Infecções de Vias Aéreas Superiores Internos: Juliana Gomes Danilo Lima Turma XVI www.paulomargotto.com.br Brasília, 26 de fevereiro de 2014 Benignas e autolimitadas Extremamente frequentes (4-8 episódios/ano em menores de 5 anos (especialmente entre 6-24 meses) Englobam: faringe e seios paranasais Manifestações mais frequentes: rinorréia e obstrução nasal Este termo engloba quadros como o do resfriado comum e ainda outros englobados sob a denominação de rinite viral aguda. É a doença infecciosa de vias aéreas superiores mais comum na infância; Crianças menores de cinco anos podem ter de cinco a oito episódios por ano; De natureza benigna e autolimitada Causada quase que exclusivamente por vírus; Entre eles temos: rinovírus, coronavírus, vírus sincicical respiratório (VSR), parainfluenza, influenza, Coxsackie, adenovírus e outros mais raros. A etiologia viral leva à inflamação da mucosa do nariz, faringe e seios paranasais. A maioria dos casos ocorrem durante o inverno e outono e primavera; Rinovírus (+comum) – início do outono e final da primavera; - 100 sorotipos; Influenza e VSR – inverno Parainfluenza – final do outono Cocksackievírus – verão (resfriado do verão) Através de gotículas produzidas pela tosse e espirros (como um aerossol), ou pelo contato de mãos contaminadas com a via aérea de indivíduos sadios; É significativo em comunidades fechadas e semifechadas, como domicilio, creches (importante na morbidade de lactentes), escolas e outras coletividades; O período de incubação é de dois a cinco dias. E o período de contagio desde algumas horas antes, até dias após o início dos sintomas. Inicialmente, dor de garganta, coriza, obstrução nasal, espirros, tosse seca e febre de intensidade variável, podendo se mais alta em menores de cinco anos. Alguns pacientes com essa infecção têm seu curso sem a presença de febre; Determinados tipos de vírus podem também causar diarréia; Durante a evolução, pode surgir: ◦ Em lactentes: inquietação, choro fácil, recusa alimentar, vômitos, alteração do sono e dificuldade respiratória por obstrução nasal em lactentes jovens; ◦ Em crianças maiores: cefaleia, mialgias, calafrios; Congestão da mucosa nasal e faríngea e hiperemia das membranas timpânicas. Este último achado, isoladamente, não é elemento diagnóstico de otite média aguda, principalmente se a criança está chorando durante a otoscopia. Algumas complicações bacterianas pode ocorrer durante infecções respiratórias virais. Sugerem a ocorrência de alguma delas: ◦ Persistência de febre além de 72 horas; ◦ Recorrência de hipertermia após este período, ou prostração mais acentuada; ◦ Surgimento de dificuldade respiratória (taquipneia, retrações ou gemência) indicam a possibilidade de bronquiolite aguda, pneumonia ou laringite; Pelo processo inflamatório da mucosa nasal, pode ocorrer obstrução dos óstios dos seios paranasais e tubário, permitindo, por vezes, a instalação de infecção bacteriana secundária (sinusite e otite média aguda); Alguns agentes etiológicos, como VSR, adenovírus podem estar associados à evolução para infecção de vias aéreas inferiores; Episódios de infecções virais são um dos fatores desencadeante mais importantes de asma aguda na criança, principalmente pelo vírus sincicial respiratório e rinovírus; A faringite bacteriana, por sua vez não é uma complicação do resfriado comum; Essencialmente clínico; Diagnósticos diferenciais: manifestações iniciais com sarampo, coqueluche, infecção meningocócica ou gonocócica, faringite estreptocócica, hepatite A e mononucleose infecciosa. E o surgimento de IVAS de repetição, com sintomas quase que permanente nos períodos de inverno e primavera, deve se pensar em rinite alérgica; Desnecessário; Somente em situações de importância epidêmica, pode ser conveniente a pesquisa de vírus respiratórios para melhor controle, ou prevenção, por parte da autoridade sanitária. Repouso em período febril; Hidratação e dieta conforme aceitação; Higiene e desobstrução nasal (SF0,9% e aspiração delicada das fossas nasais – lactente menores de 6 meses); Descongestionante nasal tópico (usados com moderação em crianças maiores, num período máximo de 5 dias (risco de rinite medicamentosa). Não utilizar em crianças menores - sem evidencia científica; Dirigida para as queixas e os sintomas apresentados. Antitérmicos (TºC axilar maior que 38) – MS ◦ Paracetamol – dose 1gota/kg/dose 6/6horas ◦ Dipirona 1 gota/2kg/dose 6/6horas ◦ Não utilizar AAS – Sd Reye (infecções por influenza) Instilação de soluções salinas isotônicas nas narinas, uso de vapores e uma boa hidratação são medidas úteis para fluidificar secreções. Doença autolimitada (5-7 dias), apresenta bom prognóstico em crianças previamente hígidas. Lactentes, desnutridos ou estado de imunodepressão são fatores de risco para complicações; Causado pelo vírus da influenza, costuma ser classificada separadamente de resfriado comum, caracterizando-se por um quadro de IVAS com maior repercussão clínicas. Pode apresentar-se, na criança maior, com febre alta, prostração, mialgia e calafrios. os sintomas de coriza, tosse e faringite podem ficar em segundo plano frente as manifestações sistêmicas mais intensas; Febre, diarréia, vômitos e dor abdominal são comuns em crianças mais jovens. Tosse e fadiga podem durar várias semanas; Além do tratamento sintomático; Para a maioria dos vírus, não existe nenhum tratamento específico. Entretanto, no caso da gripe causada pelo vírus influenza, já existem algumas medicações disponíveis; ◦ Amantadina e Rimantadina; ◦ Oseltamivir e Zanamivir; Pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a vacina é recomendada para todas as crianças acima de 6 meses aos 5 anos de idade; A partir dessa idade, a vacina será disponibilizada em grupos de maior risco ou com doenças de base; Semiologicamente as faringoamigdalites são divididas em: ◦ ◦ ◦ ◦ Eritematosas Eritematopultáceas Pseudomembranosas ulcerosas Hiperemia e congestão em superfície tonsilar; Principal etiologia: viral Sarampo Hiperemia e edema associados a um exsudato amarelado não aderente nas criptas e na superfície tonsilar. Ex.: Faringite estreptocócica e faringite por EBV; Placas esbranquiçadas aderentes aos tecido amigdaliano, que podem invadir a faringe, palato e úvula. Difteria (Corynebacterium diththeriae) Tipo superficial (vesículas) – ex.: herpangina (causada pelo vírus Cocksackie A) Angina herpética (Herpesvirus hominis) Ulcerações profundas: ◦ ◦ ◦ ◦ Angina de Plaut-Vincent Tuberculose Sífilis Imunodeficiência Associada ao resfriado comum ◦ Não costuma estar associada à dor intensa e odinofagia. ◦ Dor de garganta moderada ou “arranhando e coçando”. ◦ Corrimento nasal, tosse, mal-estar, anorexia e febre usualmente se encontram presentes. ◦ Faringe eritematosa e edemaciada ao exame físico ◦ Eventualmente, observa-se exsudato no palato e nos folículos linfóides amigdalianos (doença estreptocócica) ◦ Linfonodos cervicais aumentados e dolorosos a palpação com poliadenopatia ◦ Duração em 24 horas e não persiste por mais de cinco dias; Mais intensa, com sintomas de mialgia, cefaleia, calafrios e febre de mais de 38,3ºC Duração de 5-6dias. A dor de garganta é importante e exsudatos amigdalianos e eritema de toda orofaringe são notados ao exame físico; Achado de infecção pelo adenovírus: conjuntivite do tipo folicular (metade dos casos) – febre faringoconjuntival; Forma incomum de faringite: herpagina Exame físico da orofaringe: pequenas vesículas (1 a 2 mm), localizada em palato mole, úvula e pilares amigdalianos anteriores. Ao romperem formam se ulceras esbranquiçadas; Associado a febre alta, dor de garganta e disfagia; Quadro de dor abdominal e anorexia pode surgir (descartar apendicite aguda); A infecção pode evoluir para miocardite; Sd. Mão-pé-boca Dor de garganta por uma amigdalite exsudativa ocorre em metade dos casos de mononucleose infecciosa; Febre, linfadenopatia cervical e esplenomegalia são encontradas e sugerem a infecção. Sem um diagnóstico correto com prescrição de ampicilina para amigdalite bacterina dá origem a um exantema típico (90% dos casos) Pesquisa do anticorpo heretófilo (Paul-Bunnel ou Monotest) – para casos duvidosos em crianças idade escolar. Duração: 15 dias Acomete entre 5 e 15 anos de idade Ausência de manifestações de infecção do trato respiratório superior Inicio: ◦ Queixas pouco especificas como cefaleia, dor abdominal e mal-estar, a criança pode apresentar náuseas, vômitos e febre de 40ºC. Algumas horas depois, inicio de dor de garganta com intensidade variável. Exsudato pode assumir a forma de uma membrana amarelado-acinzentada limitada ao tecido linfoide. Edema de úvula Linfadenopatia cervical anterior ou submandibular (única) precoce, e os linfonodosaumentados são dolorosos Swab de orofaringe (cultura em ágar-sangue) ◦ Alta sensibilidade e especificidade na identificação do Streptococcus pyogenes Dosagem da antiestreptolisina O (ASLO) ◦ 2 amostras: Do soro colhido na fase aguda e na convalescença (2 a 3 semanas após) ◦ Títulos maiores que 330 confirmam infecção estreptocócica recente; Abscessos peritonsilares e na parede lateral da faringe; A glomerulonefrite aguda e a febre reumática são as sequelas conhecidas da infecção estreptocócica Crianças debilitadas presença de ulceras grandes e crônicas na faringe. Infecção por Streptococcus pyogenes produtor de toxina eritrogência ocasiona a escarlatina; Choque tóxico estreptocócico; Penicilina G Benzatina ◦ Dose única, intramuscular ◦ 600.000UI (crianças com peso menor de 20 Kg); ◦ 1.200.000UI (crianças com peso maior 20 kg); ◦ 1ª escolha de tratamento Amoxicilina: 40-50 mg/kg/dia, VO, 8/8 horas ou 12/12 horas, por 10 dias. Eritromicina (alérgicos a penicilina): 2040mg/kg/dia, em 2-3 tomadas por dia, por 10 dias. Cefalexina: dose: 30mg/kg/dia, 8/8h, por 10 dias Otite Média Aguda Maior prevalência durante os dois primeiros anos de vida 63-85% das crianças com menos de 12 meses já tiveram algum episódio 66-99% dos menores de 24 meses já tiveram Até 50% das crianças até 24 meses terão algum episódio <2 anos Leve prevalência em meninos Raça branca Pobreza Aleitamento artificial Tabagismo passivo Exposição a outras crianças Anomalias congênitas, Sínd. de Down, fenda palatina S. pneumoniae (30-50%) H. influenzae não tipável (25-30%) M. catarrhalis (10-15%) VSR Complicações de infecções respiratório superior: Disfunção da trompa de Eustáquio Infecção viral da tuba do trato Doença leve: otalgia leve e febre < 39°C nas últimas 24h Doença grave: otalgia grave-moderada e febre > 39°C Moderado a severo abaulamento de membrana timpânica ou que iniciaram otorréia sem otite externa. Leve abaulamento de membrana timpânica e início recente de dor (Menos de 48 horas) caracterizados também por puxar, apertar ou segurar a orelha em crianças que não verbalizam ou intensa hiperemia de MT. Amoxicilina: desde que a criança não a tenha recebido nos últimos 30 dias, não tenha conjuntivite purulenta recorrente ou não seja alérgica a penicilina. Cobertura para produtores de β-lactamases quando a criança recebeu amoxicilina nos últimos 30 dias, tenha conjuntivite purulenta recorrente ou história de OMA recorrente não responsiva a amoxicilina. Reavaliar os pacientes que pioraram ou não responderam ao tratamento inicial após 48 a 72 horas de tratamento antibiótico e avaliar a necessidade de troca do mesmo. A vacinação universal com PCV13 potencialmente pode reduzir as doenças causadas por pneumococos multirresistentes e diminuir a necessidade da altas doses de amoxacilina ou associação com clavulanato. Tempo de tratamento: Menores de 2 anos e pacientes com sintomas severos – 10 dias. 2 a 5 anos com OMA leve/moderada – 7 dias. Maiores de 5 anos com OMA leve/moderada – 5 a 7 dias. Timpanostomia para crianças com OMA recorrente: 3 episódios em 6 meses ou 4 em um ano com um episódio nos últimos 6 meses. Perfuração timpânica Otite média secretora Otite média crônica (secretora, supurativa e colesteatomatosa) Mastoidite Infecção do SNC Recomendar a vacinação anual contra influenza e pneumocócica conjugada para todas as crianças. Incentivar o aleitamento materno exclusivo por 6 meses e a não exposição ao tabaco. Sinusite É a inflamação da mucosa de um ou mais dos seios paranasais. Os termos "sinusite" e "rinossinusite" são frequentemente utilizados alternadamente pois a inflamação dos seios paranasais é quase sempre acompanhada por inflamação da mucosa nasal. 1) SEIO MAXILAR Aos 12 anos, com a erupção da segunda dentição, atinge o desenvolvimento completo. 2) SEIO FRONTAL Pouco desenvolvido até os sete anos, adquirindo maturação completa após os 10 ou 12 anos de idade. 3) SEIO ETMOIDAL Inicia o desenvolvimento a partir do segundo ano de vida, com maturação ao redor dos 12-13 anos. 4) SEIO ESFENOIDAL A formação se inicia aos nove meses de idade e prossegue até a idade adulta, tendo relações importantes com a cavidade craniana. Aguda - sintomas desaparecerem completamente em <30 dias Subaguda - os sintomas desaparecerem completamente em ≥ 30 e <90 dias Recorrente - pelo menos três episódios de <30 dias de duração separados por intervalos de ≥ 10 dias sem sintomas em um período de seis meses, ou pelo menos quatro desses episódios em um período de 12 meses. Crônica é definida por episódios de inflamação dos seios paranasais que duram> 90 dias, durante os quais os pacientes têm sintomas persistentes (tosse, coriza, obstrução nasal). A rinossinusite crônica pode estar relacionada com as condições não infecciosas, tais como alergia, fibrose cística, refluxo gastroesofágico, ou a exposição a poluentes ambientais Bacteriana: Mais comuns: Streptococcos pneumoniae, Haemophilus influenzae catarrhalis, estreptococos Grupo A e S. aureus. , Moraxella beta-hemolítico Nos imunocomprometidos, hospitalizados, fibrose cistica: Aeróbicos gram-negativos, incluindo P. aeruginosa. A obstrução anatômica (por exemplo, deformidades do septo nasal, anomalias craniofaciais, hipertrofia de adenóide, corpos estranhos nasais, massas ou pólipos). Irritantes da mucosa (ar seco, fumaça de cigarro, água clorada) Mudanças bruscas de pressão atmosférica (por exemplo, a descida em um avião) São exames inespecificos que não conseguem diferenciar causas virais e bacterianas. > 50% crianças com IVAS de causa viral apresentam raio X de seios maxilares anormais. TC: são frequentemente alterados em crianças saudáveis RNM: 68% das crianças com IVAS apresentam anormalidades. 42% das crianças saudáveis apresentam anormalidades. Eficazes em detectar localização e extensão do quadro nas complicações e sinusites recorrentes. Objetivos: Eliminar a infecção, diminuir a morbidade , prevenir complicações Orientação: iniciar antibioticoterapia ao Diagnóstico Recomendação: Amoxicilina+Clavulanato Dose padrão 45mg/kg/dia, VO, 3 vezes ao dia ou 500 mg, 3 vezes/dia Usar dose alta: 90 mg/kg/dia, 2 vezes/dia ou 2g, VO, 2 vezes/dia, por 10-14 dias: Locais com S. pneumoniae não sensiveis a Amoxicilina+Clavulanato: -Hospitalização recente -Uso recente de antibiótico (<1 mes) -Comoridades e imunocomprometidos Cefalosporinas de 3°geração, de uso parenteral, são uma segunda opção ao invés de doses altas de amoxicilina+clavulanato – Cefotaxime e Ceftriaxone Cefpodoxime, cefixima, cefuroxima, cefaclor, cefprazil: não são indicados em monoterapia associar clindamicina Espera–se uma melhora clínica após 3 a 5 dias do inicio do antibiotico. Caso não haja melhora dos sintomas em 48h de antibiótico, pensar em falência do tratamento, devido a patógenos resistentes. Pensar em: -MRSA em pacientes graves, ambiente nosocomial, complicacões intracranianas e orbitais. Para estes casos, utilizar vancomicina -Etiologia não bacteriana -Anormalidades estrututurais Em casos de alergia a PENICILINA: -Levofloxacino, Cefixima ou cefpodoxima + clindamicina Anti-histamínicos: sonolência, xerostomia, efeitos adversos. Pode deixar a secreção mais espessa. Corticóides: melhora sintomática leve e menores efeitos colaterais em uso de curto prazo. Celulite periorbital, abcesso subperiosteal, celulite orbitária e abscesso. Trombose de seio cavernoso, meningite e abcesso cerebral (pensar em anaeróbios e S. aureus). Sinais que levantam suspeitas sobre extensão intracraniana incluem : A combinação de edema periorbital / orbital com dor de cabeça persistente e vômitos Vômitos e dor de cabeça que requerem internação hospitalar, particularmente em crianças mais velhas Alteração do nível de consciência Déficits neurológicos focais Sinais de irritação meníngea As doenças infecciosas e inflamatórias agudas da laringe podem resultar em quadros obstrutivos, principalmente em crianças; ◦ Estruturas supraglóticas exuberantes ◦ Luz bastante reduzida (região subglótica) ◦ Dessa forma, esses processos requerem diagnóstico rápido e preciso, para que seja instituido um tratamento adequado, pois podem ser fatais; Síndrome mais comum de obstrução de vias aéreas superiores; (espaço subglótico) Conhecida como Laringotranqueobronquite infecciosa aguda. Etiologia predominantemente viral (vírus parainfluenza tipos 1 e 2 - +comum) adenovírus, vírus influenza ou parainfluenzae. Acomete Lactentes, podendo ocorrer até 3 anos de idade. (3meses a 5 anos); Pico de incidência aos dois anos de vida, afetando predominantemente o sexo masculino; O diagnóstico é feito quando temos uma criança pequena com história recente de um resfriado, evoluindo dias depois com a tríade rouquidão+tosse metálica+estridor (Sd. Do crupe) ◦ Diagnóstico apenas em base clínicas; Inicialmente: ◦ Quadro de infecção de vias aéreas superiores e febre (menor que 38,3ºC), acometendo a laringe após um a três dias com rouquidão. Evolução: ◦ Tosse metálica (ladrar de foca) com estridor inspiratório leve; ◦ Estridor contínuo; ◦ Piora da tosse; ◦ Dificuldade respiratória surgem lenta ou agudamente; ◦ Respiração trabalhosa e retrações supra-esternais, intercostais e subcostais acentuadas; (Presentes ao exame físico) ◦ Pode haver em vias aéreas inferiores, acompanhada de sibilância e tosse produtiva. As radiografias revelam o sinal “do campanário” ou da “Torre” de um espaço subglótico estreitado. Estreitamento da subglote e da traquéia proximal. Contagem de leucócitos normais; Conhecida também como crupe espasmódico; Acomete crianças mais novas (entre 1 e 3 anos) com os achados de infecção ausentes; Etiologia desconhecida (fatores alérgicos e psicológicos?) É de localização subglótica; Quadro súbito, geralmente à noite, precedido por coriza leve a moderada e rouquidão. Quadro súbito, geralmente à noite, precedido por coriza leve a moderada e rouquidão. Criança acorda ansiosa, com uma tosse metálica característica, inspiração ruidosa e dificuldade respiratória; Não há febre; Dispnéia agravada pela agitação; História pregressa de episódios prévios; Em geral, a intensidade dos sintomas diminui dentro de várias horas, com melhora dos sintomas dentro de várias horas, com melhora importante no outro dia, restando apenas rouquidão leve e tosse. Semelhante entre o Crupe e o Crupe espasmódico Tranquilizar a criança; Introdução de via aérea artificial, se necessário (cerca de 1% a 7%) – intubação com cânula mais fina o possível Administração de epinefrina racêmica (ou Lepinefrina) em aerossol; Esteróides sistêmicos Esteroides em aerossol Vapor úmido. Representa a forma mais grave de obstrução inflamatória aguda das vias aéreas superiores; Instalação aguda; ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Febre Dor de garganta Sialorréia Dispnéia Obstrução respiratória rapidamente progressiva prostração Acomete crianças entre 2 e 5 anos. Streptococcus pyogenes Streptococcus pneumoniae Sthaphylococcus aureus Haaemophilus influenzae tipo b (em queda devido ao advento da vacina); Criança acorda no meio da noite com: Febre alta; Afonia Sialorréia Dificuldade respiratória moderada ou intensa com estridor; ◦ Costuma sentar para frente com o pescoço hiperestendido (posição de tripé) ◦ Boca aberta com língua protrusa. ◦ Choque com palidez cianose e rebaixamento do nível de consciência. ◦ ◦ ◦ ◦ Confirmação do diagnóstico clínico fundamenta-se na visualização da supraglote inflamada, edemaciada. Laringoscopia direta e indireta; (Diagnóstico padrão-ouro) Leucocitose (maior que 20.000/mm³) com desvio a esquerda Radiografia de perfil mostra na região supraglótica – epiglote aumentada de volume. ◦ Não deitar o paciente, evitando provocar movimentos e estímulos inadequados – agravamento do processo obstrutivo. ◦ Em caso de muita dificuldade respiratória, é injusticada a perda de tempo com exame radiológico; ◦ Observa-se o sinal do polegar; Em questão de horas, pode evoluir para obstrução completa da via aérea e morte, a menos que o tratamento seja realizado Confirmada epiglotite – paciente deve ser internada em UTI pediátrica; Deve ser tratada com estabelecimento de via aérea artificial (intubação orotraqueal, preferência, ou por traqueostomia) independente do grau de desconforto respiratório; Iniciar ATB (Ceftriaxona e cefuroxima) – 7 a 10 dias; ◦ Antes colher hemocultura ecultura de secreções faríngeas Principal diagnóstico diferencial Acomete qualquer idade (+ comum entre 3 e 10 anos) Localizado na traquéia. Etiologia: crupe prévio ou vírus influenza com infecção bacteriana secundária por Staphylococcus aureus, Moraxella catarrhalis, H. influenzae; Início prodrômico: doença bifásica com deterioração súbita; Há a presença de: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Estridor Retrações Voz pode ser rouca ou normal Tosse ladrante; Febre maior que 38,9ºC Contagem de leucócitos: leucocitose com desvio à esquerda Tratamento: Ceftriaxone; intubação se necessário; Cuidados intensivos Infecção grave, muito rara atualmente; (vacinação obrigatória) Manifestações clínicas: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Dor de garganta Disfagia Estridor inspiratório Tosse improdutiva Membranas diftéricas de coloração levemente acinzentada, de difícil remoção que recobrem as amigdalas, o palato mole, faringe e laringe, podendo causar obstrução respiratória; Presença do Corynebacterium diphtheriae em esfregaço de material Administração de antibióticos (penicilina ou eritromicina) também é recomendada; Injeção de antitoxina diftérica ◦ Dose 30.000 unidades, metade aplicada por via endovenosa neutralizando rapidamente as toxinas e, a outra metade, pela via intramuscular, atingindo o nível máximo no sangue somente em 24 horas; Manutenção de via aérea permeável (intubação ou traqueostomia); ◦ Obs.: Realizar prova de sensibilidade intradérmica: se positiva, evitar adminstração intravenosa; Principal diagnóstico diferencial das laringites agudas; Mais comum entre 6 meses- 5 anos de idade Localização: supra ou subglótica; Localizado na laringe, traquéia ou brônquio; A sintomatologia respiratória é semelhante, mas estão ausentes a febre e os sintomas de toxemia, decorrentes do processo infeccioso É considerada uma situação de emergência, necessitando imediata intervenção; Se o paciente não estiver com dificuldade respiratória aguda, não se deve tentar retirar o corpos estanho sem condições adequadas para qualquer intervenção de urgência; Posicionamento do paciente com cabeça para baixo, comprimento tórax para que o ar seja expelido rapidamente, o que força a eliminação dor corpo estranho. Com dificuldade respiratória aguda: Introdução de uma agulha grossa na região da membrana cricotireóide ou realizar cricotireoideostomia; Remoção endoscópica (se estável hemodinamicamente) Brook I. Acute Sinusitis in Children. Pediatr Clin N Am 2013; 60: 409–424. Lieberthal AS, et al. Pediatrics 13;131: 964999. Nelson Textbook of Pediatrics 18.ed,Kliegman, Behrman, Jenson e Stanton, 2007