Coplana - Coopecredi - Socicana
Dezembro 2004
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Índice
Publicação Institucional
Coplana
Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba
Coopecredi
Cooperativa Crédito Rural dos Plant. Cana da Zona Guariba
Socicana
Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba
Editorial ...............................................................
Comunicado
Diretoria Executiva
Diretor Presidente
Diretor Gerente
Diretor Secretário
Conselho Fiscal
Efetivos
- Coopecredi
Roberto Cestari
Ismael Perina Júnior
Raul Bauab Junior
Reforma Estatutária
Ezio Pereira
José Mauro Ferreira
Davi Garcia
Fabio Trevisoli
Airton José Rocca Fillho
Lauro Gonçalves de Souza
Aniversário Coopecredi
Expediente
Conselho de Administração - Coplana
Presidente
Roberto Cestari
Vice-Presidente
Paulo de Araújo Rodrigues
Secretário
Murilo Gerbasi Morelli
Ismael Perina Junior
Nivaldo Evaristo Davóglio
Luiz Joaquim Donegá
Conselho Fiscal
Efetivos
Delson Luiz Palazzo
Wilson Pires de Lemos
Walter Aparecido Luiz de Souza
Suplentes
José Erminio Gibertoni
Antoninho Penariol
Oswaldo Gazotto
Suplentes
Suplentes
Gestores da Coinbra-São Carlos realizam encontro
com fornecedores .......................................................
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Núcleos de Desenvolvimento
Representantes fazem balanço de 2004 ..........................
2004 - Coopecredi comemora 30 anos ...........................
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Destaque da Edição
Cooperado Francisco Zampieri ......................................
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Integração de Cooperados
Direção se reúne com produtores ..................................
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Certificação Internacional
Fazenda da Grama está apta para mercado europeu ..........
Euclides Américo Laguna
Francisco Antonio de Laurentiz Filho
Victor Magnani
Antonio Paulo Fonzar
Sebastião Gentil Basso
Adão dos Santos
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Balança Comercial
Resultados de outubro ................................................
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Demonstrativos Financeiros
Conselho Editorial
Roberto Cestari
Ismael Perina Junior
Paulo de Araújo Rodrigues
Antonio Carlos Pongitor
Silvio Borsari Filho
Revista Coplana
Editora e Jornalista Responsável:
Regiane Alves MTb 20.084
Fotos: Ewerton Eleutério, Regiane Alves, Pedro Sgarbosa e
Arquivo Coplana
Arte final e editoração eletrônica: Pedro A. Sgarbosa Departamento de Informática da Coplana
Produção: Wellington Rocha da Silva, Lívia Gomes do Horto
Redação e correspondência: Av. Antonio Albino, 1640 Guariba - SP
Tiragem: 3.000 exemplares
Publicação mensal.
Balancetes Coopecredi / Socicana .................................
Artigos assinados, citações e relatórios são de responsabilidade de seus autores.
Reunião Consecana .....................................................
Mercado de Cana ........................................................
Coplana - Coopecredi - Socicana
05
Agronegócio
AGE aprova reforma estatutária .....................................
Conselho de Administração - Socicana
Presidente
Roberto Cestari
Vice-Presidente
Ismael Perina Júnior
1º Secretário
Paulo de Araújo Rodrigues
2º Secretário
Murilo Gerbasi Morelli
1º Tesoureiro
Delson Luiz Palazzo
2º Tesoureiro
Mário Castilho
1º Vogal
Mário Whately
2º Vogal
Manoel da Silva Carneiro
Conselho Fiscal
Efetivos
Calcário ....................................................................
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Concurso Cultural
Diretor entrega prêmios a participantes .........................
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Responsabilidade Social
Apae - Informática abre janelas para alunos especiais .......
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Mundo Digital
Sites Coplana / Socicana .............................................
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Socicana
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Editorial
Prezado (a) Associado (a),
O ano de 2004 foi marcado por inúmeras conquistas de nossas entidades – Coplana, Socicana, Coopecredi – e do agronegócio brasileiro
como um todo. Está bastante claro que o setor
tem sido um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento econômico brasileiro.
Até mesmo os mais céticos começam a reconhecer a força da agricultura como impulsionadora
do país. O mundo volta os olhos para o Brasil,
porque lá fora, a percepção deste potencial foi
reconhecida há mais tempo.
Aqui dentro, temos um cenário de agricultura
competitiva, profissionais qualificados, tecnologia, potencial de expansão e condições de
clima e solo inigualáveis. Ao mesmo tempo, ainda esbarramos em falta de infra-estrutura, ou
falta de políticas mais específicas e claras para
o setor, maior incentivo à pesquisa, além de
organização da própria iniciativa privada que
precisa avançar neste aspecto.
As expectativas, porém, são positivas, o que
sempre aumenta a nossa responsabilidade. Temos que estar ainda mais atentos a cada iniciativa. O planejamento dos negócios torna-se uma
medida urgente. Temos que estudar e identificar hoje nossas metas para os próximos anos e
estabelecer critérios e estratégias para alcançálas. Não podemos permanecer no comportamento de “apagar incêndios”. Precisamos antecipar
os acontecimentos e estar preparados para cada
um deles.
Temos que nos capitalizar, obter o máximo de
informações antes de cada investimento, avaliar o nosso orçamento não só do mês, ou da
safra, mas das próximas safras. Temos que trabalhar com equipes competentes e nós mesmos
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temos que estar abertos para aprender todos
os dias, adquirir conhecimento.
Isso tudo pode ser resumido por gestão profissional. A mesma gestão que tornou possível a
nossas entidades avançar em 2004, já com planos para evoluções ainda maiores para os próximos anos.
A Coplana, a Socicana e a Coopecredi são entidades que dependem da participação de seus
associados. É o esforço conjunto que irá garantir a sustentabilidade, num mercado muito
mais competitivo do que já vimos até então. A
chamada economia global já está na nossa
porta. O tempo para percorrer a distância entre continentes é de apenas um instante. Por
isso, estar integrado ao sistema não é só benéfico, mas é a única forma de obter êxito.
É importante valorizar o que temos ao alcance
das mãos. Comprometer-nos com os ideais de
cooperação nos mostra que todos podemos
ganhar, mas para isso precisamos caminhar juntos.
Para as famílias, desejo um Natal de muita paz,
união e que 2005 traga a todos vitalidade para
avançar sempre e sensibilidade para escolher
o melhor caminho.
Roberto Cestari
Presidente dos Conselhos
de Administração da
Coplana e Socicana e da
Diretoria Executiva da
Coopecredi
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Comunicado
Prezados cooperados,
A partir do mês de novembro, a Coplana está realizando somente a venda de calcário e não mais a
sua aplicação na propriedade. A determinação partiu do Conselho de Administração e Superintendência.
A decisão ocorreu depois de análises precisas, que demonstraram que o serviço estava oneroso
tanto para o produtor como para a Coplana.
Por tratar-se de um serviço utilizado somente em determinada época do ano, os caminhões, apesar
de insuficientes, ficavam ociosos durante parte do tempo. Por outro lado, no período de aplicação,
em virtude da forte demanda, não havia condições de atender com qualidade a todas as solicitações.
Para auxiliar o produtor, a Coplana está divulgando, em suas filiais e também em seu site, os nomes
de cooperados e outros prestadores de serviço que ofereçam a aplicação de calcário. A terceirização
irá tornar os preços mais atrativos ao produtor.
Enfatizamos que a venda do produto continua normalmente nas lojas da Cooperativa.
A direção
Informações sobre prestadores do serviço de aplicação nas filiais ou no site: www.coplana.com
Coplana - Coopecredi - Socicana
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Agronegócio
Gestores da Coinbra-São Carlos
realizam encontro com fornecedor
A Coinbra-São Carlos, nova
denominação da usina após a venda para o grupo Coinbra em maio
deste ano, realizou no dia 29 de
novembro um encontro com fornecedores para apresentar os
gestores e perspectivas de mercado.
Cerca de 230 pessoas participaram do evento. Bruno Melcher,
diretor de Açúcar e Álcool, fez a
apresentação do grupo francês
Louis Dreyfus, que atua no mercado há 150 anos e que, em 1942,
adquiriu a Coinbra no Brasil.
Com o crescimento das operações no agronegócio, hoje o
Grupo Coinbra está entre os sete
maiores exportadores do país, com
atividades na industrialização, comercialização e exportação de soja,
óleo, farelo, café (em grãos e solúvel), milho, trigo, algodão,
farelo e óleo, cana-de-açúcar, açúcar e álcool, laranja, limão, polpa
cítrica, óleos essenciais, entre outros. A Coinbra processa, armazena e transporta commodities para
65 países.
No Brasil, o grupo é o terceiro maior exportador de açúcar
e está entre os maiores exportadores de álcool. Bruno Melcher
destacou o aumento na demanda
mundial do consumo de açúcar.
“Serão necessários 100 milhões de
tonelada a mais, ou seja, um crescimento de 25% em cinco anos
para atender a demanda. É um
desafio para nós. O preço do açúcar tem que remunerar os investimentos”, afirmou.
Sobre o crescimento da indústria regional, Melcher disse ser
difícil, mas depois admitiu a possibilidade. “Temos muitas usinas,
terras bem ocupadas e produtividade alta. Eu acho que crescimento nessa região ainda vai ocorrer,
mas obviamente não vai ser no ritmo acelerado como em outros lugares onde não há agricultura no
Brasil”, afirmou.
Ele também falou da necessidade de capitalização. “A rentabilidade está muito boa. Quem está
no setor tem que aproveitar, fazer
O diretor da área de Contratos, Parcerias e Fornecedores Edson Bellodi, o gerente Geral da Unidade Dante Lanza, o diretor de
Operações Sebastião Neto, o trader Carlos Franco, o diretor de Açúcar e Álcool Bruno Melcher, o presidente da Socicana Roberto Cestari
e o trader Enrico Biancheri: gestores apresentam perfil da Coinbra a fornecedores
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Agronegócio
a sua poupança, se capitalizar,
honrar compromissos e se
estruturar, se solidificar. Porque
nós temos um potencial de crescimento a longo prazo, de crescimento de produtividade agrícola
na melhora de genética, melhora
de tecnologia”, disse.
Sobre o relacionamento com
o fornecedor, o grupo adota um
estilo de transparência. A cana
proveniente de fornecedores chegou a 570 mil toneladas nesta
safra. “Esta é uma proporção histórica. Isso significa no total, entre 25% a 30% de crescimento. A
gente acabou gerando aqui, na
usina, uma fidelidade de fornecimento que tende a ser algo de longo prazo”, concluiu.
O diretor mostrou-se entusiasmado com as caracteísticas da
região. “Essa região é, provavelmente a melhor do mundo em
agricultura. A combinação de solo
e clima é imbatível.”
O presidente da Socicana
Roberto Cestari, que esteve em
reunião com os diretores da unidade antes do evento, falou sobre o processo de transição vivido pela usina. “Quero, em nome
de todos os parceiros, parabenizar o grupo pela tranqüilidade,
competência e profissionalismo
com que foi feita essa transição.
Temos acompanhado em outros
lugares e esta foi diferente. Até
houve aumento da parceria com os
fornecedores na unidade industrial. Esse trabalho vai frutificar
dentro da união em equipe”, disse.
Cestari aproveitou para confirmar a negociação fechada minutos antes entre Socicana e CoinbraSão Carlos, que promoveu o adiantamento de 90% da safra, com
o pagamento do ajuste para o dia
15 de dezembro.
Bruno Melcher e Roberto Cestari: negociações
entre Coinbra-São Carlos e Socicana garantem
adiantamento de 90%
Reunião de 2004 foi a primeira
entre usina e fornecedores
Coplana - Coopecredi - Socicana
Dezembro 2004
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Núcleos de Desenvolvimento
Núcleos de Desenvolvimento
Representantes fazem balanço de 2004
Em 2004, os Núcleos de Desenvolvimento da Coplana completaram dois anos de atividades.
Criados como fóruns de aproximação entre o cooperado e a Cooperativa, os núcleos foram responsáveis por iniciativas diversas em
cada região. Funcionaram como
ferramenta para a aquisição de conhecimento sobre novas tecnologias no campo, promoveram
integração e tornaram-se um importante veículo de comunicação
entre o Conselho de Administração, gestores e o produtor.
Em cada região, o núcleo tem
suas características próprias e índice de participação diferenciado.
Guariba
Airton José Rocca Filho,
que foi coordenador do Núcleo
de Guariba em 2004, comenta
que um dos fatores que devem
explicar a participação menor em
sua região é o fato de um grande número de produtores ser
arrendatário.
“Mas mesmo entre aqueles
que tocam a sua lavoura, a participação deveria melhorar. Levamos o pessoal da Coplana
para falar nas reuniões. Quem
está indo está gostando, pois
muitas vezes não tinha idéia de
como eram coordenadas as ati-
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O presidente da Coplana, Roberto
Cestari, comenta que o Núcleo é o
fórum adequado para solicitações
e sugestões.
“Os núcleos são a voz do produtor. Por meio das reuniões, o
cooperado aproxima-se da administração da Cooperativa, obtém
informações importantes e assessora a gestão. Dentro dos núcleos,
por exemplo, são tratados temas
técnicos, de suma importância
para quem quer competitividade e
permanecer no mercado.
Além disso, são discutidos
variados assuntos sobre a gestão
da cooperativa, funcionamento de
cada setor e estratégias para a nossa sustentabilidade. É importante
que o cooperado entenda que a
Cooperativa somos nós, produtores. É responsabilidade de cada um
se fazer presente para conquistar
resultados”, afirmou.
Em todo o Brasil, são raras
as cooperativas que têm, de forma
organizada, estes espaços para
debates. Na Coplana, o Conselho
de Administração faz reuniões
mensais com os representantes de
núcleo para identificar as necessidades em cada região. Trata-se de
um sistema de trabalho que se tornou um modelo.
A Revista Coplana foi buscar,
entre os representantes, sua percepção sobre os núcleos.
vidades. É esclarecedor. Quem não
vai [aos encontros] não consegue
ter esta visão que os participantes
têm.”
Rocca disse ainda que a sucessão na coordenação do Núcleo
ocorreu com tranqüilidade. O novo
coordenador é Luiz Gustavo Lemos,
o vice é Renilton Nazareno Fontes
Lucizano e o secretário permanece Luiz Francisco Villela Alves.
O trabalho de Rocca como
coordenador abriu uma nova área
de atuação. Ele e o coordenador
de Jaboticabal Fábio Trevisoli passaram a integrar um comitê de
apoio à diretoria da Orplana (Organização dos Fornecedores de
Cana do Estado de São Paulo),
composto por representantes de
associações filiadas. Rocca e
Trevisoli representam a Socicana.
“Vejo que o comitê tem
mais ou menos a função do Núcleo de levar idéias, novos subsídios à diretoria. Estão interessados também, no futuro, em pessoas para compor a diretoria,
formar novos líderes. A atuação
como coordenador em Guariba
foi muito importante. Você participa de reuniões com a diretoria,
se informa, entende melhor as
questões. Eu adquiri experiência
e vou utilizar no comitê”, afirmou
Rocca.
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Jabot
No início das atividades do
Núcleo de Jaboticabal, as reuniões eram baseadas em debates sobre assuntos internos. Depois, o sistema foi alterado e as
reuniões passaram a trazer temas técnicos, o que também
atraiu um público expressivo.
Para o coordenador Fábio
Trevisoli, é necessário haver alterações no modelo para que as
reuniões continuem com adesão.
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Taqua
O coordenador do Núcleo
de Taquaritinga Márcio Almir
Basso fala que a participação
tem melhorado. “Temos mais coisas positivas este ano. O que ainda precisa mudar é que o cooperado precisa participar mais. Dentro do que propusemos, foi muito bom. Tivemos palestras das
mais variadas, atendendo aos
pedidos dos produtores. A parti-
Coplana - Coopecredi - Socicana
Núcleos de Desenvolvimento
Entretanto, não há sugestões partindo dos cooperados. “Percebo
que as palestras com temas técnicos estão desgastadas, mas os cooperados não nos fazem cobranças”, disse. Sobre a sucessão,
Trevisoli vê dificuldades em encontrar substitutos. “É importante haver
a renovação, mas é difícil encontrar pessoas para assumir.”
A secretária Carmem Izildinha
Penariol comenta que a renovação agrega valor. “Pode vir uma
pessoa que tenha uma visão dife-
rente, traga novas idéias. É isso
o que nós queremos. É um papel
muito importante e de muita responsabilidade.” Ela lembra também de uma reivindicação do
Núcleo que foi realizada pela
Coplana e que tem um grande
impacto para o cooperado. “Nós
vínhamos pedindo um levantamento preciso, de áreas produtivas, improdutivas e isso aconteceu com o georreferenciamento. Foi uma conquista muito importante”, concluiu.
cipação precisa melhorar, mas já
está avançando. Estamos convidando as esposas, pois achamos isso
muito importante. Na nossa região,
em sua maioria temos pequenos
produtores, com agricultura familiar.
Todos estão envolvidos e fazer as
contas em dois é melhor do que
fazer sozinho.”
Sobre o destaque de 2004,
cita a Associação dos Produtores
Rurais de Taquaritinga. “De todas
as realizações, acredito ainda que
a Aprotaq foi a melhor. São 40 as-
sociados que participam em peso
das reuniões do Núcleo. Estamos
também com a contratação de
pessoal mais profissional para
fazer o serviço.”
Para 2005, o primeiro
objetivo é a sucessão. “Estamos
procurando um novo coordenador, alguém que possa manter o
cooperado unido, realizando as
reuniões mensais, independente
de plantio. As pessoas têm que
participar”, afirmou.
Dezembro 2004
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Núcleos de Desenvolvimento
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D
A filial de Dumont foi reformada e o PAC da Coopecredi
aberto graças às solicitações do
Núcleo. O coordenador Euclides
Américo Laguna confia na relevância da existência do Núcleo,
mas entende que é necessário
maior participação.
Jovens
Em 2004, o Núcleo Jovem
contou com várias realizações
significativas. Além de organizar
o 2º Tour Coplana, os integrantes participaram de um projeto de
identificação de lideranças no
Estado de São Paulo e representaram o Estado em encontro em
Brasília.
Para o coordenador Rafael
Cestari, em 2005 haverá continuidade das metas traçadas.
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M
O Núcleo da Mulher iniciou
suas atividades em agosto de
2004, com grande adesão das
regiões. Para a coordenadora
Daniela Cardoso Lima, isso motiva projetos futuros. “Houve êxito em todas as reuniões até agora. A participação nos dá entusiasmo para as próximas
reuniões.” Para ela, a participa-
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“Tivemos várias reuniões com
aproveitamento de temas sobre
vários assuntos que ajudam o cooperado, trazem informações novas e dão norte ao produtor.
A validade do Núcleo é muito grande. O produtor rural, na
grande maioria, é desatento e dá
pouca importância às questões do
Núcleo. O índice de presença é
pequeno. O ideal seria que a
maioria participasse. Isso iria melhorar a qualidade do debate.
Teríamos novas idéias para
acrescentar, em relação aos temas. Cada um tem condições de
trazer algo bom. Lamento a visão de produtores que não entendem [a participação] como investimento”, afirmou.
“Queremos envolver outros jovens
neste movimento e manter os que
já estão participando regularmente das atividades do Núcleo, trazendo idéias e contribuindo com o
fortalecimento dos jovens dentro do
sistema cooperativista”.
Sobre a visita de jovens à
Coplana, realizada em julho, o coordenador destacou os convidados.
“O evento contou com a participação de mais de 100 jovens e teve
a presença do presidente da OCB
(Organização das Cooperativas
Brasileiras) Márcio Lopes de Freitas,
da Diretora Executiva da AbagRP (Associação Brasileira do
Agronegócio) Mônika Bergamaschi e a presença da diretoria da Coplana.”
Outro assunto abordado é
o apoio da diretoria ao Núcleo.
“Temos que valorizar o espaço
e a confiança depositada em nós,
jovens, pela diretoria da Coplana. A realização é inédita no Estado de São Paulo. Em âmbito
nacional, o nosso trabalho e o de
algumas cooperativas do Paraná
são os únicos”, concluiu.
ção das mulheres pode ajudar nos
negócios da família. “Agora, acredito que precisamos estar dentro da
Coplana, conhecer mais para que
as mulheres possam ajudar os maridos, os filhos, os negócios da família”, disse.
A secretária Célia Sitta Gonçalves de Souza fala da importância de pesquisar o interesse das
mulheres e da integração entre as
regiões. “O objetivo é ir ao encon-
tro das expectativas, realizar
palestras de acordo com o interesse. Acredito que esteja caminhando bem. Uma pessoa veio
me dizer que viu na revista e
queria participar. Muitas pessoas
que não sabiam, a partir da revista, estão lendo, vendo e se interessando. Estamos caminhando
para uma integração maior entre as cidades. Todas estão se conhecendo”, concluiu Célia.
Reforma Estatutária
AGE aprova reforma estatutária
A Coplana realizou no dia 23
de novembro, sua Assembléia Geral Extraordinária para discussão e
deliberação da reforma estatutária.
O vice-presidente Paulo de Araújo
Rodrigues, presidente em exercício, coordenou os trabalhos. As
mudanças contemplaram desde
atualização da ortografia e gramática a alterações para esclarecer ou
adaptar procedimentos. Este foi o
resultado de um trabalho, baseado em longos estudos de conselheiros e assessoria jurídica.
Entre as principais mudanças,
no artigo 3º consta que o ingresso
de pessoas físicas ou jurídicas à
Coplana ocorrerá, com o preenchimento de requisitos do Estatuto e
Regimento Interno e que tenham
a proposta aceita pelo Conselho de
Administração. Em seu § 1º, consta que “Os critérios para admissão
ou não de cooperados serão definidos pelo Conselho de Administração da sociedade e independem
de qualquer justificativa”.
No artigo 6°, está definido
que entre outras questões, cabe aos
cooperados “realizar, em regime de
fidelidade, com a COPLANA as operações que constituem seus objetivos econômico-sociais”.
Na composição da mesa o membro do Conselho Fiscal Delson Luiz Palazzo, o
conselheiro Ismael Perina Júnior, o vice-presidente Paulo de Araújo Rodrigues e o
secretário Murilo Gerbasi Morelli: avanços no estatuto
Sobre a eliminação de cooperados inativos foi definido,
segundo artigo 10º que “Serão
sumariamente eliminados da sociedade os cooperados inativos,
assim considerados pelo Regimento Interno, sem a devida justificação, por período superior a um ano
ou que vierem a explorar atividade concorrente a da sociedade,
sendo a referida pena aplicada por
decisão do Conselho de Administração, observado o procedimento previsto no Regimento Interno”.
A subscrição de capital terá
como base dados da declaração de
IR, como consta no artigo 14 - “Ao
ser admitido, cada cooperado deverá subscrever o capital correspondente a 0,5 % (meio por
AGE aprova reforma por unanimidade
Coplana - Coopecredi - Socicana
Dezembro 2004
cento) do valor total da receita percebida com o exercício da atividade agropecuária, conforme declaração de imposto de renda do exercício anterior, respeitado o valor
mínimo de capital correspondente
a 1 (um) salário mínimo vigente”.
Com o objetivo de promover
a renovação, o mandato do presidente também tem nova regra,
como define o artigo 45, em seu §
4º – “Nenhum conselheiro poderá
ocupar o cargo de Presidente da
COPLANA em mais de dois mandatos consecutivos do Conselho de
Administração”.
No caso da eleição, no artigo 50, determina que “Além das
regras constantes deste estatuto,
o procedimento para eleição será
disciplinado pelo Regimento Interno.
Parágrafo único: Toda
e qualquer dúvida quanto
às eleições, não especificadas por este Estatuto ou
pelo Regimento Interno,
serão dirimidas pelo Conselho de Administração em
exercício”. A reforma
estatutária foi aprovada por
unanimidade pela AGE.
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Aniversário Coopecredi
2004
Coopecredi comemora 30 anos
Entre as mais capitalizadas e as
melhores avaliações
A Coopecredi – Cooperativa
de Crédito Rural dos Plantadores
de Cana da Zona de Guariba comemora, neste dia 15 de dezembro,
30 anos de fundação. Criada em
1974, sempre teve como objetivo
dar suporte ao produtor, no financiamento da lavoura. Desde o primeiro momento, tornou-se uma
importante parceira da Coplana e
foi responsável por um grande incremento econômico ocorrido na
região.
Hoje, a Coopecredi está entre
as três cooperativas mais capitalizadas do sistema. De acordo com a
avaliação externa Riskcoop, possui
nota A1, o que a coloca entre as
melhores classificações e significa
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que tem bases financeira e estrutural sólidas. Seus cooperados possuem, em sua maioria, rating A e
AA, ou seja, têm alto nível de credibilidade entre as instituições financeiras.
Os números confirmam um cenário estável, já que 88% de seu
patrimônio líquido são formados
por capital e 91% de seus investimentos estão aplicados em sua atividade. A liquidez também é uma
das maiores do sistema.
Filiada à Cocecrer-SP - Cooperativa Central de Crédito Rural do
Estado de São Paulo, segue os princípios cooperativistas para o desenvolvimento sustentável. O dinheiro do campo é reinvestido na
própria região e gera renda também nas cidades.
Um balanço dos 30 anos
A atual diretoria da Cooperativa empregou a chamada gestão de excelência. Estratégias como
investimentos em modernização do
atendimento e estreito relacionamento com o cooperado resultaram em avanços significativos. Segundo o presidente Roberto
Cestari, a estabilidade deve-se ao
perfil dos cooperados. “Se a
Coopecredi é capitalizada e sustentável é em função de sua sociedade que é sólida. Muito importante
é a sinergia que existe entre Coplana e Coopecredi.
Cestari destaca o fato de as
duas cooperativas terem os mesmos gestores, que orientam as iniciativas dentro da mesma filosofia. “Esperamos que esse trabalho
seja sustentável, no futuro tenha
continuidade. Se houver gestões
com diferentes direcionamentos,
pode haver o enfraquecimento das
cooperativas.”
O presidente comenta também sobre a mudança na gestão,
em que o gerente geral da
Coopecredi assumiu o cargo com
exclusividade. “Acredito que a
Coopecredi terá um crescimento até
maior que o da Coplana, com muitos projetos que serão desenvolvidos e, inclusive, com a nossa participação na Cocecrer. Somos um
dos maiores parceiros da Central,
principalmente na parte administrativa, para um trabalho que
leve em conta princípios de sustentabilidade”, afirmou Cestari.
O diretor gerente Ismael
Perina Júnior comenta que a
Coopecredi é um forte instrumento no campo. “Esta iniciativa de trabalhar para nós
mesmos, tem resultados,
quando fazemos a lição de
Aniversário Coopecredi
casa bem feita. Em sua formação,
a Cooperativa só atuava com produtores de cana. Na época do recolhimento da “contribuição” obrigatória, fez um capital interessante. A partir de sua abertura para
outras atividades, também se fortaleceu.”
Entre os fatores responsáveis
por seu desenvolvimento, Ismael
cita o rigor das operações. “É importante ter pessoal capacitado e
extremamente técnico trabalhando, ser rigoroso com o cooperado
quando ele não cumpre com suas
obrigações em dia. A Cooperativa
vive de captar e emprestar dinheiro. Qualquer falha nesse conjunto
pode prejudicar a credibilidade. Eu
participo da Cooperativa há mais
de 20 anos e não me lembro de
um dia de atraso dela com outra
instituição financeira ou outro participante da cadeia produtiva”,
afirmou.
Ismael falou também da adoção de novas medidas. “A Cooperativa de crédito tem prestado um
serviço a menores custos para os
produtores. O cooperado que fica
inadimplente terá de entender que
está destoando da maioria e irá
pagar mais caro. Vamos chegar
num modelo, lá na frente, em que
as pessoas que sempre pagaram
em dia terão taxas menores. Essas
são adaptações que a história e a
vida vão promovendo. Vejo com
muito otimismo a Coopecredi.”
O gerente Antonio Carlos
Pongitor afirma que o sucesso
deve-se a um início estruturado e
às gestões transparentes. “A
Coopecredi teve um início muito
bom, com um idealizador, no caso
Roberto Rodrigues, que sabia o que
queria, tinha finalidade, determinação. A Cooperativa sempre se
desenvolveu com diretorias conscientes, com credibilidade boa, o
que ajudou e tem ajudado no seu
crescimento”, afirmou.
Pongitor comenta também
sobre a atual gestão. “Uma característica da atual diretoria é sua
participação ativa no dia-a-dia da
Coopecredi. O Roberto Cestari [presidente], por exemplo, toma conhecimento de todas as propostas
apresentadas à Cooperativa. Isso
beneficia o trabalho da equipe e
dá maior respaldo aos colaboradores. Assim como no início, a Cooperativa tem reconhecimento junto
ao sistema. O Ismael Perina Júnior
[diretor gerente] foi convidado a
fazer parte da Cocecrer e é seu diretor administrativo. Isso demonstra a confiança que os órgãos do
sistema de crédito têm na Cooperativa e em seus diretores.”
Além de integrar a diretoria
da Cocecrer, Perina é suplente no
Conselho Fiscal do Bancoob.
Coplana - Coopecredi - Socicana
Dezembro 2004
O início
Participaram como fundadores, em 15 de dezembro de 1974,
os produtores: Roberto Rodrigues,
Francisco Manna, Arnaldo Geraldes
Morelli, Arnaldo Morelli, Francisco
Carneiro D’Albuquerque, Antônio
Carneiro D’Albuquerque Sobrinho,
José Luiz de Laurentiz, Antonio
José Rodrigues Filho, Paulo Penna
de Mendonça, Heitor Carvalho Gomes, José Waldomiro Bovério, José
de Laurentiz, Francisco Antonio de
Laurentiz, José de Laurentiz Júnior,
Ernesto de Angelis, Joaquim Ribeiro Gabriel, Joaquim Bento Rodrigues, Moacyr de Andrade Lemos,
Rogério Orsi e Francisco Pacífico,
José Francisco Baratela.
A primeira diretoria executiva foi composta por Antonio Carneiro D’Albuquerque Sobrinho
como diretor-presidente, Joaquim
Ribeiro Gabriel como diretor-gerente, que em novembro do ano
seguinte passaria a ocupar o cargo de presidente em exercício, e
José Francisco Baratela como diretor-secretário.
O primeiro Conselho Fiscal
Efetivo foi composto por Roberto
Rodrigues, Arnaldo Geraldes
Morelli e José Luiz de Laurentiz.
Como Suplentes, atuaram Ernesto
de Angelis, Heitor Carvalho Gomes
e Rogério Orsi.
Àquela época, o preço da cana
era regulado pelo governo. A lei
4.870, em seu artigo 64, fez com
que as usinas recolhessem 1% do
preço da cana entregue pelos fornecedores e repassassem às
cooperativas de produção. A criação da Coopecredi coincidiu com
o momento em que esses recursos,
utilizados na lavoura, passaram a
ser transferidos exclusivamente
por meio das cooperativas de crédito rural.
O percentual que vinha como
contribuição à Coplana, então começou a fazer parte da Coopecredi
como integralização do capital. Os
produtores que entregavam cana
nas usinas de jurisdição da Socicana, tornaram-se também cooperados, o que fortaleceu a
Cooperativa. Com isso, no ano seguinte à sua fundação, de 21 cooperados a Coopecredi já contava
com 167. Atualmente, este número chega a 1240.
A homologação pelo Banco
Central veio em 1975. Durante
reunião realizada no dia 10 de setembro, Roberto Rodrigues informou que os membros do Conselho
Fiscal haviam sido aprovados pelo
Banco. Como efetivos, além dele
próprio, estavam Arnaldo Geraldes
Morelli e José Luiz de Laurentiz.
Como suplentes estavam Ernesto
de Angelis, Rogério Orsi e Heitor
de Carvalho Gomes.
Entre os anos de 1978 e 1980,
Roberto Rodrigues assumiu como
diretor-presidente, Joaquim Ribeiro Gabriel como diretor-gerente e
José Francisco Baratela como diretor-secretário.
Coopecredi presente em
tempos difíceis
Um momento de grande tensão no setor ocorreu em 1998. O
preço da cana foi liberado e houve uma grave crise, com valores
que não remuneraram a produção.
Para auxiliar seus cooperados, a
13
Coopecredi deixou de recolher a “contribuição” de 1%. “A capitalização da
Cooperativa passou a ocorrer em função
das sobras”, explica o gerente Geral Antonio Carlos Pongitor.
Nesse período, também houve cortes em financiamentos provenientes de
programas do governo e, conseqüentemente, muitos casos de endividamento
em todo o setor. O produtor deixou de
fazer investimentos na lavoura. Principalmente em momentos como aquele, a
Cooperativa teve papel fundamental
para a manutenção da competitividade
de seus cooperados.
A solução foi buscar recursos em
diversas instituições financeiras, para
auxiliar aqueles que estavam com problemas. A estabilidade da Coopecredi e
sua credibilidade adquirida junto ao mercado permitiram ao cooperado o acesso
ao financiamento da produção. Com o
tempo, os produtores conseguiram novamente uma situação de maior estabilidade.
PACs -
Postos de Atendime
ao Cooperado
Com o objetivo de atender com maior qualidade, seus cooperados, a
Coopecredi abriu Postos de Atendimento nas cidades onde já existiam
filiais da Coplana. As contas desses produtores foram automaticamente transferidas da matriz em Guariba para os PACs. Com estas inaugurações, os produtores tiveram acesso a todos os serviços prestados
por instituições financeiras comerciais, com as vantagens do atendimento personalizado, isenção de variadas taxas, comodidade de financiamentos facilitados e alternativas de aplicações sem sair de sua
cidade.
Avanços permanentes
Outro momento relevante para a
Coopecredi foi a criação do Bancoob Banco Cooperativo do Brasil S/A - em
1997. Até aquele momento, as cooperativas de crédito não faziam parte do sistema de compensação. Os descontos de
cheques de cooperados eram feitos por
meio de uma conta única no Banco do
Brasil. Um sistema que visava dar suporte
nessa área, o BNCC - Banco Nacional de
Crédito Cooperativo – havia sido liquidado em 1990 pelo governo Collor.
Dessa forma, até 1997, a Cooperativa dependia de outras instituições financeiras. A partir da criação do
Bancoob, houve maior segurança para
as operações e a Coopecredi abriu sua
carteira de depósitos. Os cooperados
abriram suas contas correntes diretamente na Cooperativa. “Com o Bancoob,
a Cooperativa se fortaleceu. Podia se
estruturar na base, porque havia respaldo na frente,” afirma Pongitor.
No ano de 2000, a Cooperativa iniciou a distribuição das sobras em espécie, com decisão sobre o percentual durante as assembléias gerais ordinárias.
Também esta iniciativa beneficiou o cooperado, que começou a contar com dinheiro extra todos os anos e proporcional às suas operações dentro da
Cooperativa.
14
Dumont
Jaboticabal, abertura em 15 de março de 2000
Taquaritinga, abertura em 09 de abril de 2001
Aniversário Coopecredi
ento
Matriz em Guariba, reforma em julho de 1975
t, abertura em 05 de julho de 2003
Reinauguração da matriz em 31 de agosto de 2001
Pradópolis, abertura
em 04 de janeiro de
2003
Modernização da matriz em 10 de agosto de 2004
Coplana - Coopecredi - Socicana
Dezembro 2004
15
Destaque da edição
Francisco Zampieri
Francisco Zampieri é daqueles amigos com quem se conversa por horas
sem ver o tempo passar. Nascido e criado na roça, numa família de oito irmãos,
lembra dos tempos difíceis da juventude, em que a principal ferramenta era a
enxada. Casado com Maria de Fátima Torra Zampieri, tem duas filhas – Luciana
do Carmo e Lucimara. O pai, Antonio Zampieri, faleceu em 1974. A mãe, Ida
Favaretto Zampieri, tem 97 anos e partilha com a família o amor pela terra.
Quando garoto, Chico estudava na Escola Agrícola, depois transformada em Colégio Técnico e encampada pela
Unesp. Uma das primeiras culturas trabalhadas pela família foi o café. A desvalorização do produto chegou a
ameaçar o sítio.
“A gente ficava devendo quando o preço do café estava baixo. Fomos no dono do sítio e dissemos que queríamos devolver, mas então fomos pagando como podíamos. Em dois anos, o café deu uma melhora de preço e até conseguimos pagar o sítio. Depois, festejamos. Aí, outra pessoa queria vender terra, mas o que
fazer com terra se não tínhamos dinheiro e nem jeito
pra pagar?”
O algodão, outra cultura com a qual a família trabalhou, mostrou-se de difícil manejo e, na época, ficou
inviável. Uma forte praga, que atacou a lavoura, não
pôde ser controlada devido à falta de defensivos e a
cultura foi substituída pelo amendoim.
“O amendoim sempre esteve nas paradas. O plantio
ainda era pequeno. Era bem sofrido. Não ía pra frente,
porque o braço não agüentava. Antes do sol nascer, já
estávamos na roça, porque as plantações davam muito mato. O resultado disso: o povo foi pra cidade, se
evadiu da roça, porque não tinha mais condições.”
Chico descreve as dificuldades do plantio em época de
equipamentos mais simples, sem defensivos adequados e a falta de conforto para a família.
“A roça, muitas vezes, não rendia o suficiente. Era um
mal necessário derrubar o mato pra continuar a roça.
Essa terra suja de semente, não tinha jeito de capinar.
O meeiro pagava adubo, veneno e não tinha retorno.
Às vezes, não dava nada. O alimento era da própria
terra e se comia mal. Não tinha fartura, não tinha
trator, carro e nem energia elétrica, nada. Só um fogão
à lenha, uma enxada pra trabalhar e uma carroça pra
ir à cidade de vez em quando.”
16
Em meio a tantas dificuldades, Chico comemora a sua vontade de vencer, dos familiares e amigos na mesma situação.
“Isso foi o começo de tudo. Aquelas pessoas eram de raça,
coragem e fé. Só tinham um pedaço de arado, uma ferramenta. Não havia derrota. Tínhamos visão, mas não podíamos concluir a visão, porque não havia meios. As pessoas eram muito inteligentes, mas não tinham muitos
meios. Se produziam bastante, não tinham comércio, não
tinham como preparar a terra, tecnologia, defensivo.”
O irmão João Fernandes Zampieri, cooperado da Coplana,
também fala dos desafios da época.
“O sofrimento daquela época era demais. Os pessimistas
achavam que muita coisa era uma derrota. Alguns problemas, a gente tem que enfrentar. Não adianta a gente abaixar a cabeça. Nesse tempo, o que se fazia? Nessa terra
tinha mato e café. Aí começou a se desenvolver o algodão. Nessa época, trabalhávamos juntos e depois veio
mudando, veio a tecnologia. Hoje, se fosse para plantar
algodão, nós precisávamos aprender de novo, porque tem
A mãe Ida entre Chico e João
variedade do produto e um novo desenvolvimento pra essa
cultura. Um manejo completamente diferente.”
O tempo de melhorias começou e Chico relata as mudanças.
“Depois do algodão, vieram o amendoim e a cana. Aí,
melhorou muito. As coisas não são tão fáceis assim, mas
não tão difíceis como àquela época. A tecnologia foi chegando. Estamos nos anos bons e queremos que continue
neste caminho. O ministro da Agricultura tem que estar
sempre alerta. Eu acho que o ministro sempre tem intenção de elevar as divisas do Brasil com a exportação e
melhorar um pouco.”
Em suas expectativas sobre o futuro, Chico pensa com
otimismo.
“Vai melhorar, porque o Brasil tem um território imenso.
O nosso terreno aqui, com nova tecnologia e muito amor,
a terra produz o dobro que está produzindo. Porque o
território brasileiro produz de tudo. Lá fora, não é assim.
Dentro de oito a dez anos, vai ter um crescimento enorme. Quando aumenta a produção, aumenta tudo.”
Como cooperativista convicto, Chico defende a fidelidade
e o desenvolvimento coletivo.
“Eu sou um cooperado fiel, porque eu não vendo um amendoim fora da Coplana. Quando eu preciso de alguma coisa, eu vou lá na Coplana. O armazenamento tem que ser
muito moderno, de qualidade. Tem que investir para os
filhos. E a Coplana está cuidando deste lado, porque para
ela entrar num mercado de exportação tem que ter qualidade. Eu não arrisco fora.
Se o produto tem uma toxina, quem conhece não come,
mas quem não conhece, come. Se for guardar um produto
João em meio aos netos João Antonio e Fábio
Coplana - Coopecredi - Socicana
Maria de Fátima, Chico, Lucimara, Luciana e,
em primeiro plano, a mãe Ida
duvidoso, com umidade acima do aceitável, armazena de forma inadequada. Lá [na Coplana], se torna
mais barato, porque o volume é maior. Se colocar uma
máquina aqui em casa, é muito mais caro pra fazer
todo esse trabalho. Não compensa.
A Coplana faz todo aquele processo de secagem e ainda é o começo. Na minha opinião, a Coplana podia
fazer óleo de amendoim, ser o fabricador e não levar
no vizinho. Vamos dizer assim, fica caro, mas não é
absurdo. Tinha que ter a indústria da Coplana. Se é
viável pra todo esse povo, pra Coplana é muito melhor, porque já tem a matéria-prima. Eles [diretores]
estão lutando com dignidade e nós respeitamos. Qualquer um não tem que olhar o tamanho e sim a capacidade, a coragem de fazer um investimento. Eu tiro o
chapéu.”
João Antonio Zampieri e Fábio Roberto Revolti (netos de João), João
Zampieri, Maria de Fátima Torra Zampieri (esposa de Chico), Chico
Zampieri, com a mãe Ida Favaretto Zampieri e as filhas Luciana e
Lucimara: trajetória da família Zampieri revela determinação
Dezembro 2004
17
Integração de Cooperados
Novos cooperados
Direção se reúne com produtores interessados em fazer parte da
Coplana para explicar regras.
Desde o ano de 2002, com a obtenção de resultados significativos em relação ao crescimento dos negócios da Coplana, houve aumento no número de produtores que desejam integrar-se à Cooperativa. A partir do momento em que assumiu a presidência do Conselho de Administração, Roberto Cestari vem realizando, pessoalmente, reuniões com estes produtores.
Durante as reuniões, Cestari e membros da equipe de trabalho detalham o funcionamento da Coplana, o papel do cooperado dentro do sistema, direitos e deveres. O presidente é enfático em questões
como a fidelização, imprescindível para a
saúde dos negócios dos próprios cooperados.
Outra questão abordada é a qualidade. Dentro da prática da Coplana está a eficiência dos serviços, com resultados revertidos para os cooperados, e não o simples
aumento do quadro social .
“Não queremos ser os maiores. Estamos preocupados com a melhoria contínua. O cooperado deve estar ciente de que
tem direitos e também deveres.”
Para a direção, é importante adotar
iniciativas para a gestão democrática, identificação de novas lideranças, sempre dentro de perspectivas de crescimento sustentável. A Coplana realiza projetos voltados
para o desenvolvimento de novas tecnologias no campo e busca alternativas para
garantir a continuidade dos negócios dos
cooperados. Por isso, suas estratégias baseiam-se em benefícios coletivos. Somente após a exposição desta política da empresa, o produtor que concordar com os
critérios, poderá aderir à Cooperativa.
18
Conselho expõe regras a quem quer fazer parte da Coplana
Cestari com novos cooperados: “Não queremos ser os maiores.
A preocupação é com a qualidade”
Coplana - Coopecredi - Socicana
Dezembro 2004
19
Certificação Internacional
Fazenda da Grama recebe certificação
com direito à abertura para o mercado europeu
A Fazenda da Grama, locali- cesso de transformação da fazen- um rumo, uma direção a seguir. Em
zada em Pirajuí-SP, de proprieda- da em empresa, para aumento da 2002, por meio do trabalho da
de do cooperado José Antonio rentabilidade e continuidade na nossa empresa de consultoria
Fernandes Netto, foi certificada re- pecuária. “Nós mantivemos a área (Stéfani Associados), eu e o André
centemente com o Eurepgap (Euro- e quase quadruplicamos a lota- [André Schiavon Villa Nova, conRetail Produce Working Group), ção”, disse. A fazenda esteve entre sultor] começamos um programa
conferido a produtores que atuam os 20 convidados do Brasil a in- de gestão pela qualidade trazendo conceitos muito sódentro de práticas adelidos. A partir daí, os requadas de manejo,
sultados começaram a
com respeito ao meio
ocorrer”, afirmou. Reambiente, saúde anisultados que levaram a
mal, integridade hufazenda a receber em
mana, uso racional de
2003 e 2004, prêmios
defensivos e mecaniscomo melhor franquemos para a rastreabiliada Montana do Brasil.
dade. O padrão interSegundo Júnior, os
nacional de boas práresultados da porteira
ticas agrícolas permite
pra fora são a visibilia exportação ao mercadade no mercado e
do europeu. A Fazenda
agregação de valor ao
da Grama foi a segunproduto. Da porteira
da do Estado de São
pra dentro, a confirmaPaulo a receber a certi(esquerda
p/
direita)
Sr.
Jim
Dobson,
José
Antonio
Fernandes
Netto,
ção de que estavam no
ficação entre oito emFábio Dias e Sr. Jack Dobson - donos da Dundannon Meat Group (uma
caminho certo.
presas do Brasil.
das maiores empresas do mercado inglês que preparam cortes para
venda em supermercados).
O produto da fazenAté 1991, a fada hoje é a genética
zenda era produtora de
grãos e laranja. A partir de então, gressar como franqueado Monta- por meio dos touros Montana, um
iniciou o trabalho com pecuária e na, uma raça composta cujos tou- trabalho desenvolvido para que os
investiu de forma permanente em ros são utilizados para o mesmo clientes da fazenda produzam cartecnologia e gestão. Um dos dire- papel da inseminação no cruza- ne de qualidade. No caso da raça
Senepol, os produtos são emtores da propriedade, José Anto- mento industrial.
Um marco importante, se- briões, matrizes e touros. A fazennio Fernandes Netto, explica que
até 1995 houve avanços na efici- gundo Júnior, foi a aplicação de da hoje está credenciada a receência técnica, quando obteve o ferramentas de qualidade. “Perce- ber animais para que sejam prepaprêmio de Melhor Inseminação do bemos que só um nível tecnológico rados para a venda ao mercado exBrasil, concedido pelo Colégio Bra- de eficiência não era eficiente. Para terno. O sêmen é um produto indicontinuar os trabalhos, era preci- reto, já que existem touros da fasileiro de Reprodução Animal.
Em 1997, teve início o pro- so algo a mais. Ter um objetivo, zenda que participam da coleta em
20
Certificação Internacional
centrais especializadas. No futuro,
a carne poderá ser também um produto de interesse.
“Quando nós começamos o
programa, nós definimos qual seria a nossa missão, onde queríamos chegar e quais os valores. Por
isso, não abrimos mão, de forma
alguma, de integridade, reconhecimento da equipe e valorização
pessoal.”
Segundo André Villa Nova,
com os avanços do trabalho, já
existe a necessidade de adaptar a
visão da empresa. “Há quatro anos
definimos a visão e agora temos
que definir aonde queremos chegar daqui a mais quatro anos e trabalhar para isso acontecer. Não
temos isso concreto ainda, mas já
começamos a discutir. Temos o
campeonato Montana, os objetivos
de empresa líder no processo Montana, estamos vendendo sêmen,
vendendo touro e temos que buscar outras alternativas para sobrevivência da empresa. O caminho da
visão vai ser por aí: diversificar o
seguimento. A fazenda hoje não
trabalha com venda de carne e
pode ser uma alternativa, mas tudo
vai estar dentro dos patamares de
impacto e custo.”
Júnior completa destacando
o conceito que usa na gestão dos
negócios. “Transformar uma fazenda em empresa não depende do
tamanho dela. Tamanho não está
relacionado com competência.
Quando eu percebo que todas as
estratégias estão alicerçadas nesses pilares, eu posso fazer qualquer coisa. É possível, desde que
você tenha um modelo, que acredite na sua capacidade, acredite
que tem competência e que isso o
impulsiona em busca de resultados”, concluiu.
José Antonio Fernandes Júnior
André Schiavon Villa Nova
Alguns dados
Plantel - 2000 cabeças Montana;
Área - 660 hectares, 90 dos quais com cana
usada na alimentação do gado e também
como viveiro de mudas para venda;
Resultados - de 1999 a 2003, aumento da
receita em 7,34 vezes, com aumento da
despesa em 2,78 vezes.
Coplana - Coopecredi - Socicana
Dezembro 2004
21
Balança Comercial
Balança Comercial do Agronegócio
Outubro/2004
No acumulado do ano, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 33,055
bilhões. O resultado dos dez primeiros meses de 2004 supera o valor exportado em
todo o ano de 2003, de US$ 30,639 bilhões.
Resultados do mês
As exportações de outubro de
2004 totalizaram US$ 3,1 bilhões,
valor recorde histórico para meses
de outubro e 1,1% acima do valor
exportado em outubro de 2003. As
importações diminuíram 5% em
relação a igual período do ano
anterior, totalizando US$ 414 milhões.
Este desempenho das exportações
do complexo soja no mês de outubro deve caracterizar todo o quarto trimestre de 2004. Isso reflete,
entre outros fatores, a queda dos
preços internacionais e domésticos
e a conseqüente redução das margens de rentabilidade das indústrias de esmagamento. Além dis-
O saldo comercial do
agronegócio atingiu, em
outubro de 2004, o valor de US$ 2,7 bilhões,
superando em 2,1% o
saldo comercial de outubro de 2003. Este saldo
é recorde histórico para
meses de outubro.
Em termos de desempenho dos grupos de produtos, os resultados da balança
comercial foram heterogêneos.
Apresentaram retração, setores
como soja e cereais. Mantiveram o
mesmo desempenho positivo registrado no ano - carnes, madeiras, café, açúcar, algodão, fumo e
tabaco.
As vendas externas do complexo
soja apresentaram receita de US$
US$ 570 milhões (36,3% abaixo
do valor registrado no ano passado). As maiores quedas ocorreram nos embarques de soja em
grãos (-56,4%) e de óleo de soja
em bruto (-65,4%).
22
so, há uma demanda externa limitada.
A queda das exportações do grupo de cereais, farinhas e preparações resultou da queda das exportações de milho (-75,4%) de US$
49,5 milhões em outubro de 2003
para US$ 12 milhões em outubro
de 2004. As exportações de milho
concentraram-se no primeiro semestre, com forte crescimento para
países da Europa, devido à quebra
de safra naquela região.
As exportações de açúcar e álcool
apresentaram um incremento de
14,9%. O crescimento das receitas
de vendas externas de açúcar
(11,7%, de US$ 243 milhões para
US$ 271 milhões) foi impulsionado pelo incremento nos preços
(22% no caso do açúcar refinado
e 5,7% para o açúcar em bruto).
As exportações de álcool renderam
US$ 32,8 milhões, comparados com
US$ 21,8 milhões em outubro de
2003.
Outros grupos de produtos que apresentaram desempenho positivo em termos de valor das exportações foram café verde
mais solúvel (25,5%),
madeiras e suas obras
(22,7%); couros peles e
calçados (14,2%); algodão e fibras têxteis vegetais (34,3%); fumo e tabaco (107%); e leite, laticínios e ovos (58,2%).
Resultados acumulados em 12
meses (Novembro/2003 a
Outubro/2004)
No período de 12 meses (novembro de 2003 a outubro de 2004),
as exportações totalizaram US$
38,1 bilhões, 29,0% acima do valor exportado no período de novembro de 2002 a outubro de
2003. O superávit comercial acumulado nos últimos 12 meses foi
de US$ 33,3 bilhões, 33,9% acima
do superávit registrado no período compreendido entre outubro
de 2002 a setembro de 2003.
Fonte: MAPA
Demonstrações Financeiras
ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE GUARIBA
CNPJ: 48.663.470/0001-61
30 de setembro de 2004
Balanço Patrimonial
Demonstrativo das Contas de Resultado
ATIVO
DISPONIBILIDADES
CRÉDITOS DIVERSOS
PERMANENTE - IMOBILIZADO
INVESTIMENTOS
COMPENSAÇÃO
4.821.419,74
19.957,60
4.539.591,19
138.473,19
120.964,64
2.433,12
DÉBITO
A-MANUTENÇÃO DE SERVIÇO
ADMINISTRAÇÃO
DEPTO AGRÍCOLA
SUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIO
TOTAL GERAL
2.288.845,95
126.716,17
46.283,66
2.461.845,78
PASSIVO
CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
COMPENSAÇÃO
4.821.419,74
46.983,54
4.772.003,08
2.433,12
CRÉDITO
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
RECEITAS DIVERSAS
CREDORES DIVERSOS
SUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIO
TOTAL GERAL
816.963,90
1.644.881,88
0,00
0,00
2.461.845,78
Roberto Cestari - Presidente
HELIJA - Organização Contábil S/C Ltda
ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE GUARIBA
CNPJ: 48.663.470/0001-61
31 de outubro de 2004
Balanço Patrimonial
Demonstrativo das Contas de Resultado
ATIVO
DISPONIBILIDADES
CRÉDITOS DIVERSOS
PERMANENTE - IMOBILIZADO
INVESTIMENTOS
COMPENSAÇÃO
5.082.499,85
3.940,79
4.820.543,14
134.618,16
120.964,64
2.433,12
DÉBITO
A-MANUTENÇÃO DE SERVIÇO
ADMINISTRAÇÃO
DEPTO AGRÍCOLA
SUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIO
TOTAL GERAL
2.524.608,00
149.406,16
303.458,64
2.977.472,80
PASSIVO
CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
COMPENSAÇÃO
5.082.499,85
50.888,67
5.029.178,06
2.433,12
CRÉDITO
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
RECEITAS DIVERSAS
CREDORES DIVERSOS
SUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIO
TOTAL GERAL
1.146.977,17
1.830.495,63
0,00
0,00
2.977.472,80
Roberto Cestari - Presidente
Coplana - Coopecredi - Socicana
Dezembro 2004
HELIJA - Organização Contábil S/C Ltda
23
Concurso Cultural
Concurso cultural “Calendário Coplana” entrega
bicicletas aos vencedores
A Coplana realizou no mês
de novembro o seu primeiro concurso cultural, com a participação de crianças e adolescentes de
sete a 13 anos, todos familiares
de associados da Coplana, Socicana e Coopecredi. Os 12 desenhos selecionados serão publicados no calendário 2005 da Coplana, Socicana e Coopecredi.
O objetivo do concurso foi
iniciar uma aproximação deste
público com a Cooperativa e estimular a curiosidade sobre
cooperativismo e agronegócio. A
garotada respondeu com grande
adesão. O fato abre espaço para
outras realizações voltadas para
esta faixa etária.
Segundo o presidente da
Coplana, Roberto Cestari, que idealizou o concurso, foi possível
perceber que os participantes
buscaram informações sobre o
assunto com os pais, por exemplo.
“O melhor resultado do concurso foi o estímulo ao diálogo
em família. Este é o começo de
uma iniciativa voltada para a meninada. O crescimento sustentável implica um trabalho de base,
que comece bem cedo, que tenha
como meta a formação. Ver o esforço das crianças em retratar o
tema e a criatividade nos deixou
muito motivados. Temos que
pensar no macro, mas também
saber identificar estes valores.
Esta é uma conquista do cooperativismo e de todos que fazem
parte do sistema”, afirmou.
No dia 03 de dezembro, os
12 autores dos desenhos selecionados receberam, cada um, uma
bicicleta como prêmio. Os demais
concorrentes também foram convidados para a premiação e receberam relógios de pulso como
presente da Cooperativa, conversaram com o presidente, equipe
de trabalho e participaram de um
lanche da tarde. Os desenhos foram apresentados no auditório.
O presidente da Coplana Roberto Cestari entregou
pessoalmente os prêmios aos selecionados do concurso
24
Concurso Cultural
Nosso recado aos
participantes
Aqueles que ficaram entre os
12 selecionados, recebam os parabéns de toda equipe da Coplana, Socicana e Coopecredi. E para
os demais que participaram, recebam também nossos parabéns.
Vocês são vencedores, porque tiveram iniciativa. Isso é muito importante. Realizaremos outros concursos e queremos contar com a
participação de todos.
Como funcionou o
concurso?
A Comissão Julgadora foi composta pelos colaboradores
Regiane Alves (Assessoria de Comunicação), Pedro Antonio
Sgarbosa (Organização e Métodos), Alessandra Silva (Secretária), Liliane Ap. Vicentin (Atendimento Coopecredi) e pela professora de Educação Artística
Luiza Maria Politi Saes.
Como forma de manter a transparência, as crianças não colocaram os nomes nos desenhos, somente nas fichas, que foram enumeradas. Uma criança colocou o
nome junto ao desenho, mas este
nome foi suprimido. Isso impediu
que, durante a seleção, a Comissão pudesse conhecer o autor. A
Comissão levou em consideração
a criatividade e se o desenho era
relacionado ao tema.
Os desenhos recebidos foram todos muito criativos e apresentaram diferentes estilos, o que fez
da seleção uma difícil tarefa.
Os desenhos selecionados serão
divulgados no calendário das entidades, ano 2005, distribuído
para associados e diversas instituições em todo o país.
Coplana - Coopecredi - Socicana
Selecionados: Alfredo Alves Guindalini - Dumont, Ana Carolina da
Silva Carneiro – Dumont, Antonio Carlos Trevisan Derussi – Pradópolis, Bruna Cestari - Jaboticabal, Davyson Coure Landim – Itápolis,
Fernanda Fonzare – Pradópolis, Henrique Bovo Fabio – Dumont, Jorge
Luís Shibata – Taquaritinga, Lauriane Camila Polegato da Silva –
Dumont, Murilo Fernandes de Brito – Guariba, Olavo Betiol e Stefânia
Bovo Minto – Dumont
Demais participantes: Slana Bovo Minto – Dumont, Alicia Arioli
Mauro – Taquaritinga, Ana Maria Zacharias – Taquaritinga, André
Giacherini – Jaboticabal, Andresa Medalha Sinchetti – Taquaritinga,
Arildo Bedin Barroso – Osasco, Arthur da Silva Carneiro – Dumont,
Bianca Cristina Lourenço Brunini – Jaboticabal, Caroline Cestari –
Jaboticabal, Cláudio Henrique Grandi Filho – Dumont, Cristiane Medalha Sinchetti – Taquaritinga, Dirciani Polegatto – Dumont, Egidio
José Maduro Filho – Guariba, Felipe de Freitas Basso – Taquaritinga,
Guilherme Castro Dela Corte – Passos, Guilherme do Amaral Alves –
Guariba, Guilherme Palazzo – Jaboticabal, Heitor Ramos Vilela –
Pradópolis, Icaro Caue Deliberto Grandi – Dumont, Isabela Schiave
– Pradópolis, Izabela Barrios Alves Pacífico – Guariba, João Gabriel
Ferreira Peres – Córrego Rico, Julia Arioli Mauro – Taquaritinga, Kelly
Silva Ribeiro – Taquaritinga, Leandro Florio Ferreira – Jaboticabal,
Letícia Fonzare – Pradópolis, Monique Biagi Betiol – Dumont, Paulo
Vinícius Senibaldi – Santa Ernestina, Pedro Eduardo Lorenzato Dumont, Ricardo Mabardi Kitouri – Jaboticabal, Richard de Paula
Giória Nabuco - Dumont, Ruan Aparecido Biagi Betiol – Dumont,
Ruiz Michel Grandi – Dumont, Sophia Mastrogiocomo Biagi – Dumont,
Taila Rita Marcari da Silva - Pradópolis, Lais Polegato Loss – Dumont,
Tales Henrique R Malta da Silva – Jaboticabal, Thaís de Freitas –
Jaboticabal, Venâncio Betiol - Dumont, Flávia e Victor Polegato
Matioli - Sertãozinho, Wellington Carlos Galhathi – Taquaritinga e
Wilson Massayoshi Horoya – Monte Alto
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Responsabilidade Social
Apae - Informática abre janelas
para alunos especiais
As tecnologias interativas e a educação especial são temas que estão em
evidência desde o final do século XX
e, dessa forma, não só possibilitam a
quebra de barreiras, como também
abrem espaço a novas concepções e atitudes.
No âmbito da educação e, especificamente, no caso da educação especial, o uso da informática, segundo
Silveira e Santora (1999), representa
uma ajuda técnica que facilita a autonomia pessoal e possibilita o acesso e
o uso do meio físico.
É importante ressaltar que, infelizmente, ainda há um número significativo de pessoas com necessidades especiais à margem do acesso a várias
oportunidades, dentre elas, as novas
tecnologias da informação, seja por
suas limitações físicas ou cognitivas,
seja pela inexistência de tal ferramenta nas escolas especiais.
Em contrapartida, a Escola de Educação Especial da Apae de Jaboticabal
foi contemplada em agosto de 2002,
com um laboratório de informática do
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ministério de Educação. Desde que foi
implantado, este laboratório vem assumindo considerável importância e
significação nas questões educacional
e social desses usuários. O espaço permite a realização de um trabalho em
ambientes interativos, onde a tecnologia atua como estímulo à cognição
social, à aprendizagem cooperativa e
à descoberta, como algo que colabore
com interações de troca/cooperação.
Dessa forma, intervém na auto-estima
e na autonomia das pessoas com necessidades especiais.
A Apae atende, nesse laboratório,
cerca de 170 alunos nas modalidades
Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos. O
trabalho concentra-se em oficinas diárias para grupos de até seis pessoas,
com monitoramento para manuseio do
equipamento e iniciação ao trabalho
informatizado e à comunicação alternativa.
O objetivo é proporcionar acesso
ao mundo informatizado, possibilitando a interação e a inclusão social, bem
como o desenvolvimento da imaginação, de conceitos e habilidades
motoras, lingüísticas, cognitivas e sócio afetivas. Dentre outras competências, visa despertar o senso de independência e autonomia para a realização de ações estratégicas.
Apresentamos algumas das vozes,
que vêm constituindo esse trabalho.
Vozes essas que, até então, não haviam tido a oportunidade de vivenciar
experiências como essa: “Quando entrei na sala de informática não sabia
mexer no computador, mas tinha uma
pessoa para ajudar, a Fabiana. Ela, no
começo, me ensinou muitas coisas e
eu fui prestando atenção. Eu agora sei
mexer no computador, sei ligar, desligar. Escrevo sobre as datas comemorativas, ou então faço um desenho.”
Ramon - 2a série; “Eu gosto das aulas
de computação.” - Mariana - 1a série;
“Eu acho a aula de computação muito
importante e legal.” - Rafael - 1a série; “Adoro jogar no computador.” Willian, 1a série.
Fabiana Chinalia
Professora do Laboratório de Informática
Sites Coplana / Socicana
Comunicação na internet - sites Coplana Socicana
A Coplana e a Socicana estão disponibilizando
em seus sites, informações
sobre os serviços das entidades, histórico, funcionamento e dados sobre o mercado e agronegócio.
O objetivo é facilitar a
comunicação com a sociedade. Dentro deste projeto, a
Cooperativa também iniciou
cursos de informáticas para
cooperados. Com isso pretende agilizar o uso de ferramentas digitais. Acesse os
sites, informe-se e mande
sugestões.
www.coplana.com
para enviar e-mail à Coplana - [email protected]
A Coplana está
disponibilizando a você,
cooperado, um pacote
com financiamento para
aquisição de
computadores Itautec.
Os equipamentos têm alta
tecnologia e possuem a
mesma assistência técnica
oferecida à Coplana.
O objetivo é promover o
acesso a essas
tecnologias, facilitar a
gestão de seus negócios e
a comunicação com a
Cooperativa.
Informe-se
pelo telefone:
(16) 3251-9201.
www.socicana.com.br
para enviar e-mail à Socicana - [email protected]
Coplana - Coopecredi - Socicana
Dezembro 2004
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Socicana
Socicana promove última reunião do ano
com os Comitês das Usinas da Região
A Socicana realizou no dia 07
de dezembro, sua reunião de encerramento de ano com os comitês das usinas Corona, Santa
Adélia, Santa Luiza, São Carlos, São
Francisco e São Martinho.
O presidente da entidade
Roberto Cestari avaliou o cenário
como positivo, mas ainda com necessidade de mobilização conjunta do setor. “Este ano não foi tão
drástico. Já tivemos safras piores.
Teremos mercado mais sustentável, desde que o setor seja organizado. É preciso um planejamento
para o crescimento da cadeia produtiva com o mercado. O setor deve
manter uma postura coerente, evitar atitudes individualistas, nas
quais cada um age de acordo com
os seus interesses. Se o Brasil fosse organizado, seria a maior potência do mundo”, concluiu.
O vice-presidente Ismael
Perina Júnior lembrou que as pro-
jeções, antes negativas, foram desfeitas em virtude de vários fatores. Entre eles, a quebra da safra
na Índia e, principalmente a alta
do petróleo. Apesar disso, ainda
era necessário ter cautela.
“O álcool teve um desempenho na exportação que ninguém
acreditava há cinco meses. Isso se
deve ao preço da gasolina. Os Estados Unidos, que têm o poder
aquisitivo, estão consumindo e
pagando. Há correlação grande
com o preço do petróleo. A exportação com preços bons é interessante, mas não podemos esquecer
que estamos no Brasil. Quando há
dependência do mercado externo,
é possível que o negócio não seja
concluído lá na frente. As pessoas
fazem as contas de acordo com
projeções, que podem não se confirmar.”
Em uma síntese da reunião,
ficou claro que o mercado acena
de maneira positiva para o setor
sucroalcooleiro. Isso não quer dizer que os negócios serão fáceis,
pois tendências podem ser alteradas. Para o produtor ter sustentabilidade, é necessário fazer a sua
poupança, avaliar investimentos,
empregar, a cada dia, maior qualidade na gestão e participar de
maneira ativa de suas entidades.
Integrantes dos Comitês das Usinas discutem mercado.
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Socicana
Reunião dos Comitês da Socicana
Ruy Sérgio Gomes
Ao iniciarmos a safra 04/05,
deparamos com um cenário de preços baixos, associados a uma previsão de aumento de produção,
dívidas originárias da safra passada e elevação dos custos. Para enfrentarmos esta situação, foi de
fundamental importância a atuação dos Comitês das Usinas da Região da Socicana, o que marcou
posição com acordos transitórios,
consolidando a verdadeira parceria com os Usineiros da Região.
Para coroarmos a atuação dos
referidos comitês, foram realizados
acordos com as usinas. Este acordos prevêem ajustes de toda a safra, que serão pagos neste mês de
dezembro, por 90% do ATR de novembro, realizando continuadamente este processo para os meses de janeiro (92,5% sobre o ATR
de dezembro), fevereiro (95% sobre o ATR de janeiro), consecutivamente, até o encerramento em
abril.
Considerando o desempenho
do mercado e as conseqüências
sobre o valor da tonelada de cana,
foram apresentados aos integrantes dos comitês, os valores consolidados e os projetados para a safra 04/05. Abaixo podemos verificar a performance dos preços do
ATR para faturamento (quadro 01),
em comparação aos valores da safra 03/04. Verificamos, assim, uma
reação do mercado.
Salientamos ainda que o Brasil tem se mostrado apto a competir em todos os mercados mundiais, basicamente
devido aos altos
rendimentos apresentados pelo setor. Considerando, especialmente,
a evolução do desempenho da nossa região, como
podemos verificar
no quadro 02.
A potencialidade de crescimento do setor,
tanto na produção de açúcar como
na de etanol, apresenta-se de forma promissora, principalmente
quadro 01
Coplana - Coopecredi - Socicana
considerando-se as fortes altas nos
preços do petróleo, que pode ter
o álcool (etanol) como parcial
substituto. Influencia neste cenário também o déficit mundial de
açúcar, em relação ao consumo.
Abaixo apresentamos os valores de
custo de produção do etanol, comparativamente a outros países, utilizando diferentes matérias-primas
e, principalmente, em relação à
gasolina, seu maior concorrente.
Ruy Sérgio Gomes é gerente
geral da Socicana.
quadro 02
Dezembro 2004
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Socicana
Mercado de Cana
Consecana - Circular 08/04 - 30/11/04
A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de
cana entregue durante o mês de novembro de 2004. O preço médio do kg de ATR para o mês de
novembro é de R$ 0,2344, já incluídos PIS e Cofins.
Os preços de faturamento do açúcar, nos mercados interno e externo, do álcool anidro e hidratado,
carburante, outros fins e exportação, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de maio a outubro, são
apresentados a seguir:
(*) Os preços do Açúcar de Mercado Interno (AMI) e do Álcool Anidro e Hidratado destinados à Indústria (AAI e AHI),
incluem impostos, enquanto que os preços do Açúcar de Mercado Externo (AME-Bco e AME-VHP) e do Álcool Anidro e
Hidratado, carburante e destinados ao mercado externo, são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg por produto, obtidos nos meses de maio a
novembro e acumulados até novembro, calculados com base nas informações contidas na Circular
01/04, são os seguintes:
Informações Socicana
gerência: Ruy Sérgio Gomes
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Socicana
Análise do Mercado de Cana
No gráfico abaixo, podemos verificar uma franca recuperação do preço do ATR acumulado, utilizado para o
faturamento mensal, quando comparado aos valores da safra passada:
Traçando um comparativo com safra passada, e levando-se em conta os valores de ATR(kg/t) e toneladas de
cana entregue/quinzena verificamos que a safra 04/05, há uma quantidade menor de açúcar por tonelada:
Na tabela abaixo, estamos apresentando os dados relativos a toneladas de cana por Unidade Industrial e
sua riqueza, demonstrada através da quantidade de ATR/t de cana:
Ranking de ATR - posição em 15/11/04
Coplana - Coopecredi - Socicana
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nº17 Dezembro