março 2006 • ano 3 • nº 11
editorial
AxisMed cresce e investe em melhorias
“I
nformação é o primeiro passo para
a promoção da saúde; educação, o
passo seguinte”, afirma o médico Mario Ferreira Junior (foto), coordenador
do Centro de Promoção da Saúde do
Serviço de Clínica Geral do Hospital
das Clínicas e presidente da Associação
Brasileira de Promoção da Saúde.
O médico alerta, entretanto,
que nessa área é necessário
observar também outros
aspectos no paciente,
como estilo de vida, decisões pessoais e prazer.
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Renovação e investimento
Na condição de pioneira no
Brasil, a AxisMed está em constante
revisão de sua estrutura e reinveste Revista da Fundação Inst
ituto Miguel
seus recursos na própria empresa Calmon de Estudos Sociais e
Econômicos (edição 23)
e em treinamento. Tem sido assim
desde o início de nossas atividades. O resultado? Em 2005, a empresa duplicou a área instalada e o
efetivo de funcionários.
Para 2006, planejamos investimento contínuo. E
ainda: mais informações aos médicos de nossos pacientes; enfermeiras gestoras dispondo de mais ferramentas
de controle; e a empresa mais próxima da área médica
dos planos de saúde. É a nossa proposta: estar sempre
com você!
Fábio de Souza Abreu
Diretor-executivo da AxisMed
“No Brasil, 52 milhões
sofrem de dor crônica”
S
egundo o dr. João Augusto
Figueiró (foto), médico clínico
e psicoterapeuta, integrante do
Centro Multidisciplinar de Dor do
Hospital das Clínicas e coordenador
do Centro Multidisciplinar de Pesquisa e Tratamento da Dor,
essa estimativa envolve
crianças, adultos e idosos.
Veja entrevista com o dr.
Figueiró sobre os tipos
de dor e quando ela
pode ser considerada
crônica, entre outros
pontos.
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Messa
Promoção de saúde
exige ampla avaliação
necessidades e dos desafios de
nossos clientes.
Mauri
cio
AxisMed figurou entre as empresas que mais
cresceram em 2004, alcançando a 130ª posição
no ranking de 5.000 companhias, conforme a revista
Desempenho das Empresas. Foi de fato um ano histórico,
pois registramos um crescimento de 170%. Verificamos
também um aumento da confiança
do mercado. Para a empresa, entreA AxisMed faz a tanto, o que mais marcou naquele
diferença na vida período foi a demonstração de
das pessoas comprometimento de nossa equipe
que, diante de diversos desafios,
sempre acreditou que a AxisMed
faz a diferença na vida das pessoas e no sistema de
saúde existente.
A ano de 2005 foi especial. Crescemos e ficamos satisfeitos em praticamente alcançar a meta de
vidas assistidas em cinco anos. Para nós, diante de
uma conjuntura dos planos de saúde cada vez mais
complexa e difícil, esse desempenho indica que a
AxisMed representa parte importante da solução das
Fotos:
A
palavra de médico
“Dor tem diagnóstico em 100% dos casos”
Há vários tipos de dores agudas, sendo que uma parcela pode se tornar crônica. Embora algumas doenças
impliquem quadros dolorosos, há muito o que fazer para se amenizar ou curar a dor. Veja como na entrevista com o dr. João Augusto Figueiró, médico clínico e psicoterapeuta, integrante do Centro Multidisciplinar de
Dor do Hospital das Clínicas e coordenador do Centro Multidisciplinar de Pesquisa e Tratamento da Dor.
uais os tipos de dor?
Mauricio Messa
Q
No Brasil, as dores mais comuns são as seguintes:
do aparelho locomotor (dor nas costas, lombalgia); cefaléias (dores de cabeça como a enxaqueca); relacionadas
às articulações (artrite e artrose, por exemplo); causadas
pelo câncer; ligadas a traumas (ocupacionais ou acidentais – acidentes de automóveis ou com projéteis de armas
de fogo); por lesões do sistema nervoso ou neuropáticas;
relacionadas ao trabalho (por exemplo, Lesão por Esforço
Repetitivo – LER); ocasionadas por doenças metabólicas
(como diabetes e obesidade); ligadas à odontologia
(nos dentes, na boca, na língua, na mandíbula).
Quando a dor pode ser considerada crônica?
Dr. Figueiró: em alguns casos, exercícios na piscina
Quando afeta o indivíduo por mais de seis meses.
Ou, ainda, a que persiste mesmo depois que o problema que a originou foi resolvido – é o caso da dor que
surge após uma cirurgia e não “some”.
Estima-se que, no Brasil, 52 milhões de pessoas
sofram de dor, com maior prevalência na população
de idosos.
A dor crônica é eliminada em 30% dos casos e
pode ser atenuada de maneira significativa em 70%
deles. O importante é que, em 100% dos casos, a dor
pode ser diagnosticada.
Qual a importância de uma abordagem
multidisciplinar no tratamento da dor?
Isoladamente, os tratamentos da dor crônica, em
geral, têm baixa eficácia. Mas, se for possível aliar alternativas como acupuntura, medicamentos, fisioterapia
e apoio psicológico, obtém-se uma grande melhora,
quando não a cura. Outra razão é que a dor, principalmente a crônica, sempre tem várias causas, e estas
causas têm de ser abordadas de forma integrada.
Quais os prejuízos para quem sofre do problema?
São vários, desde afastamento do trabalho (na
forma de absenteísmo ou aposentadoria precoce) até
depressão. As pessoas que têm dor e não recebem o
tratamento adequado podem fazer uso abusivo de analgésicos, possibilitando o aparecimento
de complicações e efeitos adversos graves. Vale ressaltar, ainda, que a dor é a
forma mais intensa de estresse.
O monitoramento contribui para amenizar o
problema da dor crônica?
O trabalho da AxisMed é muito importante sob
diversos aspectos, desde o econômico até a melhora
da auto-estima do paciente que é acompanhado.
Identificadas as pessoas que sofrem de dor crônica, é
possível, com o monitoramento, promover uma melhor
assistência à sua saúde, com estratégias preventivas.
Livros do autor
“A Dor”, Editora Publifolha.
“Depressões”, Editora Atheneu.
“Dor”, Grupo Editorial Moreira Jr.
expediente
AxisMed
Conselho editorial: Álvaro Coutinho, Fábio Boihagian, Fábio de Souza Abreu, Flavio Artur e Silva, Heloísa Watanabe, Joel Rocha de Mello
Endereço: R. Tabapuã, 111 - 3º andar - Itaim Bibi - São Paulo - SP - 04533-010 - Tel.: 55 11 3707 3200 - Fax: 55 11 3078 7537
Repórter e jornalista responsável: Neila Mara Lopes - MTb 39.354 • Produção editorial: Terra Comunicação
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novos horizontes
Exemplo de amor à vida e disposição
A atividade física está presente no dia-a-dia de Catherine Josephine Cunningham, norte-americana que
vive no Brasil há mais de 50 anos. “O exercício faz parte do bem viver, para o corpo e para a mente”,
conta ela, que há poucos meses realizou seu sonho de saltar de pára-quedas.
F
portadora de hipertensão arterial controlada.
Alimentação balanceada e hábitos saudáveis
fazem parte do dia-a-dia da paciente. Mas destaque
mesmo é a atividade física. Com três filhos, dez netos
e uma bisneta, Catherine faz caminhadas, alongamento, hidroginástica e, quando possível, “algum esporte
radical”. “Sou realmente um pouquinho ativa”, brinca.
Sua aventura mais recente foi um salto de pára-quedas, em novembro do ano passado. Segundo ela, foi
a realização de um grande sonho.
Rosélia lembra que ao contar-lhe do salto, Catherine afirmou que as pessoas têm de lutar por seus
sonhos, não importando a idade que têm. “Para mim,
foi uma lição de vida”, diz a gestora de saúde.
Mauricio Messa
ilha de mãe costa-riquenha e pai norte-americano, Catherine Josephine Cunningham, que
também nasceu nos Estados Unidos, se diz “brasileira
de coração”. E o sentimento não é só em relação ao
país que adotou: “Eu adoro a vida”, diz ela.
Prestes a completar 74 anos de idade, Catherine
dá provas disso. “Nós achávamos que ela poderia ter
dificuldade no entendimento do programa de monitoramento, mas participativa que é, ela colabora bastante”,
diz sua gestora de saúde, Rosélia Lessa dos Santos.
“Eu acho o monitoramento fantástico. Com a
AxisMed eu sei que receberei a melhor assistência,
o melhor aconselhamento”, avalia Catherine, que é
A ginecologista e obstetra Lana Maria de
Aguiar é a médica responsável por Catherine.
“Ela é uma pessoa que ama a vida”, diz a dra.
Lana, diretora do Pronto-Socorro de Ginecologia do Hospital das Clínicas. Para ela,
programas de monitoramento e visitas
são sempre bem-vindos, pois mantêm
as pessoas alertas para eventuais
dificuldades e as ajudam a procurar
orientações. A dra. Lana acredita
que o paciente tem de ser o principal responsável por sua própria
saúde, pois “querer é poder”.
Arquivo pessoal
Catherine: tranqüila com a AxisMed;
e, abaixo, saltando de pára-quedas
relacionamento
Há cerca de 40 doenças provocadas ou agravadas pela exposição solar, desde uma simples vermelhidão até o câncer de pele.
A exposição ao sol pode intensificar o envelhecimento por alteração da composição química das fibras de colágeno. Por isso,
quem evita o sol rigorosamente poderá chegar aos 90 anos com uma pele livre de problemas causado pelas suas radiações.
Ao se expor ao sol, utilize filtro solar. Converse com sua gestora de saúde sobre esta e outras formas de proteção.
Água – saúde por dentro e por fora. Banhos refrescantes regulares auxiliam na regulação da temperatura corpórea em
climas quentes e mantêm a pele livre de microorganismos causadores de doenças. Beber bastante líquido fluidifica o
sangue, permitindo melhor irrigação e funcionamento da pele. Atenção com a qualidade da água: procure beber sempre
água potável, mineral e de procedência conhecida e tome cuidado com sucos feitos em local de higiene duvidosa.
Avaliação médica regular é imprescindível para manter sua saúde estável. Se ainda não encontrou o médico que o
atenda de acordo com suas expectativas, converse com sua gestora de saúde, que poderá ajudar na escolha de um
especialista. Fale com seu médico sobre o Programa de Monitoramento e, se ele tiver alguma dúvida ou quiser conhecer
mais, incentive-o a ligar para a nossa Central de Orientações.
3
Mauricio Messa
“Querer é poder”
qualidade de vida
Promoção de saúde: informação e educação
Para o dr. Mario Ferreira Junior, presidente da Associação Brasileira de Promoção de Saúde, não basta
informar, é preciso também mostrar o papel que diversos outros aspectos têm sobre a doença.
“E
ntendemos promoção de saúde como sendo a
capacitação das pessoas, das comunidades, da
sociedade em identificar quais são suas necessidades
e, de alguma forma, buscar melhorar essas condições
de saúde”, explica o dr. Mario Ferreira Junior, coordenador do Centro de Promoção da Saúde do Serviço
de Clínica Geral do Hospital das Clínicas. Ele exemplifica: “Se uma pessoa, para elevar o nível de sua
saúde, precisa mudar seu comportamento, ela deve
estar capacitada para promover essa mudança
e ter suficiente conhecimento do quanto
essa iniciativa poderá beneficiar sua
saúde”. O dr. Mario reforça que
tudo começa pela informação, mas ela por si só não
é suficiente, pois deve-se
considerar também estilo de
Dr. Mario Ferreira Junior
vida, decisões pessoais, prazer, os
comportamentos, enfim.
Fatores culturais
Mesmo com consciência
da necessidade da mudança,
muitas vezes os costumes familiares podem dificultar, exigindo um processo progressivo, com
metas negociadas por períodos mais longos.
Para o dr. Mario, a AxisMed faz um trabalho positivo, pois está na linha da capacitação, que é a base
da promoção de saúde. E ele reforça que a promoção
de saúde deve alertar para todo o universo ao redor do
paciente. Isto é, desde a influência do meio ambiente, o
seu próprio comportamento frente à doença, levandose em conta também as condições sociais em que a
pessoa vive, suas relações familiares e no trabalho.
perfil
O paciente também é responsável por sua saúde
“O
objetivo da AxisMed é manter no melhor nível
possível a qualidade de vida de seus pacientes”, afirma o dr. Álvaro Coutinho, presidente da AxisMed
Gestão Preventiva da Saúde. Esse enfoque também ajudou
a nortear toda a sua carreira de médico e administrador.
Formado há mais de 53 anos, dr. Coutinho encontra-se
em plena sintonia com o seu trabalho. Sempre foi assim.
“Se eu escolheria outra profissão? Nem pensar!”, comenta.
Afastado do que denomina “medicina diária, curativa”, e
dedicando-se totalmente à AxisMed, empreendimento na
área de saúde voltado ao monitoramento de pacientes
crônicos, o médico observa que está seguindo seu trabalho,
assegurando bem-estar a essas pessoas.
Para ilustrar o trabalho da AxisMed, ele destaca o
foco das monitoras de saúde, enfermeiras com experiência anterior em hospitais. “No ambiente hospitalar, elas
checam a temperatura e pressão arterial, realizam exames, aplicam injeções, fazem controles, além de manter
contatos com médicos e família do paciente. Isto é, quase
24 horas nessa dinâmica. Aqui na AxisMed, entretanto,
o foco é outro. Elas se inteiram das doenças de seus pa-
Fotos: Mauricio Messa
cientes e elaboram um programa de acompanhamento e
metas a serem atingidas, tudo em comum acordo e com
orientação do médico assistente de cada um, e, por meio
de um monitoramento sistemático, mantêm o paciente
equilibrado com seu quadro clínico, obtendo uma melhor
qualidade de vida”, explica o médico.
Os pacientes sentem-se seguros quando acompanhados tão de perto e acabam entendendo que são eles
mesmos os principais responsáveis
por sua saúde, o
que desencadeia
uma nova atitude.
“Apesar de tudo,
no monitoramento
das doenças crônicas, ainda estamos
no início”, comenta Dr. Coutinho: A AxisMed está ajudando a conso dr. Coutinho.
truir a nova cultura da promoção de saúde
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