 1:
Distribuição das empresas do sector da Indústria da Madeira e Mobiliário existentes em
Portugal continental, segundo a classificação NUTS II. ............................................... 6
Figura 2: Empresas do sector da Madeira e do Mobiliário existentes na região autónoma da Madeira. 7
Figura 3: Empresas do sector da Madeira e do Mobiliário existentes na região autónoma dos Açores. 7
Figura 4:
Empresas do sector da Madeira e do Mobiliário – distribuição percentual pelos diferentes
subsectores. ........................................................................................................ 9
Figura 5:
Pessoas ao serviço, por subsector de actividade, no sector da Madeira e Mobiliário. .......11
Figura 6: Distribuição percentual do volume de vendas por divisão CAE. ......................................14
Figura 7: Distribuição percentual do volume de vendas por regiões NUTS II. ................................14
Figura 8: Madeira laminada (Fonte: [6]) .................................................................................23
Figura 9: Contraplacado (Fonte: [6]) ......................................................................................23
Figura 10: Painel lamelado folheado (Fonte: [6]) ......................................................................23
Figura
11:
Diagrama
do
processo
de
fabrico
típico
do
subsector
de
Serração
de
Madeira (CAE 20101).......................................................................................26
Figura 12: Diagrama do processo de fabrico típico do subsector de Impregnação de Madeiras
(CAE 20102).....................................................................................................27
Figura 13: Diagrama do processo de fabrico típico do subsector da Fabricação de Painéis de Fibras e
de Partículas de Madeira (CAE 20201, 20202). .........................................................28
Figura 14: Diagrama do processo de fabrico típico do subsector da Fabricação de Folheados,
Contraplacados, Lamelados e Outros Painéis (CAE 20203). ........................................29
Figura 15: Diagrama do processo de fabrico típico do subsector da Parqueteria (CAE 20301). .........30
Figura 16: Diagrama do processo de fabrico típico dos subsectores de Carpintaria (CAE 20302, 20400,
20511,
20512)
e
deFabrico
de
Mobiliário
de
Madeira
(CAE 36110, 36120, 36130, 36141) .......................................................................31
Figura 17: Composições médias dos resíduos de madeira resultantes das operações produtivas no
subsector de Serração de Madeiras.........................................................................42
Figura 18: Composições médias dos resíduos de madeira resultantes das operações produtivas no
subsector de Impregnação de Madeira (Preservação). ...............................................42
Figura 19: Percentagem de resíduos, relativamente à quantidade total de cada uma das matérias
primas utilizadas nas operações produtivas no subsector de Fabricação de Painéis de
Fibras e de Partículas de Madeira e Fabricação de Folheados, Contraplacados, Lamelados e
de Outros Painéis.................................................................................................43
Figura 20: Composições médias dos resíduos de madeira resultantes das operações produtivas no
subsector de Parqueteria. .....................................................................................43
Figura 21: Composições médias dos resíduos de madeira resultantes das operações produtivas no
subsector de Carpintaria. ......................................................................................43
Figura 22: Composições médias dos resíduos de madeira resultantes das operações produtivas no
subsector de Fabricação de Mobiliário. ....................................................................44
Figura 23: Estimativa das quantidades de subprodutos e de resíduos de madeira (sem casca) gerados
no subsector da Serração (ano 1998). ....................................................................46
Figura 24: Estimativa das quantidades de resíduos de madeira (sem casca) gerados no subsector dos
Painéis de Partículas e de Fibras (ano 1998). ...........................................................47
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VII
PNAPRI
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Figura 25: Instalação para briquetagem de pequena/média capacidade para ................................68
Figura 26: Máquina de formação de painéis de madeira com a tecnologia de Finger Jointing. ..........70
Figura 27: Instalação tipo de um sistema electroestático. ..........................................................81
Figura 28: Tintas de origem vegetal .......................................................................................87
Figura 29: Destilador automático. ..........................................................................................91
Figura 30: Solvente orgânico recuperado. ...............................................................................90
Figura 31: Desenrolamento dos toros com centralização optimizada ............................................92
Figura 32: Equipamento para corte fino. ............................................................................... 103
Figura 33: Projecção em leque do sistema Flowcoat ................................................................ 106
Figura 34: Bicos injectores do sistema Flowcoat ..................................................................... 105
Figura 35: Secagem de peças revestidas pelo processo Flowcoat. ............................................. 105
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VIII
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
1. INTRODUÇÃO
A Comunidade Europeia, através da Resolução do Conselho de Ministros da União
Europeia 97/C76/01, define a actual estratégia comunitária em matéria de gestão de
resíduos, numa perspectiva que visa dar prioridade a uma postura nitidamente
preventiva em detrimento de uma estratégia meramente curativa. Esta posição situase dentro de uma estratégia mais alargada e que tem por base o conceito de
desenvolvimento sustentável e o facto de estar demonstrado a nível mundial que
existem benefícios, na adopção deste tipo de estratégia, não só em termos ambientais
mas também em termos económicos e sociais.
Neste sentido, através da Resolução nº 98/97 do Conselho de Ministros, Portugal
define a estratégia de gestão de resíduos industriais que, para além de reafirmar o
princípio da responsabilidade do produtor pelo destino a dar aos resíduos que produz,
refere, especificamente, que uma eficiente gestão de resíduos industriais passa
necessariamente pela separação dos restantes tipos de resíduos, nomeadamente os
urbanos, bem como pela sua tipificação e separação em banais e perigosos, com um
tratamento diferenciado para cada um deles.
De
forma
a
dar
cumprimento
às
resoluções
anteriores,
surge
em
1999
o
D.L. nº 516/99 de 2 de Dezembro que aprova o Plano Estratégico de Gestão de
Resíduos Industriais (PESGRI), que define as directrizes gerais a tomar no âmbito dos
resíduos industriais produzidos em Portugal.
Na sequência da implementação do PESGRI surge o Plano Nacional de Prevenção de
Resíduos Industriais (PNAPRI). Trata-se de um instrumento que tem por objectivo
fornecer um conjunto de directrizes no âmbito de prevenção e da sua implementação
junto do tecido industrial português. Associada à elaboração do PNAPRI surgem os
Guias Técnicos Sectoriais que constituem um conjunto de ferramentas específicas e
que se pretende que dêem resposta às solicitações próprias de cada sector industrial.
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1
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
2. OBJECTIVOS
Com a elaboração deste Guia Sectorial, pretende-se evidenciar que as estratégias
preventivas contribuem de forma clara para a resolução de grande parte das questões
relacionadas com a gestão de resíduos e que é fundamental que seja esta a postura a
adoptar pela indústria portuguesa, em substituição das estratégias curativas e
pontuais, utilizadas ainda pela maior parte das empresas. Neste sentido, a elaboração
deste Guia tem por objectivo colocar à disposição dos industriais do sector da Madeira
e Mobiliário orientações em termos de prevenção, no que se refere à questão dos
resíduos industriais, que se traduzem na identificação e caraterização de medidas e/ou
tecnologias que permitam reduzir a quantidade e/ou perigosidade dos resíduos e
efluentes líquidos gerados ao longo do processo de fabrico, com consequentes
benefícios económicos.
O Guia Técnico Sectorial para o sector da Madeira e Mobiliário apresenta também uma
breve caracterização do sector e dos processos de fabrico envolvidos, assim como a
caracterização e quantificação dos resíduos e das águas residuais geradas no país.
Para a realização deste Guia foi necessário proceder a um largo trabalho de recolha e
tratamento de vários tipos de informações, provenientes de fontes diversas, tendo-se
dado destaque aos dados e opiniões recolhidos junto de várias empresas do sector e
de entidades a elas ligadas, a fontes de informação oficiais, pesquisas bibliográficas,
em bases nacionais e internacionais, bem como junto de diversos fornecedores de
tecnologias e equipamentos.
É importante referir que neste Guia foram considerados não só os resíduos gerados
pela acção industrial como também os efluentes líquidos, uma vez que se considerou
que as águas residuais, após depuração em Estação de Tratamento de Águas
Residuais (ETAR), acabam por gerar resíduos constituídos pelas lamas resultantes do
tratamento.
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2
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3. CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR
A informação relativa à caracterização do sector, no que se refere ao número de
empresas, distribuição geográfica, dimensão das empresas (por escalões de número
de pessoas ao serviço), número de pessoas ao serviço e volume de vendas, foi
fornecida pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade e reporta-se ao ano de 1997.
Após contactos com o Instituto Nacional de Estatística (INE) verificou-se que os dados
estatísticos fornecidos pela referida instituição não tornavam possível a separação
entre o subsector da Serração de Madeira (CAE 20101) do subsector da Impregnação
de Madeira (CAE 20102) nem, por outro lado, a separação dos subsectores da
Carpintaria (CAE 20302) e da Parqueteria (CAE 20301). Deste modo, por forma a
apresentar os dados associados a cada um dos subsectores estudados e indicados em
seguida, só foi possível considerar os dados provenientes do Departamento de
Estatística do Trabalho, Emprego e Formação Profissional (DETEFP) afecto ao
Ministério do Trabalho e da Solidariedade. Por outro lado, os dados desta fonte
deverão ser mais realistas, uma vez que, de acordo com a legislação, todas as
empresas em funcionamento têm de entregar nos centros de emprego os mapas de
pagamentos de salários, pelo que estará garantida a laboração das empresas
mencionadas.
Neste sector industrial, apesar de ser bastante heterogéneo podem, no entanto, ser
assinaladas as seguintes características genéricas: o predomínio de pequenas e
médias empresas (onde existem muitas unidades de estrutura familiar); a mão-deobra pouco qualificada; a existência de diferenças acentuadas nas tecnologias
utilizadas; e os distintos níveis de produtividade.
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PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
3.1 GRUPOS DE ACTIVIDADES INDUSTRIAIS E PRODUTOS FABRICADOS
Atendendo
à
Classificação
de
Actividades
Económicas
(CAE-Rev.2),
que
está
estipulada pelo Decreto-Lei nº 182/93, de 14 de Maio, o Sector da Madeira e
Mobiliário engloba duas divisões: a Indústria da Madeira (CAE 20) e a da Fabricação
de Mobiliário (CAE 36). Este sector industrial apresenta, especificamente, a estrutura
indicada no Quadro 1:
Quadro 1: Classificação das Actividades Económicas (CAE-Rev.2).
Divisão
Subclasse
Actividades da Indústria da Madeira e Mobiliário
CAE 20101
Serração de Madeira
CAE 20102
Impregnação de Madeira
CAE 20201
Fabricação de Painéis de Partículas de Madeira
CAE 20202
Fabricação de Painéis de Fibras de Madeira
CAE 20203
Fabricação de Folheados, Contraplacados, Lamelados e de Outros Painéis
CAE 20301
Parqueteria
CAE 20302
Carpintaria
CAE 20400
Fabricação de Embalagens de Madeira
CAE 20511
Fabricação de Caixões Mortuários em Madeira
CAE 20512
Fabricação de Outras Obras de Madeira, n.e.
CAE 36110
Fabricação de Cadeiras e Assentos
CAE 36120
Fabricação de Mobiliário para Escritório e Comércio
CAE 36130
Fabricação de Mobiliário para Cozinha
CAE 36141
Fabricação de Mobiliário de Madeira para Outros Fins
20
36
Fonte: D.L. 182/93 de 14 de Maio.
Com o objectivo de facilitar a análise do sector, relativamente à caracterização dos
processos de fabrico e à caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos e
efluentes, algumas subclasses foram agrupadas, como se indica no Quadro 2, por
forma a originar seis subsectores sobre os quais o estudo será focado.
Em acréscimo, apresenta-se também alguns dos produtos fabricados pelas empresas
pertencentes a cada subsector.
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4
PNAPRI
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Quadro 2: Subsectores em estudo e produtos fabricados.
Subsectores em
estudo
Subclasse CAE
Produtos Fabricados
Tábuas,
Serração de Madeira
20101
réguas,
pranchas
e
outros
elementos de madeira obtidos directamente
a partir dos toros.
Postes, varas, tábuas e réguas de madeira
impregnadas
Impregnação de
Madeira (Preservação)
vedações,
20102
para
de
a
bancos
construção
de
jardim,
de
de
estruturas para recreio e lazer em parques
infantis, de casotas para abrigo de animais,
de casas, etc.
Painéis e Folheados (*)
Parqueteria
Carpintaria
Mobiliário
Aglomerados de partículas, de fibras (MDF,
20201, 20202,
e
20203
HDF),
contraplacados,
laminados,
lamelados e outros painéis folheados.
Parquet,
20301
lamparquet,
soalho,
soalho
flutuante, tacos, etc.
Portas, janelas, aros, molduras, gavetas,
20302, 20400,
paletes, caixões mortuários em madeira,
20511, 20512
embalagens de madeira, etc.
36110, 36120,
Mesas, cadeiras, móveis, armários e outras
36130, 36141
peças de mobiliário.
(*) Por vezes, ao longo do texto, surgirá a designação Painéis de Partículass e de Fibras
subentendendo-se neste caso, a exclusão dos Painéis Folheados e Afins.
Há ainda a salientar que, relativamente à divisão 36 da CAE-Rev.2 e na perspectiva da
caracterização dos resíduos industriais do sector em estudo, só será considerada a
actividade de Fabricação de Mobiliário de Madeira.
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3.2 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Como se pode verificar através da Figura 1, a maioria das empresas (58,2%) localizase no Norte do País surgindo, em segundo lugar, as regiões Centro e Lisboa e Vale do
Tejo (LVT) com 17,6% das empresas em cada.
Quanto às regiões autónomas, é no arquipélago dos Açores que se concentra o maior
número de empresas (102), enquanto que no arquipélago da Madeira existem registos
de apenas 77 empresas (Figura 2 e Figura 3).
Norte
4071
Centro
1235
L.V.T.
1235
Alentejo
151
Algarve 127
Portugal Continental: 6 819 empresas
Figura 1: Distribuição das empresas do sector da Indústria da Madeira e Mobiliário existentes
em Portugal continental, segundo a classificação NUTS II.
(Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade; 1997)
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Porto S anto
Mad eira
Região Autónoma da Madeira: 77 empresas
Figura 2: Empresas do sector da Madeira e do Mobiliário existentes na região autónoma da Madeira.
(Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade; 1997)
Corvo
Flores
Graciosa
Faial
S, Jorge
Terceira
Pico
S, Miguel
S, Maria
Região Autónoma dos Açores: 102 empresas
Figura 3: Empresas do sector da Madeira e do Mobiliário existentes na região autónoma dos Açores.
(Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade; 1997)
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3.3 NÚMERO DE EMPRESAS, SUA DIMENSÃO E NÚMERO DE PESSOAS AO SERVIÇO
O número de empresas de cada subsector em estudo, distribuido pelas regiões
NUTS II
(1)
e de acordo com a agregação de subclasses apresentada em 3.1, é
apresentado no Quadro 3.
Quadro 3: Número de empresas, por subsectores, nas regiões NUTS II.
NÚMERO DE EMPRESAS POR SUBSECTOR
REGIÕES
NUTS II
Serração
Impregnação
Painéis e
Folheados
Parqueteria
Carpintaria
Mobiliário
TOTAL
Norte
299
7
23
11
1 096
2 635
4 071
Centro
287
5
8
9
554
372
1 235
(*)
110
5
8
5
514
593
1 235
Alentejo
12
2
0
1
100
36
151
Algarve
1
0
0
0
97
29
127
28
0
0
0
63
11
102
13
0
0
0
46
18
77
750
19
26
2 470
3 694
LVT
Arquipélago
dos Açores
Arquipélago
da Madeira
TOTAL
39
6 998
Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade; 1997.
(*)
LVT: Lisboa e Vale do Tejo.
Da análise do Quadro 3 conclui-se que, relativamente ao número de empresas, o
subsector do Mobiliário representa 52,8% do sector, seguindo-se o subsector da
Carpintaria com 35,3% e o subsector da Serração com 10,7%. Na Figura 4 pode
observar-se a distribuição percentual das empresas existentes pelos seis subsectores
de actividade considerados.
1
NUTS II: Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos; contempla as regiões Norte,
Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e regiões Autónomas dos Açores e Madeira.
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Serração Im pregnação
0,3%
10,7%
P ainéis e
Folheados
0,6%
P arqueteria
0,4%
M obiliário
52,8%
C arpintaria
35,3%
Figura 4: Empresas do sector da Madeira e do Mobiliário – distribuição percentual pelos
diferentes subsectores.
(Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade; 1997)
É de referir ainda que, a análise do Quadro 3 permite afirmar que, das sete regiões
NUTS II, a região Norte é a líder em cada subsector, quanto ao número de empresas.
Essa liderança é mais acentuada nos subsectores do Mobiliário (2 635 empresas) e da
Carpintaria (1 096 empresas).
No Quadro 4 apresenta-se a distribuição das empresas dos vários subsectores por
escalões de número de pessoas ao serviço, sendo a dimensão da empresa definida por
este último parâmetro.
Quadro 4: Número de empresas, por subsectores, segundo dimensão da empresa.
NÚMERO DE EMPRESAS POR SUBSECTOR
Escalão de nº
Serração
Impregnação
0-4
240
7
5-9
194
10-19
Painéis e
Parqueteria
Carpintaria
Mobiliário
11
9
1 514
1 883
2
7
5
598
905
155
3
3
6
232
530
20-49
134
3
3
3
96
276
50-99
20
4
6
2
22
81
100-199
4
0
5
0
6
14
200-399
3
0
3
1
1
4
400-499
0
0
1
0
0
1
500-999
0
0
0
0
1
0
+ 1000
0
0
0
0
0
0
TOTAL
750
19
39
26
2 470
3 694
de pessoas
Folheados
Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade; 1997.
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É de salientar que 99,4% das empresas do sector da Indústria da Madeira e do
Mobiliário empregam menos de 100 pessoas ao serviço, o que vem suportar a ideia de
que o sector é constituido, na sua grande maioria, por empresas de pequena e média
dimensão.
Relativamente ao subsector da Carpintaria, 61,3% das empresas têm, no máximo,
4 pessoas ao seu serviço seguindo–se os subsectores do Mobiliário com 51,0% e da
Impregnação com 36,8%.
A caracterização do sector em estudo quanto ao número de pessoas ao serviço
apresenta-se no Quadro 5.
Quadro 5: Número de empresas e número médio de pessoas ao serviço por empresa, em cada
subsector.
Subsectores
Número de
empresas
(*)
Número
Número médio de
de pessoas ao
pessoas ao serviço
serviço
(*)
por empresa
750
10 617
14,2
Impregnação (I)
19
432
22,8
Painéis e Folheados (PF)
39
2 555
65,5
Parqueteria (P)
26
668
25,7
Carpintaria (C)
2 470
16 351
6,6
Mobiliário (M)
3 694
34 347
9,3
6 998
64 970
--
Serração (S)
TOTAL
(*) Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade; 1997.
Na Indústria da Madeira e do Mobiliário estão contabilizadas 6 998 empresas,
empregando um total de 64 970 pessoas ao serviço.
Relativamente ao número de pessoas ao serviço, o subsector do Mobiliário emprega
52,8%, estando em segundo lugar o subsector da Carpintaria com 25,2% e em
terceiro o da Serração com aproximadamente 16,3%.
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O subsector de Painéis e Folheados apresenta em média 65,5 pessoas ao serviço por
empresa seguindo-se os subsectores da Parqueteria e Impregnação com 25,7 e 22,8
respectivamente.
É de salientar também que, dos seis subsectores em estudo, os três subsectores com
o maior número de empresas (Mobiliário, Carpintaria e Serração) são precisamente
aqueles que apresentam, em média, o menor número de pessoas ao serviço por
empresa.
Na Figura 5 encontra-se representada a distribuição percentual do número de pessoas
ao serviço para cada um dos seis subsectores.
Serração
16,3%
Im pregnação
0,7%
P ainéis e
Folheados
3,9%
P arqueteria
1,0%
M obiliário
52,9%
C arpintaria
25,2%
Figura 5: Pessoas ao serviço, por subsector de actividade, no sector da Madeira e Mobiliário.
(Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade; 1997)
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3.4 CONSUMO E RENDIMENTO MÉDIO DE UTILIZAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA
Quanto ao consumo de matéria prima, estima-se que no sector da Madeira e do
Mobiliário tenham sido processadas, em 1998, as quantidades referenciadas no
Quadro 6. A madeira consumida é de diferentes espécies e proveniências.
Quadro 6: Consumo e rendimento de utilização da matéria prima por subsector (1998).
Consumo de matéria
Estimativa do rendimento médio
prima
de utilização da matéria prima
Subsectores
3
(m /ano)
(%)
2 941 176 (*)
40
14 615
88
1 960 784 (**)
92
Parqueteria (P)
216 667
32
Carpintaria (C)
871 765
65,5
Mobiliário (M)
492 533
60,5
Serração (S)
Impregnação (I)
Painéis e Folheados (PF)
Fonte: documentação anexa ao Contrato de Adaptação Ambiental e informação recolhida durante as
visitas efectuadas às empresas do sector.
(*): matéria prima sem casca.
3
(**): Inclui os subprodutos do subsector da Serração (cerca de 1 137 255 m ), os desperdícios/resíduos
3
3
para reciclagem (cerca de 196 078 m ) e madeira nova sem casca (cerca de 627 451 m ).
A Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP) forneceu
uma estimativa do consumo de madeira nos subsectores da Serração e dos Painéis de
Madeira, para o ano de 1999.
A informação contida no Quadro 6 permitirá efectuar, como se constatará adiante, a
determinação dos quantitativos de resíduos de madeira gerados em cada subsector.
Dada a necessidade de manter uma uniformidade do ano a que se reportam os
quantitativos de resíduos e efluentes líquidos gerados pelos diversos sectores
industriais em estudo no âmbito do PNAPRI, foi necessário efectuar uma estimativa,
para o ano de 1998, dos valores cedidos pela AIMMP, admitindo o valor de 2% como a
taxa anual média de crescimento da Indústria Transformadora.
A expressão (1), que se indica a seguir, foi utilizada para calcular os valores
referentes ao consumo de matéria prima sempre que estes não se reportavam ao ano
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de 1998. A referida expressão permite converter resultados esperados no futuro para
o momento presente e vice-versa.
Q0 =
Q1
(1)
(1 + j)n
onde,
Q0 é a quantidade de matéria prima no momento presente;
Q1 é quantidade de matéria prima no futuro;
j é a taxa anual média de crescimento da Indústria Transformadora (0,02) e
n é o número de anos no período em causa.
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3.5 VOLUME DE VENDAS DO SECTOR
Na Figura 6 apresentam-se as percentagens relativas ao volume de vendas referente
às empresas das divisões CAE 20 (Indústria da Madeira) e CAE 36 (Fabricação de
Mobiliário).
Divisão CAE 36
36,8%
Divisão CAE 20
63,2%
Figura 6: Distribuição percentual do volume de vendas por divisão CAE.
(Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade; 1997)
Como se pode verificar, as empresas inseridas na divisão CAE 20 são as que mais
contribuem para o volume global de vendas do sector (434 472 milhares de contos),
isto é com 63,2% (274 748 milhares de contos).
Na Figura 7 apresenta-se a distribuição percentual do volume de vendas por regiões
NUTS II.
A lgarve
1,0%
A lentejo
1,1%
A çores
8,0%
M adeira
0,8%
N orte
36,6%
LVT
22,6%
C entro
30,0%
Figura 7: Distribuição percentual do volume de vendas por regiões NUTS II.
(Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade; 1997)
A região Norte é a que apresenta o maior contributo (36,6%) para o volume global de
vendas, sendo seguida pela região centro com 30,0% e pela região de Lisboa e Vale
do Tejo (LVT) com 22,6%.
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4. CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE FABRICO
A Indústria da Madeira e do Mobiliário, e mais concretamente os processos de fabrico
relativos aos subsectores industriais em estudo, compreendem uma série de
operações unitárias que podem, genericamente, ser agrupadas do seguinte modo:
• Preparação da matéria prima (preparo) – que engloba um conjunto de
operações de transformação, visando a obtenção de peças (tábuas de dimensões
pré-definidas ou não) capazes de sofrer outras operações;
• Tratamento (Impregnação)– permite aumentar a durabilidade da madeira
e /ou melhorar as suas características naturais;
• Maquinagem – conjunto de operações que permitem obter as diferentes peças
de madeira;
• Montagem – que permite a produção dos produtos finais a partir da junção das
diferentes peças;
• Acabamentos – que consiste na aplicação de produtos de protecção superficial
ou de revestimento, de forma a melhorar a qualidade do produto final e,
simultaneamente, aumentar a sua durabilidade.
4.1 PREPARAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA (PREPARO)
As operações que ocorrem nesta fase do processo estão relacionadas com o tipo de
produto a fabricar, sendo comuns a alguns dos subsectores e existindo outras que, no
entanto, são específicas para determinados subsectores. Assim, genericamente, as
operações
são
as
seguintes:
descasque,
traçagem,
serragem,
retestagem,
desdobragem, desengrosso, galgagem/alinhamento, aparelhagem e secagem. Destas
operações resultam, essencialmente, resíduos de madeira: casca, serradura ou serrim
e aparas de madeira (designação que inclui os retestos e aparas propriamente ditas).
Estes resíduos são utilizados para incorporação na indústria de aglomerados, para
aproveitamento
em
explorações
avícolas
e
valorização
energética
(com
aproveitamento das cinzas para aplicação nos solos ou incorporação em adubos).
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O subsector do Fabrico de Painéis e Folheados apresenta algumas operações
produtivas específicas como sejam :
• Cozimento, desenrolamento e corte plano (na produção de folha);
• Estilhagem, moagem, secagem e crivagem (na produção de painéis aglomerados de
partículas e fibras).
Destas operações resultam também essencialmente resíduos de madeira que, quando
não podem ser reincorporados no processo, têm os destinos já anteriormente
referidos.
As águas de cozimento da madeira constituem um efluente líquido com elevada carga
poluente (taninos e outras substâncias orgânicas).
4.2 TRATAMENTO (IMPREGNAÇÃO)
O tratamento no subsector da Impregnação de Madeira consiste em dotar a matéria
prima com características de maior durabilidade e de maior resistência a fungos e
insectos, sendo daí resultantes dois tipos de resíduos: resíduos do banho de
tratamento e lamas constituídas maioritariamente por resíduos de madeira, areias e
poeiras que se acumulam nos tanques. Apesar da quantidade de resíduos daqui
resultante não ser significativa, no conjunto das operações unitárias envolvidas nos
diferentes processos de fabrico em estudo, estes resíduos, juntamente com os
resíduos resultantes da fase de acabamento, adquirem uma grande importância em
termos de perigosidade. A gestão destes resíduos é problemática, dada a natureza do
líquido impregnante, essencialmente constituído por sais metálicos de Crómio, Cobre e
Arsénio em meio aquoso.
Refira-se, ainda, que existe um tipo de tratamento, apenas de carácter preventivo e
temporário (associado ao subsector da Serração – aplicado para prevenir a curto
prazo o aparecimento de manchas de bolores e fungos), em que, os produtos
utilizados, embora diferentes, são de grande perigosidade, com a agravante do
tratamento ser de carácter precário.
Esta fase não faz parte do processo de fabrico típico dos Painéis de Madeira e
Folheados, nem da Carpintaria ou Mobiliário.
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4.3 MAQUINAGEM
Esta fase do processo engloba um conjunto de operações unitárias que permitem
intervenções mecânicas sobre a matéria prima. As operações são as seguintes:
traçagem,
desengrosso,
calibragem,
galgamento,
aparelhamento,
perfilagem,
fresagem e furação. Os resíduos resultantes, constituídos por serradura e aparas de
madeira, têm os destinos já acima referidos na fase de preparação, isto é: são
utilizados para valorização energética (com aproveitamento das cinzas para aplicação
nos solos ou incorporação em adubos), para aproveitamento em explorações avícolas
e para incorporação (em alguns casos) na produção de aglomerados.
4.4 ACABAMENTOS
Nesta fase, recorrendo a produtos variados, é possível dotar os produtos finais de
diferentes características atendendo ao objectivo pretendido. A finalidade é permitir
que o produto final, para além de adquirir um aspecto visualmente mais agradável,
fique dotado de uma maior e melhor resistência mecânica a agentes externos.
Assim,
consoante
branqueamento,
o
objectivo
aplicação
de
pretendido,
velaturas,
utilizam-se
betumagem,
diferentes
lixagem,
operações:
lacagem,
envernizamento, secagem do verniz/laca ou revestimento com papéis melamínicos ou
termolaminados.
Os resíduos resultantes destas operações são essencialmente pó de madeira, lamas
provenientes das cabines de acabamento com cortina de água e resíduos de verniz, de
lacas, de tintas, de betumes e de velaturas. O pó de madeira é passível de ser
aproveitado posteriormente, conforme já foi referido, noutras fases produtivas. No
entanto, o destino dos restantes resíduos constitui um problema, recorrendo-se
frequentemente ao seu armazenamento até existir uma solução de gestão adequada,
ou optando-se pelo seu envio para o estrangeiro.
Há ainda a considerar os resíduos líquidos provenientes da limpeza dos equipamentos
de aplicação destes produtos (essencialmente constituídos por solventes orgânicos) e
o efluente das cabines de acabamento com cortina de água. Resultam, quase sempre,
efluentes líquidos contaminados com diversos produtos químicos, muitos deles com
características de perigosidade que dificultam a sua gestão.
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4.5 MONTAGEM
As operações de montagem, como o próprio nome indica, permitem juntar as
diferentes peças para obtenção do produto final. Estas envolvem a colagem e a
aplicação de vários elementos metálicos e, em alguns casos, de plástico. São
responsáveis por um quantitativo de resíduos relativamente pequeno, constituídos
essencialmente por peças rejeitadas, parafusos, ferragens danificadas, pregos,
elementos de plástico e alguns resíduos de cola.
Decorrentes das diferentes operações anteriormente descritas, resultam diversos
resíduos que podem ser comuns a todas elas. Deste conjunto fazem parte os resíduos
de embalagem, sejam eles de acondicionamento da matéria prima, ou de produtos
químicos auxiliares, ou resultantes do acondicionamento do produto final para
expedição. Há ainda a considerar os óleos de lubrificação das máquinas, os
equipamentos sem utilidade (sucatas), provenientes da renovação do parque de
máquinas, os resíduos resultantes dos processos de geração de calor (cinzas) e os
resíduos resultantes das estações de pré-tratamento ou tratamento de águas residuais
industriais (EPTARI ou ETARI).
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4.6 DESCRIÇÃO DAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS
Com o objectivo de possibilitar a relação entre o que sucede em cada operação
unitária e a respectiva produção de resíduos, será feita uma descrição não exaustiva
de cada operação. Assim, ter-se-á:
• Descasque: operação de tirar a casca ao tronco ou toro;
• Serragem: operação de cortar à serra, obtendo-se pranchas com duas superfícies
planas;
• Desdobramento: operação em que, pranchas de menor espessura são obtidas a
partir de pranchas de maior espessura;
• Alinhamento/Galgamento: preparação de uma face (ou de um canto) para a
tornar paralela a outra face (ou a outro canto);
• Impregnação (Preservação): operação, efectuada em tanques ou autoclaves,
em que são introduzidos, na madeira, produtos químicos para conferir resistência
à degradação biológica.
No subsector da Serração apresenta um carácter preventivo e temporário. Se o
processamento for directo para a secagem artificial esta operação de preservação
não é necessária;
• Secagem natural: secagem por exposição ao ar livre;
• Secagem (artificial): secagem em compartimentos fechados, a temperatura,
humidade e ventilação controladas;
• Traçagem: operação em que as peças de madeira são serradas transversalmente
para se obterem comprimentos bem determinados;
• Desengrosso: preparação de uma face para diminuir a espessura;
• Aparelhamento: operação em que as faces e os cantos de um peça de madeira
são alisadas à plaina;
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• Perfilagem: operação que permite obter peças com perfis bem determinados ao
longo dos cantos e/ou topos;
• Embalamento: operação em que as peças são acondicionadas de modo a
assegurar o transporte em boas condições;
• Aparamento (na preparação de postes e varas): alisamento do perfil
cilíndrico, através da remoção de nós e restos de ramos;
• Abicagem:
operação
que
confere
uma
forma
ponteaguda
a
uma
das
extremidades dos postes e varas, de modo a facilitar a sua fixação ao solo;
• Transformação suplementar: processo de transformação e montagem dos
diferentes elementos de madeira impregnada, para obtenção de bancos de
jardim, de estruturas de recreio e lazer de parques infantis, etc.
• Remoção de metais: remoção de elementos metálicos (munições de armas de
caça, pregos, etc.) eventualmente presentes na madeira utilizada como matéria
prima;
• Estilhagem: destroçamento da madeira por forma a produzir pequenas aparas
(estilha) utilizadas no fabrico de painéis aglomerados;
• Lavagem da estilha: operação de lavagem com água para remoção de pós e
terras;
• Desfibragem: operação que utiliza simultaneamente vapor e pressão de modo a
possibilitar a separação das fibras de madeira utilizadas na fabricação de painéis
de fibras de média e de alta densidade (MDF e HDF respectivamente), por via
química ou mecânica. As fibras são transportadas em água até à linha de
formação dos painéis;
• Moagem: corte das partículas de madeira em partículas mais finas;
• Crivagem: separação granulométrica das partículas de madeira ao longo de uma
série de peneiros, com malhas sucessivamente mais apertadas;
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• Formação do colchão: formação e sobreposição das camadas contituintes do
futuro painel, antes da prensagem. Consiste em sobrepor camadas de fibras ou
partículas de madeira que contêm colas, de modo a obter painéis com a
espessura final pretendida. Desta operação resultam genericamente dois tipos de
painéis:
1.
Aglomerados de partículas - constituídos por aparas de madeira,
normalmente de resinosas (pinho, por exemplo), ligadas entre si por resina
sintética e por acção da pressão e da temperatura. Por forma a melhorar as
características finais do produto, são adicionados outros aditivos.
2.
Aglomerados de fibras – constituído por fibras de madeira, que resultam
do desfibramento da estilha de madeira. Na fase de formação das camadas, as
fibras têm o aspecto de uma espessa “lã” que é posteriormente estendida
numa tela transportadora e submetida a prensagem a quente.
O MDF (Medium Density Fiberboard) é um painel de fibras de densidade média,
tal como o nome indica, aglutinadas com resinas sintéticas mediante a acção
do calor e da pressão. Possui uma estrutura homogénea, ao contrário do
aglomerado de partículas que é formado por várias camadas com estruturas
diferentes.
O HDF (High Density Fiberboard), é composto por fibras de madeira de
resinosas, aglutinadas com resinas naturais ou sintéticas, comprimidas a alta
temperatura e pressões elevadas (superiores às envolvidas no fabrico de MDF),
conferindo-lhe alta resistência, dureza e durabilidade. Este tipo de painel,
apresenta uma superfície lisa e excelente para pintura e outros acabamentos.
• Prensagem: operação de compressão a quente, efectuada entre pratos planos,
dos painéis obtidos na operação de formação do colchão, para aglomeração das
fibras, das partículas ou das folhas de madeira dos folheados;
• Arrefecimento/Estabilização: após a prensagem os painéis permanecem
separados durante algum tempo, por forma a favorecer o seu arrefecimento e a
perda de humidade por evaporação;
• Calibragem (largura/comprimento): corte dos painéis nas suas dimensões
comerciais de largura e comprimento;
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• Lixagem: operação em que as superfícies são desgastadas ou polidas com lixas,
para regularização das superfícies e obtenção da espessura pretendida;
• Corte: corte de elementos de madeira, para obtenção de outros de menores
dimensões ou simplesmente para acerto das mesmas;
• Revestimento: operação em que as faces das peças de madeira são revestidas
com
folhas
de
madeira,
folhas
de
papel,
PVC,
folhas
melamínicas,
termolaminados, etc;
• Orlagem: operação em que os topos dos painéis de fibras e de partículas de
madeira de outros elementos de madeira, são revestidos com folhas de PVC,
folhas melamínicas, termolaminados, réguas de madeira, etc;
• Cozimento: amolecimento dos toros por imersão em água quente ou por
contacto com vapor de água, como forma de preparação para a operação de
obtenção de folhas de madeira por desenrolamento ou corte plano;
• Corte plano: operação de obtenção de folhas de madeira por corte descontínuo
com lâminas;
• Desenrolamento: operação de cortar à lâmina um toro em rotação, para se
obter uma folha de madeira contínua, pouco espessa e muito extensa;
• Junção de folhas: operação em que várias folhas de madeira são coladas umas
às outras topo a topo;
•
Aplicação de cola: aplicação de cola nas faces das folhas de madeira, para
posterior sobreposição em camadas;
• Composição: sobreposição de folhas de madeira, de modo a obter os laminados,
os contraplacados e outros tipos de folheados.
O produto obtido depende da forma como é feita a sobreposição das folhas. Na
madeira laminada, todas as folhas apresentam os veios na mesma direcção, ou
seja, são paralelos.
No contraplacado existe sempre um número ímpar de folhas e os veios de cada
folha são prependiculares aos da folha anterior.
Novembro 2000
22
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O painel lamelado folheado é constituido por madeira maciça e por folhas de
madeira. Ao longo de todo o comprimento são coladas ripas de madeira, no
sentido dos veios, de modo a constituir uma prancha de madeira com a largura
necessária (painel lamelado). À prancha resultante, é colada uma folha de
madeira de cada lado, com os veios orientados prependicularmente às ripas de
madeira. Sobre a nova camada é novamente colada uma folha, desta vez com
menor
espessura,
com
os
veios
orientados
paralelamente
às
ripas
e
prependiculares aos da folha anterior.
Figura 8: Madeira laminada (Fonte: [6])
Figura 9: Contraplacado (Fonte: [6])
Figura 10: Painel lamelado folheado (Fonte: [6])
• Acabamento: alinhamento à esquadria (esquadrejamento) dos topos dos
folheados e lixagem das suas superfícies;
• Selecção: operação em que as lamelas de Parquet com defeitos são rejeitadas
por inspecção visual;
• Montagem (Parqueteria): após selecção por qualidades, as lamelas de Parquet
são agrupadas em mosaicos com determinados padrões decorativos;
Novembro 2000
23
PNAPRI
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• Aplicação de suporte: operação em que é aplicada uma rede de fibra, de
plástico, de metal ou uma folha de papel perfurada, na contra-face do mosaico de
lamelas;
• Betumagem: aplicação de tapa-poros para corrigir eventuais defeitos da madeira
e uniformizar a sua superfície;
• Aplicação de velaturas: aplicação por imersão, por pulverização ou com pincel
de corantes de base solvente ou aquosa, para conferir determinadas colorações;
• Envernizamento/Pintura/Lacagem: aplicação de vernizes, de tintas ou de
lacas por imersão, por pulverização, com rolos, por cortina, etc.
• Secagem UV: secagem da película de revestimento aplicada (verniz, por
exemplo) com radiação ultravioleta, de modo a permitir a diminuição do tempo de
secagem e o rápido empilhamento das peças;
• Furação: operação em que as peças de madeira são furadas, de modo a
possibilitar a montagem dos diversos componentes;
• Fresagem: operação em que são produzidos à superfície, ou nos cantos,
determinados perfis com contornos definidos;
• Branqueamento: utilização de agentes de branqueamento (ácidos, peróxidos ou
sais) para conferir à madeira tonalidades de cor mais claras do que as originais;
• Montagem (Mobiliário e Carpintaria): junção dos diversos componentes de
determinada peça, recorrendo à utilização de pregos, de parafusos, de colas, de
rebites e de outros acessórios.
Novembro 2000
24
PNAPRI
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4.7 DIAGRAMAS DOS PROCESSOS DE FABRICO
Nas Figura 11 a Figura 16 indica-se de uma forma esquemática os diagramas dos
processos de fabrico típicos de cada um dos subsectores industriais em análise. Nestes
diagramas identificam-se, de forma tanto quanto possível exaustiva, as matérias
primas utilizadas e os resíduos gerados em cada operação.
Salienta-se que, para os subsectores da Carpintaria e do Mobiliário, optou-se por
considerar o mesmo diagrama de descrição do processo produtivo, uma vez que as
operações unitárias envolvidas, assim como a sua sequência, são idênticas em ambos.
Pelo contrário, relativamente ao subsector dos Painéis e Folheados, optou-se por
apresentar dois diagramas tipo, dadas as significativas diferenças entre os processos
de fabrico dos Painéis de Fibras e de Partículas por um lado, e dos Folheados e Afins
por outro.
Novembro 2000
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PNAPRI
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Novembro 2000
Óleo de
lubrificação
Toros
Óleo de lubrificação
DESCASQUE
Óleo de lubrificação
SERRAGEM
Serradura
Aparas
Costaneiras
Casca
Serradura
Serradura
Aparas
Tiras
Água
Aparas
SECAGEM
EM SECADOR
26
Serradura
Retestos
PRESERVAÇÃO
TEMPORÁRIA
SECAGEM NATURAL
Água escorrente das
chuvas com taninos
Cinzas da caldeira
Água escorrente com
taninos
Produto de preservação temporária
Agente preservante lixiviado
Água de lavagem dos
tanques
Lamas do tanque de
perservação
Paletes de madeira
Fitas metálicas
DESENGROSSO
Serradura
Aparas
APARELHAMENTO
PERFILAGEM
Serradura
Aparas
EMBALAMENTO
Produto acabado
Serradura
Paletes de madeira inutilizadas
Aparas
Fitas metálicas inutilizadas
Figura 11: Diagrama do processo de fabrico típico do subsector de Serração de Madeira (CAE 20101).
PNAPRI
Novembro 2000
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Produto de
preservação
Serradura
TRAÇAGEM
ALINHAMENTO/
GALGAMENTO
DESDOBRAMENTO
Novembro 2000
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Toros
Óleo de lubrificação
Postes
Óleo de lubrificação
Óleo de lubrificação
Varas
DESCASQUE
SECAGEM NATURAL
Água escorrente
das chuvas com taninos
APARAMENTO
Casca
Óleo usado
ABICAGEM
Aparas
Serradura
Serradura
Aparas
Óleo usado
Óleo usado
Água para lavagem
Produto de impregnação
IMPREGNAÇÃO
27
Agente preservante lixiviado
Escorrência de agente
preservante
Postes e varas rejeitados
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SECAGEM
ARMAZENAMENTO
TRAÇAGEM
Produto de impregnação
(creosote, sais metálicos:
CCA ou CCB)
Serradura
Retestos
Lamas
Efluente líquido de lavagem dos
tanques de armazenamento do
produto de impregnação
Pregos
Paletes de madeira
Parafusos
Fitas metálicas
Rebites
TRANSFORMAÇÃO
SUPLEMENTAR
Resíduos de madeira
tratada
Pregos inutilizados
EMBALAMENTO
Produto acabado
Paletes de madeira inutilizadas
Fitas metálicas inutilizadas
Parafusos inutilizados
Rebites inutilizados
PNAPRI
Figura 12: Diagrama do processo de fabrico típico do subsector de Impregnação de Madeiras (CAE 20102).
Novembro 2000
27
PNAPRI
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Novembro 2000
Madeira
Água
Óleo de lubrificação
DESCASQUE
Casca
LAVAGEM DA
ESTILHA
REMOÇÃO DE
METAIS
ESTILHAGEM
Aparas
Óleo de lubrificação
CRIVAGEM
Resinas
Parafinas
Aditivos
SECAGEM
ARMAZENAGEM
Água escorrente com taninos
Finos de estilha
Cinzas de caldeira
Óleo de prensa
Resíduos de cola
ARREFECIMENTO/
ESTABILIZAÇÃO
PRENSAGEM
CALIBRAGEM
(largura/comprimento)
Resíduos de madeira
Resíduos de madeira
Folhas de revestimento
(madeira, melamínicas, PVC,
papel ou termolaminados)
Efluente líquido**
28
Orlas
Cola
Cola
REVESTIMENTO
ORLAGEM
Resíduos de orlas
Embalagens
Paletes
Fitas metálicas
Lixa
Resíduos de folhas
Resíduos de cola
Embalagens de cola
CORTE
Cartão
Plástico
LIXAGEM
Serradura
Aparas
EMBALAMENTO
Pó de madeira
Lixa usada
Produto acabado
Paletes inutilizadas
Fitas metálicas inutilizadas
Cartão inutilizado
Plástico inutilizado
PNAPRI
*DESFIBRAGEM: só aplicável no fabrico de painéis de fibras.
**FORMAÇÃO DO COLCHÃO: no caso da fabricação de painéis de fibras de alta densidade (HDF) por via húmida.
Figura 13: Diagrama do processo de fabrico típico do subsector da Fabricação de Painéis de Fibras e de Partículas de Madeira (CAE 20201, 20202).
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FORMAÇÃO DO
COLCHÃO
ARREFECIMENTO/
ESTABILIZAÇÃO
Efluente líquido
Serrim
MOAGEM
APLICAÇÃO
DE RESINA
DESFIBRAGEM*
Efluente líquido
Lamas
Metais
Resíduos de madeira
Água
Novembro 2000
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Toros
Óleo de lubrificação
Óleo de lubrificação
Óleo de
lubrificação
Água
TRAÇAGEM
DESCASQUE
CORTE
Serradura
Aparas
Retestos
Serradura
COZIMENTO
Casca
Óleo usado
Água de cozimento
com taninos
Lamas
Óleo de lubrificação
CORTE
CORTE PLANO
Serradura
Cola
Aparas
Serradura
29
JUNÇÃO DE
FOLHAS
SECAGEM
CORTE
Cinzas da caldeira
Resíduos de cola
Embalagens de cola
Serradura
Aparas
Óleo de
lubrificação
Aparas
DESENROLAMENTO
Aparas
Óleo usado
Plástico
Cartão
Fitas metálicas
Paletes
Óleo
Cola
APLICAÇÃO
DE COLA
COMPOSIÇÃO*
Resíduos de cola
Embalagens de cola
PRENSAGEM
Óleo usado
ACABAMENTO
EMBALAMENTO
Produto
acabado
Serradura
Plástico inutilizado
Aparas
Cartão inutilizado
Fitas metálicas inutiliz.
PNAPRI
Paletes inutilizadas
* Na composição há diferentes operações e materiais, conforme se trate de laminados, contraplacados ou lamelados folheados.
Figura 14: Diagrama do processo de fabrico típico do subsector da Fabricação de Folheados, Contraplacados, Lamelados e Outros Painéis (CAE 20203).
Novembro 2000
29
PNAPRI
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Folhas
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Novembro 2000
Aparas
Madeira serrada
Óleo de lubrificação
Serradura
SECAGEM NATURAL
Água escorrente
das chuvas com taninos
DESENGROSSO
TRAÇAGEM
SECAGEM
Água escorrente com taninos
Serradura
Cinzas da caldeira
Retestos
Aparas
Óleo usado
MONTAGEM
SELECÇÃO
CORTE
Serradura
Aparas
Aparas
Suporte plástico
Suporte de papel
30
Velatura
Água
Lixa
Suporte metálico
APLICAÇÃO DE
SUPORTE
Resíduos de
suporte plástico
APLICAÇÃO DE
VELATURA
LIXAGEM
(Parquet em tosco)
Resíduos de
suporte de papel
Resíduos de
suporte metálico
Produto acabado
Pó de madeira
Resíduos de velaturas
Lixa inutilizada
Embalagens metálicas
com resíduos de velatura
Tapa-poros
Verniz
Diluente
Cartão
Fitas metálicas
EMBALAMENTO
SECAGEM UV
Fitas metálicas inutilizadas
Cartão inutilizado
BETUMAGEM /
ENVERNIZAMENTO
Embalagens metálicas com
resíduos de tapa-poros
PNAPRI
Embalagens metálicas com
resíduos de verniz
Figura 15: Diagrama do processo de fabrico típico do subsector da Parqueteria (CAE 20301).
Novembro 2000
30
PNAPRI
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Lamelas de madeira com
defeito
Lamelas de madeira com
defeito
APARELHAMENTO
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Novembro 2000
Madeira serrada
Óleo de lubrificação
Madeira não maciça
Aparas
Serradura
SECAGEM NATURAL
SECAGEM
TRAÇAGEM
Água escorrente com
taninos
Cinzas da caldeira
Água escorrente
das chuvas com taninos
DESENGROSSO
Serradura
Serradura
Retestos
Aparas
Óleo usado
Resíduos de madeira não maciça
FURAÇÃO
FRESAGEM
PERFILAGEM
Serradura
Serradura
Serradura
Serradura
Aparas
Aparas
Aparas
Aparas
Cola
Orlas
REVESTIMENTO
31
Agente de branqueamento
(ácidos, peróxidos, sais)
ORLAGEM
Resíduos de cola
Resíduos de folhas de revestimento
Resíduos de orlas
Embalagens de cola
Embalagens de cola
Tapa-poros
BRANQUEAMENTO
Embalagens
Cartão
Pregos
Parafusos
EMBALAMENTO
Lixa
LIXAGEM
Resíduos de agente de
branqueamento
Fitas metálicas
Lixa
Resíduos de cola
LIXAGEM
Pó de
madeira
BETUMAGEM
Pó de madeira
Resíduos de tapa-poros
Resíduos de lixa
Embalagens metálicas com
resíduos de tapa-poros
Cola
MONTAGEM
Fitas metálicas
Pregos inutilizados
Cartão inutilizado
Parafusos
inutilizados
Peças rejeitadas
Resíduos de cola
Velatura
Tinta / Laca
Resíduos
de lixa
Verniz
APLICAÇÃO DE
VELATURA/VERNIZ/TINTA/LACA
Resíduos de
velatura
Resíduos de
tinta/laca
Resíduos de verniz
Embalagens
Efluente líquido da cabine
de aplicação
Lamas da cabine de aplicação
PNAPRI
Figura 16: Diagrama do processo de fabrico típico dos subsectores de Carpintaria (CAE 20302, 20400, 20511, 20512) e deFabrico de Mobiliário de Madeira (CAE 36110, 36120, 36130, 36141)
Novembro 2000
31
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Cola
Folhas de revestimento
(madeira, melamínicas,
PVC ou termolaminados)
Produto
acabado
APARELHAMENTO
PNAPRI
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5. RESÍDUOS INDUSTRIAIS DO SECTOR
5.1 ANÁLISE GLOBAL DOS RESÍDUOS DO SECTOR E SUA GESTÃO ACTUAL
Na Indústria da Madeira e do Mobiliário é gerada anualmente uma grande quantidade
de resíduos de madeira sob variadas formas que, na sua grande maioria, são
valorizáveis em variadas utilizações: aquecimento, matéria prima para a indústria de
aglomerados e contraplacados, agrícola, florestal avícola e pecuária.
Refira-se que determinados resíduos de madeira têm designações diferentes, variando
de região para região. É o caso da serradura e das costaneiras que são designadas,
sobretudo na região Norte, por serrim e falheiros respectivamente.
Relativamente aos restantes resíduos gerados, em especial nos subsectores do
Mobiliário, da Carpintaria, dos Painéis e da Preservação, existem dificuldades no que
se refere ao seu destino final. Estas dificuldades traduzem-se ao nível de um sistema
de gestão dos resíduos industriais, o qual, em muitos casos, não responde
eficazmente às necessidades da indústria neste campo.
Estes resíduos são encaminhados para as lixeiras e/ou para aterros sanitários pelos
próprios industriais ou recorrendo a empresas externas licenciadas que fazem o seu
transporte e dão-lhes destino final adequado. É de salientar que algumas empresas
possuem estações de tratamento de águas residuais.
Por vezes, dado que em alguns locais do País não existem aterros sanitários, ou
quando existem, não recebem resíduos industriais, a questão da gestão dos resíduos
torna-se um dos principais problemas com que os industriais se debatem, tendo em
alguns casos de proceder ao seu armazenamento (que nem sempre é feito da forma
mais adequada) aguardando o aparecimento de uma solução local.
Entre as opções de tratamento e/ou destino final está a exportação dos resíduos em
causa, uma vez que a nível nacional não existe resposta adequada, principalmente
quando se trata de resíduos de tratamento e preservação da madeira (tintas, vernizes,
lacas, colas, produtos de preservação, etc.).
Um outro grupo de resíduos a considerar são os resíduos provenientes de embalagem
e/ou acondicionamento das matérias primas e/ou produtos (papel, cartão, plásticos,
metal e madeira). Em alguns casos, as empresas fazem a sua triagem, sendo
Novembro 2000
32
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posteriormente encaminhados para reciclagem. No entanto, existem empresas que
não executam este tipo de procedimento e que agregam os resíduos de diferente
natureza, o que dificulta grandemente a sua possibilidade de reciclagem.
Há ainda a considerar, dentro dos resíduos industriais, dois tipos de resíduos que são
comuns a todos os subsectores em estudo. Tratam-se dos óleos de lubrificação,
resultantes das operações de manutenção do equipamento, e da sucata resultante da
substituição ou manutenção do equipamento. É comum, as empresas do sector da
Madeira e Mobiliário procederem à sua triagem, encaminhando estes resíduos para
empresas especializadas. Quando tal não acontece, nomeadamente porque algumas
unidades
industriais
consideram
o
custo
incomportável,
estes
resíduos
são
armazenados no local até que as empresas encontrem uma solução que lhes seja
economicamente mais favorável.
Novembro 2000
33
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5.2 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS E EFLUENTES LÍQUIDOS GERADOS E SUA
CORRELAÇÃO COM AS OPERAÇÕES PRODUTIVAS POR SUBSECTOR DE ACTIVIDADE
A identificação dos resíduos e efluentes gerados pelas diferentes operações produtivas
em cada subsector e a sua classificação de acordo com o Catálogo Europeu de
Resíduos (CER) apresentam-se nos Quadro 8 a Quadro 12.
Quadro 7: Relação entre as operações produtivas, os resíduos e os efluentes líquidos gerados
no subsector de Serração de Madeira (CAE 20101).
OPERAÇÃO
EFLUENTES E RESÍDUOS GERADOS
CÓDIGO
CER
Casca
03 01 01
Serradura
03 01 02
Aparas, costaneiras
03 01 03
Serradura
03 01 02
Aparas
03 01 03
Alinhamento/
Serradura
03 01 02
Galgamento
Aparas, Fitas (Tiras)
03 01 03
Descasque
Serragem
Desdobramento
Preservação
temporária
(imersão/aspersão)
Secagem natural
Secagem
Traçagem
Desengrosso
Aparelhamento
Perfilagem
NOTA:
Resíduos de produto de preservação
Lamas do tanque de preservação (madeira, areia e poeiras
03 02 00
(*)
03 01 99
acumuladas)
Efluente líquido da lavagem dos tanques de preservação
--
Água escorrente da chuva com taninos
--
Agente de preservação lixiviado
Água escorrente com Taninos
03 02 00
(*)
--
Serradura
03 01 02
Retestos
03 01 03
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Segundo o Ofício ref. SRR.206 de 3/8/98 do Instituto dos Resíduos, considera-se que os materiais costaneiras,
serrim, serradura, aparas, fitas e resíduos de madeira produzidos na actividade das indústrias de serração
poderão ser considerados como subprodutos desde que cumulativamente obedeçam aos seguintes requisitos:
- sejam resultantes da serração da madeira ainda não submetida a primeira utilização;
- estejam isentos de qualquer contaminante;
- sejam sujeitos a um circuito comercial e económico perfeitamente definido;
- sejam directa e completamente utilizados como matéria prima no processo.
Novembro 2000
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Quadro 8: Relação entre as operações produtivas, os efluentes e os resíduos gerados no
subsector de Impregnação (Preservação) de Madeira - (CAE 20102).
OPERAÇÃO
CÓDIGO
CER
EFLUENTES E RESÍDUOS GERADOS
Secagem natural
Água escorrente das chuvas com taninos
Descasque
Casca
03 01 03
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Serradura
03 01 02
Retestos
03 01 03
Aparamento
Abicagem
Traçagem
--
Escorrências de produto de impregnação (creosote,
Impregnação em
autoclave
03 02 00
(*)
sais metálicos - CCA ou CCB)
Lamas
Efluente
07 07 99
líquido
da
lavagem
do
tanque
de
--
armazenamento do produto de impregnação
Secagem
Armazenamento
Escorrências de agente preservante
03 02 00
(*)
Agente preservante lixiviado
03 02 00
(*)
Postes e varas tratados rejeitados
03 01 99
Transformação
Resíduos de madeira tratada
03 01 99
suplementar
Pregos, parafusos e rebites inutilizados
20 01 05
CCA – Crómio, Cobre e Arsénio
CCB – Crómio, Cobre e Boro
(*)
Contém associadas algumas classificações subsequentes.
Novembro 2000
35
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Quadro 9:
Relação entre as operações produtivas, os efluentes e os resíduos gerados nos
subsectores de Fabricação de Painéis de Fibras e de Partículas de Madeira e
Fabricação
de
Folheados,
Contraplacados,
Lamelados
e
de
Outros
Painéis
(CAE 20201, 20202, 20203).
OPERAÇÃO
EFLUENTES E RESÍDUOS GERADOS
CÓDIGO
CER
FABRICAÇÃO DE PAINÉIS DE FIBRAS E DE PARTÍCULAS DE MADEIRA
Descasque
Casca
03 01 01
Remoção de metais
Metais
20 01 05
Estilhagem
Resíduos de madeira
03 01 03
Lavagem da estilha
Efluente líquido
--
Lamas
03 01 99
Desfibragem
--
Armazenagem
Resíduos de madeira
Secagem
--
Moagem
Serradura
03 01 02
Crivagem da estilha
Finos da estilha
03 01 02
Resíduos de madeira
03 01 03
Formação do colchão
Prensagem
Arrefecimento/
estabilização
-03 01 03
--
Efluente líquido (*)
--
--
--
--
--
Calibragem
Resíduos de madeira
03 01 03
Lixagem
Pó de madeira
03 01 99
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Corte
Revestimento
Orlagem
Resíduos de folhas de revestimento (madeira, melamínica,
PVC ou termolaminados)
Resíduos de orlas (orlas de madeira, melamínica, PVC ou
termolaminados)
03 01 03
03 01 03
(*): No caso da fabricação de painéis de fibras de alta densidade (HDF) por via húmida.
Novembro 2000
36
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Quadro 9 (Cont.): Relação entre as operações produtivas, os efluentes e os resíduos gerados
nos subsectores de Fabricação de Painéis de Fibras e de Partículas de Madeira e
Fabricação de Folheados, Contraplacados, Lamelados e de Outros Painéis (CAE
20201, 20202, 20203).
OPERAÇÃO
CÓDIGO
CER
EFLUENTES E RESÍDUOS GERADOS
FABRICAÇÃO DE FOLHEADOS, CONTRAPLACADOS, LAMELADOS E DE OUTROS PAINÉIS
Traçagem
Corte
Descasque
Cozimento
Serradura
03 01 02
Retestos
03 01 03
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Casca
03 01 01
Efluente
líquido
de
cozimento
substâncias orgânicas
com
taninos
e
outras
--
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Desenrolamento
Aparas
03 01 03
Secagem
--
Junção de folhas
Resíduos de cola
08 04 04
Aplicação de cola
Resíduos de cola
08 04 04
Composição
--
--
Prensagem
--
--
Corte plano
Acabamento
Novembro 2000
--
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
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Quadro 10: Relação entre as operações produtivas, os efluentes e os resíduos gerados no
subsector da Parqueteria (CAE 20301).
OPERAÇÃO
EFLUENTES E RESÍDUOS GERADOS
CÓDIGO
CER
Secagem natural
Água escorrente da chuva com taninos
--
Secagem
Água escorrente com taninos
--
Serradura
03 01 02
Retestos
03 01 03
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Serradura
03 01 02
Aparas
03 01 03
Selecção
Lamelas com defeitos
03 01 03
Montagem
Lamelas com defeitos
03 01 03
Resíduos de papel
20 01 01
Resíduos de filme termoplástico
20 01 04
Resíduos de fio metálico
20 01 05
Pó de madeira
03 01 99
Resíduos de lixa
03 01 99
Aplicação de velatura
Resíduos de velaturas
08 02 99
Betumagem/Envernizamento
(*)
--
Secagem UV
--
--
Traçagem
Desengrosso
Aparelhamento
Corte
Aplicação de suporte na
contra-face
Lixagem
(*): no subsector da Parqueteria o verniz é aplicado automaticamente com rolos. Devido à elevada
eficiência de transferência (aprox. 100%) do equipamento utilizado, não foram considerados os resíduos
de verniz.
Novembro 2000
38
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Quadro 11: Relação entre as operações produtivas, os efluentes e os resíduos gerados no
subsector de Carpintaria (CAE 20302) e no subsector de Fabricação de Mobiliário de
Madeira (CAE 36110, 36120, 36130, 36141).
OPERAÇÃO
EFLUENTES E RESÍDUOS GERADOS
CÓDIGO
CER
Secagem natural
Água escorrente da chuva com taninos
--
Secagem
Água escorrente com taninos
--
Traçagem
Desengrosso
Aparelhamento
Perfilagem
Furação
Fresagem
Revestimento
Orlagem
Branqueamento
Lixagem
Betumagem
Serradura
03 01 02
Retestos
03 01 03
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Aparas
03 01 03
Serradura
03 01 02
Resíduos de folhas de revestimento (madeira, melamínica,
03 01 03
PVC ou termolaminados)
Resíduos de cola
08 04 04
Resíduos de orlas (orlas de madeira, melamínica, PVC ou
03 01 03
termolaminados)
Resíduos de cola
08 04 04
Resíduos de agente de branqueamento (ácidos inorgânicos,
06 01 99
sais ou
06 03 02
peróxidos)
06 03 99
Pó de madeira
03 01 99
Resíduos de lixa
03 01 99
Resíduos de tapa poros
08 02 99
Resíduos de tintas e vernizes
Resíduos de lacas e velaturas
Aplicação de velatura,
verniz, tinta e laca
Montagem
(1)
Efluente líquido das cabines de pintura, envernizamento,
08 01 00
(1)
08 02 99
--
lacagem e aplicação de velaturas
Lamas das cabines de pintura e envernizamento
08 01 08
Lamas das cabines de lacagem e aplicação de velaturas
08 02 99
Resíduos de cola
08 04 04
Pregos, parafusos e agrafes inutilizados
20 01 05
Peças rejeitadas
03 01 03
Contém associadas algumas classificações subsequentes.
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Quadro 12: Resíduos gerados nas operações comuns a todos os subsectores.
OPERAÇÃO
EFLUENTES E RESÍDUOS GERADOS
CÓDIGO
CER
Papel e cartão
15 01 01
Plásticos, filme termoplástico
15 01 02
Acondicionamento de matérias
Madeira
15 01 03
primas, produtos químicos e
Fitas metálicas e metais
20 01 06
embalamento
Embalagens metálicas
15 01 04
Embalagens compósitas
15 01 05
Cola
08 04 04
Limpeza do equipamento
Manutenção do equipamento
Aquecimento e geração de vapor
Solventes orgânicos de limpeza usados
14 01 00
(1)
Serras
20 01 06
Óleos e lubrificantes
13 02 00
Cinzas
10 01 01
(1)
Contém associadas algumas classificações subsequentes.
(2)
Apenas nos subsectores de Parqueteria, Carpintaria e Mobiliário.
Novembro 2000
(2)
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A identificação dos resíduos perigosos gerados pelas diferentes operações unitárias, e
a sua classificação, de acordo com o Anexo II do Catálogo Europeu de Resíduos (CER),
são apresentadas no Quadro 13.
Quadro 13: Resíduos perigosos do sector da Madeira e Mobiliário.
Subsectores
Serração
Impregnação
Operação
Resíduo
Preservação
Resíduos de produto
temporária
de preservação
Impregnação em
autoclave
produto de
(*)
03 02 00
(*)
14 01 00
(*)
preservação
Limpeza do
Solventes orgânicos de
e Mobiliário
equipamento
limpeza
Carpintaria e Mobiliário
03 02 00
Escorrências de
Parqueteria, Carpintaria
Carpintaria e Mobiliário
Código CER
Branqueamento da
madeira
Resíduos de soluções
ácidas de
06 01 99
branqueamento
Pintura e
Resíduos de tintas e
envernizamento
vernizes
Comum a todos os
Manutenção do
subsectores
equipamento (**)
Óleos usados
08 01 00
(*)
13 02 00
(*)
(*) Contém associadas algumas classificações subsequentes.
(**)Os óleos usados gerados no subsector da Serração resultam da manutenção dos veículos de
carga e/ou empilhadores porque os óleos provenientes da lubrificação dos equipamentos
utilizados no processamento da madeira são consumidos na sua totalidade no funcionamento das
máquinas.
Novembro 2000
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5.3 COMPOSIÇÃO PERCENTUAL MÉDIA DOS RESÍDUOS DE MADEIRA GERADOS EM
CADA SUBSECTOR
A estimativa da quantidade de matéria prima processada na Indústria da Madeira e
Mobiliário e dos rendimentos médios para cada uma das operações produtivas
envolvidas
nos
diferentes
subsectores,
permitiram
obter
uma
estimativa
da
composição percentual média dos resíduos de madeira. Estas estimativas tiveram por
base informações fornecidas por empresas dos diferentes subsectores e recolhidas na
bibliografia.
Nos gráficos das Figura 17 a Figura 22 estão representadas as estimativas das
quantidades percentuais, por tipo de resíduos gerados, para cada um dos subsectores.
R etestos
7%
A paras,
Fitas (tiras)
23%
C asca
23%
Serradura
14%
C ostaneiras
33%
Figura 17:
Composições médias dos resíduos de madeira resultantes das operações produtivas
no subsector de Serração de Madeiras.
O utros
resíduos de
m adeira
30%
A paras
11%
Figura 18:
Serradura
4%
C asca
55%
Composições médias dos resíduos de madeira resultantes das operações produtivas
no subsector de Impregnação de Madeira (Preservação).
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R esíduos de
papel
im pregnado
5%
R esíduos de
parafinas
24%
R esíduos de
m adeira
47%
R esíduos de
colas
24%
Figura 19:
Percentagem de resíduos, relativamente à quantidade total de cada uma das matérias
primas utilizadas nas operações produtivas no subsector de Fabricação de Painéis de
Fibras e de Partículas de Madeira e Fabricação de Folheados, Contraplacados, Lamelados
e de Outros Painéis.
O utros
resíduos de
m adeira
10%
Serradura
90%
Figura 20: Composições médias dos resíduos de madeira resultantes das operações produtivas no
subsector de Parqueteria.
O utros
resíduos de
m adeira
23%
A paras
35%
R esíduos de
m adeira não
m aciça
23%
Serradura
19%
Figura 21: Composições médias dos resíduos de madeira resultantes das operações produtivas no
subsector de Carpintaria.
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Outros
resíduos
de m adeira
25%
Resíduos de
m adeira não
m aciça
20%
Aparas
39%
Serradura
16%
Figura 22: Composições médias dos resíduos de madeira resultantes das operações produtivas
no subsector de Fabricação de Mobiliário.
Novembro 2000
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5.4 ESTIMATIVAS DAS QUANTIDADES ANUAIS DE RESÍDUOS E EFLUENTES
LÍQUIDOS GERADOS NO SECTOR
As quantidades de resíduos (sem ter em conta a classificação CER) e de efluentes
líquidos gerados, em 1998, por cada subsector são apresentadas no Quadro 15.
A informação recolhida duranta as visitas às empresas do sector, a consulta dos
Mapas de Registo de Resíduos Industriais bem como os dados cedidos pela AIMMP,
serviram de base para a determinação dos quantitativos apresentados no Quadro 15.
Dada a necessidade de manter uma uniformidade do ano a que se reportam os
quantitativos de resíduos e de efluentes líquidos gerados pelos diversos sectores
industriais em estudo, foi necessário efectuar uma estimativa, para o ano de 1998,
dos valores refrentes a todos os resíduos e efluentes bem como os apresentados pela
AIMMP uma vez que vez que estes reportam ao ano de 1999. Para tal admitiu-se o
valor de 2% como a taxa anual média de crescimento da Indústria Transformadora e
utilizou-se a expressão que se indica a seguir, à semelhança do sucedido para o
cálculo das estimativas do consumo de matéria prima:
Q0 =
Q1
(1)
(1 + j)n
onde,
Q0 é a quantidade de resíduo ou de efluente no momento presente;
Q1 é quantidade de resíduo ou de efluente no futuro;
j é a taxa anual média de crescimento da Indústria Transformadora (0,02) e
n é o número de anos no período em causa.
A referida expressão permite converter resultados esperados no futuro para o
momento presente e vice-versa e possibilitou a extrapolação das estimativas das
quantidades de todos os resíduos e efluentes para o ano de 1998.
Novembro 2000
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5.4.1
PARÂMETROS CONSIDERADOS PARA A ESTIMATIVA DAS QUANTIDADES
ANUAIS DE RESÍDUOS DE MADEIRA
De forma a efectuar a caracterização quantitativa dos resíduos de madeira gerados no
sector da Madeira e do Mobiliário considerou-se o consumo de matéria prima nos
diferentes subsectores e as respectivas percentagens de rendimento médio de
utilização, referenciados no Quadro 6.
5.4.1.1 SUBSECTOR DA SERRAÇÃO
Neste subsector, para além dos parâmetros referidos no ponto anterior, considerouse ainda o Ofício ref. SRR.206, de 03/08/98, do Instituto dos Resíduos.
Este Ofício considera que os materiais costaneiras, serrim, serradura, aparas, fitas e
resíduos de madeira produzidos na actividade das Indústrias de Serração poderão
ser considerados como subprodutos desde que cumulativamente obedeçam aos
seguintes requisitos:
• sejam resultantes da serração da madeira ainda não submetida a primeira
utilização;
• estejam isentos de qualquer contaminante;
• sejam sujeitos a um circuito comercial e económico perfeitamente definido;
• sejam directa e completamente utilizados como matéria prima no processo.
Assim, para o cálculo da quantidade de resíduos de madeira gerados no subsector da
Serração considerou-se que grande parte dos desperdícios de madeira do subsector
são na realidade subprodutos, como se pode constatar na figura que se segue:
Matéria prima (sem casca)
2 941 176 m3/ano
Rendimento = 40%
Desperdícios de madeira
(incorporação no processo)
1 176 470 m3
1 764 706 m3
Painéis de fibras e partículas
1 137 255 m3
Não consumidos como matéria prima
Pasta de
papel
464 706 m3
162 745 m3
Aviários,
cerâmica, etc
154 608 m3
Resíduos de madeira
8 137 m3
(sem casca)
Figura 23: Estimativa das quantidades de subprodutos e de resíduos de madeira (sem casca)
gerados no subsector da Serração (ano 1998).
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Para além dos resíduos de madeira referidos, há ainda a considerar a casca. Estima-se
que a produção total de casca nas indústrias de Serração, no ano de 1998, foi cerca
de 362 745 m3. Deste modo, para obter o quantitativo total de resíduos de madeira no
subsector da Serração, ao valor apresentado na Figura anterior para os resíduos de
madeira (8 137 m3) deve-se adicionar o valor relativo à casca.
5.4.1.2 SUBSECTOR DOS PAINÉIS DE MADEIRA
Para o cálculo da quantidade de resíduos de madeira gerados no subsector dos Painéis
de Partículas e de Fibras considerou-se o consumo de matéria prima, o rendimento de
utilização da mesma e, ainda, os dados fornecidos pela AIMMP, como se pode
observar na Figura 24.
1 137 255 m3
Proveniente
das Serrações
196 078 m3
627 451 m3
Reciclados
Madeira nova
Matéria prima (sem casca)
1 960 784 m3
Incorporação no processo
Resíduos de madeira
Rendimento = 92%
(8%)
1 803 921 m3
156 863 m3
(sem casca)
Figura 24: Estimativa das quantidades de resíduos de madeira (sem casca) gerados no
subsector dos Painéis de Partículas e de Fibras (ano 1998).
Para além dos resíduos de madeira referidos, há ainda a considerar a casca. Partindo
do princípio que a operação de descasque no subsector dos Painéis de Partículas e de
Fibras é semelhante à mesma operação do subsector da Serração, estima-se que a
produção total de casca, em 1998, foi de cerca de 78 431 m3. Assim, para obter o
quantitativo total de resíduos de madeira no subsector dos Painéis de Partículas e de
Fibras, ao valor apresentado na Figura 24 para os resíduos de madeira (156 863 m3)
deve ser adicionado o valor relativo à casca.
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5.4.2
ESTIMATIVAS DAS QUANTIDADES ANUAIS DE RESÍDUOS DE MADEIRA NO
SECTOR DA MADEIRA E DO MOBILIÁRIO
Tendo em conta o que foi referido anteriormente, apresenta-se no Quadro 14 os
quantitativos de resíduos de madeira gerados, em 1998, por cada subsector.
Quadro 14: Distribuição dos resíduos de madeira por subsector (ano 1998).
Subsector
Serração
Impregnação
Quantidade anual
Distribuição percentual
3
(m )
370 882
1 754
dos resíduos (%)
29,7
0,1
Painéis e Folheados
235 294
18,8
Parqueteria
147 334
11,8
Carpintaria
300 759
24,0
Mobiliário
194 551
15,6
1 250 574
100
TOTAL
Da análise do Quadro 14 verifica-se que o subsector da Serração contribui com 29,7%
do volume total de resíduos de madeira seguindo-se os subsectores da Carpintaria e
Painéis e Folheados com 24,0 e 18,8% respectivamente.
5.4.3
ESTIMATIVAS DAS QUANTIDADES ANUAIS DE EFLUENTES E DE OUTROS
RESÍDUOS
Para os restantes resíduos, a caracterização quantitativa foi efectuada tendo por base
uma amostra constituída pelo conjunto de empresas que assinaram o Contrato de
Adaptação Ambiental e pelas empresas visitadas. Assim, e com base nesse conjunto
de empresas, efectuou-se a extrapolação da quantidade de resíduos e de efluentes
produzidos para o total das empresas do sector, tendo em conta a dimensão das
empresas da amostra, segundo o critério de número de pessoas ao serviço, e a sua
distribuição por escalões de número de pessoas ao serviço (vide Quadro 4). Para
efectuar tal estimativa partiu-se do pressuposto que em processos de fabrico
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48
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semelhantes a uniformidade na produção de resíduos em termos qualitativos é uma
realidade.
Atendendo ao consumo de matéria prima nos diferentes subsectores em estudo e aos
respectivos rendimentos de utilização da mesma (Quadro 6) verifica-se que, em 1998,
geraram-se 600 274 ton de resíduos de madeira no sector da Indústria da Madeira e
do Mobliário.
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Quadro 15: Estimativas das quantidades de resíduos e de efluentes gerados nos subsectores da
Indústria da Madeira e do Mobiliário (ano de 1998).
SUBSECTORES
Serração
Impregnação
Painéis e
Folheados
Parqueteria
Carpintaria
Mobiliário
TOTAL
RESÍDUOS BANAIS
1
Madeira ( )
(ton/ano)
178 023
842
112 941
70 720
Lamas da
cabine de
acabamento
(ton/ano)
---
---
---
---
SUBTOTAL
(ton/ano)
---
---
---
---
144 364
93 384
600 274
951
7 314
8 265
---
---
608 539
RESÍDUOS PERIGOSOS
Solventes
orgânicos de
limpeza do
material de
acabamento
(ton/ano)
---
Resíduos de
produtos de
preservação
(ton/ano)
(*)
Óleos usados
(ton/ano)
---
---
16
240
2
---
2
---
174
6 792
---
10
14 222
---
145
21 016
16
450
1 021
SUBTOTAL
(ton/ano)
---
---
---
---
---
---
22 053
TOTAL DE
RESÍDUOS
(ton/ano)
---
---
---
---
---
---
630 592
EFLUENTES
Efluente
líquido da
cabine de
acabamento
(m3/ano)
---
---
---
---
135 850
406 340
542 190
Efluente
líquido de
lavagem com
colas
(m3/ano)
---
---
(*)
(*)
54 340
81 268
135 608
---
---
Efluente
líquido da
lavagem dos
tanques e
autoclaves
3
(m /ano)
4 207
160
---
---
4 367
(*): impossível de quantificar por total inacessibilidade de dados, por todas as vias possíveis.
1
Nota ( ): os pesos dos resíduos de madeira estão convertidos em equivalentes de madeira seca ao ar (18% de humidade).
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A estimativa das quantidades mássicas de resíduos de madeira teve em conta os
seguintes factores de conversão:
3
• 1 m madeira verde corresponde aproximadamente a 0,8 ton de madeira verde;
• 1 ton de madeira verde corresponde aproximadamente a 0,6 ton de madeira seca ao
ar (18% de humidade);
• Os volumes correspondem a volumes sólidos ou seja, matéria prima real.
Os óleos usados gerados no subsector da Serração resultam da manutenção dos
veículos de carga e/ou empilhadores porque os óleos provenientes da lubrificação dos
equipamentos utilizados no processamento da madeira são consumidos na sua
totalidade no funcionamento das máquinas.
Novembro 2000
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6. POTENCIAL DE PREVENÇÃO NO SECTOR
A melhor forma de reduzir a poluição é preveni-la na fonte. A implementação em
algumas empresas de Programas de Prevenção da Poluição conduziram a uma
melhoria da eficiência do processo de fabrico e, consequentemente, a benefícios
económicos. Em simultâneo, foi possível reduzir o impacte ambiental decorrente da
sua actividade produtiva.
Os referidos Programas contemplam a optimização do consumo de matérias primas, a
sua substituição, modificações ao nível dos processos ou equipamentos, adopção de
medidas que conduzem à minimização de desperdícios, reutilização e recuperação de
solventes e de outros produtos, e acções de formação.
Quanto menor for a quantidade de resíduos gerados ao longo do processo produtivo,
menores serão os custos associados ao seu armazenamento, manuseamento,
transporte, tratamento e/ou deposição.
Existem operações unitárias comuns a vários subsectores (como por exemplo a
operação de envernizamento na Carpintaria e no Mobiliário). Deste modo, as medidas
e tecnologias de prevenção associadas a estas operações unitárias são, obviamente,
comuns aos respectivos subsectores.
No sector da Madeira e Mobiliário, actualmente, a prevenção de resíduos sólidos tem
uma expressão inferior à reciclagem/reutilização e à valorização energética.
Os resíduos de madeira têm, na maior parte dos casos, um destino final bem
determinado. A queima, a valorização em explorações avícolas e em unidades
industriais de outros subsectores, como por exemplo da fabricação de painéis, são
práticas bastante comuns no nosso país. No entanto, estes resíduos são também
passíveis de aplicação de opções de prevenção, existindo tecnologias que conduzem a
uma redução considerável da quantidade de aparas, serradura e outros resíduos de
madeira.
Por outro lado, o mesmo não acontece com os resíduos líquidos ou pastosos (lamas
das cabines de acabamento, solventes orgânicos de limpeza etc.), em que a
prevenção tem um potencial de aplicação superior à reciclagem e reutilização. A
gestão e o destino final deste tipo de resíduos constitui um problema considerável,
pelo que a sua minimização nas operações em que são gerados e a substituição de
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determinados produtos auxiliares por outros de menor toxicidade reveste-se da maior
importância.
Nos pontos seguintes será feita uma análise global do potencial de prevenção, por
grandes grupos de operações.
6.1 PREVENÇÃO NA PREPARAÇÃO DA MATÉRIA PRIMA (PREPARO)
Os resíduos resultantes destas operações são, essencialmente, resíduos de madeira:
serradura ou serrim, pó e aparas de madeira (designação que inclui as fitas de plaina,
os retestos, as sobras e as aparas propriamente ditas). Estes resíduos, de uma forma
genérica,
são
utilizados
para
valorização
energética
(com
possibilidade
de
aproveitamento das cinzas para aplicação nos solos ou incorporação em adubos), para
aproveitamento na produção de aglomerados e em explorações avícolas.
A utilização de uma prensa de briquetes permitirá transformar parte destes resíduos
num produto vendável com um valor acrescentado superior ao que teriam na forma
inicial,uma vez que são valorizados energeticamente, constituindo uma medida de
redução do volume e quantidade dos resíduos gerados. Com a aplicação desta
tecnologia diminui-se a quantidade de resíduos para os quais seria necessário dar
destini final adequado. Relativamente às aparas de madeira, quando ainda possuem
determinadas dimensões, é possível efectuar a sua reutilização no fabrico de painéis
através da tecnologia de Finger Jointing.
É também possível reduzir a quantidade de rejeitados da operação de secagem (por
empenamento), com a implementação da secagem com controlo computorizado.
A opção pela tecnologia de corte optimizado com sensores laser permite reduzir a
quantidade de resíduos de serradura e tiras, gerados na operação de serragem.
O subsector de fabrico de painéis de aglomerados e folheados apresenta algumas
operações específicas das quais resultam também essencialmente resíduos de madeira
que, quando não podem ser reincorporados no processo, têm os destinos já
anteriormente referidos. É possível efectuar um maior aproveitamento dos finos de
estilha rejeitados nos crivos das linhas de MDF (Medium Density Fiberboard) e HDF
(High Density Fiberboard), para sua reintrodução na produção de aglomerados,
Novembro 2000
53
PNAPRI
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utilizando um separador de sílica e uma malha mais estreita no peneiro de rejeição
desses finos.
A opção pelo desenrolamento com centralização optimizada dos toros permite reduzir
em cerca de 10-15% os resíduos de madeira, através do aproveitamento mais
eficiente da madeira proveniente de cada toro.
É também possível optar por colas de lenhina, utilizadas no fabrico de painéis de
aglomerados, alternativamente às resinas de formaldeído, obtendo-se uma redução de
cerca de 20-30% nos resíduos destas resinas.
As águas de cozimento da madeira constituem um efluente líquido com elevada carga
poluente (taninos e outras substâncias orgânicas), sendo possível efectuar a sua
reutilização.
6.2 PREVENÇÃO NO TRATAMENTO (IMPREGNAÇÃO)
Como medida de prevenção será recomendável confinar e reduzir ao máximo as
escorrências por lixiviação do produto de tratamento para o solo, optando-se pela
secagem e armazenamento em área coberta da madeira tratada. A redução da
quantidade de lamas depositadas no tanque de preservação (preservação preventiva)
ou no autoclave, pode ser conseguida pela simples cobertura da madeira a tratar
durante o período de armazenamento, minimizando a sua contaminação com a
sujidade existente na zona.
6.3 PREVENÇÃO NAS OPERAÇÕES DE MAQUINAGEM
A utilização de uma prensa de briquetes permitirá transformar parte dos resíduos de
madeira num produto vendável, com um valor acrescentado superior ao que teriam na
forma inicial, constituindo uma medida de redução do volume e da quantidade dos
resíduos gerados. Relativamente aos resíduos de madeira, há ainda a salientar que,
quando possuem determinadas dimensões, é possível efectuar a sua reutilização no
fabrico de painéis com utilização da tecnologia de Finger Jointing. Os painéis obtidos
por este processo são utilizados directamente no fabrico de mobiliário de madeira.
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A opção pelas tecnologias de corte optimizado com sensores laser e de corte fino com
lâminas extremamente finas, permite reduzir a quantidade de resíduos de serradura e
tiras gerados nas operações de corte e serragem.
6.4 PREVENÇÃO NAS OPERAÇÕES DE ACABAMENTOS
A prevenção dos resíduos e efluentes gerados nas operações efectuadas nesta fase
pode, de alguma forma, ser atingida através da opção por outras formas de aplicação
dos produtos de acabamento (nomeadamente, velaturas, vernizes tintas e lacas) em
que se verifique um maior rendimento de utilização destes produtos, com a
consequente redução da quantidade de resíduos que são gerados.
As tradicionais pistolas de pulverização com ar comprimido, têm um orifício central por
onde é alimentado o fluido de revestimento e orifícios laterais de entrada de ar
comprimido para atomização da substância utilizada como revestimento. Este tipo de
pistolas, na melhor das hipóteses, têm como excedente cerca de 50 a 55% do fluido
aplicado, continuando a ser largamente utilizadas a nível industrial nas diversas
operações de acabamentos. No entanto, a preocupação com a redução de custos,
ligada à melhoria da eficiência de aplicação do produto, levou muitas empresas a
optarem pela utilização de pistolas de pulverização mais eficientes. Os tipos de
pistolas a seguir indicadas, relativamente aos sistemas convencionais, apresentam
uma significativa redução de resíduos:
• As pistolas de alto volume e de baixa pressão HVLP (High Volume Low Pressure)
permitem reduções de cerca de 28% dos resíduos de velaturas, vernizes, tintas
e lacas;
• os sistemas de pulverização electroestáticos, para aplicação de revestimentos
líquidos, possibilitam uma redução de 35% do mesmo tipo de resíduos acima
mencionados;
• as
pistolas
de
alta
pressão
Airless
e
pistolas
Air–assisted
airless
proporcionam 10-15% de redução dos resíduos de fluido de revestimento.
A aplicação automatizada de vernizes e lacas com rolos em peças planas permite,
relativamente
Novembro 2000
aos
sistemas
convencionais
55
de
pulverização,
reduções
de
PNAPRI
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aproximadamente 100% dos resíduos de vernizes e lacas devido à elevada eficiência
de transferência e à possibilidade de reutilização do excedente de revestimento.
A tecnologia Flowcoat, aplicável ao subsector da Carpintaria, para aplicação de
vernizes e velaturas de base aquosa, permite cerca de 90% de aproveitamento da
matéria prima.
A formação dos operadores de pistolas de pulverização nas técnicas adequadas de
aplicação dos revestimentos é fundamental para o sucesso da implementação das
tecnologias referidas, contribuindo com cerca de 8-10% para a redução dos resíduos
gerados.
A possibilidade de opção por tintas e lacas de origem vegetal e mineral constitui uma
medida preventiva, em termos da perigosidade dos resíduos decorrentes da matéria
prima utilizada.
O sistema de pulverização UNICARB permite a substituição dos diluentes por dióxido
de carbono (CO2) que naturalmente está presente na atmosfera e apresenta uma
toxicidade bastante inferior.
A destilação para recuperação dos solventes orgânicos de limpeza usados não envolve
custos significativos, podendo recuperar-se 75 a 99% do solvente orgânico de
limpeza.
A substituição dos filtros de papel/cartão por filtros metálicos, nos sistemas de
filtragem das águas das cabines de acabamento, permite aumentar o tempo de vida
do suporte de filtrante, já que os filtros metálicos podem ser limpos e reutilizados.
6.5 PREVENÇÃO NAS OPERAÇÕES DE MONTAGEM
Para os resíduos resultantes das operações efectuadas nesta fase não foram
encontradas medidas ou tecnologias de prevenção.
Novembro 2000
56
PNAPRI
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7. MEDIDAS E TECNOLOGIAS DE PREVENÇÃO DE RESÍDUOS
7.1 IDENTIFICAÇÃO DAS MEDIDAS E DAS TECNOLOGIAS DE PREVENÇÃO POR
SUBSECTOR
Nos Quadro 16 a Quadro 21 apresentam-se, resumidamente, as medidas e tecnologias
de prevenção aplicáveis a cada um dos subsectores em particular, fazendo-se também
a identificação das correspondentes estimativas de redução de resíduos e da situação
actual em termos da sua implementação no país e no estrangeiro.
As estimativas de redução de resíduos resultantes da utilização das pistolas HVLP,
Airless, Air-assisted airless e electroestáticas são apresentadas comparativamente aos
sistemas tradicionais com ar comprimido.
Quadro 16: Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis ao subsector de Serração de Madeira.
Medidas/Tecnologias de
Operações em que se
Prevenção
aplicam
Implementação
Portugal
Estrangeiro
Sim
Sim
Serragem
Sim
Sim
Preservação temporária
n.d.
n.d.
Secagem natural
n.d.
Sim
Secagem em secador
Sim
Sim
Serragem
Sim
Sim
Serragem
Desdobramento
Alinhamento/
Prensa de briquetes
Galgamento
Traçagem
Desengrosso
Aparelhamento
Perfilagem
Sistemas de corte
optimizado com
sensores laser
Cobertura da madeira a
preservar
Secagem da madeira
tratada em área coberta
Secadores com controlo
computorizado
Finger Jointing
n.d. : não disponível.
Novembro 2000
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Quadro 17: Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis ao subsector de Impregnação (Preservação) de Madeira.
Medidas/Tecnologias de
Operações em que se
Prevenção
aplicam
Implementação
Portugal
Estrangeiro
Sim
Sim
n.d.
Sim
n.d.
Sim
Aparamento dos postes
Prensa de briquetes
Abicagem
Traçagem
Cobertura da madeira a
Impregnação em
preservar
autoclave
Secagem e
armazenamento da
madeira preservada em
Armazenamento
área coberta
n.d.: não disponível.
Quadro 18: Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis aos subsectores de Fabricação de Painéis de Fibras e de Partículas de
Madeira e Fabricação de Folheados, Contraplacados, Lamelados e de Outros
Painéis.
Medidas/Tecnologias de
Operações em que se
Prevenção
aplicam
Desenrolamento com
centralização optimizada
dos toros
Implementação
Portugal
Estrangeiro
Sim
Sim
Crivagem da estilha
Sim
Sim
Colagem
Não
Não
Limpeza do equipamento
Sim
Sim
Cozimento
Sim
Sim
Desenrolamento dos
toros
Redução da malha do
peneiro de rejeição de
finos da estilha
Colas de lenhina
Unidade de destilação para
recuperação dos solventes
de limpeza
Reutilização das águas de
cozimento
n.d. : não disponível.
Novembro 2000
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Quadro 19: Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis ao subsector da Parqueteria.
Implementação
Medidas/Tecnologias de
Operações em que se
Prevenção
aplicam
Secadores com controlo
computorizado
Portugal
Estrangeiro
Sim
Sim
Sim
Sim
Aplicação de velaturas
Sim
Sim
Aplicação de velaturas
Sim
Sim
Aplicação de velaturas
Sim
Sim
Aplicação de velaturas
Sim
Sim
Envernizamento
Sim
Sim
Limpeza do equipamento
Sim
Sim
Corte
Sim
Sim
Secagem em secador
Traçagem
Desengrosso
Prensa de briquetes
Aparelhamento
Corte de lamelas
Lixagem
Formação dos operadores
de pistolas de pulverização
Pistolas de pulverização
HVLP
Pistolas de pulverização de
alta pressão (Airless)
Pistolas de pulverização
Air-assisted airless
Aplicação automatizada de
verniz com rolos
Unidade de destilação para
recuperação dos solventes
de limpeza
Corte fino
n.d. : não disponível.
Novembro 2000
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Quadro 20: Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis ao subsector de Carpintaria.
Medidas/Tecnologias de
Operações em que se
Prevenção
aplicam
Secadores com controlo
computorizado
Secagem em secador
Implementação
Portugal
Estrangeiro
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
n.d.
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Traçagem
Desengrosso
Aparelhamento
Prensa de briquetes
Perfilagem
Furação
Fresagem
Colagem de orlas
Lixagem
Pistolas de pulverização
HVLP
Pistolas de pulverização de
alta pressão (Airless)
Pistolas de pulverização
Air-assisted airless
Sistemas de pulverização
electroestáticos
Formação dos operadores
de pistolas de pulverização
Aplicação de velaturas
Envernizamento Pintura
Lacagem
Envernizamento,
pintura, lacagem e
aplicação de velaturas
Envernizamento,
pintura, lacagem e
aplicação de velaturas
Aplicação de velaturas
Envernizamento Pintura
Lacagem
Aplicação de velaturas
Envernizamento Pintura
Lacagem
Sistema de pulverização
Envernizamento Pintura
UNICARB
Lacagem
n.d. : não disponível
Novembro 2000
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Quadro 20 (Cont.): Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no
estrangeiro, aplicáveis ao subsector de Carpintaria.
Medidas/Tecnologias de
Operações em que se
Prevenção
aplicam
Filtros metálicos
Envernizamento Pintura
Lacagem
Aplicação automatizada de
Envernizamento Pintura
vernizes e lacas com rolos
Lacagem
Tintas e lacas de origem
Pintura
vegetal e mineral
Lacagem
Implementação
Portugal
Estrangeiro
n.d.
Sim
Sim
Sim
n.d.
Sim
Sim
Sim
Não
Sim (*)
Unidade de destilação para
recuperação dos solventes
Limpeza do equipamento
de limpeza
Flowcoat
Envernizamento
Aplicação de velaturas
n.d. : não disponível
(*): a tecnologia Flowcoat é utilizada actualmente no estrangeiro na aplicação de camadas
intermédias de revestimentos.
Novembro 2000
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Quadro 21: Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no estrangeiro,
aplicáveis ao subsector de Fabricação de Mobiliário (de madeira).
Medidas/
Operações em que se
Tecnologiasde Prevenção
aplicam
Secadores com controlo
computorizado
Secagem natural
Implementação
Portugal
Estrangeiro
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
n.d.
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
n.d.
Sim
Traçagem
Desengrosso
Prensa de briquetes
Aparelhamento
Perfilagem
Fresagem
Lixagem
Pistolas de pulverização
HVLP
Pistolas de pulverização de
alta pressão (Airless)
Pistolas de pulverização
Air-assisted airless
Sistemas de pulverização
electroestáticos
Envernizamento Pintura
Lacagem Aplicação de
velaturas
Envernizamento,
pintura, lacagem e
aplicação de velaturas
Envernizamento,
pintura, lacagem e
aplicação de velaturas
Envernizamento,
pintura, lacagem e
aplicação de velaturas
Sistema de pulverização
Envernizamento Pintura
UNICARB
Lacagem
Envernizamento
Formação dos operadores
Aplicação de velaturas
de pistolas de pulverização
Pintura
Lacagem
Filtros metálicos
Envernizamento Pintura
Lacagem
n.d.: não disponível.
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Quadro 21 (Cont.): Medidas/tecnologias de prevenção, e sua implementação no País e no
estrangeiro, aplicáveis ao subsector de Fabricação de Mobiliário (de
madeira).
Medidas/
Operações em que se
Tecnologias de Prevenção
aplicam
Implementação
Portugal
Estrangeiro
Sim
Sim
n.d.
Sim
Limpeza do equipamento
Sim
Sim
Corte
Sim
Sim
Aplicação automatizada de
Envernizamento
vernizes e lacas com rolos
Lacagem
Tintas e lacas de origem
Pintura
vegetal e mineral
Lacagem
Unidade de destilação para
recuperação dos solventes
de limpeza
Corte fino
n.d. : não disponível.
Novembro 2000
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7.2 CARACTERIZAÇÃO DAS MEDIDAS E TECNOLOGIAS DE PREVENÇÃO DE RESÍDUOS
Neste ponto far-se-á a descrição das medidas e das tecnologias de prevenção
encontradas, bem como a avaliação da sua viabilidade técnica e a apresentação de
alguns indicadores económicos.
As pistolas de pulverização de alta pressão (Airless), de baixa pressão (HVLP),
Air-assisted airless e electroestáticas serão comparadas com as pistolas convencionais
de ar comprimido. Estas, possuem um orifício central por onde é alimentado o fluido
de revestimento e orifícios laterias de entrada de ar comprimido. A nível industrial,
estas pistolas continuam a ser largamente utilizadas, conferindo um acabamento de
excelente qualidade, estando-lhes associada uma eficiência muito baixa e um grande
desperdício de matéria prima (na melhor das hipóteses o rendimento de aplicação do
fluido de revestimento é de 45-50%).
Após vários contactos com fabricantes e fornecedores de equipamentos e consulta de
várias fontes bibliográficas, não foi possível obter alguns indicadores económicos
relativos a determinadas tecnologias, bem como a percentagem ou o quantitativo de
prevenção em relação a determinados resíduos, pelo que surge a indicação “n.d.”.
É de salientar também que, em algumas situações, o período de retorno do
investimento não está relacionado com as condições de operacionalidade (capacidade
instalada, etc.) por não ter sido disponibilizada informação nesse sentido.
Se o subcapítulo 7.2 for confrontado com o capítulo 8 verifica-se que, em certos
casos, para a mesma tecnologia ou medida de prevenção, são apresentados diferentes
valores para a percentagem de redução dos resíduos que previne e para alguns
indicadores económicos. Esta aparente falta de consistência é justificada pelo facto, de
no
subcapítulo
7.2
serem
apresentados
valores
fornecidos
pelos
fabricantes
/fornecedores de equipamentos, ao passo que o capítulo 8 contém valores relativos à
aplicação dessas tecnologias em cenários reais.
A forma como os equipamentos são utilizados e sobretudo as condições e o cenário de
operacionalidade ocasionam a diferença entre os valores dos referidos capítulos.
Novembro 2000
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7.2.1 SECADORES COM CONTROLO COMPUTORIZADO
T1 – SECADORES COM CONTROLO
1 de 1
COMPUTORIZADO
DESCRIÇÃO
Secagem da madeira em compartimentos com controlo computorizado.
Esta tecnologia permite que as medições analógicas da temperatura e da
humidade sejam convertidas em sinais digitais nos pontos de medição
localizados
nas
paredes
do
secador.
Estes
sinais
são
posteriormente
transmitidos à unidade central de controlo que permite a sua visualização no
monitor do computador. Este fornece uma representação gráfica de todas as
operações.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Controlo rigoroso da temperatura e da humidade;
•
Redução dos desperdícios de madeira empenada resultantes da deficiente
secagem;
•
Diminuição do consumo de energia;
•
Diminuição do tempo de secagem.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Percentagem de redução de madeira empenada: n.d.;
•
Redução do consumo de energia: n.d.
VIABILIDADE TÉCNICA
É necessário instalar uma plataforma de betão onde o secador ficará assente, e
assegurar a alimentação de água e energia eléctrica. Dada a sua flexibilidade, a
desmontagem e reinstalação noutro local é tão simples quanto a primeira
instalação.
O software do sistema de controlo é de fácil utilização e cada computador pode
servir mais de 30 secadores.
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: n.d.;
•
Período médio de retorno do investimento: n.d.
n.d.: não disponível.
Novembro 2000
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7.2.2 PRENSA DE BRIQUETES
T2 – PRENSA DE BRIQUETES
1 de 3
DESCRIÇÃO
Prensagem a quente dos desperdícios de madeira no cone de compressão de
uma prensa. Formam-se cilindros de madeira compactada (briquetes) que são
utilizados como combustível de alto poder calorífico.
A prensa de briquetes é basicamente uma prensa mecânica. No interior do cone
de compressão forma-se, com aproximadamente 200 golpes/min, briquetes de
secção circular que são cortados automaticamente segundo uma medida
predeterminada.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aproveitamento dos desperdícios de madeira como combustível de alto
poder calorífico para utilização doméstica e industrial, permitindo a redução
do espaço ocupado por esse tipo de materiais.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Percentagem de redução do volume e da quantidade de resíduos de
madeira (serradura, aparas, retestos e outros): n.d.
VIABILIDADE TÉCNICA
A humidade inicial e a granulometria determinam a complexidade da prensa de
briquetes. Os níveis óptimos de humidade devem estar compreendidos entre
8% e 12%, havendo uma tolerância até aos 15% como valor máximo. Se a
humidade for inferior a 8% ocorre uma perda de homogeneidade dos briquetes
de madeira, dividindo-se facilmente em discos. O tempo de vida útil do cone de
compressão e do pistão é também encurtado já que, ao diminuir o
deslizamento do material por falta de humidade, aumenta a sua abrasão de
uma forma inversamente proporcional. Por outro lado, se a humidade for
superior a 15% obtemos um produto final pouco compacto, de limitada
resistência mecânica, baixo poder calorífico, baixo peso específico e com um
período de armazenamento mais reduzido.
n.d.: não disponível.
Novembro 2000
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PNAPRI
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2 de 3
T2 – PRENSA DE BRIQUETES
VIABILIDADE TÉCNICA
A granulometria do material à entrada da prensa deverá ser de 0,5 a 8 mm. Se
ocorrer a entrada de resíduos de madeira ou outros materiais de grandes
dimensões e forem aceites pelo semfim da máquina, serão prensados sem
qualquer problema. Se se verificar a obstrução da hélice do sem fim, um
dispositivo de segurança interrompe o funcionamento da máquina permitindo a
remoção do material do seu interior. Apesar disso, a experiência tem
demonstrado que é possível utilizar resíduos de madeira de dimensões
inferiores às recomendadas, embora nestes casos se aconselhe que estes
sejam misturados com outros materiais de maiores dimensões, garantindo
assim a obtenção de um produto de boa qualidade.
A prensagem apresenta a vantagem de permitir a fabricação de briquetes sem
a adição de aglutinantes, devido à elevada compressão a que é submetido o
material (aprox. 1 844 bar) e à temperatura de aproximadamente 300ºC, os
quais garantem a coesão do produto final.
Por se tratar de uma prensa mecânica a sua manutenção é escassa. É difícil
estimar a vida útil dos seus componentes, mas segundo a informação enviada
por um dos fabricantes, é possível atingir as 1 500 horas de trabalho com a
utilização de matéria prima com características normais de granulometria,
humidade e abrasividade.
Novembro 2000
67
PNAPRI
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3 de 3
T2 - PRENSA DE BRIQUETES
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: n.d.;
•
Período médio de retorno do investimento: n.d.;
•
Apesar dos briquetes poderem apresentar um preço final superior à lenha
e ao carvão, o seu elevado poder calorífico torna-os mais vantajosos do
ponto de vista económico.
Fonte: fabricante de prensa de briquetes.
n.d.: não disponível.
Figura 25: Instalação para briquetagem de pequena/média capacidade para
materiais de reduzida granulometria e humidade até 18%.
Fonte: catálogo de um fabricante.
Legenda:
1 – Silo de armazenamento
3 – Alimentador de parafuso
5 – Central de arrefecimento
2 – Extractor radial
4 – Prensa de briquetes
6 – Canal de arrefecimento
Novembro 2000
68
7 – Corta briquetes
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7.2.3 FINGER JOINTING
1 de 2
T3 – FINGER JOINTING
DESCRIÇÃO
A madeira normalmente utilizada na Europa apresenta nós. Em Portugal, e por
exigências de mercado, os nós têm de ser eliminados.
A madeira aproveitável que se encontra entre dois nós é, em muitas situações,
de pequenas dimensões, o que impossibilita a sua utilização directa no fabrico
de mobiliário.
Aos resíduos de madeira com comprimento compreendido entre 15 e 120 cm e
espessura adequada, é conferida uma forma dentada às extremidades, sendo
depois anexados e colados uns aos outros formando painéis que podem ser
utilizados directamente na fabricação de mobiliário.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aproveitamento dos resíduos de madeira com tamanho compreendido entre
15 e 120 cm e espessura adequada;
•
Diminuição do volume total de resíduos de madeira.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Percentagem de aproveitamento dos resíduos de madeira: 3% do volume
total.
VIABILIDADE TÉCNICA
Um dos métodos de Finger Jointing é o denominado processo Greenweld cuja
investigação e desenvolvimento tiveram origem no ano de 1987 na Nova
Zelândia.
É um processo extremamente flexível, com capacidade para colar peças secas
ou com variações de humidade entre 9% e 180%. Devido à sua grande
flexibilidade,
proporcionada
pelo
tipo
de
cola
utilizada,
o
volume
de
desperdícios das serrações que pode ser aproveitado é extremamente alto.
Entre outras vantagens que este processo apresenta, há a salientar o reduzido
tempo de prensagem, o facto de não ser necessário alterar os sistemas
convencionais de Finger-Jointing (para utilização de um tipo de cola diferente),
bem como a eliminação da necessidade de aquecimento para secagem da cola,
uma vez que está demonstrado que a cola pode secar a temperaturas
baixas (0ºC).
Novembro 2000
69
PNAPRI
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2 de 2
T3 – FINGER JOINTING
VIABILIDADE TÉCNICA
A experiência demonstrou também que as peças de madeira resultantes do
referido processo podem ser preservadas com sais metálicos do tipo CCA
(crómio, cobre e arsénio) sem efeitos adversos para a colagem.
Genericamente, pode afirmar-se que a cola é seguramente um dos factores
mais importantes neste método.
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: cerca de 17 000 contos (inclui um alimentador com a
potência de ¼ HP, uma bomba hidráulica de 2HP, uma serra de corte
transversal de 3HP e uma plaina de 15HP);
•
Período de retorno do investimento: n.d.;
•
Face
ao
valor
económico
que
a
madeira
possui
nesta
fase
de
processamento, o acréscimo do valor total de madeira recuperada será
superior a 30%.
Fonte: fabricante de equipamento de Finger Jointing.
OBSERVAÇÕES
•
Ver estudo de caso 12
n.d.: não disponível.
Figura 26: Máquina de formação de painéis de madeira com a tecnologia de Finger Jointing.
Fonte: catálogo de um fabricante.
Novembro 2000
70
PNAPRI
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7.2.4
PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO DE ALTO VOLUME E DE BAIXA PRESSÃO (HVLP
– HIGH VOLUME LOW PRESSURE)
T4 – PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO DE ALTO
1 de 3
VOLUME E DE BAIXA PRESSÃO (HVLP)
DESCRIÇÃO
É uma variante do sistema convencional de pulverização. A principal diferença
reside
no
facto
do
sistema
HVLP
utilizar
um
elevado
caudal
de
ar
(aproximadamente 1 000 l/min) a baixa pressão para atomizar o produto
utilizado como revestimento. A utilização de pressões de atomização mais
baixas (1,5 bar na Europa), relativamente aos sistemas convencionais de
pulverização com ar comprimido (~4 bar), resulta na diminuição de resíduos
(por redução do efeito de overspray) e facilita as operações de limpeza. Quanto
menor for a pressão de aplicação menor será o espalhamento (overspray)e o
refluxo.
As pistolas HVLP podem ser manuais ou automáticas e utilizam um compressor
ou uma turbina para debitar o caudal de ar. Nos sistemas de turbina, uma série
de ventiladores forçam o ar através da turbina ocorrendo o aquecimento do ar
por fricção. O calor gerado promove o aquecimento do fluido de revestimento e
diminui a sua viscosidade, facilitando deste modo a sua atomização.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aumentar a eficiência de aplicação da matéria prima;
•
Diminuição da quantidade de resíduos;
•
Diminuição do consumo de solventes orgânicos de limpeza.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Diminuição de resíduos de velaturas, tintas, lacas e vernizes (em relação
aos sistemas convencionais): 28%.
Novembro 2000
71
PNAPRI
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T4 – PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO DE ALTO
2 de 3
VOLUME E DE BAIXA PRESSÃO (HVLP)
VIABILIDADE TÉCNICA
Neste tipo de sistemas de pulverização a viscosidade da tinta é uma
condicionante, pelo que deverá existir um compromisso entre a pressão de
aplicação, a viscosidade da tinta e a técnica de aplicação.
Por utilizar baixas pressões de ar, este sistema, analisado por si só, não é
adequado às situações em que se requer elevados ritmos de produção.
Contudo, a tecnologia HVLP poderá ser considerada nas situações em que o
acabamento é mais importante que a rapidez.
Como em qualquer pulverização industrial, o estudo cuidadoso da técnica de
pulverização, segundo a configuração das peças, pode significar importante
redução de mão de obra, economia de produto de revestimento e melhoria da
qualidade do produto final.
Dada a baixa pressão do ar (0,1-0,3 bar), os sistemas de turbina provocam
uma deficiente aplicação do produto e, por outro lado, não são eficientes.
VANTAGENS EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS CONVENCIONAIS
!
Maior eficiência de transferência;
!
Redução dos resíduos;
!
Diminuição dos custos associados à limpeza do equipamento;
!
Geralmente os operadores habituados às pistolas convencionais adaptamse facilmente às pistolas HVLP;
!
Permite melhorar a limpeza do local de trabalho, por redução do efeito de
overspray.
DESVANTAGENS EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS CONVENCIONAIS
"
Qualidade do acabamento é inferior;
"
Não são adequadas às situações em que se requerem elevados ritmos de
produção;
"
Não pulverizam fluidos muito viscosos à temperatura ambiente. Para estes
casos, é necessário aquecer o fluido para diminuir a sua consistência e,
para tal, existem modelos específicos que oferecem esta possibilidade.
Novembro 2000
72
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T4 – PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO DE ALTO
3 de 3
VOLUME E DE BAIXA PRESSÃO (HVLP)
INDICADORES ECONÓMICOS
• Custo aproximado de uma pistola de baixa pressão: 100 contos;
• Custo aproximado de um sistema com turbina: 200 - 250 contos;
• Período de retorno do investimento: n.d.;
Fonte: fabricante de sistemas de acabamento;
Fonte bibliográfica: PPRC (Pacific Northwest Pollution Prevention Resource Center) – Wood
Furniture Manufacturing Compliance and Pollution Prevention Workbook – EUA, 1998.
OBSERVAÇÕES
• Ver estudos de caso 1, 2 e 3.
n.d.: não disponível.
Novembro 2000
73
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7.2.5 PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO DE ALTA PRESSÃO, SEM AR (AIRLESS)
T5 – PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
1 de 3
DE ALTA PRESSÃO, SEM AR (AIRLESS)
DESCRIÇÃO
É um sistema que permite aplicar produtos de revestimento a alta pressão, sem
ar (Airless) de atomização. A tinta ou outra substância é bombeada a alta
pressão ao longo de uma mangueira até à pistola de pulverização. O produto de
revestimento atravessa um pequeno orifício na extremidade da pistola,
designado por bico de pulverização, onde ocorre a fragmentação em pequenas
partículas (atomização).
A principal diferença em relação às pistolas de pulverização convencionais é
precisamente a forma como o revestimento é atomizado. Nos sistemas
convencionais, a atomização do produto de revestimento ocorre devido à
utilização de ar comprimido a altas pressões.
Os sistemas de alta pressão são constituidos por uma bomba, mangueira e
pistola e podem ser automáticos ou manuais.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aumentar a eficiência de aplicação;
•
Redução dos resíduos;
•
Diminuição do consumo de solventes orgânicos de limpeza.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Diminuição dos resíduos de velaturas, tintas, lacas e vernizes em relação
aos sistemas convencionais: 10-15%.
Novembro 2000
74
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T5 – PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
2 de 3
DE ALTA PRESSÃO, SEM AR (AIRLESS)
VIABILIDADE TÉCNICA
Devido às altas pressões envolvidas, estas pistolas apresentam débitos elevados, o
que as torna particularmente adequadas para revestir superfícies muito extensas e
em linhas de produção de elevada velocidade
Geralmente as pistolas de alta pressão não conferem um acabamento de alta
qualidade, mas os elevados débitos que possibilitam torna-as adequadas em
situações onde a rapidez é mais importante do que a qualidade do acabamento.
VANTAGENS EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS CONVENCIONAIS
!
!
Débitos elevados;
Menor efeito de espalhamento (overspray) devido à inexistência de ar
comprimido;
!
!
Maior eficiência de transferência e consequente redução de resíduos;
Com uma única passagem pode aplicar-se uma demão mais espessa de tinta
devido aos elevados débitos;
!
Produtos de alta viscosidade podem ser atomizados sem a adição de solventes
dispendiosos;
!
As pistolas são mais fáceis de serem manuseadas e a mobilidade do operador é
maior devido ao facto de não existir uma linha de ar de atomização;
!
Grandes comprimentos das mangueiras (50 ou 100 m).
DESVANTAGENS EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS CONVENCIONAIS
"
"
Necessidade de formação de pessoal;
Devido à alta pressão, existe o risco do operador sofrer danos corporais
ocasionados pela penetração do fluido de revestimento na pele pelo que, esta
tecnologia deve ser utilizada exclusivamente por profissionais bem treinados;
"
Quanto maior for a pressão utilizada, maiores serão os custos com a
manutenção preventiva porque o material está sujeito a um desgaste maior;
"
A qualidade do acabamento é inferior porque não permite a fragmentação do
revestimento em partículas muito finas;
"
O elevado débido de aplicação requer especial atenção aos escorrimentos.
Novembro 2000
75
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
T5 – PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
3 de 3
DE ALTA PRESSÃO, SEM AR (AIRLESS)
INDICADORES ECONÓMICOS
• Custo aproximado de uma pistola de alta pressão: 60 contos.
• Custo aproximado da bomba hidráulica: 500 - 800 contos.
• Período de retorno do investimento: n.d.
Fonte bibliográfica: PPRC (Pacific Northwest Pollution Prevention Resource Center) – Wood
Furniture Manufacturing Compliance and Pollution Prevention Workbook – EUA, 1998.
n.d.: não disponível.
Novembro 2000
76
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
7.2.6 PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO AIR-ASSISTED AIRLESS
T6 – PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
1 de 2
AIR-ASSISTED AIRLESS
DESCRIÇÃO
É um compromisso entre a pulverização com ar comprimido (convencional) e a
pulverização a alta pressão (Airless), em que o ar é utilizado na atomização do
fluido de revestimento. A pressão do fluido é superior à do sistema
convencional e inferior à do sistema de alta pressão. Por outro lado, a pressão
do ar é inferior à do sistema convencional.
Estas características resultam numa fragmentação em partículas muito finas,
num acabamento de qualidade próxima à do sistema convencional e numa
maior eficiência.
As pistolas podem ser manuais ou automáticas.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aumentar a eficiência de aplicação;
•
Redução dos resíduos;
•
Diminuição do consumo de solventes orgânicos de limpeza.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Diminuição de resíduos de velaturas, tintas, lacas e vernizes em relação
aos sistemas convencionais: 10-15%.
VIABILIDADE TÉCNICA
Esta tecnologia pode ser a opção mais apropriada para aplicar produtos de
acabamento em peças de madeira. No entanto, os resultados obtidos com a
aplicação de velaturas não são tão favoráveis.
VANTAGENS EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS CONVENCIONAIS
!
Maior eficiência de transferência;
!
Redução de resíduos;
!
Possibilidade de aplicação de fluidos de revestimento com viscosidades
muito diferentes devido à maior atomização;
!
Menor efeito de espalhamento (overspray).
Novembro 2000
77
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
T6 – PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
2 de 2
AIR-ASSISTED AIRLESS
DESVANTAGENS EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS CONVENCIONAIS
"
Necessidade
de
formação
e
treino
dos
operadores
de
pistolas
de
pulverização;
"
Devido à maior pressão do fluido de revestimento, o risco do operador
sofrer danos coporais ocasionados pela penetração do fluido na pele é
maior.
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Custo aproximado de uma pistola Air.assisted airless: 120 - 150 contos.
•
Custo aproximado da bomba hidráulica: 500 - 800 contos.
•
Período de retorno do investimento: n.d.
Fonte bibliográfica: PPRC (Pacific Northwest Pollution Prevention Resource Center) – Wood
Furniture Manufacturing Compliance and Pollution Prevention Workbook – EUA, 1998.
OBSERVAÇÕES
•
Ver estudo de caso 14.
Novembro 2000
78
PNAPRI
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7.2.7 PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO ELECTROESTÁTICAS
T7 – PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
ELECTROESTÁTICAS
1 de 2
DESCRIÇÃO
Aplicação de produtos líquidos de revestimento com carga eléctrica negativa,
sobre superfícies de madeira com carga eléctrica positiva.
Se a humidade da madeira for adequada a peça pode ser revestida
electroestaticamente, tornando-se desnecessário qualquer tratamento prévio.
Sendo um processo de atracção electroestática, os resíduos associados à
pulverização são minimizados.
As pistolas electroestáticas podem ser manuais ou automáticas e são uitilizadas
principalmente para aplicação do revestimento de cadeiras e armários.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aumentar a eficiência de transferência;
•
Redução dos resíduos de matéria prima;
•
Diminuição do consumo de solventes orgânicos de limpeza.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Diminuição dos resíduos de velaturas, tintas, lacas e vernizes em relação
aos sistemas convencionais: 35%.
VIABILIDADE TÉCNICA
O sistema electroestático pode ser utilizado em todos os processos de aplicação
de produtos de revestimento por pulverização, desde que se cumpram as
seguintes condições:
• fragmentação do fluido em pequenas gotículas (excepto pintura a pó);
• aplicação de uma carga eléctrica ás gotículas do produto de revestimento;
• criação de um campo de forças eléctricas que permita a atracção
electrostática entre o produto de revestimento e a peça.
Todas as gotículas nas condições anteriores, que passem nas proximidades da
peça, serão atraídas por esta. Este facto torna possível a redução do tempo de
aplicação e a economia de produto de revestimento.
A pistola, a bomba de alimentação do produto, o compressor, o objecto a
pintar, o recipiente de recolha do excedente resultante da lavagem da pistola
com diluente e todos os objectos condutores de electricidade, situados na área
de pulverização, devem estar ligados à terra.
Novembro 2000
79
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
T7 – PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
2 de 2
ELECTROESTÁTICAS
VANTAGENS EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS CONVENCIONAIS
!
Superior Eficiência de transferência;
!
Maior uniformidade da espessura da camada de revestimento aplicada;
!
Melhor protecção/cobertura das arestas da peça;
!
Redução do tempo de aplicação do produto de revestimento;
!
Redução a um mínimo do efeito de espalhamento (overspray);
!
Atomização de excelente qualidade;
!
Economia significativa dos produtos de revestimento.
DESVANTAGENS EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS CONVENCIONAIS
"
Custo superior;
"
Dificuldade em aplicar produto de revestimento em peças com cavidades;
"
Necessidade de operadores qualificados para se obtenção do máximo
rendimento;
"
A alta viscosidade do tapa-poros não permite a sua aplicação com sistemas
electroestáticos;
"
O risco de ocorrência de choques eléctricos requer um cumprimento
absoluto das normas de segurança;
"
Pistolas de tamanho e peso superiores, tornando difícil o manuseamento de
determinados modelos. No entanto, os fabricantes têm orientado esforços
no sentido de melhorar a ergonomia das pistolas.
INDICADORES ECONÓMICOS
• Investimento: o investimento pressupôe a aquisição de um sistema
electroestático, o qual inclui uma pistola electroestática.
• Custo aproximado de uma pistola electroestática: 900 contos;
•
Período de retorno do investimento no sistema electroestático: 2 anos.
Fontes bibliográficas: 1 e 3.
OBSERVAÇÕES
•
Ver estudos de caso 4 e 5.
Novembro 2000
80
PNAPRI
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Figura 27: Instalação tipo de um sistema electroestático.
Fonte: catálogo de um fabricante de sistemas de acabamento.
Legenda:
A – Conduta principal de ar
M – Regulador de débito de produto
B – Electroválvula interligada aos exaustores
N – Conduta do produto
C – Válvula principal de ar
O – Filtro de ar
D – Filtro de ar
P – Válvula de passagem de ar
E – Válvula de passagem de ar
Q – Ligação da pistola à terra
F – Lubrificador
R – Mangueira com ligação à terra
G – Regulador de ar
S – Pistola electroestática
H – Bomba
T – Interruptor ON/OFF do efeito electroestático
J – Ligação à terra
U – Válvula de purga da conduta de ar
K – Filtro do produto
CC – Entrada de ar na pistola
L – Válvula de passagem do produto
DD – Entrada de produto na pistola
Novembro 2000
81
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7.2.8 SISTEMA DE PULVERIZAÇÃO UNICARB
T8 – SISTEMA DE PULVERIZAÇÃO UNICARB
1 de 2
DESCRIÇÃO
É um sistema relativamente recente, desenvolvido e patenteado por uma
empresa canadiana no final da década de oitenta. Possibilita a substituição dos
diluentes por dióxido de carbono (CO2) comprimido, que se apresenta no
estado líquido. Quando o revestimento é aplicado por pulverização, ocorre a
descompressão do CO2 líquido, passando ao estado gasoso.
O dióxido de carbono líquido diminui a viscosidade e melhora a atomização do
produto usado como revestimento.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Substituição dos diluentes por dióxido de carbono líquido;
•
Diminuição do consumo de diluentes com a inerente redução dos custos
associados.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
O dióxido de carbono está naturalmente presente na atmosfera e não
apresenta a perigosidade nem a toxicidade dos solventes orgânicos.
VIABILIDADE TÉCNICA
Em 1991 esta tecnologia foi introduzida nos EUA como uma nova tecnologia de
prevenção da poluição, tendo sido testada em diversos sistemas de aplicação
de produtos de acabamento.
O sistema em estudo apresenta uma eficiência superior e menores custos de
manutenção relativamente ao sistema convencional de pulverização com ar
comprimido, aos sistemas do tipo Airless e ao sistema HVLP.
Os sistemas de pulverização manuais, automáticos e electrostáticos permitem a
utilização da tecnologia UNICARB. A mistura produto de revestimento/CO2
líquido é aplicada com uma pistola do tipo Airless.
Novembro 2000
82
PNAPRI
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T8– SISTEMA DE PULVERIZAÇÃO UNICARB
2 de 2
VIABILIDADE TÉCNICA
A flexibilidade dos sistemas e da tecnologia possibilita o uso de pistolas de
pulverização robotizadas.
Apesar das numerosas vantagens, alguns factores têm atrasado a rápida
aceitação do sistema UNICARB. A necessidade de treino específico dos
operadores e o tempo necessário para o desenvolvimento de novos produtos de
revestimento, são apontados como responsáveis pela lenta disseminação entre
os utilizadores industriais. Por outro lado, o facto do sistema ser pouco flexível
na transição entre diferentes cores torna-o, nesta altura, mais adequado em
aplicações de uma só cor.
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: 30 a 40 mil contos;
•
Período médio de retorno: n.d.;
Fonte: empresa fabricante e detentora da patente da tecnologia UNICARB.
Novembro 2000
83
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7.2.9 FILTROS METÁLICOS
T9 – FILTROS METÁLICOS
1 de 1
DESCRIÇÃO
Durante as operações de acabamentos nas cabines com cortina de água,
verifica-se que uma quantidade apreciável do material aplicado às peças de
madeira, que varia em função da eficiência de transferência dos sistemas de
pulverização, é fixada pela cortina de água (overspray).
Para reciclar a água das cabines é necessário remover o excedente de produto
acabamento e filtrar as partículas em suspensão. Para filtrar essas partículas é
possível utilizar filtros metálicos em substituição dos filtros de papel/cartão.
A possibilidade de reutilização dos filtros metálicos após limpeza confere-lhes
maior durabilidade.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Substituição dos filtros de papel/cartão que, dada a sua natureza, não
podem ser reutilizados.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Eliminação dos resíduos de filtros de papel/cartãousados. No entanto,
refira-se que os filtros metálicos, apesar de reutilizáveis, implicam a
formação de um resíduo líquido que não é mais do que o solvente usado
para a sua limpeza. Este, apesar de ser também passível de regeneração e
reutilização, conduzirá sempre à formação de uma lama (lama de
destilação).
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: n.d.
•
Período de retorno do investimento: n.d.
n.d.: não disponível
Novembro 2000
84
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7.2.10 APLICAÇÃO AUTOMATIZADA DE REVESTIMENTOS COM ROLOS
T10 – APLICAÇÃO AUTOMATIZADA DE
1 de 2
REVESTIMENTOS COM ROLOS
DESCRIÇÃO
É uma técnica utilizada para revestir peças rigorosamente planas de forma
automatizada. A peça de madeira a revestir é transportada até à zona situada
entre o rolo superior e inferior que, em resultado do contacto com a peça,
aplicam o material de revestimento simultaneamente em ambas as faces.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aplicação de vernizes e lacas em quantidades estritamente necessárias ao
acabamento de ambas as faces das peças planas;
•
Eliminação dos desperdícios associados aos sistemas de pulverização, que
em determinadas situações são utilizados para revestir peças planas, sem
comprometer os volumes de produção.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Redução dos desperdícios de tintas, lacas e vernizes em relação aos
sistemas de pulverização convencionais: aproximadamente 100%.
VIABILIDADE TÉCNICA
Alguns equipamentos permitem a utilização de lacas de base aquosa e a
secagem com radiação ultravioleta.
As principais limitações desta técnica residem no facto de poder ser utilizada
apenas
para
revestir
peças
rigorosamente
planas
sem
saliências
ou
reentrâncias não permitindo deste modo o revestimento de cantos e orifícios e
de proporcionar um acabamento de menor qualidade relativamente aos
sistemas de pulverização. No entanto, permitem a aplicação de fluidos com
elevado teor em sólidos que são difíceis de pulverizar.
Na maior parte dos equipamentos, o excesso de revestimento é recolhido e
reutilizado, o que se traduz em eficiências de tranferência de aproximadamente
100% (o desperdício de vernizes tintas e lacas é extremamente baixo).
Novembro 2000
85
PNAPRI
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T10 – APLICAÇÃO AUTOMATIZADA DE
2 de 2
REVESTIMENTOS COM ROLOS
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: n.d.
•
Período de retorno do investimento: n.d.
•
O equipamento automatizado é relativamente dispendioso mas, devido à
elevada eficiência de transferência, reduzida intervenção dos operadores e
aos grandes volumes de produção, obtêm-se consideráveis benefícios tanto
ao nível utilização dos fluidos de revestimento como das operações de
limpeza.
OBSERVAÇÕES
•
Ver estudos de caso 6 e 11.
n.d.: não disponível
Novembro 2000
86
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7.2.11 TINTAS E LACAS DE ORIGEM VEGETAL E MINERAL
T11 – TINTAS E LACAS DE ORIGEM
1 de 1
VEGETAL E MINERAL
DESCRIÇÃO
Matérias primas de origem vegetal e mineral (óleos extraídos de plantas, solventes
obtidos de determinadas plantações e pigmentos de origem mineral), sujeitas a
constante investigação, são utilizadas no fabrico de tintas de alta qualidade e de menor
toxicidade.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Substituição das tintas e lacas de base solvente constituidas por substâncias de
maior toxicidade provenientes da indústria petroquímica.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Redução de resíduos de tintas e lacas de base solvente: não quantificado;
•
Redução do consumo de solventes orgânicos: não quantificado.
VIABILIDADE TÉCNICA
A gama de produtos oferece a possibilidade de as tintas poderem ser utilizadas em
interiores e exteriores nomeadamente no revestimento de portas, janelas, mobiliário e
paredes.
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Custo aproximado: n.d.;
•
Período de retorno do investimento: n.d.
n.d.: não disponível
Figura 28: Tintas de origem vegetal
Fonte: catálogo de um fabricante
Novembro 2000
87
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7.2.12 DESTILADORES PARA RECUPERAÇÃO DE SOLVENTES ORGÂNICOS DE
LIMPEZA
T12 – DESTILADORES PARA RECUPERAÇÃO DE
1 de 3
SOLVENTES ORGÂNICOS DE LIMPEZA
DESCRIÇÃO
Permitem a recuperação de solventes orgânicos segundo o princípio da
destilação (evaporação/condensação).
Com o aquecimento do solvente contaminado proveniente das operações de
limpeza,
ocorre
a
evaporação
deste,
ficando
retidas
as
substâncias
contaminantes (lamas). O vapor é seguidamente condensado, obtendo-se
assim o solvente que poderá ser reutilizado com um grau de pureza de 99,5%.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Recuperação
e
reutilização dos solventes orgânicos
de
limpeza
do
equipamento;
•
Diminuição do consumo de solventes orgânicos.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Redução da quantidade de solventes orgânicos utilizados: 75 – 99%.
VIABILIDADE TÉCNICA
A recuperação de solventes orgânicos com pontos de ebulição entre 38 e 288ºC
é realizada em equipamentos relativamente simples, em modo manual ou
automático (com o respectivo sistema de controlo), somente aplicáveis a
solventes de limpeza.
Apesar de os sistemas de baixa capacidade serem, na maior parte das vezes,
do tipo manual, é prudente pensar na possibilidade de automatizar todo o
equipamento, tanto quanto possível. Isto assegura a diminuição dos custos de
operação e melhora a eficiência através da optimização da sequência de
operações.
Novembro 2000
88
PNAPRI
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T12 – DESTILADORES PARA RECUPERAÇÃO DE
2 de 3
SOLVENTES ORGÂNICOS DE LIMPEZA
VIABILIDADE TÉCNICA
Outra vantagem da automatização é a redução do tempo necessário para
manusear os solventes, melhorando assim a produtividade e a segurança dos
operadores. Por exemplo, se a alimentação for feita automaticamente a partir
de um tanque de grande capacidade, o tempo necessário para que o operador
acompanhe todo o processo de bombeamento do solvente contaminado pode
ser eliminado.
A automatização permite também a
manutenção
e paragem
diagnósticos
realizados
do
redução dos custos associados à
equipamento
regularmente
por
pelo
avaria
através
de
que,
convém
auto-
verificar
constantemente os indicadores do sistema de controlo.
Em qualquer circunstância o equipamento automatizado deve ser utilizado por
pessoal que conhece a forma como o sistema funciona e com capacidade
suficiente para introduzir modificações no software.
Outro factor a ter em atenção é o aquecimento do solvente, o qual deve ser
acompanhado de um arrefecimento adequado no condensador. Grandes
variações em torno do setpoint (valor de referência) podem provocar a
degradação de alguns compostos químicos por via térmica.
O agitador, a bomba de vácuo, e os sensores de temperatura do fluido de
aquecimento, das lamas e do vapor devem estar operacionais.
Segundo informação fornecida por empresas que comercializam este tipo de
equipamento,
é
possível
recuperar
até
99%
do
solvente
devendo-se
acrescentar 10% de produto novo para conferir as características iniciais ao
solvente.
Novembro 2000
89
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
T12 – DESTILADORES PARA RECUPERAÇÃO DE
3 de 3
SOLVENTES ORGÂNICOS DE LIMPEZA
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: 300 a 400 contos num destilador com ciclos de 25 litros;
•
Período médio de retorno do investimento: 6 a 12 meses para um
sistema automático em aço inoxidável 304 com capacidade compreendida
entre 95 e 530 litros de solvente recuperado por hora; (*)
Fonte: fabricantes de sistemas de recuperação de solventes orgânicos.
OBSERVAÇÕES
•
Ver estudo de caso 9.
(*): o caudal de solvente recuperado depende dos contaminantes e da natureza do próprio
solvente. Os caudais indicados referem-se ao Tolueno, Metiletilcetona e Acetona.
Figura 29: Destilador automático.
Figura 30: Solvente orgânico recuperado.
Fonte: catálogo de um fabricante.
Novembro 2000
Fonte: catálogo de um fabricante.
90
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7.2.13 DESENROLAMENTO COM CENTRALIZAÇÃO OPTIMIZADA DOS TOROS
T13 – DESENROLAMENTO COM CENTRALIZAÇÃO
1 de 1
OPTIMIZADA DOS TOROS
DESCRIÇÃO
A produção de folhas de madeira passa, em muitas situações, pelo corte com
lâmina de toros em rotação, sujeitos a cozimento prévio.
Um sistema com sete sensores laser permite maximizar a quantidade e o
tamanho das folhas, através da medição constante da superfície do toro à
medida que este gira em torno do eixo.
O computador calcula a posição que possibilita o máximo aproveitamento das
folhas de madeira com consequente redução de desperdícios. A correção da
posição é da ordem de ±0.1 mm. Assim, a maior precisão na centralização dos
toros traduz-se no aumento da produtividade, uma vez que as folhas de
madeira de tamanho mais reduzido resultantes de rupturas ocorridas durante o
próprio processo de desenrolamento, não necessitam de ser coladas entre si,
para resultarem em folhas de tamanho superior, com a consequente perda de
tempo e consumo de colas.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aumentar a quantidade de folhas de madeira obtidas a partir de cada toro;
•
Aumentar a produtividade;
•
Diminuição de desperdícios.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Diminuição de desperdícios de madeira: 10-15%.
VIABILIDADE TÉCNICA
Segundo informação fornecida por um fabricante deste tipo de equipamento, o
detector dos sensores apresenta baixa sensibilidade à luz ambiente de modo a
evitar interferências no processo de varrimento da superfície dos toros.
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: n.d.;
•
Período de retorno do investimento: n.d.
n.d.: não disponível.
Novembro 2000
91
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
Figura 31: Desenrolamento dos toros com centralização optimizada
Fonte: catálogo de um fabricante
7.2.14 CORTE OPTIMIZADO
1 de 2
T14 – CORTE OPTIMIZADO
DESCRIÇÃO
Máquinas
de
corte
transversal
e
longitudinal
com
controlo
numérico,
estabelecem o melhor plano de corte, de acordo com as dimensões e defeitos
da peça, permitindo um maior aproveitamento da madeira.
Os defeitos da madeira que devem ser eliminados pela máquina podem ser
marcados pelo operador ou por raios laser.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Optimizar o aproveitamento da madeira proveniente de cada toro;
•
Redução dos desperdícios de madeira (aparas, serradura).
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Percentagem de redução de aparas e serradura: 3-5%.
Novembro 2000
92
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
T14 – CORTE OPTIMIZADO
2 de 2
VIABILIDADE TÉCNICA
A análise e escolha da madeira é um dos aspectos mais importantes a ter em
conta numa serração, de modo a permitir o máximo rendimento a partir de
cada toro. É aqui que as tecnologias de medição com sensores laser
desempenham um papel crucial. Estes sistemas geram o perfil de cada toro,
registando cada irregularidade ao longo de todo o comprimento. Podem ser
registados cerca de 250 perfis num segundo, o que significa que em cada 12
mm é obtido um novo perfil a uma velocidade de 3 m/s.
Para maximizar os ganhos, o sistema tem em consideração o preço dos
diferentes tipos de madeira, o preço dos resíduos de madeira resultantes da
operação de corte, o tempo necessário para a reiniciação e os movimentos de
rotação e translação dos toros. Com base nestes factores, o computador
estabelece o plano de corte que maximiza o rendimento.
INDICADORES ECONÓMICOS
Corte longitudinal
•
Compra e instalação: 36 000 a 46 000 contos.
•
Período de retorno do investimento: n.d.;
Fonte: fabricante estrangeiro de equipamento de corte optimizado.
Corte transversal
•
Compra e instalação: 15 000 a 20 000 contos;
•
Período de retorno do investimento: n.d.;
Fonte: fabricante estrangeiro de equipamento de corte optimizado.
OBSERVAÇÕES
•
Ver estudo de caso 10.
n.d.: não disponível
Novembro 2000
93
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7.2.15 COLAS DE LENHINA
1 de 1
T15 – COLAS DE LENHINA
DESCRIÇÃO
É um tipo de cola que em certas situações poderá apresentar-se como
alternativa às colas com resinas de formaldeído utilizadas no subsector de
painéis e folheados.
A lenhina é um polímero aromático que entra na constituição da madeira
conjuntamente com a celulose e hemicelulose. A sua abundância torna-a
economicamente mais acessível do que as resinas de formaldeído e viabiliza a
sua utilização como matéria prima para o fabrico de colas para madeira.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Substituição das resinas de fenolformaldeído mais caras e com maior
toxicidade.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Redução dos resíduos de resinas de fenolformaldeído: 20-30%.
VIABILIDADE TÉCNICA
Até recentemente, não mais do que 20 a 30% das resinas de fenolformaldeído
podia ser substituida por lenhina porque o tempo de secagem aumentava com
a quantidade de lenhina. Outra das desvantagens das colas de lenhina é o seu
reduzido número de ligações cruzadas e força de ligação.
Contudo,
investigações
recentes
têm
permitido
melhorar
as
suas
características, bem como aumentar o conteúdo em lenhina e diminuir os
tempos de secagem.
INDICADORES ECONÓMICOS
O facto da lenhina ser economicamente mais favorável do que o fenol traduz-se
na prática como um incentivo.
Segundo informações fornecidas por um fabricante de colas para madeira, a
cola de lenhina não está actualmente disponível nos circuitos comerciais. No
entanto esta área tem merecido a atenção pelo que, recentemente, se iniciou a
exploração do potencial de utilização deste tipo de colas no subsector de
painéis de partículas e folheados.
Novembro 2000
94
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7.2.16 SECAGEM E ARMAZENAMENTO DA MADEIRA IMPREGNADA EM ÁREA
COBERTA
T16 – SECAGEM E ARMAZENAMENTO DA MADEIRA
1 de 1
IMPREGNADA EM ÁREA COBERTA
DESCRIÇÃO
É conveniente que a madeira impregnada permaneça cerca de um mês (período
de fixação) numa área coberta para evitar a lixiviação do produto de
preservação pela água das chuvas. A grande vantagem está na qualidade do
produto final, que apresenta maior durabilidade de preservação e na redução
da contaminação dos solos da área circundante.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aumento da durabilidade de preservação através da prevenção da lixiviação
da madeira preservada.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
• Redução da quantidade de agente preservador lixiviado pela água das
chuvas;
• Redução da contaminação dos solos da área circundante.
VIABILIDADE TÉCNICA
Informação não disponível.
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: n.d.
•
Período de retorno do investimento: n.d.
OBSERVAÇÕES
•
Ver estudo de caso 8.
n.d.: não disponível
Novembro 2000
95
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7.2.17 COBERTURA DA MADEIRA A IMPREGNAR
1 de 1
T17 – COBERTURA DA MADEIRA A PRESERVAR
DESCRIÇÃO
Esta medida visa sobretudo diminuir a quantidade de areia, poeiras e outras
partículas de sujidade que se podem acumular nos autoclaves e nos tanques de
armazenamento do agente preservador.
Quanto maior for a sujidade acumulada na madeira descascada que irá ser
impregnada, maior será a frequência com que se efectua a limpeza dos
sistemas de impregnação, com a consequente formação de efluentes.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Diminuir a sujidade que se acumula nas autoclaves e nos tanques de
impregnação;
•
Diminuição da frequência de lavagem das autoclaves e dos tanques;
•
Redução da quantidade de efluente resultante da lavagem das autoclaves e
dos tanques
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Redução do efluente resultante da limpeza do circuito de impregnação: não
quantificado.
VIABILIDADE TÉCNICA
Informação não disponível.
INDICADORES ECONÓMICOS
• Não foi disponibilizada qualquer informação referente aos indicadores
económicos desta medida de prevenção.
Novembro 2000
96
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
7.2.18 REDUÇÃO DA MALHA DO PENEIRO DE REJEIÇÃO DE FINOS DA ESTILHA
T18 – REDUÇÃO DA MALHA DO PENEIRO DE
1 de 1
REJEIÇÃO DE FINOS DA ESTILHA
DESCRIÇÃO
O destroçamento de rolarias previamente descascadas ou de costaneiras dá
origem a pequenas aparas de madeira que constituem a estilha, que é utilizada
no fabrico de painéis de fibras e de partículas de madeira.
Durante a crivagem da estilha ocorre a separação granulométrica dos finos que,
devido à sua dimensão e à abertura da malha, não podem ser utilizados para
esse fim.
A redução da malha do crivo inferior permite um maior aproveitamento dos
mesmos que se traduz num menor desperdício de matéria-prima.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Melhor aproveitamento dos finos da estilha no processo de fabrico;
•
Redução de custos com matérias primas.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Diminuição dos resíduos de estilha: 60%.
Fonte: estudo de caso correspondente a uma empresa nacional em actividade em Portugal.
VIABILIDADE TÉCNICA
Não foi disponibilizada qualquer informação referente à viabilidade técnica
desta tecnologia de prevenção.
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: 8 500 contos;
•
Período de retorno do investimento: 3 meses para uma capacidade
instalada de 2 ton/hora;
Fonte: estudo de caso correspondente a uma empresa nacional em actividade em Portugal.
OBSERVAÇÕES
•
Ver estudo de caso 13.
Novembro 2000
97
PNAPRI
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7.2.19 REUTILIZAÇÃO DAS ÁGUAS DE COZIMENTO DOS TOROS
T19 – REUTILIZAÇÃO DAS ÁGUAS DE COZIMENTO
1 de 2
DOS TOROS POR IMERSÃO
DESCRIÇÃO
A forma e o tempo de cozimento dos toros depende do tipo de madeira. Na
maior parte dos casos, o cozimento processa-se através do contacto com vapor
de água produzido pelo aquecimento da água nas serpentinas.
No entanto, determinados tipos de madeira (por exemplo a madeira de
eucalipto) necessitam de estar imersas em água para serem cozidas resultando
daí efluentes líquidos com elevada carga orgânica.
Nestes casos, é possível reduzir a quantidade do efluente através da construção
de um reservatório (que designaremos por reservatório X) com capacidade
suficiente para armazenar a água que resulta do cozimento por imersão e onde
possa ocorrer simultaneamente a filtração ou a decantação dos sólidos.
Vamos supor que se trata da madeira de eucalipto. Sempre que ocorra o
cozimento da madeira de eucalipto, o efluente resultante é transferido do
tanque de cozimento para o reservatório X onde é armazenado até ser
reutilizado no próximo cozimento. Entretanto, o cozimento das madeiras que
requerem contacto com vapor de água prossegue normalmente no tanque de
cozimento.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Redução do consumo de água;
•
Diminuição da quantidade de efluente líquido resultante do cozimento dos
toros por imersão.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Diminuição do consumo de água: n.d.;
•
Diminuição do efluente líquido do cozimento: n.d.
n.d.: não disponível.
Novembro 2000
98
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
T19 – REUTILIZAÇÃO DAS ÁGUAS DE
2 de 2
COZIMENTO DOS TOROS POR IMERSÃO
VIABILIDADE TÉCNICA
O calor da água armazenada no reservatório X pode ser aproveitado para
aquecer a água utilizada para outros fins, através da colocação de serpentinas
nas paredes e no fundo do reservatório.
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: n.d.;
•
Período de retorno do investimento: n.d.
n.d.: não disponível
Novembro 2000
99
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
7.2.20 FORMAÇÃO DOS OPERADORES DE PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
T20 – FORMAÇÃO DOS OPERADORES DE
1 de 2
PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
DESCRIÇÃO
A pulverização como técnica de aplicação de revestimentos é justificada, em
larga medida, pela aparência do produto final.
Os operadores das pistolas, normalmente situados em frente a uma cortina de
água, aplicam o revestimento sequencialmente a uma linha de produtos
idênticos.
O que se verifica na prática é que, em muitas situações, a forma como o
produto de revestimento é aplicado não é a mais correcta, levando a grandes
desperdícios de verniz, tintas, lacas etc., à formação de grandes quantidades
de lamas bem como a repetidas operações de limpeza do equipamento com
consequente consumo acrescido de solventes orgânicos.
O domínio correcto da aplicação de revestimentos é seguramente um dos
aspectos mais importantes a ter em conta na minimização de resíduos e na
poupança
de
produto
de
revestimento.
Neste
aspecto,
os
fabricantes/vendedores de sistemas de aplicação por pulverização podem
desempenhar um papel extremamente importante, através da realização de
acções de formação, o que se traduz posteriormente em benefícios económicos
para a empresa.
Se não forem utilizadas as técnicas correctas, não adianta investir em sistemas
de elevada eficiência. Um operador devidamente treinado pode melhorar
significativamente
a
eficiência
sem
a
necessidade
de
substituição
de
equipamento.
Práticas incorrectas, tais como seja criar uma nuvem excessiva de produto de
revestimento durante a aplicação para dar a impressão de eficiência e rapidez
devem ser evitadas.
A forma correcta de aplicação resulta do compromisso entre as características
do sistema de pulverização e do produto aplicado, a forma da peça a revestir e
a qualidade do produto final.
Novembro 2000
100
PNAPRI
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T20 – FORMAÇÃO DOS OPERADORES DE PISTOLAS
2 de 2
DE PULVERIZAÇÃO
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Redução de desperdícios de fluidos de revestimento;
•
Redução do consumo de solventes orgânicos.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Redução de desperdícios de fluidos de revestimento: 8 – 10%.
VIABILIDADE ECONÓMICA
Face à importância atribuida a esta medida de prevenção de resíduos, a
estimativa de redução de 8 a 10% pode, à primeira vista, parecer muito baixa.
No entanto, tendo em atenção a
grande quantidade de produtos de
acabamento e de solventes orgânicos utilizados, facilmente se conclui que a
sua implementação é extremamente importante.
OBSERVAÇÕES
•
Ver estudo de caso 7.
Novembro 2000
101
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7.2.21 CORTE FINO
1 de 2
T21 – CORTE FINO
DESCRIÇÃO
São utilizados no corte de pranchões de madeira. As lâminas funcionam em
simultâneo com movimento alternado, permitindo obter várias folhas ou
pranchas de madeira de espessura variável, com variadas aplicações nos
subsectores do mobiliário e parqueteria.
A quantidade de serradura que se forma depende directamente da espessura
das lâminas.
Os sistemas de corte fino mais recentes com lâminas extremamente finas (em
alguns casos com espessura inferior a 1,25 mm) permitem, com grande
precisão, a obtenção de um maior número de pranchas e folhas e uma
diminuição da quantidade de serradura.
A grande precisão do corte assegura que as pranchas e as folhas tenham a
espessura correcta e que o número de rejeitados seja menor.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aumento do número de pranchas, tábuas ou folhas de madeira com
determinada espessura que se pode obter de cada pranchão;
•
Diminuição da quantidade de serradura.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
•
Diminuição da quantidade de serradura: n.d.
VIABILIDADE TÉCNICA
Um sistema automático de cilindros pneumáticos encaminham os pranchões de
madeira em direcção às lâminas. Esses cilindros funcionam independentemente
um do outro pelo que se podem processar em simultâneo, peças de madeira
com diferentes dimensões.
A
intervalos
regulares,
um
lubrificante
é
pulverizado
para
prevenir
a
acumulação de serradura nas lâminas. Como consequência, o atrito diminui e o
tempo de vida útil das lâminas aumenta.
Quanto à manutenção, é de salientar que a substituição de uma lâmina não
requer a desmontagem do conjunto completo de lâminas.
Novembro 2000
102
PNAPRI
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T21 – CORTE FINO
2 de 2
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: n.d.;
•
Período de retorno do investimento: n.d.;
n.d.: não disponível
Figura 32: Equipamento para corte fino.
Fonte: catálogo de um fabricante.
Novembro 2000
103
PNAPRI
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7.2.22 FLOWCOAT
T22 - FLOWCOAT
1 de 1
DESCRIÇÃO
Esta tecnologia de aplicação de revestimentos ou velaturas já é bem conhecida
para aplicação de primários, produtos de protecção e velaturas. Recentemente,
com a utilização de vernizes de base aquosa, preparados especialmente para
este sistema, já é possível a aplicação de todas as camadas incluindo a camada
final (topcoat). Do ponto de vista prático funciona como uma imersão, mas sem
necessidade de um volume correspondente à dimensão da peça. Trata-se da
projecção de um leque de líquido por vários bicos injectores, sendo o excesso
recolhido num tanque e rebombeado para os bicos injectores.
OBJECTIVOS DA SUA APLICAÇÃO
•
Aproveitamento quase total de vernizes e velaturas de base aquosa;
•
Elevada penetração na madeira;
•
Elevada espessura de filme de protecção.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
• Percentagem de aproveitamento de vernizes e velaturas de base aquosa: 90%.
• Produtos utilizados têm baixo teor de solventes orgânicos voláteis.
VIABILIDADE TÉCNICA
Aplicável em peças complexas de grandes dimensões e aproximadamente
planas como portas, janelas, pré-fabricados de carpintaria etc.
Uma vez que os fluidos de revestimento utilizados são de base aquosa, a
limpeza do equipamento é mais simples.
INDICADORES ECONÓMICOS
•
Investimento: cerca de 27 000 contos para um sistema com capacidade
para envernizar 200 a 600 portas ou janelas por dia;
•
Período de retorno do investimento: n.d.;
Fonte: empresa fabricante do equipamento.
n.d.: não disponível
Novembro 2000
104
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Figura 33: Projecção em leque do
Figura 34: Bicos injectores do
sistema Flowcoat.
sistema Flowcoat.
Figura 35: Secagem de peças revestidas pelo processo Flowcoat.
Novembro 2000
105
PNAPRI
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7.3 ESTIMATIVAS
DE
REDUÇÃO
DE
DESPERDÍCIOS
E
ATRACTIVIDADE
DO
INVESTIMENTO
No
Quadro
22
seguinte
faz-se
a
síntese
das
diferentes
medidas/tecnologias
correlacionadas com os diferentes subsectores em que se aplicam, a estimativa de
redução para os resíduos que previnem e o correspondente período de retorno do
investimento efectuado para maior facilidade de leitura.
Quadro 22: Estimativa
de
redução
e
período
de
retorno
do
investimento
das
medidas/tecnologias de prevenção.
Estimativa de
redução
(%)
Período de
retorno
(anos)
Madeira
empenada
n.d.
n.d.
Prensa de briquetes
Mobiliário,
serração,
carpintaria,
parqueteria e
impregnação
Aparas
Serradura
Retestos
Outros resíduos
de madeira
n.d.
1
T3
Finger Jointing
Serração
Resíduos de
madeira
3
Ver estudo de
caso 12
T4
Pistolas de pulverização
HVLP
Mobiliário,
carpintaria,
parqueteria
Resíduos de
velaturas
28
Ver estudos
de caso 1, 2 e
3
T5
Pistolas de pulverização
de alta pressão
(Airless)
Mobiliário,
carpintaria,
parqueteria
Resíduos de
velaturas
10-15
1
T6
Pistolas de pulverização
Air-assisted airless
Mobiliário,
carpintaria,
parqueteria
Resíduos de
velaturas
10-15
1
T7
Pistolas de pulverização
electroestáticas
Mobiliário,
carpintaria
Resíduos de
velaturas,
vernizes, tintas
e lacas
35
2
T8
Sistema de
pulverização UNICARB
Mobiliário,
carpintaria
--
--
1
T9
Filtros metálicos
Mobiliário,
carpintaria
Filtros de
papel/cartão
usados
n.d.
n.d.
Aplicação automatizada
de vernizes e lacas com
rolos
Mobiliário,
carpintaria,
parqueteria
Resíduos de
vernizes e lacas
Aprox. 100
2
Ref.
Medidas/Tecnologias
de Prevenção
T1
Secadores com controlo
computorizado
Mobiliário,
serração,
carpintaria,
parqueteria
T2
T10
Subsectores em
que se aplicam
Resíduos que
previnem
n.d.: não disponível.
Novembro 2000
106
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
Quadro 22 (Cont.):
Estimativa de redução e período de retorno do investimento das
medidas/tecnologias de prevenção.
Estimativa de
redução
(%)
Período de
retorno
(anos)
n.d.
n.d.
Solventes
orgânicos
usados
75-99
1
Painéis e folheados
Resíduos de
madeira
10-15
n.d.
Sistemas de corte
optimizado com
sensores laser
Serração
Serradura
Aparas
3-5
Ver estudo de
caso 10
T15
Colas de lenhina
Painéis e folheados
Resíduos de
resinas de
formaldeído
20-30 de
resinas de
formaldeído
n.d.
T16
Secagem e
armazenamento da
madeira impregnada
em área coberta
Serração,
impregnação
Agentes
preservadores
lixiviados
Ver estudo de
caso 8
Ver estudo de
caso 8
T17
Cobertura da madeira a
preservar
Serração,
impregnação
Lamas do
tanque de
impregnação
n.d.
n.d.
T18
Redução da malha do
peneiro de rejeição de
finos da estilha
Painéis
Finos da estilha
Ver estudo de
caso 13
Ver estudo de
caso 13
T19
Reutilização das águas
de cozimento dos toros
Painéis e folheados
Efluente líquido
do cozimento
n.d.
n.d.
T120
Formação dos
operadores de pistolas
de pulverização
Mobiliário,
carpintaria,
parqueteria
Resíduos de
velaturas
8-10
n.d.
T21
Corte fino
Mobiliário,
parqueteria
Serradura
n.d.
0,5-2
T22
Flowcoat
Carpintaria
Resíduos de
vernizes e
velaturas de
base aquosa
--
n.d.
Ref.
Medidas/Tecnologias
de Prevenção
Subsectores em
que se aplicam
Resíduos que
previnem
T11
Tintas e lacas de
origem vegetal e
mineral
Mobiliário,
carpintaria
Resíduos de
tintas e lacas
de base
solvente
T12
Destiladores para
recuperação dos
solventes de limpeza
Mobiliário,
carpintaria,
parqueteria,
painéis e folheados
T13
Desenrolamento com
centralização
optimizada dos toros
T14
n.d.: não disponível.
Novembro 2000
107
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8. ESTUDOS DE CASO
No Quadro 23 apresenta-se resumidamente os casos de estudo, que de seguida serão
descritos, para cada uma das medidas/tecnologias identificadas.
Quadro 23: Identificação dos casos de estudo para cada uma das tecnologias correspondentes.
Ref.
Medidas/Tecnologias de Prevenção
Casos de estudo
T1
Secadores com controlo computorizado
--
T2
Prensa de briquetes
--
T3
Finger Jointing
12
T4
Pistolas de pulverização HVLP
T5
Pistolas de pulverização de alta pressão (Airless)
--
T6
Pistolas de pulverização Air-assisted airless
14
T7
Pistolas de pulverização electroestáticas
T8
Sistema de pulverização UNICARB
--
T9
Filtros metálicos
--
1, 2, 3
4, 5
T10
Aplicação automatizada de vernizes e lacas com rolos
T11
Tintas e lacas de origem vegetal e mineral
--
T12
Destiladores para recuperação dos solventes de limpeza
9
T13
Desenrolamento com centralização optimizada dos toros
--
T14
Sistemas de corte optimizado com sensores laser
10
T15
Colas de lenhina
--
T16
Secagem e armazenamento da madeira impregnada em área
coberta
6, 11
8
T17
Cobertura da madeira a preservar
--
T18
Redução da malha do peneiro de rejeição de finos da estilha
13
T19
Reutilização das águas de cozimento dos toros
--
Formação dos operadores de pistolas de pulverização
7
T21
Corte fino
--
T22
Flowcoat
--
T120
Novembro 2000
108
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.1 ESTUDO DE CASO 1: SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO AIRLESS
POR PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO DE BAIXA PRESSÃO
(HVLP)
ESTUDO DE CASO 1
1 de 3
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO AIRLESS
POR PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO HVLP
PAÍS
•
Estados Unidos da América.
SECTORES DE ACTIVIDADE
•
Mobiliário e Impregnação de Madeiras (mobiliário para quartos e estruturas
em madeira para centros de diversão).
NÚMERO DE TRABALHADORES
•
120
TECNOLOGIA SUBSTITUIDA
Pistolas de pulverização Airless. Com a tecnologia Airless o fluido utilizado como
revestimento é aplicado a altas pressões, ao contrário dos sistemas HVLP que
recorrem à utilização de uma corrente de ar de alto débito e baixa pressão
responsável pela atomização do fluido de revestimento.
O sistema Airless é rápido e pode ser ideal para aplicar flluidos muito viscosos e
no revestimento de superfícies muito extensas, mas geralmente não produz
acabamentos de alta qualidade. Além disso, a eficiência de transferência é de
50-60% o que significa que apenas 50 a 60% do fluido aplicado adere às peças
de madeira.
TECNOLOGIA ADOPTADA
Sistema de pistolas de pulverização HVLP que, devido à baixa pressão do ar,
permite eficiências de transferência significativamentes superiores e apreciáveis
reduções do excedente de revestimento (overspray).
O facto da nova tecnologia não permitir grandes ritmos de produção não teve
qualquer influência na decisão final porque, para a empresa, o acabamento final
tem mais importância que a rapidez de aplicação.
Novembro 2000
109
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ESTUDO DE CASO 1
2 de 3
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
AIRLESS POR PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO HVLP
INVESTIMENTO
•
36 contos no modelo economicamente mais acessivel (pistola, mangueira e
vaso). O investimento inicial excluiu a aquisição de um compressor porque
optou-se pela utilização de um dos compressores existentes nas instalações
fabris. (*)
REDUÇÃO DE CUSTOS DE OPERAÇÃO
•
Diminuição dos custos associados à limpeza das cabines com cortina de
água de aproximadamente 790 contos/ano;
•
A limpeza das cabines que era efectuada com uma periodicidade mensal
passou a efectuar-se de quatro em quatro meses.
REDUÇÃO DO CONSUMO DE MATÉRIAS PRIMAS
•
Redução de 2 772 contos/ano no consumo de velaturas. Com o sistema
Airless eram consumidas anualmente 8 480 litros de velaturas que
correspondiam a 5 148 contos. Com o novo sistema, o consumo anual de
velaturas baixou para 4 183 litros (2 376 contos)
REDUÇÃO DE CUSTOS DE DEPOSIÇÃO
•
Os custos de deposição foram reduzidos em 535 contos/ano devido à
menor quantidade de desperdícios de vedantes gerados pelo sistema HVLP.
REDUÇÃO DE CUSTOS TOTAIS
•
Custos de operação + Custos do consumo de velaturas + Custos de
deposição: 4 097 contos/ano.
PERÍODO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
•
Inferior a 1 mês.
(*): não foi mencionado o número de pistolas adquiridas.
Novembro 2000
110
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ESTUDO DE CASO 1
3 de 3
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
AIRLESS POR PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO HVLP
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS
•
Redução do consumo de matérias primas;
•
Imagem positiva transmitida para o exterior;
•
Melhoria do acabamento;
•
Menor exposição dos trabalhadores a produtos tóxicos.
OBSTÁCULOS
•
Formação e treino dos operadores. Contudo, os sistemas HVLP não
permitem altos ritmos de produção;
•
Determinados tipos de lacas não são adequados à aplicação com sistemas
HVLP.
ANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA NOVA TECNOLOGIA
•
1996
FACTORES QUE MOTIVARAM A OPÇÃO PELA NOVA TECNOLOGIA
•
Redução dos custos com matérias primas;
•
Redução de desperdícios.
CHAVE PARA O SUCESSO COM A IMPLEMENTAÇÃO DA NOVA TECNOLOGIA
•
Experiência com diferentes sistemas de pulverização e os fluidos de
revestimento.
FONTE
•
Colorado Pollution Prevention Forum (http://www.sni.net/light/p3/index.html).
Novembro 2000
111
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.2 ESTUDO DE CASO 2: SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS CONVENCIONAIS DE
PULVERIZAÇÃO POR PISTOLAS HVLP
ESTUDO DE CASO 2
1 de 2
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS CONVENCIONAIS DE
PULVERIZAÇÃO POR PISTOLAS HVLP
PAÍS
•
Estados Unidos da América.
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Fabricação de Mobiliário de Madeira.
TECNOLOGIA SUBSTITUIDA
Pistolas convencionais de pulverização que não estavam a cumprir as
regulamentações ambientais devido à elevada quantidade de desperdícios.
TECNOLOGIA ADOPTADA
A empresa resolveu testar a viabilidade dos sistemas HVLP uma vez que os
sistemas convencionais não estavam a cumprir as regulamentações ambientais.
Após terem sido testados diversos sistemas, a escolha recaiu sobre aquelas que
apresentavam uma pressão de aplicação de 0,5 a 0,7 bar.
A formação dos operadores de pistolas de pulverização passou a ser uma
realidade com o objectivo de melhorar a eficiência das aplicações.
Esta empresa utiliza pistolas HVLP para aplicar lacas e velaturas em cadeiras e
bancos em três das suas fábricas.
A empresa utiliza o sistema HVLP para aplicar lacas, vedantes e velaturas.
INVESTIMENTO
•
Compra e instalação: 70 a 100 contos por pistola.
REDUÇÃO DE CUSTOS COM MATÉRIAS PRIMAS
•
A empresa prevê economizar cerca de 24 000 contos/ano no consumo de
matérias primas.
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS
•
Redução de 13 a 15% do consumo de matérias primas;
•
Aumento da eficiência e aperfeiçoamento da qualidade do produto final sem
comprometer os volumes de produção.
Novembro 2000
112
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ESTUDO DE CASO 2
2 de 2
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS CONVENCIONAIS DE
PULVERIZAÇÃO POR PISTOLAS HVLP
PERÍODO MÉDIO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
•
3,5 meses.
FONTES
•
U.S. Environmental Protection Agency (EPA), Office of Compliance – Profile
of the Wood Furniture and Fixtures Industry – EUA, Setembro de
1995.
•
Lauranne J. Bailey, David S. Liebl, Eugene M. Wengert, University of
Wisconsin-Extension Solid and Hazardous Waste Education Centre (SHWEC)
–
Wood
Products
Value-Added
Manufacturing
and
Finishing:
Efficiency, Waste Reduction and Regulations – 2ª Edição, EUA, Maio de
1998.
Novembro 2000
113
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.3 ESTUDO DE CASO 3: SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
AIR-ASSISTED AIRLESS POR PISTOLAS HVLP
ESTUDO DE CASO 3
1 de 2
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
AIR-ASSISTED AIRLESS POR PISTOLAS DE
PULVERIZAÇÃO HVLP
PAÍS
•
Estados Unidos da América.
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Fabricação de Mobiliário de Madeira (estantes para televisores).
TECNOLOGIA SUBSTITUIDA
Pistolas de pulverização do tipo Air-Assisted Airless com ar a uma pressão de
3,8 bar que eram utilizadas na pintura de estantes para televisores mas que,
neste caso concreto, originavam um considerável desperdício de tinta.
TECNOLOGIA ADOPTADA
Pistolas de pulverização HVLP. Com o objectivo de diminuir a quantidade de
resíduos resultante da utilização das pistolas Air-Assisted Airless a empresa
resolveu avaliar o sucesso dos sistemas HVLP de alto volume e baixa pressão.
A empresa testou quatro tipos de pistolas na aplicação de velaturas e de tinta
preta de base aquosa e o equipamento fornecido por um dos fabricantes
permitiu obter uma camada de revestimento muito mais consistente.
INVESTIMENTO
•
Custo do projecto: 4 200 contos.
REDUÇÃO DO CONSUMO DE MATÉRIAS PRIMAS
•
Redução do consumo de velaturas: 35 a 65% (dependendo do tipo de
velatura);
•
Redução do consumo de tinta preta de base aquosa: 53%.
Novembro 2000
114
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ESTUDO DE CASO 3
2 de 2
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
AIR- ASSISTED AIRLESS POR PISTOLAS DE
PULVERIZAÇÃO HVLP
REDUÇÃO DE CUSTOS
•
A empresa prevê reduzir os custos em cerca de 27 200 contos/ano;
•
A redução de custos associada à diminuição do desperdício de tinta não foi
quantificado mas o quantitativo de resíduos provenientes das operações de
limpeza diminuiu consideravelmente.
PERÍODO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
•
2 meses.
FONTES
•
U.S. Environmental Protection Agency (EPA), Office of Compliance –
Profile of the Wood Furniture and Fixtures Industry – EUA, Setembro
de 1995.
•
PPRC (Pacific Northwest Pollution Prevention Resource Center) – Wood
Furniture
Manufacturing
Compliance
and
Pollution
Prevention
Workbook – EUA, 1998.
Novembro 2000
115
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.4 ESTUDO DE CASO 4: SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS CONVENCIONAIS DE
PULVERIZAÇÃO
POR
PISTOLAS
DE
PULVERIZAÇÃO
AIRLESS
ELECTROESTÁTICAS
ESTUDO DE CASO 4
1 de 2
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS CONVENCIONAIS DE
PULVERIZAÇÃO POR PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
AIRLESS ELECTROESTÁTICAS
PAÍS
•
Estados Unidos da América.
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Fabricação de Mobiliário de Madeira.
TECNOLOGIA SUBSTITUIDA
Pistolas convencionais de pulverização. Em resultado da baixa eficiência de
transferência (20%) dos sistemas convencionais, verificou-se que o desperdício
ocorrido na linha de acabamentos de cadeiras era de 80%.
TECNOLOGIA ADOPTADA
Pistolas de pulverização Airless electroestáticas de utilização manual num total
de cinco unidades. Com a nova tecnologia, a empresa pretendia reduzir o
desperdício de fluido utilizado nos revestimentos.
As paredes da cabine encontram-se ligadas à terra para permitir a atracção
electrostática do excesso de revestimento impedindo que haja uma acumulação
excessiva de sujidade na área circundante.
INVESTIMENTO
•
Não foi mencionado.
REDUÇÃO DO CONSUMO DE MATÉRIAS PRIMAS
•
30-40%. As maiores poupanças ocorreram na linha de aplicação de
velaturas, onde as perdas por escorrimento ocorridas durante a secagem
eram consideravelmente inferiores, devido à natureza electroestática do
novo processo. Para compensar as perdas eram aplicadas por imersão cerca
de 340 g de velaturas por cadeira. A nova tecnologia requer, para a mesma
situação, apenas 85 g.
Novembro 2000
116
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ESTUDO DE CASO 4
2 de 2
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS CONVENCIONAIS DE
PULVERIZAÇÃO POR PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
AIRLESS ELECTROESTÁTICAS
PERÍODO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
•
1 ano.
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS
•
Aumento da eficiência;
•
Redução dos resíduos de velaturas por escorrimento;
•
Substituição da limpeza diária pela limpeza semanal da cabine com cortina
de água.
OBSTÁCULOS
•
Humidade;
•
Alto preço dos fluidos de revestimento.
ANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA NOVA TECNOLOGIA
•
1979
FONTE
•
PPRC (Pacific Northwest Pollution Prevention Resource Center) –
Wood
Furniture
Manufacturing
Compliance
and
Pollution
Prevention
Workbook – EUA, 1998.
Novembro 2000
117
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.5 ESTUDO DE CASO 5: SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS CONVENCIONAIS DE
PULVERIZAÇÃO POR PISTOLAS ELECTROESTÁTICAS AUTOMATIZADAS
ESTUDO DE CASO 5
1 de 1
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS CONVENCIONAIS DE
PULVERIZAÇÃO POR PISTOLAS ELECTROESTÁTICAS
AUTOMATIZADAS
PAÍS
•
Estados Unidos da América.
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Carpintaria (fabricante de molduras).
TECNOLOGIA SUBSTITUIDA
Pistolas convencionais de pulverização para aplicação de revestimentos de base
aquosa.
TECNOLOGIA ADOPTADA
Pistolas
de
pulverização
electroestáticas
automatizadas
para
aplicação
de
revestimentos de base aquosa em molduras.
O novo sistema inclui uma linha transportadora, uma cortina de luz fotosensível que
fornece as dimensões da peça às pistolas de pulverização, pistolas de pulverização
para adicionar água de modo a aumentar a humidade das peças de madeira e
melhorar
a
sua
condutividade,
um
forno
de
infravermelhos
e
o
sistema
electrostático propriamente dito.
INVESTIMENTO
•
Não foi mencionado.
•
Eficiência de transferência aumentou 30-35%;
•
Diminuição de desperdícios de matéria prima.
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS
ANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA NOVA TECNOLOGIA
•
1979
•
Lauranne J. Bailey, David S. Liebl, Eugene M. Wengert, University of
FONTE
Wisconsin-Extension Solid and Hazardous Waste Education Centre (SHWEC)
–
Wood
Products
Value-Added
Manufacturing
and
Finishing:
Efficiency, Waste Reduction and Regulations – 2ª Edição, EUA, Maio de
1998.
Novembro 2000
118
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.6 ESTUDO DE CASO 6: SISTEMA AUTOMÁTICO DE PINTURA COM ROLOS
ESTUDO DE CASO 6
1 de 1
SISTEMA AUTOMÁTICO DE PINTURA COM ROLOS
PAÍS
•
Estados Unidos da América.
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Não foi mencionado.
TECNOLOGIA ADOPTADA
•
Sistema automático de pintura com rolos. Para aumentar a produtividade e
manter a qualidade do produto final, esta empresa optou pela pintura
automatizada com rolos das peças rigorosamente planas bem como pela
utilização de uma tinta com alto teor em sólidos.
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS
•
Redução de 30-50% de produtos rejeitados;
•
Diminuição
do
consumo
de
tinta
devido
à
elevada
eficiência
de
transferência e à utilização de uma tinta com alto teor em sólidos.
ANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA NOVA TECNOLOGIA
•
1985
FONTE
•
Lauranne J. Bailey, David S. Liebl, Eugene M. Wengert, University of
Wisconsin-Extension Solid and Hazardous Waste Education Centre
(SHWEC) – Wood Products Value-Added Manufacturing and Finishing:
Efficiency, Waste Reduction and Regulations – 2ª Edição, EUA, Maio de
1998.
Novembro 2000
119
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.7 ESTUDO DE CASO 7: FORMAÇÃO DOS OPERADORES DE PISTOLAS DE
PULVERIZAÇÃO
ESTUDO DE CASO 7
1 de 2
FORMAÇÃO DOS OPERADORES DE PISTOLAS DE
PULVERIZAÇÃO
PAÍS
•
Estados Unidos da América.
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Fabricação de Mobiliário de Madeira (Mobiliário para quartos e para salas de
jantar).
MEDIDA ADOPTADA
Formação dos operadores de pistolas de pulverização. A empresa possui um
programa de formação para operadores de pistolas de pulverização que utiliza
a gravação em vídeo como ferramenta para o aperfeiçoamento das técnicas de
manuseamento das pistolas. O programa é constituido basicamente por três
fases:
1. Filmagem dos operadores durante o desempenho das suas actividades
normais;
2. Os operadores em grupos de três, juntamente com os seus supervisores e
pessoal técnico, observam o conteúdo das gravações durante uma hora com
a intenção de identificar e melhorar as situações menos correctas;
3. Os operadores são novamente filmados podendo posteriormente comparar
o desempenho de ambas as situações com o objectivo de identificar e
melhorar as práticas menos correctas.
A acção de formação é levada a cabo duas vezes por ano e os fornecedores do
equipamento providenciam a assistência técnica.
REDUÇÃO DO CONSUMO DE MATÉRIAS PRIMAS
•
8-10% de fluidos de revestimento.
Novembro 2000
120
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ESTUDO DE CASO 7
2 de 2
FORMAÇÃO DOS OPERADORES DE PISTOLAS DE
PULVERIZAÇÃO
REDUÇÃO DE CUSTOS
•
Como resultado da diminuição do consumo de matérias primas, a empresa
prevê ecomizar anualmente entre 9 900 a 13 900 contos.
FONTE
•
Lauranne J. Bailey, David S. Liebl, Eugene M. Wengert, University of
Wisconsin-Extension Solid and Hazardous Waste Education Centre
(SHWEC) – Wood Products Value-Added Manufacturing and Finishing:
Efficiency, Waste Reduction and Regulations – 2ª Edição, EUA, Maio de
1998.
Novembro 2000
121
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.8 ESTUDO DE CASO 8: SECAGEM E ARMAZENAMENTO DA MADEIRA IMPREGNADA
EM ÁREA COBERTA
ESTUDO DE CASO 8
1 de 2
SECAGEM E ARMAZENAMENTO DA MADEIRA
IMPREGNADA EM ÁREA COBERTA
PAÍS
•
Estados Unidos da América.
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Impregnação de Madeiras.
NÚMERO DE TRABALHADORES
•
20
CENÁRIO ORIGINAL
A empresa preservava a madeira com uma solução aquosa de sais de crómio,
cobre e arsénio (CCA). Os resíduos perigosos resultavam do contacto do agente
preservador com poeiras, aparas de madeira, areias e outras partículas de
sujidade, devido ao reduzido tempo de secagem no interior do sistema de
impregnação que não permitia o escorrimento adequado.
MEDIDA ADOPTADA
A intenção de aplicar os CCA de modo a minimizar as suas perdas, tornou-se
uma realidade quando ficou decidido que a madeira deveria permanecer no
interior do sistema de tratamento o tempo suficiente de modo a assegurar o
escorrimento adequado. A utilização de uma bomba de vácuo reforçava a sua
secagem.
Desta forma, a solução de sais metálicos permanece no sistema de tratamento
e reduz-se o contacto com a área circundante.
Para incentivar os trabalhadores a cumprirem o tempo de secagem, a empresa
adoptou o sistema de remuneração à hora em substituição da remuneração em
função da quantidade de madeira tratada.
Após o tratamento, a madeira passou a ser armazenada numa área coberta
para prevenir a lixiviação pelas águas das chuvas.
Novembro 2000
122
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ESTUDO DE CASO 8
2 de 2
SECAGEM E ARMAZENAMENTO DA MADEIRA
IMPREGNADA EM ÁREA COBERTA
INVESTIMENTO
•
Não foi mencionado.
REDUÇÃO DE CUSTOS
•
Redução de custos de deposição: 410 contos em dois anos (de 1987 a
1989 houve um redução de 80% no quantitativo de resíduos perigosos).
•
Redução de custos de transporte: não foi mencionado. Embora os tempos
de secagem sejam maiores, a madeira tratada pesa menos o que tornou
possível o transporte de maior número de peças tratadas em cada camião.
PERÍODO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
•
A empresa prevê que o custo da bomba de vácuo, do tecto da área de
armazenamento da madeira preservada e do aumento do tempo de
secagem seja amortizado em 5 anos com a redução de custos de
deposição.
ANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA NOVA TECNOLOGIA
•
1987
FONTE
•
U.S. Environmental Protection Agency (EPA), Office of Compliance –
Profile of the Lumber and Wood Products Industry – EUA, Setembro
de 1995.
Novembro 2000
123
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.9 ESTUDO DE CASO 9: DESTILADOR PARA RECUPERAÇÃO DE SOLVENTES
ORGÂNICOS DE LIMPEZA
ESTUDO DE CASO 9
1 de 1
DESTILADOR PARA RECUPERAÇÃO DE SOLVENTES
ORGÂNICOS DE LIMPEZA
PAÍS
•
Portugal
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Fabricação de Mobiliário de Madeira.
TECNOLOGIA ADOPTADA
•
Destilador para recuperação da acetona.
CAPACIDADE INSTALADA
•
660 litros/mês.
INVESTIMENTO
•
2 000 contos.
CUSTOS DE OPERAÇÃO
•
850$00/hora.
PERÍODO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
•
5 anos.
ANO DE AQUISIÇÃO
•
1996
REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS
•
440 litros de solvente usado/mês.
FONTE
•
Empresa portuguesa em actividade em Portugal.
Novembro 2000
124
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.10 ESTUDO DE CASO 10: CORTE OPTIMIZADO DE RIPAS
ESTUDO DE CASO 10
1 de 1
CORTE OPTIMIZADO DE RIPAS
PAÍS
•
Portugal
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Fabricação de Mobiliário de Madeira.
TECNOLOGIA ADOPTADA
Equipamento de corte optimizado de ripas.
CAPACIDADE INSTALADA
•
900 metros lineares/hora.
INVESTIMENTO
•
25 000 contos.
CUSTOS DE OPERAÇÃO
•
3 500$00/hora.
PERÍODO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
•
5 anos.
REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS
•
Não foi mencionado.
ANO DE AQUISIÇÃO
•
1999
FONTE
•
Empresa portuguesa em actividade em Portugal.
Novembro 2000
125
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.11 ESTUDO DE CASO 11: APLICAÇÃO AUTOMÁTICA DE VERNIZ E COR COM ROLOS
ESTUDO DE CASO 11
1 de 1
APLICAÇÃO AUTOMÁTICA DE VERNIZ E COR COM
ROLOS
PAÍS
•
Portugal
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Fabricação de Mobiliário de Madeira.
TECNOLOGIA ADOPTADA
•
Equipamento para aplicação automatizada de verniz e cor com rolos.
CAPACIDADE INSTALADA
•
2
200 m /hora.
INVESTIMENTO
•
50 000 contos.
CUSTOS DE OPERAÇÃO
•
3 500$00/hora.
PERÍODO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
•
5 anos.
REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS
•
Devido à elevada taxa de eficiência de transferência, os fluidos de
revestimento são consumidos quase na totalidade.
ANO DE AQUISIÇÃO
•
1993
FONTE
•
Empresa portuguesa em actividade em Portugal.
Novembro 2000
126
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.12 ESTUDO DE CASO 12: FINGER JOINTING
ESTUDO DE CASO 12
1 de 1
FINGER JOINTING
PAÍS
•
Portugal
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Fabricação de Mobiliário de Madeira.
TECNOLOGIA ADOPTADA
•
Equipamento para Finger Jointing.
CAPACIDADE INSTALADA
•
3
100 m /mês.
INVESTIMENTO
•
30 000 contos.
CUSTOS DE OPERAÇÃO
•
1 000$00/hora.
PERÍODO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
•
5 anos.
REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS DE MADEIRA
•
3
100 m /mês.
ANO DE AQUISIÇÃO
•
1999
FONTE
•
Empresa portuguesa em actividade em Portugal.
Novembro 2000
127
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.13 ESTUDO DE CASO 13: REDUÇÃO DA MALHA DO PENEIRO DE REJEIÇÃO DE
FINOS DA ESTILHA
ESTUDO DE CASO 13
1 de 1
REDUÇÃO DA MALHA DO PENEIRO DE REJEIÇÃO DE
FINOS DA ESTILHA
PAÍS
•
Portugal
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Fabricação Painéis de Fibras e de Partículas de Madeira.
TECNOLOGIA ADOPTADA
•
Peneiro de rejeição de finos da estilha com menor abertura da malha.
CAPACIDADE INSTALADA
•
2 ton/hora.
INVESTIMENTO
•
8 500 contos.
REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS DE MADEIRA
•
30 ton/dia.
PERÍODO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
•
3 meses.
ANO DE AQUISIÇÃO
•
1999
FONTE
•
Empresa portuguesa em actividade em Portugal.
Novembro 2000
128
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
8.14 ESTUDO DE CASO 14: SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
CONVENCIONAIS POR PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO AIR-ASSISTED AIRLESS
ESTUDO DE CASO 14
1 de 2
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
CONVENCIONAIS POR PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO AIRASSISTED AIRLESS
PAÍS
•
Estados Unidos da América.
SECTOR DE ACTIVIDADE
•
Carpintaria
NÚMERO DE TRABALHADORES
•
35
TECNOLOGIA SUBSTITUIDA
Pistolas convencionais de pulverização com ar comprimido. O alto débito de ar
provocava a secagem das gotas de tinta antes de atingirem a superfície da peça
de madeira e aumentava o refluxo e a quantidade de desperdícios. A eficiência
de transferência verificada era de 25-30%.
TECNOLOGIA ADOPTADA
Pistolas de pulverização Air-assisted airless. Combinam a pressão do ar e a
pressão do fluido de revestimento por forma a fragmentar o fluido em gotas
muito pequenas com uma eficiência superior. Possuem uma eficiência de
transferência de 50-60%.
INVESTIMENTO
•
665 contos (inclui uma pistola, uma bomba de 208 litros com agitador e
cobertura).
REDUÇÃO DE CUSTOS COM MATÉRIAS PRIMAS
•
Redução de custos com matérias primas: são inferiores devido à maior
eficiência de transferência mas não foram quantificado;
REDUÇÃO DE CUSTOS DE DEPOSIÇÃO
•
Os custos de deposição são semelhantes aos verificados no cenário original
mas não foi mencionado o quantitativo.
Novembro 2000
129
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ESTUDO DE CASO 14
2 de 2
SUBSTITUIÇÃO DAS PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO
CONVENCIONAIS POR PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO AIRASSISTED AIRLESS
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS
•
Redução de desperdícios;
•
Redução de custos com matérias primas;
•
O acabamento é de qualidade semelhante ou superior ao do sistema
convencional;
•
Volumes de produção superiores devido à alta eficiência de transferência e
ao maior débito de fluido.
OBSTÁCULOS
•
Componentes mecânicos em maior número requerem mais manutenção;
•
Treino dos operadores;
•
A tecnologia Air-assisted airless não é compatível com alguns revestimentos
com alto teor em sólidos;
•
Investimento inicial superior.
DATA DE IMPLEMENTAÇÃO DA NOVA TECNOLOGIA
•
1996
RAZÕES QUE LEVARAM À IMPLEMENTAÇÃO DA NOVA TECNOLOGIA
•
Redução de custos com matérias primas;
•
Necessidade de equipamento com melhores características para satisfazer
as exigências do mercado.
CHAVE PARA O SUCESSO COM A ADOPÇÃO DA NOVA TECNOLOGIA
•
Informação recolhida de jornais e de fornecedores de equipamento;
•
Treino dos operadores. A perícia e a habilidade dos operadores são factores
extremamente importantes quando se pretende que a eficiência das
operações de acabamento por pulverização seja alta.
FONTE
•
Colorado Pollution Prevention Forum (http://www.sni.net/light/p3/index.html).
Novembro 2000
130
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
BIBLIOGRAFIA
1. U.S. Environmental Protection Agency (EPA), Office of Compliance – Profile of the
Wood Furniture and Fixtures Industry – EUA, Setembro de 1995.
2. U.S. Environmental Protection Agency (EPA), Office of Compliance – Profile of the
Lumber and Wood Products Industry – EUA, Setembro de 1995.
3. PPRC (Pacific Northwest Pollution Prevention Resource Center) – Wood Furniture
Manufacturing Compliance and Pollution Prevention Workbook – EUA,
1998.
4. UNEP (United Nations Environment Programme) – Environment Aspects of
Industrial Wood Preservation: a Technical Guide – 1ª Edição, 1994.
5. Lauranne J. Bailey, David S. Liebl, Eugene M. Wengert, University of WisconsinExtension Solid and Hazardous Waste Education Centre (SHWEC) – Wood
Products Value-Added Manufacturing and Finishing: Efficiency, Waste
Reduction and Regulations – 2ª Edição, EUA, Maio de 1998.
6. F. Rolin, Engenharia e Consultoria Industrial, S.A., Associação Industrial do Minho
(A.I.M.)
–
Estudo
sobre
a
aplicabilidade
das
novas
tecnologias
de
prensagem de peças curvas por alta frequência à Indústria do Mobiliário –
Portugal, Setembro de 1992.
7. Vitaliano
Costa
–
Manual
de
sistemas
e
técnicas
de
aplicação
de
revestimentos – Portugal, Agosto de 1999.
8. Laboratório Nacional de Engenharia Civil – Terminologia das Madeiras – Série B
Seccão 1, Lisboa, 1955.
9. Documentação anexa ao Contrato de Adaptação Ambiental.
Novembro 2000
131
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ANEXO I
LISTAGEM DE FABRICANTES/VENDEDORES DE
TECNOLOGIAS DE PREVENÇÃO DE RESÍDUOS
(Esta listagem não corresponde necessariamente à totalidade dos
fabricantes ou representantes de equipamento em Portugal)
Novembro 2000
132
PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
SECADORES COM CONTROLO COMPUTORIZADO
MÜHLBÖCK TIMBER-DRYING KILNS
SILVINO LINDO-INDÚSTRIA DE SECADORES DE
A-4906 Eberschwang 45
MADEIRA LDA
Tel. 0043 7753 2296-0
Rua Granja - Gandra
4580 PAREDES
Fax 0043 7753 3302
Tel.: 22 415 77 50
Email: [email protected]
Fax: 22 415 77 59
Internet: http://www.muehlboeck.co.at
Email: [email protected]
FINGER JOINTING
GREENWELD NORTH AMERICA CO.
GRECON DIMTER
5700 SW Reservoir Avenue
Hannoversche Strasse 58
Corvallis, Oregon 97333
D-31061 Alfeld-Hannover
Tel. 541 758 1023
Tel.: 05181/939-0
Fax 541 754 6134
Fax: 05181/939-225
Email: [email protected]
Email: [email protected]
Internet: http://www.greenweld.com
Email:[email protected]
Internet: http://www.grecon-dimter.de/
SPANEVELLO
HOLYTEK INDUSTRIAL CORP.
Via Vegri 51
9F-1,
36010 Zanè , Vicenza, Italy
Taichung, Taiwan
Tel. 039 0445 314989 – 314951
P.O. 35-96, TAIWAN, ROC
Fax. 039 0445 314958 – 314039
Tel.: 04 245281 (Rep)
Email: [email protected]
Fax: 886 4 2436928
Email: [email protected]
Email: [email protected]
Internet: http://www.spanevello.com
Internet: http://www.holytek.com.tw
PRENSA DE BRIQUETES
CORTE FINO
A. COSTA GROUP
WINTERSTEIGER GmbH
Via Monte Pasubio 150 – 36010
Dimmelstraβe 9
Zanè (Vicenza) Italy
A-4910 Ried/Innkreis
Tel. 0039 0445 804200
Tel.: +43 7752 9190
Fax 0039 0445 804290
Fax: +43 7752 91958
Email: [email protected]
Email: [email protected]
Email: [email protected]
Internet: http://www.wintersteiger.co.at
No.
400,
Sec.1,
Chang
Ping
RD.,
Internet: http://www.a.costagroup.com
Novembro 2000
133
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Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO DE BAIXA PRESSÃO (HVLP)
VITALIANO COSTA
PAINT & LACQUER COMPANY
Aceiro das Boiças
3 701 S. Santa Fe Drive
Quinta da Torre
Englewood, CO 80110
Cabanas
Tel. (303) 761-0743
2950-635 PALMELA
Tel.: 21 288 80 50
Fax: 21 288 80 59
Email: [email protected]
SISTEMAS DE PULVERIZAÇÃO ELECTROESTÁTICOS
ITW RANSBURG ELECTROSTATIC SYSTEMS
VITALIANO COSTA
(representada pela empresa UNISIDA)
Aceiro das Boiças
An Illinois ToolWorks company
Quinta da Torre
320 Phillips Avenue
Cabanas
Toledo, Ohio 43612
2950-635 PALMELA
Tel. 419/470-2000
Tel. 21 288 80 50/8
Fax 419/470-2270
Fax 21 288 80 59
Internet: http://www.itwransburg.com/
Email: [email protected]
NORDSON CANADA, LIMITED
UNISIDA GALVANOTÉCNICA LDA.
Rua Cidade de Tomar
Tel. 21 758 76 50 / 21 758 76 53
Fax 21 758 76 50
1211 Denison Street
Marhham, Ontário, L3R 4B3
Tel. (905) 475-6730
Fax (905) 475-8821
Email: [email protected]
Internet: http://www.nordson.ca
SISTEMA DE PULVERIZAÇÃO UNICARB
UNION CARBIDE CORPORATION
39 Old Ridgebury Road
Danbury, Conn. 06817-0001
Tel. (304) 747-3223 / (304) 747-3526
Fax (304) 747-3064
Email: homepage da empresa
Internet: http://www.unioncarbide.com
Novembro 2000
134
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Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
FILTROS METÁLICOS
ANDREAE FILTERS, INC.
ABB FLEXIBLE AUTOMATION INC.
PO Box 2538 Ardmore, Oklahoma 73402-2538
Paint Automation Group
Tel.: 1.800.891.9785
1250 Brown Rd.
Fax: 580.226.8189
Auburn Hills MI 48326
Email: [email protected]
Tel.: 248-391-9000
Email: [email protected]
Fax: 248-391-7390
Internet: http://www.andreaefilters.com/
Email: [email protected]
Internet: http://www.abb.com/us
AIR TECHNOLOGIES, INC.
th
MPF Engineered Filter Products
205 W. 17 St.
845 Main Street East, Unit 5
Ottawa KS 66067
Milton ON CANADA L9T 3Z3
Tel.: 800-624-8739
Tel.: 905/876-1113
Fax: 785-242-8700
Email: [email protected]
APLICAÇÃO AUTOMATIZADA DE REVESTIMENTOS COM ROLOS
ROBERT BÜRKLE GmbH
SECAMO-IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO DE MÁQUINAS
Stuttgarter Straβe 123
LDA
D-72250 Freudenstadt
Rua Bernardim Ribeiro 120-F
West Germany
4465-040 SÃO MAMEDE DE INFESTA
Tel.: 0049 07441 580
Tel.: 22 953 33 91
Fax: 0049 07441 7831
Email: [email protected]
Internet: http://www.buerkle-gmbh.de
DESTILADORES PARA RECUPERAÇÃO DE SOLVENTES ORGÂNICOS
VITALIANO COSTA
CB MILLS
Acero das Boiças
1300 Northwestern Ave.
Quinta da Torre
Gurnee, IL 60031-2348
Cabanas
Tel. (847) 662-4000
2950-635 PALMELA
Fax (847) 662 4003
Tel. 21 288 80 50
Email: [email protected]
Fax 21 288 80 59
Internet: http://www.cbmills.com
Email: [email protected]
Novembro 2000
135
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Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
DESENROLAMENTO COM CENTRALIZAÇÃO
TINTAS E LACAS DE ORIGEM
OPTIMIZADA DOS TOROS
VEGETAL E MINERAL
LMI MEASUREMENT & CONTROL
AURO NATURAL PAINTS
LMI Wood Products Division
AURO Pflanzenchemie AG
205 – 7088 Venture St.
Alte Frankfurter Straβe 211 38122
Delta, B.C. V3S 8B4
Braunschweig
Tel. +1-604-940 0141
P.O. Box 1238
Fax: +1-604-940 0793
D-38002 Braunschweig
E-mail: [email protected]
Tel. 0531 2 81 41 0
Internet: http://www.lmint.com
Fax. 0531 2 81 41 61
Email: [email protected]
Internet: http://www.auro.de
CORTE OPTIMIZADO
PAUL MASCHINENFABRIK GMBH & CO. (representada
MARJOS LDA. – EQUIPAMENTOS
pela empresa MARJOS, LDA.)
INDUSTRIAIS
Bahnhofstrasse 4, D-88525 Duermentingen
Estrada da Circunvalação 14069
Tel. 049 7371 5000
4100 PORTO
Fax 049 7371 6146
Tel. 22 619 94 50
Email: [email protected]
Fax 22 610 40 57
Internet: http://www.paul-d.com
FÁBRICA DE MAQUINAS JOCAR, LDA.
S. Bernardo - Apartado 6
3 800 AVEIRO
Tel.: 234 340 440
Fax: 234 341 747
Email: [email protected]
Internet: http://www.jocar-lda.com/
COLAS DE LENHINA
CRIVAGEM DA ESTILHA
WESTVACO
BEZNER MASCHINEN GmbH
Chemical Division Polychemicals Department
Holbeinstrasse 32
P.O. Box 70848
D-88212 Ranensburg
Charleston Heights, SC 29415 0848
Tel. 049(0) 751 3705-0
Tel. 843 740 2243
Fax 049(0) 751 3705-190
Fax 843 740 2147
Email: [email protected]
Email: [email protected]
Internet: http://www.westvaco.com
Novembro 2000
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PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO DE ALTA PRESSÃO (AIRLESS)
VITALIANO COSTA
NORDSON CANADA, LIMITED
Aceiro das Boiças
1211 Denison Street
Quinta da Torre
Marhham, Ontário, L3R 4B3
Cabanas
Tel. (905) 475-6730
2950-635 PALMELA
Fax (905) 475-8821
Tel. 21 288 80 50/8
Email: [email protected]
Fax 21 288 80 59
Internet: http://www.nordson.ca
Email: [email protected]
PISTOLAS DE PULVERIZAÇÃO AIR-ASSISTED AIRLESS
FLUID AIR SYSTEMS
NORDSON CANADA, LIMITED
3020 North Highway 85
1211 Denison Street
Castlerock, CO 80104
Marhham, Ontário, L3R 4B3
Tel.: (303) 814-0208
Tel. (905) 475-6730
Fax (905) 475-8821
Email: [email protected]
Internet: http://www.nordson.ca
FLOWCOAT
POLZER
MASCHINEN & ANLAGEN GMBH
Rehbergkuppe & Gewerbegebiet Rehberg
D-35745 MERBORN
Tel.: +2772/94940
Fax: +02772/9494-11
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LISTA GERAL DE ENTIDADES, INSTITUIÇÕES E ASSOCIAÇÕES
NACIONAIS E SECTORIAIS
Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território
http://ambiente.gov.pt
Direcção Geral do Ambiente
http://www.dga.min-amb.pt
Instituto dos Resíduos
http://www.inresiduos.pt
Direcção Geral da Indústria
http://www.dgi.min-economia.pt
POE – Programa Operacional da Economia
http://www.poe.min-economia.pt
INETI – Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial
http://www.ineti.pt
Associação Industrial Portuguesa
http://www.aip.pt
Associação de Empresários de Portugal
http://www.aeportugal.pt
Confederação da Indústria Portuguesa
Avenida 5 de Outubro 35, 1º
1 069 – 193 LISBOA
Tel. 21 316 47 00
Centro Tecnológico das Indústrias de Madeira e Mobiliário (CTIMM)
Santa Marta
4 580 – 493 LORDELO
Tel. 255 873 402
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Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP)
http://www.aimmp.pt/
Associação Industrial da Região de Viseu (AIRV)
Parque Industrial de Coimbrões – Ed. Expobeiras
3 500 VISEU
Tel.: 232 470 290
Fax: 232 470 299
Email: [email protected]
Associação Comercial e Industrial do Concelho de Paredes
Rua Dr José M Moreira 13
4 580-135 PAREDES
Tel.: 255 777 374
Fax: 255 777 023
Associação Industrial do Minho
Avenida Dr Francisco Pires Gonçalves 45 – Apartado 99
4 710-911 BRAGA
Tel.: 253 202 500
Fax: 253 276 601 / 253 613 383
Email: [email protected]
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Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
ANEXO II
LISTAGEM DAS EMPRESAS QUE
PREENCHERAM O QUESTIONÁRIO
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•
A. MAGALHÃES NOGUEIRA, LDA.
•
ALBERTO GASPAR – IND. C. MADEIRAS, S.A.
•
ANTÓNIO CONCEIÇÃO MÓRA BARRADAS
•
ANTÓNIO CARDOSO NUNES DA SILVA
•
ANTÓNIO FERNANDES DA SILVA FERREIRA
•
AURÉLIO LIMA VIEIRA & FILHOS, LDA.
•
BARQUINHA & OLIVEIRA, LDA.
•
CARPINTARIA BOTELHOS, LDA.
•
CASCA – SOCIEDADE DE REVESTIMENTOS, S.A.
•
CERNE - INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO, S.A.
•
COBIN – CONSTRUÇÃO DE BOBINES
•
COMOVAR – DESIGN DE COZINHAS; LDA.
•
DIOGO & SOBRINHOS, LDA.
•
GNEISSE – INDÚSTRIA DE COZINHAS, LDA.
•
INOVAÇÃO MÓVEIS – INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS, LDA.
•
INSERMAD – INDÚSTRIA DE SERRAÇÃO DE MADEIRAS, LDA.
•
JOAQUIM FERNANDES COELHO ALVES
•
JOSÉ DIAS, LDA.
•
LUÍS MARTINS CATARINO E FILHOS, LDA.
•
M. CARDOSO CORREIA & FILHOS, LDA.
•
MADIBÉRIA – TRANSFORMAÇÃO E COMÉRCIO DE MADEIRAS, LDA.
•
MANUEL DA SILVA SALA & FILHOS, LDA.
•
MANUEL DE CASTRO PEREIRA, LDA.
•
MANUEL CASIMIRO SOUSA COSTELHA
•
MANUEL GOMES PEREIRA & FILHOS, LDA.
•
MENESES MIRANDA, LDA.
•
MÁRIO NUNES DA FONSECA & FILHOS, LDA.
•
MOBISOUSA – CARPINTARIA MECÂNICA, LDA.
•
MOVIFAG – CARPINTARIA; LDA.
•
REVIMA – MADEIRAS E DERIVADOS, S.A.
•
SERAFIM BARROS BRANDÃO
•
SERRAÇÃO BAIRRISTA, LDA.
•
SIAF – SOCIEDADE DE INICIATIVA E APROVEITAMENTOS FLORESTAIS, S.A.
•
SILVA, MOREIRAS & Cª LDA.
•
SITACO- SOCIEDADE INDUSTRIAL DE TACOS DE CORUCHE, LDA.
•
SOCIEDADE DE MADEIRAS DO VOUGA, LDA.
•
SOPREM – SUL, COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE MADEIRAS, LDA.
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Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
FEIRAS E EXPOSIÇÕES
Não se pretende apresentar uma listagem exaustiva das feiras e exposições de
equipamento para trabalhar a madeira, que se realizam nos diversos países. Para isso,
poder-se-á consultar o seguinte site da Internet: http://www.expobase.com. O referido
site contém uma base da dados com informação pormenorizada sobre aproximadamete 17 000
feiras e exposições, respeitantes aos vários sectores industriais, que se realizam por todo o
mundo.
• LIGNA
PLUS
HANNOVER (Hanover, Alemanha)
Representante das Feiras de Hannover em Portugal:
Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã
Av. Da Liberdade, 38 – 2º
1 250 LISBOA
Tel.: 21 321 12 19
Fax. 21 346 71 50
Email: [email protected]
Internet: http://presse.messe.de
Internet: http://www.ligna99.de
• EXPONOR-FIMAP (Porto, Portugal)
• Ferrália (Porto, Portugal)
• FIMMA (Valência,Espanha)
• MADERALIA (Valência, Espanha)
• HOLZ-HANDWERK (Nuremberga, Alemanha)
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WEBSITES
United States Environmental Protection Agency (EPA)
http://www.epa.gov/
Colorado Pollution Prevention Forum
http://www.sni.net/light/p3/abtp2frm.htm
Pacific Northwest Pollution Prevention Resource Center (PPRC)
http://www.pprc.org/
Ozarks Regional Information Online Network, Inc. (ORION)
http://www.orion.org/
Enviro$en$e
http://es.epa.gov/
Joint Service Pollution Prevention Technical Library
http://enviro.nfesc.navy.mil/p2library/
American Export Register
http://www.aernet.com
Expobase – Exhibition and trade show database
http://www.expobase.com
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PNAPRI
Guia Técnico Sectorial – Indústria da Madeira e do Mobiliário
NOTA
A classificação CER usada neste trabalho, é a actualmente em vigor, que foi adoptada
pela Legislação Portuguesa através da Portaria 818/97 de 5 de Setembro, por
transposição da Decisão 94/3/CE do Comissão da Comunidade Europeia de 20 de
Dezembro de 1993.
Convém notar que, a nível da Comunidade Europeia, esta Decisão está a ser alvo de
revisão, prevendo-se a entrada em vigor da nova Decisão em final de 2001.
É ainda de notar que existem vários diplomas que concedem benefícios fiscais, de que
se destacam, para as empresas que realizem despesas em I&D (Decreto-Lei 292/97
de 22 de Outubro), e para as que invistam em equipamentos destinados a reduzir as
suas emissões poluentes, tanto gasosas como líquidas ou sólidas (Decreto-Lei 477/99
de 9 de Novembro, rectificado através da Declaração de Rectificação 4-B/2000 de 31
de Janeiro, e regulamentado através do Despacho2531/2000de 1 de Fevereiro e pela
Portaria 271-A/2000 de 18 de Maio).
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